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ESPIRITO SANTO
CONCEITOS DE QUALIDADE DE VIDA
Fonte:www.superempreendedores.com
Matos (1996) afirma que para falar de Qualidade de Vida, não se pode deixar
de enfocar o campo da motivação humana, buscando com isso, identificar as
necessidades para sua realização.
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Fonte: shoppingdelpaseo.com.br
2- Função psicológica;
3- Interação social;
4- Sensação somática.
Fonte: www.salpinx.com.b
Nilo;
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Década de 90: Handing (1995) relata que o problema começou quando
das pessoas. Quanto mais tempo de venda, mais dinheiro se fará, lembrando das
pessoas que pagam por hora e mais o seu tempo, que pagam por ano, porque no
último caso, cada hora extra durante o ano acaba sendo gratuita (in Guimarães et al.,
2004).
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Cardoso (1999), por seu lado, entende qualidade de vida como harmonia e
equilíbrio em todos os níveis de realização de trabalho, saúde, lazer, família, sexo e
desenvolvimento espiritual. Também menciona a década de 70 como sendo um marco
no desenvolvimento da Qualidade de Vida no Trabalho. O trabalho passou a ser
enobrecedor, significativo, um caminho para a auto-realização, crescimento
profissional, possibilidade de se obter recompensas intrínsecas e extrínsecas,
desenvolver habilidades até então desconhecidas, ter o potencial aumentado
proporcionando segurança e satisfação com cada realização.
Segundo Dejours (1992:136), as pressões decorrentes das organizações de
trabalho são potencialmente desestabilizadoras para a saúde mental do trabalhador.
Ele explica a “organização de trabalho” através da divisão do trabalho ou o modo
operário descrito como de fato ocorre e associa a idéia de repartição, de
responsabilidades, hierarquia e controle.
Podemos destacar Tumer e Lawrence (1965 citado por Cardoso, 1999) que
apresentaram um estudo do comportamento do trabalhador, cujas tarefas incluíam
seis atributos: variedade, autonomia, interação exigida, interação operacional,
conhecimento, habilidade e responsabilidade.
Finalmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define a Qualidade de
Vida como:
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SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
Fonte: www.jadeuv.com.br
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É o auge dos profissionais da saúde, principalmente os personal trainners. Para
quem está sedentário há anos e quer iniciar uma atividade física, o personal trainer é
um aliado importante. O acompanhamento de um profissional pode evitar futuros des-
confortos, como lesões, desmotivação e falta de resultados positivos.
E esta procura pela saúde resulta também em uma alimentação balanceada.
E, neste caso, o acompanhamento de um profissional da nutrição também é essencial.
As dietas malucas baseadas em pouquíssimas calorias, além de não trazerem resul-
tados a longo prazo, podem provocar um efeito contrário com o fim da dieta e ainda
prejudicam o desempenho no dia-a-dia.
E os cuidados com a saúde, vão além da atividade física e nutrição. A função
dos governos na promoção da saúde pública também é fundamental. Oferecer condi-
ções satisfatórias hospitalares e de saneamento básico são requisitos para garantir
um lugar no topo do ranking das cidades brasileiras que apresentam melhor qualidade
de vida. Por outro lado, estar em dia com seu cartão de vacinas é papel do cidadão,
assim como assegurar a higiene pessoal.
Então, se você procura saúde e qualidade de vida, saindo de uma rotina se-
dentária e uma alimentação desvantajosa, o primeiro passo é a mudança de hábitos.
Organize seus horários, procure os profissionais capacitados em suas áreas e mude
o seu estilo de vida. Mas faça estas mudanças com acompanhamento profissional,
investimentos atuais podem evitar gastos futuros com hospitais, exames e remédios.
E o mercado de profissionais da saúde cresce quantitativa e qualitativamente.
É importante analisar as melhores opções e verificar onde irá investir o seu dinheiro.
Um treinamento físico, por exemplo, deve ser planejado e conferido.
É importante este treinamento ser um serviço personalizado, pois cada ser hu-
mano possui sua individualidade biológica, sua história de vida e suas formas de mo-
tivação. Procure uma equipe de profissionais capacitados e alinhados, pois um profis-
sional isolado no mercado de trabalho não conseguirá atender a todas as suas neces-
sidades.
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PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Fonte: solucaoperfeita.com
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Fonte: www.materiaincognita.com.br
Segundo a Lei n° 8.842/94 art. 1 e 2, a política nacional do idoso tem por obje-
tivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua au-
tonomia, integração e participação efetiva na sociedade; ainda se considera idoso,
para os efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade.
Segundo Pickles et al (1998), biologicamente somos seres que percorrem o
ciclo da vida, interrompido ou não, mas inevitável, que vai do nascimento até a morte;
passando pelas seguintes etapas: concepção, desenvolvimento intrauterino, nasci-
mento, infância, adolescência, maturidade, velhice e morte.
De acordo Petroianu e Pimenta (1999), a velhice não é apenas a deterioração
orgânica, mas o que ocorre são perdas físicas, anunciando ou atestando o surgimento
de doenças degenerativas, diminuição de força e vitalidades orgânicas.
Perdas psíquicas, representadas pelo declínio da memória, diminuição ou anu-
lação da vida afetiva, desinteresse em adquirir novos conhecimentos.
O envelhecimento é um processo universal, é um termo geral que segundo a
forma em que aparece, pode se referir a um fenômeno fisiológico, de um comporta-
mento social, ou ainda cronológico, isto é, de idade.
É um processo em que ocorre mudança nas células, nos tecidos e no funcio-
namento de diversos órgãos. (RODRIGUES; DIOGO, 2000, p. 12).
Segundo Petroianu e Pimenta (1999), o crescimento da população idosa deve-
se ainda a evolução da medicina. Para Leme (2000), a população vem aumentando
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rapidamente e por consequência o progressivo aumento da população idosa, este au-
mento deve-se as melhores condições de vida, a maior expectativa de vida.
O aumento acentuado do número de idosos trouxe consequências para a soci-
edade e, obviamente para indivíduos que compõem esse segmento etário. Era neces-
sário buscar os determinantes das condições de saúde e de vida dos idosos e conhe-
cer as múltiplas facetas da velhice e do processo de envelhecimento. Ver esses fenô-
menos simplesmente pelo prisma biofisiológico é desconhecer a importância dos pro-
blemas ambientais, psicológicos, sociais, culturais e econômicos que pesam sobre
eles. Ao contrário, é relevante ter uma visão global do envelhecimento como processo
e do idoso como ser humano. Hoje felizmente, toda a área do saber sobre a velhice
encontra-se em grande evolução. (PICKLES et al, 1998, p. 78).
A perda de algumas funções fisiológicas é inevitável na pessoa que envelhece,
por melhores que sejam seus hábitos de vida.
Fonte: protetoresdapele.org.br
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ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DO ENVELHECIMENTO
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br
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Fonte: http://visaoregional.com.br
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ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
Fonte: envelhecimentounb94.blogspot.com.br
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Uma vez que envelhecemos, apresentamos perda em estrutura. Essa perda de
ordem de 1cm por década aproximadamente começa a acontecer por volta dos 40
anos de idade. Essa perda se deve, principalmente, à diminuição dos arcos do pé, ao
aumento das curvaturas da coluna e também a uma diminuição no tamanho da coluna
vertebral, devido à perda de água dos discos intervertebrais decorrentes dos esforços
de compressão a que eles são submetidos.
De acordo com Rebelatto e Morelli (2004), o idoso também apresenta algumas
alterações características e que podem dar a ideia de sua formação típica. São o au-
mento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio, a continuidade do crescimento do
nariz e do pavilhão auditivo.
Ocorre também aumento do tecido adiposo, principalmente em regiões carac-
terísticas como a região abdominal. O teor de água corporal diminui, pela perda hídrica
intracelular, há perda de potássio. Esses fatos levam o idoso a perder massa corporal,
afetando vários órgãos, como os rins e o fígado, mas os músculos são os que mais
sofrem com essa perda de massa com o passar do tempo.
Fonte: maurosandri.blogspot.com.br
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A pele fica menos elástica por causa da alteração da elastina e ocorre diminui-
ção da espessura de pele e do tecido subcutâneo, levando ao aparecimento das ru-
gas, ocorrendo também alterações nos melanócitos, que são células que dão a cor à
pele, que levam a formação de manchas, hiperpigmentadas, marrons e lisa, principal-
mente na face e dorso da mão.
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
Fonte: www.ufpi.br
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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atual-
mente existem no Brasil, aproximadamente, 20 milhões de pessoas com idade igual
ou superior a 60 anos, o que representa pelo menos 10% da população brasileira.
Segundo projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde – OMS, no
período de 1950 a 2025, o grupo de idosos no país deverá ter aumentado em quinze
vezes, enquanto a população total em cinco.
Assim, o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de idosos, alcan-
çando, em 2025, cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade. É
importante destacar, no entanto, as diferenças existentes em relação ao processo de
envelhecimento entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento.
Enquanto nos primeiros o envelhecimento ocorreu de forma lenta e associado
à melhoria nas condições gerais de vida, no segundo, esse processo vem ocorrendo
de forma rápida, sem que haja tempo de uma reorganização social e de saúde ade-
quadas para atender às novas demandas emergentes.
É função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem
idades avançadas com o melhor estado de saúde possível, sendo o envelhecimento
ativo e saudável, o principal objetivo.
Se considerarmos saúde de forma ampliada, torna-se necessária alguma mu-
dança no contexto atual em direção à produção de um ambiente social e cultural mais
favorável para população idosa.
onal, com uma base alargada, está cedendo lugar a uma pirâmide populacional com
base mais estreita e vértice mais largo característico de uma sociedade em acelerado
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Esse quadro caracteriza-se pela redução da participação relativa de crianças e
jovens, acompanhada do aumento do peso proporcional dos adultos e, particular-
mente, dos idosos. Em 2008, enquanto as crianças de 0 a 14 anos de idade corres-
pondiam a 26,47% da população total, o contingente com 65 anos ou mais de idade
representava 6,53%. Em 2050, o primeiro grupo representará 13,15%, ao passo que
a população idosa ultrapassará os 22,71% da população total.
Importante indicador que mostra o processo de envelhecimento da população
brasileira é o índice de envelhecimento. Em 2008, para cada grupo de 100 crianças
de 0 a 14 anos, havia 24,7 idosos de 65 anos ou mais de idade.
Neste período, a proporção de idosos cresceu mais de 170% enquanto a redu-
ção da proporção de crianças até 14 anos foi de 42%, conforme se mostra no Gráfico
2, a seguir.
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Entre 2035 e 2040, haverá mais população idosa numa proporção de 18% su-
perior à de crianças e, em 2050, essa relação poderá ser de 100 para 172,7. (Gráfico
3).
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O Brasil caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais en-
velhecido; fenômeno que, sem sombra de dúvidas, implicará na necessidade de ade-
quações das políticas sociais, particularmente daquelas voltadas para atender às
crescentes demandas nas áreas da saúde, previdência e assistência social.
Os ganhos sobre a mortalidade e, como consequência, o aumento da expecta-
tiva de vida, associam-se à relativa melhoria no acesso da população aos serviços de
saúde, às campanhas nacionais de vacinação, aos avanços tecnológicos da medicina,
ao aumento do número de atendimentos pré-natais, bem como ao acompanhamento
clínico do recém-nascido e ao incentivo ao aleitamento materno, ao aumento do nível
de escolaridade da população, aos investimentos na infraestrutura de saneamento
básico e à percepção dos indivíduos com relação às enfermidades. O aumento da
esperança de vida ao nascer em combinação com a queda do nível geral da fecundi-
dade resulta no aumento absoluto e relativo da população idosa.
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Fonte: cuidamos.com
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MORTALIDADE
Fonte: www.isaude.net
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MORBIDADE E USO DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Fonte: www.nacaoverde.com.br
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Considerando o conjunto das principais causas de internação hospitalar, ob-
serva-se, também para a morbidade, um predomínio de doenças crônicas não trans-
missíveis. Todavia, a pneumonia, causa específica que ocupa o segundo lugar, não
se enquadra nesse grupo.
Quando se trata de internação hospitalar pelo SUS, várias considerações pre-
cisam ser feitas: o número de internações é condicionado à oferta do serviço, não
obstante guarda alguma relação com a ocorrência da enfermidade na população; po-
dem haver distorções quanto à notificação da morbidade, tendo em vista que o sis-
tema que notifica é o mesmo que remunera o prestador do serviço; nem todos os
idosos brasileiros são usuários exclusivos do SUS, em média 70% dos idosos brasi-
leiros o são, porém há variações regionais consideráveis, com uma tendência de di-
minuição desses percentuais de Norte para o Sul do país.
Quando se trata de morbidade em idosos, aspectos da condição de saúde e
uso dos serviços de saúde na comunidade são extremamente importantes. Ver a ta-
bela 2, abaixo.
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BIBLIOGRAFIA
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25
FABRÍCIO, S. C. C., RODRIGUES, R. A. P.; COSTA JUNIOR, M. L. Causas e con-
sequências de quedas de idosos atendidos em hospital público. v. 38, n. 1. São
Paulo, fev. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.com.br>. Acesso em: 06 jun.
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26
MATSUDO, V. K. Benefícios da atividade física: na terceira idade. São Caetano do
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dos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=645ben eficiosdaatividadefisicaterceirai-
dade2002>. Acesso em: 06 maio 2005.
PETROIANU, A.; PIMENTA, L.G. Clínica e cirurgia geriátrico. Rio de Janeiro: Gua-
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PICKLES, et al. Fisioterapia na terceira idade. 2. ed. São Paulo: Santos, 1998.
RODRIGUES, R. et al. Como cuidar dos idosos, 2. ed. São Paulo: Papirus, 2000.
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LEITURA COMPLEMENTAR
hp?script=sci_arttext&pid=S1518-18122009000200007&lng=pt&nrm=iso
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crônicas causem suas principais consequências quando cursam de forma descontro-
lada ou descompensada. Há, portanto, nítida diferença entre o portador de hiperten-
são arterial sistêmica (HAS) devidamente tratada e aquele que mantém níveis pres-
sóricos elevados.
Assim, com o intuito fundamental de distinguir estas condições, a Organização
Mundial de Saúde (OMS), em 1947, definiu que "saúde é um estado de pleno bem
estar físico, psíquico e social" (OMS, 1947). Resume, portanto, nesta frase, as condi-
ções adequadas de vida para um ser humano em qualquer idade, cultura ou perfil
socioeconômico.
No que diz respeito ao idoso, fica claro que este estado de saúde deve coexistir
com a existência de uma ou mais doenças crônicas.
Estudos realizados no município de São Paulo revelaram que 78% dos idosos
tinha pelo menos uma doença crônica que necessitava de um tratamento medicamen-
toso. Estes dados são compatíveis com os do Instituto Nacional de Saúde americano
(NIH,2000), de que 3/4 da população idosa americana tem pelo menos uma doença
crônica e que destas, mais da metade (56%) tem duas ou mais doenças crônicas
(Bodenheimer; Wagner; Grumbach, 2002).
Torna-se necessário, portanto que haja a possibilidade de minimizar os efeitos
deletérios da doença para que possa ocorrer para a maioria dos idosos uma perspec-
tiva de experimentar um envelhecimento saudável.
Se por um lado isto é um anseio de todo indivíduo que almeja possuir sua au-
tonomia e independência durante toda a vida, este também é uma necessidade das
Instituições de Saúde que entendem ser impossível para qualquer tipo de economia
ou de desenvolvimento político social a manutenção da saúde de uma população ex-
ponencialmente crescente e com índices de comodidades muito elevados.
Muitas são, portanto, as estratégicas recomendadas para a Promoção do En-
velhecimento Saudável. Em 1992 a OMS, por intermédio da Organização Pan Ameri-
cana de Saúde (OPAS) recomendou que a "Promoção da Saúde do Idoso seja reali-
zada por ações interdisciplinares" e que "estas ações sejam dirigidas, especifica-
mente, para reduzir, nesta população, o risco de adoecer e de morrer" (OPAS, 1992).
Estas recomendações corroboram o nosso conceito de atuação neste sentido
identificando-o como Senecultura (termo proposto em 1985), que ao nosso ver é "o
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conjunto de ações interdisciplinares que contribuem efetivamente para Promoção de
Saúde do Idoso" (Jacob-Filho, 1998).
Fica evidente que não é possível realizar esta proposta sem a cooperação das
diferentes áreas profissionais envolvidas com o envelhecimento. Neste mister, o ge-
rontologia assume, muitas vezes o papel fundamental para a eficácia da intervenção.
Ao nosso ver "seria impossível que um profissional reunisse o conhecimento e
habilidade para atender adequadamente o idoso" e que torna a promoção do enve-
lhecimento saudável um desafio interdisciplinar para os períodos presente e futuro
(Jacob-Filho, 1984).
Não temo afirmar que, se o século XX caracterizou-se pela grande revolução
etária da população do mundo, o século XXI será caracterizado pela solução dos pro-
blemas que este fenômeno determinou. Para tal, muitas possibilidades de atuação em
diferentes fases do desenvolvimento terão que ser rapidamente implementadas.
No cenário atual, a população que apresenta maior crescimento relativo, seja
nos países desenvolvidos, seja nos em desenvolvimento, são os "muito idosos" (pes-
soas com 80 ou mais anos). A título de exemplo, na década de 1991 a 2000, esta
faixa etária apresentou, no Brasil (segundo o IBGE), um crescimento de 63% en-
quanto que a população nestes 19 anos cresceu apenas 3% (IBGE, 1999; 2000).
Importante frisar que é exatamente nesta faixa etária que ocorrem as maiores
complicações das doenças crônicas mal cuidadas. Dados recentes da professora Le-
brão (Projeto SABE, 2003) e da OMS revelaram que, dentre os muitos idosos, haver
incapacidade para realizar todas as atividades de vida diária (AVD) superior a 75% e
para as atividades instrumentais (AIVD) de mais de 80% (labrão; Duarte, 2003).
Cabe ressaltar que estas limitações tornam inviável a permanência destes oc-
tagenários em seu meio ambiente se não houver a existência da figura do cuidador,
elemento crítico para a manutenção da integridade física e emocional deste longevo,
mas que pode, em muitos casos inexistir, o que favorece a opção familiar pela institu-
cionalização.
Acredito que estas considerações iniciais possam justificar a busca universal
por soluções que visem a prevenção e/ou a recuperação da saúde com vistas a pre-
servar a funcionalidade de quem envelhece.
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Enumero adiante as ações que vem sendo propostas não apenas para atender
as expectativas manifestas pela OPAS de reduzir a morbimortalidade para tornar o
envelhecimento uma fase incluída no cenário evolutivo do ser humano saudável.
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Estímulo à atividade física regular
Infelizmente, embora tenhamos cada vez mais evidência a favor dos efeitos
preventivos dos exercícios em relação aos principais fatores de riscos para as doen-
ças comuns à segunda metade da vida, vemos com pesar um progressivo sedenta-
rismo sendo incorporado aos hábitos e costumes do homem moderno. Quem poderia
supor, há algumas décadas que teríamos que atuar contra o sedentarismo infanto-
juvenil. Estudos recentes demonstram que a obesidade é muito mais uma condição
da atividade do que de um aumento expressivo da ingestão calórica. Há nítida corre-
lação entre o peso corporal e o tempo em que o indivíduo permanece diante de uma
tela, seja ela de televisão ou de computador. Se isto é preocupante entre os mais
jovens, é ainda mais entre os idosos, pois esta progressiva redução da mobilidade
que caracteriza os hábitos da maioria das pessoas que envelhecem torna-se um dos
principais motivos para o incremento da sarcopenia e das limitações funcionais. Há
tanto interesse em modificar esta condição de imobilismo que campanhas voltadas
para o estímulo à prática de atividade física regular estejam ocorrendo a nível local
("Agita São Paulo") ou no mundo (Carta a Heidelberg), entre outros.
O estímulo, porém, para hábitos de vida mais sedentários (elevadores, esteiras
rolantes, controles remotos, entregas a domicílio, compras pela internet, trabalho e
educação à distância) são importantes opositores a esta intenção. Salienta-se que,
para os idosos há o agravante de encontrar os ambientes favoráveis para a prática de
exercícios. Ao nosso ver, mais do que construir opções apropriadas que dependam
de recursos financeiros e políticos poucos disponíveis, há que se "customizar” os am-
bientes já existentes. Temos recomendado que idosos interessados em iniciar um pro-
grama de atividades físicas, façam suas caminhadas em segurança nas alamedas das
galerias e shoppings centers antes da abertura das lojas. Em mais de um deles já
ocorreu, por iniciativa das empresas locais, a contratação de um Professor de Educa-
ção Física ou de uma Fisioterapeuta para orientar os exercícios que precedem e su-
cedem a caminhada. Obviamente não é a solução que nos satisfaz, mas é com cer-
teza um passo importante da mobilização de um segmento em busca de novas op-
ções em favor da sua saúde.
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Deste ponto para a busca por exercícios mais específicos para cada demanda
ou necessidade, teremos um caminho bem mais curto e favorecido. Cabe aos profis-
sionais a responsabilidade de incentivar com as evidências já suficientemente dispo-
níveis, que a atividade física faça parte do cotidiano de quem pretende ter um enve-
lhecimento saudável. Em recente manifestação do professor Keneth Cooper, defensor
contumaz dos exercícios aeróbicos na proteção do sistema cardiovascular nas déca-
das de 70/80, hoje um praticante confesso dos exercícios resistidos por entender que
esta composição é a que melhor protege e recupera a funcionalidade do idoso. Do
alto dos seus 78 anos conclui "quem não tiver tempo para realizar atividades físicas
vai ter que encontrar tempo para cuidar de suas doenças".
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que no futuro, quando interrompidas, vão causar importante transtorno no estado de
saúde, conforme a definição da OMS.
São bons exemplos aqueles que se destinam, fundamentalmente, a um só ob-
jetivo profissional ou a cuidar de seus dependentes (filhos ou parentes enfermos).
Adequação nutricional
A longo tempo sabemos (mas pouco aplicamos) que há uma necessidade nu-
tricional para cada fase da vida ou cada condição funcional. O envelhecimento é um
dos grandes exemplos desta condição. Além de se tratar de um processo de hetero-
geneidade funcional, onde mesmo gêmeos univitelinos que envelhecem em condições
diversas, tornar-se-ão incomparáveis nas décadas futuras. Encontraremos em uma
população de mesma idade, uma grande gama de situações em que a dieta deverá
ser adaptada. Com isto, quero enfatizar que não existe uma "dieta ideal para o idoso".
São razoavelmente estudadas, quais as necessidades alimentares para cada compo-
nente e em que condições devem ser limitadas ou suplementadas. Não raramente,
porém, encontramos, mesmo em ambientes funcionalmente financeiramente favore-
cidos, a existência de desnutrição proteica, porque foram oferecidos ao idoso nos úl-
timos anos os "alimentos mais leves" constituídos em geral de carboidratos. Fatores
outros como a dentição, as possibilidades de compra e de preparo do alimento, a
necessidade de viver e de cozinhar sozinho, os distúrbios de humor e as alterações
do aparelho digestivo, em meio aos efeitos deletérios da diminuição do apetite, secre-
ção de saliva e paladar criam um cenário muito favorável ao prejuízo nutricional.
Desta condição para o comprometimento da saúde, o a evolução é certa e ime-
diata. As consequências estruturais (osteoporose, sarcopenia e atrofia do tecido sub-
cutâneo) e funcionais (imunidade, locomoção, controle da temperatura) são frequen-
temente relacionadas aos mecanismos fisiopatológicos da quase totalidade das do-
enças que acometem o idoso. Não creio haver qualquer estratégia de prevenção e/ou
planejamento terapêutico, mormente em idosos, que possa prescindir da adequação
nutricional. Importante salientar que estas recomendações, à semelhança da atividade
física, devem partir de um basal comum à maioria das pessoas mas deve atender às
características individuais de cada idoso. Respeitar os valores culturais, hábitos, pre-
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ferências e condições econômicas são as particularidades que identificam o profissi-
onal capacitado a atuar nesta faixa etária. A opção de obter, da alimentação, uma
interessante opção de busca pelo prazer pode, muitas vezes, ser a porta inicial da
solução de importantes conflitos sociais. Bom exemplo desta capacidade tem sido
evidenciada por estudos realizados com a introdução de animais domésticos na resi-
dência de quem vive sozinho ou em instituições de longa permanência (ILP), denomi-
nada pet therapy. Observa-se, em consequência, incremento da condição nutricional
(companhia para comer e ter que preparar o alimento) e das atividades físicas (ter que
levar o animal passear, ao veterinário, ao pet shop) e da autoestima.
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das futuras complicações. Segundo Fries, mesmo quando há alguma perda na expec-
tativa de vida total, a compressão da morbidade terá grande benefício na ampliação
do período de vida sem doença e sem grandes limitações (FRIES, 1980).
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BIBLIOGRAFIA
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