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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE ENGENHARA CIVIL


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

Teoria da Energia de
Distorção Máxima
Jackeline Santos de Oliveira

Uberlândia – MG
Abril/2019
Introdução 2

• Utilização de máquinas de ensaio na determinação de propriedades


mecânicas dos materiais;
• Facilidade na obtenção das propriedades mecânicas de materiais
dúcteis através de ensaio de tração ou compressão simples;
• Várias teorias de resistência para estados de tensões mais complexos;
• Faz-se necessário o conhecimento sobre os conceitos e aplicações das
várias teorias de resistência permitem julgar a condição de segurança
da estrutura;
Introdução 3

Teoria da Energia de Distorção Máxima;


• Proposta pelo M.T. Huber em 1904, e mais tarde desenvolvida por
Richard von Mises (1913) e Heinrich Hencky (1925);
• Se baseia na determinação da energia de distorção do material para
determinar a ocorrência de escoamento do material em um ensaio de
tração ou compressão simples.
Objetivo 4

• Contribuir para o aprofundamento do conhecimento dos


discentes do Curso de Mestrado em Estruturas, sobre os
conceitos e aplicações da Teoria da Energia de Distorção
Máxima.
Teoria da Energia de Distorção Máxima 5

• Tem por objetivo prever a ocorrência de falha estrutural


submetido a qualquer tipo de combinação de forças.

✓ Quando ocorre a falha?


Energia de distorção por unidade de volume do elemento estrutural
=
Energia de distorção por unidade de volume do corpo de prova
(ensaio de tração ou compressão axial)
Teoria da Energia de Distorção Máxima 6

Variação de
volume
Energia de
deformação
Variação da Responsável pela
forma falha estrutural
Teoria da Energia de Distorção Máxima 7

Variação de
volume
Energia de
deformação
Variação da
Distorção
forma
Teoria da Energia de Distorção Máxima 8

• Densidade de energia de deformação

1
𝑢 = 𝜎𝜀
2

𝒖 = densidade de energia de deformação (MJ/m3 );


𝝈 = tensão uniaxial (MPa);
𝜺 = deformação normal (m/m).
Teoria da Energia de Distorção Máxima 9

• Estado triplo de tensões

✓ tensões principais:
𝜎1 , 𝜎2 e 𝜎3

FIGURA 1 - Tensões principais no


estado triplo de tensões.
FONTE: Hibbeler, 2010.
Teoria da Energia de Distorção Máxima 10

• Densidade de energia de deformação no estado triplo de tensões

1 1 1
u = σ1 ε1 + σ2 ε2 + σ3 ε3
2 2 2

𝐮 = densidade de energia de deformação (MJ/m3 );


𝝈𝟏 , 𝝈𝟐 , 𝝈𝟑 = tensões principais no estado triplo de tensões (MPa);
𝛆𝟏 , 𝛆𝟐 , 𝛆𝟑 = deformações normais no estado triplo de tensões (m/m).
Teoria da Energia de Distorção Máxima 11

• Lei de Hooke para o estado triplo de tensões

1
ε1 = [σ1 − ν σ2 + σ3 ]
E E = módulo de elasticidade do material (MPa);
1 𝛎 = coeficiente de Poisson;
ε2 = [σ2 − ν σ1 + σ3 ]
E 𝛔𝟏 , 𝛔𝟐 , 𝛔𝟑 = tensões principais (MPa);
1 𝜺𝟏 , 𝜺𝟐 , 𝜺𝟑 = deformações normais (m/m).
ε3 = [σ3 − ν σ1 + σ2 ]
E
Teoria da Energia de Distorção Máxima 12

• Densidade de energia de deformação no estado triplo de tensões

1 2
u= σ1 + σ22 + σ23 − 2ν σ1 σ2 + σ1 σ3 + σ3 σ2
2E

𝐮 = densidade de energia de deformação (MJ/m3 );


𝛎 = coeficiente de Poisson;
E = módulo de elasticidade do material (MPa);
𝝈𝟏 , 𝝈𝟐 , 𝝈𝟑 = tensões principais no estado triplo de tensões (MPa);
Teoria da Energia de Distorção Máxima 13

• Deformação e distorção do elemento

FIGURA 2 - (a) Deformações normais iguais e (b) distorção do elemento


FONTE: Hibbeler, 2010.
Teoria da Energia de Distorção Máxima 14

• Densidade de energia de distorção no estado triplo de tensões

1+ν 2 2 2
ud = σ1 − σ2 + σ2 − σ3 + σ3 − σ1
6E

𝐮𝐝 = densidade de energia de distorção (MJ/m3 );


𝛎 = coeficiente de Poisson;
E = módulo de elasticidade do material (MPa);
𝝈𝟏 , 𝝈𝟐 , 𝝈𝟑 = tensões principais no estado triplo de tensões (MPa);
Teoria da Energia de Distorção Máxima 15

• Densidade de energia de distorção no estado plano de tensões

1+ν 2
ud = σ1 − σ1 σ2 + σ22
3E

𝐮𝐝 = densidade de energia de distorção (MJ/m3 );


𝛎 = coeficiente de Poisson;
E = módulo de elasticidade do material (MPa);
𝝈𝟏 , 𝝈𝟐 = tensões principais no estado plano de tensões (MPa);
Teoria da Energia de Distorção Máxima 16

• Ensaio de tração axial

1+ν 2
ud e = 𝜎𝑒
3E

𝐮𝐝 𝒆 = energia de distorção por unidade de volume considerando apenas tração (MJ/m3 );


E = módulo de elasticidade do material (MPa);
𝛎 = coeficiente de Poisson;
𝛔𝐞 = limite de escoamento do material na tração simples (MPa);
Teoria da Energia de Distorção Máxima 17

• Definição da Teoria da Energia de Distorção Máxima

𝑢𝑑 < u d e

𝐮𝐝 𝒆 = energia de distorção por unidade de volume considerando apenas tração (MJ/m3 );


𝐮𝐝 = densidade de energia de distorção (MJ/m3 );
Teoria da Energia de Distorção Máxima 18

• Definição da Teoria da Energia de Distorção Máxima

σ12 − σ1 σ2 + σ22 < σ2𝑒

𝛔𝟏 , 𝛔𝟐 = tensões principais no estado plano de tensões (MPa);


𝛔𝐞 = limite de escoamento do material na tração simples (MPa);
Teoria da Energia de Distorção Máxima 19

• Teoria da Energia de Distorção Máxima

Equação da elipse
σ12 − σ1 σ2 + σ22 = σ2𝑒

FIGURA 3 - Elipse representativa da Teoria da Energia de Distorção Máxima


FONTE: Beer et al, 2011.
Teoria da Energia de Distorção Máxima 20

Teoria da Energia de
Distorção Máxima

FIGURA 4 - Superfície de escoamento


de von Mises
FONTE: Adaptada de Santos, 2015.
Comparativo com a Teoria de Tresta 21
Comparação com a Teoria de Tresca 22

• verifica-se que a elipse da Teoria


de von Mises passa pelos
vértices do hexágono

FIGURA 5: Comparação da Teoria da Energia de


Distorção Máxima com a Teoria da Tensão de
Cisalhamento Máxima
FONTE: Hibbeler, 2010.
Comparação com a Teoria de Tresca 23

• Ensaio de torção

FIGURA 6 - Círculo de Mohr


FONTE: Beer et al, 2011.
Comparação com a Teoria de Tresca 24

Teoria de Tresca
σ1 = −𝜎2 = ±0,5𝜎𝑒

Teoria de von Mises


σ1 = −𝜎2 = ±0,577𝜎𝑒

Beer et al (2011) , apêndice B, tem-se

0,55 ≤ 𝜎𝑒 /𝜏𝑒 ≤ 0,60

Para materiais dúcteis.


Comparação com a Teoria de Tresca 25

• Para os demais casos os dois critérios de resistência se


apresentam diferentes

• Teoria de Tresca: os valores da se mostram mais


conservadores em relação ao dimensionamento
• Teoria de von Mises: os valores são mais próximos dos
valores experimentais
Exercício 1

O eixo maciço mostrado na Figura 7 tem raio de 0,5 cm e é feito


de aço com tensão de escoamento σe = 360 MPa. Determine se as
cargas provocam a falha do eixo de acordo com a teoria da energia de
distorção máxima (Adaptado de Hibbeler, 2010).

FIGURA 7 - Eixo maciço do exercício 1


FONTE: Adaptado de Hibbeler, 2010. 26
Solução

O estado de tensão do elemento é causado pelo torque e pela força


normal aplicada.

tensões normais:

P − 15 kN
σx = = 2
= − 19,10 2
= − 191 MPa e 𝜎𝑦 = 0
A π . 0,5 cm
tensão cisalhante causada pelo torque:

Tc 3,25 . 0,5 kN
τxy = = π = 16,55 2 = 165,5 MPa
J . 0,54 cm
2
27
Teoria da Energia de Distorção Máxima 28

• Tensões principais no estado plano de tensões

2
σx + σy σx − σy 𝛔𝟏 , 𝛔𝟐 = tensões principais no estado plano
σ1 = + + τ2xy de tensões (MPa);
2 2 𝝉𝒙𝒚 = tensão de cisalhamento presente na
superfície do material (MPa);
2
σx + σy σx − σy 𝛔𝒙 , 𝝈𝒚 = tensões normais presentes na
σ2 = − + τ2xy superfície externa do material (MPa).
2 2
Solução
Calculando as tensões principais σ1 e σ2 , obtém-se

−191 + 0 −191 − 0 2
σ1 = + + 165,52 = 95,6 MPa
2 2

−191 + 0 −191 − 0 2
σ2 = − + 165,52 = −286,6 MPa
2 2

29
Solução

O estado de tensão do elemento é causado pelo torque e pela força


normal aplicada.

165,5 MPa

191 MPa

FIGURA 8: Eixo maciço e componentes da tensão

30
FONTE: Adaptado de Hibbeler, 2010.
Solução

Aplicando a Teoria da Energia de Distorção, tem-se

σ12 − σ1 σ2 + σ22 ≤ σ2𝑒


95,6 2 − 95,6 . −286,6 + −286,6 2 ≤? 360 2

118 677,9 < 129 600

Diante disso, pela Teoria de von Mises, concluiu-se que o


material não apresentará falha.

31
Exercício 2
O eixo maciço mostrado na Figura 9 tem limite de proporcionalidade de 450 MPa.
Determine o valor da carga R para que ocorra falha estrutural por escoamento, conforme
previsto na Teoria de von Mises. Admita que o ponto A está submetido às maiores tensões
(Adaptado de Riley, Sturges e Morris, 2003).

FIGURA 9 - Eixo maciço do exercício 2


FONTE: Adaptado de Riley, Sturges e Morris, 2010. 32
Conclusões 33

Contudo o que foi visto anteriormente, espera-se obter


como resultado principal a contribuição para o aprendizado de
discentes ou profissionais da área de Engenharia Civil a
aprofundamento sobre os conceitos e aplicações da Teoria de
von Mises.
Referências 34

BEER, F. P., JOHNSTON, E. R., DEWOLF, J. T., MAZUREK, D. F. Mecânica dos materiais. 5 ed. Porto
Alegre: AMGH, 2011.

COSTA, H. B. Curso básico de resistência dos materiais. Notas de aula (Departamento de Engenharia de
Estruturas e Geotécnica) - Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, 2015, 26 p.

HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 7 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

RILEY, W. F., STURGES, L. D., MORRIS, D. H. Mecânica dos materiais. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.

SANTOS, M. V. C. Análise da fadiga em dutos danificados. Tese (Mestrado em Engenharia Mecânica) –


Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE. Rio de Janeiro, RJ, 2015, 56 p.

TIMOSHENKO, S. Resistência dos materiais. 2 v. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1979.

UFURAL, A. C. Mecânica dos materiais. Rio de janeiro: LTC, 2009.

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