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- Preparo pré-operatório
Devemos traçar condutas que minimizem a morbiletalidade perioperatória (período
intraoperatório até 48h de pós-operatório) e pós-operatória tardia (após 48h até 30 dias de
pós-operatório).
Risco anestésico-cirúrgico
- Fatores que influenciam o risco anestésico-cirúrgico
* Relacionados ao procedimento
1. Duração > 4h
2. Perda sanguínea > 1.500ml
3. Invasão de cavidades (peritoneal, pleural)
4. Anestesia geral ou bloqueio neuraxial
5. Cirurgia de emergência
* Relacionados ao paciente
1. > 70 anos
2. DCV, pulmonar, metabólica, renal ou hepática
3. Baixa capacidade funcional
4. Instabilidade cardiovascular ou respiratória
ASA
Asa 1 – Paciente saudável, não tabagista, consumo leve de álcool
Asa 2 – Doença sistêmica leve (HAS e DM controlada), anemia, gestação, tabagismo
Asa 3 – Doença sistêmica grave não incapacitantes. Exemplos: DM com complicação vascular
ou não controlada, IAM > 3 meses, AVC ou AIT > 3 meses, angina estável, HAS não controlada,
marcapasso, IRC em diálise, IMC > 40, DPOC
Asa 4 – Doença sistêmica grave com ameaça constante à vida. Exemplos: IAM, AVC ou AIT < 3
meses; angina instável; sepse; CIVD; DPOC agudizado
Asa 5 – Paciente moribundo: não é esperado que ele sobreviva com ou sem a cirurgia proposta
Asa 6 – Morte cerebral – Doador de órgãos.
Risco cardiovascular
Índice de risco cardíaco revisado
* Cirurgia de alto risco
Cirurgia vascular
Cirurgia intraperitoneal ou intratorácica
* Doença coronária
IAM prévio
Angina ou uso frequente de nitrato sublingual
Revascularição prévia, mas atualmente com angina
* Insuficiência cardíaca
Dispneia cardiogênica
História de edema agudo de pulmão
Terceira bulha ou estertores pulmonares
Radiografia de tórax com edema agudo de pulmão
* Doença cerebrovascular
AVC prévio
AIT prévio
* DM em uso de insulina
* Doença renal crônica: Creatinina > 2mg/dl
Complicações em cirurgia
I- Febre no pós-operatório
Podemos dizer que um paciente tem febre quando apresenta um valor matinal > 37,2ºC ou à
tarde > 37,7ºC.
O processo de conservação de calor e geração baseia-se em:
1) Vasoconstrição periférica: tem por objetivo desviar sangue da pele para órgãos
centrais, evitando assim a perda calórica por evaporação
2) Abalos musculares: aumentam a geração de calor pelo músculo
3) Termogênese não relacionada aos calafrios
* A hiperpirexia ocorre quando a temperatura ultrapassa 41,5ºC; podem ocorrer por infecção
grave, mas é mais causada por AVE hemorrágico.
Febre Causas
Intraoperatória * Infecção pré-existente, reação transfusional
* hipertermia maligna (causada por succinilcolia ou anestésicos
inalatórios → antídoto: dantrolene
24h – 72h * atelectasia
* Infecção por streptococo (fasceíte necrosante)
* lesão inadvertida de alças intestinais
* flebite superficial
> 72h 5º ao 8º dia: ITU se sondagem vesical
Pneumonia se intubação
>4º dia com saída de líquido serossanguinolento pela FO:
deiscência
7º ao 10º dia: infecção da FO
> 15º dia: parotidite supurativa em pacientes com má higiene oral,
desidratação e idade avançada
Hipotermia:
Redução da temperatura < 35,5ºC de cateter instalado em artéria pulmonar, esôfago, reto e
etc.
Quando pensar?
- Cirurgias prolongadas: áreas expostas ocorre perda de calor por evaporação.
- Ressuscitação volêmica com líquidos não aquecidos
- Segmento paralisado não apresenta atividade muscular para gerar calor