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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

LABORATÓRIO DE PROCESSOS

Produção de creme hidratante contendo o óleo essencial do buriti (Mauritia


flexuosa L. f.)

MANAUS – AM

2019
CLARIANE DE NISSA PALHARES GALVÃO – 21452440
DAIANY S. S. ARAÚJO – 21201329
GEAN CARLOS COSTA E COSTA – 21454700
LOUISE VITÓRIA MELO DA SILVA – 21550262
NICOLY DE OLIVEIRA DIDONÉ – 21457408

Produção de creme hidratante contendo o óleo essencial do buriti (Mauritia


flexuosa L. f.)

Relatório solicitado pela Prof.ª Suzan


Xavier Lima de FTQ029 – Laboratório
de Processos, para exposição do
trabalho realizado.

MANAUS – AM

2019
RESUMO

A indústria de cosméticos com formulações a base de produtos naturais, tem


atraindo cada dia mais consumidores, em busca de formas de consumo consciente. Este
trabalho apresenta possíveis formulações de um hidratante contendo o óleo essencial de
buriti (Mauritia flexuosa L. f.), produto de origem amazônica, rico em vitamina A, B, C,
E, proteínas e minerais como cálcio e ferro. Além disto, outros ingredientes utilizados na
formulação, como as manteigas de Carité e Cacau, possuem propriedades altamente
hidratantes, além de serem comumente utilizadas na produção de cosméticos, servindo
como a base para a produção do hidratante. A cerca disto, ainda é feito o estudo do
processo de produção em larga escala dele, avaliando custos e consumos necessários à
produção. Os produtos obtidos apresentaram resultados satisfatórios para dois dos três
testes realizados de qualidade, além de apresentarem características organolépticas
satisfatórias (odor e cremosidade), de forma que é possível avaliar melhorias para que
seja feita a comercialização dele.

Palavras chave: hidratante, buriti, manteiga, produção.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 9
2.1. Objetivo geral ................................................................................................. 9
2.2. Objetivos específicos ...................................................................................... 9
3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 10
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................ 11
4.1. Caracteristicas fisiológicas de hidratação da pele .......................................... 11
4.2. Cosméticos hidratantes ................................................................................. 11
4.3. Formulações e composições .......................................................................... 12
4.4. Fitocósmeticos .............................................................................................. 12
4.5. Manteigas vegetais ........................................................................................ 13
4.5.1. Manteiga karité ...................................................................................... 13
4.5.2. Manteiga cacau ...................................................................................... 13
4.5.3. Óleo de buriti ......................................................................................... 13
4.5.4. Essência de camomila ............................................................................ 13
4.6. Estudos de estabilidade e qualidade............................................................... 13
4.6.1. Determinação do ph ............................................................................... 14
4.6.2. Determinação da densidade .................................................................... 15
4.6.3. Determinação da viscosidade ................................................................. 15
4.6.4. Testes dermatológicos ............................................................................ 16
5. METODOLOGIA ................................................................................................ 17
5.1. Materiais utilizados ....................................................................................... 17
5.2. Reagentes utilizados...................................................................................... 17
5.3. Procedimento para a produção do creme hidratante ....................................... 17
5.4. Determinação do potencial hidrogeniônico (pH) ........................................... 18
5.5. Determinação da densidade ........................................................................... 18
5.6. Teste da viscosidade ..................................................................................... 18
6. LEGISLAÇÃO DO HIDRATANTE .................................................................... 20
7. LEGISLAÇÃO DE ROTULAGEM ..................................................................... 20
7.1. Legislação de produto ................................................................................... 21
8. FLUXOGRAMA DO PROCESSO ...................................................................... 22
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 24
9.1. Balanço de massa .......................................................................................... 24
9.1.1. Escala de bancada .................................................................................. 24
9.1.2. Escala industrial ..................................................................................... 25
9.2. Balanço de energia ........................................................................................ 26
9.2.1. Escala de bancada .................................................................................. 26
9.2.2. Escala industrial ..................................................................................... 27
9.3. Caracterização do hidratante ......................................................................... 28
9.3.1. Densidade .............................................................................................. 28
9.3.2. pH ......................................................................................................... 30
9.3.3. Viscosidade ........................................................................................... 30
9.4. Análise de custos .......................................................................................... 32
10. CONCLUSÃO ................................................................................................. 36
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Balanço de massa do tipo 1 de hidratante em escala de bancada. ................. 24


Figura 2 - Balanço de massa do tipo 2 de hidratante em escala de bancada. ................. 24
Figura 3 - Balanço de massa do tipo 3 de hidratante em escala de bancada. ................. 25
Figura 4 - Balanço de massa do tipo 1 de hidratante em escala industrial. .................... 25
Figura 5 - Balanço de massa do tipo 2 de hidratante em escala industrial. .................... 26
Figura 6 - Balanço de massa do tipo 3 de hidratante em escala industrial. .................... 26
Figura 7 - Da esquerda para direita: hidratante 1, 2 e 3. ............................................... 29
Figura 8 - Tabela de conversão do viscosímetro. ......................................................... 31
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Valores de densidade. .................................................................................. 29


Tabela 2- Valores de pH.............................................................................................. 30
Tabela 3 - Valores obtidos para viscosidade dinâmica. ................................................ 31
Tabela 4 - Insumos e valores de mercado. ................................................................... 32
Tabela 5 - Quantidades de insumo para a formulação dos hidratantes. ......................... 33
Tabela 6 - Valores referentes a cada composição e valor final de mercado. ................. 33
Tabela 7 - Valores e quantidades de insumo em 1000g (1 kg). .................................... 34
Tabela 8 - Composição das amostras em escala industrial. .......................................... 34
Tabela 9 - Valores finais para o produto. ..................................................................... 35
1. INTRODUÇÃO

A história da cosmetologia é bastante antiga, sendo que há relatos que os homens


pré-históricos já faziam uso de tintas naturais na ornamentação corporal. Também foram
encontrados em tumbas egípcias produtos conhecidos atualmente como cremes, incensos
e óleos, que possivelmente eram utilizados no processo de preservação de corpos.
(SCHUELLER, ROMANOWSKI, 2001; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
COSMETOLOGIA (ABC), 2018).

Ao analisar as tendências de consumo da sociedade, nota-se que as necessidades


e preocupações dos consumidores mudaram inúmeras vezes. Atualmente destaca-se a
consciência ambiental e a preocupação sobre o modo de produção dos itens consumidos,
como, por exemplo, se a empresa realiza testes de produtos ou insumos em animais, se os
insumos são sintéticos ou naturais, e se na composição são utilizados os compostos
potencialmente nocivos à saúde, como os parabenos, formaldeído, tolueno e etc
(MIGUEL, 2011; ABC, 2018).

Esta preocupação, vem afetando o mercado de produtos de higiene e cosméticos


e fazendo com que algumas empresas adequem suas formulações substituindo alguns
componentes sintéticos por naturais, que apresentem o mesmo efeito ou muito similar.
Porém, para que a utilização de matérias primas naturais seja viável, algumas
características são importantes, como a abundância, o baixo custo, não apresentar
sazonalidade, além de ser comprovadamente seguras perante testes laboratoriais.

A utilização de produtos naturais para fins medicinais é algo quase tão antigo
quanto à própria existência do homem. De acordo com Braga (2011), a primeira forma
possível de utilização de plantas com esta finalidade que se tem registro na história
reporta-se a China Imperial, onde utilizavam o ginseng para aumentar a longevidade dos
adeptos desta prática.

No Brasil, os registros de utilização de produtos naturais para fins medicinais


constam do o início da nossa própria história, visto que os povos indígenas empregavam
vegetais em diversos rituais como a adoração ao que consideravam como sagrado e em
intercessões aos indivíduos enfermos (BRAGA, 2011).

8
Com o aumento da utilização de produtos naturais para tratamentos das
enfermidades, foram-se desenvolvendo pesquisas dos potenciais farmacológicos
específicos para cada vegetal, e, à medida que estes conhecimentos foram avançando (em
conjunto com a demanda dos produtos de origem natural) principalmente na Europa,
surgiu à necessidade do estabelecimento de métodos científicos e da padronização dos
procedimentos empregados para a produção dos vegetais, tais como cultivo, coleta, forma
de preparo e aplicação (BRAGA, 2011).

Buscando associar o apelo do consumidor pelo emprego de mais produtos naturais


em cosméticos e o potencial uso do buriti na indústria cosmética, este trabalho teve como
objetivo utilizar do óleo do fruto, com a finalidade de empregá-lo na elaboração de um
creme hidratante.

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL


• Desenvolver uma formulação cosmética de creme hidratante contendo o
óleo essencial do buriti (Mauritia flexuosa L. f.).

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


• Desenvolver uma formulação de um creme hidratante utilizando o óleo do
buriti extraído;
• Realizar análises físico-químicas do creme hidratante obtido.

9
3. JUSTIFICATIVA
A conscientização das pessoas em relação aos perigos do uso de produtos
constituídos de componentes nocivos à saúde e ao meio ambiente vem gerando uma busca
por produtos alternativos de origem natural. Em virtude disto, a busca por cosméticos
constituídos somente de matérias-primas de origem mineral e vegetal apresenta
crescimento constante (AGUILAR, 2017).
Devido a sua composição, produtos de origem natural não agridem o corpo
humano, não agridem o meio ambiente ao serem descartados, não contém substâncias
químicas/toxicas, não contém derivados do petróleo, corantes ou fragrâncias sintéticas,
metais pesados e conservantes sintéticos.
O mercado de produtos que evitam a utilização de materiais de origem animal,
tem se popularizado largamente ao longo dos últimos anos, devido ao aumento da
consciência ambiental, e, portanto, dos impactos que o ser humano gera sobre o meio
ambiente e os demais seres vivos.
Com o propósito de difundir estes ideais, o presente trabalho procura como
forma alternativa na produção do hidratante, utilizar-se de material vegetal, tal como óleo
vegetal do buriti, a fim de que possa contribuir efetivamente para a fabricação do produto
almejado.
A Amazônia apresenta uma biodiversidade única, sendo uma das mais ricas do
mundo, possuindo cerca de um milhão de espécies animais e vegetais, o que representa a
metade das espécies registradas em todo planeta (LYRIO, 2011). Os produtos
provenientes da biodiversidade amazônica estão atualmente em processo de expansão,
acompanhando uma tendência mundial de substituição de produtos sintéticos por
produtos naturais. Esta demanda por produtos de bases sustentáveis tem promovido novas
oportunidades na Amazônia brasileira (MIGUEL, 2009).
Em virtude disto, o objetivo deste trabalho é desenvolver um hidratante a base de
matérias-primas naturais provenientes da Amazônia, dentro das normas de qualidade,
dando visibilidade ao potencial econômico presente nas matérias-primas da região.

10
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1. CARACTERISTICAS FISIOLÓGICAS DE HIDRATAÇÃO DA PELE


A pele recobre toda a superfície corporal dos mamíferos e é considerada uma
barreira anatômica e fisiológica que separa os ambientes interno e externo do organismo.
A pele é formada por três camadas, sendo a primeira a epiderme, seguida da derme e
hipoderme. A epiderme é vital na manutenção das funções da pele e proteção contra as
agressões externas tendo como principal barreira epidermal o estrato córneo (ELIAS,
1983). Atua como proteção cutânea contra agentes químicos e microrganismos, sendo
também responsável pela regulação do conteúdo aquoso do organismo para o ambiente,
conhecida como perda de água transepidermal (Transepidermal Water Loss - TEWL)
(PROKSCH et al., 2008; WAN et al., 2014).
De forma que, a hidratação da pele corresponde à sua capacidade de reter a água
pelo estrato córneo, estando em torno de 10 a 30% em pele normalmente hidratada.
Quando o grau de hidratação do estrato córneo reduz-se chegando a menos de 10%,
podemos dizer que a pele está clinicamente desidratada. A diminuição do grau de
hidratação da pele é o resultante da evaporação da água presente no estrato córneo para o
meio ambiente, o que pode acarretar a diminuição da sua capacidade protetora (KEDE;
SABATOVICK, 2003).

4.2. COSMÉTICOS HIDRATANTES


Cosméticos são produtos para uso externo; destinados à proteção, ou ao
embelezamento das diferentes partes do corpo (ANVISA, 2010). Os cosméticos
hidratantes melhoram o aspecto da pele, aproximando-a de suas condições fisiológicas
ideais, pois aumentam a retenção de água no estrato córneo, sendo utilizados tanto para
prevenir a desidratação, quanto para o delongamento do envelhecimento precoce
(LEONARDI; GASPAR; CAMPOS, 2002).
Para tal o mecanismo da umectação fundamenta-se na atração e retenção de água
na pele, captando a umidade da derme para a epiderme e estrato córneo, e retendo também
a umidade do ambiente para a pele. A maioria dos umectantes possui baixo peso
molecular e são substâncias com propriedades hidrofílicas e higroscópicas, diferindo na
sua capacidade de ligação de água, penetração e grau de hidratação sobre a pele (LODÉN,
2005; RAWLINGS et al., 2004; RIBEIRO, 2010; WAN et al., 2014).

11
Uma pele hidratada, macia e suave é sinônimo de uma pele saudável. Uma pele
seca sempre está mais suscetível às irritações e infecções (MURAD, 2012). Assim, o
desenvolvimento de um produto hidratante deve privilegiar o processo de hidratação e
ação de seus ativos em um veículo de aceitação do consumidor, que na maioria dos casos,
o de primeira escolha é a emulsão.
4.3. FORMULAÇÕES E COMPOSIÇÕES
Podemos definir emulsão como a mistura de dois líquidos imiscíveis, sendo um
dos quais dispersos em glóbulos (fase dispersa) no outro líquido (fase contínua) (HILL,
1996). As emulsões são as formas farmacêuticas mais utilizadas para fórmulas
hidratantes, uma vez que conseguem ultrapassar as barreiras superficiais da epiderme,
carregando os ativos que irão recompor as estruturas higroscópicas da pele e manter a sua
hidratação (SAMPAIO, 1996).
A viscosidade das emulsões pode variar bastante dependendo de seus
constituintes, podendo ser preparações mais fluidas, denominadas loções (via oral, tópica
ou parenteral), ou semissólidas, denominadas cremes e unguentos (uso tópico) (ALLEN
JR, 2007; SINKO, 2008).
No desenvolvimento de uma emulsão cosmética, além do aspecto estético da
formulação, deve se garantir a eficácia e segurança do produto, bem como delineamento
das propriedades físicas e da estabilidade (LIMA et al., 2008). Para desenvolver um
cosmético que tenha boa aceitação pelo consumidor, deve-se buscar um produto que seja
consistente, com textura agradável, aparência atrativa, que seja facilmente aplicado e
removido e que não deixe resíduo na pele (DAUDT, 2016).
4.4. FITOCÓSMETICOS
Nota-se uma tendência crescente na utilização de produtos naturais na
cosmetologia, que busca o desenvolvimento desses produtos, explorando de forma
racional a exuberante biodiversidade brasileira (IHA et al., 2008).
A fitocosmética é o ramo da cosmetologia que se dedica ao estudo da ação e a
aplicação de princípios ativos vegetais em proveito da higiene, da estética e da
manutenção e correção do estado sadio da pele e cabelos (BORGES et al., 2013). O
crescimento desse setor se deve, não só pelo avanço na investigação cientifica, mas
também pelas reais vantagens na aplicação de produtos vegetais relativamente a alguns
produtos sintéticos, e pela sociedade que vem exigindo a adoção de tecnológicas de
produção econômicas, ecológicas e seguras, que por sua vez, requerem um enorme

12
esforço por parte dos investigadores na pesquisa de compostos distintos, naturais e
competitivos (DRAELOS, 2001; KOLE et al., 2005).

4.5. MANTEIGAS VEGETAIS


4.5.1. MANTEIGA KARITÉ
Manteiga de karitê A manteiga de karitê é extraída do fruto seco de uma árvore
da África. Essa manteiga oferece maciez, toque agradável, suavidade a pele e aos cabelos.
É rico em ácido oleico, esteárico, palmítico, e linoléico, vitaminas e tocoferol, contém
propriedades cicatrizantes, antioxidantes e antimicrobianas (MORSELLI, 2014).
4.5.2. MANTEIGA CACAU
A manteiga de cacau é única, entre as gorduras vegetais, no que diz respeito à sua
composição e cristalização. Na sua composição, 97 a 98% são representados por
triglicerídeos, sendo o restante constituído por diglicerídeos, monoglicerídeos e ácidos
graxos livres, além de componentes menos solubilizados tais como esteróis e tocoferóis.
Os triglicerídeos são formados principalmente pelos ácidos graxos palmítico (C16),
esteárico (C18) e oléico (C18:1) (DIAZ, 2005).
4.5.3. ÓLEO DE BURITI
O fruto do buriti é rico em vitamina A, B, C, E, proteínas e minerais como cálcio
e ferro. Consumido tradicionalmente ao natural, o fruto também pode ser transformado
em doces, sucos, picolés, licores, sobremesas de paladares peculiares e na alimentação de
animais (ALMEIDA et al., 1998; BARBOSA et al., 2010).
Além disto, o óleo extraído do fruto tem propriedades medicinais como
vermífugo, cicatrizante e energético natural. Também é utilizado para amaciar e
envernizar couro, dar cor, aroma e qualidade a diversos produtos de beleza, como cremes,
xampus, filtro solar e sabonetes (SILVA, 2002).
4.5.4. ESSÊNCIA DE CAMOMILA
A camomila, (Chamomilla recutita), destaca-se pelas propriedades
farmacológicas da flor, especialmente, aquelas relacionadas aos constituintes químicos
que estão contidos no seu óleo essencial, tais como atividades anti-inflamatória e
calmante (SALAMÓN, 1992; SAFAYHI ET AL., 1994; ALONSO, 1998).
4.6. ESTUDOS DE ESTABILIDADE E QUALIDADE
As propriedades físico-químicas dos componentes da formulação podem
influenciar no processo de obtenção, do tipo e da estabilidade do sistema, assim como o

13
comportamento de fases da dispersão. A instabilidade física do sistema manifesta
principalmente através dos seguintes fenômenos (TOPAN, 2012):
Cremeação ou sedimentação (causada pela gravidade): processo em que os
glóbulos tendem a se separar da fase externa da emulsão, emergindo (cremeação) ou
sedimentando (sedimentação), dependendo da diferença de densidade entre as duas fases.
A emulsão resultante terá duas porções uma contendo maior volume de fase externa e
outro maior volume de fase interna (TOPAN, 2012);
Floculação (causada pelas forças de atração de Van der Waals): processo onde
ocorre a agregação reversível das gotículas, com manutenção do filme interfacial,
formando uma rede bidimensional, sem coalescência; (TOPAN, 2012);
Coalescência (induzida pelo afinamento e ruptura do filme entre as gotículas):
processo onde duas ou mais gotículas da fase dispersa aproximam-se uma da outra com
energia suficiente para fundirem-se e formarem uma gotícula maior. Este processo é
irreversível e resultará na separação de fases da emulsão (TOPAN, 2012).
Importantes passos durante o desenvolvimento de formulações dermatológicas
devem ser considerados como a espalhabilidade e os aspectos físicos do produto a longo
prazo. Testes devem ser realizados durante o desenvolvimento para que se consiga chegar
num produto final que atenda as especificações esperadas no estudo. Ensaios de textura e
espalhabilidade são essenciais para analisar a influência dos componentes da formulação
nas suas propriedades mecânicas (SHIRATA, CAMPOS, 2016). Também são
empregados testes reológicos, de centrifugação, ciclos de estresse térmico, avaliação da
viscosidade e fluxo e testes de estabilidade acelerada. A aplicabilidade destes testes
contribui para que se desenvolva um produto estável e de qualidade (DAUDT, 2016;
SHIRATA, CAMPOS, 2016).

4.6.1. DETERMINAÇÃO DO PH
O termo pH (potencial hidrogeniônico) é usado universalmente para expressar o
grau de acidez ou basicidade de uma solução. É a medida da concentração de íons
hidrogênio H+ (em escala antilogarítmica). O conceito foi introduzido por S. P. L.
Sørensen em 1909 definindo-o como:
𝑝𝐻 = −log⁡[𝐻 + ] (2)

O balanço dos íons de hidrogênio e hidróxido (OH-) determina quão ácida ou


básica é uma solução. Na água quimicamente pura os íons H+ estão em equilíbrio com os

14
íons OH- e seu pH é neutro, ou seja, igual a 7. Os principais fatores que determinam o pH
da água são o gás carbônico dissolvido e a alcalinidade. A escala de pH é constituída de
uma série de números variando de 0 a 14, os quais denotam vários graus de acidez ou
alcalinidade. Valores abaixo de 7 e próximos de zero indicam aumento de acidez,
enquanto valores de 7 a 14 indicam aumento da basicidade (MIERZWA e HESPANHOL,
2005).
4.6.2. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE
A densidade é uma propriedade da matéria intimamente relacionada com a
temperatura e a pressão. A densidade dos óleos vegetais é uma grandeza que está
relacionada com as interações intermoleculares. Estas interações são decorrentes do
tamanho da cadeia carbônica e do número e conformação das insaturações (ligações pi).
A variação é pequena, mas geralmente a densidade aumenta com o aumento do número
de átomos de carbono presentes na cadeia carbônica e decresce com o aumento do número
de insaturações do tipo cis (IHA, 2010).
Densidade é a relação direta entre a massa de uma amostra e seu volume
específico, medido em proveta graduada. E pode ser expressa de acordo com a Equação
3.
𝑚
𝑑𝐴 = 𝑉
( 3)

Onde:
dA = densidade aparente em g/ml;
m = massa da amostra em gramas;
V = volume final em mililitros.

4.6.3. DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE


A viscosidade de um fluido mede a resistência interna oferecida ao movimento
relativo das diferentes partes desse fluido (resistência ao fluxo). Conhecer e controlar essa
propriedade é muito importante na formulação e preparação de emulsões, cremes, géis,
soluções, entre outros produtos (SHAMES, 1999).

15
4.6.4. TESTES DERMATOLÓGICOS

A empresa preza pelo bem-estar de todos os seres vivos, sendo assim, os testes
dermatológicos são realizados in vitro e agrupam-se assim, informações que oferecem
subsídios para garantir a segurança do produto a nível ocular.

Teste HET-CAM: O ensaio avalia semi-quantitativamente o potencial irritante


dos ingredientes sobre a membrana corioalantóide de ovo embrionado de galinha, no seu
10° dia de encubação. Observa-se a ocorrência de efeitos irritantes como hiperemia,
hemorragia e coagulação, após 5 minutos da aplicação do produto.

Teste BCOP/ICE: O ensaio avalia quantitativamente o potencial irritante de


algum ingrediente do produto após a aplicação sobre a córnea isolada de bovino ou
galinha, através da medida de opacidade e da permeabilidade após contato com o produto
teste.

16
5. METODOLOGIA

As etapas de preparação do creme hidratante e de extração do óleo do buriti a


serão realizadas no Laboratório de Controle de Qualidade do Departamento de
Engenharia Química da Faculdade de Tecnologia, na Universidade Federal do Amazonas.

5.1. MATERIAIS UTILIZADOS


• Vidrarias, equipamentos e acessórios:
o Pipeta graduada de 10 mL;
o Béquer de 50 mL;
o Bastão de vidro;
o Banho-maria;
o Espátula metálica;
o Embalagens;
o Balança analítica.

5.2. REAGENTES UTILIZADOS


• Manteiga de karitê,
• Manteiga de cacau,
• Óleo do buriti,
• Essência de camomila.

5.3. PROCEDIMENTO PARA A PRODUÇÃO DO CREME HIDRATANTE

Amostra 1

Foram utilizados 30g de Manteiga de Carité, 45 g de manteiga de cacau,


15 mL de óleo de buriti e 5 mL de essência de camomila, aquecido em banho maria.
Depois de resfriado, foi levado a um misturador na qual agitou-se até atingir uma
consistência lisa e cremosa semelhante ao chantilly.

Amostra 2

Foram utilizados 50g de Manteiga de Carité, 25 g de manteiga de cacau,


15 mL de óleo de buriti e 5 mL de essência de camomila, aquecido em banho maria.

17
Depois de resfriado, foi levado a um misturador na qual agitou-se até atingir uma
consistência lisa e cremosa semelhante ao chantilly.

Amostra 3

Foram utilizados 50g de Manteiga de Carité, 15 mL de óleo de buriti e 5


mL de essência de camomila, aquecido em banho maria. Depois de resfriado, foi
levado a um misturador na qual agitou-se até atingir uma consistência lisa e cremosa
semelhante ao chantilly. Por fim, os produtos serão acondicionados em embalagens
adequadas e devidamente rotuladas.

5.4. DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (PH)

Tomou-se uma amostra suficiente de óleo e de hidratante e colocou-se em um


béquer de 50 mL. Após isto, introduz-se o eletrodo do pHmetro digital modelo PG 1400
da marca Gehaka, e aferiu-se a leitura no display.

Para o Creme hidratante foi utilizado um papel indicador universal no qual cada
amostra foi colocada em contato com papel e comparado a coloração com a referência do
fabricante.

5.5. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE

Mediu-se o peso da proveta de 10 mL, colocou-se então as amostras até a


indicação dos 10 mL da graduação da proveta, e marcou-se o peso. E usando a fórmula
obteve-se a densidade em g/mL ou g/cm³.

𝑚𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜⁡ ⁡(𝑔)
𝜌𝑚 = ⁡
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒⁡𝑑𝑎⁡𝑝𝑟𝑜𝑣𝑒𝑡𝑎⁡(𝑐𝑚³)

5.6. TESTE DA VISCOSIDADE

Para a determinação da viscosidade cinemática utilizou-se o Viscosímetro de


CANNON - FENSKE. Adicionou-se o hidratante, até completar metade do reservatório
disposto no capilar e com o auxílio de uma seringa o mesmo foi succionado até a
marcação delimitado no capilar e cronometrou-se o tempo de escoamento.

18
A partir dos dados obtidos foi possível determinar a viscosidade cinemática do
produto utilizando a equação:

V = K( t – v)

Onde,
V: Viscosidade cinemática
K: Constante do capilar
t: Tempo de escoamento
v: Correção

A partir dos dados obtidos foi possível determinar a viscosidade cinemática do


produto utilizando a fórmula da viscosidade cinemática.

19
6. LEGISLAÇÃO DO HIDRATANTE

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define, na RDC nº 7 de


10 de fevereiro de 2015 – Anexo I, os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes
como:

[...] preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo


nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais
externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou
principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e
ou protegê-los ou mantê-los em bom estado.

No Brasil a comercialização dos produtos cosméticos segue a legislação da


ANVISA, mas os “cosméticos verdes” não são regulamentados, contudo há empresas que
são responsáveis pela certificação destes antes da comercialização, garantindo assim a
origem e a composição. No Brasil, as certificadoras responsáveis são o Instituto
Biodinâmico (IBD Certificações) e pelo Grupo Ecocert. Ambas certificadoras são
credenciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (RIBEIRO, 2010;
WEISS, HAMAD E FRANÇA, 2011).

O IBD (Instituto Biodinâmico) classifica os cosméticos diferenciando-os em três


categorias:

o “Selo Orgânico” devem apresentar porcentagem de 95% matérias-primas


certificadas no sistema orgânico e 5% restantes podem apresentar matérias-primas
não certificadas e água.
o “Feito com matéria-prima orgânica” devem apresentar em sua porcentagem de
70% a 95% de matériasprimas com certificação orgânica.
o “Selo Natural” devem apresentar pelo menos 5% de matérias-primas naturais
certificadas, os demais podem ser não certificados, sempre descontando a água e
o sal.

7. LEGISLAÇÃO DE ROTULAGEM

20
Para a aprovação de um produto para uso pessoal e sua comercialização, este
produto necessita estar em acordo com as normas regulamentadoras conforme o seu grau
de aplicabilidade.

A legislação de regularização de produtos cosméticos é regulamentada pela


Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que possui normas específicas de
requisitos técnicos para a regularização de um produto. Entre elas estão:

• RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 250/2018

Esta resolução dispõe sobre os requisitos para apresentação do Projeto de Arte de


Etiqueta ou Rotulagem no processo de regularização de produtos de higiene pessoal,
cosméticos e perfumes, e para a coexistência de mais de uma arte de etiqueta ou
rotulagem para um mesmo produto.

• RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 7/2015

Esta resolução dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de


higiene pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências.

• RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC N° 15/ 2015

Esta resolução dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de


higiene pessoal, cosméticos e perfumes infantis e dá outras providências.

7.1. LEGISLAÇÃO DE PRODUTO

Conforme as definições da RDC Nº 7/2015 (Anvisa), Produtos de Higiene


Pessoal, Cosméticos e Perfumes: são preparações constituídas por substâncias naturais ou
sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar,
unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral,
com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e
ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado.

As listas de produtos são classificadas por grau, sendo eles dois: Produtos de Grau
1 e Produtos de Grau 2. Produtos de Grau 1 caracterizam por possuírem propriedades
básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não
requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso,
devido às características intrínsecas do produto. Já os Produtos de Grau 2 possuem

21
indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou
eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso.

Na RDC Nº 7/2015 (Anvisa) creme, loção, gel e óleo para o corpo (exceto os com
finalidade específica de ação antiestrias, ou anticelulite, sem ação fotoprotetora da pele e
com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância) estão classificados como
Produtos de Grau 1.

De acordo com o RDC Nº 7/2015, as regularizações sanitárias para os produtos


de higiene pessoal, cosméticos e perfumes passam a ser realizadas na forma eletrônica,
por meio do portal da Anvisa, onde o termo de responsabilidade deve ser assinado pelo
Responsável Técnico e pelo Representante Legal da empresa, complementando toda a
documentação relativa ao produto. A regularização de produtos de higiene pessoal,
cosméticos e perfumes Grau 1 e Grau 2 tem validade de 5 (cinco) anos e poderá ser
revalidado por períodos iguais e sucessivos. Para fabricar ou importar os produtos de que
trata esta Resolução, as empresas devem possuir Autorização de Funcionamento na
Anvisa para as atividades e classes de produtos que deseja comercializar (produto de
higiene pessoal, cosmético e/ou perfume) e devem possuir Licença junto à Autoridade
Sanitária competente.

8. FLUXOGRAMA DO PROCESSO

Fonte: Autores, 2019

22
Para análise dos dados obtidos, utiliza-se as formulas para determinação dos
parâmetros de qualidade, disposta na tabela abaixo.

Parâmetro Fórmula Unidade


(𝐴 − 𝐵). 𝑁𝑁𝑎2𝑆𝑜3 . 𝑓. 1000
Índice de Peróxido Meq/Kg
𝑀𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎

(𝐴 − 𝐵). 𝑁𝐾𝑂𝐻 . 𝑓𝐾𝑂𝐻 . 𝑃𝑀 Mg KOH/g


Índice de Acidez
𝑀𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 Óleo

𝑚𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 ⁡
𝑝 =⁡
Densidade 𝑉𝑝 g / cm³

V = K( t – v)
Viscosidade Cinemática m²/s

Fonte: Autores, 2019.

23
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO
9.1. BALANÇO DE MASSA
9.1.1. ESCALA DE BANCADA
Com os insumos adquiridos para a produção de hidratante, foram realizadas três
amostras com composições diferentes de matérias-primas e obtiveram-se diferentes
massas finais para cada tipo de hidratante produzido (Figuras 1, 2 e 3).
No hidratante 1 a massa inicial de materiais foi de 92,19 g, no hidratante 2 a massa
foi de 89,02 g e no hidratante 3 foi 65,24 g. Em todos os tipos de hidratantes houveram
perdas de massa, e essas diferenças entre a massa do produto final e inicial, ocorreu
principalmente por manuseios de equipamentos, armazenamento do material e a
transferência do material para diferentes recipientes durante todo o processo.

Figura 1 - Balanço de massa do tipo 1 de hidratante em escala de bancada.

Fonte: Autores, 2019.

Figura 2 - Balanço de massa do tipo 2 de hidratante em escala de bancada.

Fonte: Autores, 2019.

24
Figura 3 - Balanço de massa do tipo 3 de hidratante em escala de bancada.

Fonte: Autores, 2019.

9.1.2. ESCALA INDUSTRIAL


Para a escala inicial, foi proposto um aumento de 1000 vezes do insumo utilizado
em bancada para cada tipo de hidratante. Estipularam-se os resultados dos produtos finais
1000 vezes maiores em massa do que os valores obtidos em escala de bancada (Figuras
4,5 e 6), sendo que o valor em escala industrial possivelmente o rendimento final será
superior que o estipulado, pois no processo industrial, o processo pode ser realizado de
forma automatizada e com equipamentos adequados para produção de hidratantes,
reduzindo-se assim as perdas de massa.
Na escala industrial, foi definido 60 gramas de hidrante unitários para cada tipo e
obteve-se a quantidade total de unidades em cada lote de produção.

Figura 4 - Balanço de massa do tipo 1 de hidratante em escala industrial.

Fonte: Autores, 2019.

25
Figura 5 - Balanço de massa do tipo 2 de hidratante em escala industrial.

Fonte: Autores, 2019.

Figura 6 - Balanço de massa do tipo 3 de hidratante em escala industrial.

Fonte: Autores, 2019.

9.2. BALANÇO DE ENERGIA


9.2.1. ESCALA DE BANCADA
No processo da produção de creme hidratante, há apenas uma operação unitária
que é a agitação, então no caso, só se considera essa operação para fazer o balanço de
energia.

Como não haverá reação química e acúmulo, nosso balanço de energia ficará:

Entrada = Saída

No caso da agitação, será:

Potência = Rotação por minuto

26
Utilizando um agitador mecânico simples de bancada, teremos basicamente:

50 W = 300 rpm

Serão usados 50 W por aproximadamente 4 horas de agitação. Fazendo as contas


para 22 dias de consumo, excluindo os finais de semana e considerando a produção de
uma batelada por dia:

𝑊ℎ 𝑘𝑊ℎ
50⁡𝑊 × 4⁡ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 = 200⁡ = 0,2⁡
𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑎

𝑘𝑊ℎ
Consumo = 0,2⁡ ⁡ × 22⁡𝑑𝑖𝑎𝑠 = 4,4⁡𝑘𝑊/𝑚ê𝑠
𝑑𝑖𝑎

A tarifa de energia na cidade de Manaus tem o valor de 1,07 reais, então,

𝑘𝑊
Consumo = 44,4 𝑚ê𝑠 × 1,07⁡𝑅$ = 4,71⁡𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 / mês

9.2.2. ESCALA INDUSTRIAL

Primeiramente, destaca-se que o processo será basicamente o mesmo,


acrescentando apenas o envase e embalagem do creme hidratante já preparado, como
mostra o fluxograma a seguir:

NÃO

Recepção Matéria- SIM


Emulsificação C.Q.
Prima para Cremes

SIM
Embalagem C.Q. Envase

NÃO

SIM
C.Q. Expedição

27
Tendo em vista que o processo não terá tantas mudanças, então a necessidade de
maquinários diversos é dispensada, sendo utilizado somente um tanque com agitador,
máquinas para envasamento, esterilizador e uma seladora. Porém, para o balanço de
energia no processo, leva-se em conta apenas a operação unitária de agitação, que apesar
de ser em larga escala, o valor de rotações por minuto deve ser a mesma que a da escala
laboratorial, para não ocorrer a quebra das moléculas do hidratante, logo o balanço de
energia será basicamente o mesmo que o de pequena escala.

Como não haverá reação química e acúmulo, nosso balanço de energia ficará:

Entrada = Saída

No caso da agitação, será:

Potência = Rotação por minuto

700 W = 300 rpm

Serão usados 700 W por aproximadamente 4 horas de agitação. Fazendo as


contas para 22 dias de consumo, excluindo os finais de semana e considerando a
produção de uma batelada por dia:

𝑊ℎ 𝑘𝑊ℎ
700⁡𝑊 × 4⁡ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 = 2800⁡ = 2,8⁡
𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑎

𝑘𝑊ℎ
Consumo = 2,8⁡ 𝑑𝑖𝑎
⁡ × 22⁡𝑑𝑖𝑎𝑠 = 61,6⁡𝑘𝑊/𝑚ê𝑠

A tarifa de energia na cidade de Manaus tem o valor de 1,07 reais, então,

𝑘𝑊
Consumo = 461,6 𝑚ê𝑠 × 1,07⁡𝑅$ = 65,91⁡𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 / mês

9.3. CARACTERIZAÇÃO DO HIDRATANTE


A partir da revisão da literatura foram realizadas as seguintes análises de controle
de qualidade nos três tipos de hidratantes: densidade, ph e viscosidade.

9.3.1. DENSIDADE

28
A densidade aparente das amostras foi medida de acordo com o Guia de
Estabilidade de produtos Cosméticos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, onde,
foi medida a massa de cada proveta separadamente. Depois foi introduzido pequenas
quantidades de hidratante até próximo marca de 10 ml de cada proveta de modo a
compactar o máximo possível cada amostra como é mostrado na figura 7.

Figura 7 - Da esquerda para direita: hidratante 1, 2 e 3.

Fonte: Os autores, 2019.

Por fim foi medida a massa novamente de cada proveta e realizando a diferença
de massas foi obtida a massa de cada hidratante. Usando a equação a seguir foram obtidos
os valores de densidade.
𝑚
𝑑= ⁡⁡⁡⁡⁡
𝑉

No meio do processo de introdução das amostras nas provetas foi possível


observar segundo a reologia de cada amostra que foram criados vários espaços vazios nos
quais não foram possíveis retirar, por isso, foi introduzido um pouco mais de amostra de
modo a realizar uma compensação dos espaços vazios. Após realizados os cálculos foram
encontrados os seguintes valores de densidade mostrados na tabela 1.

Tabela 1- Valores de densidade.

Hidratante Densidade (g/ml)


1 0,7315
2 0,6408
3 0,6714
Fonte: Os autores, 2019.

29
De acordo com a literatura pesquisada os valores de densidades variam entre 0,8
a 1,0 g/ml, sendo assim, os valores obtidos não estão condizentes com a literatura isso
pode ter sido ocasionado por proporções inadequadas na formulação, não observância aos
ingredientes básicos ditos na categoria de creme formulado, erro do experimentador ao
manusear as amostras e na escolha do método para medição do parâmetro.
9.3.2. pH
Segundo (ISAAC, 2008) no ensaio físico-químico de ph é recomendável realizar
uma dispersão aquosa 10 % (p/p) da amostra ensaiada e utilizando um peagâmetro digital
imergindo-o diretamente na dispersão aquosa, os valores obtidos são mostrados na tabela
2.
Tabela 2- Valores de pH.

Hidratante pH
1 5,65
2 5,55
3 5,05
Fonte: Os autores, 2019.
No preparo das dispersões foi utilizado aproximadamente 10 g de cada hidratante
e 100 ml de água destilada, no entanto, devido a composição dos mesmos serem
basicamente de cera e óleo ocorreu imiscibilidade na mistura por isso optou-se por levar
ao banho termostático a 40 º C por mais ou menos 15 min que foi quando o hidratante
formava uma “camada” fina e maleável em cima da água destilada. De acordo com
(ISAAC, 2008) o pH de cosméticos fitoquímico deve variar entre 5,5 e 6,5 devido a
compatibilidade com o pH cutâneo, assim sendo, os valores obtidos são condizentes com
a literatura especializada.

9.3.3. VISCOSIDADE
Segundo o manual Farmacopeia Brasileira da Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária 5ª edição a viscosidade é definida como a expressão de resistência de líquidos
ao escoamento, de modo que diz respeito ao deslocamento de suas moléculas. Ainda neste
manual é descrito sobre tipos de viscosímetros e suas funcionalidades de acordo com o
tipo de amostra, de forma que, por exemplo para semissólidos e substâncias viscosas e
tixotrópicas é ideal a análise da viscosidade por meio do viscosímetro de Brookfield
também conhecido como viscosímetro rotacional. O “Brookfield” mede a viscosidade
dinâmica por meio da força necessária para girar o spindle (haste com disco na ponta) na

30
amostra analisada no ensaio, e a unidade do parâmetro é cP (centipoise) equivalente a um
milipascal segundo (m.Pa.s) no SI.
O viscosímetro rotacional utilizado na análise foi o da marca Toki com o spindle
nº 2, a figura 8 mostra a tabela de conversão utilizada para converter os valores de
viscosidades encontrados pelo equipamento em em cP.
Figura 8 - Tabela de conversão do viscosímetro.

Fonte: Os autores, 2019.

Foram feitas três medições para cada amostra em duas velocidades diferentes (60
e 30 rpm), com os valores obtidos foi feita a média das viscosidades e depois foi
multiplicado pelo fator de conversão da tabela, os dados obtidos são mostrados na tabela
3.

Tabela 3 - Valores obtidos para viscosidade dinâmica.

Hidratante Viscosidade (60 rpm) em cP Viscosidade (30 rpm) em


cP
1 42,5 36
2 94,15 115
3 67,5 75
Fonte: Os autores, 2019.

31
Os valores de viscosidade foram diferentes para diferentes velocidades angulares
isto ocorre pois os hidratantes são fluidos não newtonianos. Importante acrescentar que o
ensaio foi feito após cada amostra ter sido submetida ao banho termostático de 40 ºC
durante 15 minutos como é recomendado pela literatura especializada. Os resultados de
viscosidade são condizentes apenas no âmbito de classificação de fluido não newtoniano
pois a literatura relata que sofre variação em diferentes condições.

9.4. ANÁLISE DE CUSTOS

Escala de Bancada

Ao adquirir nos insumos necessários, fora verificado o valor de capital investido


para que fosse possível verificar os valores a serem superados com as vendas. A Tabela
4 informa os insumos adquiridos, bem como seus devidos valores.

Tabela 4 - Insumos e valores de mercado.

Valores
Insumos Quantidade
(R$)
M.Karité
500 40
(g)

M.Cacau (g) 400 40

E.Camomila
100 9
(mL)
Óleo de
40 10
Buriti (mL)
Total 99
Fonte, autores, 2019

A partir da Tabela 4 foram montadas as fórmulas para a produção do hidratante


e, conforme a Tabela 5, podemos verificar as três fórmulas utilizadas para tal.

32
Tabela 5 - Quantidades de insumo para a formulação dos hidratantes.

Insumos amostra 1 amostra 2 amostra 3

M.Karité (g) 50 30 50

M.Cacau (g) 25 45 -

E.Camomila
5 5 4
(mL)
Óleo de Buriti
15 15 10
(mL)
Fonte: autores, 2019

Tomando como base as composições de cada insumo, foi adotado uma margem
de lucro de 300% para a verificação do valor final do produto. No entanto, cada produto
é destinado a embalagens de 60g, logo é necessário converter o valor final para o valor
de mercado da quantidade produzida, conforme mostra a Tabela 6.

Tabela 6 - Valores referentes a cada composição e valor final de mercado.

Valores amostra 1 amostra 2 amostra 3


insumos 10,7 11,1 6,86
lucro 32,1 33,3 20,58
Valor Total 42,8 44,4 27,44
Valor em
embalagem de
60g 28,06 29,11 17,99
Fonte: autores,2019

Escala industrial

Para o balanço e escala industrial, foi adotado a quantidade em quilogramas de


cada insumo sólido e em litros para os insumos líquidos.

33
Tabela 7 - Valores e quantidades de insumo em 1000g (1 kg).

Valores
Insumos Quantidade
(R$)
M.karité
1000 80
(g)
M.Cacau
1000 100
(g)
Essência
camomila 1000 90
(mL)
Óleo de
Burti 1000 250
(mL)
Fonte: autores, 2019

De modo análogo ao procedimento em escala de bancada, foram verificadas


composições para a formulação de cada hidratante para a devida escala, o que pode ser
verificado conforme a Tabela 7.

Tabela 8 - Composição das amostras em escala industrial.

quantidade de insumo
amostra 1 amostra 2 amostra 3
30000 50000 50000
45000 25000 0

5000 5000 5000

15000 15000 15000


Fonte: autores, 2019

Visto que as quantidades de insumo foram grandes, os cálculos para os custos


foram baseados conforme a empresa compre 100 kg e 100 L de cada. Sendo assim, o
valor gasto com as matérias-primas fica em R$52.000,00. No entanto baseando-se nas
fórmulas utilizadas, ao fabricar dois lotes de produto, a empresa consegue suprir o valor
gasto.

34
Tabela 9 - Valores finais para o produto.

Valores (R$) amostra 1 amostra 2 amostra 3


insumos 11100 10700 8200
lucro 33300 32100 24600
Valor Total 44400 42800 32800
Valor em
embalagem 28,04 27,03 28,11
de 60g
Fonte: autores 2019

Conforme a Tabela 7, o valor total para uma amostra é inferior ao valor gasto.
Entretanto em dois lotes de produção consegue-se suprir os valores gastos em matéria-
prima. A produção final será toda destinada a embalagens de 60 g. Para as amostras 1 e 2
serão 1583 embalagens, enquanto para a amostra 3 1166 embalagens.

35
10. CONCLUSÃO

O trabalho realizado permite a conclusão de que o hidratante formulado a partir


dos ingredientes escolhidos, obteve resultados relativamente satisfatório, por
compreenderem as faixas normativas, com exceção ao teste de densidade, onde estes não
apresentaram resultados suficientemente satisfatórios. No entanto o recurso produzido
apresenta as qualidades do produto almejado, tais como, alta capacidade hidratante,
propriedades anti-inflamatórias e calmantes. O processo de produção do mesmo, pode ser
viabilizado, como foi verificado nos dados apresentados. Desta forma, conclui-se que boa
parte do objetivo estipulado, foi alcançado.

36
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40

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