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ALIMENTAÇÃO DO ADOLESCENTE

Durante a adolescência, a alimentação balanceada é tão importante quanto na


primeira infância, pois além de satisfazer as elevadas necessidades de nutrientes
durante esta fase, ela serve também para criar e manter bons hábitos alimentares
para o resto da vida, na fase adulta e durante a velhice.

Nesta fase de crescimento podem aparecer hábitos de consumo explicáveis por


diferentes motivos, como:

 Psicológicos;

 Sociais e sócio-econômicos, de acordo com o padrão familiar;

 Pela influência de amigos e colegas de escola;

 Rebeldia contra os controles exercidos pela família;

 Busca de autonomia e identidade própria;

 Aumento do poder de compra, principalmente se ele recebe mesada dos pais ou


trabalha;

 Horário rotineiro de preparar seu próprio alimento;

 A urbanização através da modernidade dos produtos industrializados e a


interferência do marketing;

 O costume de fazer as refeições fora de casa, principalmente quando estuda em


dois períodos.
Estes novos padrões alimentares podem repercutir, em longo prazo, na saúde
futura do indivíduo maduro e na escolha posterior dos alimentos.

Determinantes do comportamento alimentar do adolescente:

 O objetivo da alimentação para o adolescente é de aliviar a fome;

 Embora ele não possua a percepção de que o alimento é fonte de energia e


nutrientes indispensáveis ao crescimento, para o desenvolvimento físico e
intelectual e para a manutenção da saúde;

 A necessidade de aceitação dos amigos e colegas é muito importante para os


jovens que, consequentemente, em várias situações, adequarão seus padrões
alimentares às expectativas do grupo, deixando-se influenciar pelos outros;

 Muitos adolescentes desenvolvem preocupações ligadas ao corpo e à aparência,


principalmente as meninas. Excessos e restrições se fazem então presentes,
tendo em vista imagens idealizadas, estereotipadas pela mídia, como a dos
modelos.

 O fácil acesso e incentivo da propaganda ao consumo de refeições rápidas, como


os lanches fast-food ou produtos industrializados, podem também modificar o
hábito alimentar do adolescente, e este acaba deixando de aceitar os hábitos
familiares.

Em função da sobrecarga de numerosas atividades exercidas pelo jovem durante


o dia, resta pouco tempo para o planejamento das refeições e escolha dos alimentos.

Os hábitos alimentares dos adolescentes são caracterizados:

 Por omissão freqüente de refeições: o desjejum e em muitas situações até


mesmo o almoço;

 Ingestão de quaisquer tipos de alimentos sem nenhum valor nutricional;

 Comer qualquer produto somente para matar a fome;


 A utilização de produtos inadequados à refeição, como ingerir balas, pirulitos,
chocolates no horário das refeições;

 Lanches em excesso;

 Dietas de moda, principalmente as meninas, como: dieta da proteína, da lua, das


frutas, etc;

 Restrição alimentar em situações que levam ao desenvolvimento da anorexia ou


bulimia;

 O excesso no consumo de doces, gordura, sal e colesterol também são comuns


nos adolescentes;

 As meninas consomem em média menor quantidade de alimentos, e são mais


propensas a ter menor ingestão de vitaminas e minerais que os meninos.

Os alimentos devem ser selecionados cuidadosamente para atingir as


recomendações nutricionais necessárias à idade que, exige alto valor energético com a
presença de todos os nutrientes nas diferentes refeições.

Rápido aumento de peso relacionado ao desenvolvimento de características


sexuais secundárias pode levar muitas mulheres jovens, que não adotaram uma imagem
corporal madura, a restringir desnecessariamente a quantidade de comida que ingerem.

Os meninos, por outro lado, com aparência física alta e magra são tentados a
usar suplementos nutricionais, esperando obter a aparência muscular de adulto.

Os jovens, muitas vezes, são considerados um grupo de risco, justamente por


seus maus hábitos alimentares, por exemplo: muitas vezes deixam de fazer o café da
manhã, pulam algumas refeições e as substituem por lanches, consomem alimentos
industrializados e refrigerantes em grande quantidade.

O aumento da freqüência de excesso de peso e obesidade observado entre os


adolescentes é preocupante, assim como o hábito de fazer regime para emagrecer,
especialmente entre as meninas, que pode determinar níveis de ingestão de alimentos
nutritivos inferiores ao recomendado.

Características da Idade:

A taxa de crescimento na adolescência é a segunda maior durante a vida, sendo


inferior ao primeiro ano de idade, esta fase dura em média cerca de seis anos.

 A maior velocidade de crescimento nesse período costuma ocorrer nas meninas


entre 12 e 13 anos; e aproximadamente 2 anos após nos meninos entre 14 e 15
anos;

 Os requerimentos nutricionais são mais diretamente afetados pela taxa de


crescimento do que pela idade cronológica, sendo maiores na fase entre os 11 e
14 anos de idade, durante o auge do crescimento, e diminuem gradativamente
conforme se chega aos 18 a 20 anos;

 No sexo masculino, a massa muscular cresce de maneira desproporcional,


resultando em maior porcentagem de massa magra, em comparação com o sexo
feminino;

 As meninas apresentam uma maior porcentagem de gordura corporal em relação


aos meninos;

 É a fase de maior crescimento orgânico, de metabolismo intenso devido à grande


produção hormonal necessária neste período, quando se desenvolvem as
características secundárias sexuais;

 É comum o adolescente sentir muito sono, todas as energias produzidas estão


direcionadas ao intenso crescimento físico e metabolismo.
O crescimento intenso do adolescente bem como as mudanças orgânicas que
ocorrem podem ser comparadas com as modificações da larva da borboleta, é uma
metamorfose, só que o adolescente não se encasula.

Estas mudanças acontecem com eles expostos ao meio, o que os leva, muitas vezes,
a se tornarem tímidos e com vergonha do próprio corpo.

Nesta fase acontecem grandes transformações psicológicas junto com as


biológicas, tais como:

 Despertar para as relações emocionais (fase do namoro);

 Formação da personalidade;

 Desenvolvimento do equilíbrio;

 Conflitos com as autoridades, que podem ser familiares (pai, mãe) e sociais
(professores);

 Em várias situações é “criança” e em outras é “adulto”: criança para chegar mais


tarde em casa e adulto para assumir diversas formas de responsabilidades;

 Apresenta um apetite voraz, mas não realiza refeições com qualidade, preferindo
alimentos nem sempre nutritivos.

Necessidades nutricionais do adolescente:

O valor calórico das refeições de um adolescente é alto e deve manter


qualidade para atender todas as demandas orgânicas desta fase de crescimento físico
em metabolismo intenso;
 O VET é semelhante ao de um trabalhador braçal.

Há diferença entre os gastos energéticos nos dois sexos:

 Para as meninas entre 12 e 14 anos em torno de 2300 kcal e entre os 14 e 16


anos 2400 kcal por dia;

 Para os meninos com 12 a 14 anos idade até 2700 kcal por dia e entre os 14 e 16
anos até 3000 kcal.

Estes valores devem ser distribuídos da seguinte forma:

 15% de proteínas;

 30% de gorduras;

 55 a 60% de carboidratos.

Sendo assim distribuídos no VET:

Proteínas:

 1,5 a 2 gramas por quilograma de peso corporal são utilizadas nos processos de
crescimento orgânico.

Sais minerais:

 Principalmente cálcio, fósforo, ferro e iodo, para o crescimento do sistema ósseo


e dentário, sistema muscular, sistema sanguíneo e hormonal.

Vitaminas:

 Lipossolúveis A, E, D, K, e as hidrossolúveis: Complexo B e vitamina C, para as


diferentes reações químicas orgânicas.

Carboidratos:
 Dar preferência aos complexos em maior quantidade.

Lipídeos:

 Preferir os insaturados aos saturados. Que junto com os carboidratos irão suprir
as necessidades de energia.

Líquidos:

 1,5 a 2 litros ao dia, através da água, sucos naturais, sem esquecer o leite.

Fibras:

 Indispensável para o bom funcionamento intestinal, pois é comum o adolescente


apresentar constipação intestinal devido ao consumo excessivo de carboidratos
refinados;

 A carência de fibras, presentes nos alimentos integrais, frutas, hortaliças,


leguminosas e sementes oleaginosas, causam constipação intestinal e vários
problemas na pele do adolescente, principalmente a acne.

Regime alimentar:

O valor energético total deve ser distribuído através dos seguintes alimentos:

Alimentos protéicos indispensáveis:

 Leite e derivados (iogurte, queijos);

 Carnes magras de bovinos, aves e peixes e seus derivados magros;

 Ovos cozidos ou poche;

 Leguminosas: feijões, lentilha, soja, grão-de-bico, ervilhas.


Alimentos dos grupos dos energéticos:

 Cereais integrais e subprodutos das farinhas: arroz, massas, pães, bolos,


bolachas, cereais matinais;

 Óleos e azeites nas preparações culinárias;

 Manteiga para os lanches.

Alimentos do grupo dos reguladores:

 Hortaliças verduras e legumes;

 Todas as variedades de frutas e sucos naturais.

O adolescente cresce rapidamente e necessitará de 1 litro de leite ou equivalente


por dia para satisfazer suas necessidades de cálcio biodisponível, para formação do
sistema ósseo e dentário.

O leite semidesnatado pode ser usado para diminuir a ingestão de gorduras,


sobretudo nos casos de excesso de peso, do contrário não é necessário substituir o
integral, pois ele apresenta uma quantidade maior de vitaminas lipossolúveis.
O consumo de leite e derivados fornecerá também proteínas de alta qualidade,
mas será necessário o consumo adicional de outras fontes de proteínas, como carnes,
ovos e leguminosas.

Os adolescentes têm grande necessidade de ferro, presente principalmente nas


carnes e ovos. O ferro do feijão, da lentilha e das hortaliças verde-escuras necessita ser
acompanhado de sucos cítricos para que ocorra o aproveitamento deste tipo de
nutriente.

Para que ocorra uma perfeita formação muscular é necessária a presença diária
de proteínas de alto valor biológico, presente nos alimentos de origem animal.

As meninas necessitam dar uma atenção especial à reposição do ferro. Pois, elas
perderão sangue mensalmente desde o início da menstruação, deve ser observada a
reposição férrica para evitar anemia férrica.

O adolescente também deve ser avaliado constantemente pelo médico e


nutricionista, que vão verificar seus dados clínicos, sua evolução de crescimento, suas
porcentagens de gordura e massa magra, além de analisar sua ingestão alimentar
habitual.

Quanto às vitaminas este é um período em que o organismo é extremamente


sensível a sua carência.

Merecem atenção especial:

Vitamina A:

 Para o crescimento orgânico, formação do sistema epitelial e a sua proteção, e


também para a boa visão.

Vitamina D:

 Crescimento do sistema ósseo e dentário e tem a função de fixar o cálcio e o


fósforo no organismo.

Vitamina E:

 Para o desenvolvimento das características sexuais, atua na formação dos


hormônios e é antioxidante.

Vitamina K:
 Importante fator na formação da coagulação sanguinea, sua atuação forma
equilíbrio com a protrombina, proteína responsável para que ocorra a
coagulação. Meninas precisam de um aporte maior desta vitamina devido à
menstruação.

Complexo B:

 Age no metabolismo dos nutrientes energéticos para seu total aproveitamento e


atua nas atividades intelectuais.

Vitamina C:

 Para formação dos fatores da imunidade e proteção do organismo além da


formação das matrizes de colágeno, proteína que dá sustentação ao tecido
muscular.

O cardápio diário do adolescente deve apresentar quantidades elevadas de


proteínas, carboidratos e lipídeos para atingir o valor calórico necessário.

Podemos afirmar que o regime alimentar do adolescente é qualitativo, similar ao do


lactente e do escolar e quantitativamente, lembra o do trabalhador com atividade
muscular.

Lanches e refeições:

A utilização dos lanches e a escolha dos alimentos das grandes refeições:

Para evitar que o adolescente ingira grande volume de alimento nas refeições
maiores é interessante intercalar lanches entre as refeições: de manhã, à tarde e à noite:
Para garantir a elaboração de lanches nutritivos, deve-se assegurar que cada
lanche contenha pelo menos uma porção de cada grupo dos alimentos indicados na
Pirâmide da Alimentação.

Alimentos ricos em carboidratos – os energéticos:

 Pães, de preferência integrais ou ricos em fibras, bolachas sem recheio, torradas,


cereais, massas com molhos nutritivos.

Alimentos ricos em proteínas – os construtores:

 Leite, iogurte, coalhada, queijo, ovo, presunto magro, peito de peru, carne de boi
magra, peixe ou aves.

Alimentos ricos em vitaminas e fibras – os reguladores:

 Cereais integrais, frutas, sucos naturais e hortaliças.

Esta pirâmide conhecida no Brasil como a Pirâmide dos Alimentos


Funcionais, sendo a mais indicada para alimentação do adolescente:
Na base o Grupo 1 – a atividade física:

 Passa a ser um elemento chave;

 Elemento essencial e a manutenção de um peso saudável para a altura


desenvolvida pelos padrões genéticos.

Grupo 2 – carboidratos:

 São essenciais, são energéticos, para atividades dos músculos, cérebro e coração;

 Pães, cereais matinais, arroz e macarrão formam o maior grupo de alimentos;

 Os carboidratos devem ser integrais já que os refinados têm um conteúdo menor


de fibras, vitaminas e minerais;

 Carboidratos refinados são transformados rapidamente em glicose;

 Ao chegar à corrente sanguínea, a glicose é estocada para uso posterior. Isto


pode fazer a glicemia (concentração de açúcares no sangue) cair, deixando o
adolescente faminto;

 Consumir mais alimentos em seqüência, sua capacidade de estoque de glicose


estará repleta e o restante dos carboidratos ingeridos e no sangue serão estocados
como gordura;

 Carboidratos integrais são quebrados e atingem a corrente sanguínea lentamente,


fornecendo saciedade por mais tempo e afastando o risco do excesso de peso e
da obesidade.

Grupo 3 – as gorduras insaturadas:

 São adequadas para a saúde do coração;

 Os lipídios estão presentes na maioria dos óleos vegetais como o azeite de oliva
e óleos de canola, linhaça, soja e milho.
Grupos 4 e 5 – frutas e hortaliças:

 São ricas em carboidratos, fibras e muitas vitaminas, minerais e fitonutrientes;

 Capazes de proteger o organismo de doenças como vários tipos de câncer;

 Estes elementos devem ser consumidos pelo menos de 3 a 4 vezes ao dia;

 As batatas são uma exceção à regra, já que são digeridas muito rapidamente, por
isto são colocadas no mesmo grupo dos grãos refinados e do açúcar, no topo da
pirâmide.

Grupos 6, 7 e 8 as proteínas e outros nutrientes:

Grupo 6 – proteínas vegetais:

 Nozes, castanhas e leguminosas (feijões, soja, grão-de-bico, lentilha e ervilha)


estão logo acima do grupo das frutas e verduras.

Grupos 7 e 8 – proteínas de origem animal:

 Encontramos ovos, peixes, aves e laticínios semi desnatados;

 Cortes de carnes ricos, em gordura, e leite integral devem ser consumidos com
moderação em decorrência de seu alto conteúdo de gordura saturada.

Grupo 9 – no topo da pirâmide estão os alimentos que devem ter consumo


ocasional:

 São ricos em gorduras trans e gorduras saturadas, aquelas relacionadas com as


doenças cardiovasculares;

 Evite a freqüência de alimentos com manteiga, banha de porco, toucinho,


gorduras das carnes e do leite gordo;

 Biscoitos, pães, croissants e outros industrializados, feitos com gorduras trans e


açúcar refinado, também devem ser consumidos com freqüência baixa.
O adolescente deve também evitar as refeições freqüentes em fast food. É
importante avaliar no contexto da dieta o alto teor de gordura dos alimentos fornecidos
por este tipo de serviço.

As gorduras saturadas e o colesterol devem ser oferecidos em quantidade reduzida,


ao mesmo tempo em que as gorduras poliinsaturadas precisam ser consumidas em
uma quantidade maior.

 Dar preferência às carnes magras, remover as gorduras das carnes gordurosas


antes de prepará-las ou come-las;

 Consumir leite e derivado desnatados ou reduzido em gorduras, principalmente


os adolescentes com tendência à obesidade;

 Restringir a ingestão de sódio, reduzindo a quantidade de sal usada no preparo


dos alimentos ou na mesa de refeições.

A ingestão de fibras deve ser recomendada para normalizar a função intestinal e


prevenir certas doenças, mas não deve ser excessiva para não prejudicar a absorção de
alguns minerais.

 Convém reduzir a ingestão de petiscos e de alimentos ricos em açúcar refinado,


dando preferência aos carboidratos complexos;

 Para tanto, recomenda-se restringir a ingestão de doces, bolos, biscoitos e balas,


substituindo-os por merendas de frutas frescas, hortaliças e cereais integrais;

 Muitos petiscos são extremamente ricos em calorias, dando saciedade sem


proporcionar nutrição adequada;

 Os lanches preparados em casa em geral possuem maior valor nutritivo, além de


serem mais baratos que os lanches e petiscos adquiridos no comércio;

 Os mesmos cuidados higiênicos das outras fases de crescimento devem ser


observados nos alimentos utilizados pelos adolescentes;
 Observar as condições higiênicas sanitárias dos alimentos, a preservação dos
produtos e as condições do manipulador ou de quem prepara as refeições, como
forma de garantir alimentos saudáveis que não causem doenças.

Outro modelo de Pirâmide Alimentar para o Adolescente:


ALIMENTAÇÃO DO ADULTO

Característica da idade

De um modo geral, a grande preocupação com a alimentação do adulto é a


manutenção do seu peso ideal.

O mundo do adulto gira em torno do seu trabalho que, inclusive, estabelece o seu
status na comunidade. E é, de acordo com a atividade que ele exerce que se planejará a
sua alimentação.

Exigências nutricionais

Recomenda-se que o aporte energético de homens e mulheres não seja


modificado entre os 20 e 39 anos de idade, pois há poucas indicações de que a atividade
física destes indivíduos mude consideravelmente nesse período. Entre os 40 e os 59 anos
de idade, as necessidades energéticas diminuem 5% entre os 60 anos e os 69 anos,
diminuem 10% e para 70 anos ou mais, recomenda-se redução de 20%.

Na idade adulta, quando já cessou o crescimento, o indivíduo precisa de proteínas


apenas para fins de manutenção. Recomendamos calcular, também, o NDP Cal% que,
segundo a FAO/OMS, deve ser de 6 a 10%.

Regime Alimentar

Ao se elaborar um cardápio para o adulto, é preciso considerar:

a) o hábito alimentar: que já está formado e não pode ser mudado bruscamente. O
alimento tem múltiplos significados para o homem, podendo caracterizar uma crença
religiosa ou uma filosofia;

b) disponibilidade de alimentos: é importante saber quais são os alimentos


disponíveis no local, por época do ano;
c) pode aquisitivo: mesmo disponível, o alimento pode não ser acessível ao
consumidor.

Quanto às refeições do adulto, o numero dependerá de sua rotina diária e sua


composição deverá adequar-se às suas atividades.

Entre as atividades desempenhadas pelos adultos, podemos distinguir dois


grandes grupos, dos quais descreveremos as principais características e suas
intercorrências no regime alimentar.

1° Grupo: Atividades predominantemente musculares (lixeiros, pedreiros,


jardineiros, faxineiros, carteiros, operários, esportistas, etc.): O VCT varia de acordo
com a atividade, sendo, geralmente, elevado. Os glícides fornecerão a grande parte desta
energia e, portanto, o aporte de tiamina deverá ser aumentado. Devido à transpiração, o
teor de cloreto de sódio será maior na dieta. A água eliminada será, normalmente,
resposta pela maior sensação de sede.

As causas de subnutrição neste grupo são, geralmente, de: ordem econômica,


dificuldade de providenciar alimentação (marmitas), excesso de dispêndio energético
(horas-extras), maus hábitos alimentares.

Neste grupo também estão incluídos:

a) o soldado em campanha, isto é, no campo, fora do quartel, em manobras ou


jornada. Estrategistas militares ressaltaram a importância da “munição de boca”,
mostrando o significado da alimentação adequada para o soldado. São servidas, nessas
situações, rações quentes ou rações frias (incluindo, principalmente, produtos
liofilizados);

b) o esportista – deve gozar de ótima saúde, sendo seu regime individual, uma
vez que, depende do físico, do plano de treinamento, do tipo de esporte, da competição.
Geralmente, o esportista é jovem e daí a necessidade de cuidados maiores com sua ração
de crescimento. No dia de competição, o esportista não deve experimentar qualquer
alimento novo, deve evitar gelados, não tomar café ou bebidas alcoólicas, não fumar.

2° Grupo: Atividades predominantemente intelectuais (escritores, escriturários,


professores, médicos, etc.): O VCT vai variar apenas com a atividade física destes
indivíduos, uma vez que a atividade intelectual parece não consumir muitas calorias. O
intelectual não deverá fazer refeições volumosas durante o dia, a fim de não prejudicar
sua produção.

Os cuidados principais com o regime dos intelectuais são:

– evitar o excesso de glícides, pois, devido à reduzida atividade física poderia


haver ocorrência da obesidade;

– as refeições devem ser de fácil digestão, a fim de não prejudicar a atividade


intelectual;

–a vida sedentária destes trabalhadores exige maior aporte de celulose, para


favorecer a motilidade intestinal;

Pirâmide Alimentar:
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO

Características da idade

São caracterizados como idosos os indivíduos que apresentam mais de 65 anos. O


processo de envelhecimento inicia-se desde o momento da concepção até a morte, em
que vão ocorrendo modificações funcionais, bioquímicas e psicossociais.

Essas alterações interferem no estado nutricional do idoso, e podem até mesmo


desencadear a presença de uma desnutrição. Dentre essas mudanças podemos citar o
declínio de estatura de 1 a 2 cm por década, perda de tecido geral com diminuição da
massa muscular e conseqüentemente, redução do conteúdo de água corporal. Desta
forma o critério de classificação do estado nutricional de um adulto não é o mesmo
utilizado para o idoso. Existe uma tabela de IMC com parâmetros diferenciados para
indivíduos acima de 65 anos.

Para diagnosticar o estado nutricional dos idosos, utiliza-se o índice de massa


corporal específico para a idade senil.

Índice de Massa Corporal – IMC

IMC = Peso (em Kg)

Estatura ² (em metros)

Classificação IMC (Kg / m²)

Baixo peso < 22

Risco 22 – 23,9

Eutrofia 24 – 26,9

Sobrepeso 27 - 29

Obesidade > 29
Fatores que alteram as necessidades nutricionais:

1- Fatores Físicos:

A incapacidade física neste período interfere nas atividades rotineiras como


preparar seus próprios alimentos, servir um copo de leite, abrir um pacote de
biscoito, o que desestimula o idoso, fazendo com que diminua a procura pelos
alimentos. O fato de apresentar limitações, interfere também na atividade física
que se torna reduzida pela dificuldade de locomoção e coordenação, fazendo com
que os idosos tenham uma redução de tecido muscular.

2- Fatores Fisiológicos:

Com o passar do tempo os órgãos dos sentidos diminuem sua capacidade de


funcionamento e esses indivíduos já não sentem mais o sabor dos alimentos; a
diminuição da visão não permite observar as características dos alimentos,
fazendo com que percam o apetite.

Certas características, inerentes ao processo do envelhecimento, determinam


peculiaridades na dieta do idoso:

a) dentição: geralmente, as pessoas nesta fase da vida já não têm todos os dentes
e as próteses, muitas vezes, são defeituosas ou inadaptadas, dificultando a mastigação.
Por isso, o indivíduo limita a sua dieta a alimentos de consistência branda. Este fato
determina automaticamente a eliminação de substâncias importantes como: carne,
algumas frutas e verduras;

b) hábitos alimentares: constituem um dos maiores obstáculos ao


estabelecimento de dietas adequadas, uma vez que o padrão dietético do idoso já está
bem estabelecido, sendo difícil modificá-lo;

c) situação social e econômica: às vezes, o idoso vive só e não tem meios para
preparar e guardar os alimentos devidamente. Daí a procura de produtos mais baratos,
enlatados, etc., além da falta de incentivo que a solidão determina para refeições
organizadas;

d) fatores fisiológicos: ao avançar da idade, diminui a sensibilidade gustativa, a


olfativa e, conseqüentemente, é reduzido o prazer de comer. Em geral, também
diminuem as secreções de ácido clorídrico e das enzimas digestivas, assim como o
volume total de secreções no tubo gastrointestinal, dificultando a digestão e a absorção
para muitos idosos. O indivíduo pode ser acometido de prisão de ventre pela falta de
consumo de frutas e verduras, pela diminuição de sua atividade física e pela conseqüente
atonia muscular. A hipoproteinemia acarretará alguns problemas para o idoso: lenta
regeneração dos ossos e feridas, predisposição à anemia e menor resistência às infecções;

e) desequilíbrio calórico: na idade avançada, diminui o metabolismo basal e,


conseqüentemente, as necessidades energéticas. A atividade física também se reduz e, se
a pessoa continuar com o mesmo aporte calórico ficará obesa. A obesidade predispõe às
enfermidades cardiovasculares, ao aparecimento do diabete, etc. e reduz a longevidade.
No entanto, a magreza excessiva e a subnutrição são igualmente inconvenientes, pois
diminuem o vigor e a sensação de bem-estar.

Regime alimentar

A alimentação do idoso deve ser saborosa, de fácil digestão, as refeições devem


ser pouco volumosas, com consistência de acordo com a sua dentição. Os condimentos
não devem ser suprimidos, uma vez que favorecem o apetite e estimulam a secreção
gástrica. Os líquidos não devem ser ingeridos em quantidade excessiva durante as
refeições, para não diluir os fermentos digestivos já deficientes.

Devem ser evitados os vegetais flatulentos (agrião, couve, couve-flor, repolho,


brócolis, pepino, pimentão, alho, cebola, etc.) porque o acúmulo de gases pode provocar
dores e males digestivos, além de problemas circulatórios.

As restrições de ordem médica devem ser observadas, com cuidado, na dieta do


idoso.

PIRÂMIDE ALIMENTAR

Um instrumento de orientação e de educação nutricional à disposição dos


nutricionistas é a pirâmide alimentar do idoso, que pode ser empregada para o melhor
entendimento das orientações passadas e planejadas (Barr e cols., 2003). Apesar das
críticas sobre a dificuldade de entender a pirâmide alimentar, esta ainda representa um
dos meios educacionais ilustrativos bastante utilizados em ambulatórios (Figura
abaixo). É importante levar em consideração a capacidade de entendimento do idoso,
seu grau de escolaridade e suas condições cognitivas. Em alguns casos, o modelo do
prato, ou seja, o formato da antiga roda dos alimentos, pode ser uma estratégia de
melhor compreensão.

Em 1992, o USDA (United State Departament of Agriculture), propos a


pirâmide para adultos saudáveis e, em 1999, Russel e cols., desenvolveram uma
pirâmide alimentar para o idoso, que difere, em alguns aspectos, da pirâmide alimentar
do adulto. Os componentes adicionais foram copos de água em sua base, destacando a
importância da hidratação e a especificação de fontes alimentares ricas em fibras. Na
ponta da pirâmide, existe uma bandeira, representando a possível suplementação de
cálcio, vitamina D e vitamina B12, para idosos de mais de 70 anos ou em situações
clínicas especiais, porém, como já afirmamos, esta suplementação vitamínica ainda não
é consensual na literatura.

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