Vous êtes sur la page 1sur 261

ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS

ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

EI, EU EXISTO! DIÁLOGO SOBRE VULNERABILIDADES

CABULA, SALVADOR – BA
27 DE ABRIL A 1º DE MAIO DE 2018
Vol.1 – 2018
ISSN 2674-8029
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

FICHA CATALOGRÁFICA
Sistema de Bibliotecas da UNEB
Biblioteca Edivaldo Machado Boaventura
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO


DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

EI, EU EXISTO! DIÁLOGO SOBRE VULNERABILIDADES

ISSN 2674-8029
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 3
EIXO TEMÁTICO: SAÚDE MENTAL .................................................................... 4
A INTEGRAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E CAPS AD- UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA ................................................................................................... 5
PERCEPÇÃO DISCENTE EM UMA UNIDADE DO CAPS ATRAVÉS DO
PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAÚDE-COMUNIDADE ............................ 7
VULNERABILIDADE DOS USUÁRIOS DO CAPS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
......................................................................................................................... 9
ASSISTÊNCIA A SAÚDE MENTAL NA ENFERMAGEM: RELATO DE
EXPERIÊNCIA ................................................................................................. 11
ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL: DESCONSTRUINDO OLHARES A
CERCA DA PESSOA COM TRANSTORNO MENTAL .................................. 13
VULNERABILIDADES DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM AO
COMPROMETIMENTO DA SAÚDE MENTAL ............................................... 15
DISTÚTBIO DA LEITURA ................................................................................. 17
BIBLIOTERAPIA: UM CUIDADO COMPLEMENTAR À ASSISTÊNCIA NA
HEMODIÁLISE................................................................................................ 19
A BIBLIOTERAPIA COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA PARA A SAÚDE
MENTAL ......................................................................................................... 21
LIMITAÇÕES E FACILIDADES NA DINÂMICA DE TRATAMENTO DE
USUÁRIOS DE CRACK - AD ......................................................................... 23
JORNADA DE TRABALHO E SAÚDE MENTAL DE MULHERES-MÃES-
ENFERMEIRAS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE FEIRA DE SANTANA-BA .. 24
REDUÇÃO DE DANOS COMO ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO DE
USUÁRIOS DE CRACK EM CAPS - AD ........................................................ 26
DESCONSTRUINDO ESTIGMAS SOBRE A LOUCURA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA ................................................................................................. 28
ACOLHIMENTO DE USUÁRIOS COM SINAIS DE DISTÚRBIO
NEUROVEGETATIVO EM SALA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: RELATO
DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................... 30
ESTRATÉGIAS DE REABILITAÇÃO EM SAÚDE MENTAL NO CAPS AD:
RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................ 32
REDES DE PRODUÇÃO DE SAÚDE MENTAL E HUMANIZAÇÃO .............. 34
CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE SAÚDE MENTAL .................. 36
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM TRANSTORNO DO


DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE ................................................. 38
AS INTERFACES DE INTERVENÇÕES EDUCATIVAS COM USUÁRIOS DO
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....... 40
EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO NEGRA ........................................................ 42
ATENÇÃO PRIMÁRIA ÀS PESSOAS COM ANEMIA FALCIFORME ........... 43
REQUERIMENTO DE INDENIZAÇÃO POR MOTIVOS DE
NEGLIGENCIAS/IMPRUDÊNCIAS COM PORTADORES DE DOENÇA
FALCIFORME DURANTE SEU TRATAMENTO. .............................................. 45
EIXO TEMÁTICO: LGBTTQ+ ............................................................................. 47
BIOÉTICA E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTTQ+ . 3
A ENFERMEIRA FRENTE AO ATENDIMENTO A TRANSEXUAIS NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE ................................................................... 5
VULNERABILIDADE DAS MULHERES HOMOAFETIVAS ÀS INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST ́s) .......................................................... 7
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: COMPREENSÕES ACERCA DA
REALIDADE E DESCONSTRUÇÃO DE ESTIGMAS A PARTIR DE UMA
COLETA DE DADOS ....................................................................................... 9
PESSOAS EM SITUAÇAO DE RUA E O ACESSO À SAÚDE: CONQUISTAS E
REALIDADE. ................................................................................................... 10
RELATO DE EXPERIÊNCIA: REFLEXÃO DO CUIDADO A PESSOAS EM
SITUAÇÃO DE RUA ....................................................................................... 11
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E VULNERABILIDADE À INFECÇÃO
POR HIV/AIDS ............................................................................................... 12
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: OBSERVAÇÕES INTERDISCIPLINARES
DO CUIDADO EM SAÚDE............................................................................ 14
EIXO TEMÁTICO: MULHERES ........................................................................... 16
O ACOLHIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM A UMA MULHER
VÍTIMA DE VIOLENCIA SEXUAL ................................................................... 17
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA EM CASOS DE ABORTO
INDUZIDO ...................................................................................................... 18
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO HUMANIZADO EM UM
CENTRO DE PARTO NORMAL EM SALVADOR-BA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA ................................................................................................. 20
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE VIOLÊNCIAS
OBSTÉTRICAS DURANTE O TRABALHO DE PARTO .................................... 22
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

A VISITA DOMICILIAR COMO FERRAMENTA PARA A CONSTRUÇÃO DO


CUIDADO DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DISCENTE .......... 24
CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO EM TRÊS CIDADES DO
INTERIOR DA BAHIA ..................................................................................... 26
A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE
SAÚDE NA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ............................................. 28
TAJETÓRIA DAS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DA UFBA NA LUTA
CONTRA A DITADURA (1964-1985) ............................................................ 30
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
OBSTÉTRICA EM UM CENTRO DE PARTO NORMAL EM SALVADOR-BA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................ 32
NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E MORAL EM MULHERES
NO ESTADO DA BAHIA ................................................................................ 34
ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO À GESTANTE COM ANOREXIA NERVOSA
NO CONTEXTO HOSPITALAR ...................................................................... 36
DEPRESSÃO NO PUERPÉRIO: UMA CAUSA MULTIFATORIAL ................... 38
AUTOINTOXICAÇÃO POR USO DE DROGAS, FÁRMACOS E OUTRAS
SUBSTÂNCIAS EM MULHERES NO ESTADO DA BAHIA.............................. 40
DETECÇÃO DO HIV NA CONSULTA DO PRÉ-NATAL: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA ................................................................................................. 42
VIVÊNCIAS DAS GESTANTES SOROPOSITIVAS E A ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................... 44
VULNERABILIDADE SOCIOCULTURAL DE MULHERES OBESAS................. 46
LUTA CONTRA O CÂNCER: RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................ 48
ATIVIDADE INTEGRADORA SOBRE A VULNERABILIDADE DA MULHER
FRENTE À VIOLÊNCIA DOMESTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ........ 50
ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA À MULHER NEGRA NO PAÍS: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 52
BARREIRAS ENCONTRADAS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
NADETECÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER ........ 54
PERCEPÇÕES DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE OS LIMITES
DA REDE DE ATENÇÃO NAS SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
CONTRA MULHER......................................................................................... 56
SÍFILIS NA GESTAÇÃO: CONDUÇÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO
BÁSICA .......................................................................................................... 58
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS COMPLICAÇÕES MATERNAS


EM GESTANTES COM IDADE AVANÇADA ................................................ 60
CANCÊR ANAL EM MULHERES: VULNERABILIDADES E IMPLICAÇÕES
PARA A ENFERMAGEM ............................................................................... 62
RELATO DE EXPERIÊNCIA: VISITA DOMICILIAR NO PUERPÉRIO IMEDIATO
....................................................................................................................... 64
PERFIL DOS PARTOS DE NASCIDOS VIVOS NO BRASIL ENTRE OS ANOS
DE 2005 E 2015 ............................................................................................. 66
SOFRIMENTO PSÍQUICO DE MULHERES QUE VIVENCIAM A VIOLÊNCIA
SEXUAL........................................................................................................... 68
ALEITAMENTO MATERNO: CUIDADOS PRESTADOS PELA EQUIPE DE
ENFERMAGEM ÀS PUÉRPERAS PORTADORAS DE HIV E/OU HTLV ......... 70
EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA .............................. 72
O CENÁRIO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO EM
SITUAÇÃO DE RUA ....................................................................................... 73
BENEFÍCIOS DO CONSULTÓRIO DE RUA PARA A POPULAÇÃO SEM
TETO ............................................................................................................... 74
EIXO TEMÁTICO: PROFISSIONAS DO SEXO .................................................. 76
PROFISSIONAIS DO SEXO: SAÚDE E INVISIBILIDADE SOCIAL UM
RECORTE AOS PROFISSIONAIS DO SEXO MASCULINO ........................... 77
VIVENCIANDO A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA INFECÇÃO URINÁRIA EM
PROFISSIONAIS DO SEXO ............................................................................ 78
EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO DO CAMPO, QUILOMBOLA E INDÍGENA
........................................................................................................................... 80
PROMOÇÃO DA SAÚDE PARA HOMENS MORADORES DA ZONA
RURAL ............................................................................................................ 81
UM OLHAR SOBRE A VIOLÊNCIA E VULNERABILIDADE DOS POVOS
INDÍGENAS .................................................................................................... 83
VULNERABILIDADES DO TRABALHADOR RURAL FRENTE AO USO DOS
AGROTÓXICOS ............................................................................................ 84
VULNERABILIDADE DE TRABALHADORES RURAIS E OS RISCOS DE
INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS – REVISÃO DE LITERATURA
INTEGRATIVA ................................................................................................ 85
SEXUALIDADE E RELACIONAMENTO NA ADOLESCÊNCIA QUILOMBOLA
– UMA VISÃO DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE ............................. 87
EIXO TEMÁTICO: USO ABUSIVO DE DROGAS .............................................. 89
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO À CRIANÇA E ADOLESCENTE EM USO


DE DROGAS ILÍCITAS ................................................................................... 90
O PLANO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL COMO INSTRUMENTO DE
REDUÇAO DE DANOS PARA UMA GESTANTE EM USO ABUSIVO DE
ALCOOL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA .................................................... 92
BIBLIOTERAPIA: SAÚDE MENTAL DOS USUÁRIOS DO CAPS – AD........... 94
PERFIL DAS INTERNAÇÕES POR USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
NO ESTADO DA BAHIA, ENTRE OS ANOS DE 2008 – 2017 ...................... 95
AÇÃO DE CONTROLE DE TABAGISMO E SAÚDE EM UMA INSTITUIÇÃO
DE ENSINO PÚBLICA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: RELATO DE
EXPERIÊNCIA ................................................................................................. 96
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO CUIDADO AOS
USUÁRIOS DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ALCOOL E
DROGAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................................... 97
INTERVENÇÕES EDUCATIVAS COM USUÁRIOS DE CAPSAD: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................... 99
EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE......................... 101
MULHERES EM CÁRCERE: UMA VISÃO ACERCA DAS IST’S .................. 102
DOENÇAS E AGRAVOS QUE MAIS ACOMETEM AS PESSOAS PRIVADAS
DE LIBERDADE NO BRASIL ......................................................................... 104
SITUAÇÃO DA SAÚDE DA MULHER EM CÁRCERE PRIVADO ................ 106
VULNERABILIDADE Á INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS ENTRE
AS MULHERES PRESIDIÁRIAS NUM CONJUNTO PENAL NO INTERIOR DA
BAHIA........................................................................................................... 108
NASCIMENTO NO CÁRCERE .................................................................... 110
PERCEPÇÃO DISCENTE NA REALIZAÇÃO DE OFICINA COM MULHERES
EM SITUAÇÃO DE PRISÃO ......................................................................... 112
EMPODERAMENTO FEMININO COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA
AUTOESTIMA EM MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA ............................................................................................... 114
OFICINA DE MAQUIAGEM EM MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA .......................................................................... 116
DESFILE INFANTIL EM UM ABRIGO PARA CRIANÇAS COM MÃES EM
SITUAÇÃO DE PRISÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................... 118
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

CONSTRUÇÃO DE ENFEITES NATALINOS PARA ÁRVORE DE NATAL EM


UMA CASA DE ACOLHIMENTO INFANTIL PARA FILHOS DE MÃE EM
SITUAÇÃO DE PRISÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................... 120
ATENÇÃO À SAÚDE ÀS GESTANTES EM CÁRCERE PRIVADO .............. 122
A VULNERABILIDADE DE VIVENCIAR A INFÂNCIA NO CÁRCERE: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA............................................................................... 124
VALORIZANDO O FEMININO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.................................................................... 126
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE
PRISÃO NO ÂMBITO HOSPITALAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ........ 128
ATENÇÃO À SAÚDE ÀS GESTANTES EM CÁRCERE PRIVADO .............. 130
EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO IDOSA ....................................................... 132
VULNERABILIDADES NA VELHICE: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA
INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA ................................................ 133
VULNERABILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL NA VIDA DOS IDOSOS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA .......................................................................... 135
VULNERABILIDADE DOS IDOSOS AO HIV ................................................ 137
VULNERABILIDADE DO IDOSO NA CLÍNICA CIRÚRGICA FRENTE ÀS
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT): UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA ............................................................................................... 139
VULNERABILIDADE DO IDOSO DIABÉTICO HOSPITALIZADO: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA ......................................................................................... 141
SENESCÊNCIA E DOENÇAS CRÔNICAS: IMPACTOS DA TRANSIÇÃO
DEMOGRÁFICA.......................................................................................... 143
RESOLUBILIDADE DO CUIDADO À SAÚDE DA MULHER IDOSA NA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, EM FEIRA DE SANTANA – BA............ 145
REPERCUSSÕES DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO NA QUALIDADE
DE VIDA DOS IDOSOS: IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM ........... 147
RELATO DE EXPERIÊNCIA: VULNERABILIDADE DE IDOSOS NO AMBIENTE
FAMILIAR ..................................................................................................... 149
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO EM SAÚDE DO IDOSO:
VULNERABILIDADE NA VELHICE ............................................................... 151
ABORDAGEM INTERSETORIAL E VIVÊNCIA NO CONTEXTO DA
SENESCÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ......................................... 153
RESOLUBILIDADE DO CUIDADO À SAÚDE DA MULHER IDOSA NA ..... 155
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, EM FEIRA DE SANTANA – BA............ 155


ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA: O LUGAR DA CONSULTA DA
(O) ENFERMEIRA (O).................................................................................. 157
IDOSOS E ABRIGOS DE LONGA PERMANÊNCIA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA ............................................................................................... 159
A IMPORTÂNCIA DA SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE .................... 161
PERFIL DE MORTALIDADE E INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS
À ATENÇÃO PRIMÁRIA DA POPULAÇÃO IDOSA RESIDENTE NO
MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA, 2006 A 2015 ................................... 163
CARACTERISTICAS CLÍNICAS E SOCIODEMOGRÁFICAS DA DOENÇA
DE ALZHEIMER: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ......................................... 165
RELATO DE EXPERIÊNCIA: OFICINA SAÚDE NO ENVELHECER NO
CONTEXTO DA UATI ................................................................................... 167
PREVENÇÃO DE QUEDAS NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA NA UATI................................................................................ 169
MORTALIDADE EM IDOSOS PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON
NO ESTADO DA BAHIA .............................................................................. 171
VULNERABILIDADES NA VELHICE: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA
INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA ................................................ 172
AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CUIDADORES DE IDOSOS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA. ......................................................................... 174
AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE O PROCESSO DE
DESIDRATAÇÃO DO IDOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA. ....................... 176
BIBLIOTERAPIA: UMA ATUAÇÃO NO ABRIGO SÃO VICENTE DE PAULO
..................................................................................................................... 178
VULNERABILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL NA VIDA DOS IDOSOS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA. ......................................................................... 180
OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO POR HIV E VULNERABILIDADE EM
IDOSOS NO PERÍODO DE 2013 A 2017 ................................................... 181
VULNERABILIDADE DO IDOSO NA CLÍNICA CIRÚRGICA FRENTE ÀS
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT): UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA ............................................................................................... 183
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO EM SAÚDE DO IDOSO:
VULNERABILIDADE NA VELHICE ............................................................... 184
A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CUIDADO DE
IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER.................................................. 186
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PERCEPÇÃO DE DISCENTES DE ENFERMAGEM ACERCA DA


VULNERABILIDADE DO IDOSO AO DELIRIUM EM UTI ............................. 188
DOENÇA DE ALZHEIMER COMO PRECURSORA DE DÉFICIT COGNITIVO
E PSICOSSOCIAL NOS IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA ................... 190
INTERNAMENTO DE IDOSOS POR FRATURA DE FÊMUR NO ESTADO DA
BAHIA ENTRE 2007 E 2016 ......................................................................... 192
ATENDIMENTO HUMANIZADO PRESTADO POR ENFERMEIRAS EM
INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS ...................... 194
DEPRESSÃO ENTRE IDOSOS EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
..................................................................................................................... 196
DIREITOS DA PESSOA IDOSA: A EXPERIÊNCIA DO OBSERVATÓRIO DA
SAÚDE E CIDADANIA................................................................................. 198
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO
EM PACIENTES IDOSOS ACAMADOS ...................................................... 200
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ORIENTAÇÃO SOBRE POLIFARMÁCIA
EM PACIENTES IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA.................................. 202
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE
CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONADA AO USO DE CATETER VENOSO
CENTRAL EM IDOSOS ................................................................................ 204
NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E MORAL CONTRA A
PESSOA IDOSA ........................................................................................... 206
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

APRESENTAÇÃO

O Diretório Acadêmico de Enfermagem, A Pró-reitoria de


Extensão (PROEX) e o Departamento de Ciências da Vida
(DCV) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) em
parceria com a Locorregional Nordeste I dos Estudantes de
Enfermagem realizaram o X Encontro Baiano dos Estudantes
de Enfermagem, entre os dias 27 de abril e 1º de maio de
2018, no Campus I - Salvador da UNEB. Participam desse
evento, estudantes de graduação e pós-graduação em
enfermagem da Bahia, docentes do DCV e demais
Instituições de Ensino (IES) de Salvador, líderes comunitários e
representantes de movimentos sociais. O objetivo deste
evento é dialogar sobre as experiências e sobre as políticas
públicas de enfrentamento às diversas vulnerabilidades
sociais que interferem no processo saúde-doença,
consolidando o processo de aprendizagem e ensino com
base nas diretrizes preconizadas pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), promovendo um grande espaço de discussão sobre os
processos de trabalho e aprendizagem dentro do sistema de
saúde pública.

3
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: SAÚDE MENTAL

4
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

A INTEGRAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E CAPS AD- UM RELATO DE


EXPERIÊNCIA

Daniela da Silva Dorea1


Graziele Barbosa de Oliveira1
Jessica Pena Bispo dos Santos1
Laís Chagas de Carvalho2

Introdução: A integração entre a Universidade Federal da Bahia (UFBA)


e um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) é uma
atividade de educação popular em saúde, realizada por intermédio da
disciplina curricular Enfermagem no Cuidado à Saúde Mental I. Esta foi
construída baseada nas reflexões acerca da Reforma Psiquiátrica,
resultando no processo de desinstitucionalização e reinclusão social de
indivíduos que lutam contra a dependência de álcool e outras drogas,
e também no conceito de geração de renda, que proporciona a esses
usuários uma oportunidade de adquirir novas habilidades e
conhecimentos, bem como promove uma melhoria na renda familiar.

Objetivo: vincular a universidade como espaço para reinclusão desses


sujeitos em sociedade.

Metodologia: Para tal foi escolhido um CAPS AD do município de


Salvador, designado como campo de prática da disciplina. Desta vez,
numa proposta reversa, os usuários do serviço adentraram a Escola de
Enfermagem da UFBA, durante o período de 19 de outubro a 06 de
dezembro de 2018, semanalmente. No primeiro dia de contato, os
usuários foram apresentados ao espaço, visto que muitos nunca tiveram
a oportunidade de adentrar em uma Universidade. Fora solicitado que
os usuários do serviço trouxessem materiais de confecção de artesanato
já que a integração ocorreu através da Geração de Renda. A
produção foi feita em salas de aula sob a colaboração dos usuários,
estudantes, professores e técnico deste CAPS. A turma dividiu-se em
quatro grupos, a fim de contemplar a produção de brinquedos, velas,
panos de prato e bolsas customizadas com jornal.

Resultados/Discussão: Os resultados foram construídos processualmente.


Ao passo que os produtos eram confeccionados, as relações
interpessoais foram estabelecidas entre estudantes e usuários do
serviço. A inserção dos usuários no espaço acadêmico motivou os
mesmos a se reorganizarem em prol de estarem presentes e
apresentáveis nos encontros. Ainda, foi realizada a venda dos produtos
a partir de uma feira na própria Universidade, para promover o
5
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

consumo das mercadorias e estimular a apropriação da geração de


renda como possibilidade para a independência financeira.

Conclusão: Sendo assim, a proposta de vincular a universidade ao CAPS


AD tem relevância social. A percepção das relações humanas como
um instrumento influenciador nos contextos sociais em que estes
indivíduos estão inseridos viabilizou consistentemente aprendizado para
todos os membros colaboradores. Essa atividade também promoveu o
conhecimento de algo novo para os que, porventura, tinham a
universidade como local inalcançável.

Palavras-chave: Saúde mental; Transtornos relacionados ao uso de


substâncias; Desinstitucionalização.

1Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. E-


mail: danidorea97@gmail.com
2 Docente da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia.

6
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PERCEPÇÃO DISCENTE EM UMA UNIDADE DO CAPS ATRAVÉS DO


PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAÚDE-COMUNIDADE

Ruth Souza Alves1


Aléxia Ariel Alcântara Ferreira1
Diana Santos Sanchez1
Fernanda Carolina Amorim Batista1
Jonathan Bastos Cruz2

Introdução: O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), é um serviço de


saúde com intuito de assistir à pessoas com sofrimento mental. Retendo
um papel estratégico na atenção primária, visando à promoção da
vida e da autonomia dos usuários, este serviço trabalha em conjunto
com as equipes de Saúde da Família e agentes comunitários de saúde,
desenvolvendo uma rede de atenção integrada para o seu público
alvo.

Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas por discentes do curso de


enfermagem durante uma visita técnica em uma unidade do CAPS III.

Metodologia: Um relato de experiência sobre vivências de acadêmicos


do 6º ao 7º semestre de Enfermagem durante uma visita técnica do
Programa de Integração Saúde-Comunidade (PISCO), disciplina de
uma universidade privada de Salvador, em uma unidade do CAPS III
(Centro de Atenção Psicossocial) localizado no bairro de Coutos,
Salvador Bahia, no ano de 2017.

Resultados e Discussão: Observou-se que os Centro de Atenção


Psicossocial (CAPS), aborda uma proposta de cuidado que tem
potencial para ser eficiente e substancial na evolução da terapêutica
do cuidado ao paciente acometido com sofrimento mental, seja pelo
uso de drogas ou crises psicossociais. São ofertadas oficinas de
recreação, oficina de costura com confecção de bonecas, gerando
renda uma vez que, o transtorno mental afeta todas as esferas sociais,
impactando financeiramente. Ao final da visita, um usuária do serviço
relatou o seu depoimento a respeito do tratamento da esquizofrenia e
toda a sua trajetória dificultosa ao longo dos anos, e seu
estabelecimento no CAPS atual, e adaptação com a esquizofrenia.
Atualmente ela é atriz, sensibilizada e conscientizada sobre o
tratamento e com maior qualidade de vida.

Conclusões: É notável que esse tipo de serviço ainda precisa ser


melhorado e receber mais subsídios tanto financeiro quanto de políticas
públicas para maior abrangência na comunidade. Sobretudo,

7
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

proporcionar aos usuários do CAPS, atividades de reinclusão social, e


não só pautado em terapêuticas medicamentosas enxergando cada
indivíduo atendido como portador de necessidade sociais e não
somente psíquicas.

Palavras-chave: Saúde Mental; Educação em Enfermagem; Estudantes


de Enfermagem.

1 Acadêmicas de enfermagem da UNIFACS-Universidade Salvador –


LaureateInternationalUniversities. E-mail: meruthalves@gmail.com
2 Enfermeiro. Professor Assistente da UNIFACS-Universidade Salvador –
LaureateInternationalUniversities. E-mail: jonathan.cruz@pro.unifacs.br.

8
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE DOS USUÁRIOS DO CAPS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ana Caroline Souza Cerqueira¹


Bruna de Jesus Reis¹
Gyuliana Santana Batista¹
Rita de Cássia de Jesus Almeida¹

Introdução: Com o Movimento de Luta Antimanicomial e Reforma


Psiquiátrica Brasileira, a saúde mental conquistou novas dimensões.
Nesse contexto, foram criados os Centros de Atendimento Psicossocial
(CAPS) sob forma de Portaria GM 224/92, com o intuito de acolhimento
e tratamento das pessoas com transtornos mentais, estimulando sua
integração social e familiar, e pela busca da autonomia.

Objetivo: Relatar a experiência da realização de uma roda de


conversas com pacientes do Centro de Atendimento Psicossocial
(CAPS), voltada para a promoção de saúde.

Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência,


que aconteceu em novembro de 2017, na sala de espera do Centro de
Atendimento Psicossocial (CAPS), localizado no Bairro de Pernambués,
na cidade de Salvador- Ba, sob a forma de roda de conversa sobre
HIV/AIDS. Participaram da ação 20 pacientes com duração de três
horas.

Resultados: os estudantes dispuseram os pacientes em um semicírculo


para possibilitar aprofundar o diálogo com a participação
democrática, a partir da riqueza que cada paciente possuía sobre o
assunto. Inicialmente lhes foi perguntado sobre a temática HIV/AIDS,
prevenção, modo de transmissão e forma de contração. A experiência
trouxe uma percepção diferenciada do teórico-científico para a
vivência. O nível de conhecimento dos indivíduos do CAPS com relação
a temática é bastante acentuado, assim como de alguns tabus ficaram
evidentes, massificados pelo senso comum. Apesar das limitações
psíquicas, foram capazes de agregar de forma produtiva e significativa
os principais conceitos sobre HIV/AIDS, alguns trazendo para a discussão
temas atuais, como a população crescente de idosos infectados, a
contaminação precoce de alguns pacientes ainda jovens, sobre as
figuras públicas que contraíram a doença e acabaram evoluindo com
a Aids. Foram abordadas medidas, preventivas e sua importância,
como o uso do preservativo nas relações sexual, algo bastante
pontuado pelos indivíduos do CAPS.

9
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: o grande interesse dos usuários pela temática, o


conhecimento e esclarecimento sobre os principais pontos do HIV/AIDS,
demonstra que alterações psicossociais não são limitantes para a
implementação de práticas educativas para promoção e prevenção
de saúde com o público em questão.

Palavras-chave: saúde mental, vulnerabilidade, HIV/AIDS

¹ Graduandas em Enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia


(UNEB) - cassiaalmeida81@gmail.com

10
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA A SAÚDE MENTAL NA ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Leisiane Pereira Marques1


Sabrina da Silva Guerra1
Deíze Carvalho Pereira1
Fabiulla Costa da Silva1
Vaneça da Silva Moreira Magalhães1
Alana Libânia de Souza Santos2

Introdução: O movimento de Reforma Psiquiátrica teve início no Brasil na


década de 70, trazendo mudanças estruturais, sociais e jurídicas para
mudar a conduta excludente em relação a Pessoa em Sofrimento
Mental (PSM). Na saúde ela traça princípios e diretrizes que norteiam a
assistência, objetivando a promoção de direitos das pessoas com base
na convivência na sociedade.

Objetivo: Relatar a experiência de estudantes de enfermagem no


campo da saúde mental a partir das aulas práticas desenvolvidas na
disciplina “Enfermagem em saúde Mental” ofertada no curso de
graduação em enfermagem de uma instituição de ensino superior.

Metodologia: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa na


modalidade relato de experiência sobre a percepções de estudantes
de enfermagem a partir das práticas desenvolvidas no período de
agosto a dezembro de 2017, em diferentes pontos da Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS) em um município do sudoeste baiano. Para
fundamentação teórica foram utilizados artigos publicados nas bases
de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Base de Dados
em Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE).

Resultados e Discussão: As práticas no campo da saúde mental foram


fundamentais na desconstrução dos estudantes acerca da
representação negativa da PSM, havendo a substituição do temor
presente antes de adentrar o campo de prática pelo cuidado pautado
no diálogo, no uso de metodologias ativas e participativas que visam a
(re)inserção social. Além disso, percebeu-se a importância do vínculo
para a relação da equipe multiprofissional com o usuário, em que a
escuta qualificada, e a valorização da PSM como protagonista,
conhecedora dos seus limites e possibilidades, estimula o
desenvolvimento da autonomia do usuário, enaltecendo o seu papel
enquanto promotor do autocuidado. Nesse aspecto, observou-se que a
equipe pode estimular, mediar ou negociar a autonomia do sujeito,
junto ao usuário, família e equipe que fundamentando a tomada de
11
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

decisões. Além do mais, a disciplina possibilitou à discussão acerca dos


problemas que inviabilizam a efetivação da Reforma Psiquiátrica,
evidenciando que embora o conhecimento sobre as novas práticas de
atenção esteja sendo disseminadas, condutas e atitudes apoiadas no
modelo médico-biologicista ainda estão presentes.

Conclusões: As aulas práticas no campo da saúde mental se


configuram como espaços para quebra de paradigmas, superação da
visão estigmatizada da pessoa em sofrimento mental, identificação das
mudanças em relação ao modelo de atenção à saúde da PSM,
compreensão do funcionamento da RAPS e dos problemas enfrentados
na sua efetivação.

Palavras-chave: Saúde mental; Estudantes de Enfermagem; Ensino.

1Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia,


DEDC XII, Guanambi- Ba. Email: leisy.marques03@gmail.com.
2 Docente do curso de Enfermagem na Universidade do Estado da
Bahia, DEDC XII, Guanambi- Ba.

12
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL: DESCONSTRUINDO OLHARES A CERCA


DA PESSOA COM TRANSTORNO MENTAL

Kaique Santos Reis1


Isabella Ramos dos Santos1
Ualison Oliveira Sena1
Nairan Moraes Caldas2

Introdução: Fazer um link entre teoria e prática às vezes é um “nó


crítico” a ser desfeito pelo discente. Na saúde mental não é diferente,
pois temos diversos preconceitos construídos historicamente sobre o
indivíduo com transtornos mentais, tornando-se assim uma das barreiras
a ser vencida para a efetivação do cuidado de Enfermagem nesse
campo. A prática da disciplina Enfermagem em Saúde Mental
possibilitou a mudança de olhar diante dessas pessoas utilizando-se de
metodologias ativas, permitindo o contato direto do estudante com os
usuários e familiares do Centro de Atenção Psicossocial II.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência que discorre sobre o


desenvolvimento da pratica da disciplina Enfermagem em Saúde
Mental no Centro de Atenção Psicossocial II, no município de Ilhéus-Ba,
de outubro a novembro de 2017 durante 10 dias sob a supervisão e
orientação da docente da referida disciplina.

Resultados e Discussão: Cada dia de prática se constituía um


aprendizado diferente sobre os usuários e nós mesmos. O olhar que
esses usuários eram pessoas iguais a nós e diferentes a partir da
subjetividade e da história de vida foi a primeira desconstrução. A cada
encontro, após as atividades realizadas, éramos estimulados a refletir e
avaliar o impacto daquela ação na vida daquelas pessoas na
perspectiva da inserção social. Por fim, o sentimento de missão
cumprida veio à tona, o ensinado na teoria foi mais bem visualizado,
soubemos que não sairíamos daquela prática como entramos.

Conclusão: Ao abraçar cada pessoa que contribuiu para a construção


do nosso conhecimento nos deu forças para tentar mudar sempre,
ensinar o que aprendemos a outros se tornou um objetivo, tentar
entender o outro em toda sua complexidade e subjetividade é caminho
a ser trabalhado a cada dia. A prática em Enfermagem em Saúde
Mental foi muito mais que uma disciplina a ser cumprida, foi uma
experiência humana inexplicável para toda uma vida.

13
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

1 Graduando em Enfermagem; Universidade Estadual de Santa Cruz


(UESC); E-mail: kqreis@hotmail.com
2 Mestra em Enfermagem; Profa. Assistente do deptº de Ciências da
Saúde da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

14
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADES DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM AO


COMPROMETIMENTO DA SAÚDE MENTAL

Mariana Alves Soledade de Jesus¹


Sávio Luiz Ferreira Moreira¹
Edison Vitório de Souza Júnior¹
Daiane Brito Ribeiro¹
Diego Pires Cruz2
Rita Narriman Silva de Oliveira Boery3

Introdução: Diversos fatores influenciam a saúde mental dos estudantes


de enfermagem, visto que, as transições que permeiam a realidade
destes indivíduos são complexas e estressantes.

Objetivo: Retratar vulnerabilidades de estudantes de enfermagem ao


comprometimento da saúde mental.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada


através de uma avaliação crítica de artigos contidos na Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) a partir dos Descritores em Ciências da Saúde
(DECS): “Saúde Mental”, “Enfermagem”, “Estudantes de Enfermagem”
com auxílio do Operador Booleano AND. Utilizou-se os seguintes critérios
de inclusão: textos disponíveis publicados entre os anos de 2013 a 2017,
no idioma português e possuir como assunto principal as
vulnerabilidades dos estudantes de enfermagem. Inicialmente,
encontrou-se 66 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão e
eliminações dos artigos repetidos, que fugiam da temática principal e
fora do período proposto, totalizaram-se 6 artigos para absorção dos
dados.

Resultados e Discussão: Os estudantes de enfermagem enfrentam


situações que podem ocasionar um desgaste físico-mental. Dessa
forma, existe uma junção aparente entre os impasses da graduação e o
cotidiano de um universitário. Assim, dentre os transtornos mentais
evidentes nos estudantes de enfermagem, são explícitos o stress
psíquico e a sensação de incapacidade para o desempenho das
atividades.

Conclusão: São crescentes as vulnerabilidades que comprometem a


saúde mental dos estudantes de enfermagem. Faz-se necessário a
ampliação dos níveis de promoção da saúde mental que promoverá
melhorias nas habilidades, elevação da autoestima e obtenção de

15
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

autonomia, desencadeando efetividade na redução dos níveis de


depressão e ansiedade para essa classe estudantil.

Palavras-chaves: Área de Saúde Mental; Enfermagem; Alunos de


Enfermagem.

¹ Graduandos em Enfermagem. Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia. E-mail: marianasoledade09@gmail.com.
2 Enfermeiro, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
3Enfermeira. Professora Titular da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia.

16
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

DISTÚTBIO DA LEITURA
Ludimila Ferreira Santos¹
Lauana Neres dos Santos¹
Carla Souza Santos e Araújo²

Introdução: A leitura é uma atividade que ultrapassa o simples ato de


decifrar códigos, através dela é possível obter informações, reflexões,
consciência crítica e construir o saber por meio da sua prática. Cada
leitor constrói o seu conhecimento de acordo com sua realidade e suas
vivências. As dificuldades encontradas pelos estudantes são muitas,
principalmente para aqueles que dispõem de algum tipo de distúrbio. O
indivíduo que a possui apresenta dificuldades na correção e/ou
fluência da leitura de palavras e baixa competência leitora e
ortográfica. Estes tipos de distúrbios prejudicam o acesso à informação
e dificulta o bom rendimento escolar.

Objetivo: Descrever sobre o distúrbio da leitura.

Metodologia: Revisão de literatura de caráter descritivo. Na estratégia


de busca de dados foi utilizada a biblioteca virtual de saúde (BVS),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os descritores
utilizados foram: distúrbio da leitura, dislexia, dificuldade de
desenvolvimento de leitura. Os critérios de inclusão foram artigos na
íntegra, idioma em português e publicados entre 2013 a 2017. Como
critério de exclusão artigos que não abordaram a temática e repetidos
nas bases de dados. Foram encontrados 13 artigos, porém, apenas 5
foram utilizados.

Resultados e Discussão: As dificuldades de leitura implicam


normalmente uma falha no reconhecimento, ou a compreensão do
material escrito. A dislexia parte de disfunção na organização estrutural
de áreas cerebrais responsáveis pela compreensão da estrutura sonora
das palavras, ou seja, para identificar os fonemas separadamente.

Conclusão: A leitura assume papel relevante no processo de


aprendizagem, já que está invariavelmente relacionada à escrita.
Quando o distúrbio é detectado nos primeiros anos de vida, há uma
chance maior do indivíduo se adequar a sua condição, receber o
tratamento adequado e evitar possíveis problemas relacionados. Além
do apoio dos pais é importante buscar o apoio de uma equipe
multiprofissional para que o tratamento seja eficaz.

17
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chave: Saúde mental. Distúrbio da Leitura. Dislexia.

1 Acadêmicos de Enfermagem na UNIFACS – Universidade Salvador


Laureate International Universities. Email: ludimilasantos@live.com
2 Docente de Enfermagem na UNIFACS- Universidade Salvador Laureate
Internatinal Universities.

18
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

BIBLIOTERAPIA: UM CUIDADO COMPLEMENTAR À ASSISTÊNCIA NA


HEMODIÁLISE

Tamiles Costa Ribeiro1


Glória de Fátima Lima dos Santos2

Introdução: A busca por atender a complexidade humana permeia os


estudos científicos, ora nos ofertando uma disjunção que nos entrega a
uma visão de especificidades, ora nos propondo uma visão holística,
mas que pode ser confundida com a generalidade. Neste sentido e
considerando a importância de ambas, surge a necessidade de
integração destes pensamentos e a elaboração de estratégias, como a
biblioterapia, que visem suprir a multidimensionalidade do ser humano,
incluindo a saúde mental, seja em qualquer condição clínica.

Objetivos: Compreender a importância da assistência integral;


Conhecer as vantagens da biblioterapia para o bem-estar mental;
Identificar a repercussão da biblioterapia no prognóstico clínico.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiências dissertando sobre


biblioterapia, realizada através da seleção minuciosa e contação
interativa de histórias no setor de Hemodiálise do Hospital Calixto Midlej
Filho, em Itabuna, Bahia, desempenhada entre o período de abril de
2017 a agosto de 2017, por meio de ações do projeto de extensão “Ler
faz bem à saúde”.

Resultados: Através das vivências, observou-se que o indivíduo portador


de Insuficiência Renal Crônica está propenso a sofrer a influência de
condições que afetem não somente a dimensão biológica, como
também a psicológica, econômica e social, que pode resultar numa
angústia e num desequilíbrio das emoções. Além disso, a necessidade
impreterível de um aparelho para o seu reestabelecimento clínico
aumenta a condição de ociosidade e estresse. Desta forma, percebeu-
se que a ação biblioterápica funcionou como um método de
entretenimento e distração que preencheu o período de permanência
hospitalar, além de ter favorecido a pacificação das emoções.
Ademais, a biblioterapia mostrou benefícios para a saúde mental, visto
que atuou como um prelúdio para o enfrentamento da sua condição
clínica, por meio do fortalecimento da resiliência e da catarse de suas
emoções.

Conclusões: A biblioterapia atuou de forma a aumentar o nível de


qualidade emocional dos pacientes, o que resultou numa melhor
19
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

administração de conflitos, favorecendo o despertar para a


necessidade de introdução de intervenções que atendam a
multidimensionalidade do ser humano para uma melhor atenção a sua
integralidade.

Palavras-chave: Biblioterapia; Saúde Mental; Interdisciplinaridade;


Cuidados de Enfermagem.

1 Discente da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC. Email:


tamiles_ribeiro@hotmail.com.
2Docente do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual
de Santa Cruz – UESC.

20
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

A BIBLIOTERAPIA COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA PARA A SAÚDE MENTAL

Tamiles Costa Ribeiro1


Glória de Fátima Lima dos Santos2

Introdução: A biblioterapia é compreendida como a seleção e


contação de histórias, objetivando impactos positivos no estado
psíquico do indivíduo receptor, através do estímulo a leitura. Ainda,
torna possível a ampliação de métodos que auxiliem no cuidar do bem-
estar mental, proporcionando um melhor enfrentamento da realidade e
uma redução dos conflitos internos ao favorecer o autoconhecimento,
a reflexão a cerca do seu entorno e o fortalecimento do processo de
resiliência.

Objetivos: Compreender do que se trata a biblioterapia; Identificar os


benefícios alcançados através da mesma; Compreender de que forma
a biblioterapia contribui para a manutenção da saúde mental do
indivíduo. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo
Revisão Narrativa da Literatura, em que foi realizado um levantamento
da produção científica publicada entre os anos de 1982 a 2015,
dissertando sobre Biblioterapia, no período compreendido entre
fevereiro de 2017 a março de 2018.

Resultados e Discussão: A inclusão da biblioterapia como uma opção


terapêutica para a saúde mental tem desencadeado efeitos benéficos
contra a ociosidade, fatores estressores e conflitos emocionais, uma vez
que proporciona a libertação do que é estranho à natureza do ser
humano, através do processo chamado de catarse. Além disso, há a
possibilidade de traçar paralelos entre as suas emoções e as emoções
de outrem, enfrentar de maneira realista a situação em que se encontra
e contribuir para o seu reestabelecimento psíquico. Desta forma, a
biblioterapia tem sido considerada um elemento que dá subsídio à
psicoterapia, uma vez que, através do aporte encontrado na atividade,
é possível uma ampliação do autoconhecimento do leitor e receptor,
por permitir uma introspecção que propulsiona o crescimento
emocional próprio e uma harmonização das emoções, funcionando
tanto como uma atividade de lazer, quanto para o alívio das tensões.

Conclusões: A biblioterapia é vista como uma coadjuvante no processo


paliativo, de tratamento ou da promoção da saúde mental do ser
humano, contribuindo para a pacificação do seu interior e para o

21
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ajustamento de suas emoções. Assim sendo, o indivíduo/profissional


responsável por atuar como leitor executa um tipo de cuidado, que
implicará em mudanças significativas em seu estado emocional, e que
poderá cooperar para a sua melhoria interna e externa.

Palavras-chave: Biblioterapia; Saúde Mental; Cuidados de Enfermagem.

1 Discente da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC. Email:


tamiles_ribeiro@hotmail.com.
2Docente do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual
de Santa Cruz.

22
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

LIMITAÇÕES E FACILIDADES NA DINÂMICA DE TRATAMENTO DE USUÁRIOS


DE CRACK - AD

Milla Marianne Santos Mendonça¹


Lina Ribeiro Moura²
Rosilande dos Santos Silva1
Quézia Soares Oliveira1
Laíza Oliveira Araújo1
Acássio Franco Gomes Ferreira3

Introdução: Dentre as drogas ilícitas, o Crack tem sido cada vez mais
consumido, causando intensa dependência química e maior
dificuldade na recuperação dos usuários.

Objetivo: Identificar as limitações e ou facilidades encontradas pelos


profissionais do CAPS ad no que refere ao tratamento dos dependentes
de crack.

Metodologia: Estudo qualitativo realizado no CAPS-Ad de Jequié -


Bahia, com 15 funcionários dos 16 que constituem a equipe terapêutica.
Obedeceu a critérios éticos legais de pesquisa, aprovado pelo Comitê
de Ética e Pesquisa da UESB, conforme CEP 073/2009. Realizou-se a
entrevista semiestruturada para a coleta de dados e a análise de
conteúdo.

Resultados e Discussão: Deste processo emergiram duas categorias:


Limitações para o tratamento de usuários de crack; em todos os
depoimentos há referência sobre a intensidade da dependência do
crack, fator limitante para o tratamento, desde a criminalização à
exclusão familiar. Facilidades para o tratamento de usuários de crack,
os entrevistados relataram que a auto-aceitação enquanto
dependente estimula o usuário de crack na procura de um tratamento
especializado e melhor adesão ao plano terapêutico. Pôde-se perceber
neste estudo que o crack mostra-se para os profissionais como uma
droga cuja dependência define o comportamento do usuário,
diferindo-a das outras e que há uma procura significativa do tratamento
justificando assim, a existência de um número considerável de
dependentes de crack em tratamento no CAPS ad.

Conclusão: Nota-se a importância da política de tratamento e suas


peculiaridades a fim de superar as limitações e estimular as facilidades,
garantindo um tratamento humanizado e resolutivo para os usuários.

Palavras-chave: Crack; Tratamento; Saúde Mental.

¹ Graduandos em Enfermagem e Obstetrícia pela universidade Estadual


do Sudoeste da Bahia (UESB). E-mail: millamsm@hotmail.com
2 Enfermeira pela UESB
3 Graduando em Farmácia pela UESB.

23
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

JORNADA DE TRABALHO E SAÚDE MENTAL DE MULHERES-MÃES-


ENFERMEIRAS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE FEIRA DE SANTANA-BA

Lucas Souza Almeida de Araujo1


João Vitor Machado Lopes1
Taiana Silva Ramos2
Bianka Sousa Martins Silva3
Maria Lucia Silva Servo4

Introdução: A inclusão das mulheres no mercado de trabalho


representa períodos de luta pela conquista do espaço e do
desenvolvimento de atividades que vão além do trabalho doméstico.
Neste contexto, a mulher começou a enfrentar uma jornada tripla,
exercendo assim as funções de gestão do lar, mãe e profissional. Parte
das alterações de saúde que as pessoas sofrem estão relacionadas
com a forma como reagem aos eventos e rotinas do trabalho e o
mesmo ocorre com os enfermeiros.

Objetivos: Analisar como a jornada de trabalho da mulher-mãe-


profissional pode afetar a saúde mental das enfermeiras e identificar os
limites e as possibilidades da realização desta tríplice jornada.

Metodologia: Este é um estudo qualitativo, exploratório e descritivo


realizado com enfermeiras de um hospital público na cidade de Feira
de Santana-BA. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas
semiestruturadas. Utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin e após a
análise duas categorias foram apreendidas, a saber: saúde mental do
ser enfermeira afetada pela jornada de trabalho no exercício da tríade
mulher-mãe-profissional e os limites e possibilidades da enfermeira ser
afetada pelo exercício do dia triplo.

Resultados: Após questionamentos sobre como a saúde mental pode


ser afetada pela jornada de trabalho, foram encontradas definições e
classificações como um trabalho estressante, exaustivo e cansativo.
Destacamos o estresse ocupacional como sendo uma chave mestra
dos problemas, devido à jornada árdua de trabalho que atinge
diretamente a saúde mental das enfermeiras.

Conclusões: O estudo indica que o estresse no trabalho é a raiz dos


problemas, devido aos horários de trabalho extenuantes que afetam
diretamente a saúde mental dos enfermeiros e o baixo valor da
instituição.

24
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chave: Enfermagem, Estresse, Saúde mental.

1Graduando em Enfermagem pela Faculdade Anísio Teixeira (FAT) de


Feira de Santana. E-mail: almeida.lucas1@outlook.com
2 Enfermeira graduada pela Universidade Estadual de Feira de Santana
(UEFS). Especialista em atenção básica com

ênfase em saúde da família (UFMS). Especialista em gestão em saúde


(FIOCRUZ)
3Enfermeira graduada pela UEFS. Mestre em Saúde Coletiva pela UEFS.
Docente da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) de Feira de Santana
4Enfermeira graduada pela UEFS. Doutora em enfermagem. Docente
da Universidade Estadual de Feira de Santana

25
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

REDUÇÃO DE DANOS COMO ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO DE USUÁRIOS


DE CRACK EM CAPS - AD
Itana Alves dos Santos¹
Edite Lago da Silva Sena²
Lina Ribeiro Moura³
Rosineia Novais Oliveira1
Rosilande dos Santos Silva³
Patrícia Anjos Lima de Carvalho4

Introdução: O crack é uma das drogas mais consumida por usuários dos
Centros de Atenção Psicossocial do tipo álcool e outras drogas (Caps
AD) e devido seu potencial para causar dependência química acarreta
maior número de recaídas. A Política de atenção integral propõe à
estratégia de redução de danos que compreende um conjunto de
medidas e de ações de saúde pública para a prevenção das
consequências danosas a saúde decorrente do uso de drogas.

Objetivo: Averiguar se o tratamento de redução de danos para usuários


de crack no Caps AD está tendo resolutividade, sob a percepção dos
profissionais da instituição.

Metodologia: Estudo descritivo de abordagem qualitativa realizado em


um Caps AD do interior da Bahia, com quinze funcionários que
constituem a equipe terapêutica. Os dados foram coletados por meio
de entrevista semiestruturada e submetidos à técnica de análise de
conteúdo Bardin. A pesquisa obedeceu aos critérios éticos legais,
conforme aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia, sob o parecer número 022/2009.

Resultados e Discussão: As falas mostram a preocupação dos


funcionários quanto à estratégia de redução de danos não ser capazes
de garantir a resolutividade do tratamento para os usuários de crack,
ao mesmo tempo em que demonstram o receio desta política funcionar
como uma estratégia de manutenção do vício. Entretanto, os
participantes compreendem a redução de danos como uma
possibilidade para usuários que não consegue abster-se do consumo da
droga, e buscam alternativas para um consumo menos danoso, por
meio de uma negociação do contrato terapêutico. Além disso, os
resultados mostram que seguir a política de abstinência com os usuários
de crack constitui uma intervenção difícil no que se refere a um
tratamento comunitário e que a redução de danos, quando
trabalhada no grau adequado de adesão, aceitação, cooperação e
confiabilidade, surtem efeitos desejáveis. Desenvolve-se aqui uma
26
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

controvérsia de opiniões, pois ao mesmo tempo em que alguns


profissionais afirmam que a estratégia de redução de danos pode ser
eficaz quando se trata de dependentes do crack, outros afirmam que é
observada uma resolutividade maior sob a óptica de redução de
danos, na medida em que favorece a redução ou substituição do
consumo, diminuindo os efeitos danosos à saúde.

Conclusão: Independente do resultado obtido quer seja pela estratégia


de redução de danos ou abstinência, é necessário que exista uma
adesão efetiva do usuário do Caps AD, que desponta como
corresponsável por seu tratamento.

Palavras-chave: Crack, Tratamento, CAPS ad.

¹ Acadêmica de Enfermagem Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia. Jequié-Bahia-Brasil. E-mail: itana_86@hotmail.com.

² Enfermeira. Doutora em Enfermagem e Saúde. Docente do Programa


pós-graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia. Jequié-Bahia-Brasil.

³ Enfermeira. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Jequié-Bahia-


Brasil.
4Doutoranda em Enfermagem e Saúde pelo Programa pós-graduação
em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia. Professora Auxiliar do Departamento de Saúde da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia-Jequié-Bahia-Brasil.

27
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

DESCONSTRUINDO ESTIGMAS SOBRE A LOUCURA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ariel Henrique Santos Hoffmann¹


Isabella Ramos dos Santos¹
Nairan Moraes Caldas²

Introdução: Durante o desenvolvimento do homem na sociedade o


individuo que era considerado capaz de realizar funções naturais e
fisiológicas, era apto para a participação na coletividade social. Ao
analisar esse parâmetro especificamente no contexto histórico da
loucura, evidencia-se a estigmatização apontada pela anormalidade
de comportamentos e transtornos cognitivos pelo julgamento do
imaginário social, gerando o isolamento dos considerados loucos em
locais sem a mínima condição habitual humana.

Objetivo: Relatar o processo de desconstrução do estigma da loucura


por um acadêmico de Enfermagem durante a realização da prática da
disciplina Enfermagem em Saúde Mental.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de


experiência no Centro de Apoio Psicossocial situado na cidade de
Ilhéus-Bahia no período de outubro a novembro de 2017. Inicialmente
conhecemos a realidade da atenção ao usuário, através do
entendimento da atuação no serviço por intermédio da preparação
teórica, porém receosos e carregados de estigmas nessa experiência,
que gradualmente foi gerando resultados, que foram obtidos pela
desmitificação desses mitos que trouxemos do convívio social e que
durante as intervenções e atividades enfatizaram a participação ativa
dos usuários, afirmando a autonomia que não era associada à loucura
anteriormente.

Resultados e Discussão: Nos foi possibilitado refletir sobre o


comportamento desses indivíduos que se baseava no contexto
agressivo e generalista que se ouvia dizer, além de distinguir os
transtornos com singularidade pela oportunidade de observação e
intervenções corroborando que se têm particularidades insubstituíveis
como em qualquer ser, como também demonstração afetiva que
contraria o molde construído pelo estigma da loucura.

Conclusão: Percebe-se a necessidade do entendimento da realidade


dessas pessoas, e a influência dos preceitos e mitos para construção de
estigmas no processo de compreensão da doença mental ainda na

28
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

sociedade. Portanto ressaltamos a importância da desconstrução ser


exercitada continuamente, a fim de que nossas intervenções possam
ser realmente efetivadas.

Palavras-chave: loucura; estigma; saúde mental.

¹ Graduando de Enfermagem da Universidade Estadual de Santa


Cruz(UESC); E-mail: arielshoffmann@hotmail.com

² Mestra em Enfermagem; Profa. Assistente do Dept° de Ciências da


Saúde da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

29
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ACOLHIMENTO DE USUÁRIOS COM SINAIS DE DISTÚRBIO


NEUROVEGETATIVO EM SALA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Drielen Ramaiane Mattos Oliveira¹


Denise Santana Silva dos Santos²

Introdução: O Distúrbio do Sistema Neurovegetativo é bem presente em


unidade de urgência e emergências, de forma que o usuário apresenta
sintomas do sistema nervoso autônomo, quando os exames e
procedimentos realizados não evidenciam nenhuma patologia.

Objetivo: Relatar a experiência de graduanda de enfermagem em


pesquisa de âmbito nacional, com clientes que dão entrada em
serviços de emergência e sentinela devido a causas externas.

Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência da vivência


de graduanda de enfermagem do sexto semestre da Universidade do
Estado da Bahia. Tratou-se de uma experiência de 10 plantões de 12
horas em sala de classificação de risco em Unidade De Pronto
Atendimento de referência em Salvador, Bahia.

Resultados e Discussão: Durante os momentos na sala de classificação


de risco, foram observados diversos pacientes com sinais do Distúrbio
Neurovegetativo (DNV), os profissionais responsáveis ouviam relatos
explícitos: “eu estou suando frio”, “meu coração parece que vai sair
pela boca”, “estou com muita falta de ar”, “parece que vou morrer”.
Estes mesmo usuários apresentavam muita ansiedade e preocupação e
no momento da investigação dos sinais vitais e exames, não
apresentava nenhuma alteração biológica, porém, antes mesmo do
resultado dos exames, apenas no momento de escuta, os profissionais
se referiam ao paciente com desdém, evidenciando que o mesmo não
apresentava nada e não sabia o que ele estava fazendo na unidade, e
diziam: “Isso é ‘piti’, espere chamar aí fora para medicação, aí você se
acalma”, tais atitudes levavam o usuário a mostrar grande insatisfação
e entrar em conflito com o profissional.

Conclusões: Diante deste momento, em que a saúde mental é


discutida a finco, com inúmero caso da população brasileira que
apresentam transtornos mentais, a mesma ainda assim é negligenciada
e superficializada. A atitude mínima a se ter como profissional se saúde,

30
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

é acolher, perceber, orientar e encaminhar este usuário para uma o


setor saúde especializado para atender à necessidade deste.

Palavras-chave: Saúde mental; Humanização da Assistência;


Acolhimento;

¹ Graduanda de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia. E-


mail: dryelen.mattos@gmail.com.

² Professora do Curso de Enfermagem da Universidade Federal da


Bahia.

31
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ESTRATÉGIAS DE REABILITAÇÃO EM SAÚDE MENTAL NO CAPS AD: RELATO


DE EXPERIÊNCIA

Barbara Cristiane de Jesus Galvão¹


Rosineia Novais Oliveira¹
Itana Alves dos Santos¹
Tissiane Aguiar Andrade¹
Rosilande dos Santos Silva¹
Patrícia Anjos Carvalho de Lima²

Introdução: O cuidado e as ações de saúde mental precisam estar


presentes em todos os dispositivos, que devem atuar de modo
cooperativo proporcionando corresponsabilização pela atenção, que
deve ser contínua, integral e humanizada.

Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem


durante oficina sobre reabilitação psicossocial e promoção da saúde
de usuários de substâncias psicoativas.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de discentes da


disciplina Enfermagem em atenção à Saúde Mental, do sexto semestre
do Curso de Graduação em Enfermagem, da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia, desenvolvido no Centro de Atenção Psicossocial
Álcool e outras Drogas (CAPS AD), do município de Jequié/BA, realizada
no mês de maio de 2017. As atividades aconteceram em três etapas.
Primeira etapa: identificação de temas de interesse dos usuários do
CAPS AD após uma visita à unidade, desenvolvimento do diagnóstico
situacional e programação de atividades educativas sobre o tema
qualidade de vida e efeitos nocivos que as drogas lícitas e ilícitas
podem causar no organismo; segunda etapa: apresentação de um
vídeo educativo sobre a importância em ter uma boa qualidade de
vida, seguido pela montagem de um quebra-cabeça sobre os órgãos
do corpo humano pelos usuários do serviço, e, posterior, explicação
sobre a importância de cada um deles para os humanos; e, terceira
etapa: avaliação da atividade, por meio da expressão verbal dos
participantes.

Resultados e Discussão: Foi notório o interesse dos usuários do CAPS AD


em participar da ação educativa, foram orientados sobre a
importância de cuidar da saúde, e tiveram a oportunidade de discutir
sobre o consumo abusivo de drogas. As discentes buscaram efetivar a
integralidade do cuidado, por meio de uma atuação que ultrapassasse

32
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

o caráter biológico e prescritivo da dependência química para uma


visão mais ampliada do processo saúde-doença, utilizou se uma escuta
sensível, diálogo e acolhimento. A partir daí pudemos perceber a falta
do conhecimento de muitos usuários sobre a importância de investir em
práticas que promovam aumento da qualidade de vida e contribua
para o processo de redução de danos dessas pessoas.

Conclusão: Essa experiência é de grande relevância para formação


acadêmica, pois desperta nos futuros profissionais de saúde o desejo de
refletir a importância dessas práticas além de contribuição no cuidado
em Saúde mental dos usuários. Conclui-se que a promoção de espaços
para pessoas com sofrimento mental expressarem suas emoções tem se
tornado cada vez mais crucial, visto que promove o protagonismo e a
valorização da singularidade.

Palavras-chave: Enfermagem; Saúde Mental; Promoção da Saúde.

¹ Acadêmica de Enfermagem Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia. Jequié-Bahia-Brasil. E-mail: barbarammr@hotmail.com

² Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem e Saúde pelo Programa pós-


graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia. Professora Auxiliar do Departamento de Saúde da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Jequié-Bahia-Brasil.

33
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

REDES DE PRODUÇÃO DE SAÚDE MENTAL E HUMANIZAÇÃO

Geovana Magestade da Silva Bitencourt¹


Daiane Brito Ribeiro¹
Mariana Alves Soledade de Jesus¹
Islânia Ribeiro Costa²

Introdução: É direito de todo cidadão ter acesso à saúde, no entanto,


foi após a Reforma Psiquiátrica que se iniciaram as lutas para que
indivíduos com problemas mentais obtivessem acesso a serviços de
qualidade. As lutas visavam um tratamento humanizado que garantisse
os direitos de inclusão desses indivíduos, pois as pessoas que saem de
respectivas instituições são estereotipadas e acabam sendo excluídos
da vivência na sociedade. Há, portanto, algumas redes de apoio que
possuem serviços que são oferecidos a essa parte da população e
fazem parte do SUS, existem também outras Redes de Atenção
Psicossocial, que funciona como residência para as pessoas com os
demais problemas, que foram institucionalizadas ou que sejam
desfavorecidas de abrigo.

Objetivo: Demonstrar a importância das Redes de Produção de Saúde


Psicossocial e como elas podem tornar a vida desses indivíduos mais
digna e humanizada.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada


em outubro de 2017, sendo avaliados os artigos publicados na base de
dados BDENF, LILACS e MEDLINE no período de 2012 e 2017 a partir dos
Descritores: Humanização, Hospital e Saúde mental.
Resultados/Discussão: Após avaliação dos artigos foi possível observar
que há uma necessidade constante de proporcionar para indivíduos
inclusos nessa massa populacional um cuidado adequado, que haja
uma inclusão destes na sociedade, através de profissionais aptos para
realização de cuidados consequentemente humanizados.

Conclusão: Com a mudança do tratamento as pessoas com problemas


psicossociais, após a Reforma Psiquiátrica, foram possíveis adquirir novos
direitos a esses cidadãos, por meio das redes de saúde psicossocial, os
quais lhes proporcionam uma vida mais valorosa, através de
tratamentos clínicos e sua autonomia, já que após a institucionalização,
essas pessoas acabam sendo estereotipadas e impossibilitadas de
terem uma vida “normal”. Assim, com a implementação dessas redes
de saúde há um melhor acompanhamento a esses indivíduos,

34
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

tornando-as indispensáveis, já que vivemos em uma sociedade na qual


as pessoas estão susceptíveis a vários tipos de problemas psicossociais
por conta de estresse, excesso de trabalho e muitos outros fatores.

Palavras-chave: Humanização; Hospital; Saúde mental;

¹ Acadêmica em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual


do Sudoeste da Bahia. Email: geovanabitencourt-16@hotmail.com.

² Acadêmica em Farmácia pela Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia.

35
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE SAÚDE MENTAL

Laís Emily Souza Trindade¹


Kate Miranda²
Eduardo Nagib Boery³
Daiane Brito Ribeiro¹
Mariana Alves Soledade de Jesus¹
Gilmara Libanio Santana¹

Introdução: Este trabalho descreve as ações do enfermeiro quanto a


saúde mental, que envolve a prática de conhecimentos para a
assistência aos pacientes com depressão.

Objetivo (s): avaliar o conhecimento do enfermeiro sobre a saúde


mental e identificar a assistência prestada aos pacientes que
necessitam de suporte.

Metodologia: A metodologia utilizada foi a revisão integrativa de


literatura, a qual foi realizada uma avaliação crítica de artigos contidos
na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A pesquisa foi realizada em março
de 2018. Utilizaram-se os seguintes critérios de inclusão: textos completos
disponíveis, compreendidos entre os anos de 2013 a 2017. Foram
selecionados 6 artigos, levando-se em conta sua relação com os
objetivos do estudo e ano indicado. Para a busca dos artigos foram
utilizadas as palavras-chave “Conhecimento”, “Enfermeiro”, “Saúde
mental” com auxílio dos operadores booleanos AND e OR. Os critérios
de exclusão foram artigos fora do período proposto, artigos não
disponíveis integralmente para leitura ou que não tratassem da
temática em questão.

Resultados e Discussão: Os resultados indicaram que os profissionais de


enfermagem não conseguem identificar quando os pacientes estão
deprimidos, enfatizando-se a falta de conhecimento dos profissionais,
ocasionando falta de assistência satisfatória aos pacientes.

Conclusão: Baseado nos conhecimentos é recomendando aos


enfermeiros que se apliquem melhor nas questões mentais do paciente
para saber oferecer a assistência correta, principalmente conhecer
sobre os aspectos clínicos e gerais da doença para dá suporte
necessário ao que eles precisarem, pois o que se observa é falta de
preparo dos profissionais de saúde levando os pacientes à uma
carência de cuidados importantes.

Palavras-chave: Conhecimento; Enfermeiro; Saúde mental.


36
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste


da Bahia. Jequié. Bahia. Brasil. Email: laisemily10@hotmail.com

² Mestranda em ciências da saúde- PPGES/UESB. Auditora Sistemas de


Saúde-UFBA. MBA avançada sistema de saúde- FSC. Administradora
Saúde- UFBA. ³

³ Doutor em enfermagem-UESB. Mestre em Saúde pública- UNIRIO.


Especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica. Especialista em
Acupuntura. Faculdade de Ciências de São Paulo. Graduado em
Enfermagem e Obstetrícia- UFBA. Professor pleno da UESB. Membro do
Conselho Editorial Da Revista Saúde.com UESB. Docente e Membro do
colegiado do programa de Pós Graduação strictu senso em
enfermagem e saúde.

37
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM TRANSTORNO DO


DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Rafael Gonçalves de Souza¹


Bruna Linhares Maia Santos¹
Luiza Pereira Fernandes¹
Letícia Cardoso Braz²

Introdução: O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)


constitui um dos mais frequentes distúrbios que ocorrem em crianças.
Caracteriza-se por hiperatividade, impulsividade e/ou déficit de
atenção, provocando repercussões acadêmicas e/ou sociais
(GOLDSTEIN, 2006). É necessário que o Enfermeiro disponha de
conhecimento suficiente para perceber os sinais e sintomas do TDAH, os
possíveis problemas causados por este transtorno, bem como no
planejamento do plano terapêutico desenvolvido com o apoio da
família. O TDAH é considerado um dos transtornos mais comuns na
infância, havendo declínio da prevalência com o avançar da idade
(PIRES, 2012).

Objetivo: Descrever a assistência do enfermeiro à criança com


Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada através do


levantamento nas bases de dados da Scientific Electronic Library Online
(SciELO), Literatura Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A partir dos descritores:
“Criança”; “Déficit de Atenção e Hiperatividade”; e “Enfermeiro”.
Adotou-se como critérios de inclusão: artigos que contemplassem a
temática, disponíveis online na íntegra, no idioma português, inglês e
espanhol no período de 2002 a 2017, e de exclusão, artigos repetidos
nas bases de dados. A amostra foi composta por doze artigos.

Resultados/Discussão: A assistência de enfermagem à criança


portadora do TDAH baseia-se em ações de promoção da saúde,
prevenção, diagnóstico precoce e recuperação de agravos na
infância, atrelado ao acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil através das consultas de puericultura. Desse
modo, para alcançar os melhores resultados o enfermeiro deve
desenvolver habilidades e competências que lhes permitam programar
boas práticas de educação em saúde nas escolas, nos lares e na
sociedade, pois a criança com TDAH precisa de condições sociais
favoráveis para o seu desenvolvimento, de um ambiente familiar que

38
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

atenda às suas necessidades e sobretudo da parceria entre os


profissionais de educação e saúde, no levantamento de estratégias
inovadoras para minimizar os possíveis danos causados por esses
transtornos.

Conclusão: Portanto, para que possa ser ofertada uma assistência


acolhedora e humanizada, o enfermeiro precisa antes de tudo possuir
conhecimento acerca desse transtorno, para que desenvolva seu
trabalho em parceria com uma equipe multiprofissional, com destaque
para atividades integradoras e orientação familiar.

DESCRITORES: Criança; Déficit de Atenção e Hiperatividade; Enfermeiro.

¹ Acadêmicos de Enfermagem da UNIFACS - Universidade


Salvador/Laureate International Universities. Salvador, Bahia/Brasil. E-
mail: rafaelgoncalves05@hotmail.com.

² Enfermeira. Mestra em Enfermagem. Docente Assistente da UNIFACS –


Universidade Salvador/Laureate International Universities.

39
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

AS INTERFACES DE INTERVENÇÕES EDUCATIVAS COM USUÁRIOS DO


CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Isabella Ramos dos Santos¹


Ariel Henrique Santos Hoffmann¹
Kaique Santos Reis¹
Flávia Costa Santos¹
Nayara Mary Andrade Teles Monteiro²
Nairan Moraes Caldas³

Introdução: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em suas


diferentes modalidades fornecem serviços de saúde de caráter aberto
e comunitário, sendo considerados estratégicos para a organização da
rede de atenção à saúde mental e para a consolidação da Reforma
psiquiátrica no Brasil, constituídos por uma equipe multiprofissional que
desenvolvem atividades diversificadas promovendo a reabilitação
psicossocial.

Objetivo: Este relato contribui no reconhecimento de como as


atividades desenvolvidas nesse contexto, viabiliza uma melhora na
saúde mental e sociabilidade dos indivíduos e tem por objetivo
descrever a experiência de ações educativas realizadas no CAPS.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de


experiência, na realização da disciplina Enfermagem em Saúde Mental
da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, em um CAPS II situado
na cidade de Ilhéus-Ba, no período de outubro a novembro de 2017.
Fomos inseridos ao serviço oportunizando momentos de interação com
os usuários através de diversas atividades, dentre elas, destacamos:
oficina acerca de fármacos psicoativos buscando esclarecer dúvidas
mais frequentes; momentos de descontração à beira mar externando
sentimentos negativos e aflições que os angustiavam; Escuta
Terapêutica no qual obtivemos relatos acerca da trajetória de vida, os
motivos de estar no CAPS, medos, conflitos enfrentados por eles e suas
respectivas famílias bem como suas perspectivas de futuro; oficinas de
músicas e atividades de lazer com passeio a outro município.
Destacamos também as visitas domiciliares aos usuários que
encontravam-se em situações mais vulneráveis ou de abandono do
tratamento.

Conclusão: A experiência vivenciada nos fez perceber a importância


de atividades recreativas e ocupacionais para a eficácia terapêutica,

40
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

além do rompimento de preconceitos em relação a loucura.


Conseguiu-se enriquecer o aprendizado, propiciando um olhar holístico
respeitando as possibilidades individuais e os princípios de cidadania
que minimizem o estigma social.

Palavras-chave: Terapia ocupacional; Centro de atenção psicossocial;


Reabilitação psicossocial; Saúde Mental;

¹ Graduanda em Enfermagem; Universidade Estadual de Santa Cruz;


(UESC); E-mail: isabella2314@hotmail.com.

² Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio ambiente; Professora


Assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz(UESC), Ilhéus, Bahia,
Brasil.

³ Mestra em Enfermagem; Profa. Assistente do Dept° de Ciências da


Saúde da Universidade Estadual de Santa Cruz(UESC), Ilhéus, Bahia,
Brasil.

41
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO NEGRA

42
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ATENÇÃO PRIMÁRIA ÀS PESSOAS COM ANEMIA FALCIFORME

Daiane Brito Ribeiro 1


Mariana Alves Soledade de Jesus1
Laís Emily Souza Trindade1
Gilmara Libanio Santana1
Islânia Ribeiro Costa²

Introdução: A anemia falciforme (AF) é uma das doenças hereditárias


com maior prevalência em escala mundial. A causa da doença é uma
mutação no gene da hemoglobina beta, originando uma hemoglobina
anormal S (HbS), ao invés da hemoglobina normal A (HbA). Essa
condição afeta todos os órgãos e sistemas, o que torna necessário o
envolvimento dos diversos níveis de atenção à saúde para que se
reduza a morbimortalidade. Nessa perspectiva a Atenção Primária à
Saúde (APS) no Brasil tem ênfase na Estratégia de Saúde da Família, que
atua principalmente na promoção da saúde.
Objetivo: Verificar a atuação da APS em pessoas com AF.
Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, a qual foi
realizada uma avaliação crítica de artigos contidos na Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS). A pesquisa foi realizada em março de 2018. Utilizaram-
se os seguintes critérios de inclusão: textos completos disponíveis,
compreendidos entre os anos de 2012 a 2016 e ter como assunto
principal a APS a pessoas com anemia falciforme. Os critérios de
exclusão foram artigos fora do período proposto, artigos não disponíveis
integralmente para leitura ou que não tratassem da temática em
questão.
Resultados/Discussão: Após análise dos artigos foi perceptível um déficit
na APS dessas pessoas. A primeira falha ocorre no diagnóstico que é
obtido através da triagem neonatal. A falta de preparo por parte dos
profissionais para prestar um atendimento adequado, foi demonstrada
como uma barreira, levando essas pessoas a darem preferência a uma
atenção secundária, já que a priorização do atendimento em caso de
sinais de alerta ainda não é uma realidade para a pessoa com AF.
Conclusão: A atuação da APS em pessoas com AF mostrou-se precária
devido à falta de preparo dos profissionais, o que leva essas pessoas a
procurarem a atenção secundária. Portanto, são imprescindíveis
estratégias educativas com as famílias que abordem o papel da
unidade de saúde e o papel de cada nível de atenção no cuidado à
saúde das pessoas com AF.
Palavras-chave: Atenção primaria à saúde, Anemia falciforme, Saúde.

43
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

1Graduanda em Enfermagem. Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia. Jequié, Bahia. Brasil. E-mail: daianer.143@hotmail.com
2 Graduanda em Farmácia. Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia. Jequié, Bahia, Brasil.

44
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

REQUERIMENTO DE INDENIZAÇÃO POR MOTIVOS DE


NEGLIGENCIAS/IMPRUDÊNCIAS COM PORTADORES DE DOENÇA
FALCIFORME DURANTE SEU TRATAMENTO.

Mayane Trindade da Silva1


Rafaela Dias Cajuí¹
Evanilda Souza de Santana Carvalho2
Igor Ferreira Borba de Almeida3
Maria Vanusa Alves Carneiro dos Santos4
Nívia Vanessa Carneiro dos Santos5

Introdução: A Doença Falciforme é caracterizada como doença


crônica com alta prevalência no Brasil e no mundo e aflige
principalmente a população negra. Representa um problema de saúde
pública, pois atinge um grande contingente populacional e traz
malefícios que incidem diretamente na qualidade de vida dessas
pessoas. Essas pessoas já possuem dificuldades no acesso a saúde pela
própria doença crônica e por ser população predominantemente
negra. O Sistema Único de Saúde instituiu algumas portarias e diretrizes
com o objetivo de mudar a história natural desta doença no Brasil mas
em decorrência das barreiras encontradas, está existindo a
judicialização da saúde que diz respeito à busca da população por
apoio do poder judiciário a fim de garantir seus direitos.

Objetivos: Analisar o requerimento, pelos portadores de Doença


Falciforme, de indenização por motivos de negligencias ou
imprudências durante seus tratamentos.

Metodologia: Pesquisa descritiva e exploratória, de natureza qualitativa


e quantitativa a partir de uma análise documental. Desenvolvido
através do acesso ao site: https://www.jusbrasil.com.br/, sendo os dados
os conteúdos de processos judiciais. Os critérios de inclusão foram:
Processos disponíveis neste site na internet, com acesso livre a usuários,
no período de Maio de 2016 a Maio de 2017, contendo o parecer final
dado pelo juiz da comarca que o processo foi submetido, que o
requerente do processo ou o familiar tenha a Doença Falciforme e que
o motivo da queixa seja requere indenização por
negligência/imprudência, foram analisados ações individuais e
coletivas e processos de todo pais. Como critérios de exclusão: o
processor não ter tido a decisão e as queixas não serem relacionadas à
patologia descrita.

Resultados/discussão: Foram selecionados cinco processos jurídicos,


onde os adoecidos buscaram indenização por motivos de negligencias
ou imprudências percebidas durante os processos terapêuticos dos

45
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

adoecidos. Desses processos apenas um teve a reivindicação julgada


procedente. Desde a emergência até a atenção primaria o serviço é
desfalcado quando se trata do atendimento ao adoecido com
Doença Falciforme. O déficit na assistência não fica restrito aos serviços
públicos, podendo notar que nos serviços privados os usuários também
sofrem com o descaso e desconhecimento desta patologia pelos
profissionais.

Conclusão: Apesar da elevada prevalência da Doença Falciforme no


Brasil esta ainda é uma patologia desconhecida e invisível para a
maioria dos profissionais de saúde, levando a uma quebra constante da
assistência e do modo como esses indivíduos são direcionados e
tratados no sistema de saúde.

Palavras-chave: Anemia Falciforme; Racismo; Judicialização da Saúde.

1Graduanda em Enfermagem, pela Universidade Estadual de Feira de


Santana. E-mail: maayanetrindade@gmail.com.
2 Enfermeira, Mestra em Enfermagem, Doutora em Enfermagem.
Docente da Graduação em Enfermagem, do Mestrado Profissional em
Enfermagem e do Mestrado Acadêmico de Saúde Coletiva da
Universidade Estadual de Feira de Santana.
3 Cirurgião-dentista, Mestrando em Saúde Coletiva.
4 Fisioterapeuta.
5 Enfermeira.

46
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: LGBTTQ+

47
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

BIOÉTICA E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTTQ+

Gabriele da Silva Santos ¹


Marla Fernanda Santana Andrade ¹
Samilla Leal do Nascimento¹
Amélia Letícia Oliveira de Jesus²

Introdução: A população LGBT é uma população plural, que demanda


de cuidados diversificados em saúde, de acordo com cada
especificidade. O desrespeito com o nome social das pessoas
transsexuais, comentários ofensivos em relação à orientação sexual e a
identidade de gênero, a negação das especificidades de cada
população são exemplos de motivos que afastam a população LGBT
dos serviços de saúde, acrescenta-se a isso a existência de toda uma
conjuntura social que prejudica seu bem-estar e sua saúde. Frente a
isso, este estudo objetiva avaliar evidências científicas acerca da saúde
pública voltada para essa parcela da população e seus recortes
bioéticos, já que a mesma é historicamente contextualizada com
preconceito.

Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com caráter


descritivo. O levantamento da literatura na Biblioteca Virtual em Saúde
foi feito utilizando os descritores: “Saúde”, “Homossexualidade” e
“Bioética”, com inter-relação do operador booleano and. Os critérios
de inclusão considerados foram: artigos disponíveis na íntegra e que
abordassem a relação entre a saúde da população LGBT e aspectos
bioéticos. O estudo constou de 4 artigos, acrescentado um artigo que
abordava conceitos sobre a temática, considerada importante para o
entendimento do presente tema.

Resultados e Discussão: Os artigos encontrados abordam a temática


das violências enfrentadas pela população LGBT sob perspectivas
diferentes. O primeiro é um artigo de revisão de literatura que apresenta
a necessidade de uma nova perspectiva da atuação ética e bioética
na relação profissional e usuário, pautando a superação do juízo de
valor para o devido atendimento, o segundo analisa a naturalização do
discurso homofóbico, o que leva a atitudes prejudiciais que diminuem o
auxílio prestado a essa população, o terceiro apresenta uma
abordagem jurídica e política, no contexto brasileiro em relação ao
combate a discriminação. O quarto aborda marcos teóricos para
construção de uma política para enfrentamento das LGBTfobias,
pautando-se em princípios bioéticos.

Conclusão: Percebe-se na literatura escassez de estudos sobre a


temática, evidenciando uma perspectiva biologista, bem como um
reducionismo de uma população plural a especificidades de apenas

3
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

uma população, a de homessuxais. Ao analisar os artigos encontrados,


foi percebido que a população LGBT ainda tem enfrentado diversas
violências em relação à assistência prestada por profissionais de saúde,
devido a infrações dos aspectos bioéticos do cuidado, acarretando,
assim, na não adesão dessa população ao serviço e,
consequentemente, colocando-a em situação de risco.

Palavras-chave: Saúde; homossexualidade; bioética.

1 Graduanda do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do


Sudoeste da Bahia. E-mail: novaes.gabriiele@gmail.com.

² Enfermeira. Residente em Saúde Mental pela Universidade de


Pernambuco.

4
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

A ENFERMEIRA FRENTE AO ATENDIMENTO A TRANSEXUAIS NA ATENÇÃO


PRIMÁRIA DE SAÚDE

Diana Santos Sanchez1


Fabiana dos Santos Santana1
Lorena do Nascimento dos Santos1
Ruth Souza Alves1
Verônica Costa dos Santos de Santana1
Joventina Julita Pontes Azevedo2

INTRODUÇÃO: Transgêneros são pessoas que tem sua identidade de


gênero diferente do sexo biológico. Em razão de tabus e mitos sociais,
estão entre as maiores vítimas de discriminações, preconceitos e
principalmente violências. Em 2010, foi criado a Política Nacional de
Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
(PNSILGBT), que compõe um conjunto de diretrizes que visa garantir o
direito à saúde individualizada desse grupo. O atendimento das
enfermeiras pode ser influenciado por estereótipos, crenças pessoais e
culturais relativos à orientação sexual que reflete diretamente na
abordagem durantes as consultas.

OBJETIVOS: Descrever a assistência da enfermeira frente ao


atendimento a transexuais na atenção primária de saúde.

METODOLOGIA: Revisão de literatura, realizada através das bases de


dados SciELO e LILACS. Como critérios de inclusão: artigos que
abordassem o tema, disponíveis online, na íntegra, no idioma português
e inglês, publicados entre 2008 a 2017. E como critérios de exclusão:
artigos repetidos nas bases de dados e que não abordassem a
temática. Foram utilizados 8 artigos.

RESULTADOS/DISCUSSÃO: A enfermeira está, basicamente, na linha de


frente dos cuidados da Atenção Primária à Saúde, pois é ela quem
trabalha com a promoção e prevenção, atendimento continuado e ao
acompanhamento de saúde destes indivíduos. Deve ofertar um
cuidado individualizado e integral, livre de julgamentos, com sua
assistência humanizada e durante o atendimento de saúde transmitir
segurança e conforto, respeitando suas individualidades e privacidades,
promovendo a autonomia desses indivíduos, motivando quanto suas
escolhas, oferecendo sugestões de estilos de vida saudáveis e
estimulando a inserção nos serviços de saúde da comunidade,
auxiliando nas necessidades desses usuários, o que resulta na
diminuição dos riscos nos processos de saúde-doença.

5
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

CONCLUSÕES: Há dificuldade na realização de um atendimento


especializado e humanizado para com essas pessoas, em decorrência
da inexperiência e deficiência na formação. É preciso oportunizar para
as enfermeiras, capacitações e educação e continuada, para que
haja um processo de transformação da profissão, refletindo na melhoria
dos serviços prestados e no bem estar físico-mental dos clientes
atendidos.

Palavras-chave: Pessoas Transgênero; Cuidados de Enfermagem;


Atenção Primária à Saúde.

¹ Graduanda do curso de enfermagem da Universidade Salvador-


UNIFACS. E-mail: dianassanchez8@gmail.com;

² Enfermeira, docente da Universidade Salvador- UNIFACS; Salvador-BA.

6
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE DAS MULHERES HOMOAFETIVAS ÀS INFECÇÕES


SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST ́s)

Ana Flávia Vaz de Abreu1


Luiza Santos da Costa Neta1
Máira de Santana Castro1
Nathália Oliveira Teixeira1
Flávia Pimentel Miranda2

Introdução: As IST ́s (Infecções Sexualmente Transmissíveis) vêm


atingindo toda a população, inclusive as mulheres homossexuais, que se
tornaram provavelmente mais vulneráveis provavelmente em virtude da
escassez de estudos desse segmento populacional e aos estereótipos
sobre o homoerotismo feminino.

Objetivo: Descrever as causas da vulnerabilidade das mulheres


homoafetivas às infecções sexualmente transmissíveis.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada através do


levantamento na base de dados da SciELO (Scientific Electronic Library
Online) e LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências
da Saúde), através dos descritores “Doenças Sexualmente
Transmissíveis”; “Saúde da Mulher”; “Homossexualidade”. Como critérios
de inclusão: estudos que contemplassem a temática, disponíveis online,
na íntegra, no idioma português, inglês e espanhol, nos últimos 10 anos;
e como critérios de exclusão, artigos repetidos na base de dados,
totalizando 11 estudos.

Resultados/Disussão: Os motivos da vulnerabilidade das lésbicas e


bissexuais às IST ́s descritos na literatura foram: “o achismo” sobre que as
interações afetivo-sexuais entre mulheres homoafetivas são de baixo
risco, em virtude de o relacionamento ter uma estabilidade; contato
com sangue menstrual e secreções vaginais através de brinquedos
eróticos; a preocupação em sofrer preconceito dos profissionais de
saúde, ficando pouco à vontade para tirar dúvidas; maior propensão às
IST ́s devido à anatomia feminina; a não utilização de preservativo no
sexo oral, relacionado a relato de redução do prazer; e ausência de
políticas pública específica para essa população acerca da prevenção
de IST ́s. As ações de saúde para esse grupo são instituídas para
prevenção da doença a partir do modelo biomédico, tendo ainda no
seu escopo um caráter heteronormativo, contemplando, dessa forma,
informações que não condizem com o contexto dessas mulheres.

7
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusões: As mulheres homossexuais estão mais suscetíveis às IST’s


devido à ausência de campanhas que orientem as mulheres
homoafetivas, além de o constrangimento ser um impedimento para a
busca por atendimento ginecológico, sobretudo pelo receio do
preconceito dos profissionais de saúde.

Palavras chave: Doenças Sexualmente Transmissíveis; Saúde da Mulher;


Homossexualidade.

1 Acadêmicos de Enfermagem da UNIFACS - Universidade


Salvador/Laureate International Universities. E-mail: Flavinha-
vaz@hotmail.com.
2Enfermeira. Mestra em Enfermagem pela EBMSP. Professora Assistente
da UNIFACS – Universidade Salvador/Laureate International Universities.

8
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: COMPREENSÕES ACERCA DA REALIDADE


E DESCONSTRUÇÃO DE ESTIGMAS A PARTIR DE UMA COLETA DE DADOS

André Luís dos Santos Garcez¹


Bianca Beatriz Santos de Souza¹
Gabriela Amaral Azevedo¹
Jamile Mendes da Silva Santos¹
Rebeca Nascimento dos Santos Mascarenhas¹
David Jesus Santos¹

Introdução: A População em Situação de Rua (PSR) é um grupo


heterogêneo que historicamente é determinado por variantes sociais,
culturais e econômicas que acarreta estigmas e exclusão social. A partir
de uma imersão no campo para coleta de um projeto de pesquisa foi
possível constatar essa realidade e mudar paradigmas e preconceitos.

Objetivo: Relatar a experiência em campo, descrevendo a


aproximação e contato com as pessoas em situação de rua, com foco
na mudança de percepções, estigmas e preconceito dos viventes
durante essa experiência.

Metodologia: O relato de experiência teve como base uma pesquisa de


campo com enfoque na observação direta e participativa, realizada
por estudantes de graduação do curso de Enfermagem da UFBA sobre
pessoas em Situação de rua no Distrito Sanitário do Centro Histórico e na
Defensoria pública na cidade de Salvador- Bahia.

Resultados/ discussão: A dependência de substâncias psicoativas, a


exclusão e instabilidade no âmbito familiar, o desemprego, a violência e
a dificuldade no acesso a saúde são alguns dos problemas enfrentados
pela maioria da PSR. A partir dessa vivência e aproximação houve uma
mudança de olhar acerca dos estigmas sociais atribuídos a este grupo
populacional.

Conclusão: As vivências em campo, extra-muros da universidade


proporciona um contato direto e realístico com os grupos
vulnerabilizados. A vida e o cotidiano das pessoas em situação de rua
estão atravessados por diversas questões sociais e políticas, existindo
assim a necessidade de aproximação de pessoas que quebrem
paradigmas e entendam suas subjetividades.

Palavras-chaves: Pessoas em Situação de Rua; Preconceito; Saúde


Mental.

¹ Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. E-


mail: andregarcez58@gmail.com

9
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PESSOAS EM SITUAÇAO DE RUA E O ACESSO À SAÚDE: CONQUISTAS E


REALIDADE.
Bianca Beatriz Santos de Souza¹
Marília Emanuela Ferreira de Jesus¹
Jamile Mendes da Silva Santos¹
André dos Santos Garcez¹

Introdução: A definição do que seja o acesso à saúde é muito


complexa e envolve dimensões que são avaliadas por indicadores que
auxiliam na determinação da existência de equidade ou desigualdade
à saúde. Adotar as populações em situação de rua (PSR) para a área
da saúde é relevante, o seu contexto determina desigualdades, e o
atendimento, muitas vezes, é transpassado por estigma, discriminação e
negação. Com isso, foi levantado o seguinte questionamento: Como o
acesso à saúde é representado por pessoas em situação de rua?

Objetivo: O objetivo do projeto foi apreender a representação social de


pessoas em situação de rua sobre o acesso à saúde.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de


abordagem qualitativa, à luz da Teoria das Representações Sociais
(TRS). A pesquisa será realizada no município de Salvador/BA, no Distrito
Sanitário de Brotas. Neste estudo serão adotadas as técnicas de
evocação livre de palavras, através da utilização do instrumento Teste
de Associação Livre de Palavras (TALP) e entrevista semiestruturada.

Resultados/ discussão: As pesquisas evidenciam que o acesso à saúde


é considerado um problema para maioria das PSR, entre essa
população são recorrentes os relatos de recusa em ir para unidades de
saúde devido a episódios de atendimento inadequado e impedimento
de entrada nas unidades de saúde, o que não respeita os seus direitos.
A construção da Rede de Atenção Psicossocial compreende a
tentativa de superação dessa realidade entendendo o papel das
enfermeiras como modificadoras deste cenário de atendimento.

Conclusão: Percebemos o quanto esta pesquisa pode contribuir com


seus resultados para a população estudada e para os profissionais de
saúde pela sua relevância acadêmica, política e social, pautando o
protagonismo de profissionais no enfrentamento aos direitos e defesa do
SUS.

Palavras chave: Acesso; Pessoas em Situação de Rua; Saúde Mental.

¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. E-


mail: biancasouz44@gmail.com

² Aluna especial do programa de pós-graduação de Enfermagem da


UFBA

10
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

RELATO DE EXPERIÊNCIA: REFLEXÃO DO CUIDADO A PESSOAS EM


SITUAÇÃO DE RUA

Karina Cerqueira Soares¹


Mateus Oliveira Alves¹
Roseanne Montargil Rocha²

Introdução: Pessoas em situação de rua são na grande maioria das


vezes ignoradas, esquecidas pelo setor saúde e alvo constante de pré-
julgamentos. O que não é considerado é a condição do uso prejudicial
de álcool e outras drogas e/ou transtorno mental maciçamente
presente. Onde a circularidade da vivencia na rua e outras condições
impossibilitam do indivíduo se enxergar em outros papeis na sociedade.
Sendo assim, o gerenciamento do cuidado em enfermagem deve
seguir parâmetros holísticos conduzindo para a reflexão que além das
necessidades físicas e biológicas existem as de cunho psicossocial e dor
subjetiva de não ser visto como alguém de valor na constituição social.

Objetivo: discutir acerca da importância da visão holística e


interdisciplinar da enfermagem durante o cuidar de pessoas em
situação de rua.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência a partir da ação


itinerante do projeto de Extensão do Núcleo de Estomaterapia da UESC
aos sábados das 14:00 ás 16:00 para tanto, tomou-se como base para a
coleta de dados o registro sistemático das percepções, em diário de
campo associado a metodologia de pesquisa bibliográfica do tipo
revisão narrativa de literatura.

Resultados: A reflexão é que nenhuma outra tecnologia do cuidar é


capaz de substituir o contato, a escuta, a valorização do ser como
único, inteiro e que mesmo as necessidades mais subjetivas agem com
sinergismo com todas as outras condições.

Conclusão: Para tanto, pode- se reafirmar que o cuidar não se limita a


eliminar, ocultar sinais e sintomas concretos como o que é valorizado na
visão hospitalacêntrica. Mas sim almejar o desafio de construir espaços
de acolhimento baseados na visão holística e que seja capaz de
contribuir positivamente nos desequilíbrios individuais.

Palavras-chave: Pessoas em situação de rua; Cuidados de


enfermagem; Saúde holística.

¹ Graduando em Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz –


UESC, Ilhéus, BA. Email: karinacerqueira2@gmail.com.

² Doutora em Enfermagem Fundamental e Docente do curso de


Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, Ilhéus, BA.
11
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E VULNERABILIDADE À INFECÇÃO POR


HIV/AIDS

Wesley Anderson Araújo Santos¹


Brenda dos Santos Almeida¹
Jany Sousa Silva¹
Sara Santos Silva¹
Vanuza Silva Campos¹
Ariane Cedraz Morais²

Introdução: Os motivos que levam um indivíduo a sair do convívio


familiar e passar a fazer parte da população em situação de rua são de
diversas naturezas. Sabe-se que esta população é marcada por uma
vida de exclusão, vulnerabilidade social, acesso limitado à prevenção,
além de maior exposição às infecções sexualmente transmissíveis (IST). A
relação da população em questão com a vulnerabilidade às IST torna-
se evidente quando se é analisada a situação de riscos à que essas
pessoas estão expostas.

Objetivo: Identificar nas produções científicas fatores de vulnerabilidade


à HIV/AIDS em populações em situação de rua.

Metodologia: O presente estudo consiste numa revisão bibliográfica


sobre o tema: pessoas em situação de rua e HIV. As buscas foram
realizadas nas bibliotecas virtuais Literatura Latino- Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Bases de Dados de
Enfermagem (BDENF). Foram estabelecidos como critérios de inclusão:
idioma português e abrangência temporal dos últimos dez anos. Foram
encontrados no total 17 artigos; após aplicação dos critérios de
inclusão, foram selecionados apenas 08.

Resultados: Os resultados evidenciaram que moradores de rua sofrem


com graves problemas pela falta de assistência à saúde; a epidemia de
AIDS no Brasil é caracterizada pela concentração de casos nos
principais centros urbanos e nesta população em específico,
destacando maiores taxas de prevalência do HIV entre usuários de
drogas (23,1%), homens que fazem sexo com homens (13,6%) e
profissionais do sexo (4,8%) (Grangeiro et al, 2012). Os estudos apontam
prevalência do HIV em moradores de rua desproporcionalmente
elevada em relação à população em geral. De um modo geral, as
pesquisas relatam maior vulnerabilidade do HIV/AIDS nas pessoas em
situação de rua devido a não adoção de práticas sexuais seguras,
características relacionadas às práticas e tipo de parceria sexual, o uso
de drogas e álcool, falta de acesso às ações de prevenção das IST’S, o
uso inconsistente do preservativo, alta taxa de co-infecção HIV-sífilis.

Conclusão: Evidencia-se em primeira instância que o grupo de pessoas


abordado manifesta-se como uma população de alta vulnerabilidade
12
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

no que tange HIV/AIDS, principalmente pelo comportamento de


exclusão social, informações incoerentes, tabus e falta de acesso a
serviços e meios de prevenção.

Palavras-chaves: pessoas em situação de rua; HIV; vulnerabilidade.

¹ Estudantes de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual


de Feira de Santana (UEFS), bolsistas voluntários NEPEM. E-mail:
wesleyanderson1@hotmail.com;

² Professora Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana


(UEFS), Mestre em Saúde da Mulher. Enfermeira Obstetra, pesquisadora
do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher (NEPEM).

13
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: OBSERVAÇÕES INTERDISCIPLINARES DO


CUIDADO EM SAÚDE

Isabella Ramos dos Santos¹


Karina Cerqueira Soares¹
Laís Souza dos Santos Farias¹
Mateus Oliveira Alves¹
Ualison Oliveira Sena¹
Nayara Mary Andrade Teles Monteiro²

Introdução: Pessoa em situação de rua caracteriza-se por um público


suscetível e carente tanto de práticas mínimas de autocuidado como
de acesso aos serviços de saúde. Trata-se de um grupo heterogêneo
encontrado nessa situação pelas mais variadas razões, desde a falta de
uma moradia fixa, de um lugar para dormir temporária ou
permanentemente à vínculos familiares que foram interrompidos ou
fragilizados. Este relato contribui no reconhecimento da necessidade de
um olhar interdisciplinar para o cuidado em saúde de pessoas em
situação de rua.

Objetivo: Tem por objetivo refletir a importância da ligação prática e


teórica com foco na interdisciplinaridade que vise assistência a esse
seguimento populacional.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de


experiência, mediante a vivência das disciplinas Enfermagem
Perioperatória; Enfermagem em Saúde Mental; Enfermagem na
Atenção à Saúde do Adulto e Enfermagem em Saúde Coletiva de
março à dezembro de 2017.

Resultados e Discussão: Mediante isto, muitos contam com o apoio de


ações do projeto “Olho da Rua” para suprir necessidades básicas como
alimentação e higiene. Realizado aos sábados no centro da cidade de
Itabuna-Bahia desde 2016 oferece auxílio atenuador da vida levada em
espaços urbanos. As atividades são desenvolvidas por voluntários para
preparo e organização das tarefas, doação de suprimentos e, mais
precisamente, de mão de obra. A parceria com o curso de
Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz surgiu da
necessidade de uma assistência à saúde. Encontrou-se pessoas com
transtorno mental fazendo uso associado de fármacos com álcool e
drogas, pessoas carentes de atenção, ferimentos que necessitavam de
curativos, baixa autoestima, necessidade espiritual, sentimento de
abandono, quadro de hipertensão arterial e Diabetes, cartão vacinal
em atraso. Oportunizou-se cuidado do cabelo, banho, recebimento de
roupas e sapatos, cobertores e alimentação.

14
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: A experiência vivenciada nos deixou sensibilizados devido à


situação que se encontravam esses indivíduos. Faz-se necessário a
necessidade do estudante de enfermagem refletir acerca das
dimensões do cuidado a ser prestado a pessoa em situação de rua, na
qual a vulnerabilidade os atinge em todas as dimensões, desde a sua
subjetividade por meio da desvalorização desse grupo como sujeitos de
valor, sendo tratados como invisíveis pela sociedade. A experiência
vivenciada permite concluir que além da necessidade de olhar o outro
de maneira holística faz-se necessário estabelecer um eixo integrador
no qual seja possível articular todas as áreas do conhecimento
possibilitando a interação de forma crítica e ativa com o meio físico e
social.

Palavras Chave: Autocuidado; Vulnerabilidade social; Educação em


Saúde;

¹ Graduanda em Enfermagem; Universidade Estadual de Santa Cruz. E-


mail: isabella2314@hotmail.com

² Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio ambiente; Professora


Assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil.

15
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: MULHERES

16
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

O ACOLHIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM A UMA MULHER VÍTIMA DE


VIOLENCIA SEXUAL

Manuela Oliveira da Silva¹


Mércia Luiza Tomé Conceição¹
Suian Rosales Nascimento¹
Larissa Magalhães Odwyer de Sousa¹
Honey de Jesus Argolo¹

Introdução: A violência sexual é um problema de saúde pública no


Brasil, que ainda se encontra com índices alarmantes. Mulheres
submetidas à violência sexual são mais susceptíveis a manifestar
transtornos mentais, IST’S e a gestação indesejada. O ministério da
saúde preconizou desde 1998 um atendimento padronizado a essas
mulheres no serviço de saúde que visa acolhe-las e direcioná-las a
profilaxia de possíveis acometimentos acima citados.

Objetivos: Evidenciar a importância do acolhimento de mulheres vítimas


de violência sexual pela equipe de enfermagem.

Métodos: Realizou-se busca no período de março de 2018, utilizando


como a base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS)/Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde(LILACS)/Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline) à partir dos
descritores: violência sexual, mulheres, enfermagem. Empregando
critérios de inclusão: texto completo.

Resultados: Foram encontrados 16 artigos, escolhidos 3, critérios de


exclusão: artigos que não abordavam o conteúdo solicitado e que não
fossem textos completos. Os resultados deste estudo denotam que o
acolhimento à mulher em situação de violência ainda se encontra
deficiente no contexto da ABS, evidenciada pela dificuldade no
reconhecimento de situações reais de violência.

Conclusão: É inescusável a necessidade de pensar e implementar


práticas educativas, assim como remodelar ações, visando qualificar e
aprofundar os conhecimentos da equipe de enfermagem acerca de tal
situação.

Palavras-chave: Violência sexual; Vulnerabilidade; Acolhimento.

¹ Acadêmicas em Enfermagem da Universidade Salvador. E-mail:


mannuamazing@hotmail.com

17
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HUMANIZADA EM CASOS DE ABORTO


INDUZIDO
Lorena do Nascimento dos Santos¹
Diana SantosSanchez¹
Ruth SouzaAlves¹
Flavia Pimentel²

INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde define abortamento


como sendo a interrupção da gestação antes de 20-22 semanas ou
com peso inferior a 500 gramas. Sua ocorrência está relacionada a
elevados índices de mortalidade materna, compreendida à partir de
situação de ilegalidade de sua prática, vivenciada no Brasil. A
recorrência à clínicas clandestinas são frequentes, e de forma geral, são
acompanhadas de complicações decorrentes da prática não segura.
Em detrimento disso, a assistência hospitalar do enfermeiro nesses casos,
deve ser integrada a aspectos clínicos e éticos, que respeitem a
decisão e a dignidade da mulher, oferecendo acima de tudo um
cuidado humanizado.

OBJETIVO: Descrever a assistência humanizada do enfermeiro em


situações de aborto induzido.

METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de integrativa realizada nas


bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELo), Literatura
Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Publisher
Medline (Pubmed), a partir dos descritores de ciências da saúde (Decs):
“Aborto Induzido”; Humanização da Assistência”; Enfermeiros”; e os
MESH: “Nurses”, “Induced Abortion”, “Humanization of Assistance”.
Como critérios de inclusão: artigos que abordassem o tema, disponíveis
online, na íntegra, nos idiomas português e inglês no período de 2008 à
2017. Como critérios de exclusão, artigos repetidos na base de dados e
com ano anterior a 2008. Totalizando 14 artigos.

RESULTADOS/DISCUSSÃO: Segundo a literatura, a assistência


humanizada de enfermagem baseia-se: no acolhimento à mulher; na
escuta qualificada, livre de julgamentos; na manutenção da
privacidade e do sigilo; oferta de apoio emocional; respeitar a decisão
da mulher, bem como sua autonomia, sem interferência de preceitos
morais, sociais ou religiosos; informar sobre o procedimento; orientar
sobre os riscos físicos e psicológicos; e encaminhar a mulher para o
planejamento reprodutivo ou ofertar opções contraceptivas. Para que
a assistência seja completa e humanizada, faz-se necessário mudanças

18
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

no comportamento por parte dos profissionais que atendem essas


mulheres, com a internalização da proposta de humanização,
garantindo acima de tudo o respeito à dignidade humana.

CONCLUSÃO: Faz-se necessário que o enfermeiro atue de forma que


acolha, informe e respeite a decisão da mulher, prezando por uma
assistência livre de preconceitos, punição e condenação social, de
modo que suas crenças pessoais não interfiram na conduta assistencial
do modo de cuidar.

Palavras-chave: Aborto Induzido; Humanização da Assistência;


Enfermeiros.

¹ Acadêmica de Enfermagem da UNIFACS - Universidade


Salvador/Laureate International Universities; Salvador, Bahia-Brasil.
Email:lorenanassant@gmail.com

² Enfermeira. Mestra em Enfermagem pela EBMSP. Professora Assistente


da UNIFACS - Universidade Salvador/Laureate International Universities;
Salvador, Bahia-Brasil.

19
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO HUMANIZADO EM UM CENTRO


DE PARTO NORMAL EM SALVADOR-BA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Glenna Briana Pontes Azevedo1


Joventina Julita Pontes Azevedo2

Introdução: O preparo da gestante para o parto abrange a


incorporação de um conjunto de cuidados, medidas e atividades que
têm como objetivo oferecer à mulher a possibilidade de vivenciar a
experiência do trabalho de parto e parto como processos fisiológicos,
sentindo-se protagonista do processo. Conforme o Ministério da Saúde
(2006), a humanização de assistência a mulher e ao recém-nascido
durante a gravidez, parto e o nascimento é uma premissa importante,
útil e atual. A forma humanizada, respeitosa e carinhosa que tratamos
as mulheres determina uma maior confiança para com os serviços,
maior procura para um parto institucional e a possibilidade de
intervenção atempada, com consequente redução da
morbimortalidade materna e neonatal.

Objetivo: Descrever os cuidados prestados na assistência ao trabalho


de parto (TP) durante os períodos.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência em um estágio


curricular referente à Pós-graduação em Enfermagem Obstétrica da
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), realizado no
período de 05 a 09 de março de 2018 em um Centro de Parto Normal
(CPN) de Salvador-BA. Foi utilizado o prontuário da paciente e uma
ficha de registro de acompanhamento de parto/nascimento, fornecida
pela própria escola, da qual foi preenchida pela discente.

Resultados e Discussão: Realizou-se orientações sobre sinais e sintomas


comuns no TP, respiração adequada, e condutas do acompanhante
para a sua participação, aplicação dos princípios psicoprofiláticos,
realização de massoterapia relaxante, ajuda nos cuidados higiênicos,
estímulo à liberdade de posição e verticalização, oferta de líquido
durante todo o período, oferta de alimentos sólidos, estímulo à
deambulação, ao esvaziamento da bexiga, uso da bola suíça, escada
de Ling, banqueta, exercícios pélvicos, clampeamento tardio do
cordão umbilical, e preenchimento do partograma, e a antissepsia
vulvo-perineal antecedendo a sutura referente à laceração de 1o grau
apresentada. O desprendimento da placenta foi espontâneo, sem
manejo ativo, e através do mecanismo de Baudelocque Shultze.

20
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusões: A experiência relatada proporcionou suma importância na


formação de pós-graduação, fornecendo oportunidade de vivenciar,
praticar e atuar diretamente na assistência de enfermagem obstétrica
em todos os períodos do parto, de forma humanizada, trazendo
benefícios para a mulher protagonista, o recém-nascido,
acompanhante, e para o profissional. De acordo com o êxito da
experiência, recomenda-se que outros CPN ofertem seus espaços para
a integração do aprendizado aos futuros pós-graduandos.

Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica; Parto Normal; Enfermagem;


Parto Humanizado; Humanização da Assistência.
1Enfermeira, pós-graduanda em Enfermagem Obstétrica pela Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública. E-mail: glennabri@gmail.com
2Enfermeira, docente e doutoranda em Saúde Pública- Universidad
Columbia-Py.

21
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE VIOLÊNCIAS OBSTÉTRICAS


DURANTE O TRABALHO DE PARTO

Lorena do Nascimento dos Santos¹


Diana Santos Sanchez¹
Ruth Souza Alves¹
Flavia Pimentel²

Introdução: A violência obstétrica pode ser considerada um conjunto


de intervenções realizadas durante o trabalho de parto, sem o
consentimento da parturiente, que podem resultar em práticas
assistenciais que ferem os direitos reprodutivos das mulheres. Dessa
forma, provocando a perda da autonomia e do protagonismo dessas
mulheres no momento do parto. Estudos mostram que uma em cada
quatro mulheres sofrem esse tipo de violência, sendo considerado um
problema de saúde pública.

Objetivo: Descrever a atuação do enfermeiro na prevenção de


violências obstétricas durante o processo parturitivo.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada na base de


dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-
Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), a partir dos
descritores: “Enfermagem obstétrica”; “Violência contra a mulher”;
“Parto humanizado”. Como critérios de inclusão: artigos que
abordassem o tema, disponíveis online, na íntegra, nos idiomas
português, espanhol e inglês no período de 2012 à 2017 e como critérios
exclusão, artigos repetidos na base de dados. Totalizando 13 artigos.

Resultados/Discussão: O enfermeiro deve: reconhecer os direitos legais


das parturientes proporcionando assistência livre de danos; informar a
paciente o procedimento que ela será submetida; garantir respeito às
escolhas sobre as posições assumidas durante o parto; proporcionar
autonomia e autodecisão; manter a privacidade; utilizar de medidas
não farmacológicas para alívio da dor; conhecer e respeitar evidências
científicas, a fim de evitar procedimentos invasivos, dolorosos e
arriscados; reconhecer e promover a parturiente o direito ao
acompanhante de sua escolha. Os episódios de violência obstétrica
estão tornando-se comuns. Sendo que, alguns enfermeiros não
reconhecem a prática como violência, e quando reconhecem, tem
como percepção de que a prática é necessária. Portanto, faz-se
necessário que o enfermeiro reconheça os direitos da parturiente, de
modo que reduza intervenções desnecessárias, tenha sabedoria que o

22
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ato de parir é natural e preze pela assistência integral livre de danos.


Pois, violência obstétrica é desumanização e causa impactos negativos
tanto físicos quanto psicológico na vida dessas mulheres.

Conclusão: A violência obstétrica praticada durante o parto repercute


negativamente para a saúde da parturiente e do seu bebê, sendo
necessário ao enfermeiro priorizar a integralidade, proporcionar um
parto humanizado livre de danos, procedimentos desnecessários e
maus-tratos, respeitando as escolhas e preferências da parturiente.

Palavras-chave: Enfermagem obstétrica; Violência contra a mulher;


Parto humanizado.

¹Acadêmica de Enfermagem da UNIFACS - Universidade


Salvador/Laureate International Universities; Salvador, Bahia-Brasil. E-mail:
lorenanassant@gmail.com

² Enfermeira. Mestra em Enfermagem pela EBMSP. Professora Assistente


da UNIFACS - Universidade Salvador/Laureate International Universities;
Salvador, Bahia-Brasil.

23
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

A VISITA DOMICILIAR COMO FERRAMENTA PARA A CONSTRUÇÃO DO


CUIDADO DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DISCENTE

Daniela Borges¹
Danilo Alves Saback¹
Edivânia Ferreira Silva¹
Geovana Lima Chaves¹
Jéssica Gomes Mota¹
Mary Lúcia Souto Galvão²

Introdução: A Estratégia de Saúde da Família, instituída pelo Ministério


da Saúde em 1994, surge como forma de reorganização da atenção
primária. Ao buscar uma assistência integral e de qualidade, o cuidado
domiciliar configura-se como uma interface de diálogo entre os
profissionais de saúde, o indivíduo a ser assistido e sua família. Tratando-
se do puerpério – momento decisivo para o sucesso da amamentação
– o enfermeiro desempenha um papel apoiador, orientador, e
incentivador materno.

Objetivo: Relatar experiência discente no Estágio Curricular


Supervisionado I, realizado em uma Unidade de Saúde da Família (USF)
do distrito sanitário Cabula- Beirú.

Metodolgia: Trata-se de um relato de visita domiciliar de caráter


descritivo e observacional.

Resultados: Com o objetivo de avaliar o estado de saúde de uma


puérpera com dificuldades para amamentar e de seu recém-nascido
(RN) com alimentação complementada por fórmula, a visita evidenciou
aspectos importantes ainda reconhecidos durante as consultas de
puericultura. Devido ao quadro de ingurgitamento mamário e por não
acreditar na capacidade nutricional do leite materno, a puérpera que
reside junto a outros seis membros da família numa pequena casa
improvisada, explicitou sua dificuldade com a amamentação. A fim de
evitar possíveis complicações ao RN, uma nova estratégia foi
estabelecida.

Conclusão: A importância da visita ao domicílio ainda precisa ser


discutida e estimulada nas USFs, pois está é uma estratégia fundamental
para o estabelecimento de vínculos. Conhecer a realidade dos usuários
do serviço, o contexto socioeconômico e as vulnerabilidades as quais
estão submetidos, qualifica a conduta profissional, tornando-a mais
sensata e adequada, pois aspectos que impactam direto na saúde dos
indivíduos são vistos e, assim, reconhecidos.

24
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chave: Visita domiciliar; Saúde da família; Aleitamento


materno.

1 Graduanda em enfermagem na Universidade do Estado da Bahia


(UNEB). E-mail: portodany@yahoo.com.br;
2 Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo.
Discente da UNEB, Enfermeira obstetra e parteira.

25
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO EM TRÊS CIDADES DO


INTERIOR DA BAHIA
João Antônio Brito Porto1
Noêmia Fernanda Santos Fernandes 2
Jamille Amorim Carvalho3
Adriano Maia dos Santos4

Introdução: As inúmeras disparidades brasileiras impõem desafios à


superação das dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Um
grande problema de iniquidade social está relacionado ao câncer de
colo do útero (CCU), sendo incidente entre mulheres em
vulnerabilidade e com maior dificuldade de acesso à exames da
Atenção Primária à Saúde (APS) e/ou que não conseguem
acompanhamento longitudinal em tempo oportuno, quando uma lesão
precursora é detectada. Nesta perspectiva, em 2011, o Ministério da
Saúde propõe o Plano de Ações Estratégicas para Enfrentamento das
Doenças Crônicas Não-Transmissíveis e elege a Linha de Cuidado como
uma das estratégias de controle ao CCU, por conta das inúmeras
mortes evitáveis ocasionadas pela desassistência.

Objetivos: discutir o fluxo assistencial da Linha de Cuidado envolvendo o


Controle de CCU em três municípios do interior da Bahia.

Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, realizado na região de


Saúde de Vitória da Conquista, Bahia. Foram selecionados três
municípios, onde foram realizados grupos focais, com Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) e com enfermeiros das Equipes de Saúde
da Família.

Resultados: Entre os três municípios estudados houve aproximações com


o fluxo assistencial proposto pelo Instituto Nacional do Câncer para
Linha de Cuidado ao Controle do CCU e, alguns entraves,
especialmente relacionados aos serviços de média densidade
tecnológica. A consulta com médico generalista é ofertada
regularmente pela Estratégia de Saúde da Família, mas o preventivo é
realizado essencialmente pelos enfermeiros das equipes. Neste sentido,
a liminar que tentou barrar a prática clínica do enfermeiro ocasionou
interrupção da coleta de preventivos na maioria das equipes dos três
municípios, apontando a vulnerabilidade das mulheres, principalmente
as mais carentes, em contradição ao princípio da equidade. Nesses
municípios, o ACS era um importante elo comunidade/equipe, para
divulgação de informações quanto ao agendamento do exame

26
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

preventivo na Unidade de Saúde da Família, busca ativa das mulheres


resistentes e faltosas às consultas e, aviso da marcação de
consultas/exames para especialidades, além de entrega dos resultados
às usuárias.

Conclusões: Constatou-se uma fragilidade na definição do percurso


assistencial e incertezas quanto ao tempo de resposta oportuna para
acompanhamento de alteração em diagnóstico de lesão precursora,
além da dificuldade de acesso a exames complementares. Em suma, o
vazio assistencial acaba por incentivar o pagamento por desembolso
direto, corroborando aumento da iniquidade social, ou uso de meios
clientelistas para acesso a um direito fundamental, perpetuando a
realidade assistencialista dos serviços públicos e negação de direitos
sociais.

Palavras-chave: Acesso; Câncer de Colo do Útero; Vulnerabilidade


social.

1 Graduando em Enfermagem pela UFBA-IMS/CAT. E-mail:


joaobritto2@gmail.com.
2 Fisioterapeuta, Mestranda do PPG em Saúde Coletiva da UFBA-
IMS/CAT, Vitória da Conquista, Bahia.
3 Enfermeira, Mestre em Saúde Coletiva pelo ISC/UFBA, Sanitarista da
SESAB, Secretária do Núcleo Regional de Saúde da Região Sudoeste,
Vitória da Conquista, Bahia.
4 Odontólogo, Doutor em Saúde Pública pela ENSP Fiocruz, Professor
Adjunto e Coordenador do PPG em Saúde Coletiva da UFBA-IMS/CAT,
líder do Grupo de Pesquisa Observatório Baiano de Redes de Atenção à
Saúde (OBRAS).

27
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE


NA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Raissa Brito Teixeira1
Elayny Lopes Costa2
Robson dos Anjos Matos3
Layres Canuta Cardoso4
Flávia Rocha Brito4

Introdução: A violência, objeto de pesquisa da saúde pública, é toda


ação física, sexual e psicológica que prejudique um indivíduo ou
coletivo. Se tratando de violência contra a mulher, os fatores
multicausais e multidimensionais como dependência financeira, afetiva
ou social tendem a propiciar a vulnerabilidade da população feminina
para a violência doméstica. Os profissionais da área da saúde estão
envolvidos na identificação e intervenção dos casos de violência, entre
eles se destaca o Agente Comunitário de Saúde (ACS), na atenção
básica, o qual é de suma importância nessa temática visto que é
considerado um elo entre a comunidade e o serviço de saúde.

Objetivo: Analisar os relatos de pesquisa sobre a importância da


atuação dos agentes comunitários de saúde na violência contra a
mulher.

Métodos: Trata-se de um estudo do tipo Revisão Bibliográfica, por meio


de uma revisão integrativa de literatura. Para a busca de artigos utilizou-
se a base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) usando a
combinação dos descritores: Violência Contra a Mulher, Agentes
Comunitários de Saúde, Gênero e Saúde, através do operador boleano
“AND”. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados entre 2013 e
2017, no idioma português, que estivessem disponíveis na íntegra. O
total de artigos foi analisado por meio da leitura dos títulos, análise de
resumos e textos completos. Foram encontrados 09 artigos, destes
selecionados 05 artigos, os quais se encaixavam nos critérios de
inclusão.

Resultados/Discussão: A amostra final foi constituída por 05 artigos. De


acordo com esses estudos, a importância da atuação dos ACS nesta
abordagem se referem ao estabelecimento de vínculos, através do
diálogo e escuta ativa com a família e as mulheres da comunidade o
que propicia a identificação dos casos, assim como formas de
intervenção. Porém, mesmo com o elo estabelecido o silêncio da vítima
tende a ser uma barreira que dificulta o acesso a essa informações

28
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

fundamentais para a saúde e bem estar da mulher. Outro ponto


abordado, porém observado em menor escala, diz respeito ao medo
de alguns ACS em relatar esses casos, pois temem que ele mesmo e sua
família fiquem vulneráveis a represálias.

Conclusão: Os ACS são de fundamental importância na conceituação


e intervenção no combate a violência contra a mulher e na visibilidade
dessa problemática. Porém se faz necessária a adoção de estratégias
de enfrentamento que sejam adequadas à situação de cada família e
que contribuam efetivamente para melhoria na prevenção da
violência contra mulher.

Palavras- Chaves: Violência contra a mulher; Agentes comunitários de


saúde; Gênero e Saúde.

1Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste


da Bahia-UESB, Jequié, Bahia, Brasil. E-mail: rayssa-britto-
2013@hotmail.com
2 Fisioterapeuta, Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-
graduação em Enfermagem e Saúde da UESB, Jequié, Bahia, Brasil.
3 Graduando em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia-UESB, Jequié, Bahia, Brasil.
4 Enfermeira, Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-
graduação em Enfermagem e Saúde da UESB, Jequié, Bahia, Brasil.

29
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

TAJETÓRIA DAS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DA UFBA NA LUTA CONTRA


A DITADURA (1964-1985)
Tiago Souza Leal1
Claudia Silva do Monte1
Sofia da Silva Camargo1
Andreza Siqueira Costa1
Tatiane Araújo dos Santos2
Cristina Maria Meira de Melo3

Introdução: A identidade da mulher enfermeira é construída a partir da


sua vida estudantil. No entanto, a participação política das estudantes
de enfermagem não é conhecida de modo sistematizado.

Objetivo: Com o objetivo de construir memória da participação política


das mulheres estudantes de enfermagem da UFBA na luta contra a
ditadura civil militar, desenvolve-se pesquisa histórica.

Metodologia: A coleta de dados foi feita por meio da história oral de


estudantes militantes e da análise documental em arquivos da UFBA.

Resultados e Discussão: Na análise, construiu-se narrativas da militância


e do contexto interno à Escola de Enfermagem e externo à sociedade
brasileira. Identificou-se 500 documentos relacionando a vida
acadêmica com o serviço de informação da Ditadura; atuação de
uma diretora na vigilância e adequação do Diretório Acadêmico às
normas da Ditadura; colaboração da direção da Escola com o Serviço
de Informação; proteção maternal de uma diretora com estudantes
militantes; identificação da presidenta do Diretório Acadêmico presa no
Congresso da UNE. As entrevistas apontam para apenas uma estudante
militante em organização política clandestina; poucas estudantes
engajadas na luta contra a ditadura e alijamento destas na vida
cotidiana da Escola e predomínio da alienação política entre as
estudantes.

Conclusões: A pesquisa contribui com a construção de acervo no


Núcleo de Memória Haydeé Guanais Dourado da Escola de
Enfermagem da UFBA; com a descoberta e construção históricas de
memória das mulheres estudantes de enfermagem durante a ditadura
civil-militar, uma justa reparação e inspiração para o tempo presente,
do quanto a organização de pessoas por pautas comuns contribui para
o fortalecimento do grupo e do quanto a trajetória de estudantes de
mulheres estudantes de enfermagem pode interferir decisivamente no
curso da história com a formação crítica de estudantes participantes.

30
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chave: História, Mulheres, Estudantes de Enfermagem, Ditadura


Militar.

1Estudante de graduação da Escola de Enfermagem da Universidade


Federal da Bahia. tiiago.l@hotmail.com.
2Professora Tutora. Docente da Escola de Enfermagem da Universidade
Federal da Bahia.
3 Professora Orientadora. Docente da Escola de Enfermagem da
Universidade Federal da Bahia.

31
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM


OBSTÉTRICA EM UM CENTRO DE PARTO NORMAL EM SALVADOR-BA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA

Glenna Briana Pontes Azevedo¹


Joventina Julita Pontes Azevedo²

Introdução: A criação dos Centros de Parto Normal (CPNs) busca


resgatar a prática do parto normal que possui vantagens tanto para a
mãe quanto para o bebê, como a rápida recuperação pós-parto,
baixo risco de infecção, hemorragias e outras complicações, além de
ambos receberem alta precocemente (LEGUIZAMON JUNIOR; STEFFANI;
BONAMIGO, 2013). O enfermeiro é um profissional essencial nos CPNs,
sendo ele responsável em acolher a gestante, realizar atividades
voltadas para a necessidade da parturiente e família, garantindo um
atendimento humanizado e de qualidade, sem distócias, respeitando a
individualidade da gestante e priorizando atividades menos invasivas
(COFEN, 2006).

Objetivo: Descrever as atividades realizadas e desenvolvidas pela


discente, durante o período de estágio.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência em um estágio


curricular referente à Pós-graduação em Enfermagem Obstétrica da
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), realizado no
período de 05 a 09 de março de 2018 em um Centro de Parto Normal
(CPN) de Salvador-BA. Foi utilizada uma ficha de registro de frequência
e atividades realizadas durante cinco plantões de 12 horas, fornecida
pela própria escola, da qual foi preenchida pela discente.

Resultados e Discussão: Realizou-se admissão de pacientes, visita


puerperal, consulta de perfil, leitura de prontuário e plano de parto,
evolução e anotação de enfermagem, realização de alta, prescrição
de enfermagem, preenchimento de partograma, anamnese, exame
físico obstétrico, ausculta de batimentos cardiofetais, medida de altura
uterina, manobra de Leopold, exame de toque vaginal,
cardiotocografia, orientações sobre o trabalho de parto (TP), sinais de
falso TP, nutrição (binômio), aleitamento materno enfatizando nos
benefícios e na pega correta, higienização do coto umbilical do recém-
nascido (RN) e sutura perineal, e sobre cartão vacinal e testes a serem
realizados, assistência humanizada e boas práticas em TP, realização da

32
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

escala de APGAR, avaliação do RN, e observação e realização de


cuidados ao RN em uso de fototerapia.

Conclusões: As práticas realizadas na experiência relatada


proporcionaram suma importância na formação da discente em
especialização, fornecendo oportunidade de aprimorar habilidades
técnicas, praticar as atividades com maior autonomia e atuar
diretamente na assistência de enfermagem obstétrica de forma
humanizada, aproximando-se do futuro cargo de atuação. De acordo
com o êxito da experiência, recomenda-se que outros CPN ofertem
seus espaços para a integração do aprendizado aos futuros pós-
graduandos, e disponibilizem uma maior carga horária, permitindo
ainda mais o aprimoramento do aluno, focando na qualidade do futuro
profissional especialista.

Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica; Especialização; Parto Normal;


Enfermagem; Humanização da Assistência.

¹ Relatora pós-graduanda em Enfermagem Obstétrica na Escola


Bahiana de Medicina e Saúde Pública. E-mail: glennabri@gmail.com.

² Enfermeira, docente e doutoranda em Saúde Pública- Universidad


Columbia-Py.

33
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E MORAL EM MULHERES NO


ESTADO DA BAHIA
Deíze Carvalho Pereira1
Beatriz de Almeida Marques1
Flávio Henrique Barreiros Machado2
Sabrina da Silva Guerra1
Leisiane Pereira Marques1
Marcela Andrade Rios3

Introdução: A Violência contra a mulher é um fenômeno complexo,


com causas culturais, econômicas e sociais, caracterizando-se como
uma das principais formas de violação dos direitos humanos. Dentre os
vários tipos de violência, a psicológica e moral, afeta em sua maioria o
sexo feminino, sendo definida como toda ação ou omissão que tem o
intuito de causar dano à auto-estima, à identidade e ao
desenvolvimento da pessoa.

Objetivo: O presente estudo tem por objetivo descrever o perfil das


mulheres, bem como o local de ocorrência e o desfecho das violências
psicológicas e morais de dados concernentes ao estado da Bahia
registrados nos anos de 2009 a 2015.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, realizado com base em


dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema
Único de saúde (Datasus), referentes às notificações de violência
psicológica e moral no estado da Bahia no período de tempo
investigado.

Resultados e Discussão: Foram registrados no Sistema de Notificação de


Agravos Notificados (SINAN) 30. 356 casos de violência doméstica,
sexual e/ou outras violências no estado da Bahia, entre os anos de 2009
a 2015, nas quais 6.776 (22,3%) são de origem psicológica e moral. Do
valor total de notificações, 5.723 acometeram o sexo feminino,
representando 84,5% dos casos, a faixa etária com o maior número de
casos foi a de 30-39 anos 26,3% (1.504). Segundo a raça/cor a mais
acometida foi a parda 50,5% (2.892). No que diz respeito à escolaridade
as mulheres possuíam em sua maioria ensino fundamental incompleto
18,7% (1.072). A variável local de ocorrência aponta que a residência
75% (1.072) e a via pública 11% (629) são os locais de escolha para
prática da violência. No que diz respeito ao desfecho do caso, 83,9%
(4.799) mulheres receberam alta, 0,7% (42) evadiram/fugiram e 0,3% (15)
foram a óbito por conta da violência.

34
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: O estudo aponta para a necessidade de acompanhar,


apoiar e empoderar a mulher em suas diferentes fases vitais (infância,
adolescência, adulta, velhice), para melhorar sua qualidade de vida,
garantir seus direitos e encorajar sua atuação com agente de mudança
social.

Palavras-chave: Saúde da mulher, Violência Contra a Mulher e Saúde


Mental.

1Discente do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade


do Estado da Bahia- Campus XII. Email: deguedescte@hotmail.com
2Bacharel em Enfermagem pela Universidade Estadual de Santa Cruz -
UESC
3Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem e Saúde. Docente do curso
de Bacharelado em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia-
Campus XII

35
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO À GESTANTE COM ANOREXIA NERVOSA NO


CONTEXTO HOSPITALAR
Ana Flávia Vaz de Abreu¹
Máira de Santana Castro¹
Nathália Oliveira Teixeira¹
Pamela da Cruz Machado¹
Rafael Gonçalves de Souza¹
Flávia Pimentel Miranda²

Introdução: A anorexia nervosa (AN) é uma condição psiquiátrica, em


que há a recusa da alimentação e a busca incansável por
emagrecimento. Durante a gestação, a AN pode ocasionar alterações
fisiológicas e metabólicas, aumentando os riscos à intercorrências
materno-fetais.

Objetivo: Descrever a assistência do enfermeiro no âmbito hospitalar à


gestante com anorexia nervosa. Metodologia: Trata-se de uma revisão
integrativa realizada através do levantamento na base de dados da
MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e
SciELO (Scientific Electronic Library Online), através dos descritores
“anorexia nervosa”, “gestação” e “cuidados de enfermagem”. Como
critérios de inclusão: estudos que contemplassem a temática,
disponíveis online, na íntegra, no idioma português, inglês e espanhol,
nos últimos 10 anos e como critérios de exclusão, artigos repetidos na
base de dados, totalizando 10 artigos.

Resultados/Discussão: Os cuidados do enfermeiro descritos na literatura


foram: colher história sobre o hábito alimentar; pesar diariamente;
realizar passagem de sonda nasoenteral para administração de dieta
enteral, se necessário; administrar suplementação conforme prescrição;
educar nutricionalmente, enfocando na importância de uma
alimentação saudável para o desenvolvimento sadio do feto e na
capacidade de uma nutrição equilibrada combater possíveis infecções;
e acionar o serviço de psicologia e nutrição hospitalar para apoio
multidisciplinar. Ressalta-se que a melhora do quadro está intimamente
relacionada quando o alimento e o peso deixam de ser preocupação
constante na vida gestantes, sendo ainda essencial o apoio familiar
para melhorar a compreensão de que o ser humano vai muito além de
características físicas ditadas por padrões, e que a busca por uma
gravidez saudável e consequente desenvolvimento fetal é o que
realmente importa.

36
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: A assistência do enfermeiro a gestante com AN contribui


para prevenção e redução das complicações materno-fetais,
ressaltando a importância do conhecimento das alterações psíquicas
para acompanhamento e execução de intervenções necessárias.

Palavras-chave: Anorexia nervosa; Gestação; Cuidados de


Enfermagem.

¹ Acadêmicos de Enfermagem da UNIFACS - Universidade


Salvador/Laureate International Universities; Escola de Enfermagem.
Salvador, Bahia-Brasil. Telefone: (71) 992040883. Email:flavinha-
vaz@hotmail.com

² Enfermeira. Mestra em Enfermagem pela EBMSP. Professora Assistente


da UNIFACS – Universidade Salvador/Laureate International Universities;
Escola de Enfermagem. Salvador, Bahia-Brasil.

37
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

DEPRESSÃO NO PUERPÉRIO: UMA CAUSA MULTIFATORIAL

Kelly Marta Menezes de Barros¹


Melissa Angelica Costa Sakelliou¹
Diana Santos Sanchez¹
Rafaela Leal Rocha¹
Carina El-Sarli Dias Sales¹
Joventina Julita Pontes de Azevedo²

Introdução: O puerpério está conectado às inúmeras mudanças físicas,


hormonais, psíquicas e inserção social que podem refletir na saúde
mental. A depressão é um problema que afeta as puérperas,
caracterizada como um transtorno que se inicia a partir da quarta
semana do pós-parto. Os bebês são afetados diretamente pelo
impacto da depressão materna o que prejudica o vínculo entre mãe e
filho, uma fase na qual exige grande adaptação da mulher, e requer
atenção, apoio psicológico e acompanhamento dos familiares e
profissionais habilitados.

Objetivo(s): Identificar a sintomatologia da puérpera com evidências de


depressão.

Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório descritivo realizado


através de revisão de literatura com abordagem qualitativa. O
levantamento bibliográfico foi feito pelas seguintes fontes de pesquisas:
LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde)
e SCIELO (Scientific Electronic Library Online), utilizando como descritores
em ciências da saúde (DeCS): “Depressão’’; “Pós-parto’’; “Mulher”.Os
critérios de inclusão utilizados foram: artigos que abordassem o tema
proposto em português, disponíveis online e na íntegra gratuitamente,
publicada entre os anos 2006 até 2011. Foram excluídos os artigos
repetidos nas bases de dados e os que não estavam relacionados
diretamente com o objeto de estudo. Após a busca nas bases de
dados foram encontrados 20 artigos, sendo excluídos 05. Desta forma,
foram utilizados 15 artigos que foram lidos integralmente através de uma
leitura exploratória e interpretativa.

Resultados e Discussão: A etiologia da Depressão Pós-Parto (DPP) não é


plenamente conhecida, mas acredita-se que existam ligações entre
fatores hormonais, hereditários e biológicos. Nota-se múltiplas causas
que envolvem os traumas psicológicos, como: histórico de depressão
antes da gestação, estresse, trauma no momento do parto, distúrbio do
humor, falta da figura paterna, relacionamento conjugal insatisfatório,

38
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ausência da família, gravidez indesejada, tipo de parto, síndromes de


alterações mentais, tristeza e instabilidade financeira. Os sintomas DPP
são: sensibilidade, irritabilidade, fadiga, dificuldade de concentração,
insônia, ansiedade, perda da libido, alteração de peso e/ou apetite,
agitação, sentimento de culpa, dificuldade para amamentar, negação
ao parto e a criança e até pensamentos de morte ou suicídio.

Conclusões: A DPP tem como componentes etiológicos fatores


psicossociais e biológicos, que podem ser confundidos por profissionais
de saúde devido à falta de vínculo com a puérpera e conhecimento
sobre a patologia. Portanto, é de suma importância a interação, o
acolhimento e a escuta terapêutica da equipe multiprofissional, para a
detecção e o tratamento precoce da depressão puerperal.

Palavras-chave: Depressão; Pós-parto; Mulher.

¹ Discentes de enfermagem da Universidade Salvador- UNIFACS;


Salvador-BA. E-mail: kelly.menezes@hotmail.com

² Orientadora, enfermeira, docente da Universidade Salvador- UNIFACS;


Salvador-BA.

39
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

AUTOINTOXICAÇÃO POR USO DE DROGAS, FÁRMACOS E OUTRAS


SUBSTÂNCIAS EM MULHERES NO ESTADO DA BAHIA

Laíza Oliveira Araújo¹


Milla Marianne Santos Mendonça1
Quézia Soares Oliveira1
Acássio Franco Gomes Ferreira2
Rosilande dos Santos Silva3
Lina Ribeiro Moura4

Introdução: O uso de drogas, fármacos e outras substâncias por


mulheres tem crescido, de modo que, para algumas o uso é realizado
de forma desenfreada levando por vezes à intoxicação por ingestão,
inalação ou exposição do organismo à substâncias tóxicas, que
comprometem a saúde física e psíquica, podendo gerar sequelas ou
mesmo a morte.

Objetivo: Descrever o perfil das autointoxicações por uso de drogas,


fármacos e outras substâncias em mulheres no estado Bahia, entre os
anos 2008 e 2017.

Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo, transversal feito com


dados secundários do Sistema de Informação Hospitalares (SIH) do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As
variáveis analisadas foram: cor/raça, faixa etária, média de internação
e desfecho óbito. A variável substância intoxicante foi analisada pelos
códigos X60 a X69 do Código Internacional de Doenças (CID10). Os
dados foram analisados por meio de estatística descritiva.

Resultados e Discussão: Entre os anos 2008 e 2017, foram hospitalizadas


1.304 mulheres de raça/cor parda (52,1%), na faixa etária de 20 a 49
anos (52%), sendo o predomínio relacionado ao uso de álcool (18,3%). A
média de permanência hospitalar observada foi de 5,2 dias
relacionadas ao uso de pesticidas. Quanto ao desfecho óbito observou-
se maior predomínio nas intoxicações por pesticidas (30%).

Conclusão: A autointoxicação por uso de álcool é acentuada em


mulheres adultas/jovens da cor/raça parda e o maior número de óbitos
está relacionado a autointoxicação por uso de pesticidas.

Palavras-chave: Saúde da Mulher; Causas externas; Envenenamento.

40
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

¹ Graduanda em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual


do Sudoeste da Bahia (UESB). E-mail: laiza_oliveiraaraujo@hotmail.com

² Graduando em Farmácia pela UESB


3 Enfermeira pela UESB
4Enfermeira pela UESB. Especialista em Metodologia do Ensino Superior
pela FIEF

41
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

DETECÇÃO DO HIV NA CONSULTA DO PRÉ-NATAL: UM RELATO DE


EXPERIÊNCIA
Kelly Marta Menezes de Barros¹
Melissa Angelica Costa Sakelliou¹
Sarah Santos Borges dos Reis¹
Rafaela Leal Rocha¹
Carina El-Sarli Dias Sales²
Joventina Julita Pontes de Azevedo²

Introdução: De acordo com o Ministério da Saúde o acolhimento da


gestante na Atenção Básica de Saúde implica na responsabilidade,
integralidade e humanização do cuidado a partir da recepção da
usuária na unidade, por meio de uma visão holística com o intuito de
criar vínculos entre a mulher e o profissional de saúde em todo o ciclo
gravídico puerperal.

Objetivo: Relatar a experiência das extensionistas do Projeto Partejarte:


a arte de dar a luz, do curso de Enfermagem obtida pela vivência na
consulta do pré-natal.

Metodologia: Trata se de um estudo descritivo, com relato de


experiência desenvolvida por um grupo de voluntários da extensão e
pesquisa da Universidade Salvador no mês de junho de 2017,
Salvador\Bahia.

Resultados e discussão: Os testes rápidos de HIV, sífilis, HCV e HbsAg


foram feitos na gestante mediante autorização, quando o exame foi
realizado a maioria dos resultados foram não reagentes, porém o teste
para o HIV apresentou dois traços indicativos para reagentes. Após
orientação sobre a necessidade de repetição do teste para HIV, o qual
foi autorizado pela gestante, repetiu-se, mantendo-se reagente com a
confirmação do vírus, através do impacto desse resultado gerou na
mulher um turbilhão de sentimentos desde a tristeza, dor, angústia,
desespero, medo até a culpabilidade.

Conclusões: O acolhimento com a escuta ativa na detecção precoce


do HIV nesta gestante foi fundamental para evitar a transmissão do vírus
no curso da gestação. Realizou-se o pós-aconselhamento com escuta
ativa, tranquilizando-a, esclarecendo suas dúvidas e a convocação do
parceiro, assim como as orientações sobre o vírus, o risco da transmissão
vertical, o tratamento adequado para a gestação e o
encaminhamento para o centro especializado do município.

42
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chave: Saúde da mulher; Gestação de risco; HIV.

¹ Discentes de enfermagem da Universidade Salvador- UNIFACS. E-mail:


kelly.menezes@hotmail.com;

² Orientadoras, enfermeiras, docentes da Universidade Salvador-


UNIFACS; Salvador-BA.

43
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VIVÊNCIAS DAS GESTANTES SOROPOSITIVAS E A ASSISTÊNCIA DE


ENFERMAGEM: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Ariane Cedraz Morais¹


Brenda dos Santos Almeida²
Jany Sousa Silva²
Wesley Anderson Araújo Santos ²
Sara Santos Silva ²
Vanuza Silva Campos²

Introdução: A transmissão perinatal ou vertical do HIV pode ocorrer


intraútero, no trabalho de parto ou período pós-parto através do
aleitamento materno. Com a disseminação da doença foi necessário
aprimoramento das políticas públicas de saúde para a redução e
prevenção dos casos e uma assistência que garantisse a redução de
riscos de transmissão vertical.

Objetivos: Identificar à luz das produções científicas brasileiras as


singularidades e necessidades das gestantes soropositivas frente à
assistência de enfermagem.

Métodos: Consiste numa pesquisa bibliográfica de caráter descritiva e


exploratória, realizada nas plataformas de Pesquisa em Saúde,
selecionando-se as bases de dados Literatura Latino- Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Bases de Dados de
Enfermagem (BDENF). Foram encontrados 32 artigos, após atender aos
seguintes critérios de inclusão (idioma português e publicação nos
últimos dez anos) e exclusão (artigos repetidos), foram selecionados 17.

Resultados: As gestantes são, em sua maioria, não brancas, idade


média de 27 anos, escolaridade incompleta, em união estável, donas
de casa, residindo no interior dos Estados, primigestas ou secundigestas
e primíparas, média de cinco consultas pré-natais. Nota-se que as
mulheres soropositivas desenvolvem a expectativa de uma gestação
saudável e um atendimento qualificado, porém existe o medo da
transmissão vertical, não poder cuidá-los e morrer. Analisou-se que a
enfermagem não é capacitada para o atendimento deste público
diante da qualidade da assistência prestada do pré-natal ao parto,
capacitação profissional, diagnóstico precoce da gestante e outras
atividades possibilitadas pela enfermagem.

Conclusão: Apesar de ser uma temática bastante discutida, há


carência nas produções cientificas brasileiras nos últimos anos; nota-se

44
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

déficits no atendimento especializado à essas gestantes no Brasil.


Ressalta-se a imagem e importância da Enfermagem pois desenvolve
estratégias que contemplem as diversas culturas e graus de
compreensão das usuárias, propiciando uma reflexão sobre a
prevenção e os riscos a cerca da gestação e o cuidado do recém-
nascido.

Palavras-chaves: Enfermagem; Gestante; HIV.

¹ Professora Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana


(UEFS), Mestre em Saúde da Mulher. Enfermeira Obstetra, pesquisadora
do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher (NEPEM);

² Estudantes de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual


de Feira de Santana (UEFS), bolsistas voluntários NEPEM. E-mail:
Wesleyanderson1@hotmail.com

45
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE SOCIOCULTURAL DE MULHERES OBESAS

Larissa Vasconcelos Santos1


Gabriele de Andrade Oliveira1
Raiana Almeida Cardoso1
Fernanda Luz Barros1
Gabriel Aguiar Nunes1
Tamiles Souza Oliveira1

Introdução: sendo uma patologia mundial, a obesidade afeta de modo


direto a autoestima e relação social de mulheres, o que pode gerar
uma retração aos relacionamentos interpessoais. Buscando uma
redução do excesso de peso, a cirurgia bariátrica torna-se uma forma
de tratamento para a obesidade mórbida, por seu efeito rápido no
emagrecimento. Por esse motivo, esse procedimento é cogitado por
mulheres que buscam o emagrecimento rápido. Porém, seus impactos
na qualidade de vida não são totalmente considerados no momento
da escolha. Devido a isso, torna-se relevante a necessidade de maiores
informações e avaliações sobre os impactos biopsicossociais da
obesidade em mulheres.

Objetivos: investigar como a obesidade afeta o bem estar psicossocial


de mulheres e também na escolha pela cirurgia bariátrica.

Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa realizada em Fevereiro


de 2018 através das bases de dados Scientific Eletronic Liberaly Online e
a Biblioteca Virtual de Saúde. Utilizaram-se os seguintes Descritores em
Ciências da Saúde: “Obesidade”, “Cirurgia Bariátrica” e “Mulher”,
associados através do operador booleano AND. Após execução dos
critérios de inclusão: ser artigo completo e disponibilidade em
português, e a posterior leitura, obteve-se 8 artigos para realização do
trabalho.

Resultados e Discussão: identificou-se que a obesidade acomete mais


mulheres do que homens, e seus efeitos na visão corporal e relação
social são afetados devido ao excesso de peso e os padrões de
magreza feminina implantados. Em contraponto, as alternativas para o
emagrecimento ganham espaço, destacando a cirurgia bariátrica
como reversão da obesidade mórbida. Esse procedimento é mais
cogitado por mulheres que alegam sua escolha por questão de saúde
e também de estética, demonstrando o desejo de um corpo que se
encaixe nos padrões de aceitação social, porém, sem conhecimento
suficiente sobre os efeitos pós-operatórios.

46
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusões: A obesidade tem um peso determinante nos


relacionamentos sociais, onde a rejeição de mulheres obesas torna-se
evidente. Como mudança do quadro atual, algumas mulheres optam
pela cirurgia bariátrica como forma de perda de peso mais rápida.
Porém, não atentam-se para os efeitos negativos, deficiência
nutricional, que essa cirurgia pode acarretar e nas mudanças na
qualidade de vida.

Palavras-chave: Obesidade; cirurgia bariátrica; mulher.

¹ Graduandos de Enfermagem. Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia. Jequié, Bahia, Brasil. E-mail: larissavasconcellos026@gmail.com.

47
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

LUTA CONTRA O CÂNCER: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ludimila Ferreira Santos¹


Diogo Rosa Matos¹
Lauana Neres dos Santos¹
Rafaela Almeida Ribeiro¹
Joventina Julita Pontes Azevedo²

Introdução: O Outubro Rosa é um movimento mundial, que busca


estimular a população a participação no controle do câncer de mama,
com o objetivo de conscientização sobre a importância da prevenção
e do diagnóstico precoce.

Objetivo: Relatar experiência de atividade integradora de incentivo ao


conhecimento das mulheres sobre o autocuidado das mamas, e a
sensibilização para a detecção precoce do câncer de mama.

Metodologia: Trata- se de um relato de experiência realizada no Dique


do Tororó, Salvador- BA, por discentes do sexto período da disciplina de
Saúde da Mulher, do curso de Enfermagem da Universidade Salvador-
UNIFACS, os quais realizaram várias ações educativas e aplicaram
questionários para 536 mulheres participantes da mobilização social,
intitulada “Seja Flor, Tenha no Peito Amor”.

Resultados e Discussão: Com base nos dados coletados durante a


mobilização, cerca de 98% das mulheres conheciam o autocuidado
das mamas. Em relação a realização do autocuidado 75% conheciam,
porém não sabiam fazer a técnica correta, e não reconheciam as
alterações possíveis do câncer de mama. Cerca de 30,35% das
participantes tinham algum familiar que sofreu de neoplasias mamárias,
realizavam regularmente exames e consultas com médico ginecologista
e com enfermeiros.

Conclusão: Durante as atividades desenvolvidas, houve a participação


da população nas atividades, mostrando-se interessadas na
abordagem do tema e atividades, percebendo-se a importância da
educação e saúde, e a relevância no contexto saúde-doença para o
incentivo as mulheres ao autocuidado das mamas e o conhecimento
sobre a prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Diante
da adesão e envolvimento das mulheres, sugere-se que ações como
esta, sempre deverão ser estimuladas em qualquer espaço público,
para multiplicar informações.

48
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chave: Saúde da mulher. Câncer de mama. Detecção


precoce.
1 Acadêmicos de Enfermagem na UNIFACS- Universidade Salvador
Laureate Internatinal Universities. E-mail: ludimilasantos@live.com.
2 Docente de Enfermagem na UNIFACS- Universidade Salvador Laureate
Internatinal Universities.

49
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ATIVIDADE INTEGRADORA SOBRE A VULNERABILIDADE DA MULHER FRENTE


À VIOLÊNCIA DOMESTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Adriana Cunha Fernandes1


Lorena Mares Santos Ribeiro1
Nathália Silva do Nascimento1
Joventina Julita Pontes Azevedo2

Introdução: A violência é definida como uma questão de saúde pública


e um problema de todos os segmentos da sociedade, pois atinge a
saúde individual e coletiva, mas quando a mulher tem informação
sobre o que é violência, facilita a prevenção. Foi neste entendimento,
que realizou-se atividades integrativas e educativas de promoção à
saúde da mulher, na Unidade Básica de Saúde, na Cidade de Salvador-
Ba, para contemplar a comunidade com informações, contribuindo
para a orientação sobre o enfrentamento da violência doméstica
contra a mulher, focando na vulnerabilidade a essa agressão.

Objetivos: O objetivo geral é relatar a experiência de uma atividade


integradora em sala de espera da UBS Dr. Sérgio Arouca, vivenciada
pelos discentes do Programa de Integração Saúde na comunidade
(PISCO), do curso de Enfermagem, visando a orientação das mulheres
sobre a violência doméstica, como identificar se está sofrendo este tipo
de agressão, e a importância da denúncia.

Resultados e Discussão: A participação da população durante a


realização da sala de espera foi fundamental, verificando que ainda
existem muitas dúvidas com relação ao tema. Foram respondidos os
vários questionamentos levantados pelas mulheres presentes na sala de
espera.

Conclusão: O envolvimento das mulheres na atividade integradora


mostrou o quanto importante é a conscientização do ser mulher, e o
quanto deve ser valorizada, elevando assim a autoestima da mesma,
através de conhecimento, trabalho de sensibilização, principalmente
em caso da mulher já exposta a violência doméstica. Nesta UBS, a
orientação por parte dos profissionais de saúde é de grande relevância
e aceitação da comunidade. Foi notório o quão importante é a
orientação e conscientização das mulheres que se encontram mais
vulneráveis à violência doméstica, que muitas vezes a falta de
informação se faz presente pela não propagação de conhecimento de
forma correta.

50
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chave: Violência Doméstica. Saúde da Mulher. Atividade


educativa.

¹ Discente da Universidade Salvador- Escola saúde e Ciência.


Enfermagem. E-mail: E-mail: dricanandes26@gmail.com

² Docente da Universidade Salvador. Enfermagem Saúde da Mulher I.

51
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA À MULHER NEGRA NO PAÍS: UMA REVISÃO


BIBLIOGRÁFICA
Ariane Cedraz Morais 1
Brenda dos Santos Almeida2
Jany Sousa Silva2
Laís Chagas de Carvalho2
Sara Santos Silva2
Vanuza Silva Campos2
Wesley Anderson Araújo Santos2

Introdução: As desigualdades raciais e o racismo, apesar de


negligenciados e invisibilizados, ainda são prevalentes na sociedade
brasileira. Nesse contexto, as mulheres negras são as que mais sofrem
essa distinção, pois além do racismo, associa-se o machismo e os
preconceitos de gênero, agravando sua vulnerabilidade. Essa
vulnerabilidade manifesta-se nitidamente através das repercussões
negativas em relação à atenção à saúde dessas mulheres,
principalmente no que se refere à assistência reprodutiva e obstétrica.

Objetivo: Identificar como se dá a assistência reprodutiva e obstétrica a


mulheres negras no país, à luz da produção científica nacional.

Metodologia: A pesquisa consiste num estudo bibliográfico de caráter


descritivo e exploratório, realizada nas plataformas de Pesquisa em
Saúde, selecionando-se as bases de dados Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Bases de Dados de
Enfermagem (BDENF) e Scientific Electronic Library Online (SciELO).
Utilizando-se os descritores: mulher, negra e parto, foram encontrados 20
artigos; após adoção dos critérios de inclusão (idioma português e
publicação nos últimos dez anos) e exclusão (artigos repetidos), foram
selecionadas 06 publicações.

Resultados/Discussão: A revisão evidenciou quadro desfavorável às


negras (pretas e pardas) em relação aos cuidados recebidos durante o
processo parturitivo, tendo em vista que essas mulheres – em
comparação às mulheres brancas –, em sua maioria, tiveram menor
número de consultas pré-natais e ultrassonografias, maior grau de
paridade, maior prevalência de síndromes hipertensivas, receberam
menos anestesia, peregrinaram mais para parir e sofreram mais
amniotomia. Além disso, não contaram com a presença de
acompanhante, tiveram suas queixas subestimadas, mais
frequentemente avaliaram a assistência recebida no pré-natal e parto
como regular ou ruim e são as que mais morrem de causas maternas.

52
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Entretanto, em menor escala, também foram evidenciados fatores


positivos, como maior prevalência de partos vaginais e maior
ocorrência de partos a termo.

Conclusão: A literatura ainda mostra-se escassa em estudos que


analisam a relação da assistência reprodutiva e obstétrica e a raça/cor
das mulheres como possível fator de aumento de vulnerabilidade. Além
da quantidade mínima, o tema ainda é explorado de forma superficial
e secundária. Portanto, diante desse cenário, conclui-se a importância
de se intensificar o estudo da temática, considerando todas as suas
variáveis, a fim de identificar as fragilidades e suas causas e, assim, visar
à garantia de uma atenção equânime e resolutiva às mulheres.

Palavras-chave: da Mulher; Saúde da População Negra; Saúde


Reprodutiva.

1 Professora Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana


(UEFS), Mestre em Saúde da Mulher. Enfermeira Obstetra, pesquisadora
do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher (NEPEM).
2Estudantes de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual
de Feira de Santana (UEFS), bolsistas voluntários NEPEM.
Email:bsameilda@outlook.com

53
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

BARREIRAS ENCONTRADAS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA


NADETECÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER

Michele Silva dos Santos 1


Gabriela de Freitas Cardoso 2
Osiane Silva da Hora2
Viviana Batista Viana2
Rosilande dos Santos Silva2
Vanda Palmarella Rodrigues3

Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) é vista como a principal


porta de entrada para os serviços de saúde, com o papel de detectar
as singularidades do indivíduo e estabelecer medidas de prevenção,
proteção e recuperação de doenças e agravos. A violência doméstica
contra a mulher necessita de uma abordagem multiprofissional e
transdisciplinar no seu enfrentamento. Nesse sentido, é necessário
buscar abranger essa problemática e a dimensão de sua repercussão,
para isso as equipes de saúde devem reconhecer as reais necessidades
das mulheres em situação de violência do território em que atuam.

Objetivo: descrever as barreiras enfrentadas pelos profissionais das


equipes da Estratégia Saúde da Família na detecção de casos de
mulheres em situação de violência doméstica.

Metodologia: Pesquisa descritiva de natureza qualitativa, realizado em


três Unidades de Saúde da Família de um município do interior da Bahia.
Os participantes da pesquisa foram 20 profissionais das equipes da ESF,
entre esta(e)s enfermeiras(os), médicas(os), Agentes Comunitárias(os)
de Saúde; técnica(os) em saúde bucal e técnicas(os) de enfermagem.
Trata-se de um subprojeto do projeto de pesquisa vinculado ao projeto
de pesquisa: Violência doméstica contra a mulher: Representações
Sociais no contexto de Saúde da Família, aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia sob o
parecer nº 1.875.429. Utilizamos a entrevista semiestruturada para coleta
de dados e os resultados analisados através da análise de conteúdo
modalidade temática.

Resultados/Discussão: A partir da análise dos dados emergiram duas


categorias que evidenciaram as barreiras encontradas pelas equipes
da ESF na detecção de casos de violência doméstica. No que se refere
à categoria Falta de capacitação profissional os profissionais relataram
despreparo profissional para lidar com mulheres em situação de
violência doméstica, o que repercute na continuidade do cuidado. Na
categoria Ausência de equipe interdisciplinar destacaram que há um
54
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

grande déficit de profissionais na composição da equipe de saúde,


interferindo na assistência à saúde nos casos de violência doméstica.
As(Os) profissionais descreveram que há necessidade de equipe
interdisciplinar, a fim de ampliar informações e práticas no
enfrentamento da violência doméstica contra a mulher.

Conclusão: É necessário investimento, como composição adequada


das equipes e capacitação de profissionais buscando contextualizar os
problemas e os processos de trabalho das equipes da ESF no contexto
da violência doméstica, de modo a contemplar o cuidado integral.

Palavras-chave: Violência Doméstica; Educação Permanente; Saúde


da Família.

¹ Graduanda de Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste


da Bahia/ UESB- Jequié- BA. E-mail: m_silva94@outlook.com.
2 Enfermeira pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/ UESB-
Jequié- BA.
3Coordenadora do Grupo de Pesquisa Violência, Cultura e Paz,
Docente da Universidade.

55
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PERCEPÇÕES DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE OS LIMITES DA


REDE DE ATENÇÃO NAS SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA
MULHER
Michele Silva dos Santos1
Vanda Palmarella Rodrigues2
Larisse Ramos de Oliveira3
Leticia Silva dos Santos4
Rosilande dos Santos Silva3
Gilberto Alves Dias5

Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) é vista como a principal


porta de entrada para os serviços de saúde, com o papel de detectar
as singularidades do indivíduo e estabelecer medidas de prevenção,
proteção e recuperação de doenças e agravos. A violência doméstica
contra a mulher necessita de uma abordagem multiprofissional e
transdisciplinar no seu enfrentamento. Nesse sentido, é necessário
buscar abranger essa problemática e a dimensão de sua repercussão,
para isso as equipes de saúde devem reconhecer as reais necessidades
das mulheres em situação de violência do território em que atuam.

Objetivo: descrever as barreiras enfrentadas pelos profissionais das


equipes da Estratégia Saúde da Família na detecção de casos de
mulheres em situação de violência doméstica.

Métodos: Pesquisa descritiva de natureza qualitativa, realizado em três


Unidades de Saúde da Família de um município do interior da Bahia. Os
participantes da pesquisa foram 20 profissionais das equipes da ESF,
entre esta(e)s enfermeiras(os), médicas(os), Agentes Comunitárias(os)
de Saúde; técnica(os) em saúde bucal e técnicas(os) de enfermagem.
Trata-se de um subprojeto do projeto de pesquisa vinculado ao projeto
de pesquisa: Violência doméstica contra a mulher: Representações
Sociais no contexto de Saúde da Família, aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia sob o
parecer nº 1.875.429. Utilizamos a entrevista semiestruturada para coleta
de dados e os resultados analisados através da análise de conteúdo
modalidade temática.

Resultados e Discussão: A partir da análise dos dados emergiram duas


categorias que evidenciaram as barreiras encontradas pelas equipes
da ESF na detecção de casos de violência doméstica. No que se refere
à categoria Falta de capacitação profissional os profissionais relataram
despreparo profissional para lidar com mulheres em situação de
violência doméstica, o que repercute na continuidade do cuidado. Na

56
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

categoria Ausência de equipe interdisciplinar destacaram que há um


grande déficit de profissionais na composição da equipe de saúde,
interferindo na assistência à saúde nos casos de violência doméstica.
As(Os) profissionais descreveram que há necessidade de equipe
interdisciplinar, a fim de ampliar informações e práticas no
enfrentamento da violência doméstica contra a mulher.

Conclusão: É necessário investimento, como composição adequada


das equipes e capacitação de profissionais buscando contextualizar os
problemas e os processos de trabalho das equipes da ESF no contexto
da violência doméstica, de modo a contemplar o cuidado integral.

Palavras-chave: Violência Doméstica; Educação Permanente; Saúde


da Família.

1 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade


Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, Campus de Jequié. E-mail:
m_silva94@outlook.com
2Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Curso de Graduação
em Enfermagem da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB,
Campus de Jequié.
3Enfermeira pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia –UESB,
Campus de Jequié.
4Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, Campus de Jequié.
5Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, Campus de Jequié.

57
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

SÍFILIS NA GESTAÇÃO: CONDUÇÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO


BÁSICA
Karine Almeida Souza Oliveira1
Máira de Santana Castro1
Ana Flávia Vaz de Abreu1
Nathália Oliveira Teixeira1
Rafael Gonçalves de Souza1
Flávia Pimentel Miranda2

Introdução: Sífilis é uma infecção multissistêmica causada pela bactéria


Treponema pallidum1 que pode ser adquirida através de contato
sexual, transfusão de sangue, transplante de órgão, ou por transmissão
congênita.2 A sífilis gestacional é considerada um problema de saúde
pública, sendo que quando não diagnosticada e tratada
precocemente pode desencadear desfechos desfavoráveis tanto
materno quanto fetais. Dessa forma faz-se necessário a assistência do
enfermeiro para prevenção e tratamento durante o período
gestacional.

Objetivo: Descrever os cuidados do enfermeiro na atenção básica à


gestante com sífilis.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases


de dados da SciELO(Scientific Electronic Library online) e LILACS
(Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) a
partir dos descritores: “sífilis”, “gravidez” e “cuidado de enfermagem”.
Como critérios de inclusão: estudos que contemplassem a temática,
disponíveis online na íntegra, no idioma português, inglês, e espanhol
entre o período de 2001 a 2016 e como critérios de exclusão, artigos
repetidos na base de dados, totalizando 10 estudos.

Resultados/Discussão: Os cuidados encontrados na literatura foram:


acompanhamento pré-natal de qualidade para prevenção, detecção
precoce, tratamento e diminuição de morbidades, tornando possível a
redução da prevalência de sífilis3, além de orientar a comparecer em,
no mínimo, seis consultas de pré-natal; notificação das gestantes
portadoras de sífilis; prescrever conforme protocolo do Ministério da
Saúde e realizar tratamento com Penicilina G benzatina 2.400.000 UI4;
acompanhamento sorológico; esclarecer dúvidas e explicar sobre a
doença e importância do tratamento; orientar quanto ao tratamento e
adesão do parceiro sexual da gestante. Ainda que, a sífilis apresente
agente etiológico esclarecido, meios de transmissão, precauções,
terapêuticas medicamentosas eficazes e consequências materno-fetal

58
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

o índice de infecções é considerado um problema de saúde pública.


Sendo de suma importância o cuidado do enfermeiro para as
gestantes.

Conclusão: O acompanhamento e educação em saúde do enfermeiro


à gestante com sífilis são de suma importância, visando principalmente
à redução dos indicadores de morbimortalidade materno-infantil, a fim
de garantir uma gestação mais saudável e segura para o binômio e
promover um desenvolvimento saudável do recém-nascido.

Palavras-chave: Sífilis; Gravidez; Cuidado de Enfermagem.

1 Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Salvador -


UNIFACS/Laureate International Universities; E-mail:
karinebahia10@gmail.com
2Enfermeira. Mestra em Enfermagem pela EBMSP. Professora Assistente
da Universidade Salvador - UNIFACS/Laureate International Universities;
Escola de Enfermagem. Salvador, Bahia-Brasil.

59
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS COMPLICAÇÕES MATERNAS EM


GESTANTES COM IDADE AVANÇADA

Bruna Linhares Maia Santos1


Rafael Gonçalves de Souza1
Letícia Cardoso Braz2

Introdução: A idade materna é considerada fator de risco para a


gestação. Para o Ministério da Saúde (MS, 2012) gestantes com idade
igual ou superior a 35 anos são mais suscetíveis a desenvolver
complicações durante a gravidez, o que torna a gestação de alto risco.
Dessa forma, o enfermeiro ainda nas consultas de pré-natal deve ofertar
para a gestante um plano de cuidados que contemple todas as
orientações necessárias.

Objetivo: Descrever a assistência do enfermeiro frente às complicações


maternas em gestantes com idade avançada.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases


de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library online (SciELO) e Banco de
Dados em Enfermagem (BDENF),” A partir dos descritores: “Gravidez de
alto risco”, “cuidados de enfermagem”, “idade materna”. Adotou-se
como critérios de inclusão: estudos que contemplassem a temática,
disponíveis online, na íntegra, no idioma português e inglês, nos últimos
11 anos, e de exclusão artigos repetidos na base de dados. A amostra
foi composta por 10 estudos.

Resultados/Discussão: No grupo de mulheres em gestação tardia, com


mais de 35 anos, comparado as mais jovens, as complicações mais
frequentes são: abortamentos espontâneos e induzidos; maior risco para
mortalidade perinatal; gravidez ectópica; baixa vitalidade do recém-
nascido; baixo peso ao nascer; parto pré-termo; fetos pequenos para a
idade gestacional e sofrimento fetal intraparto. Assim, uma mulher com
mais de 35 anos, sem qualquer patologia, apresenta maior risco em sua
gestação, se tornando mais vulnerável e dependendo de cuidados
mais humanizados. Esses cuidados devem ser iniciados ainda nas
consultas de Planejamento Familiar, quando as mulheres relatam desejo
de engravidar. Quando o Enfermeiro as recebe já gestante nessa faixa
etária, deve-se imbuir de conhecimento científico e habilidades
técnicas, a fim de ofertar consultas humanizadas, livre de riscos de
imperícia e negligencia.
60
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: Portanto, o enfermeiro passa a ser referência para as


gestantes, nesse momento tão importante para a mulher. Por isso,
durante as consultas deve-se proporcionar um adequando
acompanhamento desde o parto até o nascimento do recém-nascido,
de modo a estimular a aceitação da gestação em idade tardia e
diminuir suas preocupações, possibilitando assim, minimizar os efeitos
deletérios da idade materna elevada sobre a mulher e o recém-
nascido.

Palavras-chave: Gravidez de alto risco, Cuidado de enfermagem;


Idade materna.

1 Acadêmicos de Enfermagem da UNIFACS - Universidade


Salvador/Laureate International Universities. E-mail:
brunamaia98@outlook.com
2Enfermeira. Mestra em Enfermagem. Docente Assistente da UNIFACS –
Universidade Salvador/Laureate International Universities.

61
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

CANCÊR ANAL EM MULHERES: VULNERABILIDADES E IMPLICAÇÕES PARA A


ENFERMAGEM
Uilma Santos de Souza 1
Ramona Garcia Souza Dominguez 2
Carine dos Santos Souza 1
Natádina Alves Souza 3

Introdução: O câncer anal corresponde a 4% de todos os tipos de


câncer que acometem o intestino grosso, sendo mais frequente em
mulheres e negros, com pico de incidência a partir dos 50 anos de
idade. Os tumores anais podem ocorrer na borda anal ou no canal anal
até a transição com o reto, sendo passíveis de cura através da
radioterapia e quimioterapia.

Objetivo: Identificar as vulnerabilidades em saúde de mulheres com


câncer anal e as implicações para os cuidados de enfermagem.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando


os descritores: Neoplasias do Ânus, Mulheres, Enfermagem e
Vulnerabilidade em Saúde. Os critérios de inclusão foram: texto
completo disponível, publicados no período de 2006 a 2018, nos idiomas
português, inglês e espanhol, indexados na base de dados da
Biblioteca Virtual em Saúde. Foram selecionados 12 artigos.

Resultados\Discussões: Os estudos demonstraram a forte associação


entre HIV (vírus da imunodeficiência humana), HPV (papiloma vírus
humano) e câncer anal. Ademais, mulheres HIV positivas são mais
vulneráveis à infecção por HPV, podendo apresentar prurido,
sangramento anal e dor ao defecar. Quanto às características, as
mulheres eram predominantemente de área urbana, de pele não
branca, tabagistas, etilistas, de escolaridade e poder aquisitivo baixos.
O comportamento sexual de início precoce, não protegido, prática
anal e promiscuidade foram apontados como fatores de risco elevado.
Essas características biológicas e socioeconômicas tornam esse grupo
de mulheres mais vulneráveis às infecções sexualmente transmissíveis,
demonstrando ser importante a orientação para prevenção desses
agravos e a realização de citologia anal nesse grupo de pacientes.
Além disso, outras implicações no cuidado de Enfermagem envolvem o
controle das lesões clínicas e subclínicas provocadas pelo HPV, assim
como a sintomatologia associada. E a fim de evitar a eventual
progressão para carcinoma invasivo, devem ser adotadas estratégias
de rastreamento através do exame citológico, tanto do colo do útero

62
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

como da região anal. Os artigos sugerem ainda que a vacinação


contra o HPV pode ser considerada para reduzir o risco de lesões
intraepiteliais anais em indivíduos infectados pelo HIV.

Conclusão: Esse estudo contribuiu para o melhor entendimento sobre o


câncer de ânus em mulheres, identificando as principais características
biológicas e socioeconômicas que as tornam mais vulneráveis. Dessa
forma, reitera-se a importância de uma abordagem individualizada
pelo enfermeiro nos diferentes níveis de atenção à saúde, a fim de que
possam ser adotadas medidas de prevenção para esse tipo de câncer
nos grupos de maior risco.

Palavras-chave: Neoplasias do Ânus; Mulheres; Enfermagem;


Vulnerabilidade em Saúde.

1 Graduanda de Enfermagem, CCS/UFRB. E-mail:


uilmamsouza@gmail.com
2Enfermeira Oncologista, Doutora em Ciências da Saúde. Docente
Adjunta do curso de Enfermagem no CCS/UFRB. Vice-líder do Grupo de
pesquisa CRIAI.
3Graduanda do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde,
CCS/UFRB.

63
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

RELATO DE EXPERIÊNCIA: VISITA DOMICILIAR NO PUERPÉRIO IMEDIATO

Larissa Vasconcelos Santos 1


Lorena Silva Oliveira 1
Patrícia Nascimento Rotondano 1
Rosilande dos Santos Silva ²
Renata Rodrigues da Silva 1
Tamiles Souza Oliveira 1

Introdução: A visita domiciliar no puerpério é um instrumento crucial


durante o acompanhamento gravídico e pós- gravídico. A
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) nesse processo visa
avaliar e orientar a mãe quanto aos cuidados básicos e com a saúde
do binômio materno-infantil e família.

Objetivo: relatar a experiência vivenciada por discentes em uma visita


domiciliar no puerpério imediato.

Metodologia: Estudo descritivo de tipo relato de experiência, realizado


no segundo período letivo de 2016, durante atividade prática da
disciplina curricular Saúde da Mulher. A escolha do estudo de caso foi
aleatória através das fichas de cadastramento da mulher atendida no
Grupo de Pesquisa “vamos Amamentar Mamãe?”. Foi realizado
contato prévio via celular e marcado a visita domiciliar. As informações
foram obtidas através da consulta de enfermagem e posteriormente
aplicado a Sistematização da Assistência de Enfermagem.

Resultados/Discussões: No primeiro momento realizou-se a anamnese e


o exame físico no binômio mãe-filho. Realizou-se o levantamento de
diagnósticos de enfermagem: Risco para infeção, dor aguda,
ansiedade. Posteriormente, foi implementado ações de saúde, como
cuidados domiciliar com incisão cirúrgica, limpeza asséptica coto
umbilical, uso de analgésico conforme prescrição, apoio emocional da
família, promoção da autoconfiança. Os resultados apontaram que a
SAE aplicada durante a visita domiciliar é imprescindível para todas as
puérperas (primíparas ou multíparas), haja visto, que o cuidado deve ser
continuado visando integralidade da usuária.

Conclusão: Portanto, é necessário valorizar a SAE durante a visita


domiciliar como uma estratégia fundamental no processo de
orientação, educação em saúde e consolidação de um vínculo na
prática profissional nas ESF.

64
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chave: Visita domiciliar, Puerpério, Sistematização da


Assistência de Enfermagem.

1Graduandas de Enfermagem. Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia. Jequié, Bahia, Brasil. E-mail: larissavasconcellos026@gmail.com
2 Enfermeira. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Jequié, Bahia,
Brasil.

65
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PERFIL DOS PARTOS DE NASCIDOS VIVOS NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE


2005 E 2015
Girlane Aparecida1
Deisiane Silva Souza1
Gabriele da Silva Santos1
Quézia Soares Oliveira1
Samilla Leal do Nascimento1
Patrícia Honório Silva Santos2

Introdução: A decisão sobre a via de parto é influenciada por diversos


fatores, como os riscos e benefícios, possibilidade de complicações e
repercussões futuras. Portanto, as mulheres devem receber informações
precisas para que possam decidir sobre a via de parto, fazendo valer
seus direitos sexuais e reprodutivos. Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), as taxas de partos por cesáreos aceitáveis encontram-se
entre 10-15%, não havendo justificativa para proporções maiores em
nenhuma região do mundo.

Objetivo: Conhecer o perfil dos partos de nascidos vivos no Brasil entre


os anos de 2005 e 2015.

Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com


delineamento transversal, com dados secundários do Sistema de
Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS), disponibilizados via eletrônica,
por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS), do Ministério da Saúde. Os dados coletados foram sobre
tipos de partos de nascidos vivos no Brasil entre os anos de 2005 e 2015.
As variáveis analisadas foram: tipo de parto (Cesário, vaginal, ignorado)
e local de ocorrência (hospital, outro estabelecimento de saúde,
domicílio, outro, ignorado). Os dados foram tabulados e analisados por
meio do Programa Microsoft Office Excel, versão 2013, através da
distribuição das frequências absolutas e relativas para as variáveis do
estudo, sendo dispensada a apreciação por Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP), pois os dados utilizados são de domínio público.

Resultados/Discussão: No Brasil foram registrados no período de 2005-


2015, 32.269.532 partos de nascidos vivos, dos quais 51,25% ocorreram
por cirurgias cesarianas, 48,58% por parto vaginal e 0,17% foram
ignorados. Dos partos vaginais, 96,44% ocorreram nos hospitais, 1,35%
em outros estabelecimentos de saúde, 1,97% no domicílio, 0,23% em
outros locais e 0,01% foi ignorado. Tratando-se das cesarianas, 99,31%
ocorreram nos hospitais, 0,68% em outros estabelecimentos de saúde e
0,01% foram ignorados.
66
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: Os dados expostos permitem observar que, a maioria dos


partos no Brasil foi por cirurgias cesarianas e, independentemente do
parto ser vaginal ou cesáreo, ocorreu dentro do ambiente hospitalar.
Diante disso, é possível perceber que a via de parto predominante no
Brasil tem sido a cesariana, indo de encontro às recomendações da
OMS.

Palavras-chaves: Parto. Parto normal. Cesárea. Direitos sexuais e


reprodutivos.

1 Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste


da Bahia (UESB). E-mail: girlanebs@hotmail.com.

2 Doutoranda em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-graduação


em Enfermagem e Saúde. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
(UESB).

67
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

SOFRIMENTO PSÍQUICO DE MULHERES QUE VIVENCIAM A VIOLÊNCIA


SEXUAL
Talita Brito Silva1
Deisiane Silva Souza1
Givaní Moraes Santos1
Rosineia Novais Oliveira1
Samilla Leal do Nascimento1
Patrícia Honório Silva Santos2

Introdução: A violência contra mulheres no Brasil apresenta índices


elevados e consiste em um dos problemas prioritários a ser eliminado
pela saúde pública. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define
violência contra mulher como qualquer ação sem consentimento que
cause sofrimento por lesão física, sexual e mental. Tal ato inclui estupro
com uso da força física ou não, influência psicológica, uso de armas ou
drogas, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule, ou limite a
vontade pessoal.

Objetivo: Identificar os impactos psicológicos de mulheres que sofrem


violência sexual. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão de
literatura realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), no primeiro
semestre de 2018, utilizando os seguintes descritores: Sofrimento Psíquico;
Violência Sexual; Saúde da Mulher; Saúde Mental, combinados entre si
por meio do operador booleano “and”. Como critérios de inclusão
foram: utilizados artigos disponíveis na íntegra no idioma português;
publicados a partir de 2013.

Resultados/Discussão: Os estudos revelam que cada mulher desenvolve


comportamento diferente após ser violentada. O medo é característico
na maioria das vezes e pode permanecer por alguns dias; algumas
mulheres podem não voltar a sua rotina habitual por um tempo
prolongado; outras podem decair em uma depressão profunda e ainda
desenvolver Transtornos de Estresse Pós- Traumático (TEPT); ansiedade;
desinteresse sexual; baixa autoestima e consumo de substâncias ilícitas
que também são comportamentos que podem ser desenvolvidos pelas
vítimas da violência.

Conclusão: Evidencia-se que a violência sexual apresenta sérias


consequências físicas e psicológicas na vida da mulher, com isso
carece um olhar mais flexível por parte dos órgãos governamentais,

68
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

através do fortalecimento de políticas públicas que diminuam os casos


de violência sexual.

Palavras-chaves: Sofrimento Psíquico; Violência Sexual; Saúde da


Mulher; Saúde Mental.

1Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste


da Bahia. E-mail: bs.talita@hotmail.com.
2Doutoranda em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-graduação
em Enfermagem e Saúde. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

69
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ALEITAMENTO MATERNO: CUIDADOS PRESTADOS PELA EQUIPE DE


ENFERMAGEM ÀS PUÉRPERAS PORTADORAS DE HIV E/OU HTLV

João Vitor Machado Lopes1


Lucas Souza Almeida de Araujo1
Elaine Penarrieta de Souza Santana2
Ivis Braga Pereira Velôso3
Bianka Sousa Martins Silva4

Introdução: A assistência de enfermagem às puérperas portadoras de


infecções por HIV e/ou HTLV compreende orientações e cuidados
específicos que devem ser prestados a mulheres que estão
impossibilitadas de amamentar.

Objetivo: Identificar e analisar os cuidados prestados pela equipe de


enfermagem à puérpera portadora dos vírus HIV e/ou HTLV
relacionados ao aleitamento materno.

Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa


realizada em um hospital filantrópico do município de Feira de Santana-
BA. Os sujeitos foram 10 profissionais da equipe de enfermagem que
atuavam na maternidade e no berçário da referida instituição. Para a
coleta de dados foi usada a entrevista semiestruturada. Os dados foram
analisados pelo método da análise de conteúdo.

Resultados/Discussão: Emergiram duas categorias: 1.Orientações às


puérperas e 2. Cuidados às puérperas. Este estudo permitiu
compreender que a equipe de Enfermagem presta as orientações e
cuidados às puérperas infectadas pelo HIV e/ou

HTLV, porém os vírus do HTLV foram pouco mencionados neste estudo


pelos profissionais, necessitando-se assim a participação dos mesmos
em capacitações acerca das infecções maternas, para que possam
prestar orientações, cuidado integral, e de qualidade às puérperas e
recém-nascidos.

Conclusão: Apesar de não existir uma assistência de enfermagem


sistematizada às puérperas portadoras de HIV e/ou HTLV, os profissionais
de saúde, e em especial a equipe de enfermagem, deve estar
capacitada para a prestação da assistência à estas puérperas,
especialmente por se tratar de doenças transmissíveis, incuráveis e que
apresentam estigmas, preconceitos e medos. É necessário que a equipe
de enfermagem envolvida no cuidado tenha conhecimento científico e

70
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

técnico para assistir as pacientes com HIV e/ou HTLV de maneira


humanizada.

Palavras chave: Aleitamento materno. Infecção por HIV e/ou HTLV.


Cuidados de Enfermagem

1Graduando em Enfermagem pela Faculdade Anísio Teixeira (FAT) de


Feira de Santana. E-mail: jv.mlopes@hotmail.com
2Enfermeira graduada pela Universidade Estadual de Feira de Santana
(UEFS). Mestre em Enfermagem pela UEFS
3Enfermeira graduada pela UEFS. Docente do curso de Enfermagem da
UEFS
4Enfermeira graduada pela UEFS. Mestre em Saúde Coletiva pela UEFS.
Docente da Faculdade Anísio Teixeira (FAT)

71
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO EM


SITUAÇÃO DE RUA

72
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

O CENÁRIO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO


DE RUA
Geisival Uhl Andrade¹
Naiane Santos de Almeida¹
Rafaela Menezes dos Santos¹
Sávio Luís Ferreira Moreira¹

Introdução: A População em Situação de Rua (PSR) passa por elevados


níveis de exclusão social. Em decorrência disso, a saúde e o bem estar
desse público é prejudicado de forma acentuada, contribuindo para a
percepção de um paradoxo, onde a seguridade, saúde, educação e
outros direitos fundamentais deveriam ser assegurados de forma
constitucional para todos.

Objetivo: Nesse sentido, o estudo literário teve como objetivo analisar a


saúde da PSR, discutir sobre as dificuldades de acesso aos serviços de
saúde e abordar sobre as atividades executadas pela equipe de
Consultório na Rua (CnaR). Metodologia: Trata-se de uma revisão
integrativa de literatura referente a 5 artigos, buscados nas seguintes
plataformas digitais: Literatura Scientific Electronic Library Online – SciELO
e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde –
Lilacs.

Resultados e Discussão: O uso excessivo de álcool e drogas, a higiene


precária, a má alimentação, exposição a alterações climáticas e
compartilhamento de espaços aglomerados, são alguns dos diversos
fatores que contribuem para o agravamento a saúde desses indivíduos.
O acesso ao serviço de saúde pela PSR é um problema real, sendo
negligenciado por alguns profissionais da saúde e pelas exigências de
documentação para o cadastramento nas UBS.

Conclusão: Percebeu-se então que as condições de saúde da PSR são


determinadas de acordo com a forma de vivência individual, devendo
ser compreendida pela equipe de saúde que atuam no CnaR, visando
a promoção, prevenção e controle de doenças e agravos, assim como
a necessidade de construir vínculos de confiança para facilitar o acesso
desse grupo a Atenção Primária, que é considerada a porta de entrada
para o Sistema Único de Saúde.

Palavras Chave: Saúde das pessoas em situação de rua; Políticas


públicas e morador de rua; Consultório na rua.

¹ Acadêmico em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual


do Sudoeste da Bahia-UESB. E-mail: gei.uhl@hotmail.com

73
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

BENEFÍCIOS DO CONSULTÓRIO DE RUA PARA A POPULAÇÃO SEM TETO

Daiane de Meneses Oliveira¹


Camila Silva Soares¹
Daniel Gomes Costa¹
Diéssica Rocha Machado¹
Maria de Lourdes Mello Lopes¹
Letícia Cardoso Braz²

Introdução: As pessoas que vivem em situação de rua possuem acesso


limitado aos serviços de saúde, pois precisam enfrentar obstáculos para
conseguir uma consulta, como a exigência de documentação e
despreparo dos profissionais no acolhimento. Diante da necessidade e
preocupação com essas pessoas, consideradas invisíveis socialmente, a
Política Social de Atenção Básica criou os Consultórios na Rua (CRs),
visando ampliar e garantir acesso à saúde para essa população.

Objetivo: Descrever os benefícios dos Consultórios de Rua para a


população sem teto.

Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases


de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-
Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Base de
Dados de Enfermagem (BDENF). Foram selecionados 11 artigos para
análise. Adotou-se como critérios de inclusão: artigos que abordassem a
temática, disponíveis online, na íntegra, nos idiomas português e inglês,
publicados entre 2014 a 2017; como critério de exclusão: artigos
repetidos nas bases de dados.

Resultados/discussão: Os CRs adotam uma prática de cuidados


direcionada ao acolhimento e a criação de vínculo com os moradores
de rua. Para alcançar êxito nas atividades propostas, são trabalhadas
três vertentes: prevenção, intervenção e encaminhamento. A forma
preventiva relaciona-se com a redução de danos, através da
divulgação de serviços, orientação sobre cuidados em saúde e
distribuição de preservativos para prevenir as Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST’s). A intervenção dos profissionais referem aos
atendimentos básicos em saúde, como: avaliação clínica, verificação
de sinais vitais, glicemia, curativos e escuta terapêutica. Os moradores
de rua também são beneficiados com os encaminhamentos feitos pelos
profissionais, quando necessário, sendo que estes acompanham todo o
processo junto aos serviços de saúde, assistência social, entre outros
setores da rede. Desta forma, os CRs aproximam os serviços de saúde e
criam estratégias de cuidado que levam em conta o contexto em que
as pessoas estão inseridas. Essas ações requerem dos profissionais um
preparo especial, por lidarem com situações atípicas, de forma que
prevaleça o princípio da equidade expresso no SUS.

74
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: O CR é uma estratégia inovadora e desafiante para a área


da saúde, pois cuida de pessoas vulneráveis. São muitos os benefícios
direcionados aos moradores de rua, portanto, é necessário investir na
capacitação dos profissionais, rever as políticas públicas sobre a saúde
para que os moradores de rua sejam acolhidos e tenham o direito de
fazer parte da rede que, por muitas vezes, são excluídos.

Palavras Chave: Pessoas em situação de rua; Assistência à saúde;


Vulnerabilidade Social.

¹ Acadêmicos de enfermagem da Universidade Salvador (UNIFACS) -


Salvador-BA. E-mail: daianemeneses19@gmail.com

² Enfermeira. Especialista em Emergência e UTI; Administração Hospitalar


e Serviços de Saúde; Saúde Coletiva com ênfase no Programa Saúde
da Família. Docente da Universidade Salvador (UNIFACS)– Salvador-BA.

75
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: PROFISSIONAS DO


SEXO

76
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PROFISSIONAIS DO SEXO: SAÚDE E INVISIBILIDADE SOCIAL UM RECORTE


AOS PROFISSIONAIS DO SEXO MASCULINO

Silane Lima Marques Prado Lima¹


Filipe Celso Santos de Jesus¹
Gabriela Furlanetti de Pelegrini Freitas dos Anjos¹
Jakson Alves Braz¹
Jaqueline Sales de Oliveira¹
Jecica dos Santos Xavier¹

Introdução: Assim como a prostituição feminina, a prostituição


masculina alberga um entendimento próprio, mas que não margeia os
muitos significados da profissão em si mesmo, como a sinonímia que é
dada de “vida fácil ou promíscua”, mesmo sendo enquadrado na
Constituição Brasileira de Ocupações nº 5198. A urgência em se
trabalhar estudos para profissionais do sexo masculino atrela-se ao seu
contexto histórico, a escassez de pesquisas na área e a falta de espaço
que muitos encontram na sociedade.

Objetivos: Conhecer as vulnerabilidades pelas quais perpassam o


público masculino profissional do sexo. Metodologia: Revisão sistemática
utilizando as bases de dados online LILACS, SciELO, BDENF, com
materiais referentes aos profissionais do sexo do gênero masculino.
Foram utilizados como critérios de inclusão textos que abordam os
princípios de prostituição masculina de limite nacional para aproximar a
discussão ao nosso contexto.

Resultados/Discussão: Ser profissional do sexo e ainda por cima do


gênero masculino, traduz muitas vezes essa condição sexual que não é
crime, não é doença e sempre existiu, comum a todos os povos, natural
e que não é sinônimo de cópula anal, mas que é bombardeada de
definições e preconceitos afastando os homens que a praticam.
Conforme se distanciam, as vulnerabilidades se aproximam, afetando-
os em âmbitos sociais, psicológicos, econômicos e afetivos.

Conclusões: A prostituição masculina além de ser um aspecto que


merece ser discutido, traz consigo uma reflexão sobre os meandros que
o trabalho os impõe. Destarte à situação de vulnerabilidade em que
esse grupo vive, devem ser realizados planejamentos estratégicos para
minimizar riscos relacionados às infecções sexualmente transmissíveis,
suporte psicológico, atrelados a promoção e recuperação da saúde.

Palavras-chave: Profissionais do Sexo; Saúde do Homem;


Vulnerabilidade em Saúde.

¹ Graduandos em Enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia.


E-mail: lima.silane@outlook.com

77
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VIVENCIANDO A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA INFECÇÃO URINÁRIA EM


PROFISSIONAIS DO SEXO

Larissa Almeida Cardoso dos Santos¹


Erica de Jesus Sales Sanches¹
Fabíola de Almeida Carvalho¹
Geane Martins Nogueira Barretos²

Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) ocorre quando


microrganismos se instalam em parte do sistema urinário. Acomete em
sua maioria mulheres, e essa taxa aumenta quando existe uma vida
sexual ativa. Estudos epidemiológicos estimam que todos os anos 10%
delas apresentam cistite (infecção instalada na bexiga) e 60%
apresentam ITU em alguma fase da vida. As Profissionais do sexo, têm
uma recorrência maior devido ao uso de contraceptivos, espermicidas,
diafragmas ou higiene inadequada.

Metodologia: Trata-se de um relato descritivo, vivenciado durante


ações de educação em saúde realizadas no Projeto Força Feminina
localizado no Pelourinho Salvador, Ba.

Objetivo: Relatar a importância de ações educativas com objetivo de


instruir profissionais do sexo, utilizando linguagens simples e de forma
lúdica, sobre as causas, sintomas e prevenção da infecção urinária
(ITU).

Resultados e Discussão: Durante realização da ação algumas mulheres


relataram experiências vividas com ITU de forma recorrente e sem
compreender os motivos eminentes. Sobre o assunto guardavam muitas
dúvidas a respeito de: causas, sintomas e medidas profilaxias e até
mesmo compreensões sobre a anatomia renal. Ao exporem relatos de
infecção urinária algumas delas descreveram sintomas como: dor,
desconforto e algumas alterações ao urinar. Foram orientadas a sempre
procurar ajuda médica quando ocorrer alguns destes sintomas
associados a uma cor mais escura da urina. Dentre as orientações
receberam instruções de como se prevenir fazendo ingesta hídrica, usar
roupas íntimas de algodão, realizando higiene de forma adequada.
Diante dos pressupostos conclui-se que é importante promover ações
de educação com o objetivo de informar a população que mais é
acometida por ITU, pois as mulheres correspondem a 95% da população
que desenvolve essa patologia.

Conclusão: Sendo uma doença que atinge principalmente as mulheres,


observa-se uma maior vulnerabilidade das profissionais do sexo em
desenvolver infecção urinária, pelas próprias atividades inerentes à
profissão, as quais favorecem o desencadeamento da doença, com

78
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

maior risco de contaminação, além de muitas delas não terem acesso


às informações adequadas sobre prevenção e tratamento.

Palavras -chaves: sistema urinário, mulheres e profissionais do sexo.

¹ Graduandos em Enfermagem - Universidade Salvador – UNIFACS. E-


mail: larissaacardoso@icloud.com

² Enfermeira. Docente orientadora - Universidade Salvador – UNIFACS.

79
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO DO


CAMPO, QUILOMBOLA E INDÍGENA

80
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PROMOÇÃO DA SAÚDE PARA HOMENS MORADORES DA ZONA RURAL

Iago Barbosa Ribeiro¹


Hortência Lima de Almeida¹
Nattman Cardoso Mendes¹
Waldson Nunes de Jesus²

Introdução: A preocupação do homem com a saúde é pouco comum,


isso talvez esteja relacionado ao modelo social machista hegemônico,
o qual define o homem como um ser forte, viril, invulnerável e provedor.
Essa concepção faz com que o homem torna-se suscetível a contrair
doenças que muitas vezes poderiam ser tratadas nas Unidades Básicas
de Saúde (UBS), mas quando homens do campo das zonas rurais não
tem um acesso adequando oferecido pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), como promover orientar e conscientizar esses homens? Nesse
contexto, as práticas educativas são importantes, tem o objetivo
também de complementar a prática clínica, promover o
conhecimento, a reflexão e o censo crítico.
Objetivo: relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em
uma ação educativa para moradores da zona rural.
Materiais e métodos: Trata-se de um relato de experiência de
educação em saúde para moradores de zona rural de um município do
no interior da Bahia que aconteceu no segundo semestre de 2016. O
tema principal foi: “novembro azul” com o subtema: “Como está sua
saúde, homem?”. A atividade foi iniciada com o acolhimento dos 15
homens presentes, houve a identificação da equipe, exposição dos
cartazes informativos sobre os principais problemas que saúde que
afetam o homem: violência, diabetes, hipertensão, câncer de próstata
e pulmão, no final houve a distribuição dos folders. Ocorreram
discussões sobre os temas trabalhados, esclarecendo sobre sinais e
sintomas dessas doenças e em caso de surgimento a procura aos
serviços de saúde, e a importância do autocuidado para o bem estar e
saúde. A atividade educativa teve apoio da Agente Comunitária de
Saúde (ACS) e o Programa Laboratório de Comunidade (PROLAC).
Resultados: Após a realização da ação educativa, foi constatado pelos
acadêmicos que a proposta de trabalho havia sido alcançada; de
informar e interagir com o público presente respeitando suas limitações
de conhecimento acerca do tema e a cultura local. O uso de
linguagem simples, clara, utilizando gírias locais foram facilitadores no
processo de comunicação. Como também foi percebido o interesse
dos homens à explicação, foi nítido, que todos se mantiveram atentos
no decorrer da ação.
Conclusão: O estudo possibilitou o relato de uma ação educativa para
homens moradores da zona rural, mostrando nesse caso a importância
da prática educativa, tornar-se uma ferramenta para a construção do

81
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

conhecimento para os homens, incentivando a ir às consultas de


rotinas, estimulando-os ao autocuidado e até tirar outras dúvidas com
os profissionais da UBS.
Palavras-chaves: Saúde do Homem, Educação em Saúde,
Enfermagem, Saúde Coletiva.

¹ Graduandos em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de


Santana. E-mail: iagobarbosa04@gmail.com.
² Enfermeiro, Mestrando em Saúde Coletiva.

82
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

UM OLHAR SOBRE A VIOLÊNCIA E VULNERABILIDADE DOS POVOS


INDÍGENAS
Jaqueline Sales de Oliveira¹
Silane Lima Marques Prado Lima¹
Filipe Celso Santos de Jesus¹
Gabriela Furlanetti de Pelegrini Freitas dos Anjos¹
Jakson Alves Braz¹
Jecica dos Santos Xavier¹

Introdução: A população indígena sempre se fez presente na história do


Brasil, porém, as literaturas construídas sobre formas eurocêntricas
trouxeram pouca importância às atuações dos indígenas e a perda da
sua identidade, com criações etnocêntricas e preconceituosas, o que
no entanto dá outra direção no quesito de compreensão da realidade
dos acontecimentos vivenciados no passado. Objetivos: Descrever os
diversos tipos de violências que vulnerabilizam os povos indígenas no
Brasil.

Metodologia: Revisão de literatura de caráter exploratória. Os artigos


foram selecionados através das bases de dados Scielo, Biblioteca virtual
em saúde e Lilacs no período de 2000 a 2017. Os dados quantitativos
foram retirados do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas -
Conselho Indigenista Missionário (CIMI), sendo incluída na pesquisa os
dados do relatório de 2016.

Resultados e Discussão: A escassez de produção científica na área


indígena nos últimos anos, demonstra a invisibilidade da causa indígena
e dos desafios que as comunidades enfrentam na busca da
consolidação prática dos seus direitos no país, dentre elas a violência
contra o patrimônio, por omissão do poder público as quais apresentam
dados alarmantes de mortalidade por suicídio entre povos indígenas,
óbitos em crianças menores de 5 anos, tentativas de assassinatos,
homicídios e violência sexual.

Conclusões: Para que essas populações consigam atingir um patamar


de igualdade no que diz respeito a qualidade de vida, é necessário
respeitar às conquistas dos seus direitos, fator imprescindível para sua
sobrevivência. Assim, o Estado Brasileiro só alcançará um caráter justo
frente a essas questões, quando a justiça e os direitos humanos
tornarem-se prioridade no cumprimento das ações políticas destinadas
aos povos indígenas.

Palavras-chave: População Indígena; Saúde dos Povos Indígenas;


Violência Étnica; Vulnerabilidade.

¹ Graduandos em Enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia.


E-mail: jake071302@gmail.com

83
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADES DO TRABALHADOR RURAL FRENTE AO USO DOS


AGROTÓXICOS
Sávio Luiz Ferreira Moreira ¹
Mariana Alves Soledade de Jesus¹
Naiane Santos De Almeida ¹
Geisival Uhl Andrade¹
Diego Pires Cruz²
Randson Souza Rosa²

Introdução: No Brasil, cerca de 18 milhões de pessoas estão envolvidas


no trabalho rural, número que corresponde à 21,1% da população
economicamente ativa do país. O trabalhador rural enfrenta
vulnerabilidades pela falta de investimentos públicos e privados na
disseminação do conhecimento dos agravos ocasionados pelo uso dos
agrotóxicos.
Objetivo: Realizar uma revisão integrativa acerca do conhecimento do
trabalhador rural sobre os impactos causados pelo uso inadequado dos
agrotóxicos.
Metodologia: Revisão bibliográfica através da base de dados da
SciELO, na qual foram selecionados para a discussão do tema
abordado 6 artigos durante os meses de fevereiro e março de 2018.
Para a busca dos artigos foram utilizadas as Palavras-chave
“Agrotóxicos”, “Trabalhador rural”, “Saúde do trabalhador rural” com
auxílio dos operadores booleanos AND e OR.
Resultados e discussão: A maioria dos trabalhadores rurais manipula ou
já manipulou agrotóxicos de forma inadequada, resultando em danos
de intensidades variadas a saúde e/ou ao meio ambiente. Embora
saibam os riscos advindos do uso dos agrotóxicos, os trabalhadores
rurais os classificam como necessários a fim de manter e melhorar a
produtividade na agricultura.
Conclusão: O trabalhador rural está inserido em um contexto de
vulnerabilidades sociais e institucionais, onde muitos desses
trabalhadores desconhecem ou negligenciam as formas de prevenção
de agravos relacionado ao manuseio indevido dos agrotóxicos.
Portanto, faz-se necessário mais investimentos em educação em saúde,
como forma de conter o avanço de práticas errôneas no campo,
tendo como base políticas públicas de saúde efetivas, sendo capazes
de proteger o trabalhador rural em todas as suas dimensões.
Palavras-chave: Agrotóxicos; Trabalhador rural; Saúde do trabalhador
rural.

¹ Graduandos em Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste


da Bahia. E-mail: saviolfmoreira@gmail.com

² Enfermeiros, Mestrandos em Enfermagem e Saúde.

84
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE DE TRABALHADORES RURAIS E OS RISCOS DE


INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS – REVISÃO DE LITERATURA
INTEGRATIVA
Talita Brito Silva 1
Samilla Leal do Nascimento ¹
Givaní Moraes Santos ¹
Deisiane Silva Souza ¹
Renison Meira Trindade ²

Introdução: O Brasil está entre os maiores produtores agrícolas do


mundo moderno. Em decorrência disso, houve uso indiscriminado e
manipulação indevida de agrotóxicos na agricultura, acarretando
sérios problemas para a saúde humana sendo importantes fatores de
risco para males ocultos e silenciosos capazes de provocar lesões leves
e/ou câncer. Objetivo: Verificar na literatura principais fatores que
influenciam na saúde de agricultores que lidam com agrotóxicos.

Metodologia: Estudo realizado a partir de dados secundários


provenientes do levantamento bibliográfico das bases de dados da
Biblioteca Virtual de Saúde, Biblioteca Eletrônica Científica On-Line e
Sistema Online de Busca e Análise de Literatura. O período definido
para coleta foi de janeiro à março de 2018. Os critérios de inclusão
foram estudos disponíveis na íntegra realizados no Brasil e no Exterior que
abordassem a temática.

Resultado/Discussão: Foram encontrados 40 artigos e quando


encaixados nos critérios de inclusão, 22 constituiu a amostra. Estudos
revelam que a exposição exacerbada aos agrotóxicos implicam no
acometimento de sinais e sintomas agudos como: cefaleia, fraqueza,
irritação nos olhos, vertigem e visão turva. Essa exposição contínua
pode acarretar em lesões crônicas com potencial ao câncer. O meio
rural é o principal precursor, pois a maioria dos agricultores são do sexo
masculino e com baixo nível de escolaridade, o que impede a leitura
dos rótulos, desta forma não conhecem os riscos inerentes ao uso e
entram em contato com os agrotóxicos sem manuseio adequado, sem
Equipamento de Proteção Individual (EPI) completa e com pouco grau
de informação, e este é um dos maiores fatores de intoxicação.

Conclusão: Grande parcela dos agricultores demonstram nível de


conhecimento insatisfatório sobre o uso adequado de agrotóxicos e os
casos acometidos não são notificados por se assemelhar à outras
patologias. Nessa perspectiva, nota-se a necessidade de
esclarecimento sobre o manuseio correto e de capacitação dos
profissionais de saúde para uma melhor assistência e diagnósticos das
intoxicações.

Palavras-chave: Agrotóxicos; Fazendeiros; Sinais e sintomas.

85
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

1Graduanda do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do


Sudoeste da Bahia. E-mail: bs.talita@hotmail.com

2 Farmacêutico, Especialista em análises clínicas.

86
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

SEXUALIDADE E RELACIONAMENTO NA ADOLESCÊNCIA QUILOMBOLA –


UMA VISÃO DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE

Graziele Oliveira Santos1


Renata Sampaio Mattos1
Sabrina Maria José Novais Meira1
Renart Santos Costa2
Danielle Souto Medeiros3

Introdução: A sexualidade pode ser uma descoberta conflituosa para os


adolescentes por estar relacionada a muitos questionamentos e
inseguranças. Diante disso, é fundamental a sua abordagem no
ambiente escolar, porém isso se torna, algumas vezes, um desafio, haja
vista que, quando abordado este tema causa muita problematização.
Adentra-se neste campo a Educação Popular em Saúde, que com
abordagens horizontalizadas nas práticas educativas busca um espaço
dialógico e reflexivo.

Objetivo: relatar a experiência de extensionistas populares em grupos


sobre sexualidade com estudantes do 7º ao 9º ano do ensino
fundamental II em uma comunidade quilombola no ano de 2017.

Metodologia: As atividades educativas relatadas são integrantes do


projeto de extensão “Adolescer na Zona Rural: Educando os Pares”,
desenvolvido na Escola Municipal José Rodrigues do Prado, desde 2016,
localizada no distrito quilombola do Pradoso em Vitória da Conquista,
BA. As temáticas abordadas nas atividades foram escolhidas através de
levantamento com os adolescentes, sendo a sexualidade o assunto
mais relatado. Com o intuito de tornar a discussão aberta para que os
adolescentes pudessem expressar seus pensamentos, foram elaboradas
dinâmicas a serem discutidas em grupos, no qual os alunos participaram
ativamente além dos diálogos após as atividades.

Resultados: Os adolescentes demonstraram bastante interesse em


participar das dinâmicas e expor suas dúvidas e opiniões. A partir das
atividades foi possível discutir sobre o início da vida sexual na
adolescência e suas implicações, dificuldades e ausências de diálogo
sobre o referido tema com os pais. Houve também discussões a respeito
da forma como a sexualidade é vista entre os meninos e as meninas
pela sociedade.

Conclusão: Diante do contexto da sexualidade na adolescência, houve


a evidência de mudanças no discurso dos adolescentes comparado ao
ano anterior. O tema despertou também o interesse da escola, que
apoiou as atividades com a liberação de momentos durante as aulas
para a realização destas. As atividades levaram ao planejamento e
realização de um dia voltado às meninas e outro voltado aos meninos,

87
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

nos quais a sexualidade foi trabalhada aproveitando o espaço escolar


como oportuno para promover discussão e reflexão entre os mesmos.

Palavras-chave: Sexualidade; Adolescência; Quilombola;


Vulnerabilidade.

1Graduandas do curso de Enfermagem da Universidade Federal da


Bahia - IMS/CAT. E-mail: graziele.oliveira_dn13@hotmail.com.

2 Graduando do curso de Farmácia pela Universidade Federal da Bahia


- IMS/CAT.

3Doutora em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais,


e Docente Adjunta da Universidade Federal da Bahia - IMS/CAT.

88
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: USO ABUSIVO DE


DROGAS

89
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO À CRIANÇA E ADOLESCENTE EM USO DE


DROGAS ILÍCITAS

Rafael Gonçalves de Souza¹


Ana Flávia Vaz de Abreu¹
Bruna Linhares Maia Santos¹
Máira de Santana Castro¹
Flávia Pimentel Miranda²

Introdução: O uso abusivo de drogas é um grande problema de saúde


pública presente no Brasil, e vem crescendo exacerbadamente, além
de se tornar uma condição crônica e dependente. O consumo
excessivo dessas substâncias tornou-se importante fator de risco para
determinadas morbimortalidades, refletindo em incapacidade para
atividades diárias, implicações sociais e em menor tempo de vida para
os usuários.

Objetivo: Descrever a assistência do enfermeiro na atenção básica às


crianças e adolescentes em uso de drogas ilícitas.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada através das


bases de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO) e da
Literatura Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)
através dos descritores: “cuidados de enfermagem”, “criança”
“adolescente” e “drogas”. Os critérios de inclusão foram: estudos que
contemplassem a temática, disponíveis online, na íntegra, nos idiomas
português, inglês e espanhol, nos últimos 12 anos e critérios de exclusão,
artigos repetidos nas bases de dados, totalizando 10 estudos.

Resultados/Discussão: A assistência do enfermeiro descrita na literatura


foi: promover educação em saúde diante de vários aspectos,
trabalhando na prevenção principalmente em escolas; oferecer
suporte psicológico para os familiares; passar confiança ao usuário para
a formação de vínculo com o profissional; incentivar o indivíduo a aderir
ao tratamento, encaminhando se necessário, para outros profissionais
da equipe; realizar palestras educativas nas escolas para prevenção da
utilização das drogas; e fazer o encaminhamento desse paciente ao
Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Droga. Os resultados
encontrados nesse estudo referem ao uso de drogas como um reflexo
de vulnerabilidade social. Acredita-se que o início do uso abusivo de
drogas não acontece por acaso, podendo estar relacionado à falta de
estrutura familiar e à fuga do indivíduo perante os problemas sociais.

Conclusões: O enfermeiro tem grande potencial para prevenir,


reconhecer e auxiliar na condução dos problemas relacionados ao uso
abusivo de drogas. Entretanto destaca-se a necessidade de
estruturação e de fortalecimento de uma rede de assistência centrada

90
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

na atenção básica associada à rede de serviços de saúde e social,


enfocando a reabilitação e a reinserção social dos usuários de drogas.

Palavras Chave: Cuidados de enfermagem; Criança; Adolescente;


Drogas.

¹ Acadêmicos de Enfermagem da UNIFACS - Universidade


Salvador/Laureate International Universities. Salvador, Bahia/Brasil. E-
mail: rafaelgoncalves05@hotmail.com.

² Enfermeira. Mestra em Medicina e Saúde Humana. Professora


Assistente da UNIFACS – Universidade Salvador/Laureate International
Universities.

91
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

O PLANO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL COMO INSTRUMENTO DE REDUÇAO DE


DANOS PARA UMA GESTANTE EM USO ABUSIVO DE ALCOOL: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA

Daniela Borges1
Danilo Saback¹
Edivania Ferreira¹
Geovana Chaves¹
Jessica Mota¹

Introdução: O Plano terapêutico individual (PTS),è uma estratégia


inovadora, que personifica os princípios norteadores do sistema único
de saúde.

Objetivo: Descrever o PTS, desenvolvido por estudantes de


enfermagem, durante Estágio Curricular Supervisionado I, em uma
Unidade de Saúde da Família (USF), do distrito sanitário Cabula-Beirú,
para uma gestante com instabilidade afetiva em relação à gestação e
em uso abusivo de álcool.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de


experiência sobre o PTS desenvolvido para A.C.S. 26 anos, negra,
solteira, desempregada, com histórico obstétrico de três gestações
sendo, um aborto provocado, um parto há 10 anos e uma gestação
indesejada em curso. A escolha de A.C.S como alvo do PTS tornou-se
imperativa após a realização de consulta de pré-natal, onde os
estagiários de enfermagem observaram potenciais riscos de depressão
pós- parto e do desenvolvimento da síndrome de alcoolismo fetal (SAF).
O desenvolvimento do plano contou com a anuência de A.C.S. para
elaboração/implementação de atividades como: consultas estendidas
e multiprofissionais de pré-natal, acolhimento individualizado, visitas
domiciliares, ensaio fotográfico, reike, massoterapia,
fortalecimento/criação de rede de apoiadores, esclarecimentos sobre
legislação de doação da criança, e inserção em programas sociais,
além da vinculação a USF. O principal objetivo do plano foi reduzir ou
mitigar a ingesta alcoólica, e favorecer autonomia da mulher perante a
gravidez.

Resultados e Discussão: O PTS oportunizou para aos estagiários,


momentos únicos de reflexão e amadurecimento pessoal e profissional,
pois os colocou como agentes ativos na promoção do cuidado
integral. Viabilizou à participante o reconhecimento de sua
emancipação, percebendo-se com mulher fortalecida para a futura
maternidade.

Conclusões: O PTS foi benéfico para a formação dos futuros


enfermeiros, e principalmente para a aceitação e vinculação de A.C.S,

92
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

a criança, o que resultou na abstinência etílica ate o final da gestação


e no nascimento prematuro entretanto sadio do infante.

Palavras-chave: Álcool; Gestação; Redução de Danos.

¹ Graduanda em Enfermagem na Universidade do Estado da Bahia


(UNEB). E-mail: portodany@yahool.com.br

93
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

BIBLIOTERAPIA: SAÚDE MENTAL DOS USUÁRIOS DO CAPS – AD

Gloria de Fatima Lima dos Santos1


Isabel Priscilla dos Santos Guevara2
Karina Cerqueira Soares2
Rafaella dos Santos Lima 2
Tamiles Costa Ribeiro2

Introdução: Biblioterapia é a terapia através de livros e literaturas


diversas. Sendo já comprovado o seu efeito terapêutico na saúde
mental, torna-se necessário considerar a mesma como parte da
atenção ao usuário do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e
Drogas (CAPS-AD). Já que permite mecanismos de resiliência e melhoria
do prognóstico do paciente mediante um alívio interior e diminuição da
resistência psíquica.
Objetivo: Este estudo tem como objetivos analisar a promoção do bem-
estar físico e emocional dos usuários do CAPS AD por meio da
biblioterapia e refletir sobre a importância da mesma na
implementação do cuidado de Enfermagem.
Metodologia: Trata-se de relato de experiência, o qual se baseou na
interatividade, dada através da contação de histórias, realizadas no
CAPS AD do município de Ilhéus, BA, a partir do projeto “Integrando
saúde mental e saúde da família” e o projeto “Ler faz bem á saúde”.
Resultados e Discussão: Como resultado, compreendeu-se o valor da
biblioterapia como metodologia capaz de propiciar a pacificação das
emoções e o enfrentamento de problemas, permitindo a ampliação
das possíveis ações implementadas aos usuários do CAPS-AD. Através
da sua função terapêutica, é possível a imersão na sua própria psique,
permitindo, assim, a percepção de que há mais de uma resolução para
os seus desafios, além de estimular o exercício da cidadania e da
reinserção social, agindo em consonância com os objetivos do CAPS
AD, pois permite compreender, opinar, reivindicar, protestar e apreciar
o seu interior e o que o circunda.
Conclusão: Considerando a importância na atenção à saúde mental, a
Biblioterapia, por este viés, torna-se relevante, pois permite ao
enfermeiro (a) conhecer as diferentes formas de gerenciar o cuidado e
atender as necessidades dos usuários do serviço do CAPS- AD.
Palavras Chave: Drogas; cuidados de Enfermagem; Humanização.

¹ Docente do curso de Letras e orientadora do Projeto Ler faz bem à


saúde.
2 Discente da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, Ilhéus, BA. E-

mail: bebel-guevara@hotmail.com.

94
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PERFIL DAS INTERNAÇÕES POR USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO


ESTADO DA BAHIA, ENTRE OS ANOS DE 2008 – 2017

Quézia Soares Oliveira¹


Laíza Oliveira Araújo¹
Milla Marianne Santos Mendonça¹
Acássio Franco Gomes Ferreira²
Rosilande dos Santos Silva³
Lina Ribeiro Moura³

Introdução: O uso de álcool e outras drogas têm representado um


aumento crescente nas últimas décadas, retratando uma grave
doença social.

Objetivo: Descrever o perfil das intoxicações por uso de álcool e outras


drogas no estado da Bahia, entre os anos 2008 e 2017.

Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo, transversal, que utilizou


dados secundários do Sistema de Informação Hospitalares (SIH),
disponibilizados por meio do Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde (DATASUS). As variáveis analisadas foram: sexo,
cor/raça, faixa etária, substância química, média de internação e
desfecho óbito. Os dados foram analisados por meio de estatística
descritiva, utilizando o Programa Microsoft Office Excel, versão 2013.

Resultados e Discussão: Entre os anos 2008 e 2017, foram hospitalizados


2.028 indivíduos devido a auto-intoxicação pelo uso de álcool e 44
indivíduos devido ao uso de narcóticos e psicodislépticos. Quanto ao
uso do álcool, 81% foram envolvendo o sexo masculino de cor/raça
parda (62,5%), na faixa etária de 20 a 49 anos (66,2%), com média de
permanência hospitalar de 2,8 dias e desfecho óbito de 2,7%. Com
relação ao uso de narcóticos e psicodislépticos, 59,1% foram
envolvendo o sexo masculino, na faixa etária de 20 a 49 anos (45,5%),
com média de permanência hospitalar de 4,2 dias, sendo que 6,8%
foram a óbito. Em 63,6% não foi possível obter informação sobre a
cor/raça.

Conclusão: Entre os anos 2008 e 2017, houve mais internações


envolvendo o sexo masculino na faixa etária de 20 a 49 anos.

Palavras-chave: Epidemiologia; Internação; Álcool; Narcóticos.

¹ Graduanda em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual


do Sudoeste da Bahia (UESB). E-mail: keu_oliveira10@hotmail.com
² Graduando em Farmácia pela UESB
³ Enfermeira pela UESB

95
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

AÇÃO DE CONTROLE DE TABAGISMO E SAÚDE EM UMA INSTITUIÇÃO DE


ENSINO PÚBLICA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Marcos Gabriel de Jesus Bonfim¹


Thalia dos Santos Souza¹
Carolina Felizardo dos Santos de Olinda Cardoso¹
Lindineide Lima da Silva²

Introdução: O tabagismo vem se tornando um dos assuntos de grande


valia em discussões quando o tema é saúde, por ser a principal causa
de afecções evitáveis e incapacidades prematuras, e tendo sua prática
iniciada, por vezes, na adolescência. Segundo uma Pesquisa Nacional
de Base Populacional (PNSN) datada no ano de 1989, no Brasil, 2,7
milhões dos 30 milhões de adolescentes entre 10 e 19 anos, eram
fumantes, tornando-se assim uma das maiores ameaças à saúde
pública.
Objetivo: Descrever a experiência de uma roda de conversa acerca
dos malefícios do tabagismo para o público adolescente.
Metodologia: Trata-se de um relato de natureza descritiva sobre uma
ação direcionada aos estudantes de uma instituição da rede pública
de ensino que ocorreu no período de setembro de 2017, desenvolvida
em sala de aula por voluntários de um projeto de extensão.
Resultados e discussão: Percebeu-se durante a ação, que os alunos
possuíam experiências com o tabagismo, o que foi de grande
relevância para a observação de que há, ainda, uma problemática
envolvendo a abordagem dos riscos causados pelo uso do tabaco.
Outro fato pertinente é o contato destes menores ainda no âmbito
familiar com o cigarro. Embora haja políticas voltadas à proibição de
propagandas de cigarro, bem como a proibição de seu uso em locais
fechados, nota-se que existe uma forte influência por parte da cultura e
do convívio social destes indivíduos. Fato esse que denota ao fácil
acesso à substância, explicando assim os altos índices de adolescentes
fumantes.
Conclusões: Diante dos fatos apresentados, foi constatado que o uso
do tabaco na atualidade vem tomando grandes dimensões,
especialmente na fase da adolescência, causando um enorme
impacto na saúde pública.
Palavras chave: epidemia, tabaco, tabagismo, vulnerabilidade social.

¹ Graduando de Enfermagem – Universidade Salvador – UNIFACS. E-mail:


gabriel14bomfim@gmail.com

² Docente orientadora – Graduada em Enfermagem -Universidade


Salvador – UNIFACS.

96
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO CUIDADO AOS


USUÁRIOS DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ALCOOL E DROGAS:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Raquel dos Santos Damasceno¹


Ana Júlia Macedo Gualberto¹
Mariani de Jesus Santos¹
Hadassa Bastos Moreira¹
Nayara Mary Andrade Teles Monteiro²

Introdução: O uso excessivo de álcool e outras drogas têm se


constituído para a sociedade atual uma problemática complexa, no
qual tais substâncias carregam uma variedade de problemas de
natureza biopsicossocial. A inserção das práticas integrativas e
complementares nesse contexto fortalece a ideia de que o ser humano
é a junção do corpo, mente e o ambiente em equilíbrio. Algumas
dessas práticas visam prevenir e tratar através do equilíbrio das energias,
trazendo uma a visão holística e integral do ser humano.

Objetivos: Neste sentido, o presente trabalho objetivou compreender o


papel das práticas integrativas e complementares na promoção da
saúde e no autocuidado dos usuários do Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad).

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de


experiência, após realização da disciplina prática Farmacologia
Aplicada a Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz –
UESC, em um CAPSad, situado na cidade de Itabuna-Ba, no período de
novembro a dezembro de 2017.

Resultados e Discussão: Foram realizadas atividades recreativas de


caráter educativo com fins terapêuticos, como técnicas de
relaxamento corporal, musicoterapia, técnicas de automassagem,
dinâmicas em grupo, e um jogo de perguntas e respostas acerca das
drogas de abuso e substâncias psicoativas. Neste sentido, a principal
percepção que emergiu com o desenvolvimento desse trabalho foi a
sinergia entre farmacologia e as práticas integrativas e
complementares. Essas práticas proporcionam equilíbrio da mente e do
corpo, valorizando o indivíduo em sua integralidade e de acordo as
suas necessidades, corroborando com os preceitos do Sistema Único de
Saúde. Portanto, a ação substancial dessa simultaneidade se dá pela
necessidade dos indivíduos praticarem atividades que promovam o
equilíbrio, elevem o humor e o prazer, e ainda, que proporcionem o
alívio de dores físicas e sofrimentos mentais ocasionados tanto pela
rotina de tratamento quanto pelo estigma social que os cercam.

Conclusão: Desta forma, percebe-se a necessidade de novos olhares e


novos métodos de cuidado aos usuários de álcool e outras drogas,

97
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

destacando-se as Práticas Integrativas e Complementares, como um


instrumento para promoção da saúde do autocuidado ao usuário do
CAPSad.

Palavras Chave: Terapias Complementares; Promoção da saúde;


Integralidade em Saúde.

¹ Graduanda em Enfermagem; Universidade Estadual de Santa Cruz; E-


mail :raquel_damasceno10@hotmail.com

² Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio ambiente; Professora


Assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil.

98
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

INTERVENÇÕES EDUCATIVAS COM USUÁRIOS DE CAPSAD: UM RELATO DE


EXPERIÊNCIA

Ana Júlia Macedo Gualberto¹


Raquel dos Santos Damasceno¹
Nayara Mary Andrade Teles²

Introdução: O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas –


CAPSad tem por finalidade proporcionar ações preventivas e
terapêuticas, disponibilizando atendimento à população para redução
de danos, prestação de cuidados para desintoxicação ambulatorial
aos que necessitem, como também atividades que estimulem a
inserção na comunidade.

Objetivos: O presente trabalho objetiva relatar experiências de


atividades educativas e intervenções na reabilitação psicossocial de
usuários de um CAPSad.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de


experiência após realização da disciplina prática Farmacologia
Aplicada a Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz –
UESC, em um CAPS AD, situado na cidade de Itabuna-Ba, no período
de dezembro de 2017.

Resultados e discussões: Durante a prática foram realizadas algumas


intervenções educativas e recreativas. No primeiro momento, foi
realizada uma dinâmica inicial de integração com os usuários. Depois,
os usuários foram divididos em dois grupos, com ações simultâneas para
ambos. Um grupo foi direcionado para uma sala onde aconteceu um
jogo de perguntas e respostas sobre questões relacionadas a álcool e
drogas. Em outra sala aconteceu uma intervenção de práticas
integrativas e complementares com oferta de musicoterapia,
orientação para automassagem e momento de relaxamento. Depois
houve a permuta entre os dois grupos. No encerramento da atividade,
foram expostas mensagens motivacionais e de agradecimento, além
do oferecimento de um lanche. A experiência vivenciada durante a
prática nos mostrou a importância de realizar intervenções recreativas e
ocupacionais com objetivo terapêutico, pois observamos que estas
colaboraram para o alívio da ansiedade, partindo da interação e
envolvimento dos usuários.

99
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: As intervenções realizadas mostraram o quanto possuem


eficácia e a sua importância no tratamento, na inserção social e na
prevenção de recaídas. Reafirmamos, que as intervenções
desenvolvidas são essenciais para o tratamento e que se faz necessário
sua implantação nas atividades rotineiras do serviço.

Palavras Chave: Promoção da saúde; Educação em saúde; Saúde


mental.

¹ Graduanda em Enfermagem; Universidade Estadual de Santa Cruz; E-


mail : anajulimacedo3@gmail.com.

² Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio ambiente; Professora


Assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil.

100
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO PRIVADA


DE LIBERDADE

101
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

MULHERES EM CÁRCERE: UMA VISÃO ACERCA DAS IST’S

Júlia Maria Nascimento Penha1


Lavínia Oliveira Pinheiro2
Silane Lima Marques Prado Lima3

Introdução: O sistema prisional feminino desenvolveu-se mediante um


ajuste de projeto elaborado para o público masculino. Deste modo, as
políticas e infraestrutura masculinizadas, afetaram às demandas próprias
das mulheres. Através de pesquisas apontando o crescimento do
cárcere feminino, observa-se que esse advento requer estudo da
condição de saúde, principalmente no que tange às infecções
sexualmente transmissíveis (IST’s) para o conhecimento dessas
necessidades e construção de estratégias adequadas.

Objetivo(s): Analisar as prevalências de IST’s recorrentes nas


penitenciárias femininas e conhecer as estratégias necessárias para a
solução dos casos.

Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, baseada


em artigos online, que contemplam a temática, na base de dados
Scielo, encontrados a partir dos Descritores em Ciências da Saúde
(DECS): “Mulheres” AND “Prisões” AND “IST”.

Resultados e Discussão: Notou-se através de entrevistas e coleta de


dados provenientes dos artigos, o alto índice de infecções sexualmente
transmissíveis, prejudicando a integralidade física e emocional das
mulheres em cárcere, por insipiência e inexistência de assistência e
atendimento de qualidade para acondicionar esta saúde já debilitada
e agravada na colônia penal. A invisibilidade prisional feminina,
concomitantemente, com desestruturação familiar e socioeconômica,
coadjuva para a propagação dessas doenças dentro das prisões,
gerando mais reações insurgentes, prostituições e o uso exorbitante de
drogas.

Conclusões: Com a evidência científica dos crescentes números de


casos relacionados às IST’s, observa-se a importância do
estabelecimento de estratégias de acordo com o perfil populacional
de cada penitenciária. Ou seja, minimizar as vulnerabilidades

102
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

condizentes com o grau de conscientização sobre IST’s e contextos


biopsicossociais das mulheres.

Palavras-chave: Mulheres; Prisões; IST.

1Graduanda em enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste


da Bahia (UESB) – E-mail: juliapenha1@hotmail.com
2 Graduanda em enfermagem pela Universidade Jorge Amado
(UNIJORGE);
3 Graduanda em enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia
(UNEB).

103
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

DOENÇAS E AGRAVOS QUE MAIS ACOMETEM AS PESSOAS PRIVADAS DE


LIBERDADE NO BRASIL

Vaniele Pereira Sampaio¹


Geovana Magestade da Silva Bitencourt¹
Thárcia Oliveira Figueiredo¹
Laiza Carvalho Costa¹
Fabiana Barreto dos Santos¹
Rosilande dos Santos Silva²

Introdução: O Brasil comporta hoje 563.526 pessoas no sistema prisional


conforme Conselho Nacional de Justiça, 2014. Com a população em
sua maioria masculina, jovem e negra, o país representa atualmente um
dos maiores sistemas prisionais do mundo, caracterizado pela situação
precária, superlotação e condições desumanas expondo essa
população aos riscos de agravos e demais patologias.

Objetivo: O objetivo do trabalho é identificar quais as doenças e


agravos que acometem as pessoas privadas de liberdade.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura nacional


realizada em março de 2018, considerando os artigos publicados nas
bases de dados LILACS, SciELO e MEDLINE, no período de 2012 e 2018,
através da combinação dos descritores: “Prisioneiros” and “Doença”
and “Promoção da saúde”.

Resultados e discussão: Os artigos selecionados foram divididos em dois


grupos: agravos e doenças, contendo nestes os principais agravos e
doenças encontrados na literatura. Após avaliação dos artigos, foi
possível concluir que dentre os agravos a Tuberculose merece uma
consideração maior, visto que a população privada de liberdade
permanece em um ambiente insalubre que propicia a transmissão
bacteriana, e quanto as demais patologias foram encontradas
referências ao sistema nervoso e respiratório, tendo correlação com as
condições físicas, psíquicas e sociais aos quais os presidiários estão
submetidos sendo, muitas vezes, negado o acesso a saúde.

Conclusão: Reforçamos assim o papel do enfermeiro na promoção de


saúde da população privada de liberdade, alertando que seja
necessária uma ação multiprofissional e intersetorial para garantia do
direito aos mesmos.

Palavras-chave: Prisioneiros; Doença; Promoção da Saúde.

104
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

1Acadêmica em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual


do Sudoeste da Bahia. E-mail: vanni.sampaio@hotmail.com.

2 Enfermeira pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

105
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

SITUAÇÃO DA SAÚDE DA MULHER EM CÁRCERE PRIVADO

Tamiles Souza Oliveira¹


Gabriel Aguiar Nunes¹
Raiana Almeida Cardoso¹
Fernanda Luz Barros¹
Gabriele de Andrade Oliveira¹
Larissa Vasconcelos Santos¹

Introdução: A cada ano as mulheres representam um número mais


significante da população carcereira. Diante disso, a análise da
situação epidemiológica em relação às doenças de caráter feminino
requer uma atenção especial, pois, algumas doenças da população
feminina podem ser prevenidas ou mais facilmente tradadas se
descobertas com antecedência. Por conseguinte, é de grande
relevância pensar na condição de saúde das mulheres em cárcere
privado.

Objetivo: apresentar a importância dos cuidados com a saúde da


mulher em situação de cárcere privado.

Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada


entre os meses de Fevereiro e Março através da Biblioteca Virtual em
Saúde. Foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde:
“Doenças”, “Prisão”, “Saúde da mulher”, associados através do
operador booleano AND. Após execução dos critérios de inclusão: ser
artigo completo; disponibilidade em português; publicação entre os
anos de 2013 a 2017, e a posterior leitura dos artigos, obteve-se 13
estudos adequados à temática escolhida.

Resultados e Discussão: Os estudos indicaram a existência de


intervenções e cuidados com a saúde, no entanto, ainda em pequena
proporção, sendo necessário aderir condutas para agir de forma
vigorosa na promoção da saúde e qualidade de vida das detentas,
com incentivo em exames, educação e saúde e outros meios de
garantir seus direitos à saúde.

Conclusão: Em suma, sabe-se que os cuidados com a saúde da


população carcereira feminina direciona uma visão a cerca de garantir
as mulheres presas o seu direito enquanto ser humano que é o direito a
saúde, além de reduzir os índices de mulheres com doenças
característica do sexo feminino e mortes decorrentes dessas patologias,
mas, existem barreiras que precisam ser quebradas como à falta de

106
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

recurso e de planejamento organizacional e outras que impendem o


desenvolvimento de táticas para atender as necessidades da saúde da
mulher em cárcere privado.

Palavras-chave: Doenças, Prisão, Saúde da mulher.

1Graduandos em Enfermagem. Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia. E-mail: tamilesso@hotmail.com.

107
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE Á INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS ENTRE AS


MULHERES PRESIDIÁRIAS NUM CONJUNTO PENAL NO INTERIOR DA BAHIA

Brenda dos Santos Almeida1


Jany Sousa Silva1
Sara Santos Silva1
Vanuza Silva Campos1
Camila de Alcantara Lima2
Ariane Cedraz Morais3

Introdução: Historicamente, o sistema prisional foi marcado por


condições desumanas, regras punitivas, situações de maus tratos,
inexistência de políticas públicas especificas e violação dos direitos
humanos. Às mulheres presidiárias, além das situações acima
mencionadas, resta também a desconfiguração feminina de
maternidade, de docilidade, associada à imagem de transgressora e
“criminosa”. O aumento do número de mulheres no sistema presidiário
estimula a discussão e criação de políticas públicas e trazem à tona as
discussões de gênero, o problemas das presas gestantes, dos filhos e de
maior exposição e vulnerabilidade às infecções sexualmente
transmissíveis.

Objetivo: Identificar o perfil sociodemográfico e fatores determinantes


da vulnerabilidade à infecção sexualmente transmissível em mulheres
presidiárias.

Metodologia: Constitui-se num recorte de uma pesquisa intitulada


“Condições de vida e saúde de mulheres presidiárias num conjunto
penal no interior da Bahia”, um estudo epidemiológico, de cunho
quantitativo descritivo, de corte transversal, utilizado um questionário
fechado, com questões de múltipla escolha, respondido com a
presença da pesquisadora. A população de estudo foi composta por
102 internas. A pesquisa atendeu em todas as suas etapas de realização
a resolução 466/2012, e aprovado sob parecer do CEP/UFRB no.
934.910. Para a análise dos dados foi utilizado o SPSS versão 21.0.

Resultados: Evidenciou-se que as mulheres em situação de prisão neste


Conjunto Penal são essencialmente jovens, negras, com baixa
escolaridade, boa parte dona de casa e que ganhavam antes da
prisão até 01 salário mínimo, ou seja, revelam mulheres em condições
de vulnerabilidades sociais. Os dados apresentam precocidade da
primeira relação sexual, prática sexual desprotegida, uso de drogas,
tatuagens e piercings pelas presidiárias e suas parcerias, a ocorrência
108
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

de homo/bissexualidade entre as detentas, histórias de multiplicidade


de parceiros(as), alta fecundidade, com elevado número de
gestações, partos, abortos e número de filhos, desconhecimento sobre
as IST/HIV, configurando o perfil gineco-obstétrico destas mulheres além
de alta vulnerabilidade às IST/HIV/AIDS. Além da ocorrência de outras
doenças, registramos a prevalência de sífilis, leucorréia e candidíase,
que direcionam nosso olhar ao comportamento sexual deste grupo.

Conclusão: Este e outros estudos similares apontam fator de risco


aumentado em 40% para as detentas com permanência prolongada
no sistema prisional em contrair a infecção pelo vírus HIV,
demonstrando, a importância da implantação de medidas preventivas,
de tratamento e acompanhamento de DST/AIDS, além da necessidade
de ter instalações adequadas para o exercício sexual mais saudável nos
presídios femininos e possibilitar amplas discussões acerca das políticas
públicas de saúde para esta população.

Palavras-chave: Mulheres Presidiarias; Vulnerabilidade; Infecção


Sexualmente Transmissíveis.

1Estudantes de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual


de Feira de Santana (UEFS), bolsistas voluntários NEPEM. Email:
bsameilda@outlook.com;
2Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência. Graduada pela
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB);
3 Professora Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana
(UEFS), Mestre em Saúde da Mulher. Enfermeira Obstetra, pesquisadora
do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher (NEPEM).

109
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

NASCIMENTO NO CÁRCERE

Ravena Santos de Souza¹


Juliana Barbosa dos Santos¹
Denise Santana Silva dos Santos²
Climene Laura de Camargo³
Tânia Christiane Ferreira Bispo4

Introdução: O número de crianças que nascem e crescem no contexto


do cárcere tem aumentado proporcionalmente ao aumento do
número de mulheres em idade fértil que vivenciam situação de prisão
nos últimos anos. No Brasil, uma pesquisa nos presídios femininos no
período de 2012 à 2014 revelou que mais de 200 crianças nasceram e
conviveram com suas mães nos primeiros seis meses de vida na prisão.

Objetivo: Descrever o relato de experiência da realização de uma


oficina de Educação e Saúde com mulheres e filhos em privação de
liberdade.

Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre a


Oficina de Educação e Saúde com a temática “Principais cuidados
com neonatos e lactentes” realizada no Conjunto Penal Feminino em
Salvador- Ba, Brasil. As participantes foram 03 puerpéras e seus filhos e 02
gestantes em privação de liberdade. A oficina ocorreu no mês de
outubro de 2017 com duração de 1 h e 10 min e foram utilizados como
recurso um boneco para demonstração dos cuidados, papel metro
com cartazes informativos, cartolina, piloto.

Resultados: A oficina “Principais cuidados com neonatos e lactente” faz


parte das Ações de Educação em Saúde realizadas pelo Projeto de
Pesquisa Ser Mulher, estar grávida e presidiária: difíceis caminhos
realizado no Conjunto Penal Feminino, favorecendo o processo de
integração das crianças com suas mães encarceradas além de
possibilitar a criação de espaços educativos. O primeiro momento foi de
aproximação com as puerpéras e gestantes através de dinâmica de
interação com balões. Após isso, foi demonstrado com o boneco os
principais cuidados a criança, tais como cuidados no banho, limpeza
do coto umbilical, cuidados com a pele da criança, prevenção das
dermatites de fralda. Foi observado na fala das participantes os
problemas estruturais do presídio e suas interferências no cuidado a
criança, tais como a limpeza do ambiente carcerário, a superlotação,
celas quentes e úmidas o que eleva a propensão para contaminação
por doenças infecto-contagiosas. Foi evidenciado também problemas
110
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

relacionados a dificuldades na aquisição da alimentação


complementar para as crianças que não estão em aleitamento
exclusivo.

Conclusão: Ressalta-se a importância de ações de educação em


saúde a promoção do cuidado infantil e controle do ambiente
insalubre dos cárceres. Este ambiente expõe à criança a condição de
vulnerabilidade individual, social e programática perpetuando a assim
as mazelas do sistema prisional, tão excludente e punitivo.

Palavras-chave: Nascimento; Criança; Prisões.


1Graduanda de Enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia -
UNEB. Email: ravenasouza13@gmail.com.

² Doutoranda em Enfermagem (UFBA), Mestrado em Enfermagem


(UFBA), Professora de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia
e Orientadora.
3 Pós Doutora em Sociologia da Saúde (Universidade
Descartes/Sorbonne), Doutorado em Saúde Pública (USP), Professora de
Enfermagem na Universidade Federal da Bahia e Orientadora.
4 Pós Doutora em Saúde Coletiva (ISC/UFBA), Doutorado em Saúde
Pública (ISC/UFBA), Mestrado em Enfermagem (UFBA), Professora em
Enfermagem na Universidade do Estado da Bahia e Orientadora.

111
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PERCEPÇÃO DISCENTE NA REALIZAÇÃO DE OFICINA COM MULHERES EM


SITUAÇÃO DE PRISÃO

Erika Santana Pereira1


Rebeca Figueiredo de Campos Dias1
Rosana de Lima Souza1
Denise Santana Silva dos Santos2
Tânia Christiane Ferreira Bispo2

Introdução: As mulheres constituem um percentual cada vez mais


significativo na população privada de liberdade, estas em sua maioria,
inseridas em situação prévia de vulnerabilidade, caracterizando-se por
jovens, solteiras, com filhos, baixo nível de escolaridade e renda familiar
precária.

Objetivo: Relatar a percepção das discentes de Enfermagem na


realização de uma oficina de maquiagem com mulheres em situação
de prisão.

Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre a


visita ao Conjunto Penal Feminino de Salvador, onde foram realizadas
uma oficina de maquiagem e limpeza de pele para as mulheres em
situação de prisão, uma dinâmica de grupo e atividade de dança e
desfile em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. As
participantes foram 30 mulheres em privação de liberdade. A oficina
ocorreu no dia 6 de março de 2018 com duração de 1 h e 30 min.

Resultados: De imediato, a imagem previamente formada pelas


discentes sobre a mulher em situação de prisão foi desconstruída.
Percebemos que as mulheres ali presentes são jovens, de maioria negra,
inseridas no contexto de vulnerabilidade social, vaidosas e ainda que,
com recursos limitados, prezam por manter a boa aparência. A falta de
acesso a itens simples do cotidiano como espelhos e cosméticos em
embalagens plásticas convencionais, e padronização de vestimenta
através do fardamento nos fez perceber que além da privação do
direito de ir e vir existe um processo de despersonalização que prejudica
a expressão da identidade daquela mulher. O interesse e receptividade
por parte das mulheres ali presentes com as atividades propostas, bem
como com os diálogos ali estabelecidos nos permitiu vivenciar uma rica
troca de saberes e uma vivência que jamais será esquecida, tecendo
um cuidado para além do biológico ao proporcionar um momento de
socialização e lazer para essa população.

112
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: A realização das oficinas de maquiagem e limpeza de pele


proporcionaram às mulheres em situação de prisão um breve momento
de valorização da imagem feminina, como forma de comemorar ao
Dia Internacional da Mulher. Ao mesmo tempo que quebrou
paradigmas relacionadas à imagem daquelas mulheres por parte das
discentes de enfermagem, agregando um rico aprendizado para a
formação profissional.

Palavras-chave: Vulnerabilidade; Saúde da Mulher; Prisões.


1 Graduandas em Enfermagem pela UNEB (contato do relator):
rosanalima.rls@gmail.com – (71) 98260-3757)
2 Docentes do Curso de Enfermagem da UNEB

113
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EMPODERAMENTO FEMININO COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA


AUTOESTIMA EM MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Alana Leite Santana1


Mayana Bonfim Ferreira1
Tânia Christiane Ferreira Bispo2

Introdução: O Brasil possui a quinta maior população prisional feminina


do mundo e a quarta maior de forma geral, quando contabilizado
homens e mulheres, avaliando o perfil dessas mulheres, verifica-se que
cerca de 50% possui até 29 anos de idade, sua maior parte estão presas
por envolvimento com o tráfico de drogas, sob regime fechado, são
negras, solteiras, mães, possuem baixa escolaridade e baixo nível
socioeconômico (BRASIL,2014).

Objetivo: Esclarecer a importância do empoderamento feminino para


mulheres em situação de prisão.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de uma oficina cujo


o tema “Empoderamento Feminino” organizada e executada por
graduandos de enfermagem do projeto de pesquisa “Ser mulher, estar
gravida e presidiaria: difíceis caminhos” do grupo de pesquisa Núcleo
de Pesquisa Interfaces em Saúde – NUPEIS, realizada em março de 2018
no Conjunto Penal Feminino da cidade de Salvador/BA. foi utilizada
metodologias participativas que propiciou a participação das mulheres
com dinâmicas de apresentação, oficina de limpeza de pele e
maquiagem estimulando a autoestima destas com a participação de
30 mulheres.

Resultados e discussões: Quando questionadas sobre o significado do


empoderamento feminino, algumas mulheres discorreram sobre o tema
e outras associaram ao feminismo, relataram que trata-se de uma luta
pelo diretos das mulheres na sociedade quebrando padrões imposto
pela sociedade.

Conclusão: Os resultados evidenciaram que faz se necessária a


discussão da temática para as mulheres em situação de prisão,
levando-as a refletirem sobre a importância do seu empoderamento na
sociedade. Desta forma, essas ações promovem e ampliam as
discussões sobre a temática. e contribuem para elevar a autoestima
destas no contexto prisional.

114
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras chaves: Autoimagem; Estigma social; Saúde da mulher;


Vulnerabilidade social;
1Acadêmicas do curso de bacharelado em enfermagem do Centro
Universitário Jorge Amado e membro do Núcleo de Pesquisa Interfaces
em Saúde - NUPEIS. E-mail: alana.leite06@gmail.com
2Enfermeira, doutora, Pós-doutora em Saúde Coletiva, Líder do grupo
de pesquisa NUPEIS- Núcleo de pesquisa Interfaces e Saúde, professora
adjunta do Centro Universitário Jorge Amado e UNEB

115
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

OFICINA DE MAQUIAGEM EM MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO:


RELATO DE EXPERIÊNCIA

Rita de Cássia de Jesus Almeida1


Iandra Barros de Sá Moreira 1
Renata Barbosa Fonseca1
Denise Santana Silva dos Santos2
Tânia Christiane Ferreira Bispo2

Introdução: A prisão tem um papel de isolamento sendo um mecanismo


de punição. As mulheres são vedadas de algumas formas de expressão
da sua feminilidade como o uso de maquiagem, adornos entre outros,
atenuando sua despersonalização, impactando na sua autoestima.

Objetivo: Descrever a experiência da realização de oficinas de


maquiagem e limpeza de pele em mulheres em situação de prisão
voltada para a promoção da autoestima.

Método: Trata -se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência,


que aconteceu em Março de 2018, em homenagem ao Dia
Internacional das Mulheres, na Penitenciária Feminina, localizada no
Complexo Penitenciário Lemos de Brito, na cidade de Salvador- Ba, sob
a forma de oficinas de maquiagem e limpeza de peles. Participaram da
ação 30 internas com duração de três horas.

Resultados: os estudantes se subdividiram em dois grupos e foram


montadas duas estações. Para cada estação foram distribuídas fichas
com cores diferentes, sendo a cor azul para limpeza de pele e a cor
vermelha para maquiagem. A primeira estação que correspondeu a
limpeza de pele, as estudantes realizaram nas mulheres a higienização
da pele com loções de limpeza desengordurantes, seguida de
microesfoliação e aplicação de substâncias calmantes e hidratantes.
Após o término da limpeza de pele, elas receberam dicas sobre os
diferentes pincéis, sombras, rímel e batons e o seu uso, instruções de
como fazer uma boa maquiagem, trabalhando a aparência,
recuperando a motivação e a autoestima. Muitas internas interagiram
opinando e escolhendo as cores da maquiagem. Durante a oficina elas
puderam expressar seus sentimentos com relação ao toque da pele pós
limpeza de pele, aumentando sua autoestima e seu cuidado para com
a pele, além de tirar o foco da situação em que se encontram,
resgatando por alguns instantes a feminilidade, leveza e descontração,
estimulando as relações interpessoais. Até as mais resistentes se
renderam a mudança no visual expressando um largo sorriso.
116
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: simples atitudes e momentos como estes podem melhorar a


qualidade de vida e a autoestima em um ambiente tão tenso,
devolvendo um pouco de dignidade e acolhimento para essas reclusas.

Palavras-chave: Prisão, mulheres, beleza.


1 Discentes do Curso de Enfermagem da UNEB. E-mail:
cassiaalmeida81@gmail.com
2 Docentes do curso de Bacharelado em Enfermagem da UNEB.

117
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

DESFILE INFANTIL EM UM ABRIGO PARA CRIANÇAS COM MÃES EM


SITUAÇÃO DE PRISÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Juliana Barbosa dos Santos¹


Ravena Santos de Souza¹
Denise Santana Silva dos Santos²
Tânia Christiane ferreira Bispo3

Introdução: A autoestima reflete em um expressivo número de fatores:


auto-aceitação, valorização do outro, projeção de expectativas,
enfrentamento de diferentes situações e eventos da vida, influenciando
inclusive no fator saúde através da afetividade, interação social e
condição psicológica do indivíduo. Diante da ciência de que a
autoestima tem fundamental importância para o desenvolvimento
infantil e visto que a infância e adolescência são fases do
desenvolvimento humano que preparam o individuo para a vida
adulta, o grupo de pesquisa “O brincar e o desenvolvimento infantil na
casa de acolhimento do complexo penitenciário” promoveu um desfile
infantil em um abrigo, localizado na cidade de cidade de Salvador,
Bahia, que acolhe crianças e adolescentes com mães em situação de
prisão.

Objetivo: Relatar a experiência da organização e participação um


desfile infantil promovido em uma casa de acolhimento infantil de um
complexo penitenciário localizado em Salvador-BA.

Resultados e Discussão: Para a realização do desfile, o grupo


confeccionou faixas e coroas em papel para as crianças. Além da
distribuição dos acessórios, as músicas infantis também foram inseridas
para descontrair o ambiente e deixar as crianças mais confiantes para
desfilar. Os integrantes do grupo de pesquisa foram os moderadores do
desfile e o conduziram, além de registrar o momento com fotos. A
maioria das crianças mostrou-se tímida para desfilar, sendo necessário
que em certos momentos as moderadoras do grupo as acompanhasse
no desfile. Ao final, algumas recusaram-se a desfilar, mas a maioria
interagiu com os demais e desfilou, como foi proposto iniciamente a
elas.

Conclusões: A proposta do desfile foi alcançada com o auxílio das


monitoras, diante da retração da maioria das crianças diante do
convite para desfilar. Isso pode denotar uma baixa autoestima, fator
que compromete o seu adequado desenvolvimento infantil. Contudo,

118
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

foi possível notar que com um estímulo inicial é possível estimular a


autoconfiança para encorajá-las a tomar iniciativas necessárias para o
seu desenvolvimento.

Palavras-chave: Criança; Desenvolvimento infantil; Prisões.

¹ Graduandas de Enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia -


UNEB. Email: srta.jullybar@yahoo.com.br.
2 Doutoranda em Enfermagem (UFBA), Mestrado em Enfermagem
(UFBA), Professora de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia
e Orientadora.
3 Pós Doutora em Saúde Coletiva (ISC/UFBA), Doutorado em Saúde
Pública (ISC/UFBA), Mestrado em Enfermagem (UFBA), Professora em
Enfermagem na Universidade do Estado da Bahia e Orientadora.

119
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

CONSTRUÇÃO DE ENFEITES NATALINOS PARA ÁRVORE DE NATAL EM UMA


CASA DE ACOLHIMENTO INFANTIL PARA FILHOS DE MÃE EM SITUAÇÃO DE
PRISÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Juliana Barbosa dos Santos¹


Ravena Santos de Souza¹
Denise Santana Silva dos Santos²
Tânia Christiane ferreira Bispo3

Introdução: A constituição do sujeito a partir da sua subjetivação


implica na passagem pela infância e automaticamente com a
associação que ele faz com o mundo real estando inserido em um
determinado contexto histórico, espaço social e em uma determinada
cultura. O espaço retratado nesse estudo é um abrigo, localizado na
cidade de cidade de Salvador, Bahia, que acolhe crianças e
adolescentes com mães em situação de prisão, lócus de ação do
grupo de pesquisa “O brincar e o desenvolvimento infantil na casa de
acolhimento do complexo penitenciário”. Considerando esse espaço
um cenário para o desenvolvimento de vários sujeitos, em alusão ao
Natal, o grupo propôs uma oficina para a confecção de enfeites
natalinos para árvore de natal com materiais recicláveis com o objetivo
de estimular esse desenvolvimento.

Objetivo: Relatar a experiência na confecção de enfeites natalinos


para árvore de natal em uma casa de acolhimento infantil de um
complexo penitenciário localizado em Salvador-BA.

Resultados e Discussão: Para o início da oficina, uma árvore levada pelo


grupo de pesquisa foi montada sem enfeites e as monitoras do grupo
convidaram as crianças para confeccionar os enfeites natalinos,
explicando o que era reciclagem de materiais. Todas as crianças
aceitaram e mostraram interesse no desenvolvimento da atividade.
Assim, com o auxílio das monitoras, foram confeccionados enfeites
natalinos como meias, biscoitos natalinos, papai noel, sinos, anjos, todos
confeccionados com papelão e garrafa pet. Todas as crianças
presentes no momento se envolveram e participaram da oficina,
desenvolvendo sua habilidade motora e criatividade. Após o término
da oficina houve momento para o lanche e a entrega dos presentes.

Conclusões: A atividade teve uma excelente aceitação das crianças e


proporcionou, por trás de um momento de lazer, o estímulo as suas

120
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

habilidades motoras e cognitivas, através da interação com outros


sujeitos e exercício da criatividade.

Palavras-chave: Desenvolvimento infantil; Prisões; Construção com


Material Reciclado.

¹ Graduandas de Enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia -


UNEB. Email: srta.jullybar@yahoo.com.br.
2 Doutoranda em Enfermagem (UFBA), Mestrado em Enfermagem
(UFBA), Professora de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia
e Orientadora.
3 Pós Doutora em Saúde Coletiva (ISC/UFBA), Doutorado em Saúde
Pública (ISC/UFBA), Mestrado em Enfermagem (UFBA), Professora em
Enfermagem na Universidade do Estado da Bahia e Orientadora.

121
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ATENÇÃO À SAÚDE ÀS GESTANTES EM CÁRCERE PRIVADO

Marta de Brito Nascimento1


Laís Silva dos Santos1
Diego Micael Barreto Andrade2

Introdução: Segundo a Constituição de 1988, as pessoas em cárcere


privado têm direito à assistência à saúde associado a um Plano
Nacional à Saúde do Sistema Penitenciário (PNSSP) desde 2003 através
da parceria Ministério da Justiça e da Saúde. Entre as ações específicas
do PNSSP as mulheres têm direito ao acompanhamento pré-natal
assistência ao parto, puerpério, controle de câncer do colo do útero e
de mamas, tratamento as Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST,
anticoncepção e imunização. O acesso à informação as mulheres
presidiárias é mais difícil e ainda enfrentam preconceitos devido à
exposição social.

Objetivo: Conhecer atenção à saúde às gestantes em cárcere privado.

Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura


realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
Scientific Electronic Library Online (SCIELO) a partir dos descritores:
“Gestantes”, “Atenção à saúde”, “Cárcere”, em de março de 2018. Os
critérios de inclusão foram artigos completos publicados em língua
portuguesa, publicados entre os anos de 2014 a 2018.

Resultados e Discussão: Estudos afirmam que se trata de uma


população marginalizada e estigmatizada pelo preconceito, que por
vezes, apresentam baixo nível socioeconômico e desconhecem seus
direitos mediante ao sistema prisional. As gestantes vivenciam a falta de
assistência pré-natal, que repercutem no momento do parto com a
presença de complicações, tais como, eclampsia, infecções
sexualmente transmissíveis, que poderiam ser identificados previamente.
Além disso, os presídios não possuem estrutura que propiciem uma
gestação saudável, permitindo que muitas gestantes durmam em
colchões no chão, sem uma alimentação adequada, além do mais,
ausência do apoio dos familiares. Os momentos de risco tanto para
gestante e o bebê são os do parto, trabalho de parto e nas primeiras
horas pós- parto devido o risco de hemorragia puerperal, podendo
acarretar danos incapacitantes e óbito, o que evidencia uma baixa
qualidade a atenção à saúde a esse público por não ter assistência
que a prepare para esse momento.

122
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusões: Portanto, a situação das gestantes em cárcere privado


pode causar danos materno–fetal devido à precarização da assistência
a saúde, além de poder afetar o psicológico dessas mães mediante sua
situação.

Palavras-chave: Gestantes; Atenção à Saúde; Cárcere.


1Acadêmica de Enfermagem. Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia. Jequié – Bahia. E- mail: marta.brito72@outlook.com.
2Enfermeiro. Mestre em Ciências da Saúde. Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia. Jequié – Bahia.

123
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

A VULNERABILIDADE DE VIVENCIAR A INFÂNCIA NO CÁRCERE: UMA


REVISÃO SISTEMÁTICA

Carolina Andrade Costa1


Denise Santana Silva dos Santos2
Climene Laura de Camargo3
Silas Ricarti Moniz Pacheco Lima4

Introdução: O contexto cárcere, vivenciado por crianças ainda nos


primeiros meses de vida é um paradoxo sobre o conceito social da
infância, desenvolvido desde o século XVII, bem como da proteção
legal no século XX. O contexto prisional expõe a criança a diversos
fatores negativos para o seu crescimento e desenvolvimento, porém, é
melhor conviver nesse sistema, do que privar a criança do convívio com
a figura materna.

Objetivo: Analisar a questão da criança no cárcere descrito pela


literatura científica no período de 2012 a 2016.

Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura,


orientada pelos descritores “criança”, “prisões”, “saúde pública”,
“maternidade” e “vulnerabilidade”. A busca dos artigos foi realizada em
05 bases de dados eletrônicos acessados através da Biblioteca Virtual
em Saúde: Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line
(MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Onlino (SciElo), Index
Psicologia - Periódicos técnico-científicos e Base de dados em
Enfermagem (BDENF). Foram selecionados 20 artigos que aderiam à
temática e aos critérios de inclusão. Os dados foram analisados e
apresentados em categorias diferentes.

Resultados: Após a análise foram delineadas em categorias: O cárcere


como local de vulnerabilidade; A infância e a violação dos direitos e
Repercussões do cárcere no desenvolvimento infantil; e o papel da
enfermagem no mesmo.

Conclusão: É de total necessidade uma atenção maior a criança que


vivencia o cárcere nos primeiros meses da sua vida, pois, o ambiente do
sistema prisional exerce influência negativa no crescimento e
desenvolvimento infantil.

Palavras-chaves: Criança; Prisões; Saúde Pública; Maternidade;


Vulnerabilidade.

124
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

1Graduanda de enfermagem da Universidade do Estado da Bahia. E-


mail: enf.carolinacosta@gmail.com
2 Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem. Mestra em Enfermagem.
Especialista em Neonatologia.
3Enfermeira PHD em Sociologia da Saúde. Doutora em Saúde Pública.
Mestra em Enfermagem.
4 Enfermeiro graduado pela Universidade do Estado da Bahia.

125
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VALORIZANDO O FEMININO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO: UM


RELATO DE EXPERIÊNCIA

Carolina Andrade Costa1


Jordan Santos de Jesus1
Tainara dos Santos Pereira1
Tânia Christiane Ferreira Bispo2
Denise Santana Silva dos Santos3

Introdução: O sistema prisional brasileiro é caracterizado pela


desestruturação e abandono, colocando aqueles que o acessam em
situação de vulnerabilidade e, por conseguinte de invisibilidade. A
realidade se intensifica quando os estabelecimentos se destinam as
mulheres, revelando a desigualdade de gênero da sociedade brasileira.
Muitos são os relatos de maus tratamentos, além do enfrentamento do
estigma da sociedade.

Objetivo: Relatar a experiência sobre uma oficina com a temática


valorizando o feminino de mulheres em situação de prisão.

Metodologia: É um estudo descritivo do tipo relato de experiência,


desenvolvido como atividade do projeto de pesquisa: Ser Mulher, estar
grávida e em situação de prisão: difíceis caminhos, por discentes de
enfermagem em uma oficina sobre a valorização do feminino, realizada
em um Conjunto Penal Feminino em Salvador, Bahia.

Resultado/Discussão: A oficina foi realizada com aproximadamente 25


mulheres em situação de prisão. Inicialmente foi promovido um diálogo
com elas a respeito do conhecimento sobre empoderamento e
empoderamento feminino. Logo após foram realizadas as dinâmicas,
uma constituída por uma caixa com mensagens motivacionais, no qual
cada mulher recebeu e leu em voz alta para refletir com o grupo. A
segunda dinâmica foi elaborada com imagens de diversos estereótipos
de mulheres e foi questionado a elas o que achavam sobre essa
diversidade feminina. Em seguida, foi apresentado uma dança do estilo
estileto e em paralelo, foi realizada massoterapia, no qual foi houve
interações entre os participantes.

Conclusão: A oficina permitiu uma interação singular com as mulheres a


partir das dinâmicas estabelecidas visando à melhoria da autoestima e
do convívio entre as mulheres em situação de prisão.

Palavras-Chave: Mulheres, Saúde, Autoimagem.

126
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

1Graduandos de enfermagem da Universidade do Estado da Bahia. E-


mail: enf.carolinacosta@gmail.com
2 Enfermeira PHD em Saúde Coletiva, Mestra em Enfermagem na
Atenção à Saúde da Mulher. Professora adjunta da UNEB.
3 Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem. Mestra em Enfermagem.
Especialista em Neonatologia.

127
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE PRISÃO


NO ÂMBITO HOSPITALAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Letícia Beatriz Rodrigues Ferreira1


Iandra Barros de Sá Moreira2
Lorena Agnes Carvalho Barros¹
Vanessa Dias Lopes1
Tânia Christiane Ferreira Bispo3

Introdução: O sujeito que comete ato infracional, crime ou delito


dependendo da gravidade do fato, terá que prestar contas para a
justiça. No Brasil uma das formas de se responsabilizar alguém que
cometeu crime é a detenção, ou seja, a privação da liberdade de ir e
vir. O Ministério da Saúde, em ação integrada com o Ministério da
Justiça, elaborou o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário
(PNSSP), instituído pela Portaria Interministerial no 1.777, de 09 de
setembro de 2003, que prevê a inclusão da população penitenciária no
SUS, garantindo que o direito à cidadania se efetive na perspectiva dos
direitos humano.

Objetivo: Relatar as experiências vividas sobre a assistência de


enfermagem aos privados de liberdade a nível hospitalar.

Metodologia: Trata -se de um estudo descritivo do tipo relato de


experiência, do estágio extracurricular realizado em um hospital público
na cidade de Salvador-BA, no ano de 2017.

Resultados: A equipe de enfermagem, representada por enfermeiros,


técnicos e estagiários de enfermagem enfrentam diversas dificuldades
no atendimento aos pacientes privados de liberdade, como por
exemplo, o fato dos pacientes estarem algemados à cama, limitando a
prestação de cuidados aos mesmos. Além dos obstáculos operacionais,
existem também os aspectos emocionais do profissional de saúde,
incluindo o medo e o preconceito. Muitos dos pacientes nesta situação
negam-se a tomar medicações, realizar cuidados como tomar banho,
aferir sinais vitais, dentre outros e, além disso, são ríspidos com os
profissionais. A partir dessa negativa, surge o receio em atender essa
população.

Conclusão: Apesar de existir uma resolução que recomenda que não


sejam utilizadas algemas em presos que permaneçam em unidades
hospitalares, essas algemas são justificadas por razões de segurança. É
importante ressaltar que apesar de o paciente estar privado de

128
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

liberdade, ele não está privado dos seus direitos, portanto é necessária
uma abordagem melhor do tema tanto durante a graduação de
enfermagem, quanto em educação permanente com os profissionais
de saúde para lidar com a situação no ambiente hospitalar, assim
como a criação de políticas públicas em saúde. Apesar dos avanços
ainda existem muitos desafios relacionados à humanização da saúde
ao paciente em situação de vulnerabilidade. A escassez de trabalhos
científicos justifica a importância de se continuar estudando o sobre o
tema.

Palavras-chave: Enfermagem, Prisão, Vulnerabilidade.


1Graduanda de Enfermagem do Centro Universitário Jorge Amado | E-
mail: leticiaferreira8@hotmail.com
2 Graduanda de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia
(UNEB)
3Enfermeira, doutora e pós-doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de
Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Professora da
Universidade do Estado da Bahia e do Centro Universitário Jorge
Amado.

129
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ATENÇÃO À SAÚDE ÀS GESTANTES EM CÁRCERE PRIVADO

Marta de Brito Nascimento1


Laís Silva dos Santos¹
Diego Micael Barreto Andrade²

Introdução: Segundo a Constituição de 1988, as pessoas em cárcere


privado têm direito à assistência à saúde associado a um Plano
Nacional à Saúde do Sistema Penitenciário (PNSSP) desde 2003 através
da parceria Ministério da Justiça e da Saúde. Entre as ações específicas
do PNSSP as mulheres têm direito ao acompanhamento pré-natal
assistência ao parto, puerpério, controle de câncer do colo do útero e
de mamas, tratamento as Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST,
anticoncepção e imunização. O acesso à informação as mulheres
presidiárias é mais difícil e ainda enfrentam preconceitos devido à
exposição social.

Objetivo: Conhecer atenção à saúde às gestantes em cárcere privado.

Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura


realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
Scientific Electronic Library Online (SCIELO) a partir dos descritores:
“Gestantes”, “Atenção à saúde”, “Cárcere”, em de março de 2018. Os
critérios de inclusão foram artigos completos publicados em língua
portuguesa, publicados entre os anos de 2014 a 2018.

Resultados e Discussão: Estudos afirmam que se trata de uma


população marginalizada e estigmatizada pelo preconceito, que por
vezes, apresentam baixo nível socioeconômico e desconhecem seus
direitos mediante ao sistema prisional. As gestantes vivenciam a falta de
assistência pré-natal, que repercutem no momento do parto com a
presença de complicações, tais como, eclampsia, infecções
sexualmente transmissíveis, que poderiam ser identificados previamente.
Além disso, os presídios não possuem estrutura que propiciem uma
gestação saudável, permitindo que muitas gestantes durmam em
colchões no chão, sem uma alimentação adequada, além do mais,
ausência do apoio dos familiares. Os momentos de risco tanto para
gestante e o bebê são os do parto, trabalho de parto e nas primeiras
horas pós- parto devido o risco de hemorragia puerperal, podendo
acarretar danos incapacitantes e óbito, o que evidencia uma baixa
qualidade a atenção à saúde a esse público por não ter assistência
que a prepare para esse momento.

130
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusões: Portanto, a situação das gestantes em cárcere privado


pode causar danos materno–fetal devido à precarização da assistência
a saúde, além de poder afetar o psicológico dessas mães mediante sua
situação.

Palavras-chave: Gestantes; Atenção à Saúde; Cárcere.

¹ Acadêmica de Enfermagem. Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia. Jequié – Bahia. Email: marta.brito72@outlook.com.

² Enfermeiro. Mestre em Ciências da Saúde.

131
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

EIXO TEMÁTICO: POPULAÇÃO IDOSA

132
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADES NA VELHICE: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA


INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Tamiles Souza Oliveira1


Lina Ribeiro Moura 2
Viviana Batista Viana 2
Gabriela de Freitas Cardoso 2
Osiane Silva da Hora 2
Rosilande dos Santos Silva 2

Introdução: Atualmente o país conta com composição populacional


adulta/idoso e tende a viver maiores transformações, graças a redução
da natalidade e o declínio na taxa de mortalidade. A medida que o
Brasil vai se desenvolvendo, envelhece populacionalmente,
consequentemente deixa-nos fragilizados e vulneráveis.

Objetivo: descrever as principais vulnerabilidades relacionadas a


problemas de saúde identificados em idosas residentes em uma
instituição de longa permanência.

Metodologia: Estudo investigativo do tipo relato de experiência acerca


das situações de vulnerabilidades de idosos em uma Instituição de
Longa Permanência localizada em um município no interior da Bahia,
durante primeiro período letivo 2016, em atividade curricular da
disciplina Saúde do Idoso. Realizamos quatro visitas a instituição na qual
aplicamos diferentes instrumentos de avaliação visando às
vulnerabilidades dos internos de ambos os sexos da referida instituição
filantrópica, posteriormente traçamos planos de cuidado.

Resultados e discussão: Durante a aplicação da escala Avaliação


Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa (AMRPI), realizamos
levantamento de diversos fatores percussores de vulnerabilidades, tais
como: nutrição, visão, audição, incontinência urinária, atividade sexual,
atividades de vida diária, queda, suporte social e renda. Na avaliação
de humor/ depressão, detectamos fatores psicológicos, sentimentos de
tristeza e/ou desânimo e baixo estima. Utilizamos ainda a Escala de
Depressão Geriátrica que possibilitou rastrear queixas como: insatisfação
com a vida, medo, vazio, inutilidade. No Mini Exame de Estado Mental
(MEEM) evidenciou nos idosos déficit cognitivo e memória
comprometida. Na avaliação dos Membros Superiores avaliamos: dor,
amplitude de movimentos, equilíbrio e marcha alterados. Aplicamos a
Escala de Avaliação do Equilíbrio e da Marcha de Tinneti e Medida de
Independência Funcional, sendo identificado distúrbios funcionais. Após

133
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

os resultados de cada teste implementou-se ações de saúde buscando


a reabilitação dos indivíduos.

Conclusão: A vivência propiciou identificar vulnerabilidades as quais


idosos institucionalizados estão expostos, entre elas: social, espiritual e
biológica. Os resultados apontam para a necessidade de crescente
proteção de risco para com idosos institucionalizados, sendo necessário
implantar políticas públicas e uma maior atenção de todas as esferas
da sociedade em garantir uma velhice saudável e livre.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Instituição de Longa Permanência


para Idosos; vulnerabilidades e saúde.

1Graduanda de Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste


da Bahia/UESB – Jequié Bahia
2 Enfermeira pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/UESB –
Jequié Bahia; Especialista em Metodologia do Ensino Superior.

134
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL NA VIDA DOS IDOSOS: UM RELATO


DE EXPERIÊNCIA

Gyuliana Santana Batista¹


Ritacreia Berger Ribeiro¹
Silvana Lima Vieira²

Introdução: A Vulnerabilidade é um termo polissêmico, definida como o


estado de indivíduos ou grupos que, por alguma razão, têm sua
capacidade de autodeterminação reduzida. A mesma possui várias
vertentes, dentre elas a vulnerabilidade programática, que se refere aos
recursos sociais fundamentais para a proteção do indivíduo devido aos
riscos à sua integridade, bem-estar físico, psicológico e social. Nesse
sentido, a pessoa idosa pode ser vulnerável a essas condições com
efeitos prejudiciais às condições de vida e familiar.

Objetivos: Este estudo tem como objetivo relatar a experiência das


acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia
(UNEB) como membros atuantes da Liga Acadêmica de Geriatria e
Gerontologia do Estado da Bahia (LAGGEBA), através da síntese do
cenário vivido em uma Instituição de Longa Permanência (ILP),
enfatizando sua relevância acadêmica/social.

Metodologia: Tratase de um relato da experiência proporcionado


através da LAGGEBA, por meio de uma ação social em uma ILP, através
da vivência de seu funcionamento com relevância à participação
social e familiar.

Resultados e Discussão: A experiência prática da liga acadêmica está


atrelada ao conhecimento teórico-científico que auxiliou a percepção
enquanto acadêmicos e futuros profissionais de saúde os riscos inerentes
a que está condicionado à pessoa idosa que residem em ILP,
principalmente por se isolarem do convívio social e familiar, revelando a
vulnerabilidade física, psicológica e social.

Conclusão: Faz-se necessário o acolhimento familiar e da sociedade da


qual estão inseridos, como meio de não desencadear um desequilíbrio
emocional e psicossocial de forma discriminatória, levando o indivíduo
idoso à ansiedade, depressão e acelerando o processo de
envelhecimento/morte. Desta forma o idoso deve ser visto e tratado
como pessoa que faz parte da sociedade de forma econômica, social
e cultural da qual tanto já contribuiu, e agora isolado, discriminado e
esquecido estão na estatística da vulnerabilidade programática.

135
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chaves: vulnerabilidade; idoso; inclusão.

¹ Graduandas de Enfermagem da UNEB. Email: gyulibatista@gmail.com.

² Doutora e professora da UNEB.

136
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE DOS IDOSOS AO HIV

Daiane de Meneses Oliveira¹


Camila Silva Soares¹
Daniel Gomes Costa¹
Diéssica Rocha Machado¹
Maria de Lourdes Mello Lopes¹
Letícia Cardoso Braz²

Introdução: Com o aumento da expectativa de vida surgiram novas


técnicas de abordagem para manter a atividade sexual ativa em
idosos. Estes, não se veem na condição de vulnerabilidade às Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST’s), o que contribui para sua maior
exposição ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

Objetivos: Identificar fatores associados à vulnerabilidade da infecção


por HIV na população idosa.

Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases


de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-
Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e BDENF (Base de
Dados de Enfermagem). Foram selecionados dez artigos para análise.
Adotou-se os seguintescritérios de inclusão: artigos que abordassem a
temática, disponíveis online, na íntegra, em português e inglês,
publicados entre 2014 a 2017, e como critério de exclusão, artigos
repetidos nas bases de dados.

Resultados/discussão: As dificuldades em utilizar métodos de prevenção


para HIV em idosos estão relacionadas a fatores individuais, sociais e
institucionais.3 Os fatores individuais correspondem ao grau de
informações e percepções que o idoso possui sobre o tema, como: o
constrangimento em adquirir preservativo, desconhecimento de como
utilizá-lo, o medo de perder a ereção efetiva, pré-conceitos
equivocados sobre a utilização do preservativo. Os fatores sociais
referem a concepção de que a sexualidade é para jovens, sendo
incomum na terceira idade. E os fatores institucionais envolvem a
deficiência na educação em saúde por parte das instituições e do
governo.4 Observa-se que grande parte da população idosa, ainda
mantém relações sexuais desprotegidas por não possuírem ciência dos
riscos à exposição de IST’s, por isso torna-se relevante discutir essa
temática a fim de promover ações com enfoque na promoção e
educação em saúde e dessa forma sanar as assimetrias supracitadas7.

137
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: A infecção pelo HIV constitui um problema de saúde


pública e está se tornando um grande desafio nos setores políticos,
sociais e científicos, por ser uma epidemia de difícil controle. 5 Sendo
assim, faz-se necessário intervir com a educação em saúde para essa

¹ Acadêmicos de enfermagem da Universidade Salvador (UNIFACS) -


Salvador-BA. E-mail: Daianemeneses19@gmail.com.

² Enfermeira. Especialista em Emergência e UTI; Administração Hospitalar


e Serviços de Saúde; Saúde Coletiva com ênfase no Programa Saúde
da Família. Docente da Universidade Salvador (UNIFACS)– Salvador-BA.

138
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE DO IDOSO NA CLÍNICA CIRÚRGICA FRENTE ÀS


DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT): UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Ritacreia Berger Ribeiro¹


Alana Santos Ribeiro da Silva¹
Rafaela Santos do Espírito Santo¹
Denise Santana Silva dos Santos²

Introdução: Uma das diretrizes da Política Nacional de promoção da


Saúde é reconhecer a busca da equidade e integralidade, da melhoria
da qualidade de vida e de saúde da população diminuindo a
vulnerabilidade das doenças, suas possíveis incapacitações e
sofrimentos. Dentre elas está o Diabetes Mellitus e a Hipertensão Arterial.
No período perioperatório, o paciente pode apresentar ansiedade,
estresse e esperança de bons resultados.

Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas em enfermagem da


UNEB na clínica cirúrgica de um hospital de Referência Cardiológica na
cidade de Salvador- Ba.

Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência com


abordagem qualitativa, que discorre acerca da vivência no campo de
prática de um componente curricular do curso de Enfermagem da
UNEB, em 2017. Resultados: Ao acompanhar uma paciente idosa,
tabagista importante e que convive com diabetes e hipertensão, foi
possível perceber a necessidade da educação em saúde advinda das
unidades básicas, para prevenção de doenças e agravos à saúde,
principalmente as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). Foi
percebido que grande parcela dos pacientes atendidos nas unidades
de clínica cirúrgica, daquele hospital, eram idosos que convivam com
Diabetes Mellitus e/ou Hipertensão Arterial, associado ao tabagismo e o
etilismo. Isso afeta diretamente o estilo de vida do paciente, tornando-o
mais vulnerável à complicações de saúde, bem como implica nas suas
necessidades humanas básicas. Com isso, foi percebida a necessidade
de intensificar a educação em saúde, promoção da saúde e
prevenção de agravos e doenças, principalmente na população que
reside no interior do estado.

Considerações finais: Pode-se observar que os usuários sem essas


informações para a promoção de saúde e prevenção de doenças
podem influenciar de forma negativa na vida da população idosa,

139
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

principalmente as que convivem com doenças crônicas ou precisam


ficar hospitalizadas por um período para tratar, corrigir e ou curar suas
patologias.

Palavras chaves: Política de saúde; Hipertensão; Diabetes Mellitus;


Educação em Saúde; Vulnerabilidade em Saúde.

¹ Graduanda de Enfermagem da Universidade do Estado da


Bahia/UNEB; E-mail: bergerribeiro@gmail.com;

² Docente do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado da


Bahia/UNEB.

140
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE DO IDOSO DIABÉTICO HOSPITALIZADO: UM RELATO DE


EXPERIÊNCIA

Erika Santana Pereira¹


Nathália Almeida Suzart¹
Denise Santana Silva dos Santos²

Introdução: Diabetes Mellitus é uma doença prevalente entre os idosos.


Quando não adequadamente controlada, resulta em importantes
sequelas a médio e longo prazo, trazendo importantes impactos na
qualidade de vida.

Objetivos: Relatar a experiência das práticas de clínica cirúrgica,


realizadas em uma enfermaria de um hospital de Salvador.

Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre as


práticas de clínica cirúrgica da disciplina Enfermagem nas unidades de
centro cirúrgico e CME, realizadas entre os dias 30, 31 de outubro, 01 e
03 de novembro, na clínica cirúrgica de um hospital público de
Salvador, Bahia.

Resultados/discussão: No ambiente da clínica cirúrgica, a maioria dos


pacientes internados eram idosos em tratamento de comorbidades
relacionadas ao Diabetes Mellitus. Dentre as comorbidades mais
frequentes nestes pacientes, destaca-se amputação de membros e
cegueira. Em um dos momentos dessa prática foi possível notar as
fragilidades que o paciente vive durante sua estadia no hospital,
principalmente no que se refere a necessidade de um acompanhante
para lhe auxiliar nas suas principais necessidades humanas básicas. Foi
observado durante a prática algumas falhas de identificação deste
paciente no que se refere à sua deficiência visual, o que foi identificado
pelas alunas no contato com o paciente. Outro ponto observado foi a
dificuldade de realizar a prática de banho no leito no paciente que, no
momento, encontrava-se irritado e inquieto com o contato das
enfermeiras, o que destaca a fragilidade física e psicológica do idoso
que, devido ao seu estado de saúde, encontra-se incapacitado de
realizar suas necessidades sozinho.

Conclusões: As complicações relacionadas ao Diabetes Mellitus podem


resultar na hospitalização do idoso, intensificando a vulnerabilidade
deste indivíduo no ambiente hospitalar. Os cuidados de enfermagem
são fundamentais no processo de ajudar a enfrentar as dificuldades em

141
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

torno da doença, exigindo do enfermeiro competências específicas


para atender adequadamente a esses pacientes.

Palavras-chave: Vulnerabilidade; Idoso; Diabetes Mellitus;


Hospitalização.

1 Graduandas em Enfermagem da UNEB. E-mail:


erika.sp20@hotmail.com.

² Docente de Enfermagem da UNEB

142
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

SENESCÊNCIA E DOENÇAS CRÔNICAS: IMPACTOS DA TRANSIÇÃO


DEMOGRÁFICA

Gabriel Aguiar Nunes¹


Raiana Almeida Cardoso¹
Fernanda Luz Barros¹
Gabriele de Andrade Oliveira¹
Larissa Vasconcelos Santos¹
Tamiles Souza Oliveira¹

Introdução: pertencente ao ciclo vital, o envelhecimento caracteriza-se


pela apresentação de diversas alterações morfofisiológicas e sociais
inerentes ao indivíduo, sendo constatadas fragilidades à saúde do idoso
e propensão ao desenvolvimento de patologias. Nesse sentido,
evidencia-se na sociedade a tendência ao envelhecimento expresso
nas estimativas demográficas, as quais apontam novos dilemas a serem
enfrentados. Desse modo, o estudo possibilita a melhoria da assistência
ao segmento idoso em decorrência do aprofundamento do assunto.

Objetivo: verificar os impactos da transição demográfica no contexto


da senescência.

Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada


em Fevereiro de 2018 através da Biblioteca Virtual em Saúde. Foram
utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde:
“Envelhecimento”, “Doença crônica” e “Saúde do idoso”, associados
através do operador booleano AND. Após execução dos critérios de
inclusão: ser artigo completo; disponibilidade em português; publicação
entre os anos de 2013 a 2017, e a posterior leitura dos artigos, obteve-se
15 estudos adequados à temática escolhida.

Resultados e Discussão: identificou-se o processo de transição


demográfica, o qual acarreta intensificação das exigências de
cuidados no período da senescência devido menor resistência e maior
susceptibilidade a situações de risco, havendo também o
acometimento patológico típico. Como reflexos, impactos
farmacológicos e repercussões no ambiente domiciliar são observados.
Todavia, torna-se evidente que envelhecer não determina instauração
patológica obrigatória.

Conclusões: após a realização do estudo notabilizou-se intensas


modificações demográficas e epidemiológicas estabelecidas na esfera
social, as quais repercutem desde as formas de convívio, assistência,

143
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

assim como realização de ações preventivas para o alcance da


qualidade de vida idosa. Além disso, foi percebida a existência de
barreiras para o controle das DCNT devido à vastidão de manifestações
e repercussões do seu comprometimento, como fruto das
singularidades de cada ser.

Palavras-chave: Envelhecimento; Populações vulneráveis; Saúde do


idoso.

1Graduando de Enfermagem. Universidade Estadual do Sudoeste da


Bahia. Jequié, Bahia, Brasil. E-mail: aguiar.gbn@gmail.com

144
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

RESOLUBILIDADE DO CUIDADO À SAÚDE DA MULHER IDOSA NA


ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, EM FEIRA DE SANTANA – BA

Pricila Oliveira de Araújo1


Vanuza Silva Campos2

Introdução: Nas últimas décadas tem sido notório e preocupante o


processo de envelhecimento da população brasileira. Nesse contexto,
destaca-se a feminização da velhice, explicada pela maior expectativa
de vida das mulheres. Entretanto, mesmo diante desse cenário e
existindo garantias legais de um atendimento efetivo e integral ao
idoso, a realidade é que a mulher idosa – vulnerável tanto pela idade
quanto gênero – enfrenta desafios para obter uma atenção à saúde
resolutiva, que considere suas peculiaridades e corresponda
satisfatoriamente ao que é preconizado.

Objetivo: Compreender como ocorre a resolubilidade do cuidado à


saúde da mulher idosa na Estratégia Saúde da Família, em Feira de
Santana-BA.

Métodos: Trata-se de um projeto de Iniciação Científica de caráter


qualitativo, descritivo e exploratório. Será realizado em quatro Unidades
Saúde da Família (USF) do município, sendo elas: USF Novo Horizonte,
Feira VI, George Américo e São José II. Participarão do estudo idosas
acompanhadas nas USF selecionadas, assim como enfermeiros(as)
atuantes nessas unidades. Os critérios de inclusão serão: mulheres com
idade mínima de 60 anos, lúcidas e usuárias regulares da USF, com
frequência maior ou igual a três consultas no último ano; e
enfermeiros(as) com no mínimo 6 meses de atuação na função. A
técnica para coletas de dados será a entrevista semiestruturada e eles
serão analisados através da análise de conteúdo de Bardin (2011).

Resultados: A fundamentação teórica do estudo consiste na discussão


sobre a Resolubilidade do Cuidado na Estratégia Saúde da Família (ESF)
e Saúde da Mulher Idosa. O mesmo está em fase de coleta de dados e
esperamos que os resultados contribuam para entender como ocorrem
as respostas às demandas de mulheres idosas na ESF. Em estudos
semelhantes observamos que há demandas cada vez maiores de
problemas de saúde vinculados à população idosa, assim como
dificuldades para a resolubilidade do atendimento desse grupo
populacional na ESF, que são ainda maiores ao se referir à mulher idosa,
que tem envelhecido de forma cada vez mais adoecida. A partir disso,

145
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

os resultados podem ratificar essas conclusões ou apontar uma


realidade diferente no município em questão.

Conclusão: A pesquisa poderá contribuir para a compreensão do


contexto de assistência à saúde da idosa, reflexão sobre o trabalho
dos(as) enfermeiros(as) envolvidos no cuidado, assim como para o
crescimento pessoal da discente e bolsista de Iniciação Científica,
através do desenvolvimento de conhecimento científico e,
principalmente, sensibilidade e olhar atento para a mulher idosa e as
vulnerabilidades desse grupo.

Palavras-chaves: Saúde do Idoso; Saúde da Mulher; Estratégia Saúde


da Família.

1. Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Especialista em Gerontologia


Social e Enfermagem do Trabalho. Professora Assistente da Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS). Pesquisadora NUPISC (Núcleo de
Pesquisa Integrada em Saúde Coletiva)

2. Estudante de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual


de Feira de Santana (UEFS). Bolsista NUPISC através da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). Endereço: Rua
Marechal Castelo Branco, 1790, Santa Mônica. Feira de Santana, Ba.
Email: vanuzacampos5@gmail.com Telefone: 75 988729721

146
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

REPERCUSSÕES DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO NA QUALIDADE DE


VIDA DOS IDOSOS: IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM

Natádina Alves Souza1


Ramona Garcia Souza Dominguez2
Uilma Santos de Souza3
Carine dos Santos Souza3

Introdução: O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios


da saúde pública contemporânea. Por conseguinte, ocorre um
aumento expressivo de agravos à saúde, dentre os quais destacam-se
as doenças oncológicas. A quimioterapia é utilizada como tratamento
nesses casos e que, devido à sua falta de especificidade pelas células
tumorais, provoca muitos efeitos adversos, devendo-se considerar a
vulnerabilidade dos idosos quanto aos aspectos físicos, cognitivo-
comportamentais, emocionais e de saúde pela presença de
comorbidades.

Objetivo: Conhecer os impactos da quimioterapia na qualidade de


vida de idosos com câncer e suas implicações para a enfermagem.

Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada


nas bases de dados BVS e Portal SciElo, utilizando como critérios o
período de 2014 a 2018, idioma português e descritores: idoso,
qualidade de vida e quimioterapia. Foram selecionados 12 artigos.
Resultados/Discussão: Idosos submetidos ao tratamento quimioterápico
apresentaram alterações em sua saúde, com maior vulnerabilidade e
dependência, contribuindo para a diminuição do bem-estar e da sua
qualidade de vida. Os principais domínios afetados foram: função
emocional, social, depressão, déficit cognitivo, dificuldades financeiras,
fadiga, náuseas, vômitos, dispneia, insônia e diarreia. E ainda, houve
elevada prevalência de desnutrição e de necessidade de intervenção
nutricional. A relevância da fadiga para esses idosos foi destacada pelo
impacto na dimensão afetiva, o que traz implicações para o enfermeiro
no que tange ao diagnóstico de enfermagem e plano de cuidados
adequado. Os resultados evidenciaram um aumento significativo da
ocorrência de sinais e sintomas entre o primeiro e o segundo ciclo de
quimioterapia, com piora do comprometimento funcional. Outros
domínios como dor, imagem corporal, efeitos sistêmicos e perspectivas
futuras foram afetados em mulheres com câncer de mama, enquanto
dor no tórax e perda de apetite no câncer de pulmão. Já o domínio
estado de saúde geral foi pior para os pacientes com neoplasia da

147
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

próstata, o que revela a necessidade de avaliação individualizada.


Quanto aos aspectos socioculturais, foram descritas as rupturas
biográficas, a perda da normalidade da vida, o sofrimento e a
necessidade de reagir aos efeitos da quimioterapia.

Conclusões: A quimioterapia piora a qualidade de vida dos idosos com


câncer, demonstrando a importância de uma abordagem ampla,
integral e muldisciplinar. Deste modo, os enfermeiros devem utilizar
instrumentos para avaliação funcional, bem como conhecer situações
pessoais ou de saúde que têm maior possibilidade de alterar a
qualidade de vida, além de auxiliar no processo de reabilitação,
identificação e manejo adequado dos efeitos colaterais do tratamento.

Palavras-chave: Idoso; Qualidade de Vida; Quimioterapia;


Enfermagem.

¹ Graduanda do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde,


CCS/UFRB. E-mail: natadinasouza@gmail.com
2Enfermeira Oncologista, Doutora em Ciências da Saúde. Docente
Adjunta do curso de Enfermagem no CCS/UFRB. Vice-líder do Grupo de
pesquisa CRIAI.
3 Graduanda de Enfermagem, CCS/UFRB.

148
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

RELATO DE EXPERIÊNCIA: VULNERABILIDADE DE IDOSOS NO AMBIENTE


FAMILIAR

Fabiana Barreto dos Santos 1


Thárcia Oliveira Figueiredo 1
Vaniele Pereira Sampaio1
Laiza Carvalho Costa 1
Geovana Magestade da Silva Bitencourt 1
Rosilande dos Santos Silva ²

Introdução: O Brasil vivência um processo de envelhecimento da


população, ou seja, o aumento do número de pessoas acima de 60
anos e a baixa natalidade. O ciclo de vida dos idosos são marcados por
diversas mudanças que os afetam no que diz respeito ao autocuidado
e a perda de autonomia. Desta maneira, essa população torna-se
vulnerável a fragilidades e comorbidades, sendo a família uma rede de
apoio essencial para que o envelhecer ocorra de maneira a promover
a qualidade de vida.

Objetivo: Observar as vulnerabilidades vivenciadas por idosos em um


ambiente familiar e as possíveis intervenções de enfermagem.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de uma visita


domiciliar realizada durante as práticas de Saúde Coletiva I, por um
grupo de acadêmicos de enfermagem.

Discussão/Resultados: Após observação e realização de exames físicos


e histórico de enfermagem, foram avaliados problemas referentes aos
aspectos biológicos e sociais dos idosos pertencentes ao grupo familiar,
e assim, percebeu-se a vulnerabilidade dos mesmos quanto ao
conhecimento básico acerca de suas patologias e medicações.
Evidenciou-se a importância da interação com os profissionais da
Unidade da Saúde da Família para auxiliar na prestação de cuidados
necessários e orientar conforme o surgimento de novas dúvidas.

Conclusão: Portanto, conforme a teoria, se fez necessário a adoção de


medidas vigentes que aproximassem o conhecimento científico com as
práticas de saúde realizadas no ambiente familiar. Além disso, a
avaliação da saúde da família, foi crucial para estudar o núcleo desta,
visto que, direcionou exatamente aos problemas encontrados, a
percepção de como se dar as relações humanas e o fortalecimento
dos vínculos afetivos.

Palavras-chaves: Idoso; Enfermagem; Família; Promoção da saúde


149
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

1Acadêmica em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual


do Sudoeste da Bahia. Email: barretofabi16@gmail.com.

² Enfermeira pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

150
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO EM SAÚDE DO IDOSO:


VULNERABILIDADE NA VELHICE

Júlio César Rabêlo Alves¹


Ana Vitória de Oliveira Brito¹
Itana da Silva Gomes¹
Talita Monteiro Rios Melo¹
Mirthis Sento-Sé Pimentel Magalhães²

Introdução: No Brasil, o envelhecimento populacional, nos dias atuais, é


considerado uma importante questão de saúde pública e assistencial,
especialmente pelo prevalecimento das doenças crônicas.
Consequentemente, houve uma mudança nos moldes familiares, na
forma em que estes se organizam para atender e cuidar de seus idosos.
Com isso, é crescente a presença de idosos em Centros Sociais Urbanos
(CSU), como constatamos durante a vivência de estágio no CSU de
Mussurunga, bairro de Salvador.

Objetivos: Relatar a vivência dos discentes de Enfermagem no campo


de estágio em Saúde do Idoso e refletir sobre a vulnerabilidade na
velhice. Associando aos tipos de intervenções que poderiam ser feitos
para prevenir, minimizar e/ou postergar o efeito dos eventos que
implicam em maior vulnerabilidade no final da vida, principalmente
decorrente de uma má relação familiar.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência dos acadêmicos da


disciplina Saúde do Idoso, do curso de Graduação em Enfermagem, do
Centro Universitário Jorge Amado, campus Paralela, durante duas
vivências diárias. Para ampliar o conhecimento, utilizamos artigos dos
últimos dez anos encontrados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), com
os seguintes descritores: Idosos; Vulnerabilidade em Saúde;
Envelhecimento.

Resultados/discussões: Constatamos que algumas patologias são


prevalentes nos idosos, como a demência, que os deixam em situações
de vulnerabilidade. Por isso, se faz imprescindível o acompanhamento
familiar efetivo, que, segundo relatos no CSU, nem sempre acontece.
Conclusões: A convivência com os idosos, nesses dias de estágio, nos
fez perceber a importância de um ambiente adaptado às suas
necessidades, afim de minimizar os possíveis riscos que acometem a sua
faixa etária. Foi possível analisar que, no CSU eles se mantém mais felizes
e seguros por ter pessoas dispostas a lhe ofertar assistência.

151
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chaves: Idosos; Vulnerabilidade em Saúde; Envelhecimento.

¹ Acadêmicos de Enfermagem do Centro Universitário Jorge Amado –


UniJorge, Salvador – BA – Brasil.

² Enfermeira, mestra em Enfermagem pela UFBA, especialista em


Emergência e Ensino Superior. Docente do Centro Universitário Jorge
Amado. E-mail: papito.julio@hotmail.com

152
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ABORDAGEM INTERSETORIAL E VIVÊNCIA NO CONTEXTO DA


SENESCÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Thaís Martielle Avelar Fernandes¹


Mayara Amaral Pereira de Jesus¹
Daiara Dourado Pires¹
Ionara Fernandes Oliveira¹
Rilberth Lucas Souza Moreira¹
Eliana Gusmão Oliveira²

Introdução: No Brasil, tem-se verificado um processo de transição


demográfica, com a mudança no perfil populacional, e consequente
aumento crescente no número de idosos, inclusive, os idosos longevos,
que são aqueles com mais de oitenta anos de idade. Diante disso, faz-
se importante a realização de um maior número de estudos específicos
para essa faixa etária, que atendam as necessidades humanas básicas
e eventuais problemas de morbi-mortalidade relacionados. Além disso,
na atenção a saúde do idoso, há o protagonismo do Programa de
Saúde da Família, foco principal para podem que podem dificultar sua
resolutividade.

Metodologia: Foi realizado um estudo de cunho qualitativo do tipo


relato de experiência pelos estudantes do quinto semestre do curso de
enfermagem da Universidade Federal da Bahia, em campo de prática
do componente curricular Enfermagem e Saúde Coletiva, no período
de agosto a setembro de 2017, com objetivo da construção de uma
proposta de intervenção para a síndrome do idoso frágil identificada
em um casal de idosos usuários da unidade de saúde da família do
município de Vitória da Conquista. Para tanto, foi realizada visita
domiciliar e foram constatados problemas que nortearam a construção
do Plano Terapêutico Singular.

Resultados e Discussão: Foram diagnosticados no Plano Terapêutico


Singular os seguintes problemas: vulnerabilidade econômica, risco de
quedas, ausência de entretenimento/risco de solidão. E, no contexto
das Redes de Atenção à saúde, foi possível constatar a inexistência da
intersetorialidade. Conseguinte a isto, buscou-se o apoio de atores
sociais para execução do plano, com a solicitação de dispositivos
auxiliares de marcha no serviço especializado em reabilitação física do
município e através de uma busca online, constatou-se a existência de
um programa governamental para compra com desconto de fraldas
geriátricas, todo o fluxo dos serviços foram compartilhados com a
família e a equipe da Unidade de Saúde da Família responsável. Diante
da falta de entretenimento e risco de solidão dos idosos foi instituída a

153
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

musicoterapia. Conclusões: A experiência possibilitou conhecer serviços


de saúde do município e compreender a importância da
intersetorialidade, tornando-se de grande relevância, somando
positivamente ao processo de formação em enfermagem e
sensibilização ao cuidado do idoso.

Palavras-chave: Senescência. Intersetorialidade. Atenção primária.

¹ Discente do curso de graduação em Enfermagem da Universidade


Federal da Bahia do Instituto Multidisciplinar em Saúde. E-mail:
thaismartielleavelarfernandes@gmail.com.

² Docente do curso de graduação em Enfermagem da Universidade


Federal da Bahia do Instituto Multidisciplinar em Saúde.

154
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

RESOLUBILIDADE DO CUIDADO À SAÚDE DA MULHER IDOSA NA


ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, EM FEIRA DE SANTANA – BA

Vanuza Silva Campos¹


Pricila Oliveira de Araújo²

Introdução: Nas últimas décadas tem sido notório e preocupante o


processo de envelhecimento da população brasileira. Nesse contexto,
destaca-se a feminização da velhice, explicada pela maior expectativa
de vida das mulheres. Entretanto, mesmo diante desse cenário e
existindo garantias legais de um atendimento efetivo e integral ao
idoso, a realidade é que a mulher idosa – vulnerável tanto pela idade
quanto gênero – enfrenta desafios para obter uma atenção à saúde
resolutiva, que considere suas peculiaridades e corresponda
satisfatoriamente ao que é preconizado.

Objetivo: Compreender como ocorre a resolubilidade do cuidado à


saúde da mulher idosa na Estratégia Saúde da Família, em Feira de
Santana-BA.

Métodos: Trata-se de um projeto de Iniciação Científica de caráter


qualitativo, descritivo e exploratório. Será realizado em quatro Unidades
Saúde da Família (USF) do município, sendo elas: USF Novo Horizonte,
Feira VI, George Américo e São José II. Participarão do estudo idosas
acompanhadas nas USF selecionadas, assim como enfermeiros(as)
atuantes nessas unidades. Os critérios de inclusão serão: mulheres com
idade mínima de 60 anos, lúcidas e usuárias regulares da USF, com
frequência maior ou igual a três consultas no último ano; e
enfermeiros(as) com no mínimo 6 meses de atuação na função. A
técnica para coletas de dados será a entrevista semiestruturada e eles
serão analisados através da análise de conteúdo de Bardin (2011).

Resultados: A fundamentação teórica do estudo consiste na discussão


sobre a Resolubilidade do Cuidado na Estratégia Saúde da Família (ESF)
e Saúde da Mulher Idosa. O mesmo está em fase de coleta de dados e
esperamos que os resultados contribuam para entender como ocorrem
as respostas às demandas de mulheres idosas na ESF. Em estudos
semelhantes observamos que há demandas cada vez maiores de
problemas de saúde vinculados à população idosa, assim como
dificuldades para a resolubilidade do atendimento desse grupo
populacional na ESF, que são ainda maiores ao se referir à mulher idosa,
que tem envelhecido de forma cada vez mais adoecida. A partir disso,
os resultados podem ratificar essas conclusões ou apontar uma

155
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

realidade diferente no município em questão. Conclusão: A pesquisa


poderá contribuir para a compreensão do contexto de assistência à
saúde da idosa, reflexão sobre o trabalho dos(as) enfermeiros(as)
envolvidos no cuidado, assim como para o crescimento pessoal da
discente e bolsista de Iniciação Científica, através do desenvolvimento
de conhecimento científico e, principalmente, sensibilidade e olhar
atento para a mulher idosa e as vulnerabilidades desse grupo.

Palavras-chaves: Saúde do Idoso; Saúde da Mulher; Estratégia Saúde


da Família.

¹. Estudante de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual


de Feira de Santana (UEFS). Bolsista NUPISC através da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). E-mail:
vanuzacampos5@gmail.com

². Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Especialista em Gerontologia


Social e Enfermagem do Trabalho. Professora Assistente da Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS). Pesquisadora NUPISC (Núcleo de
Pesquisa Integrada em Saúde Coletiva)

156
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA: O LUGAR DA CONSULTA DA (O)


ENFERMEIRA (O)
Vanuza Silva Campos¹
Pricila Oliveira de Araújo²
Laís Pinheiro de Brito³

Introdução: A Consulta de Enfermagem ao idoso objetiva identificar


sinais clínicos que indiquem morbidades e situações de risco, prescrever
e implementar medidas de promoção, prevenção e proteção à saúde,
recuperação e reabilitação do indivíduo, família e comunidade,
visando assistir às pessoas idosas em todas as suas dimensões em busca
da integralidade. Ainda constitui uma oportunidade de fortalecimento
do vínculo, de realizar educação em saúde, bem como orientar
familiares e cuidadores. Porém, não raramente os idosos são assistidos
apenas no âmbito das patologias incidentes na velhice, a partir de
protocolos dos programas ministeriais, limitando-nos ao contexto
biológico/patológico.

Objetivo: Analisar como é realizada a atenção à saúde das pessoas


idosas a partir da Consulta da(o) Enfermeira(o).

Métodos: Consiste em uma Revisão Integrativa da literatura realizada


nos bancos de dados SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde, usando os
descritores: atuação, atenção, enfermagem, idosos, saúde da família e
atenção primária. Em seguida estabeleceram-se como critérios de
inclusão: artigos escritos na íntegra, em língua portuguesa e publicados
há menos de cinco anos, encontrando-se um total de 184 trabalhos.
Entretanto, após leitura dos títulos, resumos e palavras-chave foram
excluídas dissertações de mestrado, artigos de opinião, de revisão,
repetidos e aqueles contendo apenas os resumos ou escritos em outro
idioma, restando 26 artigos. Então se reduziu o período de publicação
do artigo (2012-2017) e realizou-se a leitura dos artigos na íntegra,
excluindo aqueles que não atendiam ao objeto do estudo, reduzindo-se
a oito produções. Na etapa seguinte, de categorização dos estudos, as
informações extraídas foram sumarizadas e documentadas, sintetizando
os dados em uma matriz de síntese a partir da categoria: Atenção
do(a) enfermeiro(a) à saúde do idoso a partir da consulta. Por fim,
foram realizadas interpretações e análises dos dados encontrados,
apresentando uma discussão a respeito do objeto do estudo baseado
nos principais referenciais teóricos sobre a temática.

Resultados/Discussões: Foi evidenciado que existem dois pólos de


atuação do(a) enfermeiro(a), tal como encontrado em estudos

157
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

semelhantes. De um lado as consultas são realizadas para tratamento


de doenças crônicas e do outro, para identificação de riscos, utilização
de tecnologias relacionais, estímulo à participação social e à
cidadania.

Conclusão: Prevalece a consulta de enfermagem a partir do modelo


biomédico, centrado na patologia e demanda espontânea, reduzindo
a atenção à pessoa idosa às diretrizes de programas instituídos.
Portanto, a consulta da(o) enfermeira(o) tem sido pouco utilizada para
a promoção de uma atenção integral à saúde da pessoa idosa.

Palavras-chaves: Consulta da (o) Enfermeira (o); Idoso; Integralidade.

¹. Estudante de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual


de Feira de Santana (UEFS). Bolsista NUPISC através da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). E-mail:
vanuzacampos5@gmail.com

². Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Especialista em Gerontologia


Social e Enfermagem do Trabalho. Professora Assistente da Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS). Pesquisadora NUPISC (Núcleo de
Pesquisa Integrada em Saúde Coletiva)

³. Enfermeira. Graduada pela Universidade Estadual de Feira de


Santana

158
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

IDOSOS E ABRIGOS DE LONGA PERMANÊNCIA: UM RELATO DE


EXPERIÊNCIA

Ruth Souza Alves¹


Aléxia Ariel Alcântara Ferreira¹
Diana Santos Sanchez¹
Fernanda Carolina Amorim Batista¹
Jonathan Bastos Cruz²

Introdução: O ambiente asilar tem como propósito manter o idoso


assistido e seguro. Porém com transição de ambiente social influencia
no comportamento, trazendo consigo riscos para a adaptação desse
indivíduo: o afastamento do seu ciclo social e familiar, e a brusca
mudança da rotina, resulta em quadros de depressão e solidão. Diante
da problemática surge a necessidade de intervenções junto aos idosos
expostos a esse tipo de vulnerabilidade.

Objetivo: Relatar a percepção das estudantes de Enfermagem durante


uma visita técnica a um abrigo de idosos.

Metodologia: Relato de experiência de caráter descritivo, vivenciado


por graduandas de Enfermagem do 5o ao 7o semestre de uma
Instituição privada de Salvador Bahia, no ano letivo de 2017. Realizada
em uma Instituição asilar localizada em Salvador, Bahia. Resultados e
Discussão: Observou- se que o abrigo visitado é um ambiente de
filantropia. Alguns dos usuários vieram por vontade própria ou por
decisão familiar, outros foram resgatados em situação de rua. Existe a
divisão entre o quarto para homens e mulheres, além dos idosos que
possuem uma independência ficam alojados separados, pelos turnos
ficam profissionais supervisionando. É uma instituição visitada por
estudantes que disponibiliza doações para manutenção dos usuários.
Não existe uma proposta de atividades terapêuticas. O local possui dois
andares com 13 cômodos. Possui elevador para os usuários cadeirantes.
Existe uma área de convivência e salas de oração. O abrigo é regido
por normas da religião católica. Existe a necessidade de promover a
diversidade de atividades e religiosa, tendo em vista que para uma
atenção integral e individualizada tem como requisito um olhar holístico
sobre esse paciente.

Conclusões: A especificidade quanto à população idosa está em


atentar para suas vulnerabilidades, sua autonomia e minimização de
sua dependência. (STHAL, Hellen Cristina; BERTI, Heloisa Wey; PALHARES,
Valéria de Castilho. 2010). Sendo assim, torna-se necessária a

159
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

reavaliação das estratégias de cuidado a esse público, oportunizar a


evolução da assistência, diminuindo os riscos e aumentando a
qualidade de vida, inclusive com a possibilidade de reinclusão ao seu
ambiente familiar e social.

Palavras-chave: Asilos para Idosos. Abrigos. População Idosa.


Enfermagem Geriátrica.

¹. Acadêmicas de enfermagem da UNIFACS-Universidade Salvador –


Laureate International Universities. E-mail meruthalves@gmail.com

². Professor orientador: Enfermeiro. Professor Assistente da UNIFACS-


Universidade Salvador – Laureate International Universities.

160
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

A IMPORTÂNCIA DA SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE

Aléxia Ariel Alcântara Ferreira¹


Fernanda Carolina Amorim Batista¹
Ruth Souza Alves¹
Jonathan Bastos Cruz²

Introdução: A velhice está caracterizada biológica e fisiologicamente


como um desenvolvimento crescente. A questão da sexualidade está
interligada com tais mudanças, visto que esta é expressada por cada
indivíduo em particular ao longo da sua trajetória de vida. Objetivo:
Descrever a importância de manter a vida sexual ativa na terceira
idade.

Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada através de


levantamento na base de dados da Scientific Electronic Library Online
(SCIELO) E Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), foram utilizados os seguintes
descritores “sexualidade na terceira idade”, “sexo”, e “idoso”. Como
critérios de inclusão: artigos que abordassem a temática, disponíveis
online na íntegra, nos idiomas português e inglês, no período (2011 a
2017) e como critérios de exclusão: artigos repetidos na base de dados.
Totalizando 13 artigos.

Resultados e discussão: Apesar de algumas limitações que chegam


juntamente com a velhice, a sexualidade na terceira idade têm sua
importância e deve ser tratada como uma autonomia e qualidade de
vida que o longevo pode ter. Esta pode ser definida como conjunto de
ações que permitem ter uma manutenção da saúde desses indivíduos
com o intuito de manter o desempenho suas atividades de modo
individual e coletivo. A sexualidade é vista como uma troca de afeto e
carícias, além do que a saúde desse idoso que estimula a sua
sexualidade tem uma relação muito significativa com a qualidade de
vida. Considerando que é uma forma de cada um encarar melhor e
com menos discriminação da sociedade sobre essa nova fase da vida.

Conclusão: A sexualidade é entendida como a prática sexual ou a


relação sexual, onde que a sexualidade é a relação de intimidade,
afeto, carinho e companheirismo. Esse tema é muito restrito e com
pouca importância na visão pela sociedade, além de esquecidos pelos
profissionais de saúde, como se não houvesse a necessidade de
promoção da saúde sexual do idoso. Dessa forma, conclui-se que esta
temática deve ser mais discutida e investigada no âmbito da saúde e

161
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

os profissionais devem compreender e realizar ações específicas


voltadas para a atenção integral à saúde do idoso.

Palavra- chave: Sexualidade na terceira idade. Sexo. Idoso.

1. Acadêmicas de enfermagem da UNIFACS-Universidade Salvador –


LaureateInternationalUniversities. E-mail: alexiaferreira@hotmail.com

2. Professor orientador: Enfermeiro. Professor Assistente da UNIFACS-


Universidade Salvador – LaureateInternationalUniversities.

162
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PERFIL DE MORTALIDADE E INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À


ATENÇÃO PRIMÁRIA DA POPULAÇÃO IDOSA RESIDENTE NO MUNICÍPIO DE
SALVADOR, BAHIA, 2006 A 2015

Bruna dos Reis Pereira1


Maísa Mônica Flores Martins2
Tânia Márcia Baraúna Teixeira3

Introdução: O envelhecimento populacional tem ocorrido de maneira


bastante acelerada no Brasil, transitamos de um cenário de
mortalidade próprio de uma população jovem para um quadro de
enfermidades complexas e onerosas, caracterizada por doenças
crônicas e múltiplas.

Objetivo: Analisar a relação entre o perfil de mortalidade e o padrão de


ocorrência das internações por condições sensíveis à atenção primária
da população idosa do município de Salvador, Bahia, no período de
2006 a 2015.

Metodologia: Estudo ecológico temporal, que buscou observar as


causas de morte e as internações por condições sensíveis à atenção
primária mais frequentes da população idosa, a partir de dados
secundários. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM) utilizando-se a Classificação Internacional de
Doenças – 10ª Revisão (CID-10), selecionando capítulos de maior
frequência. Para a análise das internações os dados foram extraídos da
base de dados mensais do Sistema de Internação Hospitalar (SIH/SUS).
Essas bases de dados estão disponíveis no Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para avaliação dos
dados de mortalidade estabeleceram-se os indicadores de mortalidade
geral, específica e análise da frequência das taxas de internações do
período de estudo.

Resultados e Discussão: Observa-se que das 59.990 mortes analisadas no


SIM, 44,7% dos casos foi para o grupo das doenças do aparelho
circulatório. Da mesma forma, ao analisar a frequência das internações
por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP), foi constatado que
das 71.483 internações realizadas no período analisado, 46.520 (65,08%)
são diagnósticos que pertencem ao grupo das doenças do aparelho
circulatório. Ao analisar a Mortalidade Específica segundo faixa etária
(ME) no período estudado, os longevos obtiveram as maiores taxas,
apresentando maior índice dos óbitos por doenças do aparelho
circulatório 30038,96/100.000 hab., quando as ICSAP foram analisadas

163
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

por faixa etária, os idosos de 80 anos e mais foram responsáveis pela


maior parte das internações e, das maiores taxas de internação por
doenças do aparelho circulatório.

Conclusões: As altas taxas das internações por condições sensíveis à


atenção primária nos idosos longevos no município de Salvador,
refletem a tendência do aumento dos problemas de saúde a medida
em que se envelhece, as comorbidades e readmissões. A utilização das
ICSAP como um indicador de saúde, podem auxiliar na identificação
dos principais problemas preveníveis com a intervenção dos serviços de
saúde, indicando quais ações são mais efetivas para diminuição das
internações e postergação da qualidade de vida dos idosos. Palavras-
chave: Avaliação em saúde; Idoso; Hospitalização.

¹ Estudante de graduação de Enfermagem da Universidade Católica do


Salvador (UCSal). E-mail: brunar.pereira@ucsal.edu.br.
2 Professora do curso de Enfermagem da Universidade Católica do
Salvador (UCSal).
3Coordenadora do curso de Enfermagem da Universidade Católica do
Salvador (UCSal).

164
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

CARACTERISTICAS CLÍNICAS E SOCIODEMOGRÁFICAS DA DOENÇA DE


ALZHEIMER: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Ivia Mayana Oliveira de Jesus ¹


Maísa Mônica Flores Martins ²
Davi da Silva Nascimento ²
Tânia Marcia Baraúna Teixeira ³

Introdução: O processo do envelhecimento populacional é um


fenômeno vivenciado em todo mundo, assim o número de idosos
acima de 60 anos aumentará expressivamente, e grande parte destes
residirão em regiões menos desenvolvidas do mundo. Desde 1970 o
Brasil passou a ter seu perfil sociodemografico transformado. E o
envelhecimento populacional desperta preocupações que desafiam
nosso sistema de saúde. A Doença de Alzheimer é a doença neuro-
degenerativa mais comum na pessoa idosa.

Objetivo: Avaliar as informações disponíveis na literatura sobre a


doença de Alzheimer e sua relação com o perfil sociodemográfico e
clínico.

Metodologia: O trabalho está sendo desenvolvido com base em uma


revisão integrativa de literatura. Utilizando os Descritores em Ciência da
Saúde (Decs) para elaboração das estratégias de busca com os
operadores boleanos (and e or). Foram selecionados os seguintes
descritores tanto em português como em inglês: Envelhecimento,
Doença de Alzheimer, Perfil de Impacto da Doença, Saúde do Idoso,
Atenção à Saúde. Foi então preparado cinco estratégias para serem
utilizadas nas bases de dados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e
SCOPUS.

Resultados e Discussão: Foram encontrados 1222 artigos nas estratégias


da BVS e, 34 artigos da SCOPUS, destes foram selecionados 148 e 16
artigos, respectivamente. Foram analisados os títulos, resumos e áreas
de conhecimento de cada artigo, desta análise observou-se que o
maior quantitativo dos artigos selecionados se concentrava nas
Ciências Médicas, dentro da especialidade dos Diagnósticos por
Imagem. Foi observado ausência de trabalhos que abordem os
aspectos socioeconômicos, evidenciando limitações na identificação
do perfil da pessoa com Alzheimer.

Conclusões: Diante do processo de construção desse estudo verifica-se


a importância de trabalhos científicos que possibilitem a análise da

165
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Doença Alzheimer sobre uma ótica integral, que não se delimitem aos
aspectos médicos, mas, que considerem as características
socioeconômicas, culturais e demográficas. É valido ressaltar que a
ausência de trabalhos em outras áreas de conhecimento, como por
exemplo, da enfermagem impossibilita uma abordam integralizada ao
paciente com Alzheimer.

Palavras-chave: Doença de Alzheimer, Perfil de impacto e Saúde do


idoso.

¹ Estudante de graduação de Enfermagem da Universidade Católica do


Salvador (UCSAL). Email: violiveira103@gmail.com

² Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Católica do


Salvador (UCSAL).

² Professora do Curso de Enfermagem da Universidade Católica do


Salvador (UCSAL).

³ Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade Católica do


Salvador (UCSAL).

166
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

RELATO DE EXPERIÊNCIA: OFICINA SAÚDE NO ENVELHECER NO CONTEXTO


DA UATI
Laiane da Silva Santana¹
Pricila Oliveira de Araújo²

Introdução: A Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) é uma


iniciativa das universidades, as quais tem oferecido programas de
educação permanente voltados para os idosos. Promove discussões e
oportunidades de compartilhar conhecimentos em busca de uma
melhor compreensão do processo saúde doença do idoso. A Oficina
Saúde no Envelhecer contribui para a socialização das pessoas idosas e
ampliação de conhecimentos através da educação em saúde.

Objetivo: Relatar a experiência enquanto bolsista voluntária da UATI na


realização da Oficina Saúde no Envelhecer, na UEFS.

Metodologia: O objetivo da oficina é contribuir para a promoção de


saúde dos idosos matriculado na Oficina Saúde no Envelhecer da UATI.
As aulas foram realizadas de forma expositiva, técnicas grupais e rodas
de conversas, relatos de experiências, utilizando-se dinâmica para se
trabalhar os assuntos, como quebra-cabeças, caça-palavras, jogos de
adivinhação e produção de cartazes. Além disso são programadas
atividades extraclasses que propiciam momentos de diversão e
relaxamento. Um total de 48 alunos estão matriculado, sendo a maioria
de idosos do sexo feminino e de idade entre 50-85 anos, acontecendo
uma vez durante a semana, com duração de 2 horas.

Resultados e discussões: As atividades que foram ministradas na oficina


tiveram o suporte da orientadora, a partir de um planejamento prévio.
Os temas abordados na oficina foram: Acidente Vascular Cerebral e
infarto; Varizes e Inchaço nas pernas e Meias de compressão;
Osteoporose X artrose; Câncer em geral, dentre outros. Estimula-se os
idosos a aplicarem as dicas de saúde abordadas na oficina dentro do
seu cotidiano, para promover qualidade de vida e prevenção de
patologias. A participação das oficinas oferece aos idosos a aquisição
de novos hábitos de vida e melhores escolhas para sua saúde.

Conclusões: A oficina Saúde no Envelhecer traz consigo uma visão


ampla do processo saúde-doença onde podemos criar vínculos e
contribuir para qualidade de vida dos idosos. Entender o contexto no
qual os idosos estão inseridos é fundamental para se desenvolver
educação em saúde. A maior dificuldade encontrada foi conseguir

167
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

transporte para desenvolver atividades extra classe, como passeios em


museus, cinemas, etc.

Palavras chaves: idoso; UATI; envelhecer.

¹ Graduanda em enfermagem na Universidade Estadual de Feira de


Santana-Ba. Voluntária da Universidade Aberta à Terceira Idade. Bolsista
do Pet saúde /graduasus Email : laianesantana00@gmail.com

² Enfermeira, Mestra em Enfermagem, Especialista em Gerontologia,


Professora Auxiliar da Universidade Estadual de Feira de Santana.

168
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PREVENÇÃO DE QUEDAS NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA


UATI
Laiane da Silva Santana1
Pricila Oliveira de Araújo2

Introdução: Durante a velhice os indivíduos ficam mais suscetíveis a


perdas evolutivas, devido ao processo biológico, genético e
psicossociais. A queda é um fator relevante na fase idosa, devido a
alterações fisiológicas, polifarmárcia, doenças crônicas e fatores
externos. Assim, as Universidades Abertas à Terceira Idade (UATI),
programas que através da educação proporcionam mais qualidade de
vida e saúde aos idosos, podem contribuir para prevenção de quedas
nesta população.

Objetivo: Relatar a experiência de aula sobre UATI na Universidade


Estadual de Feira Santana (UEFS).

Metodologia: O objetivo da oficina é contribuir para a promoção de


saúde dos idosos matriculado na Oficina Saúde no Envelhecer da UATI.
A metodologia é baseada na realidade vivenciada e nas demandas
dos alunos. A oficina tem um total de 48 alunos matriculado, porém
apenas 20 alunos estavam presentes neste dia. A maioria são do sexo
feminino e idade entre 50-85 anos. Durante a aula de prevenção de
quedas utilizou-se de manuais do Ministério da Saúde e da seguinte
uma dinâmica: foi colocado um cartaz grande, dividido ao meio com
as palavras “certo” e “errado” e foram recortadas várias imagens
retratando como deve ser o domicílio do idoso para evitar quedas e
eles tinham que colocar as imagem no seu respectivo lugar.

Resultados e discussões: Durante a dinâmica, os idosos acertaram os


locais corretos das imagens demonstrando conhecimento de como
deve ser organizada a sua casa para evitar possíveis quedas. Foi
importante o compartilhamento de conhecimentos entre idosos e
bolsista, para estreitar os relacionamentos interpessoais, proporcionar
crescimento pessoal e profissional, para a estudante que ainda está em
formação acadêmica. As aulas da oficina cooperaram ainda para a
promoção da saúde e ajudaram os alunos a se comportarem de
maneira atenta para as situações que podem ocasionar quedas.

Conclusão: A prevenção é sempre a melhor maneira de combater as


quedas e estimular os idosos a realizarem o autocuidado, fortalecendo
sua autonomia e independência para que se tenha uma melhor

169
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

qualidade de vida. A maior dificuldade encontrada foi conseguir


transporte para desenvolver atividades extra classe.

Palavras chaves: Queda; idosos; UATI

¹ Graduanda em enfermagem na Universidade Estadual de Feira de


Santana-Ba. Voluntária da Universidade Aberta à Terceira Idade. Bolsista
do Pet saúde /graduasus Email :<laianesantana00@gmail.com>

² Enfermeira, Mestra em Enfermagem, Especialista em Gerontologia,


Professora Auxiliar da Universidade Estadual de Feira de Santana.

170
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

MORTALIDADE EM IDOSOS PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON NO


ESTADO DA BAHIA
Quézia Soares Oliveira¹
Laíza Oliveira Araújo¹
Milla Marianne Santos Mendonça¹
Acássio Franco Gomes Ferreira²
Rosilande dos Santos Silva³
Lina Ribeiro Moura³

Introdução: O efeito da transição demográfica trouxe consigo o


aumento de doenças não transmissíveis como as doenças
neurodegenerativas, dentre elas, a doença de Parkinson (DP).

Objetivo: Descrever a mortalidade em idosos provenientes desse


agravo, segundo aspectos sociodemográficos e a evolução temporal
dessas ocorrências no estado da Bahia nos anos de 2003 a 2012.

Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo, de série temporal


realizado com dados obtidos no Sistema de Informações sobre
Mortalidade (SIM), do Departamento de Informática do Sistema Único
de Saúde (DATASUS). Utilizou-se o total de óbitos por (DP) na faixa etária
de 60 anos ou mais. Analisou-se variáveis: sexo, faixa etária e estado
civil, calculou-se as taxas de mortalidade padronizada e variação
percentual anual.

Resultados e Discussão: Entre os anos 2003 e 2012, registrou-se um total


de 731 óbitos por (DP) no grupo de mais de 60 anos, na faixa etária de
80 anos ou mais (50,9%). Observou-se a maior proporção de óbitos no
sexo masculino (60,1%), de estado civil casado (54,9%). Observou-se
crescimento das taxas de mortalidade padronizadas entre os anos de
2003 a 2012. O crescimento médio anual da taxa de mortalidade foi de
11,5%, já nas populações masculinas e femininas esse crescimento foi de
9,9% e 19,6% respectivamente.

Conclusão: Entre os anos de 2003 e 2012, a taxa de mortalidade foi


maior envolvendo o sexo masculino e o crescimento médio anual foi
maior na população feminina.

Palavras-chave: Idoso; Mortalidade; Doenças neurodegenerativas;


Doença de Parkinson.

¹ Graduanda em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual


do Sudoeste da Bahia (UESB). E-mail: keu_oliveira10@hotmail.com

² Graduando em Farmácia pela UESB

³ Enfermeira pela UESB

171
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADES NA VELHICE: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA


INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Tamiles Souza Oliveira1


Lina Ribeiro Moura2
Viviana Batista Viana3
Gabriela de Freitas Cardoso3
Osiane Silva da Hora3
Rosilande dos Santos Silva3

Introdução: Atualmente o país conta com composição populacional


adulta/idoso e tende a viver maiores transformações, graças a redução
da natalidade e o declínio na taxa de mortalidade. À medida que o
Brasil vai se desenvolvendo, envelhece populacionalmente,
consequentemente deixa-nos fragilizados e vulneráveis.

Objetivo: descrever as principais vulnerabilidades relacionadas a


problemas de saúde identificados em idosas residentes em uma
instituição de longa permanência.

Metodologia: Estudo investigativo do tipo relato de experiência acerca


das situações de vulnerabilidades de idosos em uma Instituição de
Longa Permanência localizada em um município no interior da Bahia,
durante primeiro período letivo 2016, em atividade curricular da
disciplina Saúde do Idoso. Realizamos quatro visitas a instituição na qual
aplicamos diferentes instrumentos de avaliação visando às
vulnerabilidades dos internos de ambos os sexos da referida instituição
filantrópica, posteriormente traçamos planos de cuidado.

Resultados e discussão: Durante a aplicação da escala Avaliação


Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa (AMRPI), realizamos
levantamento de diversos fatores percussores de vulnerabilidades, tais
como: nutrição, visão, audição, incontinência urinária, atividade sexual,
atividades de vida diária, queda, suporte social e renda. Na avaliação
de humor/ depressão, detectamos fatores psicológicos, sentimentos de
tristeza e/ou desânimo e baixo estima. Utilizamos ainda a Escala de
Depressão Geriátrica que possibilitou rastrear queixas como: insatisfação
com a vida, medo, vazio, inutilidade. No Mini Exame de Estado Mental
(MEEM) evidenciou nos idosos déficit cognitivo e memória
comprometida. Na avaliação dos Membros Superiores avaliamos: dor,
amplitude de movimentos, equilíbrio e marcha alterados. Aplicamos a
Escala de Avaliação do Equilíbrio e da Marcha de Tinneti e Medida de
Independência Funcional, sendo identificado distúrbios funcionais. Após

172
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

os resultados de cada teste implementou-se ações de saúde buscando


a reabilitação dos indivíduos.

Conclusão: A vivência propiciou identificar vulnerabilidades as quais


idosos institucionalizados estão expostos, entre elas: social, espiritual e
biológica. Os resultados apontam para a necessidade de crescente
proteção de risco para com idosos institucionalizados, sendo necessário
implantar políticas públicas e uma maior atenção de todas as esferas
da sociedade em garantir uma velhice saudável e livre.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Instituição de Longa Permanência


para Idosos; vulnerabilidades e saúde.

1Graduanda de Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste


da Bahia/UESB – Jequié Bahia. E-mail: tamilesso@hotmail.com;
2Enfermeira pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/UESB –
Jequié Bahia; Especialista em Metodologia do Ensino Superior.
3 Enfermeira pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/UESB-
Jequié Bahia.

173
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CUIDADORES DE IDOSOS: RELATO


DE EXPERIÊNCIA.

Marcos Gabriel de Jesus Bonfim1


Verônica Costa dos Santos de Santana1
Letícia Cardoso Braz2

Introdução: Atualmente, observa-se um crescimento mundial da


população idosa e, no Brasil, essa alteração se reflete em uma
sociedade mais envelhecida e dependente de cuidados. Essa
realidade reflete na necessidade de os serviços capacitarem mais
profissionais para melhor atender os idosos, com destaque para um
atendimento humanizado e acolhedor.

Objetivo: Descrever a experiência de uma atividade extensionista


realizada com cuidadores de idosas.

Metodologia: Relato de experiência descritivo, realizado por discentes


da LANEF - Liga Acadêmica de Nefrologia de uma universidade privada
de Salvador, sobre ação de educação em saúde para cuidadores de
idosas em uma Instituição de longa permanência (ILPI).

Resultados e Discussão: O crescimento da população idosa, destaca


cada vez mais o papel do cuidador e familiares, principalmente no
processo de aceitação das alterações fisiológicas, psicossociais e no
processo geral de envelhecimento. Com essa premissa, foi realizada
ação de educação em saúde aos cuidadores de idosos de uma ILPI.
Neste local, os serviços são destinados apenas idosas, com idade entre
68 e 104 anos, por motivo de abandono ou que se encontram em
situação de rua, com um acentuado declínio funcional e cognitivo,
levando-as a um processo de senescência, devido à idade avançada
ou patologias incapacitantes relacionadas. A ação foi destinada aos
cuidadores, visando disseminação de informações sobre noções
básicas de atenção primária à saúde do idoso e a relevância da
humanização no serviço prestado. Ficou evidenciado a importância do
vínculo que as idosas possuem com as cuidadoras, referenciando-as
como família, sobretudo com sentimentos de carinho pelo cuidado
recebido. Apesar de serem acometidas por doenças de base como,
mal de Alzheimer, Diabetes Mellitus e Demência, nenhuma delas
possuíam, infecções do trato urinário recorrentes, dermatite de contato
ou escaras. A ausência dessas patologias representa, que os cuidados
destinados a elas eram sempre bem executados pela equipe.

174
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: Por ser um processo multifatorial, o envelhecimento requer


uma atenção especial da enfermagem, principalmente quando se
trata da educação de cuidadores e familiares. Sendo assim, pode-se
compreender a relevância da humanização do serviço para
adaptação dos indivíduos ao meio e a importância da atenção
primária para evitar possíveis agravos em seu estado de saúde.

Palavras-chave: Cuidadores, Educação em Saúde, Atenção Primária à


Saúde, Humanização da Assistência.

1 Graduandos de Enfermagem - Universidade Salvador - UNIFACS


2 Docente da Universidade Salvador – Mestre em enfermagem
Universidade Salvador – UNIFACS

175
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE O PROCESSO DE DESIDRATAÇÃO


DO IDOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Larissa Almeida Cardoso dos Santos1


Ingrid Gadea Santana1
Verônica Costa dos Santos de Santana1
Letícia Cardoso Braz2

Introdução: O envelhecimento humano provoca uma série de


alterações biológicas, sociais e psicológicas, as quais ocasionam
consequências no idoso, como a desidratação. Segundo Genaro
(2015), o consumo de água pela população idosa é muito baixo, sendo
requerido de familiares e profissionais que favoreçam a ingestão de
líquidos em busca da saúde e bem-estar.

Objetivo: Descrever a experiência de discentes de enfermagem em


uma ação de educação em saúde.

Metodologia: Relato de experiência, de caráter descritivo, realizado por


discentes do 5o semestre do curso de Enfermagem de uma
Universidade privada em Salvador - BA, em uma Associação de Idosas.

Resultados e Discussão: No espaço residem idosas na faixa etária entre


68 e 104 anos, que estavam em situação de rua ou abandono. São
cuidadas por uma equipe de saúde composta por nutricionista,
enfermeira e duas cuidadoras. Durante a visita os discentes buscaram
por meio de atividades integrativas, conscientizar as idosas sobre o
consumo de água, enfatizando os principais problemas ocasionados
pela desidratação no idoso. A equipe se encarregou de apresentar aos
discentes a rotina das idosas, de como era garantido a ingestão de
água durante dia, as doenças mais acometidas, o reflexo de sede
diminuído a oferta de outras formas de líquidos como sucos e frutas
para suprir a necessidade corporal diária. Observou-se que algumas
idosas apresentavam resistência quanto a ingesta de líquido, contudo,
a equipe incentivava essa prática por meio da introdução de alimentos
ricos em fibras e água.

Conclusão: Para muitos discentes essa foi a primeira experiência com


uma população idosa, logo, sendo relevante o desenvolvimento de
programas de extensão comunitária que proporcionem ao aluno
vivenciar ações de promoção à saúde e prevenção da doença nas
populações mais vulneráveis. Notou-se a necessidade de planejar o

176
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

cuidado de forma integral, levando sempre em consideração a


realidade existente.

Palavras-chave: Educação em Saúde, Envelhecimento, Enfermagem


em Saúde Comunitária.

1Graduandos de Enfermagem - Universidade Salvador – UNIFACS. E-


mail: larissaacardoso@icloud.com

2 Docente orientadora - Universidade Salvador – UNIFACS

177
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

BIBLIOTERAPIA: UMA ATUAÇÃO NO ABRIGO SÃO VICENTE DE PAULO

Taã Pereira da Cruz Santos1


Gloria de Fatima Lima dos Santos2

Introdução: Os profissionais de saúde que prestam atendimentos em um


ambiente compartilhado entre idosos precisam muito mais do que
cuidados de cunho tecnicistas. Além de atentar-se para as práticas
basilares de manutenção à vida como: bem estar físico, alimentação,
manutenção de padrões de sono adequado, dentre outros, torna-se
interessante cuidar também do bem estar psicológico destes idosos
abrigados. O fato de conviver, em sua maioria, entre demais idosos e
sempre restritos de algumas tarefas, faz com que o idoso sinta-se
menosprezado. A autovisão do idoso abrigado reflete baixa autoestima,
principalmente nos dias em que faltam o exercício de atividades
externas ao seu quarto, ficando o idoso ocioso em alguns momentos.

Objetivo: Compreender a relevância da biblioterapia no contexto da


terceira idade; Entender quais os benefícios da leitura terapêutica a
nível mental; Demonstrar sua ação como uma alternativa
complementar terapêutica.

Metodologia: Partindo deste pressuposto, o projeto de extensão


universitária: Biblioteca viva da UESC passou a promover a biblioterapia,
como ferramenta escolhida de suporte a estes abrigados. Mediante os
encontros semanais nas sextas feiras de 13 h até 15 h, onde se faz
contação de histórias e mediação de diversos textos literários.

Resultados: A leitura favoreceu aos idosos possibilidades de reflexões,


tendo através da leitura um meio de favorecer a imaginação, a
criação de personagens, fazendo os idosos se transportarem através do
tempo e espaço, construindo conexões entre o real e o imaginário ao
estimular os neurônios. A partir de então, os idosos, foram incentivados
com as boas práticas da leitura, de modo rotineiro, permitindo-se
reconhecer suas emoções, reviver suas memórias, reafirmando sua
autopercepção, agregando valores à sua personalidade através do
aprendizado, além de reconhecer seus problemas e buscar meios para
superá-los.

Conclusão: Portanto a leitura favorece a capacidade de imaginação,


criação, além de contribuir para combater a ociosidade naquele
ambiente, de certo modo restrito, atuando assim a biblioterapia como
meio de suporte a manutenção da saúde do leitor que após a

178
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

intervenção convive com o físico e mental amplamente satisfatórios a


uma excelente qualidade de vida.

Palavras-chave: Idoso, Cuidados de Enfermagem, Biblioterapia.

1Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de


Santa Cruz. Discente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual
de Santa Cruz. E-mail: taapereiradacruzsantos@hotmail.com.
2Docente do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual
de Santa Cruz.

179
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL NA VIDA DOS IDOSOS: UM RELATO


DE EXPERIÊNCIA.
Gyuliana Santana Batista1
Ritacreia Berger Ribeiro1
Silvana Lima Vieira2

Introdução: A Vulnerabilidade é um termo polissêmico, definida como o


estado de indivíduos ou grupos que, por alguma razão, têm sua
capacidade de autodeterminação reduzida. A mesma possui várias
vertentes, dentre elas a vulnerabilidade programática, que se refere aos
recursos sociais fundamentais para a proteção do indivíduo devido aos
riscos à sua integridade, bem-estar físico, psicológico e social. Nesse
sentido, a pessoa idosa pode ser vulnerável a essas condições com
efeitos prejudiciais às condições de vida e familiar.

Objetivos: Este estudo tem como objetivo relatar a experiência das


acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia
(UNEB) como membros atuantes da Liga Acadêmica de Geriatria e
Gerontologia do Estado da Bahia (LAGGEBA), através da síntese do
cenário vivido em uma Instituição de Longa Permanência (ILP),
enfatizando sua relevância acadêmica/social.

Metodologia: Trata- se de um relato da experiência proporcionado


através da LAGGEBA, por meio de uma ação social em uma ILP, através
da vivência de seu funcionamento com relevância à participação
social e familiar.

Resultados e Discussão: A experiência prática da liga acadêmica está


atrelada ao conhecimento teórico-científico que auxiliou a percepção
enquanto acadêmicos e futuros profissionais de saúde os riscos inerentes
a que está condicionado à pessoa idosa que residem em ILP,
principalmente por se isolarem do convívio social e familiar, revelando a
vulnerabilidade física, psicológica e social.

Conclusão: Faz-se necessário o acolhimento familiar e da sociedade da


qual estão inseridos, como meio de não desencadear um desequilíbrio
emocional e psicossocial de forma discriminatória, levando o indivíduo
idoso à ansiedade, depressão e acelerando o processo de
envelhecimento/morte. Desta forma o idoso deve ser visto e tratado
como pessoa que faz parte da sociedade de forma econômica, social
e cultural da qual tanto já contribuiu, e agora isolado, discriminado e
esquecido estão na estatística da vulnerabilidade programática.

Palavras-chaves: vulnerabilidade; idoso; inclusão.

1 Graduanda de Enfermagem da UNEB. Email: gyulibatista@gmail.com.


2 Doutora professora da UNEB.

180
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO POR HIV E VULNERABILIDADE EM IDOSOS NO


PERÍODO DE 2013 A 2017

Elielma Almeida Alvin de Melo1


SILVESTRE, C. C.2

Introdução: Em tempos remotos ocorrência de HIV/AIDS se dava em


grupos considerados de maior risco: homossexuais e profissionais do
sexo, atualmente observa-se alterações no perfil epidemiológico da
doença, passando a fazer parte da estatística nos grupos hétero e em
idosos. A sociedade acredita que a sexualidade entre idosos inexistem.
Desmistificando essa crença é preciso considerar que vida sexual ativa
na fase senil existe, necessitando de informações acerca da prática do
sexo seguro, proporcionando-lhes medidas protetivas sem abstê-los da
qualidade de vida.

Objetivo (s): Apontar fatores relacionados a vulnerabilidade, ocorrência


de HIV/AIDS na fase senil, percepção/comportamento dos idosos frente
a sexualidade, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e sua
transmissão.

Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura de caráter descritivo


exploratório, realizou-se levantamento de produção científica,
apontando ocorrência de HIV em idosos na base de dados SCIELO e
BVS no período de 2013-2017. Descritores de saúde (DECS) utilizados:
HIV; idoso; vulnerabilidade em saúde, associado ao operador booleano
AND. Identificou-se 43 produções. Critérios de exclusão: artigos repetidos
em mais de uma base de dados, considerando só a primeira pesquisa e
os que após análise dos resumos não atenderam ao tema central e/ou
objetivos da pesquisa. Critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra
em português, resultando em 8 artigos aptos ao estudo.

Resultados e discussões: Após análise observou-se que a epidemia de


HIV em idosos de sexo masc., pode relacionar-se ao medo de perder
ereção, no sexo fem. pela prática do sexo inseguro já que não
engravidam. Fatores que somados à falta de conhecimento das
IST/AIDS x uso de preservativo contribuem para aumento da
vulnerabilidade.

Conclusões: O aumento da expectativa de vida, o envelhecimento da


população mundial, as facilidades advindas de uma sociedade liberal

181
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

e a prática sexual insegura torna a população idosa cada vez mais


vulnerável às IST’S, deste modo é imprescindível olhar diferenciado do
profissional de saúde, visto que há a falta campanhas e ações que lhes
proporcionem conhecimento suficiente e eficaz para impactar
positivamente na prevenção e redução de danos nesta problemática.

Palavras-chave: Idoso, IST/AIDS, vulnerabilidade.

1 Enfermeiranda, Faculdade Anísio Teixeira, Feira de Santana/BA


E-mail: alvin.tec@hotmail.com

2 Enfermeiranda, Universidade Tiradentes

182
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

VULNERABILIDADE DO IDOSO NA CLÍNICA CIRÚRGICA FRENTE ÀS


DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT): UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Ritacreia Berger Ribeiro1
Alana Santos Ribeiro da Silva1
Rafaela Santos do Espírito Santo1
Denise Santana Silva dos Santos2

Introdução: Uma das diretrizes da Política Nacional de promoção da


Saúde é reconhecer a busca da equidade e integralidade, da melhoria
da qualidade de vida e de saúde da população diminuindo a
vulnerabilidade das doenças, suas possíveis incapacitações e
sofrimentos. Dentre elas está o Diabetes Mellitus e a Hipertensão Arterial.
No período perioperatório, o paciente pode apresentar ansiedade,
estresse e esperança de bons resultados.

Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas em enfermagem da


UNEB na clínica cirúrgica de um hospital de Referência Cardiológica na
cidade de Salvador- Ba.

Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência com


abordagem qualitativa, que discorre acerca da vivência no campo de
prática de um componente curricular do curso de Enfermagem da
UNEB, em 2017.

Resultados: Ao acompanhar uma paciente idosa, tabagista importante


e que convive com diabetes e hipertensão, foi possível perceber a
necessidade da educação em saúde advinda das unidades básicas,
para prevenção de doenças e agravos à saúde, principalmente as
Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). Foi percebido que grande
parcela dos pacientes atendidos nas unidades de clínica cirúrgica,
daquele hospital, eram idosos que convivam com Diabetes Mellitus
e/ou Hipertensão Arterial, associado ao tabagismo e o etilismo. Isso
afeta diretamente o estilo de vida do paciente, tornando-o mais
vulnerável à complicações de saúde, bem como implica nas suas
necessidades humanas básicas. Com isso, foi percebida a necessidade
de intensificar a educação em saúde, promoção da saúde e
prevenção de agravos e doenças, principalmente na população que
reside no interior do estado.

Considerações finais: Pode-se observar que os usuários sem essas


informações para a promoção de saúde e prevenção de doenças
podem influenciar de forma negativa na vida da população idosa,
principalmente as que convivem com doenças.
1 Graduanda de Enfermagem da Universidade do Estado da
Bahia/UNEB;
2 Docente do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado da

Bahia/UNEB;
183
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO EM SAÚDE DO IDOSO:


VULNERABILIDADE NA VELHICE

Júlio César Rabêlo Alves1


Ana Vitória de Oliveira Brito1
Itana da Silva Gomes1
Talita Monteiro Rios Melo1
Mirthis Sento-Sé Pimentel Magalhães2

Introdução: No Brasil, o envelhecimento populacional, nos dias atuais, é


considerado uma importante questão de saúde pública e assistencial,
especialmente pelo prevalecimento das doenças crônicas.
Consequentemente, houve uma mudança nos moldes familiares, na
forma em que estes se organizam para atender e cuidar de seus idosos.
Com isso, é crescente a presença de idosos em Centros Sociais Urbanos
(CSU), como constatamos durante a vivência de estágio no CSU de
Mussurunga, bairro de Salvador.

Objetivos: Relatar a vivência dos discentes de Enfermagem no campo


de estágio em Saúde do Idoso e refletir sobre a vulnerabilidade na
velhice. Associando aos tipos de intervenções que poderiam ser feitos
para prevenir, minimizar e/ou postergar o efeito dos eventos que
implicam em maior vulnerabilidade no final da vida, principalmente
decorrente de uma má relação familiar.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência dos acadêmicos da


disciplina Saúde do Idoso, do curso de Graduação em Enfermagem, do
Centro Universitário Jorge Amado, campus Paralela, durante duas
vivências diárias. Para ampliar o conhecimento, utilizamos artigos dos
últimos dez anos encontrados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), com
os seguintes descritores: Idosos; Vulnerabilidade em Saúde;
Envelhecimento.

Resultados/discussões: Constatamos que algumas patologias são


prevalentes nos idosos, como a demência, que os deixam em situações
de vulnerabilidade. Por isso, se faz imprescindível o acompanhamento
familiar efetivo, que, segundo relatos no CSU, nem sempre acontece.

Conclusões: A convivência com os idosos, nesses dias de estágio, nos


fez perceber a importância de um ambiente adaptado às suas
necessidades, afim de minimizar os possíveis riscos que acometem a sua
faixa etária. Foi possível analisar que, no CSU eles se mantém mais felizes
e seguros por ter pessoas dispostas a lhe ofertar assistência.

184
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Palavras-chaves: Idosos; Vulnerabilidade em Saúde; Envelhecimento.


1Acadêmicos de Enfermagem do Centro Universitário Jorge Amado –
UniJorge, Salvador – BA – Brasil. E-mail: papito.julio@hotmail.com
2 Enfermeira, mestra em Enfermagem pela UFBA, especialista em
Emergência e Ensino Superior. Docente do Centro Universitário Jorge
Amado.

185
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CUIDADO DE


IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER

Luana Dias de Alencar Lima de Almeida1


Rose Valda de Andrade1
Mirthis Sento - Sé Pimentel Magalhães2

Introdução: O envelhecimento é uma realidade no mundo,


principalmente no Brasil, onde ocorre um crescente número de pessoas
que passam dos 60 anos. É um processo natural, intrínseco e que traz
modificações na saúde física, psicológicas e sociais da pessoa idosa.
Essas modificações contribuem para o surgimento das chamadas
doenças crônicas degenerativas, que acometem principalmente os
idosos, comprometendo sua qualidade de vida e na capacidade
funcional. Dentre as doenças, a mais comum é a doença de Alzheimer
(DA), comprometendo a função cognitiva do idoso.

Objetivo: Destacar os efeitos positivos da enfermagem na promoção a


saúde dos idosos acometidos pela doença de Alzheimer.

Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática de literatura com


base nos artigos das bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS), entre os anos de 2011 a 2017. Foram encontrados 10 artigos sobre
a temática, e aplicando os critérios de exclusão (publicação inferior a
2011; país de pesquisa: Brasil; área de interesse: enfermagem) restaram
8 artigos que contemplavam o tema de interesse.

Resultado e discussões: A DA inicia de forma lenta, silenciosa e


apresenta um quadro clínico variável de pessoa a pessoa, podendo
variar entre episódios de esquecimento até mesmo, restrição ao leito, o
que muitas vezes necessita de um cuidado contínuo, seja ele por um
membro da família ou por um profissional de saúde. Diante a essa
realidade, o enfermeiro desempenha o papel de liderança e
sistematização do processo de cuidado, analisando o indivíduo e suas
particularidades e identificando não só o quadro clinico do paciente,
mas avaliando de forma holística, salientando as dificuldades
vivenciadas pela família, dando apoio e suporte aos familiares e
cuidadores no desenvolvimento de atividades que facilitem e
promovam um bem estar no cuidado aos idosos com DA.

Conclusão: A enfermagem exerce importante função na sistematização


do cuidado ao paciente idoso com DA, realizando o planejamento e
estratégias para serem desenvolvidas juntamente com os familiares e ou

186
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

cuidadores, destacando a importância do envolvimento familiar no


processo do cuidado.

Palavras-chave: Idoso; Cuidado de enfermagem; Alzheimer.

1 Graduandas em Enfermagem pela Unijorge; Salvador, Bahia, Brasil;


E-mail: luana.aleencar@hotmail.com;

2 Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente da Unijorge.

187
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

PERCEPÇÃO DE DISCENTES DE ENFERMAGEM ACERCA DA


VULNERABILIDADE DO IDOSO AO DELIRIUM EM UTI

Nathália Almeida Suzart1


Rebecca Neves dos Santos Rabelo1
Tássia Nery Faustino2

Introdução: A população idosa é considerada vulnerável devido às suas


limitações, fragilidades e longos períodos em unidades hospitalares.
Uma das vulnerabilidades é quanto à ocorrência do delirium, um
distúrbio orgânico frequente nessa população que pode acometer de
56% a 72% daqueles internados em unidade de terapia intensiva (UTI).

Objetivo: Relatar a percepção de discentes de enfermagem acerca da


vulnerabilidade do idoso ao delirium em UTI.

Metodologia: Relato de experiência a partir da participação em um


projeto de pesquisa, onde a coleta de dados ocorreu na UTI de um
hospital de médio porte de Salvador. Foi realizada a monitorização do
delirium nos participantes da pesquisa, em sua maioria idosos, através
da aplicação da escala CAM-ICU e os participantes sorteados para
compor o grupo intervenção foram submetidos à implementação de
um pacote combinado de medidas não farmacológicas.

Resultados/discussão: Pôde-se perceber diversos fatores que


predispõem o idoso à ocorrência do delirium, como: uso de dispositivos
invasivos, uso de ventilação mecânica, presença de ruídos na unidade,
privação do sono, uso de medicações sedativas, analgésicas e
anticolinérgicas, restrição mecânica, além do próprio estado crítico do
paciente. Nesse contexto, as pesquisadoras analisaram os riscos
apresentados pelo paciente no desenvolvimento do delirium e
realizaram intervenções não farmacológicas com o intuito de prevenir a
ocorrência desta disfunção. Essas ações atuam nos fatores passíveis de
modificação através da reorientação periódica do paciente, medidas
para a promoção do sono e fornecimento de materiais para a
estimulação cognitiva, a instrução da família e dos profissionais de
saúde.

Conclusões: A compreensão da temática colaborou para o


desenvolvimento do conhecimento das discentes, uma vez que, o
delirium é pouco abordado durante a graduação. Compete a equipe
de enfermagem, prestar uma assistência qualificada à população

188
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

idosa, pois, distúrbios psicobiológicos associados à hospitalização


podem influenciar no desenvolvimento do delirium, devendo este
profissional estar capacitado para identificar sinais sugestivos do delirium
e promover medidas de prevenção efetivas para que assim haja a sua
prevenção/controle e a redução nos desfechos clínicos negativos
associados.

Palavras-chaves: Vulnerabilidade em Saúde; Idoso; Delirium; Terapia


Intensiva.

1Graduandas em enfermagem da Universidade do Estado da Bahia. E-


mail: nathisuzart@hotmail.com)
2Docente do curso de enfermagem da Universidade do Estado da
Bahia.

189
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

DOENÇA DE ALZHEIMER COMO PRECURSORA DE DÉFICIT COGNITIVO E


PSICOSSOCIAL NOS IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Jane Hellen Santos da Cunha¹


Letícia Cardoso Bráz²
Carlos Alexandre de Santana Silva¹
Mailton Couto Duarte¹
Rute Mendes Ribeiro dos Anjos¹
Thainá Morais Sala¹

Introdução: O processo dinâmico e progressivo do envelhecimento é


um dos principais fatores que acarretam morbidades ao corpo humano.
Dentre estas, destaca-se a doença de Alzheimer, considerada de
grande prevalência e preocupação, pois provoca um extremo déficit
cognitivo e psicossocial aos idosos, levando-os a um estado vulnerável
de demência. A principal teoria desta enfermidade neurológica, afirma
que ela ocorre devido à hiperfosforilação da tubulina (proteína tau),
promovendo a perda da estabilidade e a fragmentação dos
microtúbulos do axônio. Esses fragmentos se aglomeram na sinapse,
formando placas senis que impedem a propagação do impulso
nervoso. Assim, a ocorrência do desuso do neurônio provoca a morte
desta célula neural. Por isso, pode-se afirmar que o Alzheimer constitui
uma doença incurável que torna o seu portador totalmente
dependente de seus familiares e cuidadores.

Objetivo: Descrever a experiência de discentes em uma aula teórica


com recursos pedagógicos sobre a doença de Alzheimer e suas
alterações neurológicas e sociais.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo,


abordando discussão teórica aplicada em sala de aula de uma
Instituição de Ensino Superior (IES) privada da cidade Salvador, Bahia,
referente à disciplina sistema nervoso, inserida na matriz curricular do
segundo semestre do curso de graduação em enfermagem,
correspondente a 2016.2.

Resultados/discussão: O caráter desta enfermidade é agressivo e


extremamente debilitador, sua progressão é gradual, e, mesmo não
possuindo cura, se diagnosticada precocemente pode ser tratada e
seus sintomas parcialmente controlados. A geriatria tem como
característica clínica a fragilidade, correlacionada a esta afecção, as
limitações e qualidade de vida dos idosos agravam-se, gerando

190
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

incapacidade funcional, psicológica e social, excluindo-o em meio à


sociedade e à interação interpessoal. É necessário discutir sobre essa
temática a fim de implementar possíveis estratégias de cuidados
diversificados que possibilitem um conforto melhor para o idoso e
segurança para a família.

Conclusão: A doença de Alzheimer é uma das mais severas precursoras


da dependência e comprometimento cognitivo da população idosa,
demandando de assistência humanizada pelos profissionais de saúde e
acompanhamento centrado da família. Portanto, o plano de cuidado
deve abranger o idoso e família, respeitando os aspectos
biopsicossociais e espirituais, que contemplem uma assistência
humanizada, numa perspectiva multiprofissional.

Palavras-chave: Idosos; Doenças do sistema nervoso; Disfunção


cognitiva.

¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade Salvador / UNIFACS.


Rede Laureate International Universities. E-mail:
janehellen1996@gmail.com

² Enfermeira. Docente da Universidade Salvador / UNIFACS. Rede


Laureate International Universities.

191
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

INTERNAMENTO DE IDOSOS POR FRATURA DE FÊMUR NO ESTADO DA


BAHIA ENTRE 2007 E 2016

Jane Hellen Santos da Cunha¹


Letícia Cardoso Bráz²
Jadiel Sousa de Oliveira¹
Thainá Sala Morais¹

Introdução: A fase do envelhecimento é caracterizada por diversos


fatores, os quais desencadeiam-se inúmeros desafios aos idosos,
especialmente no âmbito da saúde. A suscetibilidade, relacionada aos
aspectos fisiológicos e fisiopatológicos de causas diversas, pode levar à
ruptura do fêmur, tendo em vista a condição clínica da terceira idade
evidenciada pela fragilidade, que propicia ao idoso possíveis
implicações. Os internamentos em Unidades de Terapia Intensiva
provêm complicações e agravos desencadeados pelos quadros de
fraturas, os quais acarretam alterações psicológicas e sociais ao ancião,
sendo necessária a percepção da vulnerabilidade em que o idoso se
encontra, carecendo de um atendimento humanizado por parte de
toda equipe de saúde e acolhimento por seus familiares e cuidadores.

Objetivo: Descrever o perfil dos casos de internamento por fratura de


fêmur na Bahia entre 2007 e 2016.

Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com informações


extraídas do banco de dados do Sistema de Informações de
Internamentos Hospitalares (SIH-SUS) notificados no Departamento de
Informática em saúde (DATASUS), tornando dispensável a submissão ao
comitê de ética em pesquisa. Foram coletados registros pelo
diagnóstico: fratura de fêmur porqueda de idosos, referentes às
variáveis: sexo, faixa etária, raça/cor, região de saúde e letalidade.

Resultados/Discussão: Dentre o período estudado, o sexo prevalente foi


o feminino com (65,2%); Faixa etária: &gt; 80 anos (48,1%), sendo (28,5%)
homens e (71,5%) mulheres; Raça/Cor não preenchidos (67,5%) e dos
preenchidos (25,2%) eram pardos; A região mais afetada foi Salvador
(18,3%) seguida por Feira de Santana (9,4%); Média de internamento:
(10,1 dias), sendo abundante a faixa de &lt; 80 anos (10,3 dias);
Letalidade total: 750 casos, relacionado à faixa etária, (70,3%) são &gt;
80 anos.

192
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: Observa-se que a fratura femoral é assídua no sexo


feminino, de cor parda e maiores de 80 anos, e o número de
internamentos em UTI é diretamente proporcional ao aumento da
fração geriatra da população. Esta lesão é mais propensa a ocorrer
com o processo de envelhecimento, devido à fragilidade clínica e
psicoemocional do longevo demandando um atendimento minucioso e
priorizando as necessidades do paciente, ou seja, aplicando uma
assistência humanizada e com equidade. O descuido com a
população idosa, no que tange a acessibilidade na sociedade, deixa-
os mais vulneráveis a um conjunto de razões que dificultam o indivíduo
a exercer determinados papéis na sua fase da vida.

Palavras-chave: Idoso; Epidemiologia; Fratura femoral.

¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade Salvador / UNIFACS.


Rede Laureate International Universities. Email:
janehellen1996@gmail.com

² Enfermeira. Docente de Enfermagem - Universidade Salvador /


UNIFACS. Rede Laureate International Universities.

193
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

ATENDIMENTO HUMANIZADO PRESTADO POR ENFERMEIRAS EM


INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Juliana Sales Dos Santos¹


Ana Carolina Sales Dos Santos¹
Fabiana dos Santos Santana¹
Carolina Felizardo de Olinda Cardoso¹
Lorena do Nascimento dos Santos¹
Letícia Cardoso Braz²

INTRODUÇÃO: O cuidar constitui cerne da assistência prestada pelo


enfermeiro. Essa assistência deve contemplar elementos importantes no
processo de enfermagem, como o acolhimento, que consiste em uma
ferramenta de humanização dos serviços de saúde, com qualificação
da escuta e sobretudo favorecimento à construção de vínculos e à
garantia de acesso à população. Para tanto, o enfermeiro como
protagonista do cuidado deve oferecer aos idosos segurança e
conforto, respeitando sua individualidade e privacidade, promovendo a
autonomia destes e contribuindo para o seu convívio social.

OBJETIVO: Relatar a vivência de discentes de enfermagem durante uma


visita em Instituição de Longa Permanência (ILPI).

METODOLOGIA: Relato de experiência de caráter descritivo, vivenciado


por graduandas de enfermagem do 5º ao 7º semestre de uma
Instituição privada de Salvador-BA, no ano letivo de 2017.

RESULTADOS e DISCUSSÃO: Uma das principais atribuições do enfermeiro


que atua nas ILPI é conhecer o processo de envelhecimento para
estabelecer as ações, a fim de atender integralmente às necessidades
expressas e não expressas do idoso residente, buscando preservar
sempre os princípios de autonomia e independência. O atendimento
prestado pelo enfermeiro é de suma relevância, a fim de que esse
modo de residência venha a ser o mais satisfatório possível à pessoa
idosa, por isso os cuidados ofertados devem abranger a vida social,
emocional, as necessidades de vida diária e assistência à saúde,
caracterizando- se como um serviço híbrido, de caráter social e de
saúde a esses indivíduos. Proporcionando dessa forma, uma melhor
qualidade de vida, além de favorecer a efetividade na prevenção,
promoção e na recuperação daqueles que mais precisam.

CONCLUSÃO: Desse modo, em seu atendimento, o enfermeiro deve


proporcionar ambiente acolhedor, onde os idosos possam sentir-se útil,

194
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

fortalecendo atividades recreativas, visando a melhoraria da qualidade


de vida, autonomia e a autoestima. É necessário o conhecimento a
respeito da realidade e os condicionantes envolvidos nas relações
interpessoais para que o acolhimento seja reconhecido como cuidado
de enfermagem.

Palavras-chave: Instituição de longa permanência para idosos; Idoso;


Enfermagem;

¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Salvador - Unifacs.


Email: julisales01@gmail.com.

² Enfermeira. Docente da Universidade Salvador - UNIFACS. Salvador-BA

195
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

DEPRESSÃO ENTRE IDOSOS EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Juliana Sales Dos Santos¹


Fabiana dos Santos Santana¹
Lorena do Nascimento dos Santos¹
Diana Santos Sanchez¹
Ruth Souza Alves¹
Letícia Cardoso Braz²

INTRODUÇÃO: As Instituições de Longa Permanência (ILPI) para Idosos


tem se tornado uma das fontes de residência e amparo à população
idosa que necessita de cuidados a longo prazo. Ser admitido nesses
locais é um fator de grande impacto na vida do idoso, que além de
adequar-se às regras, necessita estabelecer novos relacionamentos e
demarcar seus espaços. Essa mudança de habitat pode provocar no
idoso o aparecimento de transtornos, tais como a depressão.
Considerada como distúrbio da área afetiva ou do humor, a depressão
desempenha importante impacto funcional e fisiológico, sua natureza
multifatorial envolve inúmeros aspectos de ordem biológica, psicológica
e social. Sendo assim, requer do enfermeiro um olhar holístico e
humanizado, por exercer um papel imprescindível que contribui
significativamente para a qualidade de vida desses idosos.

OBJETIVO: Discutir a ocorrência da depressão entre idosos em


instituições de longa permanência.

METODOLOGIA: Relato de experiência vivenciado por estudantes de


graduação em Enfermagem, de uma Universidade privada de
Salvador- BA, em uma visita a uma ILPI.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a visita, as idosas explanaram sobre


o grau de convivência entre elas e a equipe, os motivos que levaram a
internação, frequência dos familiares, sobre suas angústias e anseios,
atividades de recreação e importância da equipe multiprofissional. Foi
constatado a importância familiar e o apoio da equipe de enfermagem
frente à depressão. Das 22 idosas, apenas 13 possuem família, contudo
as visitas não são frequentes, precisando do intermédio da
coordenadora da instituição por meio de conversas e em casos
extremos o Ministério Público é acionado para que as visitas sejam
realizadas com mais frequência. Observou-se que muitas idosas sofrem
ou já sofreram de depressão. O apoio de toda equipe, principalmente
da enfermeira que é a profissional que está a frente do cuidado, faz

196
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

toda a diferença, pois contribui para a melhoria da qualidade de vida e


recuperação dessas idosas. Vale ressaltar, que a instituição é
filantrópica, recebe doações e poucas idosas recebem assistência por
parte de familiares e aposentadoria.

CONCLUSÃO: O enfermeiro possui importante relevância para a


reabilitação das idosas, principalmente quando o cuidado é integral e
humanizado. Portanto, faz-se necessário estabelecer vínculos de
confiança, especialmente entre as idosas acometidas por depressão,
para que a assistência seja diferenciada e efetiva.

Palavras-chave: Depressão; Instituição de Longa Permanência para


Idosos; Relações Enfermeiro-Paciente.

¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade Salvador - UNIFACS.


Email: julisales01@gmail.com

² Enfermeira. Docente da Universidade Salvador - UNIFACS. Salvador-BA

197
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

DIREITOS DA PESSOA IDOSA: A EXPERIÊNCIA DO OBSERVATÓRIO DA


SAÚDE E CIDADANIA

Jessica Pena Bispo dos Santos¹


Daniela da Silva Dorea¹
Adriana Valéria da Silva Freitas²

INTRODUÇÃO: O aumento da expectativa de vida da população


brasileira tem levado ao entendimento de que é importante atentarmos
para o grupo das pessoas idosas, considerando os direitos por elas
adquiridos. Assim, o Programa de Educação Tutorial - PET Enfermagem
da Universidade Federal da Bahia, a partir de uma atividade de
extensão intitulada Observatório da Saúde e Cidadania promoveu
discussão sobre a lei 10.741, de 1º de outubro de 2003, que institui o
Estatuto do Idoso e os direitos que devem ser assegurados pela família,
sociedade e poder público a esta parcela da população.

OBJETIVO: Discutir sobre os direitos da população idosa.

METODOLOGIA: Trata-se de uma experiência que aconteceu em um


Centro Social Urbano do município de Salvador, cujo público é
hegemonicamente composto por cerca de 30 mulheres idosas. Ocorreu
no mês de outubro, no turno vespertino. Foram utilizados recursos
diversos para dinamizar o processo de construção dos saberes, dentre
eles, imagens, jogo e paródia. A fundamentação teórica para a
condução da atividade se deu através do conceito de Educação
popular em saúde visando estimular a participação das idosas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Fora estimulada uma discussão inicial acerca


dos problemas mais frequentes que as idosas, em geral, costumam
passar no cotidiano. Em sequência, para esclarecer que muitos de seus
enfrentamentos têm resolução garantida em lei, fora apresentado um
jogo de verdadeiro ou falso, no qual cada uma das idosas segurava
uma placa com verde e vermelho representando essas designações
respectivamente. Dessa forma, eram explicadas, diante do resultado da
votação as afirmativas do jogo. E, no final do encontro, fora cantada
uma paródia cuja temática resgatou o que fora discutido o longo da
tarde.

CONCLUSÃO: Com esta atividade foi possível entender a necessidade


de valorização dos saberes prévios das idosas acerca do que elas
compreendem como sendo direitos, construindo conhecimento sobre

198
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

como garanti-los a partir do empoderamento para o exercício da


cidadania.

Palavras-chave: Saúde do idoso; Direitos dos idosos; Saúde mental.

¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. E-


mail: pbsjessica@gmail.com

² Docente da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia.

199
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM


PACIENTES IDOSOS ACAMADOS

Rose Valda de Andrade¹


Luana Dias Alencar Lima de Almeida¹
Mirthis Sento-Sé Pimentel Magalhões²

INTRODUÇÃO: Com a idade avançada os idosos passam por


modificações internas no organismo, tornando-o mais vulneráveis a
doenças e lesões, além de produzir sequelas e longas internações
hospitalares. A população idosa constitui de característica única que
poderão levar o indivíduo a desenvolver Lesões por Pressão (LPP), como
mudança na estrutura da pele, deambulação prejudicada e alteração
no padrão cognitivo.

OBJETIVO: Investigar as medidas preventivas que a enfermagem pode


realizar para LPP, utilizadas em idosos acamados com mobilidade física
prejudicada.

METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada de forma qualitativa através de


revisão de literatura dos últimos dez anos, com base de dados
indexadas como a Biblioteca Virtual em Saúde – BVS. utilizando os
seguintes descritores: Lesão por pressão; Saúde do Idoso e Cuidados de
Enfermagem. O critério de inclusão foi a língua portuguesa, foram
encontrados 15 artigos, excluindo 13 por não estarem disponíveis na
íntegra, ou duplicados, restando apenas 02 artigos a serem analisados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A enfermagem tem o dever de cuidar desses


idosos, onde apresenta a mobilidade física prejudicada que precisa de
assistência e promoção a saúde. Portanto, esses idosos têm dificuldade
para deambular, com a síndrome da imobilidade e resistência ao uso
de instrumentos como andadores para auxiliarem nessa locomoção.
Assim, apresenta maior incidência de surgimento de LPP, pelos próprios
fatores intrínsecos do envelhecimento, como patologias, imobilidade,
idade, dentre outros.

CONCLUSÃO: O desenvolvimento da LPP serve como sinal má


qualidade da assistência de enfermagem. Atitudes simples, mas não
menos importante como na mudança de decúbito, hidratação da
pele, utilização de suporte, proteção das saliências ósseas, higienização
do leito e do paciente, foram algumas atitudes de prevenção

200
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

mencionada como eficazes. Desta forma a enfermagem tem o dever


de evitar e de cuidar da LPP sendo um desafio para a equipe.

Palavras-chaves: Lesão por Pressão; Saúde do Idoso; Cuidados de


Enfermagem.

¹ Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Jorge Amado. E-


mail: roziandrade30@hotmail.com

² Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente do Centro Universitário


Jorge Amado.

201
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

O PAPEL DA ENFERMAGEM NA ORIENTAÇÃO SOBRE POLIFARMÁCIA EM


PACIENTES IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Rose Valda de Andrade¹


Luana Dias Alencar Lima de Almeida¹
Mirthis Sento - Sé Pimentel Magalhães²

Introdução: Com o crescimento do envelhecimento, várias


modificações podem prejudicar a metabolização dos medicamentos, o
que provoca muitas preocupações, principalmente do aspecto como
os idosos lida no uso diário dos medicamentos, considerando as
gravidades que essa prática pode causar à saúde dessa população.
Vale destacar que o uso contínuo de medicamentos entre idosos pode
ser observado não somente como uma tentativa de tratar doenças
crônicas, mas, especialmente, como uma forma de aliviar situações e
comorbidades comuns do envelhecimento.

Objetivo: Identificar o número de medicações utilizadas em idosos


portadores de doenças crônicas ou não e analisar possíveis interações
medicamentosas e iatrogenias causadas pelos números de medicações
utilizadas e assim reduzir a utilização desnecessária de medicamentos
em idosos.

Metodologia: A pesquisa foi realizada de forma qualitativa através de


revisão de literatura em base de dados indexados como a Biblioteca
Virtual em Saúde – BVS dos últimos dez anos, utilizando os seguintes
descritores: Polifarmácia, Saúde do idoso e Enfermagem. Foram
encontrados 32 artigos. Quando aplicados critérios de exclusão, aos
quais não estavam disponíveis na íntegra e ou foram duplicados,
restaram 03 artigos a serem analisados.

Resultados e Discussão: O uso diário de medicamentos é hoje para o


idoso uma realidade com a qual ele precisa lidar por tratar-se de um
importante meio de cuidar da saúde, encontrada corriqueiramente
pelos profissionais em seu trabalho cotidiano. Diante disso, para atender
esta população faz-se necessário estar atualizado, para responder a
questionamentos da prática profissional em saúde, afim de evitar a
polifarmácia.

Conclusão: O papel da enfermagem na terapia medicamentosa de


pacientes idosos é um passo primordial para impulsionar o uso correto
dos medicamentos. Através da atenção primária com medidas a serem

202
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

tomadas para analisar e orientar o uso correto desses medicamentos.


Mostrando aos os idosos a importância da consciência do que o
polifarmácia pode causar na sua saúde.

Palavras-chaves: Polifarmácia; Saúde do idoso; Enfermagem.

¹ Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Jorge Amado. E-


mail: roziandrade30@hotmail.com

² Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente do Centro Universitário


Jorge Amado.

203
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE CORRENTE


SANGUÍNEA RELACIONADA AO USO DE CATETER VENOSO CENTRAL EM
IDOSOS
Rose Valda de Andrade¹
Camila Vieira dos Santos¹
Lorena Agnes Carvalho Barros¹
Joice Jesus dos Santos¹
Geisa Goes da Exaltação¹
Mirthis Sento-Sé Pimentel Magalhães²

Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são


um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Baseadas em
evidências da literatura, medidas para prevenção de IRAS devem ser
adotadas em todos os estabelecimentos de assistência à saúde, quer
no âmbito hospitalar, em estabelecimentos de cuidados de pacientes
crônicos, ou na assistência domiciliar. Pesquisas mostram que, quando
as unidades de assistência à saúde e suas equipes conhecem a
magnitude do problema das infecções e passam a aderir aos
programas para prevenção e controle de IRAS, a redução de até 70%
pode ocorrer para algumas das Infecções relacionadas à Assistência à
Saúde, como por exemplo, para as infecções da corrente sanguínea
(CDC, 2016). No Brasil, dados de 2014 publicados pela ANVISA
referentes às UTIs de 1.692 hospitais evidenciaram a densidade de
incidência de Infecção Primária da Corrente Sanguínea Laboratorial
(IPCSL) em UTI adulto, como sendo de 5,1 infecções a cada 1.000
cateter venoso central (CVC)-dia. (ANVISA, 2015).

Objetivo: Evidenciar a importância da assistência de enfermagem na


prevenção de IPCS em idosos.

Metodologia: A pesquisa possui abordagem qualitativa realizada por


meio de revisão de literatura, o site de busca utilizado foi Scientific
Electronic Library Online (Scielo), utilizamos artigos dos últimos cinco
anos.

Resultados e discussão: A população idosa em função das


modificações fisiológicas do envelhecimento e da diminuição do
sistema imunológico possui maior probabilidade de adquirir infecções
ao longo de um internamento hospitalar. Para reduzir esse risco é
necessário que sejam adotadas medidas de prevenção, como por
exemplo, a higienização das mãos, técnica estéril no procedimento de
inserção do CVC, avaliação diária da necessidade do uso, realização
do curativo de forma asséptica, entre outras ações.
204
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

Conclusão: Pode-se concluir que a utilização de técnicas assépticas,


juntamente com o uso do Check-list para norteamento no momento de
implantação do cateter bundle, de manutenção e acompanhamento,
além da higienização das mãos são técnicas importantes e eficazes
para a prevenção de infecção de corrente sanguínea nos idosos.

Palavras-chave: Enfermagem; Idoso; Infecção.

¹ Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Jorge Amado. E-


mail: roziandrade30@hotmail.com.

² Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente do Centro Universitário


Jorge Amado.

205
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E MORAL CONTRA A


PESSOA IDOSA
Sabrina da Silva Guerra¹
Deíze Carvalho Pereira¹
Leisiane Pereira Marques¹
Alana Duque dos Santos¹
Ester da Silva Santos¹
Aline Cristiane de Sousa Azevedo de Aguiar²

Introdução: No Brasil, o crescimento no número de pessoas idosas vem


ocorrendo de forma acelerada devido às transformações
socioeconômicas, as inovações tecnológicas e melhores condições de
saúde, contudo, o aumento significativo de casos de violência gera
impactos negativos contra esse grupo populacional. Dentre os tipos de
violência que atingem a pessoa idosa, destaca-se a psicológica,
definida como toda ação ou omissão, que tem o intuito de causar
dano à autoestima, à identidade e o ao desenvolvimento da pessoa.

Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico, local de ocorrência e o


desfecho das notificações por violência psicológica e moral em pessoas
idosas no estado da Bahia entre os anos de 2009 e 2015.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, realizado com base em


dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde (Datasus), referentes às notificações de violência
psicológica e moral no estado da Bahia entre os anos de

2009 a 2015 em pessoas idosas.

Resultados e Discussão: Foram registradas no Sistema de Notificação de


Agravos Notificados (SINAN) 30.356 casos de violência doméstica, sexual
e/ou outras violências no estado da Bahia, entre os anos de 2009 a 2015,
destes 6.776 foram casos de violência psicológica e moral, na qual 292
foram contra pessoas idosas. Destas 292 notificações, 201 acometeram
o sexo feminino, representando 68,8% dos casos. A raça/cor a mais
acometida foi a parda com 230 (44,5%), visto que a opção
ignorado/branco registrou um total de 17,5% (51) dos casos. A
escolaridade observada foi o analfabeto 59 (20,2), porém o maior
número de notificações foram Ignorado/Branco, com 40,8% (119), na
qual evidencia um elevado número de subnotificações por parte dos
profissionais. A variável local de ocorrência relevou que esse tipo de
violência ocorre mais na residência das vítimas 86,6% (253). No que diz
respeito ao desfecho do caso, 82,9% (242) mulheres receberam alta,

206
ANAIS DO X ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM Vol.1 - 2018

1,4% (4) foram a óbito por conta da violência e 10,3% (30) das
notificações foram registradas como ignoradas.

Conclusão: As notificações foram mais frequentes em mulheres idosas,


de raça/cor parda, sendo a escolaridade ignorada, a agressão ocorre
na residência e a maioria do desfecho termina com o óbito das vítimas.

Palavras-chaves: Saúde do Idoso; Pessoa Idosa; Violência; Saúde


Mental.

¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado da


Bahia(UNEB) - CAMPUS XII – Guanambi. E-mail: sah.guerra.8@gmail.com

² Doutora em Enfermagem. Docente do curso de Enfermagem da


Universidade do Estado da Bahia.

207

Vous aimerez peut-être aussi