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Resumos da 2ª Etapa
PROPEDÊUTICA E TERAPÊUTICA
FARMACOLOGIA
JUIZ DE FORA – MG
2018
Resumos de Farmacologia – 2ª Etapa
TEORIA DA DEPRESSÃO
Hipótese das Monoaminas – Se dá pelo desequilíbrio, ou seja, diminuição dos
neurotransmissores: Serotonina (5HT), Dopamina (DA) e Noradrenalina (NA).
A fase de Mania se dá por um aumento de 5HT.
CLASSES DE MEDICAMENTOS
Inibidores da MAO (iMAO)
Anti-depressivos Tricíclicos
Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS)
Inibidores não-seletivos de capturas de monoaminas (5HT e NA) – (ICSN)
Estabilizantes de Humor
Atípicos
iMAO
Inibidores da Monoaminoxidase são responsáveis pela inibição dessa enzima,
aumentando a concentração das monoaminas 5HT, DA e NA. Usados, atualmente, em
depressões mais graves, pois possuem efeitos colaterais menos vantajosos que o uso
dos ADTs (anti-depressivos tricíclicos).
Esse aumento propicia ao paciente uma sensação de euforia e excitação, reduzindo o
quadro depressivo do paciente.
A MAOa é o tipo enzimático que tem preferência pela Serotonina e pode ser encontrada
no intestino, fígado, placenta e no SNC.
A MAOb tem preferência por Dopamina, sendo explorada no tratamento do Parkinson.
Metaboliza também a Feniletilamina (chamado de hormônio do Amor).
Fenelzina, Pargilina, Moclobemida e Iproniazida.
Podem causar quadros de hipotensão, tremores, excitação, insônia e convulsões (efeito
excitatório), boca seca, visão turva, retenção ourinária (aumento de noradrenalina –
efeito anticolinérgico), aumento de apetite e ganho de peso. Em casos raros, pode haver
hepatotoxicidade.
ANTI-DEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
São mais utilizados por possuírem baixo custo (são disponibilizados pelo SUS).
Impedem o mecanismo de re-captação dos três neurotransmissores.
São usados em quadros de depressão moderada a grave, em quadros de dores
neuropáticas, no TDAH e na enurese noturna (micção involuntária durante o sonos
para crianças maiores de 5 anos).
Podem ter como reação adversa o bloqueio de receptores – de histamina (receptores
do estômago – reduzindo secreção ácida – e sonolência), muscarínicos (espera-se
xerostomia, visão embaçada, tonturas, glaucoma, constipação intestinal e retenção
urinária) e de serotonina.
São medicamentos de baixo índice terapêutico – atentar-se às superdosagens. Alto
risco de letalidade.
Amitriptilina, Nortriptilina, Clomipramina, Imipramina, Desipramina
ATÍPICOS
Bupropriona – pode ser usada na depressão refratária e no TDAH (ambos os usos não
são de primeira escolha). Pouco específica, impede a receptação de serotonina e
noradrenalina – em menor grau.
Erva de São João (Hiperforina) – potente inibidor de Citocromo P450 (CYP450).
Podem causar sedação, efeitos anticolinérgicos e inibição CYP450.
Bupropiona, Trazodana, Nefazodona, Mirtazapina, Mianserina, Maprotilina,
Amoxapina, Erva de São João.
Os ISRS são drogas de primeira escolha pois agem diretamente nos mecanismos que
provocam o quadro de ansiedade. Avaliando-se as evidências, trata-se de uma droga
segura (pois não causa dependência) e confirmação na literatura que indica o uso dessa
classe de medicamento.
O Benzodiazepínico possui um efeito mais imediato quando comparado aos ISRS – que
levam de 4 a 12 semanas -, agindo em poucas horas. Entretanto, pode causar
dependência, gera efeito rebote – necessitando um desmame adequado – e sedação
do paciente.
Benzodiazepinas
São exemplos o Alprazolam (FRONTAL), Clorazepato, Clonazepam (RIVOTRIL),
Diazepam (VALIUM) e outros.
Oscilam muito no preço, podendo chegar até R$ 70,00 por caixa, dependendo do
fármaco utilizado. São de segunda linha no tratamento de ansiedade pois possuem risco
de dependência, incerteza de eficácia a longo prazo, efeitos colaterais (como exemplo
a tontura, o que aumenta risco em idosos, ou de lesão cognitiva em infantes). É mais
utilizada em situações de crise, dado seu efeito mais imediato.
Seu uso é muito banalizado, uma vez que é associado ao seu efeito sedativo. É muito
prescrito pela comunidade médica e figura na lista dos medicamentos mais vendidos no
Brasil.
MECANISMO DE AÇÃO
Atuam nos receptores de GABA A, mantendo-o aberto por mais tempo, aumentando a
entrada de íons Cloreto (Cl-), aumentando a negatividade intracelular – dificultando
o processo de despolarização.
Esses receptores são pentaméricos – isto é, são compostos por 5 subunidades – e
formam um canal que conduz a entrada do cloreto. Essas subunidades podem ser Alfa
(1, 2, 3, 4, 5, 6), Beta (1, 2, 3), Gama (1, 2, 3), Delta, Pi e Mi.
Os benzodiazepínicos têm afinidade pelas subunidades alfa que compõem o receptor
de GABA A. Os sítios benzodiazepínicos estão presentes apenas nas unidades alfa-1
(que possui propriedades amnésicas e hipnóticas), alfa-2 (que possui propriedade
ansiolítica) e alfa-3.
Deve-se lembrar sempre que o receptor só irá se abrir se houver presença de GABA. O
benzodiazepínico NÃO ABRE o canal, apenas o mantém aberto por mais tempo.
SÍNTESE DO GABA – é sintetizado a partir do Glutamato;
A Glutamina sofre ação da enzima Glutaminase, que a cliva em Glutamato. Por
sua vez, o Glutamato sofre ação da enzima Ácido Glutâmico Descarboxilase que
formará o GABA.
A enzima Ácido Glutâmico Descarboxilase precisa de um cofator para seu
funcionamento, a Vitamina B6 – piridoxal fosfato (forma ativa).
𝑮𝒍𝒖𝒕𝒂𝒎𝒊𝒏𝒂 − 𝐺𝑙𝑢𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎𝑠𝑒 → 𝑮𝒍𝒖𝒕𝒂𝒎𝒂𝒕𝒐 − Á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝐺𝑙𝑢𝑡â𝑚𝑖𝑐𝑜 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑥𝑖𝑙𝑎𝑠𝑒 → 𝑮𝑨𝑩𝑨
Podem ser administrados por via ORAL (também sublingual), INTRA-MUSCULAR e
INTRA-VENOSA.
A existência de inúmeros fármacos dessa classe se mostra vantajosa pela formação de
metabólitos ativos e tempo de meia vida diferentes, de um para outro.
São fármacos de característica Lipofílica – metabólitos lipossolúveis se armazenam por
mais tempo no tecido adiposo, o que aumenta o tempo de meia vida do fármaco.
Além disso, as taxas de ligação às proteínas plasmáticas podem variar de 70-99%.
Sendo assim, aqueles que possuem maior taxa de ligação são mais facilmente
excretados na via renal – durante a fase de secreção, o fármaco é “arrancado” da
proteína plasmática, na depuração – quando comparados aos de menor taxa, uma vez
que estes possuem tendência de armazenar uma parte no tecido adiposo adjacente,
prolongando sua permanência no organismo.
EFEITOS ADVERSOS
Sonolência e Sedação, com queda de produtividade.
Redução de Reflexos – perigoso para motoristas, operadores de máquinas e
atividades físicas.
Amnésia – relacionada à dosagem utilizada pelo paciente.
Síndrome de Abstinência – interrupção necessita de desmame, podendo causar
insônia, ansiedade e efeito rebote. A interrupção abrupta do uso pode culminar
Barbitúricos
Não são usados atualmente como ansiolíticos, mas já foram com esse propósito, assim
como para o tratamento de insônia – isso se dá por possuírem estreito índice
terapêutico, o que faz com que o paciente corra risco de se intoxicar quando faz uso
dessa medicação. Há também o risco de dependência pelo uso dessa medicação.
Desse modo, atualmente são utilizados para situações controlados, como anestésicos
gerais (sedação – manutenção do coma e indução de anestesia) e anti-
convulsivante.
GARDENAL (FENOBARBITAL) – uso no tratamento da epilepsia, sendo o
fármaco mais comum à população dessa classe.
Alguns tipos possuem ação rápida, levando cerca de 30 segundos para induzir o
paciente a um quadro de sedação. Desse modo, podem ser utilizados para iniciar a
anestesia, impedindo que o paciente possa ter algum problema de
refluxo/broncoaspiração no processo de anestesia (em casos de cirurgias de
emergência, nos quais o paciente pode chegar ao centro cirúrgico sem esvaziamento
gástrico).
A dosagem tem fator determinante para o efeito, quanto maior a dose mais profundo é
o efeito de sedação para o paciente. Em alguns países, onde a eutanásia é legalizada
ou se aplica a pena de morte, os barbitúricos são utilizados para fins letais. Baixas doses
possuem efeito ansiolítico.
MECANISMO DE AÇÃO
Possuem afinidade pelos receptores de GABA, mantendo os receptores abertos por
mais tempo, permitindo maior influxo de íons Cloreto para o interior da célula.
Apesar de ter ação parecida com os Benzodiazepínos, se diferencia por não precisar
do GABA para abrir e manter o canal aberto – os barbitúricos se ligam em outro sítio
e realizam essa função de abertura e manutenção.
Por aumentar a concentração de íons cloreto, o neurônio reduz sua carga, o que dificulta
sua despolarização – o que impede a liberação de neurotransmissores capazes de
excitar o cérebro (ACH, 5HT, DA, NA).
TIOPENTAL
Fármaco de ação ultracurta, com altíssima lipossolubilidade (oriunda da presença de
um enxofre – S) que o permite ter essa ação rápida. Usado de forma mais restrita, como
indutor de anestegia geral.
Não é utilizado na manutenção da anestesia pois causa forte ressaca no paciente se
o uso for contínuo.
A característica de ação rápida faz com que o paciente passe pelo estágio II da indução
anestésica (no qual há maior risco de broncoaspiração do conteúdo gástrico – causado
por um refluxo desse estágio) de modo mais rápido, sendo assim, usado como indutor
de anestesia em pacientes que serão submetidos à cirurgia emergencial.
Possui pouco efeito anticonvulsivante e é depressor do SNC, Sistema Cardiovascular
(paciente submetido a esse medicamento pode apresentar taquicardia reflexa) e
Sistema Respiratório (diminui a sensibilidade do paciente ao CO2).
PENTOBARBITAL
Fármaco de duração curta (maior que a do tiopental), pode ser utilizado para a
manutenção do estado de coma e para episódios convulsivos (tanto da epilepsia
como de outras doenças). Também utilizado para tratamento da hipertensão
intracraniana – associada à Síndrome de Reye (acontece em crianças que sofrem de
quadro de infecção viral e utilizam AINE, como o AAS; pode levar a um quadro de
encefalopatia hepática).
Pode ser usado em casos de eutanásia e pena de morte, assim como o tiopental.
FENOBARBITAL
Usado em crises convulsivas, ataques epilépticos e quadros de insônia. Também
como pré-anestésico e sedativo.
Além de abrir os canais de cloreto por mais tempo, atuam na redução de Glutamato no
cérebro (neurotransmissor que é excitatório e um dos substratos para a produção de
GABA).
Durante o regime nazista na Alemanha, foi amplamente usado no Holocausto para fins
letais dos chamados indesejados.
CARBAMAZEPINA
É bloqueadora dos canais de sódio pré e pós-sinápticos e potencializadora de
ação do GABA. É um potente indutor do CYP450 (diminui o efeito de anticoncepcional
oral). É empregada também no tratamento do distúrbio bipolar, enxaqueca, insônia
refratária ao tratamento.
OXCARBAMAZEPINA
Mesma ação da carbamazepina, entretanto não interfere no metabolismo (CYP450) – e
consequentemente mais cara que a irmã.
VIGABATRINA
Bloqueia a enzima que degrada o GABA, aumentando sua concentração no SNC, o
que promove a inibição do neurônio pela abertura do canal de Cloreto. Pode alterar
o campo visual. Deve-se orientar o paciente do mesmo modo que o uso de
benzodiazepínicos.
LAMOTRIGINA
Altera a condutância de sódio, potássio e cálcio, diminui a liberação do glutamato
e aumenta a concentração de GABA. Não pode ser usado na gestação por reduzir a
disponibilidade de Ácido Fólico, sendo um agente teratogênico.
GABAPENTINA E PREGABALINA
Mecanismo não bem conhecido, mas é sabido que há aumento da ação do GABA. São
vantajosos por não interferirem no CYP450.
TOPIRAMATO
Altera condutância de sódio, diminui a liberação de glutamato e aumenta a
concentração de GABA.
Usado no tratamento de enxaqueca e dor neuropática.
VALPROATO DE SÓDIO/ÁCIDO VALPROICO
Diminui a degradação de GABA e a condutância de alta frequência de sódio. Usado
no tratamento de enxaqueca e dor neuropática.
ESTADO DE ANESTESIA
Estado em que o paciente encontra-se sem percepção. Caracterizado por perda de
consciência, relaxamento muscular e perda de sensação corporal mediante
administração de um fármaco anestésico.
Para que esse estágio de anestesia seja atingido de modo seguro há a necessidade de
combinação de fármacos – apenas um não é capaz de trazer segurança ao paciente.
São necessárias alterações em inúmeros mecanismos para atingir os três níveis de
anestesia.
Combina-se mais fármacos para atingir o efeito desejado – isso se dá por
sinergismo (em que a combinação de dois ou mais fármacos, em doses não
muito altas, faz amplificar o efeito desejado) – mais seguro para o paciente (por
conta de uso de fármacos com baixo índice terapêutico).
Anti-inflamatórios
A dor pode ser nociceptiva (causada por estímulo externo, oriundo da periferia), no
processo inflamatório os mediadores produzidos pela resposta são capazes de
estimular os nociceptores, emitindo ao SNC um sinal doloroso que será interpretado
pela córtex. Pode ser somática (bem localizada) e visceral (mal localizada).
Na dor neuropática, temos como causa as lesões ou compressões de partes do SNC,
que gerem o sinal doloroso.
Pode-se existir uma dor mista – composta por ambas as situações.
Por existir esses dois tipos de dor, e pela existência de dois mecanismos de sinalização
(sendo um causado por ativação de nociceptores periféricos e outro pela interpretação
compressiva como sinal) os medicamentos usados para tratar a dor são diferentes
para cada tipo de dor.
Desse modo, temos três tipos de fármacos:
Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINE) – inibem a Ciclo-oxigenase (COX)
Analgésicos opioides
Anti-Inflamatórios Esteroidais (AE) – suprimem a resposta imune
AINES
São os mais utilizados e de mais fácil acesso (não necessitam de prescrição para serem
vendidos – entretanto, não são isentos de efeitos adversos). Existem cerca de 50 tipos
diferentes.
Possuem efeitos anti-inflamatório, analgésico e antipirético.
Alguns fármacos, como paracetamol ou dipirona, apresentam-se com excelente efeito
antipirético e analgésico, mas pobre em efeito anti-inflamatório.
MECANISMO DE AÇÃO
São inibidores da COX (Ciclo-oxigenase) – no processo inflamatório.
Ao iniciar um processo inflamatório ocorre um aumento na concentração de
citocinas (IL-6, IL-1, TNF-alfa), fazendo com que as células envolvidas na
inflamação expressem enzimas (fosfolipase A2 e COX).
Fosfolipase A2: quebra os fosfolipídeos da membrana celular para
formar o Ácido Araquidônico (ARAQUIDONATO), que é substrato para
outras enzimas (como a COX).
Quando sofre ação da COX, forma Prostaglandinas.
Quando sofre a ação da 5-lipoxigenase, formando Leucotrienos
(mediadores relacionados a processos alérgicos e
broncoconstrição).
Anti-inflamatórios esteroidais
Divididos em duas classes: glicocorticoides (cortisol e hidrocortisona) e
mineralocorticoides (aldosterona e fludrocortisona).
Atuam mimetizando o Cortisol (hormônio do estresse). É produzido na glândula supra-
renal, seus níveis aumentam durante a resposta ao estresse, em preparo para situações
de Luta ou Fuga: aumenta a PA, glicemia, quebra de proteínas, gordura e metabolização
de glicose no fígado – liberação energética. Possui alta capacidade de supressão da
resposta imune. É sintetizado a partir de colesterol, compartilhando o núcleo CPPF.
Possuem feedback negativo – quando os níveis séricos de cortisol se elevam, o
hipotálamo para de secretar Hormônio Liberador de Corticotropina, que por sua vez
impede a secreção, pela hipófise, de Corticotropina – que atuaria na adrenal para
liberar cortisol.
Os medicamentos esteroidais alteram essa rota por mimetismo ao cortisol,
desequilibrando a taxa sérica – obtida pela produção endógena do hormônio – e
suprimindo a resposta imune do indivíduo, culminando no efeito anti-inflamatório.
Por conta desse feedback, é necessário o desmame do medicamento, uma vez que a
introdução dos glicocorticoides paralisa a produção endógena de cortisol.
MECANISMOS DE AÇÃO
GENÔMICO – estimula a produção de sequências de DNA de caráter anti-inflamatório
e supressão de genes pró-inflamatórios.
NÃO-GENÔMICOS – interage com as membranas fosfolipídicas, impedindo que a
fosfolipase-A2 forme ácido araquidônico a partir da quebra da membrana ou inibir
diretamente a fosfolipase-A2.
Glicocorticoides possuem receptores nucleares! – ação de mudança genômica.
Ao se ligar ao seu receptor, o corticoide produz uma a proteína ANEXINA-1, que para
a produção de Fosfolipase-A2.
Os efeitos colaterais e farmacológicos se originam da supressão da resposta imune:
Diminuição dos Leucotrienos (redução da broncoconstrição)
Analgésicos Opióides
Realizam o bloqueio do estímulo doloroso em nível de SNC. São fármacos derivados
do ópio (Papaver somniferum).
Morfina, Codeína, Tebaína – e derivados semi-sintéticos.
Causam efeito de estupor, sedação e liberação de beta-endorfinas. Possuem potencial
narcótico e eram utilizados para induzir o sono.
São usados no controle da dor, na preparação para procedimentos cirúrgicos.
RECEPTORES
Receptores Mi, Delta e Kappa – receptores mi, quando estimulados possuem potência
analgésica maior que o kappa, que por sua vez é maior que o delta. Desse modo, a
maioria dos fármacos, sob baixas dosagens são preferenciais aos receptores do tipo mi.
Podem causar efeito depressor-respiratório (menor no Kappa). Redução de motilidade
do TGI, Euforia, Disforia (mal-estar físico, mais comum em kappa), Sedação e
Dependência Física.
São fármacos agonistas-inversos (ao se ligar ao receptor que esteja envolvido com
sensação de euforia, promove ação de sedação).
A naloxona é antagonista da morfina – reverte a ação nos três receptores, com tempo
de ação curto (1-2h).
Naltrexona – semelhante à naloxona, porém, com duração maior (10h).
Nalorfina é antídoto apenas para a morfina, pois é agonista do receptor mi.
Vômitos – Fármacos
Drogas Eméticas – xarope de Ipeca, diluição da água oxigenada.
Agentes anti-eméticos – podem atuar em receptores:
H1 – cinazirina, ciclizina, dimenidrinata (dramin), prometazina.
Muscarínicos (reduzir motilidade) – Hioscina (Escopolamina)
AGENTES ANTIESPASMÓDICOS
Importantes para tratamento de espasmos, sobretudo de alças intestinais. Propantelina
e Diciclomina relaxam a musculatura lisa.
Antialérgicos
Receptor H2 controla a secreção ácida, enquanto o Receptor H1 (acoplado à ptn G,
metabotrópico) é o de interesse para a reação alérgica.
Quando estimulado, H1 pode causar broncoconstrição.
H3 – auxilia na liberação de neurotransmissores excitatórios – quando usa-se anti-
histamínicos a sonolência é oriunda da interferência desse receptor.
ANTI-HISTAMÍNICOS
Competem com a histamina pelos sítios H1 (são antagonistas dos efeitos
FARMACOLÓGICOS da histamina).
A alergia continuará acontecendo – não interferem na produção de histamina –,
entretanto, não haverá sintomatologia.
Não interferem em quadros de Gripe, desse modo, seu uso nessa doença se mostra
pouco eficaz.
AÇÃO MISTA
Bloqueia o receptor H1 e estabiliza o mastócito. Azelastina, Olopatadina e Cetotifeno.