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Texto Argumentativo vs Substantivos

Licenciatura em Administração e Gestão da Educação

1º Ano

Universidade Licungo
Quelimane
2019
1

Texto Argumentativo vs Substantivos

Curso de Administração e Gestão da Educação

Trabalho de carácter avaliativos a a ser


apresentado ao Departamento de
Ciências de Educação e Psicologia, na
cadeira de Técnica de Expressão em
Língua Portuguesa, recomendado pela
docente.
Drª: Helga Pinto

Universidade Licungo
Quelimane
2019
2

Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 3
Objectivos ..................................................................................................................................... 3
Geral: ............................................................................................................................................. 3
Específicos: ................................................................................................................................... 3
Metodologia .................................................................................................................................. 3
1.Substantivos ............................................................................................................................... 4
1.1.Classificação dos Substantivos................................................................................................ 4
1.2.Flexão Genérica ou em Género ............................................................................................... 6
1.3.Flexão Numérica ..................................................................................................................... 7
1.4.Flexão gradual/em Grau .......................................................................................................... 7
1.5.Flexão de caso ......................................................................................................................... 7
1.6.Função Sintática do Substantivo ............................................................................................. 8
2.Texto Expositivo Argumentativo ............................................................................................... 8
2.1.Conceito da Argumentação ..................................................................................................... 9
2.2.Argumentos e Provas ............................................................................................................ 10
2.3.Ordens das Provas ................................................................................................................. 10
2.4.Percurso da Argumentação.................................................................................................... 10
2.5.Organização Retórica do Texto Argumentativo .................................................................... 10
2.6.Vias de Argumentacão .......................................................................................................... 11
1. Via Lógica ............................................................................................................................... 11
2.Via Explicativa ......................................................................................................................... 12
Conclusão .................................................................................................................................... 13
Bibliografia ................................................................................................................................. 14
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Introdução
Neste trabalho discute-se a questão do texto argumentativo e o substantivo. Entretanto,
é importante trazer abordagens ligadas a argumentação. A argumentação é uma técnica
da discussão com vista a convencer um adversário ou a refutá-lo e a estabelecer com ele
um acordo sobre a legitimidade da discussão. Na argumentação implica, assim, que se
renuncie a relações de força, isto é, a excluir as ordens. Não se dão ordens a quem
queremos convencer. Se quisermos captar a adesão dos destinatários, então temos que
ter em conta as suas reações, isto é, o discurso argumentativo tem que ser maleável, tem
que se adaptar ao teor dessas reações para que se possa manter uma espécie de "corrente
de simpatia" entre o emissor e os destinatários.
Podemos considerar que a competência argumentativa se define, não só como a arte de
argumentar eloquentemente, mas essencialmente como a capacidade de dialogar. Neste
sentido, a competência argumentativa remete para uma atitude de abertura em relação
aos outros; mostrar-se disponível para falar e influenciar / ouvir e ser influenciado, o
que implica que os interlocutores se apresentem de igual para igual, no que diz respeito
ao direito de cada um em aderir ou resistir aos argumentos do outro.
Argumentar é, assim, aceitar o desafio e o risco de falhar no controlo das crenças e
condutas de outrem. O orador quer controlar, mas aceita sujeitar-se a ver esse controlo
limitado pela contra-argumentação do seu interlocutor; por sua vez, este assume o risco
de ter de alterar a sua convicção e/ou o seu comportamento, em função da capacidade de
persuasão dos argumentos que lhe são dirigidos.
No que concerne a questão de substantivo, os substantivos estão em todo o lado da
nossa vida, onde quer que estejamos há sempre nomes de objectos ou seres, quer
animados, quer inanimados, seja eles concretos, quer abstractos. Porém, dentro do
presente trabalho far-se-á uma abordagem mais detalhada sobre os substantivos e as
suas flexões e classificações.
Objectivos
Geral:
 Compreender os textos argumentativos e os substantivos
Específicos:
 Descrever os conceitos de argumentação, e substantivos;
 Identificar as principais partes do texto argumentativo;
 Destacar as classificações e flexões dos substantivos.
Metodologia
Para a realização do presente trabalho foi necessário o uso do método bibliográfico que
consistiu na leitura de diversas obras que versam sobre o assunto em alusão.
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1.Substantivos
O substantivo ou nome é uma classe de palavras variável com que se designam ou se
nomeiam os seres em geral ou são as palavras variáveis com que se designam os seres
(pessoas, animais e coisas). O substantivo é a palavra que serve, de modo primário, de
núcleo de sujeito, do objeto direto, do objeto indireto e do agente da passiva. Qualquer
palavra de outra classe que desempenhe uma dessas funções equivalerá, forçosamente, a
um substantive, (CUNHA & CINTRA, 2008:191).
Em português, o substantivo pode ser flexionado em gênero, número e grau. Em outros
idiomas pode haver outras flexões, como a de caso gramatical.
Por sua vez, Substantivação é a atribuição de funções de substantivo a alguma outra
palavra, que pode ser um verbo, um adjetivo, um numeral, ou até mesmo um advérbio.
Exemplo:
 "O olhar dela me fascina inteiramente ." (verbo substantivado)
 "Era um azul maravilhoso." (adjetivo substantivado)
 "Os milhões foram roubados do banco." (numeral substantivado)
 "Ele disse um não bem grosseiro." (advérbio substantivado)
Uma palavra se torna substantivo quando toma o lugar de um e é precedida por um
artigo.
Podemos substituir a palavra jantar por comida, que é um substantivo. Ficaria:
"A comida estava ótima". Se trocarmos azul por cor, seria: "Era uma cor maravilhosa".
Assim como, se mudássemos a estrutura da frase Ele disse um não bem grosseiro,
ficaria assim: " - Não, disse ele, de forma grosseira". O não, neste segundo caso, é um
advérbio de negação.
Na primeira oração do exemplo acima, a palavra olhar, que normalmente é um verbo,
foi substantivada, ao ser precedida do artigo definido O. Assim acontece com as demais,
só que precedidas de artigo indefinido.
A regra geral é: toda palavra é substantivo, a não ser que a palavra já seja um
substantivo.

1.1.Classificação dos Substantivos


Na perspectiva de CUNHA & CINTRA, (2008:192) os substantivos podem ser
classificados em:
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1. Comuns e próprios
Comuns são aqueles que dão nome a espécie: pessoa, rio, planeta,cidade; próprios são
aqueles que designam um indivíduo da espécie: João, Amazonas, Marte.

2. Concretos e abstratos
Concretos são aqueles que designam seres reais ou imaginários, de existência
independente de outros seres: homem, cão, árvore, Brasil, caneta; abstratos são aqueles
cuja existência depende de outros seres. Designam ações, estados e qualidades: beleza,
colheita, doença, bondade, juventude, CUNHA (1978:194).

3. Substantivos Coletivos
São substantivos comuns que, no singular, designam um conjunto de seres ou coisas da
mesma espécie. No substantivo coletivo, trata-se de um único ser uma pluralidade de
indivíduos: elenco (conjunto de atores); matilha (conjunto de cães de caça); cardume
(conjunto de peixes) etc.

4. Primitivos e derivados
Primitivos são aqueles de que não derivam de outros vocábulos, ALMEIDA (1991:205).
Exemplos: casa, folha, árvore.
Por sua vez, os derivados são aqueles que procedem de outras palavras (guerreiro é
derivado por vir de guerra, guerra + eiro, ferreiro é derivado por vir de ferro, ferro +
'eiro').

5. Simples e composto
Simples são aqueles substantivos constituídos de um só radical, ALMEIDA (1991:205).
Exemplo: casa, casarão; compostos são aqueles formados na união de dois ou mais
radicais: boca-de-leão, couve-flor, passatempo.

6. Substantivos uniformes
Ainda segundo CUNHA & CINTRA, (2008:210) os substantivos uniformes podem ser:
 Substantivos epicenos: denominam-se epicenos os nomes de animais que
possuem um só gênero gramatical para designar um e outro sexo: a águia, a
baleia, a mosca, a pulga, o besouro, o polvo, o tatu, etc.
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 Substantivos sobrecomuns: denominam-se sobrecomuns os substantivos que


têm um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos: o
apóstolo, o cônjuge, a criança, a testemunha, etc.
 Substantivos comuns de dois gêneros: alguns substantivos possuem uma só
forma para os dois gêneros, mas distinguem-se o masculino do feminino pelo
gênero do artigo ou outro determinante.
Por exemplo: o agente, a agente; dois colegas, duas colegas; meu gerente, minha
gerente; esse mártir, essa mártir; aquele lojista, aquela lojista etc.
 Substantivos de gênero vacilante: em alguns substantivos notam-se vacilação
de gênero: diabete, suéter, omoplata, etc, (CUNHA, 1978:194).

1.2.Flexão Genérica ou em Género


Gênero gramatical é a indicação do sexo real ou suposto dos seres. Segundo, CUNHA
& CINTRA (2008:211) o gênero gramatical é um critério puramente linguístico,
convencional, que divide os substantivos em duas classes: masculino e feminino. Trata-
se na verdade mais de uma classificação do que uma flexão propriamente dita para a
maioria dos substantivos; entretanto, os substantivos designando pessoas e animais
podem assumir formas diferentes de acordo com o sexo do ser que designa, em geral
com o mesmo radical; por isso diz-se tratar de uma flexão.
 Masculino: em português, são do gênero masculino todos os substantivos a que
se pode antepor o artigo o: o aluno, o amor, o galho, o poema. Geralmente são
masculinos os nomes de homens ou funções exercidas por eles; os nomes de
animais do sexo masculino; os nomes de lagos, montes, rios e ventos; os nomes
de meses e pontos cardeais;

 Feminino: em português, são do gênero feminino todos os substantivos a que se


pode antepor o artigo a: a casa, a vida, a árvore, a canção. Geralmente são
femininos os nomes de mulheres ou de funções exercidas por elas; os nomes de
animais do sexo feminino; os nomes de cidades e ilhas; as partes do mundo; as
ciências e as artes liberais, ALMEIDA (1991:205).
Outros gêneros: em português só existem os gêneros masculino e feminino, mas em
vários idiomas existe o gênero neutro, geralmente reservado a substantivos abstratos e
os que designam objetos e animais. Alguns idiomas da família linguística Nigero-
7

Congolesa chegam a ter dezenas de gêneros, muitas vezes atribuídos às palavras de


forma arbitrária.
NB. Existem substantivos que mudam totalmente quando flexionam em género, o caso
de cavalo (macho); égua (fémea).

1.3.Flexão Numérica
Quanto à flexão de número, os substantivos podem estar no singular ou plural:
 Singular: é a forma não flexionada do substantivo, que indica apenas um ser:
casa, homem, doce;
 Plural: é a forma flexionada, que indica mais de um ser: casas, homens, doces,
(CINTRA & CUNHA, 2008:212).
Dual: indica dois seres. Esta flexão não existe em português; aparece em idiomas como
o grego antigo, o árabe e o checo.
De uma forma geral, o plural em português é feito acrescentando um “s” no final de
uma palavra no singular. Porém, existem excepções, onde além de “s” acrescentam mais
alguns morfemas “palavras”.
Por Exemplo:
 Pão = pães
 Papel = Papeis
 Funil = Funis
 Caracol = caracóis, etc.

1.4.Flexão gradual/em Grau


O que substancialmente existe pode ter tamanhos diversos; pode ter tamanho normal,
comum, como pode ser grande ou pequeno, (CINTRA & CUNHA, 2008:213).
Em português são três os graus dos substantivos: Normal; Aumentativo e; Diminutivo.
 Normal: designa o ser no seu tamanho natural: casa, livro;
 Aumentativo: designa o ser aumentado do seu tamanho normal: casarão, livrão;
 Diminutivo: designa o ser diminuído do seu tamanho normal: casebre, livrinho.

1.5.Flexão de caso
Segundo CINTRA & CUNHA, (2008:213) em muitos idiomas existe a flexão de caso,
em que o substantivo tem desinências diferentes dependendo da função sintática que
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exercem na oração. Essa flexão existia no latim, porém desapareceu em português e em


todas as outras línguas românicas com exceção do romeno, sendo substituídas por
preposições. Os casos mais comuns nos idiomas que apresentam esse tipo de flexão são:
 Nominativo: designa o sujeito ou o predicativo;
 Acusativo: designa o objeto direto;
 Genitivo: designa o adjunto adnominal, geralmente de posse;
 Dativo: designa o objeto indireto;
 Ablativo: designa o adjunto adverbial;
Outros casos: várias línguas declinativas têm outros casos para além deste. O latim tinha
além desses os casos ablativo, para designar o adjunto adverbial, e o vocativo. Alguns
poucos idiomas substituem os casos nominativo e acusativo pelos casos absolutivo
(objeto direto e sujeito de verbo intransitivo) e ergativo (objeto de verbo transitivo).
Idiomas fino-úgricos como o finlandês e o húngaro têm casos numerosos, podendo
chegar a mais de 15, (CINTRA & CUNHA, 2008:213).
Um exemplo de frase em latim usando casos: mater
amici mei unam rosam filio meo dedit (a mãe do meu amigo deu uma rosa ao meu
filho). "Mater" está no nominativo; "amici mei" está no genitivo; "unam rosam" está no
acusativo, e "filio meo" está no dativo.

1.6.Função Sintática do Substantivo


O substantivo pode figurar na oração como núcleo do sujeito, predicativo, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial, agente da
passiva, aposto, vocativo e excepcionalmente como adjunto adnominal, (CINTRA &
CUNHA, 2008:213). Os adjetivos referentes a cores podem ser modificados por um
substantivo que melhor precise uma de suas tonalidades, um de seus matizes: amarelo-
canário; verde canário, etc. Neste emprego, o substantivo equivale a um advérbio de
modo. As frases nominais têm o substantivo como núcleo da frase: "Ó minha
amada/Que olhos os teus"

2.Texto Expositivo Argumentativo


O texto argumentativo é um dos textos pertencentes à tipologia de textos expositivos, no
qual o autor apresenta as suas ideias ou opiniões acerca do que vê, pensa ou sente, ao
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contrário do que acontece com o explicativo – texto que apresenta factos sobre uma
realidade.

2.1.Conceito da Argumentação
De acordo com NASCIMENTO e PINTO (2006) argumentar é reflectir, pesar os prós e
os contras de uma decisão; defender uma tese, uma ideia, um ponto devista,
apresentando as razões, refutar algo contrapondo argumentos.
Por sua vez, FIGUEIREDO e BIZARRO (1996) consideram que argumentar é
expressar uma convicção e uma explicação para persuadir o interlocutor a modificar o
seu comportamento.
Com estas ideias, percebe-se que a argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma
posição. Quanto mais polémico for o assunto em questão, mais dará margem à
abordagem argumentativa. Pode ocorrer desde o início quando se defende uma tese ou
também apresentar os aspectos favoráveis e desfavoráveis posicionando-se apenas na
conclusão.
Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão,
supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca
capturar o ouvinte, seduzí-lo e persuadí-lo.
Enfim, argumentar é apresentar as razões que, por um raciocínio lógico levam a uma
conclusão. Portanto, o principal objectivo de um texto argumentativo é persuadir,
convencer o receptor a aceitar o nosso ponto de vista.
Os argumentos devem promover credibilidade. Com a busca de argumentos por
autoridade e provas concretas, o texto começa a caminhar para uma direcção coerente,
precisa e persuasiva. Somente o facto pode fortalecer o texto argumentativo. Não
podemos confundir facto e opinião. O facto é único e a opinião é variável. Por isso,
quando ocorre generalização dizemos que houve um “erro de percurso”.
Segundo REI (1990:88) “Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar
uma afirmação destinada a fazer admitir outra.”
Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria da argumentacão estuda as técnicas
discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que
apresentamos ao seu consentimento. Sem se afastar da dialéctica, da lógica e da retórica.
A argumentacãao investiu no campo da psicologia, da sociologia e da teoria geral da
informação, indo nestes campos procurar alguma luz sobre como reage o homem,
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quando exposto às mensagens persuasivas, como altera as suas convicções e o seu


comportamento.

2.2.Argumentos e Provas
Já definimos o argumento como um raciocínio destinado a provar ou refutar uma
afirmacão ou, ainda, uma afirmacão destinada a fazer admitir outra. Os argumentos são,
portanto, elementos abstractos, cuja disposição no discurso dependerá da sua força
argumentativa, aparecendo, assim, no texto, numa disposicão crescente, decrescente ou
dispersa.

2.3.Ordens das Provas


As provas têm a funcão de sustentar os argumentos e são de três ordens (Jules Verest,
1939: 468-471):
Naturais - incluem os textos das leis, o testemunho das autoridades, as afirmacões das
testemunhas e os documentos de qualquer espécie;
Verdades e princípios Universais - são reconhecidas, deste modo, por todos e
apresentadas sob a forma de raciocínio reduzido, ou entimema;
O Exemplo – é um caso particular, real ou fitício, que tem uma analogia verdadeira
com o caso que nos ocupa. A intencão é, a partir dele, inculcar uma verdade geral da
qual deduzimos uma proposicão que queremos estabelecer.

2.4.Percurso da Argumentação
Segundo REI (1995:90), são caminhos do pensamento para "justificar uma opinião,
desenvolver um ponto de vista, reflectir para chegar a uma decisão" (BELLENGER,
1988: 16); são processos de organização das ideias, segundo a natureza dos laços que
unem os elementos ou as etapas do edifício persuasivo: onde operam os argumentos,
escolhidos e dispostos, tendo em vista uma argumentação concreta.

2.5.Organização Retórica do Texto Argumentativo


Na perspectiva de FIGUEIREDO e BIZARRO (1996) os textos argumentativos
apresentam habitualmente uma ordem mais ou menos fixa na disposição dos conteúdos.
Em geral, distinguem-se três (3) partes:
1.ª A Exposição da Tese – que tem por objecto a formulação das ideias que vai-se
defender.
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2.ª O Conjunto Argumentativo – que tem como finalidade apresentar os motivos em


que se fundamenta a tese.
3.ª A Conclusão – é uma síntese de todo o conjunto de argumentos apresentados.

O texto argumentativo, oral ou escrito, estrutura-se basicamente num plano tripartido:


1. Exórdio – é a primeira parte de um discurso, preâmbulo, a introdução do
discurso que consiste em:
a) Exposição do tema;
b) Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de determinados
termos, à apresentação de esquemas da exposição, à referência de outras opiniões,
etc.
2. Narração /confirmação – é a parte do discurso em que o orador desenvolve as
provas, consiste na utilização de argumentos (citação de factos, de dados
estatísticos, de outros exemplos, de narração de acontecimentos, etc.).
3. Peroração/epílogo – é a parte final de um discurso, a sua conclusão, o remate,
síntese, recapitulação.

2.6.Vias de Argumentacão
1. Via Lógica
Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios herdados das disciplinas
ligadas ao pensamento: a indução, a dedução, o raciocínio causal.
I. A Indução – é a forma habitual de pensar do singular ao plural, do particular ao
geral. Pode tomar duas formas: totalizante, quando se estabelece a partir do
recenseamento de um todo, adquirindo o estatuto de prova - como quando,
depois da chamada, afirmamos "os alunos estão todos"; generalizante, quando o
recenseamento completo não é possível e o raciocínio indutivo nos leva de uma
parte ao todo, por generalização - por exemplo quando se afirma: "Os
portugueses são hospitaleiros". Este é o procedimento mais usual, mas o menos
rigoroso, pois a generalização implica simplificação, e com ele vem o engano, o
idealismo e a teorização.

II. A Dedução - dois princípios estão na sua base: o da não contradição - quando
duas afirmções se contradizem uma delas é falsa - e o da progressão do geral
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para a particular - através de articulação lógica expressa por "assim", "portanto"


ou "logo".
Por exemplo, o silogismo - constituído por três proposições ou afirmações - chamadas
premissas as duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de "menor", confome o
termo que contém, e conclusão, a terceira - deve possuir três termos e combiná-Ios dois
a dois. Veja:
Os Homens são mortais
José é um homem
José é mortal.
III. O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do facto, antes de nos
inquietarmos com a causa" aconselhava FONTENELLE apud BELLENGER,
(1988: 27), o papel preponderante do raciocínio causal, na argumentação,
assenta em duas transposiões constantes: da causa para o efeito e do efeito para a
causa, conduzindo ao pressuposto de que "o conhecimento das causas permitirá
remediar o facto constatado" (ibid. 27), quer dizer, suprimamos as causas e o
problema estará resolvido, o que leva as pessoas a preocuparem-se mais com as
razões do presente do que com o modo de melhorar o futuro.

2.Via Explicativa
A Via Explicativa à semelhaça da anterior procura fazer compreeender e tornar
inteligível a informação da argumentação. BELLENGER (ibid.: 36-45), via explicativa
usa as definições, as comparações, a analogia, a descrição e a narração. O explicar
pretende convencer com o máximo de objectividade.
I. A definição - definir e dizer a verdade e responde à necessidade de compreender.
A necessidade de definir aumenta a credibilidade de quem quer convencer.
II. A comparação - usa-se a comparação para provar a utilidade, a bondade, a valor
de uma coisa, um resultado, uma opinião. A técnica comparativa é simples, fácil
de compreender, inscrita nos nossos hábitos, levando-nos a usá-la, activa e
passivamente, de forma natural e sem disso nos darmos conta. A comparação
procura fazer passar identidades entre factos, pessoas ou opiniões diferentes e
transpor valores de sistemas independentes e autónomos: estas passagens e
transposiçães são manipuladoras e pretendem chocar, colocar problemas de
consciência, questionar os modelos culturais e as normas vigentes.
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III. A analogia – “é a imaginação em auxílio da vontade de se explicar e de


convencer.” (BELLLENGER, 1988: 41). Trata-se de uma semelhança estabelecida
pela imaginação entre pensamentos, factos, pessoas. Simboliza a vontade de bem
se exprimir e bem se fazer entender. Simplifica a caricatura, prestando-se, assim, a
uma fácil fixação e a uma compreensão imediata, daí o seu uso frequente na
publicidade. Os antigos olhavam-na com alguma reserva, aconselhando, por isso, a
introoduzí-Ia com expressões como: de certo modo, quase como, uma espécie
de…
IV. Descrição e narração - para convencer alguém, podemos descrever ou narrar uma
situção ou um acontecimento. São o ponto de partida da indução socrática: narra
uma história, uma experiência, uma anedota, desencadeia um processo de
inferência que a partir de um facto nos conduz ao princípio ou à regra. É o peso do
concreto, do vivido e do testemunho que passa através delas. Ambos os processos
criam a ausência, a falta de um complemento, de um remate, de um "E depois?" -
ouvido sempre que alguém, ao narrar algo, aparenta parar ou desviar-se do enredo.

Conclusão
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Podemos concluir que texto argumentativo é o conteúdo de uma escritura cuja principal
característica se baseia na análise de ideias, ou seja, em um raciocínio. De modo geral,
qualquer texto desta natureza apresenta três aspectos:
1) uma tese ou ideia principal;
2) uma série de razões ou argumentos que avaliam a tese;
3) uma conclusão ou síntese que reafirma a tese inicial.
Neste sentido, os argumentos apresentados são válidos quando apresentam
determinadas características
Estão baseados em dados demonstráveis, são irrefutáveis, apresentam uma dimensão
objetiva e não possuem aspectos discutíveis (por exemplo, elementos subjetivos ou
argumentos ilusórios).
Nem todos os argumentos possuem a mesma autenticidade. Vamos colocar dois
exemplos opostos: um argumento pode ser entendido como válido quando é utilizado
por um indivíduo de grande autoridade, mas este mesmo tipo de argumento muitas
vezes é discutido pelo fato deste intelectual estar tremendamente equivocado. Por outro
lado, existe o argumento baseado em uma metodologia científica mais rigorosa e aceito
pela comunidade de cientistas. De qualquer forma, deve-se levar em conta que todos os
argumentos possuem contra-argumentos correspondentes.
Os mais variados textos argumentativos possuem algo em comum: pretendem que suas
ideias sejam atrativas ou válidas para uma pessoa. Em outras palavras, os argumentos
têm o propósito de convencer alguém sobre algo.

Bibliografia
15

CUNHA, Celso; Cintra, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo 5 ed.


Rio de Janeiro: Lexikon. 2008.
CUNHA, Celso. Gramática do Português Contemporâneo. 7ed. Belo Horizonte:
Bernardo Álvares.1978.
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa.5 ed.
São Paulo: Saraiva.1991.
REI, J., Esteves. Curso de Redacção II - O Texto. Porto editora. 1995
MATEUS, et. al.. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed., Lisboa, caminho,
1989.
CUNHA, C. & CINTRA, L. Breve Gramática do Português Contemporâneo. 14ª ed.
Lisboa,
Sá da Costa, 2001.
FIGUEIREDO, O. M. & BIZARRO, R. Da Palavra ao Texto-Gramatica de Língua
Portuguesa. Porto, ASA, 1999

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