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Aula 5 - Equações diferenciais

ordinárias lineares de 2ª ordem

Objetivos

Nesta quinta aula, deveremos:

–– Estudar as equações diferenciais ordinárias lineares de 2ª ordem


com a restrição de que possuam coeficientes constantes;
–– Conhecer os tipos de soluções para esstas equações diferenciais;
–– Exercitar problemas de valor inicial e problemas de valor de con-
torno, cuja definição sugerimos rever na Aula 2, aplicados a estes
tipos de equações diferenciais.

Assuntos
–– Equações diferenciais ordinárias lineares de 2ª ordem com coeficien-
tes constantes;
–– Problemas de valor inicial;
–– Problemas de valor de contorno.

Introdução
Dizemos que as equações 13 ou 14 são homogêneas se g (x) = 0. Assim,
são equações diferenciais ordinárias lineares homogêneas de ordem
“n”:

Eq. 122

ou, na notação de Leibniz:

Eq. 123

Equações Diferenciais e Ordinárias 133 UAB


Se, ainda, todas as funções da eq. 17 ou as funções da eq.
18, forem funções constantes, então, dizemos que ambas as equações são
equações diferenciais ordinárias lineares homogêneas de ordem “n”
com coeficientes constantes.

Equações diferenciais ordinárias linea-


res homogêneas de segunda ordem com
coeficientes constantes
• Definição

Vimos, na aula 2, que as equações diferenciais ordinárias lineares ho-


mogêneas de ordem “n” são representadas pelas equações 17 ou 18:

Eq. 17

ou, na notação de Leibniz:

eq. 18

Se, ainda, todas as funções da eq. 17 ou as funções da eq. 18


forem constantes, então, dizemos que ambas as equações são equações
diferenciais ordinárias lineares homogêneas de ordem “n” com coe-
ficientes constantes.

A restrição feita no parágrafo anterior, acerca de tomar todas as funções


da eq. 17 ou as funções da eq. 18 como coeficientes constan-
tes, se deve a que as soluções de EDOs na forma dessas equações, sem os
coeficientes constantes, não se apresentam como soluções em termos de
funções elementares, sendo, por vezes, de resolução muito complexa, isso
quando possuem alguma solução analítica e não numérica.

UAB 134 Equações Diferenciais e Ordinárias


• Equação característica

Assim, consideremos as equações 17 ou 18 como de segunda ordem:

Eq. 124

ou, na notação de Leibniz:

Eq. 125

Ou, ainda, mais simplificadamente:

Eq. 126

em que, uma vez que os coeficientes são constantes, a equação toda foi
dividida pelo coeficiente da derivada de maior grau.

Ao substituirmos, na eq. 126, , respectivamente por ,


ou, simplesmente por , obteremos:

Eq. 127

A eq. 127 é conhecida como equação característica das equações dife-


renciais ordinárias lineares homogêneas de segunda ordem com coeficientes
constantes, ou seja, da eq. 126.

A equação característica (eq. 127) permite sua fatoração em:

Eq. 128

em que são as raízes da eq. 128.

• Solução a partir da equação característica

Equações Diferenciais e Ordinárias 135 UAB


A solução de equações diferenciais ordinárias lineares homogêneas de se-
gunda ordem com coeficientes constantes, tais quais os da eq. 126, pode
ser obtida a partir das raízes da equação característica (eq. 127). Para isso,
devem ser consideradas três situações:

Raízes reais e distintas

Neste caso, são soluções linearmente independentes, de ma-


neira que a olução geral da equação pode ser dada por:

Eq. 129

em que: são constantes de integração.


Se , podemos escrever a eq. 129 em termos de funções hiperbólicas:

Eq. 130

em que: , consideradas as identidades tri-


gonométricas:

Eq. 131

Eq. 132

• Raízes reais, porém múltiplas

Equações diferenciais de segunda ordem têm de possuir duas soluções line-


armente independentes. Se elas são múltiplas, então, não são linearmente
independentes. Assim, se , dizemos que são linearmen-
te dependentes.

UAB 136 Equações Diferenciais e Ordinárias


Entretanto, uma demonstração que pertence a um curso avançado de cálcu-
lo nos permite afirmar que há outra solução linearmente independente para
o caso é . Dessa forma, a solução geral da equação pode ser dada por:

Eq. 133

em que são constantes de integração.

Observe que, na solução geral (eq. 133), não aparece , mas apenas .
Isto acontece por se tratar de uma “segunda” solução para o caso de raízes
reais e distintas. O fato é que, no caso de raízes reais, porém
múltiplas, podemos ter duas soluções gerais, as das equações 129 e 133.

• Raízes imaginárias (complexas)

No caso de serem imaginárias, elas ocorrerão como pares conju-


gados, ou seja, , de maneira que as soluções line-
armente independentes serão (a e b são as partes real e
imaginária dos complexos).

Assim, a solução geral da equação seria:

Eq. 134

Em que: são constantes de integração.

Considerando as relações de Euler:

Eq. 135

e fazendo , sendo novas cons-


tantes arbitrárias, a solução geral da equação será:

Eq. 136

Equações Diferenciais e Ordinárias 137 UAB


Neste caso, vale a restrição: para que sejam reais, devem
ser complexos conjugados.

Exercícios resolvidos
• Exemplo 34:

Resolva .

Solução:

A equação característica será , cujas soluções são


, portanto reais e distintas.

Assim, usando a eq. 129, teremos, como solução geral

• Exemplo 35:

Resolva .

Solução:

A equação característica será , cujas soluções são ,


portanto reais e distintas.

Assim, usando a eq. 129, teremos, como solução geral

• Exemplo 36:

Resolva .

Solução:

A equação característica será , cujas soluções são


, portanto reais e distintas.

UAB 138 Equações Diferenciais e Ordinárias


Assim, usando a eq. 129, teremos, como solução geral

ou, usando a eq. 130:

• Exemplo 37:

Resolva .

Solução:

A equação característica será , cujas soluções são

, portanto complexas.

Assim, usando a eq. 136, teremos, como solução geral

• Exemplo 38:

Resolva o problema de valor inicial

Solução:

A equação característica será , cujas soluções são


, portanto complexas.

Assim, usando a eq. 136, teremos, como solução geral

Derivando a solução geral, teremos:

Equações Diferenciais e Ordinárias 139 UAB


Agora, apliquemos os valores iniciais na função y e em sua derivada y’:

Assim, a solução particular será:

• Exemplo 39:

Resolva o problema de valor inicial , com

Solução:

A equação característica será , cujas soluções são

, portanto reais e iguais.

Assim, usando a eq. 133, teremos, como solução geral

Agora, apliquemos os valores iniciais na função y:

UAB 140 Equações Diferenciais e Ordinárias


Assim, a solução particular será:

Resumo
Nesta aula, foram apresentados(as):

1. As equações diferenciais de segunda ordem lineares com coeficientes


constantes;

2. Os mecanismos para obtenção de suas equações primitivas em forma de


famílias de soluções de 2 parâmetros. Aproveitamos, também para resolver
alguns:

3. Problemas de valor inicial (PVI); e

4. Problemas de valor de contorno (PVC)

cujas definições foram apresentadas na aula 2, que referendamos sua revi-


são.

Exercícios propostos
Resolva as seguintes equações diferenciais, encontrando suas soluções ge-
rais:

Resolva os seguintes problemas de valor inicial:

Equações Diferenciais e Ordinárias 141 UAB


Respostas dos exercícios propostos
55.

56.

57.

58.

59.

60.

61. Solução geral: ;

Solução particular:

62. Solução geral: ;

Solução particular:

63. Solução geral: ;

Solução particular:

Referências
AYRES Jr., F. Coleção Schaum: equações diferenciais. Rio de Janeiro: AO Livro Técnico
S.A., 1966.
BRONSON, Richard. Coleção Schaum: moderna introdução às equações diferenciais.
São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
ZILL, D.G.; CULLEN, M.R. Matemática avançada para engenharia: equações
diferenciais elementares e transformada de Laplace. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.

UAB 142 Equações Diferenciais e Ordinárias

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