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A GASTRONOMIA DAS REGIÕES BRASILEIRAS

Ana Claudia Valgas Soares

Matricula: 09102151
Curso: Turismo

Gabriella da Silva Santos

Matrícula: 09100681
Curso: Turismo

Priscila de Almeida Cesário

Matrícula: 09102239
Curso: Turismo

Renata Souto de Vasconcellos

Matrícula: 04153421
Curso: Turismo

Roberta Nicolau Silva Alves

Matrícula: 09103558
Curso: Turismo

Orientador: Prof. Rafael Teixeira de Castro, M.Sc.

Curso: Turismo

RESUMO: Este artigo trata da grande diversidade da gastronomia brasileira e de como

este patrimônio imaterial e material pode ser trabalhado como um atrativo turístico. O
objetivo geral do trabalho é a apresentação da gastronomia típica das regiões brasileiras,
identificando o seu uso para o turismo. A metodologia utilizada foi à consulta a livros,
artigos, páginas da internet, além de classificadores de restaurantes como o Guia Quatro
Rodas e o Veja Comer e Beber que tratam dos assuntos pertinentes ao estudo. Concluiu-
se que a gastronomia brasileira é muito rica e capaz de atrair turistas interessados pela
experimentação de pratos diversificados.
PALAVRAS-CHAVE: Turismo, Gastronomia, Atrativo.

1. INTRODUÇÃO
O Brasil é um país já bastante conhecido no exterior por conta de suas
belezas naturais, sobretudo por suas praias e florestas, pelo seu povo
hospitaleiro e amistoso e por sua diversidade cultural. Entretanto, verifica-se
que um dos aspectos mais interessantes e ricos da oferta turística Brasileira
precisa ser melhor trabalhado e divulgado, especialmente no que diz respeito
ao turista internacional: a gastronomia. Assim, o objetivo geral deste artigo é a
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apresentação da gastronomia típica das regiões brasileiras. A metodologia

utilizada está baseada na consulta a livros, artigos científicos e páginas da
internet que tratem dos assuntos do turismo gastronômico, além de contar com
restaurantes do Guia Quatro Rodas e do Veja Comer e Beber elaboração de
roteiros e gastronomia brasileira. O intuito principal é mostrar ao turista
internacional um pouco mais da cultura nacional. Não aquela cultura
comumente vendida no exterior, onde o Brasil é apenas um país ensolarado,
com pessoas bonitas, amantes do futebol e do carnaval.

2. DEFININDO O TURISMO
Turismo consiste no deslocamento de pessoas que saem de sua
localidade habitual por motivos de negócios, lazer, religião, saúde, família entre
outros. É também uma atividade capitalista que gera dividendos tanto para o
núcleo emissor quanto para o núcleo receptor de turistas. Assim, pode-se
afirmar que:

o turismo é uma combinação de atividades, serviços e indústrias que

se relacionam com a realização de uma viagem: transporte,
alojamento, serviços de alimentação, lojas, espetáculos, instalações
para atividades diversas e outros serviços receptivos disponíveis para
indivíduos ou grupos que viajam para fora de casa.
(IGNARRA, 2003:14)

A fim de atender melhor o turista, a atividade turística também é

subdividida em diversos segmentos. Dentre eles pode-se citar o Turismo
Cultural e sobre este pode-se afirmar que os atrativos culturais englobam as
manifestações temporárias como eventos gastronômicos, religiosos, musicais,
etc. (COSTA, 2009: 46).
Turismo cultural é toda atividade que leva o turista a entrar em contato
com algo que de fato identifique um dado lugar, região, cidade podendo ser
material como um sítio arqueológico, um instrumento musical, um prato típico
ou imaterial como uma música, uma dança folclórica ou até o modo de fazer
um prato típico. Por isso, constata-se que a gastronomia faz parte do grande rol
de atrativos do segmento turismo cultural, amplamente difundido ao redor do
mundo, mas ainda um tanto quanto incipiente no Brasil.
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3. TURISMO E GASTRONOMIA
A alimentação passou por várias etapas ao longo do desenvolvimento
humano, evoluindo do nômade caçador ao homem sedentário, quando este
descobriu a importância da agricultura e da domesticação dos animais. A
gastronomia está ligada às técnicas de cocção, à arte de preparar os
alimentos, ao conjunto de ingredientes, ao serviço oferecido, às maneiras à
mesa e ao ritual da refeição. Também leva-se em consideração as tradições
sociais, religiosas, locais entre outras. CORNER (2003), afirma que a cultura de
um lugar e sua comida típica estão inteiramente ligados.
Para FURTADO (2004), as pessoas que buscam novos conhecimentos,
querem experimentar novos sabores, vivenciar outras culturas e a gastronomia
pode ser o motivo principal ou o inicial para se conhecer determinado lugar. “O
turista considera comer e beber como sendo aspectos importantes de uma
viagem. A forma como elas são preparadas e apresentadas tem grande
importância” (GOELDNER et al, 2002).
A gastronomia é considerada importante e relevante para o turismo, pois
impulsiona o desenvolvimento da localidade. Assim, é possível compreender
melhor as tradições e a história de um destino por meio de sua gastronomia.
TURMO apud BARROCO (2008) relata que a gastronomia é um dos fatores de
diferenciação cultural e desta forma adquire uma importância cada vez maior
para a promoção de um destino turístico.
Esse turista não quer apenas passar por aquela localidade e se
alimentar. Ele busca entender o processo de como o mesmo é feito e se
possível participar de sua elaboração. Diferentemente dos perfis mais comuns,
ele planeja sua viagem de acordo com o lugar e a comida que pretende
conhecer e degustar. É o que afirmam HALL e SHARLES (2003): não se deve
comparar aquele turista que viaja e apenas se alimenta como parte implícita de
sua viagem com aqueles que escolhem se alimentar como esta sendo a
atividade principal da mesma. Optando por esse tipo de atividade é comum o
turista gastronômico possuir um poder aquisitivo mais elevado. A busca desse
turista não é somente pelo prato final, a busca é pela história, pela identidade
do lugar.
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Tendo em vista a grande relevância da gastronomia para o

desenvolvimento do turismo, se faz importante neste momento a discussão
sobre a gastronomia típica e diversificada das regiões brasileiras.

4. GASTRONOMIA TÍPICA DAS REGIÕES BRASILEIRAS

O Brasil é considerado por muitos um país continental, devido a suas
dimensões. Suas regiões foram colonizadas e, por isso, tiveram influências de
diversos povos, dentre eles: espanhóis, portugueses, holandeses, franceses,
indígenas e africanos. Essa diversidade de nacionalidades fez com que a
gastronomia brasileira se tornasse um verdadeiro mix de sabores.

4.1. Região Norte

Uma região rica em cultura e gastronomia, baseada na maior floresta do
mundo: a floresta Amazônica. Composta pelos estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins; onde os indígenas que
foram seus primeiros habitantes estão presentes até hoje. Além dos indígenas,
a culinária da região é também muito influenciada por portugueses e
espanhóis.
Uma região cercada por rios, de onde é retirado o peixe, uma das
maiores fontes de alimentação da região. A mandioca, que também está
presente em quase todos os pratos, não pode ser esquecida, seja na forma da
farinha ou misturada com água.
Alguns pratos típicos da região são: Arroz de Jambu, Pirão, Feijoada do
Norte, Pato no Tucupi, Carne de Jacaré e Carne de Tartaruga. Rico em frutas
como: Taperebá, Cupuaçu, Bacuri, Pupunha, Graviola, não podendo esquecer-
se do Açaí.

4.2. Região Nordeste

A culinária nordestina é a fusão da cultura alimentar dos portugueses,
africanos e indígenas. O litoral e o sertão nordestino apresentam cozinhas bem
diversas. Cidades próximas a rios, lagoas e mangues, usufruem de sururus,
caranguejos, pitus, mariscos, ostras e outros frutos do mar enquanto o interior
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se beneficia da agricultura e da pecuária, preparando pratos típicos com bode e

carne seca.
As rabadas e buchadas são muito apreciadas nas mesas
pernambucanas. Já no Maranhão se destaca o Guaraná Jesus, caracterizado
como um patrimônio imaterial. A culinária da Bahia é uma das mais famosas do
Brasil, conhecida por conservar as tradições da boa mesa de seus
antepassados, com seus acarajés, vatapás, carurus, regados ao azeite de
dendê e muita pimenta.
A culinária do nordeste possui um cardápio amplo, com diversas iguarias
comuns, que se diferem apenas na forma de preparo. Cada estado possui uma
gastronomia peculiar: Piauí- Arroz de Capote / Maranhão – Arroz de Cuxá /
Ceará – Baião de Dois / Rio Grande do Norte – Camarão ao Gerimum /
Paraíba – Cartola / Pernambuco – Bolo de Rolo / Alagoas – Sururu ao Leite de
Coco / Sergipe – Refogado de Aratu / Bahia – Acarajé.

4.3. Região Centro-Oeste

A região centro-oeste pode ser classificada como sendo altamente
miscigenada e diversificada. Os estados que fazem parte dessa área central
brasileira são Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito
Federal.
Até o século XVII, o centro-oeste brasileiro não era muito povoado a não
ser por tribos indígenas como os Caiapó, os Juruna, os Carajás, os Canauirá
entre outras. Mas em 1938, o então Presidente Getúlio Vargas deu início à
chamada “marcha para o oeste” (MOTA, 2005), movimento este que visava
ocupar o interior do território nacional, garantindo também terras baratas para
aqueles que quisessem se instalar por lá. E em 21 de abril de 1960, JK
inaugura Brasília à nova capital do país que foi construída por nordestinos,
paulistas, sulistas, gaúchos, mineiros, bolivianos, paraguaios, japoneses,
libaneses além de índios.
Em relação à gastronomia típica dessa região, pode-se dizer que: “Pela
onipresença da água, o prato principal dessa região só poderia ser peixe,
havendo cerca de 230 espécies, sendo as mais consumidas o pacu, o dourado,
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o pintado, o matrinxã, o tucurané e a piranha” (CHAVES e FREIXA, 2007:87).

No estado de Mato Grosso o que se observa é que a incorporação de
ingredientes típicos da flora e da fauna nativas e a forma como estas são
combinadas e preparadas garantem sabores, cheiros e aspectos muito
característicos da gastronomia dessa região. Uma fruta muito utilizada como
tempero que se destaca nessa área é o pequi. Fruta de sabor exótico que
deixa mais rica a culinária da região, dando mais cor e sabor a pratos com
aves, peixes, cortes de carnes e em especial o arroz com pequi.
A gastronomia do Mato Grosso do Sul é muito similar a de Mato Grosso.
Destacam-se na região o tererê, um tipo de mate gelado, a sopa paraguaia que
apesar do nome não é líquida, na verdade é um tipo de bolo consumido nos
cafés da manhã e nos lanches da tarde, além também do arroz de carreteiro
que depois foi rebatizado de Maria Izabel.
Na região de Goiás também é bem presente a utilização do pequi no
preparo de pratos. É destaque na região o arroz com guariroba e também o
pastel de guariroba, um tipo de palmito muito presente na região. Há ainda o
empadão goiano que ocupa lugar de destaque juntamente com a pamonha de
sal.

4.4. Região Sudeste

A região sudeste é a região com maior desenvolvimento econômico do
Brasil sendo composta pelos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de
Janeiro e Espírito Santo (FERNANDES, 2001). A gastronomia na região é
marcada pela herança dos índios, negros e imigrantes europeus. É a região
que possui a gastronomia menos similar entre seus estados.
O princípio da história da gastronomia de Minas Gerais ocorreu no
século XVIII, com a descoberta do ouro no estado. A região logo estava
habitada por portugueses, bandeirantes, colonos, índios e escravos. No
período colonial iniciou-se rigoroso processo de controle na entrada e saída de
mercadorias, isso ocorria para impedir o contrabando de ouro e pedras
preciosas. Além disso, houve um aumento muito alto na população do estado.
Ambos os fatores contribuíram para que a escassez de alimento tomasse conta
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da região. A medida tomada foi criar pratos que pudessem ser feitos com
ingredientes locais e com animais e vegetais mantidos nos fundos das casas.
A mistura de culturas foi imprescindível para criar a identidade da
gastronomia mineira. Os índios já faziam uso de alimentos como milho, batata
doce, goiaba, milho, mel e diversos outros alimentos que podiam ser
encontrados na região. Já os portugueses trouxeram diferentes tipos de
alimentos, bebidas e especiarias que puderam ser incorporados à culinária
mineira. Tanto os negros quanto os índios foram os mentores na criação de
diversos pratos, uma vez que eram os escravos que cozinhavam.
A cozinha mineira era dividida de duas formas: a cozinha tropeira e das
fazendas. A cozinha das fazendas é a que hoje se considera como cozinha
caipira, onde a comida é mais molhada e é apresentada com refogados e
molhos suculentos. Já a comida tropeira era feita pelos homens que tinham a
função de transportar o ouro e pedras preciosas até a capital. A ideia era a
utilização de alimentos não perecíveis e caças abatidas ao longo do trajeto, ou
seja, alimentos que suportassem o período da viagem e o clima do local. Eram
utilizados alimentos como carnes conservadas em sal e gordura e feijão
tropeiro.
O famoso pão de queijo mineiro surgiu nas fazendas mineiras, no
século XVIII. Foi acrescentado queijo no biscoito de polvilho, para incrementar
a receita. E assim surgiu um dos quitutes mais conhecidos de Minas.
(RITAPOLIS, 2011).
A gastronomia capixaba é originada de uma rica herança cultural que
em contato com a tradição pesqueira formou o que se conhece atualmente
como a comida típica capixaba. A culinária desse estado possui influência de
Minas Gerais, pela proximidade territorial e Bahia, devido a isso existem alguns
pratos similares, como a moqueca. Pode-se dizer que o Espírito Santo
apresenta a gastronomia mais rica em frutos do mar da região sudeste.
A gastronomia carioca possui maior influência da gastronomia
portuguesa. Além disso, o Rio de Janeiro é o estado que mais aceita a inclusão
da culinária de outros estados. Devido a isso, é frequente encontrar pratos
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típicos da comida mineira, paulista, nordestina, entre outras, incluídas na

alimentação diária do carioca.
A gastronomia do estado de São Paulo tem como principais influências
as culinárias italiana, japonesa e árabe. Mas pode-se encontrar a gastronomia
do mundo inteiro. Tanto que, a cidade de São Paulo foi nomeada a capital
mundial da gastronomia. Entre os pratos típicos paulistas podemos destacar o
cuscuz paulista e o virado paulista. Algo que também chama a atenção dos
turistas é a comida caipira, típica nas cidades do interior de São Paulo.
Normalmente as iguarias são feitas em panelas de barro e fogão a lenha. A
cozinha paulista tem grande potencial de atrair o turista gastronômico, uma vez
que possui gastronomia eclética: representa tanto a gastronomia mundial
quanto uma cozinha com identidade própria.

4.5. Região Sul

Formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
a Região Sul do Brasil é considerada a menor região brasileira. No entanto, é a
terceira macrorregião mais populosa do país, segundo contagem populacional
realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os primeiros habitantes da região foram os índios que enfrentaram uma
drástica redução populacional no período de colonização do Brasil. Os
espanhóis e portugueses plantaram suas raízes ainda nas missões jesuíticas,
além dos negros para o trabalho escravo. Entretanto, os fluxos migratórios para
o Sul se intensificaram no fim do século XIX e no decorrer da I e II Guerra
Mundial com a chegada de alemães, eslavos, japoneses e, acima de tudo, os
italianos que deixaram traços culturais muito marcantes no cotidiano da região.
Essa diversidade, dentre tantos outros aspectos culturais, se relaciona
intimamente com a riqueza gastronômica da região.
Os gaúchos são um povo que originalmente viviam do pastoreio, quase
nômades e que trouxeram para a gastronomia brasileira aquilo que talvez seja
a comida mais apreciada por todos os brasileiros: o churrasco. Além disso,
pode-se citar o arroz carreteiro (arroz com carne moída ou sobras de
churrasco) e o galeto ao primo canto (frango assado sobre brasa e servido com
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polenta frita, salada, radiche e espaguete) como principais representantes da

cultura gastronômica do Rio Grande do Sul. A bebida tradicional dos gaúchos é
o chimarrão, uma infusão da erva-mate que é sempre saboreada em grupo
ritualmente.
Os italianos acrescentaram na região o consumo de massas, polenta,
laticínios e principalmente o vinho que, atualmente, é o de melhor
prestígio de qualidade do Brasil. O estado do Rio Grande Sul é
responsável por mais de 90% da produção vinícola do país, com
destaque para as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do
Sul (E-VINHO, 2011).

A influência da colônia alemã no Sul é intensa, mas principalmente em

Santa Catarina, onde existe grande consumo de frutos do mar devido ao vasto
litoral. Já no seu interior um dos principais pratos é o marreco recheado com
repolho roxo, receita tradicionalmente alemã, além, das charcutarias de
pequeno, médio e grande porte e algumas cervejarias artesanais.
(SCHLUTER,2006)
Um grande exemplo dessa influência é a cidade de Blumenau, onde
ocorre a maior festa da cerveja do Brasil: a Oktoberfest.
No litoral do Paraná, o Barreado (caldo de carne, toucinho e temperos),
é receita tradicional há cerca de 200 anos. O prato tradicional carneiro no
buraco (carneiro, legumes e frutas), também figura como forte característica da
região, assim como, os pratos a base de peixes de água doce, mais comuns no
interior do estado.
Devido à grande miscigenação cultural regional, a região Sul apresenta
grande potencial e diversidade em suas qualidades gastronômicas, o que
facilmente a coloca em um grau de destaque no turismo gastronômico
nacional.

5. ROTEIROS TURÍSTICOS
Toda viagem seja ela curta ou longa, em grandes ou pequenas
localidades, ou mesmo que o viajante esteja sozinho e não tenha fechado seu
pacote com uma agência segue um roteiro. Roteirizar uma viagem significa
identificar os atrativos a serem visitados, melhorando o aproveitamento da
viagem. TAVARES (2002) já afirmava que ao se visitar algum atrativo, essa
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visitação também se estende a toda a estrutura e realidade de seu entorno.

Assim, pode-se constatar que roteiros turísticos são itinerários de visitação
organizados, configurando-se como um termo genérico utilizado para a
apresentação de itinerários e programações efetuadas com a finalidade do
turismo. A organização e elaboração de roteiros é fundamental para a
comercialização do turismo como um produto, tornando-o menos intangível.
O objetivo principal de um roteiro turístico é oferecer ao consumidor a
maior gama de informações sucintas, além de mostrar o local visitado e seus
principais diferenciais. Os roteiros servem ainda como ferramentas de
organização das visitações da melhor forma possível de acordo com as
possibilidades técnicas, levando em consideração os interesses dos turistas.
Após a percepção da gastronomia típica das regiões brasileiras,
percebeu-se o seu grande potencial. Assim, propõe-se a criação futura de um
roteiro turístico gastronômico que envolva as diversas regiões.
Foram selecionados, em uma tabela abaixo, alguns restaurantes de
cada região, sendo um para cada estado, que oferecem o prato típico e
prometem uma maior proximidade do turista com a cultura e gastronomia local.
A grande maioria dos estabelecimentos selecionados constam no Guia Quatro
Rodas que é um grupo de guias das cidades brasileiras e países do
MERCOSUL, que contam indicações de restaurantes, hotéis, rodovias, praias e
atrações turísticas e alguns também fazem parte do Veja Comer e Beber, que
também é um guia que assim como o Quatro Rodas, premia o que a de melhor
na cozinha regional. A tabela visa verificar a viabilidade da criação dos roteiros
por meio das variáveis: existência de restaurantes que comercializem a comida
típica e a existência de voos nacionais e internacionais.
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REGIÃO ESTADO CAPITAIS RESTAURAN PRATO TÍPICO AEROPORTOS

TE NACIONAL INTERNACIONAL
ACRE RIO BRANCO POINT DO CARNE DE RÃ SIM NÃO
PATO
NORTE AMAPÁ MACAPÁ FLORA PEIXE SIM NÃO
ENSOPADO
COM PITU
AMAZONAS MANAUS BANZEIRO PATO NO SIM SIM
TUCUPI
PARÁ BELÉM LÁ EM CASA PIRARUCU SIM SIM
RONDÔNIA PORTO VELHO CARAVELA TUCUNARÉ SIM NÃO
DO MADEIRA
RORAIMA BOA VISTA XURIMÃ CARNE DE SOL SIM NÃO
TOCANTINS PALMAS CABANA DO ARROZ DE SIM NÃO
LAGO CUXÁ
ALAGOAS MACEIÓ BAR DO SURURU AO SIM NÃO
PATO LEITE DE COCO
BAHIA SALVADOR PARAÍSO ACARAJÉ SIM SIM
TROPICAL
CEARÁ FORTALEZA COLHER DE BAIÃO DE DOIS SIM SIM
PAU
NORDESTE MARANHÃO SÃO LUIS CABANA DO TORTA DE SIM NÃO
SOL CAMARÃO
PARAÍBA JOÃO PESSOA MANGAI CARTOLA SIM NÃO
PERNAMBUCO RECIFE OFICINA DO SARAPATEL SIM SIM
SABOR
PIAUÍ TERESINA FAVORITA GALINHA SIM NÃO
COMIDAS D’ANGOLA
TÍPICAS E
CHURRASCO
S
RIO GRANDE NATAL PAÇOCA DE PAÇOCA DE SIM SIM
DO NORTE PILÃO CARNE DE SOL
SERGIPE ARACAJU O MIGUEL REFOGADO DE SIM NÃO
ARATU
DISTRITO BRASÍLIA OCA DA MOQUECA DE SIM SIM
FEDERAL TRIBO BANANA-DA-
TERRA
CENTRO- GOIÁS GOIANIA CHÃO EMPADÃO SIM NÃO
OESTE NATIVO GOIANO
MATO CUIABÁ REGIONALÍS ARROZ COM SIM NÃO
GROSSO SIMO PEQUI
MATO CAMPO GRANDE FOGO SOPA SIM NÃO
GROSSO DO CAIPIRA PARAGUAIA
SUL
ESPÍRITO VITÓRIA PIRÃO TORTA SIM NÃO
SANTO CAPIXABA
MINAS GERAIS BELO DONA FEIJÃO SIM SIM
SUDESTE HORIZONTE LUCINHA TROPEIRO
RIO DE RIO DE JANEIRO ALVARO’S RABADA SIM SIM
JANEIRO CARIOCA
SÃO PAULO SÃO PAULO BARARO VIRADO A SIM SIM
PAULISTA
PARANÁ CURITIBA JACOBINA BARREADO SIM SIM
RIO GRANDE PORTO ALEGRE CHURRASCA CHURRASCO SIM SIM
SUL DO SUL RIA NA GAÚCHO
BRASA
SANTA FLORIANÓPOLIS BAR DO PIRÃO COM SIM SIM
CATARINA ARANTE PEIXE

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse artigo pôde mostrar, ainda que de forma sucinta, o quão vasta é a
cultura de cada região brasileira, tratando particularmente da gastronomia, que
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é responsável por transportar a identidade de uma região através da

elaboração e preparo de um prato. Atualmente a busca por esse tipo de roteiro
é cada vez mais crescente e o Brasil precisa utilizar o seu grande potencial
gastronômico como mais uma forma de desenvolvimento turístico.
Isso é possível? Através do que foi mostrado, é visto que é possível.
Pois quando o turista, seja ele nacional ou internacional encontra o que busca,
ele volta e quando volta traz mais alguém com ele. E o estabelecimento que o
atendeu lucra mais e posteriormente poderá ampliar suas instalações,
contratando mais pessoas. Com isso a cidade cresce, o estado também cresce
e o país cresce junto.
Para que isso realmente aconteça, basta que se faça um planejamento
adequado para cada região e estabelecimento em conjunto com o Ministério de
Turismo, a EMBRATUR e as Secretarias de Turismo pois não é mais possível
que o Brasil continue a ser vendido apenas como o País do futebol ou do
carnaval.

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