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Profundidade

A gente começa a sofrer

Por toda uma eternidade

Quando da troca de um olhar

A gente começa a amar.

E como o coração é bobo

E não sabe quem lhe quer bem

Ama, ama quem não ama

E sofre por essa impudência.

E a gente fica permanentemente

Castigado pela dor

Pois a gente nunca mais

Fica distante de um amor.

E, sem sentir, a gente

Nunca mais deixa de sofrer

E continua amando

Só porque já começou.

Penas brancas

Eu sou um louco

Que deseja ser a menina

Dos seus olhos

A primeira estrela no céu de sua boca

Quero sutilmente

Banhar-me no seu suor

E, imediatamente, secar-me no seu calor

Eu sou um louco
Que anda com você nas nuvens

Percorrendo o universo

Nas asas do infinito

Um louco

Que vê nos trigais

Seus cabelos farfalhando ao vento

Que anda com a cabeça no chão

Porque os seus pés

Estão verdes de caminhar

Em busca de você

E eu não sei

Se eles vão amadurecer

Um louco que entristece

Ao lembrar de você sozinha

Esperando por mim

Que vê

Um monstro enroscado

Na teia de aranha da cozinha

Um louco

Que houve nas horas mortas

O soluço do criado mudo

Que faz poema

De pétala de rosas

Pra garotona de olhos de éter

Não olhio para o azul do céu

Porque tenho para olhar

O azul dos teus olhos

Não quero a luz das estrelas

Porque o que eu quero


É a luz do teu olhar

Um louco que dorme no chão

Pra não cair da cama

Se o sonho for muito alto

Que queria ter no coração

Um retrato da felicidade

Sombreado por seu sorriso

Autografado por você.

Sabe o que eu penso?

Que o gelo do seu amor

Apaga

O fogo do meu amor

E isso me deixa louco de tristeza

Daí, corro pro meu quarto

E me escondo debaixo da cama

Fingindo ser o pinico

Porque pinico não pensa

Não sente

Não fala, não escreve

E não é louco de amor.

Espectro de gente

Caminho!... e os caminhos

Que ando, são tão desertos...

Caminho e não deixo marcas

Em meu caminho....

Choro! E o pranto queima-me

Os olhos e transfigura-me o rosto.

Grito! E o grito ecoa mudo


Já nem sei quem sou...

Falo! Mas as palavras se misturam

E não consigo transmitir o que sinto...

O sol brilha!... nem percebo sua luz

Que recende no azul...

A noite me traz calafrios e me faz

Sentir vazio. A noite é escura e medonha!

E me perco entre os horrores

Das coisas que me cercam

E já nem seu quem sou.

Flor de manacá

Mulher meiga

Mulher bela!

Que quer queres que diga ainda?

Mulher mais linda

Que o róseo das nuvens

Ao pôr do sol

Das tardes frias...

Tens perfume de quanto

Tudo que é puro e cheira.

- Rosa, manacá, jasmim!

Me queira, me destrói,

Me faz em pedaços.
Seja uma bomba atômica,

Um monstrozinho,

Meu ser, minha luz

Meu amor me possui!

Sou eu que jamais fui.

Já não sou Aurimar,

Sou delírio, fogo da paixão,

Sou o Vesúvio em erupção!

Sou soldado, cabo general

Sou um batalhão

Estou em guerra pra conquistar deu coração.

Mulher meiga,

Avezinha do meu coração!

Lindo

Lindo é a opulência de um céu risonho e plácido

Na transparência da noite azul...

Lindo é a vivacidade e esplendor que revelam

A rosa púrpura no seio da relva perfumada,

Avezada a bailar ao som musical da brisa e a sugar

A luz esplêndida das estrelas...

Lindo é a luz diáfana da lua que se abre em flor

E possui a mágica atração do amor e a graça

Harmoniosa da rosa nascente...

Lindo são os lagos serenos e plácidos, coalhados

Por um berço de boninas, desfraudados a se perder


De vista, nas vastas campinas de profunda solidão...

Lindo é o chilrear dos pássaros nos pés de

Laranjeiras

Ou por sobre as flores dos cafezais, saudando

O arrebol que se desfruta por entre as brumas

Por sobre os píncaros lineares...

Lindo são meus barcos de esperança que singram

Mar abaixo, levando em suas velas brancas a paz

De meus sonhos, e em cujo mastro de desfralda

Um manto de púrpura, bordado com raios de sol

O rosto cheio de candura da minha amada...

Lindo é sentir a liberdade a percorrer nos embalos

Das ondas e sentir o gosto do sol cinco

Oceanos...

Lindo é a serenidade e pureza de uma alma

Simples,

Como um colibri dourado, bebendo no cálice da

Flor

Agreste, a doce seiva...

Lindo é o sorriso que aflora nos lábios da minha

Amanda. Comparo esta beleza ao suspiro da brisa,

Às pétalas das rosas banhadas pelo orvalho

Da madrugada, como uma auréola de graça...

Lindo é o gracioso anel dourado de seus cabelos

E esse esplendor lhe cinge a fronte e por sobre


Os ombros a nuvem fragrante dá-lhe uma

Formosura

E um ar faceirice neste rosado das faces

Sem idade...

Lindo são estes teus olhos volutos de graça

Com um mavioso toque de luz transbordando a

Pureza

Que há em sua alma, que alumia o meu caminho

Sôfrego em busca do lindo: você...

Assim, meio... blau!

Eu ando assim,

Meio... blau!

Querendo o teu amor,

Não sei, o teu olhar...

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