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1 – Immanuel Kant vai afirmar em sua Metafísica dos Costumes que “(...

) não devo
mentir, não importa quão grandes pudessem ser os benefícios para mim e meu amigo.
Mentir é torpe e torna o ser humano indigno de felicidade. Aqui existe uma necessidade
incondicional através de um comando (ou proibição) da razão que tenho que obedecer;
e perante ele todas as minhas inclinações devem silenciar”. Já Nietzsche vai afirmar
em sua Genealogia da Moral que “A rebelião escrava na moral começa quando o
próprio ressentimento se torna criador e gera valores: o ressentimento dos seres aos
quais é negada a verdadeira reação”. A partir das transcrições, compare os
entendimentos desses filósofos sobre ética, moral, razão e instinto.(3 pontos)

R: Para Kant, a ética e moral seriam sinônimos. A busca kantiana, seguindo a tradição
socrática-platônico da busca pela verdade, era por construir um sistema filosófico
seguro para que a verdade seja encontrada. Kant então idealiza um sistema filosófico
onde o imperativo hipotético será para apresentar ao interlocutor as possibilidades de se
chegar a um objetivo, entretanto, não fornecerá “a” resposta correta, onde esta será
encontrada pelo imperativo categórico que, dentre as hipóteses apresentadas pelo
imperativo hipotético, encontrará a resposta moral e racionalmente mais correta, que
será aquela que poderá ser universalizada. Portanto, os imperativos kantianos serão
baseados em uma moral racional onde o aplicador encontrará a resposta universalmente
mais correta, e assim, a racionalidade dominando os instintos. Já para Nietzsche, moral
e ética seriam diferentes, onde a moral seria sempre opressora, seriam os valores
externos e a ética seriam os valores de cada pessoa. Nietzsche não acredita na existência
de apenas uma única resposta correta, mas sim em múltiplas respostas. Para ele, a razão
não deve dominar os instintos, mas sim estar em perfeito equilíbrio, nos dizeres de
Nietzsche, seria o equilíbrio entre o dionisíaco e o apolíneo. Para ele, o homem deve
sempre buscar ser ético, transvalorando os valores que recebeu buscando encontrar
quais seriam efetivamente os valores que aumentassem sua potência de agir, se
afastando daqueles valores que baixem essa potencia de agir. O pensamento
nietzschiano será então uma busca pelos valores éticos e pelo equilíbrio entre razão e
instinto.
2 – Um advogado regulamente inscrito na OAB/RJ, inconformado com algumas
atitudes do juiz da vara única do município de Vara e Sai representou contra o mesmo
na Corregedoria do TJ/RJ. Primeiramente alegou que nunca encontra o magistrado no
Fórum da cidade após às 12h das 5as feiras pois o magistrado reside na comarca da
Capital. Depois alegou que não é função do magistrado fiscalizar custas se a parte
contrária nada alegou. Afirmou também que o magistrado não reside na comarca pois
exerce outro trabalho, o de professor em uma Instituição de Ensino Superior no regime
40h. Por fim, alegou que um magistrado nunca pode dar entrevistas, e o ilustre
magistrado de Vara e Sai teria sido entrevistado no RJTV da Rede Globo onde
comentou sobre profissões e ele teria explicado a função de um juiz de Direito. Diante
das alegações do advogado contra o magistrado de Vara e Sai, comente sobre as
mesmas mencionando de forma fundamentada se tais atos estão violando ou se estão
amparados pela LOMAN e/ou o Código de Ética da Magistratura.(4 pontos)

R:Primeiramente, está errado o magistrado pois deveria residir na comarca em que


estivesse prestando a magistratura conforme inciso V do artigo 35 da LC35/79
(LOMAN). A segunda alegação não se mostra correta pois de acordo com o inciso VII
do artigo 35 da LOMAN, é dever do magistrado a fiscalização dos subordinados,
especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, mesmo que não
haja reclamação das partes. A terceira alegação do advogado se mostra correta pois
embora possa o magistrado exercer o magistério por força do artigo 26, II “a” da
LOMAN, seria inviável que o mesmo exerça essa segunda atividade em regime de 40
horas pois nesse caso a magistratura não será prestada de forma correta. Por fim, sob a
alegação sobre uma suposta vedação ao magistrado de conceder entrevistas, em que
pese a LOMAN em seu artigo 36, inciso III vedar a manifestação do magistrado em
meios de comunicação, esta vedação é se manifestar publicamente sobre processos
pendente de julgamento seu ou de outrem ou sobre votos, despachos, etc dos demais
magistrados, desembargadores ou ministros de tribunais superiores, ressalvado o
exercício da magistratura. Nesse caso, o magistrado concedeu entrevista sobre o ofício
da magistratura, e sendo assim, tal alegação contra o magistrado não procede.
3 – O juiz “A”, em um julgamento por seqüestro e cárcere privado de um conhecido
traficante de drogas, por mais que as provas não fossem tão consistentes, o passado do
réu fez com que o juiz já tivesse formulado sua convicção e tudo que o réu afirmava era
interpretado para se encaixar na hipótese pré-concebida do magistrado, ou seja, era
interesse do magistrado aquele raciocínio para condenar o réu. O juiz “B”, ao analisar
um caso versando sobre o “direito dos animais”, declarou os réus inocentes de terem
infectado gatos de rua com uma bactéria para acompanhar o progresso da doença até a
morte dos mesmos sob o argumento de que isso seria de grande utilidade para o
progresso da medicina. Por fim, o juiz “C” condenou grevistas que, de forma pacífica,
se recusaram publicamente a voltar ao trabalho, realizando verdadeiro ato de
desobediência civil, sob o argumento de que ao ordenar que os mesmos regressassem ao
trabalho o magistrado se baseou em uma lei racional votada e aprovada pelo Congresso
Nacional, e por ficção jurídica pelo povo. Mencione quais as teorias éticas adotadas por
cada magistrado fundamentando sua resposta. (3 pontos)

R: Em relação ao juiz “A”, este utilizou a teoria do egoísmo ético, onde o magistrado
acaba por dar uma decisão pois esta lhe traria um maior conforto, um maior grau de
felicidade, sem se importar com sua repercussão para terceiros, mas sim por lhe trazer
um maior bem estar. Em relação ao juiz “B”, este utilizou a teoria utilitarista, onde o
que se busca é o que for melhor para um maior número de pessoas, que trouxer maior
felicidade para um maior número de pessoas, pela impossibilidade de se trazer maior
felicidade para a totalidade das pessoas, essa teoria se contenta fornecer benesses a um
maior número de pessoas. Por fim, o juiz “C” não aceitou a idéia da desobediência civil
pois segue a teoria contratualista que se baseia na obrigatoriedade de se seguir uma
norma que tenha sido elaborada por seres racioanais, onde os cidadãos irão aceitar
perder uma parcela de sua liberdade em prol da vida gregária, da vida em sociedade,
mas para isso, se faz necessário que tais normas estejam de acordo com uma
racionalidade e não anule por completo a liberdade individual de cada um, deverá ser
apenas uma cessão de uma parcela dessa liberdade.

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