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RESUMO

Este projeto é um trabalho acadêmico solicitado aos alunos do curso de


Farmácia com o objetivo de levá-los a campo, reproduzindo suas respectivas pesquisas.
O tema escolhido para a exploração deu-se pela problemática: “A falta de farmacêuticos
nas farmácias.” Utilizado o método analítico-descritivo, foram elaboradas algumas
perguntas para profissionais farmacêuticos, partindo desde a sua importância até suas
experiências. Com os resultados obtidos foi-se possível adquirir conhecimentos
significativos na área da assistência farmacêutica.

PALAVRAS CHAVES: farmácia, farmacêutico, importância, assistência.

1. INTRODUÇÃO

O estabelecimento farmacêutico não pode mais ser visto como um mero local de
venda de medicamentos ou como um ambiente para a produção e entrega de produtos
manipulados. O paradigma da assistência farmacêutica exige que sejam cumpridas
novas atividades, objetivando a verdadeira adequação da farmácia na sociedade. Uma
destas ações diz respeito à informação em saúde. É dever do farmacêutico prestar
esclarecimentos à população, seja pelo atendimento pessoal ou do atendimento coletivo,
por programações da comunidade organizada.
Tocante ao processo de instruir, o presente trabalho objetiva retratar a temática
“A falta da assistência farmacêutica nas farmácias e drogarias: prejuízos na promoção
da saúde.”, expondo um estudo sobre a assistência farmacêutica nas cidades de
Cansanção, Tucano e Paulo Afonso, ambas no estado da Bahia. No qual procura-se
distinguir um sistema estratégico de atenção, dirigidos à promover, manter e restaurar o
bem estar-estar físico, psíquico, econômico e social da população e dos indivíduos que a
compõem.
Partindo deste encadeamento de ideias, têm-se a Política Nacional de
Medicamentos (PNM) de 1998 e o Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica
(ENAF), nas quais ponderam a Assistência Farmacêutica (AF) como um conjunto de
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ações voltadas à proteção e recuperação da saúde, colocando o medicamento como


insumo fundamental, apontando o acesso e o seu uso coerente. Esse conjunto envolve a
pesquisa e o desenvolvimento dos mesmos, bem como sua seleção, programação,
distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços,
acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de
resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida. (BRASIL, 2004). A orientação
quanto ao uso adequado dos medicamentos é privativa do profissional farmacêutico.
Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o farmacêutico
como o profissional com melhor capacitação para conduzir as ações destinadas à
melhoria do acesso e promoção do uso racional de medicamentos, sendo indispensável
ao desenvolvimento pleno da AF (ARAUJO et al, 2008).
Deste modo, a falta deste profissional, acarreta prejuízos desde a ascensão da
saúde na sociedade (com a falta das devidas orientações e prescrições) até o processo de
armazenamento, distribuição e condições da dispensação nas unidades. Ou seja, uma
cadeia de problemas nos diversos elos.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Compreender os principais aspectos da assistência farmacêutica e atuação do


profissional neste contexto.

2.2. Objetivos Específicos

• Analisar quais os principais motivos do farmacêutico nos balcões das farmácias;


• Compreender quais consequências podem ser acarretadas, quanto aos danos causados
pela falta da devida assistência na promoção da saúde;
• Conhecer as atividades desempenhadas pelo farmacêutico na Atenção Farmacêutica;
• Caracterizar e descrever a importância do farmacêutico nas dispensações e orientações
à sociedade.
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3. METODOLOGIA

Trata- se de um estudo analítico, qualitativo e descritivo à cerca de


farmacêuticos nas farmácias e drogarias, e os prejuízos que a falta destes profissionais
causam na promoção da saúde.
Inicialmente, foram procurados os campos respectivos de cada disciplina,
localizando-se desde pessoas leigas à profissionais. O primeiro contato foi de
apresentação do projeto, seu funcionamento e como seria realizada a entrevista. Em
seguida, por meio de conversas e redes sociais foram obtidas as respostas das perguntas
necessárias para a construção do projeto.
A coleta de dados deu-se através de questões previamente estruturadas acerca
de questionamentos anteriormente elaborados pelo grupo. As indagações foram
direcionadas a farmacêuticos e proprietários de farmácias.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As entrevistas foram realizadas em 07 (sete) farmácias de Cansanção, 07 (sete)


de Tucano e 12 (doze) de Paulo Afonso. Na cidade de Cansanção, a farmácia F1 tinha
como farmacêutico o próprio proprietário. A F2 possuía farmacêutica trabalhando
integralmente com sua devida carga horária. F3 tinha o profissional dono de um
laboratório ao lado, alegando que a qualquer necessidade, o mesmo era convocado. As
farmácias F4, F5, F6 e F7 tinham constantemente a ausência do farmacêutico, sendo
justificado pelos proprietários, que os profissionais não estavam em horário de trabalho,
e até mesmo outras explicações como a de não ter condições de pagar o piso salarial
referente à carga horária do profissional.
No município de Tucano das 07 (sete) farmácias entrevistadas apenas uma tem
farmacêutico no horário integral de funcionamento, nas demais farmácias ocorre o
mesmo problema da cidade anterior, referido a ausência.
Em Paulo Afonso, das 8 (oito) farmácias pesquisadas, três não tinham o
farmacêutico no balcão, porém nas 5 restantes, os profissionais exerciam seu trabalho
em horário integral, de acordo com sua carga horária.
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Na entrevista realizada, fica claro que uma parcela significante dos


estabelecimentos pesquisados, não tem assistência farmacêutica durante o horário
integral de funcionamento. Ocorre um tipo de acordo de trabalho entre os profissionais e
os proprietários das farmácias, nos quais estabelecem uma carga horária mínima de
trabalho, visando apenas que estes estabelecimentos não sejam atuados pelo Conselho
Regional de Farmácia.
Dentre os motivos de maiores indagações partidos dos proprietários, quanto à
ausência de farmacêuticos nos seus estabelecimentos, estão principalmente, a de não
terem condições de pagar o piso salarial pré-estabelecido, acarretando na qualidade dos
serviços prestados. A falta do profissional no mercado de trabalho, também resultada na
inadequação do sistema, fazendo com que, apenas um farmacêutico assine em mais
farmácias, não podendo exercer sua devida carga horária em cada empresa. Deste
último problema destacado, atualmente, desempenha-se um maior interesse aos
proprietários, que partem em maior número, para uma graduação nas ciências
farmacêuticas.

4.1 ENTREVISTA COM PROFISSIONAL DA ÁREA

1). Qual a sua opinião, sob visão de uma farmacêutica, sobre a problemática
tocante a recorrente ausência farmacêutica no balcão das farmácias?
“Bom, ao longo do tempo vi como nossa categoria foi tomando espaço e assim
sendo de suma importância e indispensável a presença do farmacêutico nas farmácias,
com o conselho fiscalizando cada dia mais essa falta do profissional nas farmácias só
tem aumentado cada vez mais as oportunidades de trabalho, mas também tenho
consciência que ainda é muito grande a ausência do profissional nas farmácias sendo
ima das dificuldades, o custo da contratação de um farmacêutico em relação ao técnico.
Para pagar salário de farmacêutico, uma empresa recente, microempresa, não teria
como.”
2). Dentre as diversas experiências que já teve em seu âmbito profissional,
qual já te deixou mais feliz em exercer assistência farmacêutica?
“Todos os dias tenho experiências que me deixam feliz, alegre, pois amo minha
profissão. Gosto de ajudar as pessoas, de contribuir com o meu conhecimento para o
bem-estar e para melhorar a qualidade de vida das mesmas.”
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3). Destas experiências dentro da farmácia, alguma já te decepcionou ou até


mesmo incomodou, sendo você a profissional responsável na área?
“Até o momento não tive nenhuma experiência que pudesse me provocar algum
tipo decepção.”
4). De que forma a falta de assistência farmacêutica pode prejudicar a
promoção da saúde?
“O Farmacêutico é o profissional que reúne as melhores condições para orientar
o paciente sobre o uso correto dos medicamentos, esclarecendo dúvidas e favorecendo a
adesão e sucesso do tratamento prescrito. Sem o profissional farmacêutico para orientar
esse paciente e para estar avaliando os fatores de risco e sem estar fazendo a promoção à
saúde e a vigilância das doenças, teremos aí a grande problemática.”

Kamila Pereira Souza, farmacêutica, CRF – 8181.


Faculdade Pitágoras, Campus: Teixeira de Freitas, 2012.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As farmácias sofreram, com o passar dos anos, grande descaracterização,


transformando a dispensação em um ato mecânico, sem os cuidados necessários para a
assistência à saúde (ANGONESI, 2008). Entretanto, pela importância do processo de
dispensação (parte integrante da assistência farmacêutica) e da missão da prática
farmacêutica (fornecer medicamentos e outros produtos e serviços de atenção à saúde e
ajudar as pessoas e a sociedade a utilizá-los da melhor maneira possível), o papel do
farmacêutico passou por uma reorientação, na qual sua função como membro da equipe
multiprofissional de saúde foi reavaliada e reafirmada (OMS; OPAS; CFF, 2004).
BRASIL, Lei 13.021 de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a
fiscalização das atividades farmacêuticas; DAS ATIVIDADES FARMACÊUTICAS:
Art. 5º: No âmbito da assistência farmacêutica, as farmácias de qualquer
natureza requerem, obrigatoriamente, para seu funcionamento, a responsabilidade e a
assistência técnica de farmacêutico habilitado na forma da lei.
De acordo com a Resolução CFF nº 357/01, a presença e atuação do
farmacêutico é requisito essencial para a dispensação de medicamentos aos pacientes,
cuja atribuição é indelegável, não podendo ser exercida por mandato nem representação
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(BRASIL, 2001). A dispensação deve ser conduzida conforme a necessidade de cada


paciente, bem como seu estado de saúde e apresentação ou não de prescrição no
momento da aquisição.
Atualmente, o farmacêutico se apresenta como o membro da equipe de saúde
mais acessível e, frequentemente, é a primeira fonte de assistência e aconselhamento em
cuidados gerais de saúde (REMINGTON, 2005). A dispensação pode ser definida como
o ato farmacêutico de proporcionar aos pacientes medicamentos, produtos para saúde,
cosméticos e alimentos de forma adequada às suas necessidades clínicas, acompanhados
das devidas orientações (BRASIL, 1973; BRASIL, 1998; CGCOF et al, 2010). Trata-se
de uma atividade farmacêutica de grande relevância, pois, além de garantir o acesso ao
medicamento/produto, garante que o paciente tenha acesso a informações sobre
utilização e conservação adequadas, interações, reações adversas potenciais, entre outras
(BRASIL,1998; CFF, 2008).
A prática da assistência farmacêutica, além de beneficiar o público em seu
conjunto, deve identificar o farmacêutico como o prestador deste serviço, participando
ativamente na prevenção de enfermidades e promoção da saúde junto a outros
profissionais da área. As funções do farmacêutico dividem-se nas que se referem ao
paciente e nas relacionadas à comunidade. (O PAPEL..., 1996).
A sociedade está cada vez mais interessada em preservar sua saúde e está mais
informada do que nunca, embora nem sempre corretamente esclarecida, sobre doenças e
tratamentos. (BARBER, 2000).
Neste contexto, uma das atribuições que compete o profissional farmacêutico é a
de educador sanitário, principalmente, considerando a grande carência de informações
objetivas ou, também, o excesso de informações aos quais a população está diretamente
submetida, que conduzem a incertezas e insegurança no seu comportamento e poder
decisório. (FUNCHAL e Copelli, 1996).
É sabido que o uso de medicamentos, além de trazer benefícios na recuperação e
manutenção da saúde, também pode causar problemas. Com isto, observa-se a
necessidade de racionalização do uso de medicamentos, fazendo com que a dispensação
adquira um caráter de serviço (ANGONESI,2008). Segundo a Ordem dos
Farmacêuticos (2006), os farmacêuticos têm o dever de assegurar a máxima qualidade
dos serviços que prestam. Com a qualificação dos serviços, o paciente percebe a
melhora de sua qualidade de vida, o que fortalece o vínculo com o farmacêutico e com a
farmácia. Simultaneamente, quando a dispensação é realizada de forma ética, legal e
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tecnicamente correta, a população passa a reconhecer o farmacêutico como agente de


saúde e a farmácia como um verdadeiro estabelecimento de saúde.

6. CONCLUSÃO

Diante dos conhecimentos adquiridos não só com a pesquisa realizada nas três
cidades do interior da Bahia, mas como também no aprofundamento desta problemática
em diversos artigos e na própria lei que assegura a obrigatoriedade do farmacêutico,
pode-se concluir que a atenção deste profissional garante a qualidade e a verdadeira
eficácia do medicamento. Onde a orientação ao paciente quanto ao uso correto, aumenta
tanto sua aderência ao tratamento prescrito, quanto previne efeitos colaterais ou
interações medicamentosas.
A conscientização das pessoas deve ser feita para que assumam atitudes
elevadora da qualidade de vida, incluindo, logicamente, a saúde tanto individual, como
coletiva. Assim, aumenta-se o nível de satisfação dos usuários e da comunidade, e
certamente, como resposta, um maior nível de aceitação da farmácia ocorrerá. O que
pode se expressar, tanto pela inserção em seu meio social, como pelo aumento da sua
procura, o que se traduz por maior resposta financeira e, consequentemente, maior
disponibilidade em investir em novas iniciativas.
Deste modo, o farmacêutico não pode ser visto para alguns gestores apenas
como um custo. Mas como o profissional responsável pelo monitoramento e assistência
de maior importância dentro do seu estabelecimento. E sua falta sendo de irreversível
risco, quanto ao uso irracional de medicamentos, sem conhecimento, sem informação e
sem orientação, aumentando-se assim, as possibilidades de reações indesejáveis e
podendo agravar diversas patologias.
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7. REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. A., SILVA, M. V. S, FREITAS, O. Assistência farmacêutica como


estratégia para o uso racional de medicamentos em idosos. Semina: Ciências
Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 25, n. 1, p. 55-63, 2004. Disponível em:
<http://www.crfrj.org.br/crf/arquivos/file/AtencaoFarmaceutica/AF2.pdf>. Acesso em:
29 out. 2016.
ANGONESI, D. Dispensação farmacêutica: uma análise de diferentes conceitos e
modelos. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, nº 13, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Política Nacional de Medicamentos. Brasília, DF, 2001. Disponível
em:http://www.mp.ro.gov.br/c/document_library/get_file?p_l_id=42535&folderId=419
28&name =DLFE-32699.pdf. Acesso em: 29 out. 2016.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 338 de 06 de maio de 2004.
Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União.
Brasília DF, 6 maio 2004. Disponível em
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/resol_cns338.pdf. Acesso em: 3 nov.
2016.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF nº 499, de 17 de dezembro de
2008. Dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias
e dá outras providências.
REMINGTON, J. P. The science and practice of Pharmacy. 21st ed. Baltimore:
Lippimcott Williams & Wilkins, 2005.
FUNCHAL, D. e COPELI, S. O lucro da ética. Pharmacia Brasileira, v.1, n.3, p. 7-9,
1996.
BARBER, N. Community Pharmacy: Alternative Visions. The Pharmaceutical
Journal, v. 264, n. 7077, p. 22-23, 2000.
O PAPEL do farmacêutico no Sistema de assistência à saúde. Pharmacia Brasileira,
v.1, n.3, 1996,
Subchefia para Assuntos Jurídicos. O exercício e a fiscalização das atividades
farmacêuticas. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2014/Lei/L13021.htm>. Acesso em: 22 de nov de 2016, às 00:53.

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