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Processo de transição

Ver artigo principal: Transição para a televisão digital


Progresso da implementação no Brasil
Ver artigo principal: Televisão digital no Brasil
O Brasil foi o único país emergente onde emissoras e indústrias de equipamentos
financiaram parte dos testes de laboratório e de campo para comparar a eficiência
técnica dos três padrões tecnológicos existentes em relação à transmissão e
recepção dos sinais.

As universidades destacadas nesta pesquisa são a Universidade Presbiteriana


Mackenzie, juntamente com equipamentos da NEC, que realizaram diversos testes em
laboratório e em campo, para a escolha do padrão de TV digital japonês. E a Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP) que em seu laboratório de Sistemas
Integrados, chegou a criar um padrão totalmente brasileiro de transmissão.

A tradução dos manuais e normas técnicas em português e inglês para a implantação


da TV digital no Brasil durou seis meses, totalizou 600 mil palavras e foi
realizada pelos tradutores Adriana de Araújo Sobota e Rodrigo Avellar, em 2007.

A TV Digital no Brasil chegou às 20h48min do dia 2 de dezembro de 2007, com


pronunciamento do Presidente da República. Inicialmente na Grande São Paulo, pelo
padrão japonês com algumas adaptações.

A RedeTV! foi a primeira rede de televisão a exibir em São Paulo a sua programação
em formato digital de televisão. No dia 20 de abril de 2008 o sinal de Alta
Definição foi liberado pela Rede Globo apenas na região metropolitana do Grande
Rio. No site www.dtv.org.br é possível consultar a áreas com cobertura da TV
Digital.[1]

Leilão da faixa de 700MHz


O Brasil é primeiro país no mundo a conduzir o desligamento analógico em conjunto
com o leilão de parte da faixa usada pela televisão. No ano de 2014, a Agência
Nacional de Telecomunicações (ANATEL), publicou o edital n°2/2014-SOR/SPR/CD-
ANATEL,[2] referente ao leilão de radiofrequências na faixa de 700 MHz (mais
especificamente, a faixa de 708-803 MHz) para o uso do sistema de quarta geração de
telefonia móvel (4G), em atendimento às políticas governamentais de desenvolvimento
da banda larga no País ,[3] e consoante com a identificação internacional da faixa,
pela União Internacional de Telecomunicações – UIT, para serviços de telefonia
móvel .[4] O leilão, ocorrido em 30 de setembro de 2014, arrecadou cerca de 9
bilhões de reais ,[5] dos quais parte deverá ser reservada para cumprir obrigações
do desligamento.

O leilão da faixa de 700 MHz trouxe consigo a necessidade de remanejamento de


canais de televisão que atualmente utilizam a faixa. As emissoras analógicas e
digitais que ocupam a faixa UHF compreendida entre os canais 52 ao 69 deverão ser
realocadas, dentro da mesma faixa, para os canais 14 a 51. Em algumas cidades
grandes, como São Paulo e Belo Horizonte, a grande ocupação do espectro impede que
o remanejamento dos canais para uso pelo 4G seja feito sem que antes haja o
desligamento analógico.

Com vistas à operacionalização de todos os procedimentos previstos, as teles


constituíram a EAD – Entidade Administradora do Processo de Redistribuição e
Digitalização de Canais de TV e RTV. A EAD deverá cumprir com os custos decorrentes
da redistribuição de canais das soluções para problemas de interferências, além de
custear sua constituição, administração e operação, utilizando os recursos a serem
pagos pelas operadoras proporcionalmente ao preço público do lote ganho por cada
uma. É importante ressaltar que o Edital não estabelece a discriminação
quantitativa de valores para cada uma destas obrigações. Ainda, o valor destinado
ao ressarcimento que exceda o montante destinado de 3,6 bilhões deverá ser aportado
pelas vencedoras da licitação.

Com o objetivo de fiscalizar, disciplinar e aprovar o cronograma de atividades da


EAD, foi constituído pela Anatel o Grupo de Implantação do processo de
Redistribuição e Digitalização de canais de TV e RTV – o GIRED. Esse grupo é
presidido por um conselheiro da Anatel, indicado pelo seu Conselho Diretor, e
composto pelos seguintes membros: um representante do Ministério das Comunicações,
sendo esse o titular da Secretaria de Comunicação Eletrônica, um representante de
cada uma das quatro proponentes vencedoras do Edital de Licitação da Faixa de 700
MHz e quatro representantes de entidades do setor de radiodifusão, além de contar
com ouvintes do Fórum Brasileiro de TV Digital e da EAD. Suas reuniões são
realizadas mensalmente, e suas deliberações são tomadas por consenso. Em havendo
divergências, prevalece o voto de seu Presidente, nos assuntos de competência da
Anatel, ou do Ministério, nos assuntos de sua competência.

O GIRED, no exercício de suas atividades, conta com a assessoria técnica de três


grupos de trabalho, integrantes de sua estrutura, quais sejam, o Grupo Técnico de
Comunicação (GT-Com), o Grupo Técnico de Recepção (GT-Rx) e o Grupo Técnico de
Remanejamento (GT-Rm). Esses grupos são coordenados por membros da Anatel, e deles
participam representantes dos setores de radiodifusão e das entidades de telefonia
móvel vencedoras da licitação da faixa de 700 MHz, além de participarem também
membros do Ministério das Comunicações. Tem também participação nos grupos
técnicos, como convidada observadora, a EAD.

Arcabouço normativo e políticas públicas


O decreto n° 5.820, de 2006, determinou que o desligamento do sinal analógico no
Brasil seja concluído até 31 de dezembro de 2023.[6] Como formulador de políticas
públicas na área de radiodifusão, o Ministério das Comunicações determinou, na
Portaria n° 477 de 20 de junho de 2014[7], o cronograma de desligamento dos
municípios, iniciando-se em 15 de fevereiro de 2016 (inicialmente em 29 de novembro
de 2015) e sendo finalizado em 5 de dezembro de 2018 (inicialmente em 25 de
novembro de 2018). Posteriormente, foram definidas as cidades afetadas pelo
desligamento analógico, que devem desligar em conjunto com as principais cidades de
forma a viabilizar o processo.

Para evitar que população não deixe de assistir à televisão e se prepare para o
desligamento do sinal analógico, o Ministério das Comunicações expediu Portaria[8]
determinando uma série de obrigações às entidades de radiodifusão e à EAD.

Para permitir o desligamento da transmissão analógica das emissoras de televisão em


cada município, pelo menos 93% de seus domicílios que acessem o serviço livre,
aberto e gratuito por transmissão terrestre, estejam aptos à recepção da televisão
digital terrestre. Consideram-se aptos os domicílios que estejam equipados com, ao
menos, um televisor com receptor digital integrado ou um televisor analógico ligado
a um conversor externo, além de antena apropriada para recepção de televisão
digital.
De forma a estimular o atingimento do percentual de 93% de domicílios aptos, o
Governo determinou que os beneficiários do programa Bolsa Família recebam, de forma
gratuita, um conversor digital com interatividade (Ginga, na sua versão C) e antena
para recepção. Com vistas a garantir a qualidade da prestação do serviço, o Governo
determinou que medidas fossem tomadas para solucionar eventuais problemas de
interferência da telefonia móvel na televisão digital, na região de vizinhança
entre os dois sistemas.
Deverá ser promovida uma campanha publicitária, inclusive em TV aberta, para
informar a toda população sobre o desligamento .[9] Para cumprir a estas e outras
obrigações, as operadoras de telefonia móvel que venceram a licitação da faixa de
700 MHz terão disponíveis, de forma exclusiva, o montante de 3,6 bilhões de reais,
[10] que deverá ser executado pela EAD.
A partir de abril de 2015, foi autorizado o uso da faixa de VHF compreendida entre
os canais 7 a 13 (“VHF alto”) para o funcionamento da televisão digital .[11]
Permitiu-se também que os canais analógicos desta faixa continuem operando até a
data do desligamento.

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