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Gabarito: B
Comentários:
a) O art. 3º, VIII, da Lei Kandir (LC 87/96), expressamente exclui da incidência do ICMS as
operações de arrendamento mercantil, quando não há venda do bem arrendado ao
arrendatário, uma vez que nestas situações não ocorre a circulação jurídica da mercadoria, no
que se constitui na hipótese de incidência do ICMS. Isso também se reflete na jurisprudência do
STJ, razão pela qual a assertiva está incorreta.
b) A alternativa é a transcrição da Súmula 509, do STJ. A lógica da jurisprudência é a boa fé, uma
vez que o contribuinte não pode ser penalizado se ao tempo da operação não tinha como
verificar a idoneidade do fornecedor. Por outro lado, caso o contribuinte previamente tivesse
conhecimento acerca da inidoneidade, não poderia aproveitar os créditos. Correto.
c) O art. 2º, I, da Lei Kandir prescreve que o ICMS incide sobre fornecimento de alimentação e
bebidas em bares e restaurantes. A questão chegou ao STJ, que sumulou entendimento
ratificando que incide ICMS sobre o valor total quando se trata de alimentação e bebidas
fornecidas em bares e restaurantes, malgrado haja também um serviço subjacente. Logo, a
assertiva está incorreta.
d) Não é possível a incidência por diversas pessoas políticas nesse caso. Há diversos dispositivos
na Lei Kandir que indicam que quando incide o ICMS, não incide o ISSQN nos casos de "duplo
objeto negocial". Além disso, o CTN aponta como cabimento de ação de consignação em
pagamento quando há exigência de mais de uma pessoa jurídica de direito público sobre o
mesmo fato gerador. Errado.
e) A incidência do ICMS decorre da circulação jurídica, ou seja, é necessário que ocorra mudança
de titularidade da mercadoria. Isso não ocorre quando há movimento entre estabelecimentos
da mesma pessoa jurídica. Nesse sentido, foi editada a Súmula 166, do STJ. Errado.
2. FEPESE l PGE/SC l 2018. Assinale a alternativa correta a respeito do Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).
b) Empresas do ramo da construção civil estão obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias
adquiridas como insumos em operações interestaduais.
Gabarito: D
Comentários
A) A própria Lei khandir exclui expressamente a cobrança de ICMS decorrente da venda de bens
salvados de sinistros pelas seguradoras, conforme art. 3º, IX. A jurisprudência dos Tribunais
superiores também seguiu nesta linha, no que resultou no cancelamento da 152-STJ: Na venda
pelo segurador, de bens salvados de sinistros, incide o ICMS. Atualmente, é pacifico que não
incide o ICMS nessas circunstâncias.
b) As empresas de construção civil, quando compram bens que serão usados em suas obras são
consideradas não-contribuintes do ICMS, pois sua atividade está caracterizada pela prestação
de serviço, que por sua vez é o fato gerador do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza). Logo, a empresa de construção civil que comprar insumos para sua obra em outro
Estado, tendo em vista não ser contribuinte do ICMS, deve se sujeitar à alíquota interna.
Neste sentido, a Súmula 432, STJ - As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar
ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em operações interestaduais.
c) A pauta fiscal consiste na fixação de um valor mínimo no qual o fisco entendia com presunção
absoluta que determinadas mercadorias deveriam ser vendidas, sob a pena de ser cobrado
subfaturamento sobre as vendas com valores inferiores das pautas fiscais. Por violar diversas
garantias constitucionais do contribuinte, a exemplo da vedação ao confisco, essa forma de
cobrança foi considerada ilegal pelo STJ.
É importante não confundir a sistemática da pauta fiscal com outras situações semelhantes e
legítimas, como arbitramento pelo Fisco e o estabelecimento de margem de valor agregado no
ICMS substituição, por exemplo.
O Fisco pode arbitrar o valor da base de cálculo quando não mereçam fé os valores apresentados
pelo sujeito passivo, nos termos do artigo 148 do CTN. O arbitramento é legal, desde que seja
feito por processo regular, permitindo avaliação contraditória administrativa ou judicial.
Da mesma forma, o fisco se utiliza de valores presumidos para fixar a base de cálculo no caso da
substituição tributária, uma vez que a operação ainda irá se concretizar. Existe a possibilidade
de o contribuinte ressarcir o valor caso a base de cálculo efetiva se revele inferior à presumida,
segundo a jurisprudência do STF.
A pauta fiscal, por se constituir em mecanismo arbitrário e que destoa das situações albergadas
pela legislação é ilegítima, inclusive havendo súmula neste sentido - Súmula 431/STJ - É ilegal a
cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal.
Súmula 166, STF → Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria
de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte
3. FCC l PGE/AP l 2018. Dentre as regras essenciais para o lançamento e cobrança do ICMS,
encontram-se aquelas que dizem respeito ao local da operação ou da prestação, à definição do
estabelecimento responsável, ao momento da ocorrência do fato gerador e à determinação de
sua base de cálculo. De acordo com a Lei Complementar federal nº 87/1996, local da operação,
para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável é, tratando-
se de mercadoria ou bem,
a) o do estabelecimento que transfira a propriedade de mercadoria por ele adquirida no país, e
que por ele não tenha transitado; a base de cálculo é o valor da aquisição da mercadoria,
acrescida de um IVA de até 20%, e considera-se ocorrido o fato gerador no momento da
transmissão da sua propriedade.
Gabarito: E
Comentários
Quanto à base de cálculo, essa se compõe pela soma do valor da mercadoria que consta
no documento da importação, acrescido dos impostos correlatos, nos termos do art. 13, V
da Lei Khandir. Assertiva incorreta.
d) De fato, o local da operação será nesta ocasião aquele onde seja realizada a licitação, no
caso de arrematação de mercadoria importada do exterior e apreendida confiorme art.11, I,
f); Também está apontado corretamente que a base de cálculo é o valor da operação
acrescido do valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados e de todas
as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente, nos termos do 13, VII, porém o momento
da ocorrência do fato gerador não é o do desembaraço, e sim o da própria licitação, nos
termos do art.12, IX da Lei Khandir.
Gabarito: D
Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), de competência dos Municípios
e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa,
ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.
§2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam
sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua
prestação envolva fornecimento de mercadorias.
Observe-se o seguinte julgado do STJ, que pode ser considerado paradigma da exegese acima
descrita
c) As alíquotas internas máximas do ICMS não podem ser fixadas pelo Senado Federal em
hipótese alguma.
d) O ICMS pode ter alíquotas mínimas para operações internas fixadas pelo Senado Federal.
e) A alíquota do ICMS incidente em operações de exportação não pode ser fixada pelo Senado
Federal.
Comentários
c) Alternativa errada. É facultado ao Senado Federal fixar alíquotas máximas nas operações
internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução
de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros.
d) CORRETA. Sim, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada por maioria absoluta
de seus membros.
e) As alíquotas do ICMS-exportação devem ser fixadas pelo Senado Federal, mediante resolução
de iniciativa do Presidente ou de um terço dos membros do Senado Federal, aprovada pela
maioria absoluta destes.
6. VUNESP l PGE/SP l 2018. Lei estadual confere benefício fiscal previamente aprovado pelos
Estados e pelo Distrito Federal, nos termos do art. 155, parágrafo 2°, XII, letra g, da Constituição
Federal. O benefício é de redução de base de cálculo do ICMS para operações internas com
produtos de limpeza, de forma que a carga final do imposto fica reduzida a 50% da incidência
normal. A empresa Delta usufrui do benefício em todas as suas operações internas, pois
comercializa exclusivamente produtos de limpeza. Não há, na legislação tributária, qualquer
outra previsão de benefício que Delta possa usufruir. Todas as operações interestaduais de Delta
sofrem tributação normal do imposto. Todos os seus fornecedores estão estabelecidos na
mesma unidade da federação que Delta e nenhum deles goza de benefício fiscal.
e) deve anular parcialmente o crédito do imposto, relativamente aos bens adquiridos para
posteriores operações beneficiadas, na mesma proporção da redução da base de cálculo, pois
tal benefício corresponde à isenção parcial.
Gabarito: E
Comentários:
Imagine que uma grande fazenda produtora de cana-de-açúcar vende uma safra para uma
grande fabricante de açúcar cristal e nessa operação paga R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título
de ICMS. A fabricante de açúcar cristal repassa o seu produto a comerciantes em atacado, mas
essa operação ganhou uma isenção de ICMS.
Em regra, não. Segundo disposto no art. 155, §2º, II, b, da CF/88, a isenção ou não-incidência
acarretará anulação do crédito relativo às operações anteriores. Todavia, a legislação tributária
pode fixar regra em sentido diverso, conforme ressalva prevista no mesmo dispositivo
constitucional.
Agora imagine que, ao invés de isentar totalmente a operação de venda do fabricante para o
comerciante em atacado, o benefício fiscal seja apenas para reduzir a base de cálculo do tributo.
Os créditos da operação anterior serão integralmente anulados?
Não. Primeiramente é preciso entender que a redução da base de cálculo equivale a uma
isenção parcial. Há uma redução do tributo decorrente da exclusão do crédito apenas sobre
parte da base de cálculo do fato gerador. Se o contribuinte deveria pagar o imposto sobre X,
passa a pagar apenas sobre X/2.
Se nos casos de isenção total há a anulação total dos créditos resultantes de operações
anteriores, no caso de isenção parcial (redução da base de cálculo), a anulação deve ser
proporcional à respectiva redução, não podendo ser igualmente integral.
Além disso, é importante ressaltar que apenas serão anulados os créditos de operações
anteriores quando as operações subsequentes forem beneficiadas.
No caso do enunciado, apenas haverá a anulação dos créditos referentes às operações internas,
pois elas são beneficiadas pela redução da base de cálculo. No caso das operações
interestaduais, por não existir benefício fiscal, não se justifica a anulação dos créditos referentes
às operações anteriores.
Vale ressaltar que a legislação tributária pode determinar a manutenção dos créditos nessas
situações, porém não há notícias de tal determinação no caso dos autos.
Desse modo, a alternativa A é incorreta pois defende a não anulação dos créditos. A alternativa
B é igualmente incorreta por defender a anulação integral dos créditos tributários, quando é o
caso de anulação parcial. A alternativa C erra ao generalizar a anulação dos créditos em todas
as operações subsequentes, ainda que essas não sejam beneficiadas. A alternativa D, por fim,
erra ao também defender a anulação integral dos créditos tributários, quando o correto é a
anulação parcial.
Gabarito: A
Comentários:
O ICMS tem como fato gerador a circulação jurídica de mercadorias, não sendo suficiente a
mera circulação física.
O sentido atribuído para a palavra circular, enquanto fato gerador do ICMS, deve ser o de
mudança de titular. Conforme nos ensina Geraldo Ataliba, “se um bem ou mercadoria mudam
de titular, circula para efeitos jurídicos. Convenciona-se designar por titularidade de uma
mercadoria, à circunstância de alguém deter poderes jurídicos de disposição sobre a mesma,
sendo ou não seu proprietário (disponibilidade jurídica)”.
Desse modo, a transferência de um bem de uma filial para outra da mesma pessoa jurídica não
representa uma circulação jurídica do bem, mas apenas física, tendo em vista que não há a
troca de titularidade exigida para a caracterização do fato gerador desse imposto.
Embora a Lei Kandir (LC 87/96) preveja como fato gerador a “saída da mercadoria de
estabelecimento do contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular”,
prevalece na doutrina que essa disposição não é comportada pela Constituição Federal, não
havendo competência tributária para a incidência do imposto quando não há a circulação
jurídica do bem.
Nessa operação, embora haja a circulação jurídica da mercadoria, o particular não é contribuinte
do ICMS se não promover a circulação de mercadorias com habitualidade ou em volume que
caracterize o intuito comercial, conforme disposto no art. 4º da Lei Complementar nº 87/96.
Nesse sentido, já decidiu o STJ no REsp 1321681/DF, julgado esse veiculado no informativo 515
da corte:
"a mera consignação do veículo cuja venda deverá ser promovida por
agência de automóveis não representa circulação jurídica da
mercadoria, porquanto não induz à transferência da propriedade ou
da posse da coisa, inexistindo, dessa forma, troca de titularidade a
ensejar o fato gerador do ICMS"
8. FCC l PGE-TO l 2018. Uma distribuidora de combustíveis da Bahia vende gasolina para um
posto de gasolina de Tocantinópolis/TO, que vai comercializar o produto, e para uma empresa
prestadora de serviços de transporte intramunicipal de Porto Nacional/TO, que vai utilizá- lo nas
suas prestações de serviço de transporte intramunicipais. De acordo com a Lei Complementar
no 87/1996, nas remessas que a distribuidora baiana fizer para essas duas empresas, a
remetente:
a) não se debitará nem recolherá o ICMS para o Estado da Bahia, nem os adquirentes
tocantinenses deverão debitar ou recolher o imposto aos cofres de Tocantins, pela entrada da
gasolina neste Estado, relativamente às aquisições feitas em operações interestaduais.
b) deverá se debitar e recolher o ICMS para o Estado da Bahia, mas somente o posto de gasolina
poderá se creditar do imposto anteriormente cobrado.
c) não se debitará nem recolherá o ICMS para o Estado da Bahia, mas, na qualidade de
contribuinte, deverá debitar e recolher o imposto a favor dos cofres de Tocantins, pela entrada
do combustível neste Estado, relativamente às aquisições feitas pelas duas empresas.
d) deverá, de um lado, se debitar e recolher o ICMS para o Estado da Bahia, e, de outro lado,
deverá, na qualidade de contribuinte, debitar e recolher o imposto a favor dos cofres de
Tocantins, pela entrada do combustível neste Estado, relativamente às aquisições feitas pelo
posto de gasolina.
e) não se debitará nem recolherá o ICMS para o Estado da Bahia, mas o prestador de serviços
de transporte intramunicipal, na qualidade de contribuinte, deverá pagar o imposto ao Estado
de Tocantins, pela entrada do combustível neste Estado, relativamente às aquisições efetuadas
por ele.
Gabarito: E
Comentários:
No caso de operação interestadual cujo destinatário não seja consumidor final, aplica-se a
alíquota interestadual na saída do produto do estabelecimento do remetente (art. 12, I, da Lei
Complementar 87) e quando o destinatário for comercializar o produto, pagará a alíquota
interna com desconto do que já foi pago no valor da alíquota interestadual (não cumulatividade
do ICMS).
Se o consumidor final destinatário for contribuinte do ICMS, cumpre a ele o recolhimento dessa
diferença devida ao Estado de destino. Se o consumidor final destinatário não é contribuinte de
ICMS, cumpra ao remetente o recolhimento dessa diferença devida ao Estado de destino.
Esse regramento visa beneficiar os Estados destinatários de mercadorias em operações
interestaduais para consumidores finais. Antes, o Estado de origem cobrava a alíquota interna
e nada era cobrado pelo consumidor final, que por ter essa condição, não praticava novo fato
gerador do ICMS no Estado de destino.
Vale destacar que esse regramento pressupõe que a alíquota interestadual seja inferior à
alíquota interna, para que haja uma diferença a ser cobrada pelos Estados de origem da
mercadoria. Por esse motivo, o constituinte exige que as alíquotas não sejam inferiores às
alíquotas interestaduais, salvo deliberação dos Estados por meio de convênio (art. 155, §2º, VI,
da CF/88).
X – não incidirá:
[...]
Nesse caso, só haverá a ocorrência do fato gerador do ICMS quando da entrada do combustível
no Estado de Origem, conforme disposto no art. 12, XII, da Lei Complementar 87, se não for
destinado à comercialização ou à industrialização (ou seja, se for consumidor final):
Diante disso, o adquirente de Tocantinópolis/TO, por não ser consumidor final, pagará o ICMS
quando da realização da revenda do combustível, sendo devida a alíquota interna do Estado de
Tocantins.
Por outro lado, o adquirente de Porto Nacional/TO, por ser consumidor final (sem vinculação
com nenhuma operação subsequente que se submeta ao ICMS), pagará o valor do imposto
quando da entrada do combustível no Estado de Tocantins.
Atenção: Esse adquirente é consumidor final pelo fato de prestar serviço de transporte
intramunicipal, não abarcado, portanto, pelas hipóteses de incidência do ICMS. Justamente por
esse fato, se não houvesse a cobrança quando da entrada do combustível no Estado, não haveria
outra oportunidade para sua cobrança.
Os convênios firmados pelos estados para dispor a respeito de isenções do ICMS são qualificados
como normas complementares, pois não inovam o ordenamento jurídico.
Gabarito: Errado.
Comentários:
A forma como esses convênios serão aprovados é determinada por meio da lei complementar
24/1975 que afirma em seu artigo inaugural: “as isenções dos impostos sobre operações
relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios
celebrados e ratificados pelo Estado e pelo Distrito Federal”.
A exigência dessa espécie normativa visa evitar que os entes possam conceder benefícios fiscais
de forma unilateral com o objetivo de se tornar mais atrativo que os demais. Além disso, as
disposições dos convênios firmados na forma dessa lei complementar obrigam a todos os
Estados e Distrito Federal, conforme disposto no art. 7º do diploma normativo.
A celebração desse convênio ocorre em reunião para as quais tenham sido convocados
representantes de todos os Estados e Distrito Federal, sob a presidência do Governo Federal,
exigida a presença da maioria absoluta dos representantes para que ela ocorra.
Para a concessão dos benefícios, exige-se a aprovação por unanimidade dos entes. A revogação
dos benefícios, por outro lado, exige apenas a aprovação de 4/5 dos representantes presentes.
Atingidos esses quóruns, haverá a publicação no Diário Oficial da União.
Passados quinze dias da publicação, o Poder Executivo de cada uma das Unidades Federativas
deverá publicar decreto ratificando ou não o convênio celebrado. Se não houve publicação do
decreto, o silêncio importa na ratificação tácita.
Uma vez ratificado, no prazo de 10 dias haverá a publicação da decisão no Diário Oficial da
União. Trinta dias depois dessa publicação o convênio entra em vigor, exceto se houver
disposição em contrário.
10. PGE/MS – PGE/MS – 2014. Analise as assertivas abaixo e assinale a opção correspondente:
III - O sujeito passivo do ICMS é o adquirente-importador, seja ele pessoa física ou jurídica, e não
a pessoa que promove a exportação sediada no exterior.
IV - O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do imposto de importação,
nos termos da lei aplicável, não poderá substituir o preço declarado pelo contribuinte para fins
de cobrança do ICMS.
Gabarito: E
Comentários:
[...]
O sujeito ativo, nessa hipótese, será o Estado do domicílio do adquirente ou destinatário do bem
importado, ainda que o desembaraço aduaneiro ocorra em Estado diverso. O entendimento foi
firmado pelo STF no julgamento do RE 396.859-AgR/RJ:
II – CORRETA. Antes da Emenda Constitucional nº 33/01 alterou a redação do art. 155, §2º, IX,
“a”, da Constituição Federal para aumentar o âmbito de incidência do ICMS para abranger as
importações realizadas por não contribuintes habituais do imposto. Antes da Emenda, apenas a
importação feita por contribuintes habituais do imposto é que se sujeitavam ao ICMS-
importação. Se uma pessoa física comprasse um carro importado para uso pessoal, não havia o
pagamento de ICMS. Com a referida Emenda, qualquer importação de produto ou bens, seja
por contribuinte habitual ou não, qualquer que seja a finalidade do bem, se sujeita à cobrança
de ICMS.
IX – incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a sua finalidade [...];
Parágrafo Único. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do imposto de
importação, nos termos da lei aplicável, substituirá o preço declarado.
PRINCIPAIS DISPOSITIVOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Súmulas do STJ
Súmula 166 do STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria
de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.
Súmula 198 do STJ: Na importação de veículo por pessoa física, destinado a uso próprio,
incide o ICMS.
Súmula 237 do STJ: Nas operações com cartão de crédito, os encargos relativos ao
financiamento não são considerados no cálculo do ICMS.
Súmula 334 do STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à internet.
Súmula 350 do STJ: O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de telefone celular.
Obs.: Incide sobre a tarifa de assinatura básica.
Súmula 391 do STJ: ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à
demanda de potência efetivamente utilizada.
Súmula 395 do STJ: O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo constante da nota fiscal
Súmula 431 do STJ: É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido
ao regime de pauta fiscal.
Súmula 432 do STJ: AS empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar ICMS sobre
mercadorias adquiridas como insumos em operações interestaduais.
Súmula 509 do STJ: É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS
decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a
veracidade da compra e venda.
Súmulas do STF