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Os intervalos:
PR: mede a condução átrio ventricular. Normal de 3-5 quadradinhos (120-
200ms)
QR: normal até 3 quadradinhos
QT: mede o tempo que o ventrículo leva para despolarizar e repolarizar
novamente. Mede o período refratário ventricular a novos estímulos. Quando
QT fica longo, paciente fica predisposto a morte súbita. Normal até 440ms.
Interpretação do eletro:
Avaliar FC
Avaliar ritmo: normal quando sinusal (se P- em D2 não é sinusal). Melhor derivação para avaliar P:
D2
Avaliar ventrículo: ver se QRS alargado
3) Existe onda F de Flutter atrial? Olhar as derivações D2, D3 e aVF. Onda F é toda onda atrial com
frequência em torno de 300 bpm com aspecto de dente de serra.
Extrassístoles ventriculares especiais: não acontecem em pessoas sadias, apenas em quem tem alguma
cardiopatia. Nunca degeneram para FV (não matam o paciente). A conduta em todas é apenas observação.
Porém se paciente sintomático, tirar excesso de atividade adrenérgica do miocárdio com beta-bloqueador.
Bigeminismo: 1 extrassístole ventricular para cada batimento sinusal
o Conduta: nenhuma. Apenas controlar doença de base.
Trigeminismo: 1 extrassístole ventricular para dois batimentos sinusais
Pareada: par de extrassistoles ventriculares juntas
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR: taquicardias de origem não ventricular. Sem onda P e ritmo regular.
Pode durar apenas segundos e sumir. Mulher jovem sadia
70% das causas ocorrem por reentrada nodal. 25% das
pessoas (muito comum) nasce com a via alfa a mais
predisponentes a ter taqui supraventricular. A via alfa
conduz mais lenta, então não tem problema porque a via
beta comanda. O problema é quando tem extrassístole e
beta está no seu período refratário, o estímulo então
caminha pela alfa e quando chega ao final, a beta já se
recuperou e o estímulo sobe pela beta, criando um curto
circuito de reentrada dentro do nódulo AV e isso passa a
comanda a FC e a atividade elétrica se espalha tanto para
ventrículo quanto átrio, por isso não tem onda P.
30% ocorrem por reentrada via acessória (pessoa nasce com uma via a mais de comunicação átrio-
ventrículo). Conduz muito rápido, mas demora para se recuperar. Quando tem extrassítole a via não
conduz porque demora para se recuperar, mas quando volta do ventrículo dá tempo de se recuperar,
criando um circuito.
Precisa identificar a via acessória no eletro:
Síndrome de Wolff Parkinson White (síndrome da pré-excitação
ventricular). Condução AV está muito rápida por causa da via
acessória (via rápida) que faz isso, não atrasando o estímulo
nervoso que nem o NAV. Há um tecido condutor ligando átrios e
ventrículos denominado feixe de Kent ou via acessória. A excitação
ventricular inicia pela via acessória (PR curto), determinando um
atraso na porção inicial do QRS, denominada onda delta.
PR curto pelo fato de o estímulo elétrico passar muito rápido
do átrio para o ventrículo porque passa pela via acessória e não pelo nódulo AV.
Onda delta: a ativação ventricular é feita pelo miocárdio e não pelo sistema His
Purkinje, portanto de forma mais lenta.
TV MONOMÓRFICA SUSTENTADA
Desenvolve por IAM agudo, cocaína, pós IAM, IC, cardiomiopatia...
Instável:
o Cardioversão elétrica
o Antiaarítmico (amiodarona) para prevenir novos episódios
Estável: amiodarona, procainamida
Se causa não reversível, preciso prevenir a morte... beta-bloqueador, mas se mesmo com essa continua a
apresentar TV, cardiodesfibrilador implantável.
FIBRILAÇÃO ATRIAL
Causas (sobrecarga do átrio):
HAS,
IC,
Doença mitral,
Tireotoxicose (aumento do tônus adrenérgico sobre o miocárdio atrial)
Isolada (paciente sem cardiopatia ou fatores predisponentes que apresentam FA)...
Tipos:
Paroxística (menos de 7 dias)
Persistente (persiste por mais de 7 dias)
Permanente (mais de 1 ano ou refratária às condutas)
Consequências:
Baixo débito cardíaco, pois com FC muito alta o ventrículo não consegue se encher bem de sangue e
não contração (perde B4, pois parede do átrio já não contrai bem mais).
Tromboembolismo por estase
o Critérios de CHA2DS2VAS: o que aumenta risco de formar trombo. Se >ou=2 é risco
cardioembólico alto anticoagular.
Congestão (ICC)
HAS
Age > 75 anos (2);
Diabetes;
Stroke, TIA... (2);
Vasculopatia;
Age: 65 – 74 anos;
Sexo feminino.
o HAS-BLED: calcula o risco de sangramento. Se >3 indica elevado risco de sangramento.
Conduta:
Instável (choque, congestão pulmonar, isquemia miocáridica): cardioversão elétrica
o Sedação e analgesia com propofol ou midazolam (sedativos-hipinóticos) e fentanil
(analgésico)
o Antiarrítimico: ibutilida IV
Estável: 2 opções
o Controle da FC e deixar paciente em FA, controlando apenas a resposta ventricular: alvo FC<
110 bpm em repouso
Redução da FC:
Beta bloqueador: metoprolol coronariopatas, hipertireoideos e pós-op
Antagonista do cálcio: diltiazem e verapamil asmáticos
Digital: digoxina
Anticoagulação: warfarin, dabigatran
o Controle do ritmo, voltando o ritmo para sinusal (reverte FA): alto risco de recorrência em 1
ano (a longo prazo). Se controlou a frequência e paciente refratário...
Se FA > 48h: procurar se não tem trombo com eco transesofágico. Sem eco ou
presença de trombo: warfarin 3-4 semanas
1. Reversão: drogas antiarritmicas (amiodarona). Nas 4 semanas posteriores o
paciente ainda tem risco aumentado de formar trombo, logo...
2. Anticoagulação por 4 semanas ou para sempre
Se ainda refratário às 2 opções... ablação de focos extrassistólicos próximos às veias pulmonares
FLUTTER ATRIAL
Instável ou estável: cardioversão elétrica / ibutilida...
o Rastreio de trombo = FA
Cura = ablação do istmo atrial
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
Instável: cardioversão elétrica
Estável:
o Manobra vagal
Manobra de valsava: expiração forçada durante 10 segundos e depois deita paciente
e levanta pernas
Compressão do seio carotídeo do lado direito por 10 segundos
o Droga usada para reverter: adenosina ou verapamil (se adenosina contraindicada)
o Cura = ablação da via alfa