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É bem verdade que seres e memórias do sagrado não emergem espontâneosna fala política dos
servos da fábrica ou da lavoura. É verdade também queassistimos a um lento processo de
racionalização laicizante entre operários daindústria e boias-frias, mais do que entre
camponeses. Mas é tambémverdadeiro que a religião não só entremeia, de um modo ou de
outro, o centrode vida social de operários e lavradores, como continua sendo um bomexplicador
coletivo das razões de ela ser como é. (ZALUAR, 1974, p. 7) P. 47
- A falta do clero nas comunidades rurais e a falta de conhecimento dogmático fez desse
catolicismo rustico ter formas diferentes conforme as localidades.
- “catolicismo rústico”;
Dessa forma, a festa do Divino se cruzava com o tropeirismo favorecendo uma questãoprática
e econômica. P. 59
- Ligação com o movimento tropeiro em Sorocaba deixavam as festas do divino muito maiores;
- Fim do tropeirismo;
Vários outros fatores – como a extinção da corte e das folias, otérmino das cavalhadas e o
distanciamento do movimento tropeiro entrelaçado ao Divino, aredução progressiva das
festividades, a metropolização do município e o crescente avanço daviolência – nos fazem crer
que a festa não se perdeu, mas deu lugar a outras atividades que,hoje, trazem maior sentido à
celebração do Divino Espírito Santo. Isto é, o tempo demandounovos significados. Desse
modo, as ressignificações trouxeram atualização necessária àcultura do Divino em prol da sua
própria manutenção e sobrevivência no contexto vigente. P. 66