IGREJA ANGLICANA DAS AMÉRICAS
ALICERCE 3
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“[O Filho] sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo
a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas”.
(Hebreus 1.3)
Introdução
Estudar sobre a Pessoa do Senhor Jesus Cristo é
o mesmo que construir uma casa sobre a rocha.
Jesus é o tema principal de toda a Sagrada Escritura
e quanto mais o conhecermos, mais vida teremos.
1. Quem é Jesus Cristo
(a) “Que pensais vós do Cristo” (Mateus 22.42). A
salvação eterna de nossa alma depende da resposta
a esta pergunta crucial.
(b) Mateus 16.13-16. “Quem os homens dizem ser o
Filho do homem? [...] E vós, quem dizeis que eu sou?”.
A resposta de Pedro foi: “Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo”.
(c) O elogio recebido pelo discípulo, deixa claro que a
única maneira de sabermos quem é Jesus é através
de uma revelação divina: “Bem-aventurado és tu, Simão
Barjonas, porque não foram carne e sangue que te
revelaram isso, mas o meu Pai que está nos céus”
(Mateus 16.17).
2. As duas naturezas de Jesus Cristo
(a) Jesus Cristo era um homem: João 1.14; Filipenses
2.7-8; Hebreus 2.14-17; 1 Timóteo 2.5. Sua humani-
dade pode ser demonstrada:
a1. Pela sua ascendência humana –
Gálatas 4.4; Mateus 2.11 e 12.46; Atos 13.22-23.
a2. Por seu crescimento e seu desenvol-
vimento naturais – Lucas 2.40, 46, 52.
a3. Por sua aparência pessoal – João 4.9.
a4. Por possuir natureza humana com-
pleta (corpo, alma e espírito) – Mateus 26.12, 38;
Lucas 23.46.
a5. Pelas limitações humanas (exceto, é
claro, o pecado). Ele:
• se cansava – João 4.6
• dormia – Mateus 8.24
• sentia fome – Mateus 21.18
• sede – João 19.28
• sofria e sentia dor física – Lucas 22.44
• aprendia mediante observação – Lucas
2.46-47
OS ALICERCES DA VIDA
• JESUS CRISTO
(b) Jesus Cristo é Deus: Hebreus 1.8; 1 João 5.20;
1 Timóteo 3.16; Filipenses 2.5-6. Sua divindade pode
ser demonstrada:
b1. Por seus nomes divinos
a. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus” – João 1.1.
b. “o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente.
Amém – Romanos 9.5.
c. “Senhor meu e Deus meu” – João 20.28
d. “Jeová” – Isaías 40.3, cf. Mateus 3.1-3 – Isaías 45.21-
23, cf. Filipenses 2.9-11 – Zc 12.10, cf. Jo 19.37
b2. Por seus atributos divinos
a. Eternidade – “Eu Sou”, João 8.58; “Pai Eterno”, Is 9.6
b. Onipotência – Apocalipse 1.8
c. Onisciência – João 21.17
d. Onipresença – Mateus 18.20
b3. Por suas obras divinas
a. Criador – João 1.3
b. Autor da vida – Atos 3.15
b4. Por sua honra e sua glória divinas
a. O Filho é honrado juntamente com o Pai – João 5.23
b. Os anjos o adoram – Hebreus 1.6
c. Ele tem um trono eterno – Hebreus 1.8
(c) As duas naturezas de Jesus Cristo são unidas em
uma única Pessoa – Colossenses 2.9
3. A humilhação de Jesus Cristo
(a) Jesus Cristo realizou muitas obras em favor do
homem, mas a principal foi a salvação, o que reque-
reu sua humilhação. Paulo afirma que Jesus “humi-
lhou-se a si mesmo” (Filipenses 2.8); ele o fez volun-
tariamente; não foi forçado a fazer algo contra a sua
vontade. Ele mesmo declarou: “... porque dou
a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém a
tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho
poder para a dar e poder para tornar a tomá-la”
(João 10.17-18).
(b) Jesus se humilhou (1) sendo concebido e nascen-
do como homem, (2) sofrendo, (3) sendo crucificado,
(4) morrendo e (5) sendo sepultado, como qualquer
mortal.
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OS ALICERCES DA VIDA
4. A exaltação de Jesus Cristo
(a) A exaltação é consequência da humilhação (Lucas
14.11). Cristo em sua exaltação anulou toda a força do
pecado, da morte e do inferno, tendo derrotado o
Diabo para sempre.
(b) Jesus se exaltou (1) descendo ao mundo dos mor-
tos, (2) ressuscitando, (3) ascendendo aos céus,
(4) assentando-se no trono e (5) preparando-se para
julgar os vivos e os mortos.
(c) 1 Pedro 3.18-19. A descida de Jesus ao mundo
dos mortos não foi para sofrer e nem foi definitiva. Ele
foi ali para proclamar a vitória – dele e nossa!
5. Os ofícios de Jesus Cristo
(a) Mediador. Um mediador é alguém que se coloca
entre duas partes em litígio, procurando reconciliar uma
com a outra. Todo ser humano está em litígio com Deus
e precisa de um mediador. Jesus Cristo é esse media-
dor: 1 Timóteo 2.5; 2 Coríntios 5.18; Colossenses 1.20.
(b) Profeta. Jesus Cristo revelou perfeitamente a von-
tade de Deus para a redenção da humanidade; ele era
– e é – a voz de Deus (Mateus 17.5). E como profeta,
ele envia homens e mulheres para pregar o evangelho
(Lucas 10.16), concedendo-lhes dons e guiando-os à
perfeição (Efésios 4.8-12).
“Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”.
(Mateus 8.27)
(c) Sacerdote. A principal função de um sacerdote é
interceder junto a Deus em favor dos pecadores. É
isto o que Jesus faz diante do Pai: roga por nós, peca-
dores (Hebreus 7.24-25; 1João 2.1-2).
(d) Rei. Inconscientemente, Pôncio Pilatos reco-
nheceu que Jesus era Rei, quando mandou fixar
uma placa na cruz, na qual se lia em aramaico, latim e
grego: Jesus nazareno, o rei dos judeus (João 19.19-
20). Jesus declarou ser rei (João 18.36-37). Com seu
poder divino, ele reina sobre todo o universo e governa
a igreja, protegendo-a em sua jornada terrena, para
que por meio dela, a igreja, “a multiforme sabedoria de
Deus” seja conhecida e estabelecida (Efésios 3.10).
Conclusão
Atos 3.21: “O qual convém que o céu contenha até
aos tempos da restauração de tudo”. O céu agora o
retém fora de nossa vista, mas sabemos que em
cumprimento de sua promessa, Jesus sempre está
conosco e no tempo certo voltará para nos levar com
ele, “porque ainda um pouquinho de tempo, E o que há
de vir virá, e não tardará” (Hebreus 10.37).