Ao som da liberdade

(Por Marina Loreto em 18 de agosto de 2019)

Na atualidade fala-se bastante sobre a importância da liberdade, ou seja, o poder individual de

expressar todos os nossos desejos e ideias, pois isso também fala de nossos direitos como
sujeitos de opinião. Quando colocamos no Google a palavra liberdade encontramos uma
imensidão de informações e formas de liberdade: liberdade religiosa, liberdade de expressão,
liberdade assistida, liberdade individual, liberdade de imprensa, liberdade sindical, liberdade
humana, liberdade provisória. O Dicionário informal (2013) diz que Liberdade:

significa o direito de ir e vir, de acordo com a própria vontade, desde

que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não
depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto de ideias
liberais e dos direitos de cada cidadão.

Mas, mesmo com todos os significados encontrados quando viajamos pela internet, o conceito
que entendemos por liberdade é muito mais complexo.

Quando voltamos para história vemos que a opressão foi o maior inimigo da liberdade. Em vários
contextos esse opressor pode ter variados rostos e nomes, como: Lei, Estado, posição
hierárquica e tudo aquilo que se julga estar acima de nós. É natural que estejamos dispostos a
combater esse tal opressor, mas é importante entender que eles nem sempre são absurdos, no
sentido que existe um limite necessário. Mesmo que fosse nosso desejo falar: “gostaria de mais Commented [SD1]: Sugeri esta mudança porque não
lazer e menos trabalho, esse é o meu desejo. Gostaria de pegar um pouco da propriedade do acho que seja um mal necessário, mas um limite para
meu vizinho para que meu patrimônio seja maior, esse é o meu desejo. Quero pegar um nossas ações.
empréstimo no banco e que os juros sejam zero, esse é o meu desejo. Quero poder matar aquele
alguém que me fez mal e não ter uma penalização por isso, esse é o meu desejo?”. Seria nosso Commented [RC2]: Achei confuso. Não entendi muito
desejo, mas onde estaria o direito do outro? bem o que tu queria dizer aqui.

“O homem nasce livre, e, em toda parte, encontra-se acorrentado” as palavras do filósofo Jean- Commented [ml3R2]: São as formas de liberdade que
Jacques Rousseau nos faz pensar que, mesmo que a liberdade seja um direito natural do ser queríamos mas que são limitantes por não serem possíveis
humano, as amarras sociais nos impedem do tão desejado nirvana de liberdade. Talvez ao – principio do prazer e principio da realidade
pensar assim a liberdade seja frustrante, por enxergar que ela é simplesmente limitante demais. Commented [ml4R2]:
Ao olhar para o nosso passado vemos lutas, guerras, escravidão e sofrimento para chegar na Commented [SD5R2]: Entendi, mas sugeri algumas
liberdade de direitos que temos hoje em nossa Constituição e ainda acreditamos que não somos alterações e achei que faltou a conclusão do pensamento.
livres o suficiente. De fato talvez não sejamos. Por isso adicionei a última frase. Veja se concorda.

Assim, o Estado não tem somente uma mão, e nem deve, como uma mãe que não pode ser
totalmente permissiva e nem totalmente opressora. O Estado tem duas mãos, a mão doce que
dá a liberdade para seus cidadãos e a mão dura que retira. Mesmo com essas condições o
indivíduo é livre para ter seus interesses, costumes e religião, ou seja, o direito de ir e vir, de se
manifestar e viver de acordo com suas crenças é a liberdade que não cabe ao Estado influenciar.
Enquanto esses direitos forem preservados, é possível ser livre e não viver pensando o quanto
estamos presos, como a palavra manifestada de Rousseau.

Fonte:

Bastiat, Frédéric. O Estado. Journal des Débats em 25 de setembro de

1848.https://libertyzine.blogspot.com/2007/07/o-estado-frdric-bastiat.html
https://www.dicionarioinformal.com.br/liberdade/ - Dicionário Informal Formatted: Font: Bold, Not Italic, Font color: Text 1,
Pattern: Clear
MILL, Stuart. Sobre a liberdade. Editora Hedra, 2014, São Paulo.