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CASO 1
b) Que direitos poderão ser exercidos por Luís no caso de, dois dias
antes da entrega, o veículo perecer num incêndio causado por um
descuido do vendedor. Para a resposta suponha que a Seguradora vai
pagar a Amílcar uma certa importância.
CASO 2
Em Outubro de 2014, Miguel e Carlos acordaram por escrito uma promessa
recíproca de compra e venda de um barco de pesca pertencente ao
primeiro. O preço estipulado foi de 50.000€, tendo ficado previsto no
contrato que, em caso de incumprimento, Miguel pagaria a Carlos 10.000€.
Embora o contrato definitivo só devesse ser realizado em Dezembro, Carlos
obteve autorização para utilizar, desde logo, o barco. Nesse mês, Miguel
recusou categoricamente celebrar a compra e venda pois teve uma oferta
mais vantajosa de outro pescador, Celso.
CASO 3
CASO 4
Ela tem direito a pedir 1000 a cada um dos outros devedores – 516º.
SOLUÇÃO: Aqui o pp. geral é o de que a prestação só pode ser feita ao seu
credor ou ao seu representante legal (769º e 770º, proémio). Em princípio,
Abel devia prestar ao credor capaz, ele está a cumprir mal e por isso a
obrigação não fica extinta – a prestação não é liberatória e por isso ela terá
de ser novamente realizada perante R, a não ser que o caso se enquadre
numa das alienas do 770º, em que excecionalmente a realização da
prestação perante um terceiro é liberatória . Fazendo a prestação a um
terceiro, o mais certo é Pedro estar a receber como gestor de negócios de
Raul. Para que o cumprimento seja liberatório, é, contudo, necessário que
Raul ratifique o sucedido (art. 770º b)).
SOLUÇÃO: No primeiro caso existe uma obrigação com prazo incerto – não
é uma condição mas um termo e o momento da verificação é incerto,
apesar de sabermos que vai acontecer, resta saber em que momento
aprestação se torna exigível. Quando é um facto pessoal do devedor ou do
seu conhecimento não é precisa interpelação. Como, em princípio, a
chegada de férias é do conhecimento exclusivo de António, não parece
necessária a interpelação por parte de Francisco. Não sendo vizinhos,
corresponde ao princípio da boa-fé que António, regressando de férias,
cumpra. No segundo caso, trata-se de uma obrigação com prazo certo
(poderá ser um termo certo essencial absoluto (depois desta data, o credor
já não tem interesse na realização da prestação, em termos práticos, isto
significa que não sendo realizada a prestação naquela data, o devedor
estará em incumprimento definitivo) ou termo essencial relativo (o credor
ainda mantém o interesse no cumprimento tardio pelo menos durante
algum tempo)), parecendo, pela natureza da prestação, estarmos perante
um prazo essencial relativo, ou seja, Francisco poderá continuar interessado
em receber o adubo mesmo após o decurso do prazo. Já seria um prazo
essencial absoluto se António soubesse que, não entregando naquele dia, já
não poderia ser feito o tratamento do relvado. No último caso, estamos
perante uma obrigação “cum potuerit” (art. 778º,1), o que significa que
Francisco poderá exigir o cumprimento dos herdeiros de António, por ter
falecido o devedor, a divida torna-se imediatamente exigível aos herdeiros
independentemente da prova da possibilidade (2º parte, nº 1, 778º).
Obrigação tem prazo de 24 de dezembro, por isso, não é preciso que haja
interpelação do devedor, portanto, temos um termo certo que é essencial e
absoluto, ou seja, o credor não tem interesse no cumprimento para além da
data, haverá um incumprimento definitivo, é um prazo que tem de ser
escrupulosamente respeitado.
Júlia tem um crédito de 120€ sobre Daniel, foi um crédito que surgiu na
sequencia de um contrato de prestação de serviços – profissional libera –
aplicamos o 317º, c) – são 2 anos até que ocorra a prescrição presuntiva.
II
III
R: Quanto aos 60€ temos um tipo de divida conjunta, pois este é o regime
regra, dado que não foi estipulado pelas partes ou é referido pela lei o
regime da solidariedade aplicável a este caso – cada um terá de pagar 20€,
no caso do inabilitado, será o dono da estalagem a suportar esta despesa,
pois os outros não terão de suportar a parte do inabilitado, é o dono a ficar
com o prejuízo, aliás este é o regime mais desfavorável. Estamos perante
uma responsabilidade civil – 497º, 1 – regime de solidariedade passiva, a
alínea 2 diz-se que as culpas se presumem iguais, se não fosse este art
iriamos pelo 516º. A parte de cada um nos 300€ é de 100€, e a quem é que
o dono pode exigir? Por ser solidária, pode exigir a qualquer um, menos de
Bento por este ser inabilitado, por isso, pode exigir a totalidade do 300€ a A
ou a C (512º, 1) – isto tem um efeito liberatório perante os restantes. Como
se trata de um meio de defesa pessoalíssimo, a sua parte reparte-se pelos
restantes por força do 526º - cabe a cada um 150€ - ex. pede os 300€ a A
mas há um direito de regresso sobre C, pede a C a sua quota e a quota de B
que se reparte irmãmente (497º, 2).