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II – POTENCIAL ELÉTRICO

1. Introdução

Quando uma massa é elevada, a energia gasta para eleva-la fica acumulada na forma de
energia potencial gravitacional (Ug) na própria massa. Assim, em cada ponto (A, B, C) a energia
Ug é diferente.
C

Figura1: Aumento da energia potencial gravitacional com a elevação de uma certa massa

Da mesma forma, a energia gasta no esforço para deslocar a carga q fica armazenada na
forma de energia potencial elétrica.

C B A

Figura 2:Variação da energia potencial com a mudança na posição.


A energia potencial elétrica da carga varia de um ponto para outro, por isso podemos
associar um potencial elétrico para cada ponto. O potencial elétrico (V) em um ponto P
U
qualquer é igual a energia da carga em P dividido pela carga: V ( P)  (1) , onde q neste
q
caso, como na lei de Gauss, pode assumir valores positivos e negativos.

Na primeira situação, onde o peso é a força devido ao campo gravitacional, temos as


seguintes relações:

U g  U F  U i  U B  U A

U g  mghF  mghi

U g  mg (hF  hi )

O trabalho do peso de A até B ou de i até F é:

WiF  mg (hF  hi )

portanto:

U g  WiF (2)

Da mesma forma, temos para energia potencial elétrica a relação:

U  WiF (3)

onde WIF é o trabalho da força elétrica no percurso de i até F e U  U F  U i .

A diferença de potencial é:

V  VF  Vi

com a equação (1) :

U F U i U F  U i U
V    
q q q q

devido a equação (3) podemos escrever:

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WiF
V  VF  Vi   (4)
q

esta equação também nos fornece o potencial em um ponto, mas para isso imaginamos
que a carga estivesse inicialmente no infinito onde não há influência de cargas e o potencial
elétrico é zero. Assim:

WF
VF  0  
q

WF
V ( P)   (5)
q

A unidade de diferença de potencial no sistema internacional de unidades (SI) é o Volt (V)

Exemplo: Num ponto A de um campo elétrico, coloca-se uma carga de -3 C e ela adquire
energia potencial de 60 J; esta mesma carga, quando colocada em outro ponto B do referido
campo, adquire energia potencial de -90 J. Determine:

(a) os potenciais elétricos em A e B;

(b) o trabalho da força elétrica quando a carga de -3 C é levada de A até B.

2. Relação com o Campo Elétrico

A diferença de potencial como o potencial podem ser escritos em função do campo elétrico
E.

WiF
V  
q
F  

 F d s
V   i

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  
F
como E   F  q E , então:
q

1F  
V    qE  d s
qi
F  
V    E  d s (6)
i

e o potencial elétrico em um ponto pode ser escrito como:


F  
V ( P)    E  d s (7)

Veremos que estas equações são muito úteis para definir uma superfície equipotencial.

3. Superfícies Equipotenciais

Superfície equipotencial é o lugar


geométrico dos pontos que possuem o
mesmo potencial elétrico.

Se aplicarmos a equação (6) para


qualquer superfície equipotencial
teremos V  0

Figura3: Superfícies equipotenciais

4. Cálculo do Potencial Devido a uma Carga Pontual

Uma carga teste qo é deslocada do ponto A (vetor posição rA) até o ponto B (vetor posição
rB). O campo elétrico realiza um trabalho sobre a carga teste.

ds
rA
q
rB
Figura 4: Deslocamento da carga teste de A para B

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A diferença de Potencial entre A e B é dado por:

W AB
VB  V A  
qo

rB rB
   

 F  ds  qo E ds rB
 
VB  V A       E  ds como ds=dr:
rA rA

qo qo rA

rB
   1 q
VB  V A    E  dr , temos que E  rˆ , então
rA
4 0 r2

rB r rB
1 q  B
1 q q 1
 ˆ
r  dr    4 0 r 2 dr cos    r r 2 dr cos 0 (8)
0

rA
4 0 r 2 rA
4 0 A

 1 1
r
 1
B
q q
VB  V A         
4 0  r  rA 4 0  rB rA 

Para o potencial num ponto qualquer teremos:

q  1 
VB  0      0
4 0  rB 

1 q
V (r )  (9 ) potencial em um ponto qualquer devido a uma carga positiva ou
4 0 r
negativa.

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Figura5: superior: Potencial devido a uma carga
positiva (conhecido como barreira de
potencial) e Inferior: Potencial devido
a uma carga negativa (conhecido como
poço de potencial)

5. Cálculo do potencial Devido a uma distribuição Discreta de Carga

O potencial em um ponto devido a duas cargas ou mais, será a soma algébrica do potencial
gerado por cada uma das cargas no ponto considerado.
n
1 qi
V ( P) 
4 0
r
i 1
, onde n é o número de cargas puntiformes.
i

Exemplo: Calcule o potencial elétrico no centro do quadrado de diagonal 2r devido as


cargas q positiva localizadas nos vértices do quadrado.

6. Energia Potencial Elétrica de um Sistema de Cargas Puntiformes

A energia potencial elétrica de uma carga num ponto P qualquer é dada por:

U  WP

onde WP é o trabalho realizado pelo campo elétrico no deslocamento da carga desde o
infinito até o ponto P.
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Como WP  V( p ) q , teremos:

U ( P)  V ( P)q , onde q não é módulo de q.

Exemplo: Calcular a energia potencial elétrica do sistema


ao lado, sabendo que: d= 1m, q1=+q, q2=-4q e q3=+2q, onde
q=150 nC Figura 7: Sistema de cargas (exemplo3)

7. Capacitor

Um capacitor é composto basicamente por dois condutores isolados.

Quando as placas são carregadas, recebem uma carga –q e +q (dizemos que possui carga q)
atingindo uma diferença de potencial V (que aqui chamamos de V) entre as placas.

A capacitância C é dado por:

q
C (14);
V

A unidade de capacitância é Farad (F) que equivale a C/V.

Quando um capacitor é ligado a uma bateria que fornece uma diferença de potencial 12 V,
por exemplo, ele recebe as cargas continuamente até atingir uma diferença de potencial de 12 V.
Após isso, mesmo se o capacitor for desligado, manterá a diferença de potencial 12 V entre seus
terminais, desta forma o capacitor armazena carga – a saber, a energia armazenada é dado por:
q2
U . Alem desta função o capacitor quando usado em um circuito gera uma “inércia” para
2C
as variações de corrente; um circuito CL (formado por um capacitor e um ) gera ondas
eletromagnéticas e a alteração no valor da capacitância faz variar a freqüência da onda
eletromagnética emitida ou absorvida.

Capacitor de Placas Paralelas

Agora vamos determinar a capacitância em função da área e distância entre as placas de um


capacitor de placas paralelas com vácuo em seu interior (figura 10).
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Observamos que só há campo no exterior da placa, portanto, somente há fluxo num dos
lados da superfície gaussiana. Pela lei de Gauss:

  q
 E  dA   0

q
EA  (15)
0
F  
A diferença de potencial é dado por: V  V  V f  Vi   E  d s  Ed (16), onde i está
i

localizado na placa negativa e f na positiva. A partir das equações (14), (15) E (16), chegamos a:

A
C  o (17)
d

Normalmente os capacitores apresentam um dielétrico entre as placas. A capacitância


dependerá do material formador deste dielétrico. A equação acima torna-se:

A
C   o (18)
d

onde  é a constante dielétrica do dielétrico.

Figura 8: Capacitor de placas paralelas e superfície gaussiana. Fonte Halliday, Resnick e Walker, v.3 p. 92

Mas o que é a constante dielétrica? R: É uma propriedade elétrica de substâncias, que está
relacionada a variações do campo elétrico no espaço devido a presença dessa substância. Ex: a
constante dielétrica do óleo é 4,6, portanto o valor do campo elétrico no interior do óleo será
4,6 vezes menor com relação ao valor do campo caso houvesse vácuo naquele local.

A rigidez dielétrica que aparece na terceira coluna da tabela, é uma propriedade que está
relacionado ao grau de isolamento. Ex: segundo a tabela acima, para um capacitor com
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dielétrico de papel com 1 mm espessura, suportará até uma tensão 16 kV, acima desse valor o
papel se tornará condutor. Caso fosse usado ar, o capacitor suportaria até 3 kV.

Com o dielétrico, a capacitância é aumentada  vezes, isto porque ocorre uma polarização no
interior do dielétrico, que dá origem a um segundo campo, contrário ao campo externo. A soma
destes dois campos, tem como resultantes um campo elétrico na direção do campo externo,
porém com valor menor. Esta redução no campo diminui a diferença de potencial (veja equação
3) e com isso ocorre um aumento da capacitância (veja equação 18). Abaixo uma figura com
inserção do dielétrico entre as placas.

Tabela 1: Valores da constante dielétrica. Fonte: Halliday, Resnick e Walker, v.3 p.101

Com o dielétrico, a capacitância é aumentada  vezes, isto porque ocorre uma polarização no
interior do dielétrico, que dá origem a um segundo campo, contrário ao campo externo. A soma
destes dois campos, tem como resultantes um campo elétrico na direção do campo externo,
porém com valor menor. Esta redução no campo diminui a diferença de potencial (veja equação
3) e com isso ocorre um aumento da capacitância (veja equação 1). Abaixo uma figura com
inserção do dielétrico entre as placas.

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Figura 9.: Inserção do dielétrico num capacitor. Fonte Halliday, Resnick e Walker, v.3 p. 103.

Exemplo: Potencial em um Condutor em equilíbrio Eletrostático

Um condutor em equilíbrio eletrostático é uma região


equipotencial, portanto: E=0

V  0

Caso o houvesse diferença de potencial desde a sua Figura 10: Condutor em


equilíbrio eletrostático.
superfície até seu interior, teríamos deslocamentos de cargas
(corrente elétrica) e o condutor não estaria em equilíbrio eletrostático.

Mas qual é o potencial no interior e exterior de uma esfera condutora carregada?

No exterior, o potencial é dado por:

1 q
V (r )  (11)
4 0 r

onde q é a carga da esfera e r é a distância


Potencial (V)

desde seu centro até o ponto que se quer saber o


potencial.

Para um ponto da superfície, teremos r=R, r (m)

então
Figura 11: Potencial devido a uma
esfera carregada
1 q
vV  (12)
4 0 R

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Este valor permanece para pontos no interior, pois como citamos anteriormente, um
condutor carregado forma uma região equipotencial. O gráfico do potencial devido a uma
esfera carregada tem, em geral, a forma da figura ao lado.

Segunda lista de exercícios – Potencial Elétrico

1. Nas aulas de Física, foi tratado do campo elétrico e do potencial elétrico gerados por
uma carga elétrica pontual. Lembrando que uma carga pontual pode ser um objeto qualquer
carregado em que suas dimensões não são relevantes para o problema em questão. O campo
 1 q 1 q
elétrico é dado pela equação E (r )  rˆ e o potencial por V (r )  , onde r é
4 0 r 2
4 0 r
sempre positivo e tem sua origem no local que está a carga q. Se q é positiva, o potencial ao
seu redor terá comportamento conforme o pico positivo (para cima) da figura abaixo e se q
for negativo terá o comportamento do pico negativo (para baixo).

Com base na figura acima, responda se elétrons (colocados entre o pico positivo e negativo
de potencial) tendem a se deslocar para regiões de maior ou menor potencial? E os prótons?

2. As cargas tendem a se movimentar somente para potenciais diferentes e nesse


deslocamento tem suas energias modificadas. A diferença de potencial elétrico entre pontos
de descarga corona (faísca elétrica) produzido durante uma tempestade é de 1,2 . 109 V.

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Qual é a mudança na energia potencial elétrica de um elétron que se move entre estes
pontos?

3. No movimento de A para B ao longo de uma linha de campo elétrico, o campo


elétrico realiza 3,94  10-19 J de trabalho sobre um elétron, no campo que é ilustrado na
figura abaixo. Quais são as d.d.p. : (a) VB – VA, (b) VC – VA e (c) VC – VB ?
Resp. (a) 2,46 V, (b) 2,46 V, (c) 0
Superf. Equipot. A Direção de E

B
C

4. Na experiência de Millikan (para quantização da carga) com a gota de óleo, um campo


elétrico de 1,92x105 N/C é mantido através de duas placas com um afastamento de 1,5 cm
B  
uma da outra. A partir da equação V B  V A    E  ds , determine a tensão entre as placas.
A

R: 2,90 KV
 
5. Considere um ponto em que E  E i . A partir desse ponto, dê uma direção (em
termos de um vetor unitário) em que o potencial (a) aumente, (b) diminua, (c) permaneça o
mesmo.

6. a) Represente para cada um dos quadros abaixo, a trajetória que o pássaro deve
caminhar para não correr risco de levar um choque elétrico. (b) Justifique tua resposta.

QUADRO 1 QUADRO 2

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7. Qual é o potencial no ponto P, localizado no centro do quadrado de cargas
puntiformes mostrado na figura abaixo. Suponha que d = 1,3 m e que as cargas são: q 1 =
12 nC, q2 = -24 nC, q3 = 31 nC e q4 = 17 nC.. R: 350 V
q1 q2
d

q3 q4

8. Três cargas q = 2,0 C estão fixas no espaço conforme a figura abaixo, onde d =
2,0 cm. Qual é a energia potencial U da configuração das três cargas? R: 6,9J

d/2

d/2 d/2
q q

9. As cargas e as coordenadas de duas cargas puntiformes localizadas no plano xy


são: q1 = 3,0  10-6C, x = 3,5 cm, y = 0,5 cm; e q2 = - 4,0  10-6C, x = -2,0 cm, y = 1,5 cm.
Qual é a energia potencial elétrica deste sistema de cargas? R: –1,9 J

10. Considere uma carga puntiforme q = 1,5  10-8C. Quais são a forma e as
dimensões de uma superfície equipotencial de 30 V graças somente a q?

11. Vamos modelar a Terra e uma camada de nuvens a 800 m acima da Terra como as
“placas” de um capacitor. Calcule a capacitância se a camada de nuvens tem uma área de
1,0 km2 . Se o campo elétrico de magnetude 3,0 x106 N/C faz o ar se romper e conduzir
eletricidade (ou seja, causa raios) qual é a carga máxima que a nuvem pode suportar? R: 11
nF e 27 C

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12. As placas de um capacitor imerso no ar estão separadas pela distância de 1,0 mm.
Qual deve ser a área das mesmas para que sua capacitância seja igual a 1,0 F? R: 1,1 108
m2.

13. Um capacitor tem uma capacitância de 5,5  10-5 nF. Estando ele carregado a 5,3 V,
quantos elétrons em excesso existem sobre sua placa negativa? R: 1,82 106

14. Um capacitor de placas paralelas possui placas circulares de raio 8,2 cm e separação
1,3 mm. (a) Calcule a capacitância. (b) Que carga aparecerá sobre as placas se a diferença
de potencial aplicada for de 120 V? R: (a) 143 pF (b) 17 nC.

15. Um capacitor de placas paralelas, com 0,087 m2 de área de placa e 1,8 mm de


separação entre placas, tem uma capacitância de 2,4 nF, quando certo dielétrico preenche o
espaço entre as placas. Qual a constante dielétrica desse dielétrico? R: 5,6

16. Na fissão nuclear, um núcleo de urânio 235 captura um nêutron e se divide em dois
núcleos mais leves. Em algumas fissões, os produtos são núcleo de bário (carga 56e) e um
outro de criptônio (carga 36e). imaginemos que estes núcleos sejam cargas puntiformes
positivas e que estejam separados por r=1,46x10-9m. Calcular a energia, deste sistema de
duas cargas puntiformes. R: 3,18x10-16J

17. Três cargas puntiformes estão sobre o eixo dos x. A carga q1 na origem, q2 em
x=3m e q3 em x=6m. Calcular a energia potencial eletrostática se (a) q1=q2=q3=2C; (b)
q1=q2=2C e q3=-2C; (c) q1=q3=2C e q2=-2C. R: (a) 0,03J , (b) –0,006J, (c) –0,018J.

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