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COMEÇANDO DO ZERO
Aula 1 – Temas e Introduções da FCC
NÍVEL MÉDIO E NÍVEL SUPERIOR
Professores: Júnia Andrade, Carolina Rezende, Marco Antônio
1º conjunto de temas
estrutura
Texto-base
Enunciado
Tema central
Tema 1
TRE-SP/2017. AJAA. O utilitarismo, iniciado por Jeremy Bentham,
concentra-se na felicidade individual como a melhor forma de avaliar o
grau de desenvolvimento humano. Outra abordagem avalia tal
desenvolvimento de acordo com a renda, a riqueza e os recursos dos
indivíduos. Essas alternativas ilustram o contraste entre as abordagens
baseadas na utilidade e nos recursos, em contraste com a abordagem
das capacidades baseada na liberdade. (SEN, Amartya. A ideia de justiça. São Paulo, Companhia
das Letras, 2009, p. 265)
estrutura
Texto-base
Enunciado
Tema 6
TRE-SP/2017. TJA. O equilíbrio entre os corpos sociais é bastante difícil
e exige que não se simplifiquem ou meramente se oponham campos
como religiosidade, direitos humanos e diferentes culturas. Frente a
tamanha complexidade, se as leis não abarcam todos os casos sem
incorrer em injustiça, resta-nos talvez o princípio da equidade.
Com base no texto acima, redija um texto dissertativo-argumentativo
defendendo seu ponto de vista.
Tema 6
Equilibrar os diferentes corpos sociais é tarefa complexa. Isso
ocorre porque as leis, que deveriam ser igualitárias, não abarcam
todos os casos. Nesse sentido, a aplicação do princípio da equidade
pode ser a melhor solução.
De fato, o objetivo das leis não é educar, pois estas são instrumentos
de punição. A garantia da educação deve ficar a cargo do Estado. Para que
educação, por outro lado, se desenvolva com plenitude, ela precisa estar
isolar-se da obrigação de atender a modelos preconcebidos pelo Estado.
3º conjunto de temas
estrutura
Textos-base
Enunciado
Tema 11
TRE-SE/2015. AJA.
I
Em uma sociedade em que o sucesso ou o fracasso do indivíduo em acirrada competição configura-
se como seu supremo objetivo, o exercício de seus deveres e responsabilidades como cidadão é
considerado como perda de tempo e energia.
II
Para o pensador Richard Sennett, passamos a viver numa sociedade ensimesmada, voltada para
dentro de si mesma, guiada pelo código do narcisismo. Nessa sociedade, o mundo público só
despertaria a nossa atenção se pudesse oferecer alguma gratificação pessoal. Como isso não é
possível, então ele se torna desagradável e tedioso. Por essa razão, na tentativa de descobrir aquilo
que uma pessoa ou acontecimento significa para o "eu", passa-se a dar muito mais importância à
vida particular do que à vida pública. Esse comportamento, transposto para o campo político, faz com
que o eleitor esteja muito mais interessado na vida privada do político do que na sua ideologia, seus
programas e suas propostas de governo. Esse é o resultado do que Sennett chama de superposição
do imaginário privado ao imaginário público.
III
A vida política não depende somente das instituições, mas também pode residir na indignação e na
discordância dos cidadãos.
(Adaptado de: NASCIMENTO, Luiz Miguel do. Disponível em: http://www.pucsp.br/margem/pdf/m15lmn.pdf)
É fato que hoje a competição social que se instaurou resulta na fuga dos
indivíduos em relação ao cumprimento dos seus deveres. Esse descompromisso
como dever está presente, por exemplo, no âmbito político que geralmente permite
o uso de nossas instituições para a garantia de interesses privados. Os cidadãos,
no entanto, podem se opor a essa prática, ao responder, com indignação, a essa
prática nefasta.
Tema 12
TRT-3/2015-TJA
I)Para além da fidelidade e integridade da informação, problema que se impunha
com os veículos tradicionais da mídia, hoje, com a internet, o homem enfrenta um
novo desafio: distinguir, de uma profusão de informações supérfluas, as que lhe
importam na formação de um pensamento que garanta sua identidade e papel
social.
II) Ponto de vista não é apenas a opinião que desenvolvemos sobre determinado
assunto, mas também o lugar a partir de onde consideramos o mundo e que
influencia de maneira cabal nossas percepções e ações.
III) Todos os homens voltam para casa. Estão menos livres mas levam jornais e
soletram o mundo, sabendo que o perdem. (ANDRADE, Carlos Drummond de. “A flor e a náusea”)
Redija um texto dissertativo-argumentativo a partir do que se afirma em I, II e III.
Tema 12
O século XXI, além de nos trazer uma profusão de informações,
nos obriga a selecionar aquelas que, de fato, construirão nossa
identidade. Essa escolha é importante porque, por trás de nossa
opinião, está também a nossa fonte de informação. Caso não tenhamos
consciência da seleção de conhecimentos a ser feita, corremos o risco
de viver, conforme diz o poeta: “soletrando o mundo e o perdendo”.
É sabido que a internet expõe o sujeito moderno a uma
infinidade de informações. Diante dessa variedade de notícias, cabe a
este sujeito selecionar aquelas informações capazes de formar sua
identidade e revelar sua opinião. Se o indivíduo não praticar essa
seleção, corre-se o risco de não haver o aprofundamento de sua
compreensão sobre o mundo.
Tema 13
TRE-RR/2015-AJAA
I) O termo latino "ars" (arte) implica o sentido de "imaginar, inventar", além do de "acomodar,
adaptar". Arte e ofício manual coincidem em que ambos produzem uma obra sensorialmente
perceptível. Contudo, o ofício manual tem em mira o utilizável, o proveitoso, ao passo que a
arte se aplica ao belo. O artista é um vidente, é um criador capaz de expressar na obra sua
própria visão: intuir e criar são nele uma só coisa. (BRUGGER, Walter. Dicionário de filosofia. São
Paulo: Herder, 2. ed, 1969, p. 58)
II) O que me parece muito sério é que, depois de mortos, quando já deixaram de ser amáveis ou
irritáveis, simpáticos, ou antipáticos, e apenas são o que realizaram menos em si do que fora
de si, na paisagem do espírito, os artistas se afirmam totalmente, purificados e indestrutíveis.
A morte não tem nada com os artistas. Eles não são essas pessoas que vemos. São como seres
sobrenaturais ... Mas o seu trabalho? Como pode morrer o que é imortal? (MEIRELES, Cecília. O
que se diz e o que se entende. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 145)
III) Houve época em que se fazia "arte pela arte", como também já se entendeu a arte como meio
para se alcançar certo objetivo, e não como um fim em si mesma.
Com base nos excertos transcritos, redija um texto dissertativo-argumentativo, posicionando-se a
respeito da seguinte proposta: A criação artística entre representação e intervenção cultural
Tema 13
Sabe-se que a arte e o ofício manual são duas práticas humanas
que se opõe pela utilidade (o ofício) e pelo culto à beleza (a arte). A
arte, vai além disso, porque se perpetua mesmo com a morte do
artista. Soma-se a esse fato o poder que arte tem para alcançar outros
objetivos, além de voltar-se para si mesma.
Na contemporaneidade, a arte distingue-se do ofício manual por
trazer consigo três importantes características. A primeira dela centra-
se no fato de que a arte visa à expressão do belo. A segunda está
presente na importância da imortalidade do trabalho artístico. Já a
terceira característica encontra-se na possibilidade de a arte alcançar
objetivos que estão além dela.
Prática textual
Desenvolva, a partir dos temas seguintes, conforme você estudou em aula,
introduções para presumíveis textos:
Tema 1
TRT 2/2014. TJA (adaptado).
As pessoas vão às ruas protestar por vários motivos, exercendo um direito
que é legítimo, mas é preciso considerar alguns limites, sem os quais suas
manifestações perdem a legitimidade.
A partir das ideias acima, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre
o seguinte tema:
As contradições da democracia: o direito de livre expressão e suas
limitações
Prática textual
Tema 2
TRT 16/2014. AJAA (adaptado)
Atente para o seguinte texto:
Quando empregamos palavras para indicar uma ampla coletividade, como povo,
população ou massa, não podemos nos esquecer de que toda coletividade é um
conjunto de singularidades, e o singular nesses casos representa-se no termo
pessoa − palavra cujo sentido nunca pode ser esquecido, mesmo em meio à luta
por causas coletivas.