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FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS

CURSO DE PSICOLOGIA

DIAGNOSTICO ADULTO/ IDOSO NAS TEORIAS HUMANISTAS

ANÁPOLIS

2019
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ANA LUIZA NOGUEIRA BESSA - RA- 34172112272

CAMILA CRISTINE DE JESUS R. ABREU- RA- 209948912272

ERICA OLIVEIRA FERNANDES BOTOSSO - RA – 230058712272

FERNANDA ALVES BORGES- RA – 229997412272

FERNANDA FRANCISCO CARVALHO - RA - 214639312272

QUÉZIA SOARES DE GODOI - RA –229927212272

DIAGNOSTICO ADULTO/ IDOSO NAS TEORIAS HUMANISTAS

Projeto apresentado à Faculdade Anhanguera de


Anápolis, como um dos requisitos para a obtenção
da nota da 2ª VA.

Prof(a): Cristiany Moura Oliveira Lisita

ANÁPOLIS

2019
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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4
2 - REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 5
3- CONCLUSÃO ....................................................................................................... 17
4 - REFERÊNCIAS .................................................................................................. 18
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1- INTRODUÇÃO

O psicodiagnóstico é uma das ferramentas da psicologia onde usa-se de


instrumentos psicológicos para encontrar informações relevantes sobre as queixas
dos pacientes. Ele trabalha nas teorias humanistas, onde não há rotulação ao
paciente/ cliente e a partir daí trata- se a patologia. Esta ferramenta reconhece o
cliente da forma como ele se percebe enquanto “doente” ou com a patologia, e como
ele lida perante seu diagnóstico.
O movimento humanista e existencial enfatiza a importância da singularidade
do indivíduo o reconhecimento do terapeuta com o cliente, o aqui e agora, a
criatividade, dentre outros. Nessa abordagem o diagnostico se faz a partir do sujeito,
se constituindo a partir da história de vida de cada cliente. Neste trabalho iremos
descrever sobre a Gestalt, psicodrama e logoterapia, mostrando suas características
em busca do sentido da vida.
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2- REFERENCIAL TEÓRICO

Logoterapia

“Enquanto continuamos a esperar.” - escreve Frankl (58):

a nossa nudez nos torna familiares, não temos nada mais, somente
este corpo nu, não nos resta nada, a não ser esta nossa existência
completamente nua. Qual anel de conjunção externo nos une ainda à
vida de antes? Viktor Emil FranKl (1905-1997)

A Logoterapia é uma abordagem psicoterapêutica que surgiu no século XX,


sendo Viktor Emil Frankl seu mentor, o mesmo era psiquiatra, neurologista e filósofo
existencialista, que sobreviveu a quatro campos de concentração nazista, onde seus
pais, irmão e esposa foram mortos. Após o termino da guerra Viktor Frankl se
fortaleceu, em sua própria existência, a hipótese que usava como base para a pratica
de sua clínica psicoterápica: Que o sentido da vida é um elemento básico para a
preservação da saúde mental, apud (Rodrigues, 1991; Frankl, 2008).
No princípio a abordagem denominava como Existenzanalyse, mas ficou em
segundo plano pois o termo era usado em outros países, como nos EUA, por isso
Frankil passou a usar o nome de Logoterapia, sendo que incluía uma técnica
especifica para tratar casos de neurose noogênica, sendo considerada a terceira
escola de Vienense de psicoterapia.
Logoterapia é de origem grega, onde logo significa -Sentido e Terapia - terapia
é uma dissidência da psicanalise freudiana surgidas em Viena e uma das muitas
teorias sobre a motivação básica do comportamento humano. No entanto, Frankil
preferiu seguir a corrente psicanalítica dissidente e fundada por Alfred Adler (1870-
1937), que também era médico e psicólogo Austríaco.
A logoterapia é habitualmente classificada dentro das categorias da psiquiatria
existencial ou da psicologia humanística. Mesmo tendo base na psicanalise Viktor faz
algumas observações quanto a definição da neurose e com isso chegou ao seguinte
conceito: a psicanalise nos ensinou a desmascarar o neurótico, e o Behaviorismo nos
ensinou a demitizar a neurose e a logoterapia está ensinando-nos a “reumanizar”.
A Logoterapia em caso algum invalida as descobertas sérias e legitimas dos
grandes pioneiros com Freud, Adler, Pavlov, Watson ou Skinner.
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Segundo Frankil o Homem não pode mais ser considerado apenas como uma
criatura cujo interesse fundamental é de satisfazer as pulsões, de gratificar os
instintos, ou então, dentro de certos limites reconciliar entre o ID, EGO E O
SUPEREGO, nem a presença humana pode ser entendida simplesmente como o
resultado de condicionamentos ou reflexões condicionadas. Ao contrário, o homem
revela-se como um ser em busca de sentido. O esvaziamento dessa busca explicita
muitos males de nosso tempo.
Segundo Frank, vivemos em uma sociedade materialista, hedonística,
reducionista, alienada e complexa, e que se precisa de uma terapia orientada para
que se possa ouvir o “despercebido grito pelo significado”.
A logoterapia não pretende responder todas as perguntas e nem ter um método
de tratamento que tenta resolver os transtornos psíquicos. Tem uma direção definida
enfatizando a saúde e não a enfermidade, o homem é visto na sua totalidade e não
apenas a sua mente; sua liberdade e não suas limitações, operando tanto no nível
filosófico como no nível médico.
A logo filosofia contribuiu para o bem-estar mental através da sua interpretação
pessoal da existência, mas não é o terapeuta quem interpreta. Frankil concebe a
função desempenhada pelo terapeuta de forma diferente da do pintor que nos
apresenta o “mundo conforme ele vê”, porém como um oculista que ajuda o paciente
a “ver o mundo conforme ele é. Fazendo com que o indivíduo se reconheça como uma
indivisível entidade composta de corpo, mente e espirito- não se permita a algo que
esteja abaixo desta totalidade.

Logofilosofia

A logofilsofia libera-nos das algemas do reducionismo, da desumanização, da


desesperança e do materialismo. Restabelece as capacidades do homem, e, com isto,
a saúde para aqueles que acreditam que estão doentes porque se sentem frustrados.
A logoterapia é educação, mas uma educação “gerada de dentro”, isto é, os
pacientes aprendem a se auto- educar
.
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Quatro passos da terapia

Primeiro passo do logoterapeuta é ajudar os pacientes a separarem –se dos


seus sintomas, removendo as estruturas de dependência que os pacientes
construíram, no seu afã de explicarem a si mesmos estes sintomas, e que, através de
um feedback negativo, leva-os a creditar ainda mais profundamente que estes
sintomas são armadilhas sem saídas (Frankil,2005).
Os métodos pelos quais o terapeuta ajuda seus pacientes a se distanciarem de
seus sintomas são diferentes em cada caso. Precisam ser criativos, a mera
persuasão, não irá ajudar. Estes métodos poderão ser adaptados, ou novos métodos
poderão ser desenvolvidos, seguindo os princípios gerais (Frankil,2005).
Segundo passo propõe a modificação de atitudes. Uma vez que os pacientes
se distanciaram de seus sintomas, eles estão abertos a novas atitudes para consigo
mesmo e diante da vida. Uma nova mudança de comportamento não é imposta aos
pacientes, porém o terapeuta deve procurar sinais reveladores no seu inconsciente
que irão indicar a direção que eles talvez gostassem de seguir (Frankil,2005).
O terceiro passo- a redução dos sintomas. Foi bem-sucedido, os pacientes
tornam-se acessíveis a uma orientação que os dirija para o sentido de sua vida, pois
obtiveram um resultado satisfatório ao adotar novas atitudes (Frankil,2005).
Quarto passo na logoterapia é a profilaxia, que assegura ao paciente sua futura
saúde mental. Eles são aconselhados a buscar o significado de suas vidas. Todos os
sentidos em potencial, que existem em cada situação especificam, são discutidos,
enriquecidos e expandidos (Frankl,2005).

Métodos logoterapêuticos

A logoterapia se preocupa com a dimensão especificamente humana, seus


métodos aplicam-se às qualidades humanas dos seus pacientes, tais como: o
autoconhecimento, a opção de escolha, a responsabilidade e a autotranscedência
(Frankl,2005). Métodos Manipulativos, reducionistas ou desumanizadores são
excluídos do tratamento (Frankl,2005).
A logoterapia enfatiza o valor da unicidade, e assim a improvisação representa
um papel importante. Quando uma atmosfera de confiança foi estabelecida, qualquer
método que seja compatível com a logofilosofia, pode ser utilizado. Pintura,
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imaginação, ou interpretação dos sonhos podem ajudar os pacientes a perceber seus


sentidos reprimidos (Frankil,2005).
Entre os métodos desenvolvidos por Frankl encontra-se: o Diálogo Socrático,
A intenção Paradoxal e a Desreflexão (Frankl,2005)

O Sentido de Vida e Envelhecimento

A população idosa cresce a cada dia, sendo que um dos principais fatores do
envelhecimento populacional é o declínio na taxa de fecundidade (OLIVEIRA. Santana
de Kamylle Eylla e SILVA.DA Pereira Joilson,2013).
No Brasil, assim como em outros países, o ritmo de nascimento anual caiu
consideravelmente, o que deu início a um continuo estreitamento da base da pirâmide
etária tendo por consequência o envelhecimento da população, apud (Carvalho e
Garcia, 2003; Neri,2008).
O fato de não desenvolver uma nova atitude diante da vida pode aprisionar o
idoso ao “lado sombrio” dessa fase, em que predominam as excessivas preocupações
com a saúde física e sentimentos de incapacidade. Envelhecer com sentimento de
frustração pode fixar seus olhos no passado, o que é prejudicial numa fase em que
ele deveria ter objetivo e perspectiva fixados no futuro (Schwarz, 2008). Faz-se
necessário, nesse momento, redescobrir um sentido fundamental para a existência,
que possa orientá-lo a acreditar que sua vida futura, quão breve possa ser, pode ser
bem vivida (OLIVEIRA. Santana de Kamylle Eylla e SILVA.da Pereira Joilson,2013).
A velhice não acontece da mesma forma para todos, sendo influenciadas por
circunstâncias históricas, culturais, por fatores intelectuais e de personalidade e
também de acordo a rede social de apoio na qual se encontra o idoso (OLIVEIRA.
Santana de Kamylle Eylla e SILVA.da Pereira Joilson,2013).
Suas perdas, a solidão combinada com a idade avançada e a aproximação da
morte, os colocam num grupo de vulnerabilidade. Em uma situação como essa é que
muitos indivíduos identificam suas vidas como vazias e sem sentido, o risco de suicídio
e elevado, apud (Fuster,1997).
Viktor Frankl, ancorado nas perspectivas da logoterapia, afirma que tal fato
pode estar correlacionado a um profundo vazio existencial e perda do sentido da vida
(OLIVEIRA. Santana de Kamylle Eylla e SILVA.da Pereira Joilson,2013)
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A logoterapia vem trazer para o envelhecimento a parte saldável, normalmente


o idoso vê a velhice como doença, e quando ele vê que pode muito mais, ter um
sentido de vida, tudo se torna mais leve (OLIVEIRA. Santana de Kamylle Eylla e
SILVA.da Pereira. Joilson,2013).
Análise Existencial não quer se limitar a procurar o sentido do sintoma para
tratá-lo, mas deseja ir além e ajudar o paciente a perguntar-se sobre o sentido da vida
através do seu estilo de personalidade e do seu estilo de vida (OLIVEIRA. Santana de
Kamylle Eylla e SILVA.da Pereira Joilson,2013)

Gestalt- terapia

A Gestalt- terapia é uma terapia existencial-fenomenológica, tendo sido


fundada por Frederick (Fritz) e Laura Perls, na década de 1940. Ela instrui tanto
terapeutas quanto pacientes sobre o método fenomenológico de awareness, cujo
modo como percebem, sentem, e atuam oferecem interpretação diferentes,
transformam atitudes preexistentes. O que é dito ou de que forma é dito é precedido
quanto a confiabilidade ao que é percebido e sentido de forma direta (YONTEF, 1998).
A circunstancia mais urgente vem à tona, e em qualquer caso de emergência,
se percebe que ela prevalece acima de qualquer outra função. Desta forma chega-se
ao fenômeno mais considerável e fascinante de toda patologia: auto regulação versus
regulação externa. Para Perls esta é a grande questão a ser entendida: a tomada de
consciência em si e de si mesmo, pode ter efeito de cura (PERLS, 1997).
A tomada de consciência completa, pode-se tornar presente a auto regulação
organísmica, deixando o organismo dirigir sem interferência, sem interrupções; pode-
se confiar na sabedoria do organismo. E o contrário disto é toda a patologia do auto
manipulação, do controle ambiental, que se intromete com o sutil autocontrole
organísmico (PERLS, 1997).
Pacientes e terapeutas, em Gestal-terapia dialogam, ou seja, transmitem suas
percepções acerca do que se apresenta fonologicamente. As diferentes formas de se
perceber tornam-se ponto de experimentação e diálogo contínuo. O foco é tornar os
clientes conscientes (aware) do que fazem e como fazem, como podem modificarem-
se e nesse mesmo tempo, aprenderem a aceitarem-se e valorizarem-se. O foco da
Gestalt-terapia está no processo (o que está acontecendo) do que o conteúdo (o que
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está sendo discutido). O destaque na Gestalt-terapia é para o aqui e agora, não ao


passado (YONTEF, 1998).
O gestalt-terapeuta trabalha em concordância no aqui e agora, ao que se leva
a ação, ou seja, ao próprio cliente como um todo, com tudo que o constitui, com seu
sofrimento, ou sua alegria, com a falta de contato, ou um contato que não esteja em
foco o momento emergente, deixar acontecer, e não se prender estrutura previamente
elaborada. A melhor forma de entender a Gestalt-terapia, é vivenciá-la de uma forma
direta com esta abordagem, para adquirir a ideia do todo (RODRIGUES 2011).
Existem variadas escolas humanistas, existencialistas e fenomenológicas, as
quais dada sua abrangência e singularidade no seu campo de atuação e interpretação
do homem, não convergem, porém, andam lado a lado à procura de um ponto comum.
Desta forma se procura fazer uma análise no sentido, no valor, e na mensagem de
uma prática psicoterapêutica baseada e guiada por princípios filosóficos (RIBEIRO,
1985).
A gestalt- terapia tem como método a fenomenologia, que irrompeu no saber
do conhecimento, apresentando a redução fenomenológica, que é definida como
sendo o retorno ao mundo da vida, assim como se mostra anterior a qualquer
alteração gerada por sistemas filosóficos, teorias científicas ou preconceitos do
sujeito; retornar à experiencia vivida e a respeito dela fazer uma intensa reflexão que
possibilite atingir a essência do conhecimento, ou a forma como este se constituiu no
próprio existir humano (FORGHIERI, 2002).
Ao transpor o método fenomenológico, do campo da filosofia para o campo da
Psicologia, a finalidade primordial de chegar à essência do próprio conhecimento
passa a ser o de buscar compreender o sentido ou o significado da vivência para a
pessoa em distintas situações, por ela experienciadas em seu existir diário
(FORGHIERI, 1993).
Para isso é necessária uma transformação radical de atitude: a redução
fenomenológica ou epoché irá consistir em “pôr entre parênteses” a realidade do
senso comum. Não se deve ficar ao nível das impressões sensíveis, porém captar a
“essência” ou o sentido das coisas. Dessa forma a intuição recebe o qualitativo de
eidética, que é a “visão das essências” (FRASÃO et all, 2013).
O psicoterapeuta tem o objetivo de ajudar o cliente, no processo de psicoterapia
levando-o a desdobrar cada pedacinho de si, até que ele identifique e vivencie o
conceito de si próprio, seus desejos...com sua própria realidade. Psicoterapia é estar
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em constante processo de busca, de entendimento e aceitação constante da sua


própria realidade (RIBEIRO, 1985).
Na Teoria de Campo nenhuma ação acontece a distância; ou seja, o que afeta
precisa tocar o que é afetado no tempo e no espaço. Os Gestalt-terapeutas atuam no
aqui- e- agora e estão sensibilizados para como o aqui-e-agora inclui resíduos do
passado, como: postura corporal, hábitos e crenças (Yontef, 1998).
O mundo é um campo em movimento e o homem é um subcampo ocupando
espaço nesse campo maior estando em contínua troca, em um contínuo relacionar-
se, campo-organísmo-meio (RIBEIRO, 2011).
Sobre a dialógica de Martin Buber, pode-se citar que o psicoterapeuta no ato
do seu ofício, com os doentes, é essencialmente um ser humano, assim sendo,
explora e ama o ser humano em seus clientes, aceitando-o, fazendo-o presente para
si e sempre de novo. Esta nova forma de conceber a psicoterapia de abertura dialógica
com o cliente se sustenta neste postulado básico amparado no ensaio que, agora, nos
envolve (RAMON, 2010).
Buber parte do pensamento que a mente não adoece sozinha, senão pois
permanentemente está ligada a um problema de relacionamento; uma ocasião de falta
de dialógica na relação entre um e outro ser existente, por tanto o terapeuta precisa
esforçar-se para quebrar a solidão característica das afecções psíquicas (RAMON,
2010).
A fase de envelhecimento é a mais longa no ciclo da vida necessitando de
constante construção e reconstrução desse idoso em todo seu campo vital. A procura
por atendimento psicoterápico nos últimos anos aumenta em importância para o idoso;
além de contribuir ajudando a lidar com as perdas pertencentes à idade ou a
problemas peculiares de saúde, como acima de tudo potencializando suas
capacidades e potencialidades para ter uma vida mais ativa e prazerosa (FRASÃO et
all, 2016).
Quase sempre a vinda do idoso ao consultório se dava por meio de familiares
ou encaminhados por seu médico. Depressão, solidão, síndrome do ninho vazio,
problemas familiares, e esquecimentos corriqueiros são as principais causas de
angústia, mas de uns anos para cá, é comum perceber idosos em consultórios de
psicologia que almejam viver com plenitude, livrando-se das crenças que imobilizam
seu caminhar, buscando seguir em frente, para conquistar e renovar suas
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capacidades, seu foco é a prevenção de problemas de saúde e a conservação da


qualidade de vida (FRASÃO et all, 2016).
A Gestalt-terapia possibilita a essas pessoas um espaço para que elas estejam
aware de seus desejos e de seu potencial para realizarem-se. Estar aware (dar-se
conta) do seu processo, para o bem-estar de suas prioridades, possibilitando a
percepção para que elas se vejam de um modo melhor. Dessa forma os idosos
adquirem habilidades para serem protagonistas do seu envelhecer, proporcionam a si
mesmo navegar no ir e vir de suas lembranças no aqui e agora. Relembrar possibilita
ao idoso reviver, como uma carga energética, o passado no presente, estudando sua
vida por outras perspectivas (FRASÃO et all, 2016).
Um dos motivos fundamentais para a busca de ajuda é a depressão. Estudos
da gerontologia, sobre problema psiquiátrico diz ser este o mais preocupante entre os
idosos, sendo que nenhum outro grupo etário tem uma porcentagem tão alta de casos.
A depressão habitualmente é de natureza reativa, proveniente à acontecimentos
existenciais significativos, que representam afastamento da área de ação social
(FRASÃO et all, 2016).
Mais rotineiro entre os doentes orgânicos, os viúvos e os aposentados, sua
primordial dinâmica intrapsíquica é o sentimento de inferioridade gerado pela falta de
sentido e de utilidade existenciais. Segundo dados da literatura os transtornos afetivos
na velhice não se apresentam da mesma maneira estereotipada como nos jovens.
Algumas circunstâncias colaboram dificultando o diagnóstico (FRASÃO et all, 2016).
Entre eles: sobreposição de sintomas físicos e psicossomáticos, manifestação
leve de humor deprimido, somatização das queixas físicas, pseudodemência,
sobreposição da depressão à demência, acentuação de características diferentes à
personalidade, distúrbios de comportamento e apresentação tardia de alcoolismo. Um
acompanhamento psicoterapêutico, por vezes agregado ao tratamento
medicamentoso com psiquiatra, pode gerar melhora (FRASÃO et all, 2016).
Outra demanda crescente em consultório, diz respeito aos quadros demenciais.
Demências são doenças neurodegenerativas que traz prejuízo à memória e o
funcionamento social e ocupacional do cliente, o qual mostra problemas para controlar
as emoções e resolver questões, além de modificações de personalidade e no
comportamento (FRASÃO et all, 2016).
Com frequência é o cuidador familiar que procura por orientação do
neurologista ou geriatra. O paciente nota que alguma coisa não está bem com ele,
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posto que os lapsos de memória são perceptíveis e ele já se submeteu a variados


exames. A emoção está à flor da pele. O primeiro atendimento é feito com a família.
Nesse momento, é realizado um levantamento da história clínica, familiar e social do
idoso. Mais à frente toda a família é convocada para receberem orientações sobre a
doença e o tratamento (FRASÃO et all, 2016).
O ambiente terapêutico deve ser um lugar acolhedor, para o paciente.
Primeiramente o atendimento visa criar um vínculo de confiança e empatia. Esse
contato precisa ser feito de forma natural e delicada, posto que geralmente o paciente
deva estar assustado com os sintomas que já nota em si e são notados por outras
pessoas. Não se deve apontar seus esquecimentos e confusões, deve-se somente
registrar, para avaliação, que áreas da cognição estão comprometidas (FRASÃO et
all, 2016).
Faz- se necessário respeitar diferenças individuais e características para não
ficar refém de um diagnóstico. O Gestalt-terapeuta precisará dispor, como
heterossuporte com objetivo de chegar à um funcionamento com o meio mais inteiro
e autorregulado. Dependendo do comprometimento cognitivo e do interesse do
cliente, pode-se utilizar de recursos lúdicos para estimulação da memória, utilizando
jogos de baralho, quebra-cabeças cadernos de exercícios e pintura de mandálas
(FRASÃO et all, 2016).

Psicodrama

O psicodrama nasceu como uma abordagem sócio-psicoterápica construída


por Jacob Levy Moreno (1889-1974), era de família judia, originária da península
ibérica, radicada na Romênia. Ele tinha cinco anos de idade quando sua família se
fixou em Viena, onde mais tarde estudou Filosofia e Medicina. Apesar de ser médico,
Moreno sempre foi envolvido com as questões sociais ao mesmo tempo com as artes
(Ramalho, 2010). É uma técnica psicoterápica cujas origens se acham no teatro, na
psicologia e na sociologia. Do ponto de vista técnico, constitui em princípio, um
processo de ação e interação (Rojas- Bermúdez, D’Alessandro, 1977).
O Homem na visão moreniana é um indivíduo social, porque nasce em
sociedade e necessita dos outros para sobreviver, sendo apto para conviver com os
demais. Toda a teoria parte dessa ideia do Homem em relação, portanto a inter-
relação entre as pessoas constitui no seu eixo principal (Gonçalves, Wolff e Almeida,
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1988), desenvolvendo assim a socionomia, que é um estudo das leis que regem o
comportamento social e grupal sendo elas:
• Sociodinamica- Estuda o funcionamento das relações interpessoais, tem
como método de estudo o role- playning ou o jogo de papéis que permite ao indivíduo
atuar dramaticamente diversos papéis, desenvolvendo papeis espontâneo e criativo;
• Sociometria- Tem como objetivo medir as relações entre as pessoas,
usando como método o teste sociometrico na qual possibilita quantificar as relações
estudadas;
• Sociatria- Constitui as terapêuticas das relações sociais, sendo elas: a
psicoterapia de grupo, o psicodrama e o sociodrama.
Ainda partindo da visão moreniana, o homem tem recursos inatos que são: a
espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade, que podem ser caracterizadas como:
• Espontaneidade- é a capacidade do indivíduo de agir diante de situações
novas, criando uma resposta inédita e renovadora;
• Criatividade- é indissociável da espontaneidade, sendo o fator que
permite o potencial criativo de atualizar-se e manifestar-se;
A teoria de papéis de Moreno, Gonçalves, Wolff e Almeida cita a obra de
Moreno (1975) entende a teoria dos papéis como: “(...) a forma de funcionamento que
o indivíduo assume no momento específico em que reage a uma situação específica,
na qual outras pessoas ou objetos estão envolvidos” (p. 27). Moreno em sua obra
citado pelos ainda pelos autores explica quais os modelos que são necessários para
um terapeuta trabalhar os papéis:
a) observar o processo do papel no próprio contexto da vida;
b) estudá-lo em condições experimentais;
c) empregá-lo como método psicoterapêutico (terapia da situação e do
comportamento); e
d) examinar e treinar o comportamento no ‘aqui e agora’ (adestramento de
papel, adestramento da conduta e espontaneidade) (MORENO, 1975: 25).
O processo psicodramático são dívidas em três etapas clássicas: o
aquecimento, dramatização e compartilhar que são definidas como:
• Aquecimento- Onde sobressai a gênese das ideias, a proposta o que se
quer protagonizar. Inicialmente se dá pelo aquecimento inespecífico, que pode ser
verbal ou corporal terminando na escolha do protagonista;
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• Dramatização- Etapa onde acontece a ação propriamente dita, é a


exposição do conflito no cenário, terminando assim no encaminhamento ou resolução
do mesmo;
• Compartilhar- Nessa etapa o indivíduo ou grupo pode expressar aquilo
que o tocou ou emocionou na dramatização, tendo outros comentários a respeito do
que foi vivenciado.
As principais técnicas utilizadas no psicodrama são:
• Técnica do duplo- Esta tem por objetivo entrar em contato com a emoção
não verbalizada do paciente a fim de ajudá-lo a expressá-lo;
• Técnica do Espelho- Esta consiste em o terapeuta se colocar na postura
física que o paciente assume em determinado momento da dramatização, com o
objetivo de que o paciente, olhando para si de fora da cena, perceba com todos os
aspectos presentes nela;
• Técnica da Inversão de Papéis- Essa provavelmente é uma das técnicas
clássicas mais utilizadas na clínica. Propicia além da vivencia do papel do outro, o
emergir de dados sobre o próprio papel que, sem este distanciamento, não seria
possível.
Por meio dessas três técnicas básicas é que surge todas as outras técnicas já
criadas ou que será criada, pois todas elas contêm ao menos o princípio contido em
algumas delas.
Os instrumentos utilizados para a realização do processo e nas técnicas
psicodramáticas são cinco, sendo elas:
• Cenário- É um espaço multidimensional e móvel onde ocorre a ação
dramática, projetado de acordo com as necessidades terapêuticas;
• Protagonista- É o indivíduo que emerge a ação dramática;
• Diretor- É o terapeuta que coordena a sessão, tendo três funções: diretor
da cena, terapeuta, do protagonista e do grupo, e analista social, promove o
aquecimento, juntamente com o protagonista e os egos- auxiliares melhores direção
para a encenação do drama;
• Ego-Auxiliar- É o terapeuta que interage com o protagonista, tem três
funções: ator, auxiliar do protagonista e observador social.
• Público- É o conjunto dos demais participantes da sessão
psicodramática, tendo a função de compartilhar e comentar a fase posterior da
dramatização.
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Ramalho (2010) descreve em sua obra que o psicodramatista parte do princípio


de que, somente revelando o drama que subjaz no comportamento é que se pode
transformar a existência, que reproduz um drama humano coletivo. Por meio desse
pensamento pode se dizer que, o psicodrama tem como função básica fazer brotar o
sujeito espontâneo-criador, deixar eclodir a verdade de cada um, que jaz mascarada
nos papéis, na trama, no enredo do drama coletivo, do qual são todos atores
inconscientes (Ramalho, 2010).
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3- CONCLUSÃO

Como pode ser observado o psicodiagnóstico é uma ferramenta importante


para encontrar informações relevantes sobre os pacientes, pois tem uma avaliação
psicológica diferente na perspectiva clínica, como é fundamentada nas teorias
humanistas, distancia-se da preocupação com a neutralidade e a objetividade,
passando o enfatizar a importância da subjetividade presentes na relação. O uso dos
testes passou a ser complementado com outros procedimentos clínicos, com o
objetivo de integrar os dados levantados nos testes e na história clínica, para obter
uma compreensão global da personalidade do paciente, auxiliando no tratamento
psicológico do mesmo.
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4- REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Ariana Maria Leite - O diagnóstico na abordagem fenomenológica-


existencial. Revista IGT na Rede, V.7, Nº 13, 2010, Página 315 de 323. Disponível
em: < https://www.igt.psc.br/ojs2/index.php/igtnarede/article/viewFile/1950/2658
ARAUJO, Maria de Fátima. Estratégias de diagnóstico e avaliação psicológica. Psicol.
teor. prat., São Paulo, v. 9, n. 2, p. 126-141, dez. 2007. Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
36872007000200008&lng=pt&nrm=iso

BERMUDES- ROJAS, Jaime G. Introdução ao psicodrama. Tradução de José


Manuel D’Alessandro. São Paulo: Editora Ágora, 1977.

FABRY.B. Joseph. A busca do Significado - Logoterapia e Vida. São Paulo:


ECE,1984

FORGHIERI, Yolanda Cintrão. Psicologia Fenomenológica: Método e Pesquisa.


São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

FRANKL, Viktor E. Um sentido para a Vida - Psicoterapia e Humanismo. Aparecida:


ideias & Letras, 2005

FRAZÃO, Lilian Meyer. FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-Terapia:


Fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. 1ª Edição. São Paulo:
Summus, 2013.

FRAZÃO, Lilian Meyer. FUKUMITSU, Karina Okajima. Modalidades de Intervenção


Clínica em Gestalt-Terapia. 1ª Edição. São Paulo: Summus, 2016.

GONÇALVES, Camila S.; WOLFF, José R.; ALMEIDA, Wilson C. Lições de


psicodrama: Introdução ao pensamento de J.L. Moreno. 2 ed. São Paulo: Editora
Ágora, 1988, 112p.

OLIVEIRA. Santana de Kamylle Eylla e SILVA.DA Pereira Joilson. Sentido e


Envelhecimento: Relação Entre os Pilares da Logoterapia e Bem-Estar
19

Psicológico.2013. Disponivel em:


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21/05/2019, 20:00 min.
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