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CURSO TÉCNICO EM

AMBIENTE

Toxicologia e Higiene Industrial

Profa. Ms. Betina Kappel Pereira


2014/01
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Reflexão: Por que normas são importantes?


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Organização
Sempre que duas ou mais pessoas trabalharem juntas em prol de um
objetivo comum, estabelecerão certa ordem nas suas relações. Essas relações
ordenadas, estabelecidas para um propósito comum - constituem a organização.
Os membros desta devem ficar de acordo quanto aquilo com que cada um deve
contribuir; e quando e como deverá fazê-lo. Definirão os direitos e deveres
individuais; e decidirão quem há de resolver as controvérsias. Desta forma
unirão suas habilidades e esforços, e produzirão mais e melhores mercadorias e
serviços, que os que poderiam produzir isolados, cada um por si. Por exemplo: o
grupo, trabalhando em conjunto, dentro de um plano comum, pode movimentar
unia pedra pesada, que nenhum deles, por si só, poderia mover.

A BOA ORGANIZAÇÃO AJUDA O PROGRESSO

A ORGANIZAÇÃO DEFICIENTE CRIA


OBSTÁCULOS POR CAUSA DE
DESENTENDIMENTOS, ORDENS
CONTRADITÓRIAS E DIVERGÊNCIAS

A BOA ORGANIZAÇÃO FACILITA A


COOPERAÇÃO E ACELERA O PROGRESSO
MEDIANTE A REMOÇÃO DOS
OBSTÁCULOS E AQUIESCÊNCIA
GERAL
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A ORGANIZAÇÃO NAS EMPRESAS

Os homens, nos tempos antigos, perceberam em primeiro lugar a


necessidade do esforço de grupo. E, para atingirem seus objetivos, criaram
estruturas de organização (corporativas) muito simples. Mas, à medida que a
sociedade humana se desenvolvia, e cresciam as necessidades e os desejos da
humanidade, a organização se tornou ainda mais essencial para a satisfação de
tais necessidades e desejos; e, obrigatoriamente, tomou-se mais complexa.

Hoje em dia, em face da evolução da tecnologia industrial e


comercial; do amplo crescimento dos mercados para produtos e serviços e da
necessidade do desenvolvimento integral dos recursos de todas as nações, a boa
organização converte-se no ingrediente principal do bom êxito da direção - no
governo, nos serviços sociais, no comércio e na indústria.

A organização moderna é fruto de longa experiência e do estudo


científico. Analisando empresas que tiveram êxito, e outras que fracassaram, os
observadores descobriram e estabeleceram certos princípios, estruturas e
procedimentos, que determinam o êxito de uma organização. Aprenderam,
também, como congregar a habilidade e o entusiasmo dos indivíduos e dos
grupos, em prol do bem comum; como dirigir e fiscalizar uma empresa sem
sacrificar a faculdade criadora dos indivíduos; como adaptar a estrutura
corporativa às mudanças e ao crescimento; e como animar a estrutura e inspirar
os membros da organização mediante a liderança.

Aplicando o que se conhece atualmente sobre organização, os


diretores de uma empresa podem garantir maior produção de marcado e
serviços, maior facilidade nas operações, menores custos, e mais benefícios
para os membros da empresa e para as pessoas a que servem.
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PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO

Antes deste século, as organizações eram construídas, pêlos homens,


mediante o sistema de tentativa e erro; e, muitas vezes, por mera imitação de
formas tradicionais. Em 1916, Fayol mostrou as vantagens da projeção de
organizações de acordo com os princípios científicos. Desde então, muito do
que ele considerava como regras de conduta na organização tomou-se norma
corrente da direção, no comércio e na indústria, no governo e no serviço
público.
Fayol enumerou 13 princípios da organização industrial e da organização em
geral. São eles:

1. Divisão do trabalho: A divisão do trabalho é uma lei da natureza. Isto é, cada


homem tem - ou pode desenvolver -habilidades especiais. O propósito da
divisão do trabalho é o de obter mais e melhores resultados com a mesma
quantidade de esforço. A produção total aumentará quando um trabalhador se
especializar em produzir a mesma peça ou em desempenhar sempre a mesma
função, ou quando o díretor se especializar em lidar com um mesmo tipo de
problemas durante um certo tempo. A especialização ajuda às pessoas a
adquirirem habilidade e precisão superiores. Ao contrário, toda a mudança de
tarefa significa um novo esforço para adaptar-se e uma consequente perda de
produção.

2. Autoridade e responsabilidade: Autoridade é o poder para dar ordens e obter


exata obediência. Deriva do lugar que se ocupa na organização, assim como das
qualidades pessoais: inteligência, conhecimentos, atitudes morais, habilidade e
faculdade de chefia (liderança). Esta última exige ambas as autoridades, a
funcional (formal, instituída, imposta) e a pessoal(conquistada sem imposições).
A responsabilidade é inseparável da autoridade. Aparece toda vez que esta é
exercida, porque a justiça exige que um homem com autoridade seja responsável
pelas suas decisões e pelas suas ações.

3. Disciplina: O acordo entre uma empresa e seus empregados requer


obediência,
diligência,energia, atitudes de cooperação e visíveis sinais de respeito. A tudo
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isso é que se denomina disciplina.

4. Unidade de comando: A autoridade para dar ordens a um empregado, deve


ser
limitada a um só homem. Se esta regra for quebrada, a autoridade enfraquecerá.
Divisão de autoridade prejudicará a disciplina e criará confusão, em lugar de
ordem
e estabilidade.

5. Unidade de direção: Deverá haver um único plano e um só diretor para


dirigir
todas as operações que tiverem o mesmo objetivo específico. Todos os esforços
dirigidos para o mesmo alvo devem estar coordenados por uma única
autoridade.

6. Subordinação aos interesses individuais ao bem comum:


Em toda atívidade, os interesses de um único membro, ou de alguns membros
do grupo, não devem Ter precedência sobre os interesses do conjunto da
empresa. Este princípio se aplica a todas as formas de organização, desde a
família até o Estado.

7. Remuneração dos membros da equipe : Todos os membros cía organização


devem receber uma justa recompensa pelo trabalho realizado. remuneração
pelas
responsabilídades e pelos resultados deve ser satisfatória tanto quanto possível,
para
o empregado e para o empregador.
8. Centralização : Tal qual a divisão do trabalho, a centralização é um dos
princípios "naturais" da organização. Acha-se presente em todo organismo, quer
animal, quer social. Todas as informações obtidas pelas partes da organização
convergem para a chefia da direção, da mesma forma que as sensações do corpo
humano convergem para o cérebro. Desse ponto
central, partem os impulsos da direção em forma de ordens para todas as partes
da
organização e as põem em movimento.
9. Hierarquia : A linha de comande estende-se, de cima para o lixo, através de
todos os niveis de autoridade, desde o chefe supremo da organização até o
empregado de menor categoria. é o canal pelo qual circulam todas as
comunicações
oficiais. Quer venham da autoridade máxima, ou se dirijam a ela, essas
comunicações passarão por trocas as categorias da organização, pelos "canais
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competentes", como se diz comumente.


10.Ordem : A fórmula para a ordem das "coisas inanimadas é: "um lugar para
cada
coisa e cada coisa em seu lugar". A ordem numa organização exige: "um lugar
para
cada pessoa e cada pessoa no seu lugar". Este princípio de ordem requer uma
definição clara do lugar das pessoas e das coisas dentro de uma
organização.Quando
a ordem das pessoas e das coisas acha-se clara e exatamente estabelecida,
qualquer
função pode ser facilmente identificada com relação ao conjunto. Ao mesmo
tempo,
o significado funcional de cada parte da organização pode ser facilmente
compreendido.
11.Justiça : Os empregados aplicarão toda a sua dedicação e boa vontade ao
esforço comum, se forem tratados com amizade e justiça. A justiça é um
requisito
essencial da ordem, mas não exclui o uso da energia ou da severidade, quando
assim
exigir o desempenho dos empregados. Mesmo assim, a aplicação da justiça
requer
experiência no trato com as pessoas, juízo correto e benevolência.
12.Estabilidade : Uma organização precisa de empregados permanentes. Tais
empregados a ajudarão a obter estabilidade. Todavia, é demorada a adaptação de
um
empregado ao ambiente e às necessidades da organização. Durante esse período
seu
desempenho na função será inferior ao normal. Se pede demissão, ou se é
substituído antes de alcançar sua máxima produtividade, a organização perderá
o
custo do seu treinamento. E se certo número de novos empregos
assumirem,
sucessivamente, o posto daquele e tomarem a abandoná-lo, a organização
perderá
todos os investimentos feitos no ensino deste serviço. O resultado será
a
instabilidade.

13. Senso de união: A harmonia e a unidade são, na empresa, fonte de poder.


Eis
porque a direção moderna insiste em que todo o membro da organização se
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considere como parte da equipe. O espírito de equipe é o resultado da


compreensão dos objetivos de uma empresa e da convicção de que os interesses
pessoais de todos os componentes são mais bem servidos se a mercê de um
próspero funcionamento.

COMPORTAMENTO DE UMA ORGANIZAÇÃO

Trabalhar de modo organizado para facilitar as relações, crescer e se


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desenvolver.

A estrutura envolvida na empresa, com relação à organização é:


- Administrativa
- Fabricação/ Produção
- Manutenção
- Qualidade
- Segurança

1. Conceito:

Empresa ou Entidade : Organização de pessoas com um ou mais objetivos em


comum .

2. Classificação das entidades de acordo com os objetivos

2.1 Caráter econômico ( chamada de Empresa)


As de caráter econômico propriamente dito ou que objetivam produzir e
negociar
bens materiais e serviços úteis, obtendo lucro dessa negociação (empresas).

Empresa = Pessoa + Patrimônio + Lucro

A entidade econômica abrange, portanto, dois elementos essenciais:

- O patrimônio ou o conjunto de valores econômicos.

- A pessoa ou a entidade que possui e administra esse patrimônio.

A entidade econômica abrange,um único elemento para sua existência: lucro

Portanto, a Empresa com tal, visa como:

- objetivo principal: o lucro


- objetivo social: satisfação das pessoas ( sálarios , bens e/ou serviços)

2.2 Caráter social ( Instituição)


As instituições de fins ideais não têm propósitos lucrativos, o que não acontece
com as empresas econômicas que prestam benefícios à clientela e são
remuneradas
pelos serviços ou produtos que proporcionam.
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3. Missão , Visão e Princípios e Valores

Toda Empresa constituída deve trabalhar e focar em seus objetivos, além do


lucro:
Clientes, fornecedores, colaboradores, acionistas , comunidade e meio
ambiente

Para tal, deve trabalhar e mostrar de maneira clara aos envolvidos :


Missão,Visão e
Princípios

- Missão: É o que a Empresa pretende realizar em produtos ou serviços

- Visão: é o que a Empresa pretende atingir no que concerne aos seus produtos
e ou
serviços

- Princípios e valores: É o que a Empresa tem por obrigação e busca fortalecer


com os seus funcionários,clientes,fornecedores, acionistas, comunidade e meio
ambiente.

4. Classificação das Empresas propriamente ditas

Para alcançar seu objetivo, o lucro, as empresas dedicam-se aos mais


variados ramos de atividade. Essas variedades na forma de operar dão origem
aos diversos tipos de empresas e classificações.
Essas diversas maneiras podem ser clasificadas como :

1º De acordo com as atividades

- As que produzem bens (indústria)


- As que distribuem bens (comércio)
- As que prestam serviços

As empresas que produzem bens , podem ser :

- Produtoras de matérias-primas
- Produtoras de bens de consumo

Características da indústria de bens manufaturados:


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- A transformação da matéria-prima
- Produção em série ( contínua- linhas de mostagem)

2ª De acordo com o qualificativo ( atividade exercida) :

Tipo de empresa Atividade característica Campo operacional


Agrícola Exploração da terra lavoura

Pecuária Criação de diversos tipos Campo pastoril


de gado
Mineração Exploração de minas e Minas
depuração de metais
Industrial Transformação da Fiação e tecelagem
matéria-prima em Construção civil
produto elaborado Refino de petróleo
Transportadora Remoção de pessoas Frota de táxis
bens empresas de coletivos
empresas de mudanças
Financeira Coordenação de Bancos
Recursos empresas de investimento
financiadoras
Prestadora de serviços Atendimento a Análise de mercado
necessidades variadas escritórios contábeis
corretagens
Comercial Aproximação do Supermercados,mercearias,
produtor ao consumidos, lojas
por meio de compra e
venda

3º De acordo com a sua área de atuação :

a) Área primária: assim chamada por se tratar da primeira área


envolvida para a obtenção de qualquer bem útil ao homem. Uma empresa da
área primária dedica-se a retirar ou obter da natureza as matérias-primas.
Como exemplo de empresas da área primária podem ser citadas as agrícolas,
de mineração, de pesca,etc.

b) Área secundária: assim chamada por se tratar da segunda área


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envolvida para a obtenção de um bem. Uma empresa da área secundária dedica-


se a transformar, modificar e beneficiar as matérias primas fornecidas pelas
empresas da área primária. Normalmente os materiais fornecidos pela natureza
não estão, ainda, em condições de utilização pelo homem. Assim sendo, há
necessidade de transformações que permitam essa utilização. Por exemplo: o
algodão, da forma como é colhido, não permite a sua utilização. Transformado
inicialmente em fio, posteriormente em tecido e, finalmente, em peça de vestu-
ário, é de extrema utilidade para o homem. São empresas da área secundária as
indústrias.

c) Área terciária: assim chamada por se tratar da terceira e última fase


para a obtenção de um bem. Uma empresa da área terciária dedica-se a
aproximação de produtor e consumidor, ou seja, são as empresas que
distribuem os bens produzidos pelas empresas da área secundária e prestam
serviços pertinentes. São empresas da área terciária as comerciais e de
prestação de serviços.

4ª De acordo com o seu tamanho:


• microempresa;
• média empresa;
• macroempresa.

a) Microempresa: é aquela em que o dono centraliza quase todas as atividades,


exercendo várias funções ao mesmo tempo. Pode ser representada pelo seguinte
esquema:

b) Média empresa: é aquela que, quando começa a evoluir, o dono, não


tendo condições de exercer todas as atividades, transfere algumas funções
para pessoas de sua confiança, que passam a ter responsabilidades maiores na
condução da empresa. A descentralização começa a aparecer, surgindo a
média empresa, que pode ser representada pelo esquema abaixo:
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DIREÇÃO GERAL

GERENTE GERENTE
PRODUÇÃO ADMINISTRATIVO

SECRETARIA PESSOAL , PRODUÇÃO PESQUISA E


FINANÇAS - VENDAS MÉTODOS COMPRAS

c) Macroempresa: é a grande empresa, com serviços, departamentos e


seções específicas para cada atividade. Pode ser representada da seguinte
forma:

5.Evolução das Empresas


Evoluir deve estar entre os objetivos de qualquer empresa. De acordo
com a forma como evolui, diz-se que a evolução é horizontal ou vertical.

a) Evolução horizontal
Ocorre quando a empresa mantém a mesma especialidade e diversifica
seus produtos e/ou aumenta a quantidade produzida. Exemplo: uma fábrica
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de veículos automotivos que inicialmente fabricasse automóvel e


posteriormente, passasse a fabricar também caminhões, ônibus e jipes. Essa
evolução pode ser representada da seguinte maneira:

AUTOMÓVEL CAMINHÃO ÔNIBUS JIPE

b) Evolução vertical
Ocorre quando a empresa passa de vendedora à compradora de si mesma,
ou seja, quando a empresa, com a evolução, passa a fabricar, o que antes
adquiria de outras empresas. Exemplo: uma fábrica de automóveis que no
início das suas atividades realiza apenas a montagem dos diversos
componentes do carro adquiridos de fábricas de autopeças. Assim temos na
primeira etapa :

MONTAGEM

Na segunda etapa, a fábrica adquire máquinas que lhe permite fazer a


usinagem de algumas partes do carro, anteriormente feitas por outras
empresas. Na representação gráfica da evolução, essa segunda etapa aparece
representada para baixo, porquanto a evolução caminha em direção à origem
do produto.
Assim:
MONTAGEM

USINAGEM

Em seguida, a fábrica monta uma fundição que lhe permite fabricar os


componentes fundidos do carro, que antes eram realizados por outra fábrica. A
indústria do exemplo que se está apresentando continua a evoluir e com isso
compra de si mesma o que antes comprava de outras empresas.

A evolução continua em direção à origem do produto, e a representação é a


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seguinte:

MONTAGEM

USINAGEM

FUNDIÇÃO

Posteriormente, a fábrica monta uma siderúrgica para produzir as chapas


do carro, antes adquiridas de outras empresas.

Essa etapa pode ser assim representada:


MONTAGEM

USINAGEM

FUNDIÇÃO

SIDERURGIA

E ainda, evoluindo, agora no sentido de passar a vender diretamente o seu


produto.

COMERCIALIZAÇÃO

MONTAGEM

USINAGEM
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FUNDIÇÃO

SIDERURGIA

c) Terceirização
Uma forma mais moderna de evolução da estrutura de uma empresa é a
chamada terceirização.
O conceito de evolução até aqui estudado significa para a empresa:
• ampliação das atividades;
• aumento do número de empregados;
• crescimento do espaço físico ocupado.

O processo de terceirização segue um caminho inverso ao da verticalização


e representa redução dos três fatores acima citados. É, no entanto, um sistema
que dá bons resultados do ponto de vista econômico e administrativo. Por isso,
é uma forma de evolução importante e cada vez mais disseminada.
Conceito : terceirização é o processo de transferência, dentro de uma empresa,
de atividades ou funções que possam ser executadas por outra (s) empresa (s).
Tipos:
a) atividades diretamente relacionadas com o processo de "produção" da
empresa;
b) atividades de apoio: limpeza e conservação, preparação e distribuição
de alimentos, telefonia, manutenção de equipamentos, vigilância etc.

Vantagens :
• concentração de esforços na atividade fim da empresa
• ganho em qualidade e produtividade;
• redução dos custos fixos;
• redução dos níveis hierárquicos;
• rapidez e flexibilidade nas decisões da empresa.
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Dificuldades:
• encontrar o parceiro ideal;efetivar o contrato de parceria;
• resolver problemas com o corpo de funcionários
• convencer a alta administarção da empresa
• controlar custo com parceria
• solucionar relacionamento/envolvimento com os sindicatos.

6. Organização gerencial das Empresas

6.1 Estrutura e Organograma


6.2 Descrição de cargos

6.1 Estrutura e Organograma


- Estrutura é a disposição dos órgãos de uma entidade de acordo com as
condições
de finalidade, de lugar e de atualidade.
- Organograma é a representação gráfica da escala de posições ou de funções de
uma entidade qualquer.

Organogramas

- Organograma linear ou militrar

Na estrutura linear, as funções são distribuídas segundo uma escala


hierárquica e as ordens são dadas por intermédio dessa escala. Uma
autoridade superior delega poderes para uma autoridade inferior. Nesse tipo
de organização aparece uma extrema valorização do chefe que se torna
responsável por quase todas as coisas. Os atos praticados são atos de
autoridade e as soluções obtidas através de regulamentos. A função principal
do chefe, nesse tipo de organização, é muito mais a de comandar que a de
coordenar dar ordens que devem ser cumpridas.
Por força das características descritas, a imobilidade tende a se
manifestar, pois há pouco estímulo à responsabilidade e criatividade. Como
os limites de atuação são preestabelecidos e restritos, cada componente da
organização não tem oportunidade ou não se sente estimulado a tomar
iniciativas que dinamizem a sua atuação e a própria organização.
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- Organograma Funcional

É um tipo de estrutura onde todas as funções trocam informações relativas aos


assuntos de sua área.
Cada chefe de determinada categoria só transmite aos encarregados ordens ou
instruções relativas aos assuntos que correspondem à sua especialização,
instruções e ensinamentos relativos aos assuntos de sua exclusiva competência

- Organograma linear ou militar com Staff


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- Organograma funcional com Staff

- Outros critérios

Além da organização por funções vista aqui, uma empresa pode também ser
organizada de acordo com outros critérios, quais sejam :

- organização por produto


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- organização por localização geográfica


- organização por clientes

6.2 Descrição de cargos

É uma relação organizada das tarefas ou deveres atribuídos a um indivíduo que


exigem, em maior ou menor escala, determinados conhecimentos ou aptidões,
bem como das responsabilidades que o mesmo assume em decorrência da
ocupação do cargo descrito. Além disso, uma descrição de cargo corretamente
redigida leva em conta a categoria ou nível de funções de uma entidade
qualquer.

Além disso, uma descrição de cargo corretamente redigida leva em conta a


categoria ou nível hierárquico da função, a finalidade para a qual foi criada ou
as metas do setor a que pertence, o qual, por sua vez, é uma parcela que
trabalha no sentido de contribuir para que toda a organização de que faz parte
atinja não só os seus objetivos básicos, mas também os resultados previstos para
a empresa.

Outro aspecto fundamental da descrição de cargos é que deve relacionar tarefas


e responsabilidades que sejam possíveis de ser realizadas pelo homem mediano
com a necessária experiência, e não aquelas que só podem ser realizadas por
aqueles que possuem virtudes e experiências excepcionais.

Outras finalidades da descrição de cargos

- Requisitos mínimos de um cargo


- Padrões de desempenho das tarefas descritas
- Avaliar os esforços, os conhecimentos, as aptidões e os demais detalhes
pertinentes exigidos para cálculo da remuneração
- Verificar as afinidades entre diversos cargos para efeito de classificação e
enquadramento em faixas salariais.
- Redigir corretamente os anúncios para recrutamento

Fatores importantes na descrição dos cargos

- Função básica (O que faz , principalmente ?)


- Jurisdição (Onde faz ? Onde trabalha ? )
- Tarefas rotineiras ( O que faz e como faz ?)
- Relações funcionais (Em quem manda e a quem obedece ? )

7. Setores básicos de uma Empresa


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a) Direção
b) Administrativo
c) Comercial
d) Financeiro/Contábil
e) Técnico ( método, planejamento e projeto)
f) Produção
g) Manutenção
h) Controle de qualidade
i ) Segurança

a)DIREÇÃO: Responsável pelo rumo e visão da Empresa, plano estratégico e


metas,relação com os funcionários, clientes, fornecedores,
acionistas,comunidade e
meio ambiente

b)ADMINISTRATIVO: Engloba vários setores e seções.


É responsável pela gestão de pessoas, ambientes, vigilância, telefonia, previsão
e
suprimento de materiais. Entre outros podemos citar : Setor de Pessoal, Setor
de
seleção, desenvolvimento e treinamento, Setor de previsão e suprimento, Setor
de
serviços auxiliares, etc.

c)COMERCIAL: Responsável pela compra venda, troca e marketing.

d)FINANCEIRO/CONTÁBIL: Responsável pela procura e gestão de capitais,


inventário, balanço,custo e estatística.

e)TÉCNICO: Envolve metodologia, planejamento e projeto

-Métodologia e desenvolvimento: É geralmente encarregado da preparação da


ordem técnica do trabalho. Esse serviço, deve indicar : o material ou matéria
prima necessários, o método de fabricação; o ferramental ou equipamentos
necessários; as instruções e procedimentos de fabricação; os tempos concedidos
e
prazos

- Planejamento é encarregado de dirigir a ação visando uma maior produção e


competividade da empresa.
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O Planejamento consiste em:

- Prever : antecipar as dificuldades que se apresentarão à aplicação do plano de


trabalho.
- Organizar: preparar o pessoal e o material em tempo oportuno.
- Comandar: desencadear as intervenções das diferentes engrenagens da
empresa, das oficinas, das seções do produção
- Controlar, de modo permanente, o andamento do trabalho e a utilização dos
materiais.
- Coordenar e harmonizar os esforços de todos para aumentar a produtividade
do
pessoal e dos meios de produção.

No planejamento a apreciação das causas e efeitos, assim como de sua relação


com
o tempo, deduzem-se ensinamentos úteis para o futuro:

a) para evitar as paradas por falta de máquinas, materiais, dispositivos,


ferramentas e pessoal
b) para evitar os atrasos de funcionamento ou realização
c) para reduzir os estoques;
d) para reduzir as movimentações;
e) para respeitar os prazos

- Projetos: O setor de Projetos é encarregado de buscar e desenvolver novos


produtos, equipamentos ou utensílios conduzidos pelo Setor de métodos.

f) PRODUÇÃO: Responsável pela produção de um bem ou serviço. Busca


desenvolver um serviço ou produto que traga um bem esta r ao cliente.
Na produção do bem ou serviço deve interagir com funcionário, fornecedor,
cliente,
acionista e comunidade, respeitando o poder público.

Processo de fabricação

Ao descrever-se o processo de fabricação, verifica-se que nela existem


basicamente, seis setores para serem considerados, e cada um deles com
funções
definidas , são os 6 Ms da fabricação. Ou seja::

- máquinas , matéria prima, mão de obra, metodologia, meio ambiente e


medida.
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Esses fatores juntam-se numa indústria com o objetivo de fazer um produto que
traga bem-estar social. Desse modo, a indústria busca com estes fatores
fornecer :

- produzir produtos e/ou serviços e salários que, por sua vez, devem
proporcionar bem-estar social

Entre estes fatores, um se destaca pela importância no processo de fabricação,


porque é a partir da sua aplicação organizada que se pode tirar o máximo
proveito
de matéria-prima, mão-de-obra, máquinas, medida e meio ambiente . Esse
fator é a
metodologia ( tecnologia )

g) MANUTENÇÃO
Pode ser definido como o setor da indústria que, através de
uma série de procedimentos, procura conservar o equipamento industrial em
condições que permitam produção satisfatória, duração e eficiência, com a
consequente redução de custos.
A manutenção é o setor responsável pela continuidade operacional.

A manutenção pode ser :

• corretiva
• preventiva
• preditiva
• predativa

Manutenção corretiva :

Na corretiva, a manutenção é reduzida a uma simples seção de reparos de


emergência, que tem a seu encargo a tarefa de localizar e sanar os defeitos
que
por acaso apareçam, já que é chamada a intervir somente nos casos de pane em
equipamentos que operam em regime de trabalho contínuo.

- obriga suas equipes a constantes mudanças, ora submetidas à sobrecarga


de
serviço, ora levadas à completa ociosidade.
Sabe-se que , à medida esforço exigido do trabalhador se torna instável,
aumenta a tendência para um estado de fadiga prematuro, podendo-se
verificar conseqüências mais sérias que afetarão, sem dúvida, o bom
andamento do trabalho.
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- Cria a necessidade de um grande estoque de peças de reposição, já que não



condições de prever que peças são necessárias.

- Reduz a vida útil das máquinas, porquanto, em qualquer mecanismo, uma peça
que não esteja executando seu trabalho de maneira regular fatalmente
estabelecerá
uma sobrecarga nas peças que funcionam em cadeia, reduzindo-lhes,
sensivelmente,
o tempo de vida útil.

- Aumenta o grau de improvisação, que é um dos focos de prejuízos em


qualquer
sistema industrial.

- Não garante aos homens da produção o cumprimento dos prazos de entrega.

Manutenção preventiva
A preventiva obedece a um padrão já previamente esquematizado que
estabelece
paradas periódicas para que sejam realizadas trocas de peças gastas por novas,
assegurando-se, assim, o funcionamento perfeito da máquina por um período já
predeterminado.

- Proporciona aos que se dedicam a ela determinado ritmo de trabalho,


oferecendo o equilíbrio necessário ao bom andamento do mesmo.

- Provoca a diminuição sensível dos estoques, com a organização de prazos para


a
reposição das peças, tornando desnecessário um maior investimento para esse
setor.

- Aumenta a vida útil das máquinas, porquanto a mudança de uma peça


defeituosa
com antecedência evita a sobrecarga para outras peças não defeituosas, evitando
a
mudança de todas as peças que formam o conjunto.

- Reduz ao mínimo o grau de improvisação, através de uma previsão dada pelos


técnicos de manutenção preventiva,determinando um prosseguimento de
trabalho
uniforme e seguro.
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- Garante aos homens da produção o cumprimento dos prazos de entrega, os


quais
podem calcular a entrada de encomendas dentro de uma faixa de erro mínimo.

Implantação de um esquema de manutenção preventiva:

Deve-se basear em :
- Equipamentos utilizados (dados referentes às máquinas).
- Número total de máquinas e equipamentos atingidos pela manutenção.
- Itens de cada máquina que devem ser inspecionados
- Tempo necessário para a realização da manutenção de cada máquina
- Estabelecimento do tempo-padrão necessário para a realização da manutenção
de cada máquina

Determinação da ordem em que as inspeções devem ser realizadas.


- equipamento valioso;
- equipamento ligado a fatores alheios à produção;
- equipamento ou máquinas que, se sofressem dano, exigiriam muito tempo para
conserto ou reposição;
- demais máquinas
- consulta a catálogos dos fabricantes das máquinas para determinação da
periodicidade e natureza da inspeção de cada máquina.
- elaboração do mapa do Controle Cíclico de Manutenção
- formação de arquivos.

Manutenção preditiva
A manutenção preditiva dá-se através de check-list com determinada frequencia
e
sistematicamente , são antecipadas intervenções por anormalidades detectadas
na
verificação dos itens de controle.

Manutenção predativa
A manutenção preditiva dá-se através da inabilidade, falta de treinamento, falta
de
técnica ou falta de orientações específicas ou próprias para cada tipo de
equipamento ou dá-se pela constante e exagerado zelo ao equipamento.

h) CONTROLE DE QUALIDADE

Setor de Controle de Qualidade (SCQ)


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Reune um conjunto de esforços efetivos dos diversos setores de uma


organização
para a obtenção do desenvolvimento, manutenção ou melhora da qualidade de
um
produto, possibilitando uma fabricação que atenda satisfatoriamente o
consumidor
com um nível econômico.

Na expressão "controle de qualidade", a palavra qualidade não tem o significado


popular de o melhor em sentido absoluto.
Quer dizer somente que é melhor para um detrerminado consumidor dentro de
certas condições, ou seja, de seu uso atual e o preço de venda do produto.

A qualidade de um produto deve ser considerada como algo que tem relação
com o
custo do mesmo.

O "controle de qualidade“ encerra quatro aspectos:

- Padrões de qualidade referenciais


- Controle dos padrões
- Comparação e medida (com os padrões)
- ação, quando os padrões são ultrapassados;

Os benefícios que resultam dos programas de controle de qualidade são:

- melhor qualidade do produto ou serviço


- redução dos custos de fabricação;
- redução de perdas;
- redução de interrupções na produtividade

Os fatores que afetam a qualidade de um produto :

- f ator tecnológico: máquinas, materiais e processos;


- fator humano: operários, chefes de setor e outras pessoas da indústria.

Dos dois, o fator humano é o mais importante ( responsável)

Controle efetivo sobre os fatores que afetam a qualidade do produto


- controle de recepção de material ( matéria-prima)
- controle dos produtos secundários
- controle do processo
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- controle do produto
- estudos especiais do processo

O controle produtivo é realizado de modo qualitativo e quantitativo.


- Controle quantitativo:
O controle quantitativo apresenta poucas dificuldades, é a enumeração
posterior da
produção.

- Controle qualitativo:
O controle qualitativo consta de :
a)Controle de recepção: verifica a conformidade com padrões de qualidade
dos materiais e peças entregues pelos fornecedores

b)Controle de fabricação: vistoria os produtos e elimina os refugos do


processo de fabricação

c)Controle final : verifica a conformidade do produto acabado.

d)Controle por amostra: controle realizado em algumas peças. Se elas são


boas, o lote será considerado de boa qualidade e aceito. Em caso contrário,
todo o lote será rejeitado.

e) Controle estatístico: controle realizado durante o processo de fabricação


com o objetivo de impedir a má qualidade do produto antes que essa má
qualidade fique demonstrada no produto.

FILOSOFIA DO CONTROLE QUALITATIVO:

O controle qualitativo deve certificar-se de que um produto examinado está


situado entre o melhor desejado e o pior ainda aceitável.

FERRAMENTAS E PROGRAMAS DE QUALIDADE

Os meios para tal , baseam-se em :

1. CERTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS
Podemos destacar entre os principais:

- Série ISO

- ISO 9000 : Norma de qualidade que envolve a gestão da garantia de produção


28

de um bem ou serviço.

- ISO 14000: Norma de qualidade que envolve os aspectos de meio ambiente.

- ISO 18000: Norma de qualidade que envolve a saúde e integridade do


trabalhador

Para alcançar a qualidade, as empresas utilizam diversas ferramentas nos


mais
variados ramos de atividade.

Essas variedades na forma, buscam atingir o cliente,a comunidade, os


acionistas, os fornecedores, os colaboradores e o meio ambiente.

2. FILOSOFIAS E TÉCNICAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALLHO

- Just in time
Filosofia que exige padronização de projetos, organização da fábrica e
introdução
de um fluxograma racional no processo de fabricação,evitando desperdícios.
Produzir na quantidade certa, na hora e local certo.

- Kaizen
Filosofia de trabalho que procura desenvolver e agregar melhorias contínuas no
processo.

- Kanban
Técnica de programação japonesa que adota cartões para a produção nas etapas
de
fabricação. Uma etapa do processo faz sinal, através do cartão, a uma etapa
anterior,
pedindo mais componentes . Faz uso do método Just in Time.

- PDCA
Trata especificamente de uma abordagem em quatro passos cíclicos. São elas:
planejar, desenvolver,verificar /analisar e corrigir. Também denominado de ciclo
de
Deming.
29

- MASP
Método de análise e solução de problemas.
Uma das técnicas é a do gráfico de causa e efeito , usando os 6 M´s do processo
produtivo

- Programa 8S

O Programa 8S, embora baseado na metodologia original dos cinco sensos ( 5 S


)
proposta no Japão em 1950, pela equipe do professor Kaoru Ishikawa, apresenta
três
novos sensos característicos das necessidades brasileiras.

O programa 8S incorpora e resgata a filosofia original japonesa, acrescentando


as
ações necessárias e típicas da realidade brasileira, trabalhando com mudanças
de
hábitos e comportamentos.
30

É um programa participativo que visa motivar, orientar e, principalmente,


conscientizar da importância que representa a melhoria do ambiente de trabalho.

Foi originalmente introduzido nas empresas para eliminação dos desperdícios


nos
locais de trabalho. Os oito sensos são:

-senso de determinação
Determinação , comprometimento da alta administração e união de
colaboradores , terceiros e parceiros .

-senso de educação
Educação do colaboradora , qualificação do profissional e treinamento.

-senso de economia
Economia e combate aos desperdícios realizados por todos.

-senso de Utilização: Essa técnica é utilizada para identificar e eliminar objetos


e informações desnecessárias, existentes no local de trabalho.

-senso de Organização: Ordenação criteriosa dos itens necessários . Cada


item
no seu lugar pré-definido.
Ordenação criteriosa dos itens necessários . Cada item no seu lugar pré-
definido.
Um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar.

-senso de Limpeza: Higiene , limpeza , postura prevencionista.


É a segurança e saúde no trabalho e a preservação do meio ambiente.

Cada usuário do ambiente é responsável pela limpeza no que diz respeito à


sujeira
visível
31

-senso de Conservação ( saúde e bem-estar ): Garantir a continuidade das


condições físicas e da saúde no local de trabalho.

-senso de Autodisciplina: Cumprir os procedimentos e as normas,


consolidando
os princípios dos sensos anteriores de modo que torne um hábito no ambiente de
trabalho.

g) SETOR DE SEGURANÇA
Responsável pela integridade e saúde do trabalhador e pelo patrimônio da
empresa.
Deve observar os riscos inerentes ao trabalho e que impactam o trabalhador .

Podemos caracterizar como :

- SEGURANÇA DO TRABALHO ( LABOR )


Conceito:Conjunto de atividades de reconhecimento, avaliação e controle dos
riscos à acidentes, ou seja, a prevenção dos acidentes de trabalho propriamente
ditos

- MEDICINA DO TRABALHO ( AMBIENTE )


Conceito:Conjunto de atividades de reconhecimento, avaliação e controle dos
riscos à saúde no ambiente de trabalho, uo seja, a prevenção das doenças
ocupacionais.

RISCOS DE ACIDENTES
Os riscos envolvem os seguintes itens ou uma combinação dos mesmos:
- Homens
- Materiais
- Equipamento
- Tempo

RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO


Podemos estabelecer a seguinte classificação:
- Riscos inerentes ao trabalho ( físicos, químicos e biológicos)
- Riscos inerentes ao trabalhador: São ele:ergonômicos ( mecânicos
/psicossociais) e
de acidentes

Prevenção de Incêndios
A prevenção dos incêndios é um princípio de engenharia aplicado para prevenir
o
32

início do incêndio; compreende a descoberta, extinção e controle do incêndio


depois
que tenha começado.

A Química do Fogo

Para que o fogo se manifeste são necessários:


- calor;
- oxigênio;
- combustível.

A remoção de qualquer desses elementos impede o fogo de se manifestar ou


provoca
a sua extinção. Assim, sempre que for preciso combater o fogo, os esforços
devem s
er destinados à remoção de um dos três elementos citados.

- Remoção do calor
- Remoção do combustível
- Remoção do oxigênio

Para eliminar as causas de incêndio, deve-se fazer o controle do combustível, do


calor e do oxigênio.

Controle do combustível
- limpeza e arrumação
- recipiente adequado
- substituição.

Controle do calor:
- chamas abertas, fagulhas;fricção; hábito de fumar perto de inflamáveis;
eletricidade.

Controle do oxigênio:
- mantendo-se trapos e resíduos sujos em recipientes de metal à prova de fogo;
- mantendo separadas as substâncias químicas;
- mantendo molhadas as pilhas de carvão.

Propagação do Fogo ( Calor ):


- Contato
- Condução
- Convecção
- Radiação
33

Classes de Fogo
- Classe A – fácil cmbustão que deixam resíduos: madeira, tecido, papel, fibras,
etc
- Classe B - inflamáveis : solventes, gasolina , querosene, óleos, graxas ,
vernizes,
tintas
- Classe C – materiais e painéis elétricos energizados
- Classe D – agentes quimicos pirogênico: magnésio, zircônio, titânio

Classes de Fogo e melhor debelante


- Classe A - água
- Classe B - pó químico seco
- Classe C - dióxido de carbono
- Classe D - limalha de ferro ( pó )

Características dos Agentes Extintores de Incêndios

Agentes Extintores

Classe
Agente Vantagens Desvantagens
Incêndio

* Os líquidos em chamas
* Deve ser usado sempre
flutuam na água, fazendo
que não haja contra-
alastrar o incêndio, e
Água indicações (de
projectam-se perigosamente
preferência deve ser
A pela acção do vapor de água
(Em jacto ou pulverizada)
pulverizada) formado
* Bom poder de
* Não adequada para fogos
penetração
eléctricos

Neve carbónica BC * Não deixa resíduo o * Atinge temperaturas da


que o torna mais ordem dos - 80ºC por isso
(Extintor com adequado para não se deve tocar no difusor
dióxido de carbono equipamento sensível (campânula do tubo de
sob pressão que descarga)
solidifica quando * O mais adequado para
se expande líquidos extremamente * Em incêndios da classe A
bruscamente) inflamáveis controla apenas pequenas
superfícies

* Tem um recuo acentuado


devido à alta pressão do gás
34

* Contra-indicado para locais


onde existam produtos
explosivos

* Muito bom para


líquidos extremamente
Espuma física
inflamáveis
* Deixa resíduo húmido.
(Produzida a partir
* Pode ser utilizada em
de uma mistura de * Não adequado para fogos
AB situações de incêndio
água e substâncias eléctricos.
iminente com acção
tensioactivos por
preventiva. * Requer uma instalação fixa
injecção mecânica
de ar) * Cobertura de espuma
evita reignições

Espuma Química

(Extintor em que * Muito bom para


ocorre uma reacção líquidos extremamente * Deixa resíduo húmido
que liberta o gás inflamáveis
AB * Não adequado para fogos
dióxido de carbono
* Cobertura de espuma eléctricos
que fica disperso
evita reignições
num líquido
formando espuma)

* Deixa resíduo difícil de


Pó normal limpar.
* Forma uma nuvem de
(Extintor em que o poeira que protege o * Pode danificar
BC operador.
pó e bicarbonato de equipamento.
sódio ou de
* Não é tóxico
potássio) * Nuvem de pó diminui a
visibilidade

* Deixa resíduo difícil de


limpar.
Pó polivalente * Forma uma nuvem de
poeira que protege o * Pode danificar
(Extintor em que o operador. equipamento.
ABC
pó é
dihidrogenofosfato * Dá para três classes de * Toxicidade Baixa
de amónico) fogos
* Nuvem de pó diminui a
visibilidade

* Não adequado para outros


Pó especial * Único extintor
classes de incêndios para
adequado para
(Extintor em que o além da classe D.
incêndios da classe D.
D
pó é grafite ou Qualquer outro tipo de * Terá que se utilizar um pó
cloreto de sódio ou extintor provoca adequado para cada caso
pó de talco, etc.) reacções violentas específico.

* Por vezes é o único * Manipulação pouco prática


meio de extinção
Areia AD
disponível para * Pode danificar o
incêndios da classe D equipamento
35

Equipamento de Proteção Individual (EPI)

Existem três problemas que devem interessar todos os que são responsáveis
pela segurança de trabalhadores, com relação ao equipamento de proteção
individual:

- determinar a necessidade de equipamento de proteção individual


- escolha do tipo adequado de equipamento.
- fazer com que os trabalhadores usem o equipamento escolhido.

EPIs

Proteção da cabeça:
- chapéus protetores;
- proteção dos cabelos;
- proteção das orelhas.

Proteção de mão, pé s e pernas:


- Luvas e protetores para mão;
- Calçados de segurança;
- Protetores para os pés.
- Roupa Protetora

Proteção da face e dos olhos:


- protetores faciais (viseiras);
- óculos de vários tipos;
- escudos de soldador;
- elmos de soldador.

Equipamento respiratório:
- aparelhos para respirar ar ou oxigênio (depósito incluso)
- respiradores de ar canalizado;
- respiradores de canistrel e de cartucho;
- respiradores com filtro para aerodispersóides líquidos e sólidos.

CORES NA SEGURANÇA
O emprego de cores é primordial e imprescindível na segurança.
Pode-se destacar que elas apresentam determinadas finalidades e significados.
36

As finalidades são:

- Identificação: para assinalar características especiais, como:


tubulações condutoras de água potável, água quente, ar comprimido, vapor etc.;
cilindros com oxigênio, neon e outros; classificação de vergalhões de aço,
utilização de escaninhos, prateleiras, etiquetas, fichas etc.
- Dissimulação: servem para acobertar pontos em destaque para que a atenção
da área de trabalho não seja desviada.

- Diferenciação: realçam intencionalmente pormenores ou áreas, assim como


partes móveis de máquinas, áreas de depósitos ou de circulação.

- Focalização: chamam a atenção para determinados pontos importantes, como


faces internas de tampas de proteção ou campo de trabalho em máquinas
operatrizes. Para maior destaque é conveniente que o resto seja pintado com
uma cor dissimulante.

- Segurança: indicadora de precaução ou perigo, devendo chamar a atenção.


Esse assunto é normalizado pela ABNT.

Os significados são:

- Vermelho: proteção contra o fogo, para distinguir e indicar aparelhos,


equipamentos de proteção e combate a incêndio.

- Alaranjado: significa alerta / atenção e serve para indicar partes móveis e


perigosas de máquinas, face interna de caixas e chaves elétricas.

- Amarelo: designa cuidado e serve para marcar parapeitos e corrimãos,


espelhos de degraus, soleiras de portas, vigas baixas, pára-choques ou traseiras
de veículos de circulação interna ou externa, viaturas que circulam em campos
de pouso e tudo o que precisa ser visto ( alta visibilidade )

- Verde: significa segurança e serve para assinalar e designar caixa de


primeiros socorros, local para curativos de emergência, quadro sobre segurança.

- Azul : significa precaução, aviso de que não deve ser acionada máquina ou
equipamento pesado. Sinais de advertência devem ser colocados no botão de
partida ou fonte de força das máquinas.

- Púrpura: significa perigoso e serve para assinalar a presença de radiações


37

eletromagnéticas, penetrantes ou radioativas.

- Branco: limitação de áreas de estacionamento, circulação, depósito

- Preto: coletores de detritos , cavacos , escórias

Cores fundamentais para tubulações Industriais :

De acordo com a Norma brasileira são adotadas as seguintes cores


fundamentais na pintura das tubulações Industriais:

- vermelho : materiais destinados a combate a incêndio;

- alaranjado : produtos químicos não gasosos em geral;

- amarelo : gases não liquefeitos;

- verde : água;

- azul: ar comprimido;

- marrom : materiais fragmentados (minérios);

- cinza claro : vácuo; óleo lubrificante e solvente).

- cinza escuro : eletroduto;

- branco : vapor;

- preto : inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (exemplo: óleo


combustível, asfalto, alcatrão, piche etc.);

- cor de alumínio: gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa


viscosidade (exemplo: óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante e
solvente).

Cores de cilindros de gases Industriais :

De acordo com a Norma brasileira são adotadas as seguintes cores para


cilindros de gases industriais:

a) bordô: acetileno
38

b) laranja: hélio

c) amarelo: hidrogênio

d) rosa: metano ou GNV

e) verde : oxigênio medicinal

f) branco e azul: óxido nitroso

g) marrom: argônio

h) cinza: nitrogênio

i) alumínio: dióxido de carbono

j) preto: oxigênio

k) preto e cinza: ar sintético

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é um órgão que as


empresas públicas, privadas e entidades do governo, que tenham empregados
regidos pela CLT, são obrigadas a organizar e manter em funcionamento, de
acordo com as condições a seguir explicitadas :

Objetivos da CIPA

- observar e relatar condições de riscos nos ambientes de trabalho;


- solicitar medidas para reduzir os riscos existentes até que sejam eliminados
e/ou neutralizados;
- discutir os acidentes ocorridos e encaminhar o resultado da
- discussão aos responsáveis, solicitando medidas que previnam acidentes
semelhantes;
- orientar os trabalhadores quanto a prevenção de acidentes.

Atribuições da CIPA
39

- promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança e


medicina do trabalho;

- promover, anualmente, em conjunto com o SESMT (Serviços Especializados


em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT)

- sugerir a realização de cursos, treinamentos e campanhas que julgar


necessários para melhorar o desempenho dos empregados quanto à segurança e
medicina do trabalho;

Composição da CIPA
- representantes do empregador
- representantes dos empregados

Dimensionamento da CIPA

O número de representantes do empregador e dos empregados dependerá do:

- grau de risco da empresa ( tipo de atividade )


- número total de empregados da empresa ou estabelecimento

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE


SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO – SESMT

O SESMT ( Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho) é um órgão que as empresas públicas, privadas e
entidades do governo,que tenham empregados regidos pela CLT, são obrigadas a
organizar e manter em funcionamento, de acordo com as condições a seguir
explicitadas.

Objetivos do SESMT

- promover a saúde e proteger a intridade do trabalhador nos ambientes de


trabalho;

Atribuições da SESMT

- Avaliar as condições de trabalho e estabelecer medidas a serem adotadas


40

Profissionais que compõem o SESMT


- Técnico de Segurança
- Engenheiro Segurança do Trabalho
- Auxiliar de Enfermagem do Trabalho
- Enfermeiro do Trabalho
- Médico do trabalho

Dimensionamento do SESMT:

O número de profissionais em nível de graduação dependerá do:


- tipo de atividade - grau de risco da empresa
- número de empregados da empresa

ACIDENTES
Causas dos acidentes

a) Condição insegura
b) Ato inseguro
c)Condição do trabalhador (estafa) e condução do trabalho (pressão,
sobrecarga).
d) Personalidade do trabalhador
( irrascibilidade, irritabilidade, irresponsabilidade, temeridade, teimosia,
preocupação pessoal, não encontrar uma solução de um problema que está
vivenciado e atribulações pessoais )

PARTE II

RISCOS

1. Introdução

Todo trabalhador pode estar sujeito a 5 tipos de riscos: riscos químicos, físicos,
biológicos, ergonômicos ou mecânicos e psicossociais.
Podemos subdividí-los em :

- Riscos inerentes ao ambiente de trabalho ( riscos ambientais )

 físicos , químicos e biológicos

- Riscos inerentes ao trabalhador ( risco sócio-laboral )

 ergonômicos / psicossociais e de acidentes


41

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5


Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul
FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO ERGONÔMICO ACIDENTES
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico Arranjo físico
intenso inadequado
Vibrações Fumos Bactérias
Levantamento e Máquinas e
Radiações Névoas Protozoários transporte equipamentos
ionizantes manual de peso sem proteção
Neblinas Fungos
Radiações não Exigência de Ferramentas
ionizantes Gases Parasitas postura inadequadas ou
Vapores Bacilos inadequada defeituosas
Frio
Substâncias, Controle rígido Iluminação
Calor de produtividade inadequada
compostos ou
Pressões produtos Imposição de Eletricidade
anormais químicos ritmos
excessivos Probabilidade de
Umidade incêndio ou
Trabalho em explosão
turno e noturno
Armazenamento
Jornadas de inadequado
trabalho
prolongadas Animais
peçonhentos
Monotomia e
repetitividade Outras situações
de risco que
Outras situações poderão
causadoras de contribuir para a
stress físico e/ou ocorrência de
psíquico acidentes

2. Classificação por cores

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5


Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul
FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO ERGONÔMICO ACIDENTE

3. Medidas de controle dos riscos ambientais

As medidas de controle dos riscos ambientais podem ser aplicados ao


ambiente ou ao indivíduo.

3.1 Medidas de controle no ambiente

a) substituição do agente
42

Consiste em trocar o contaminante por um outro que não seja tóxico. Ou


menos tóxico. Exemplo: substituição do benzeno por tolueno; uso de jato
abrasivo de granalha de aço, ao invés de jato de areia.

b)alteração do processo ou forma de operação


Uma simples modificação no processo ou operação de certos trabalhos, pode reduzir ou
até eliminar os riscos ambientais. Exemplos: utilização de pintura a imersão no lugar de
pintura a pistola; processo úmido de polimento ao invés de processo a seco;
automatização do processo.

c)isolamento de trabalho
Esta medida de controle é feita de duas maneiras:
Isolamento no tempo.

Quando o trabalho que oferece risco é feito fora de horário normal de trabalho
Nesse caso, o número de pessoas expostas fica reduzido.
Isolamento no espaço. Quando um determinado processo é desenvolvido distante

da área geral de trabalho. E com em um local fechado . Neste caso, número de
pessoas expostas ao risco fica reduzido.

d)ventilação industrial
Esta medida usa correntes de ar para retirar ou diluir o contaminante do ambiente de
trabalho. Assim, a ventilação pode ser:
ventilação diluidora. Ela fornece ar limpo ao ambiente e com isso, diminui a

concentração do contaminante. Esse tipo de ventilação serve também para o
controle do calor;

ventilação exaustora. Serve para retirar o contaminante do ambiente de



trabalho.
e) Enclausuramento
É uma medida que impede a dispersão do contaminante pelo ambiente de trabalho.
Exemplo: cabine para operação de jateamento de areia.

d) Manutenção, ordem e limpeza


São medidas muito importantes para diminuir os riscos ambientais. Porque a
manutenção faz com que o equipamento esteja sempre em bom funcionamento. E a
ordem e limpeza evitam que contaminantes se juntem no ambiente de trabalho.

3.2 Medidas de controle dos riscos em relação ao indivíduo

a) Uso de equipamentos de proteção individual (EPI)


Muitas vezes, as medidas de controle relativas ao ambiente não são suficientes para
eliminar os riscos. É preciso o uso de equipamentos de proteção individual.
Para cada risco ambiental, existe sempre um equipamento de proteção individual
adequado e próprio.

b) exames médicos pré-admissionais e periódicos


É uma medida que deve ser aplicada sempre. E é porisso que, ao entrar na empresa ou
de tempos em tempos, todos os trabalhadores fazem exames médicos. Servem para ver
43

se uma pessoa está apta ou não fisicamente para um trabalho.

c) limitação do tempo de exposição


É usada quando as outras medidas de controle não puderam ser aplicadas. Assim, a
permanência do trabalhador num ambiente nocivo é reduzida.

d) educação e treinamento
Esta medida é muito importante. Ela ajuda a tornar as outras medidas de controle,
eficientes. Por isso, procure prestar muita atenção às instruções que for receber. Procure
sempre também, instruir seus colegas sobre as formas seguras de trabalhar.

e) Equipamentos de proteção individual


Existe sempre um equipamento de proteçõo individual para cada tipo de trabalho. E
para proteger todas as partes do corpo. Usá-los é evitar lesões.
- Proteção da cabeça

Capacete de Segurança: Para trabalho onde existam riscos de queda de material sobre a
cabeça, ou quando a mesma quando a mesma possa ser golpeada por alguma estrutura.
Capuz de Segurança:Para trabalho junto a fornos.
Bonés de Forneiros:
Também, para proteger contra os riscos decorrentes da operação em fornos.

- Proteção dos olhos e face:

Óculos de Segurança:Para cada trabalho, existe um modelo adequado. Assim, em serviços


com solda, utilizar óculos especiais.
Máscara de Solda:Este equipamento é usado para trabalhos com soldas elétricas,
juntamente com óculos.
Protetores Faciais:Estes equipamentos protegem o rosto e os olhos. Devem ser usados
também, em operações com solda.
IMPORTANTE: os olhos são os mais atingidos nos acidentes. Usar óculos de segurança é
evitar lesões graves.
- Proteção dos ouvidos

Protetores Auditivos: Podem ser de dois tipos:


Protetoe auditivo tipo concha
Protetoe auditivo tipo plug ou de inserção.
O serviço de Segurança do Trabalho indicará qual o melhor modelo para cada tipo de
serviço ou local de trabalho. Deixar de usar é, no mínimo, provocar a diminuição da
audição.

- Proteção das mãos e dos braços

Luvas: Existem muitos modelos. Um para cada tipo de risco. Para trabalhos elétricos,
por exemplo, usar somente luvas especiais e feitas com material isolante.
Mangas: São para proteger os braços. Usar é protegê-los;
Dedais: Para trabalhos que oferecem risco, somente a um ou dois dedos.

- Proteção das pernas e dos pés


44

Perneiras longas: Ao trabalhar com produtos químicos corrosivos deve-se proteger as


pernas.Com perneiras longas.
Sapatos de Segurança com biqueira de aço: Calçar sempre, para proteção dos pés.
Sapatos com palmilha de aço: Utilizar esses calçados é importante Com perneiras para
todos os trabalhadores. E necessário para aqueles que trabalham na construção civil.

- Proteção contra quedas

Cintos de Segurança. Para se trabalhar em lugares altos.

Lembrete Importante: os equipamentos de proteço individual não podem, sozinhos, evitar


acidentes. Mas, podem evitar lesões.

4. TIPOS DE RISCOS DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÂO

4. 1 RISCOS QUÍMICOS

4.1.1 FORMAS

Este tipo de risco é provocado pela presença de substâncias químicas no ambiente.


Podem estar na forma sólida, líquida ou gasosa.
Exemplos:
forma sólida — poeira de cimento;

forma líquida — líquidos corrosivos como ácidos e soda cáustica;

forma gasosa — vapores de solventes ou gases como monóxido de carbono.

Esses produtos podem entrar em contato com o homem, através de vazamentos
acidentais, defeitos ou falta de boas instalações. Ou ainda, pelo uso incorreto.
Os agentes químicos ou substânciais químicos existem em quase todos os
processos industriais. Sem o devido cuidado, essas substâncias podem ser perigosas para
saúde dos trabalhadores e até mesmo LETAIS.
Os agentes químicos são substâncias utilizadas para os mais diferentes fins. Por
exemplo: para limpeza, para processamento industrial, como combustível, tintas, ácidos,
lubrificantes, remédios, inseticidas, fertilizantes, etc.

4.1.2 Classificação dos riscos químicos de acordo com os efeitos

Essas substâncias que existem sob a forma de líquidos, gases, vapores, poeiras e
neblinas são classificadas de acordo com os efeitos que causam ao organismo (efeitos fisio-
lógicos) :

a) Irritantes
Devido à sua ação corrosiva, têm a propriedade de produzir inflamação nos tecidos
com os quais entram em contato. Atuam principalmente sobre os tecidos de revestimento ou
epiteliais, como a pele, mucosas das vias respiratórias, conjuntiva ocular e outros, por estarem
mais expostos. Neste grupo são encontrados: Gás Amoníaco, Cloreto de Hidrogênio.
Formaldeído, Ácido Acético, Anidrido Acético, Acroleína, etc.cloro, iodo, ácido sulfídrico,
éteres, etc.
45

b) Asfixiantes
podemos dividí-los em dois grupos :
a) Asfixiantes simples são aqueles agentes químicos fisiologicamente inertes, mas
causam asfixia pelo fato de deslocarem o oxigênio do meio ambiente. Neste grupo
encontramos: Metano (CH4), Nitrogênio, Hélio, etc.
Os asfixiantes simples não atuam diretamente sobre o organismo, mas provocam
asfixia, porque reduzem a concentração de oxigênio no ar. Exemplo: metano,
nitrogênio,dióxido de carbono, hélio.

b)Asfixiantes químicos são aqueles agentes químicos que podem provocar asfixia,
mesmo havendo oxigênio em quantidade suficiente no meio ambiente, pois reagem no
organismo humano e impedem que os tecidos obtenham ou utilizem o oxigênio do ar
atmosférico. Como exemplo, temos o Monóxido de Carbono (CO), gás sulfídrico, Cianogênio
(NCCN) e seus compostos: Cianeto de Hidrogênio (HCN), Nitrilas,
Os Asfixiantes químicos interferem no processo de absorção de oxigênio no sangue
ou nos tecidos.
Exemplo: monóxido de carbono, gás sulfídrico, cianureto.
O Monóxido de Carbono ocorre por combustão incompleta do Carbono (carvão) ou
qualquer material que o contenha, como, por exemplo, na explosão de poeiras de carvão; na
detonação de explosivos; na combustão em motores de explosão à gasolina ou óleo diesel; na
fabricação de aço em altos fornos ou outras indústrias, tais como: metalúrgicas, químicas,
tipográficas e cerâmicas. O mecanismo de ação do Monóxido de Carbono (CO) é o seguinte:
A hemoglobina contida no eritrócito tem afinidade pelo CO, 250 a 300 vezes a mais, do que
pelo O2. Ao invés de oxí-hemoglobina, haverá a formação de carboxihemoglobina, privando o
organismo de oxigênio (O2) necessário aos tecidos, levando à hipoxemia e até à anoxemia,
que leva à morte.

c) Narcóticos
Os contaminantes narcóticos produzem uma ação depressiva sobre o sistema nervoso
central, produzindo efeito anestésico, após terem sido absorvidos pelo sangue. Exemplo: éter
etílico, acetona, etc.

d) Intoxicantes sistêmicos
Compostos que causam lesões nos órgãos. Esses compostos atuam quando cm
concentrações elevadas, ainda que em breve espaço de tempo. Exemplo: clorofórmio,
tetracloreto de carbono.
Compostos que causam lesões no sistema formador do sangue. Exemplo: benzeno,
tolueno.
Compostos que afetam o sistema nervoso.
Exemplo: álcoois metílicos, dissuifeto de carbono.
Compostos tóxicos inorgânicos e metais tóxicos. Exemplo: cianureto de sódio,
cianureto de potássio, fluoreto, etc.
A maioria dos metais são tóxicos.
Neste grupo estão aqueles agentes químicos que causam dano ao sistema
hematopoiético e ao próprio sangue, atacam o sistema nervoso central e causam lesão em
diferentes órgãos do organismo humano. São encontrados nas mais variadas atividades
humanas, dentre as quais encontramos:
Certos Éteres
Colosolvo, Metil-Colosolvo, Butil-Colosolvo, Barbitol. Dioxana.
Hidrocarbonetos Halogenados
46

Cloreto de metila, brometo de metila, clorofórmio, tetaclorcto de carbono, cloreto de


etila.tricloroetileno,tetracloroetileno,etc.
Álcool Metílico
Benzeno e Homólogos
 Tolueno,xileno.
Aminas Aromáticas
 Anilina, toluidina,etc
Nitrocomposto Aromáticos
 Sulfeto de Carbono
Tóxicos
Dentre os agentes químicos que atuam como tóxicos sistêmicos, encontramos:
 Mercúrio (HG); Fósforo (P); Hidreto de Enxofre (H2S); Hidreto de
Arsénico (ASH3); Hidreto de Fósforo (PA3), etc.

Compostos Organometálicos
Tetraetil-Chumbo [(C2H5)4 Pb)] Tetracarbonil-Níquel [(CO4+NI)], etc.

e) Material particulado
São as poeiras, fumos, neblinas e névoas que não são tóxicos, mas produzem efeitos
prejudiciais.
Poeiras são produtoras de pneumaconiose – causam endurecimento e perda de
flexibilidade dos tecidos pulmonares. Exemplo: poeira de silícia e poeira de amianto, etc.
- Poeiras inertes: são poeiras que não produzem efeitos fisiológicos apreciáveis, a não
ser quando em concentração ENORME nos pulmões. Exemplo: alguns carbonatos, sais
complexos de alumínio, carborundum.
- Partículas alergizantes e irritantes : Podem atuar sobre a pele ou aparelho
respiratório. São partículas sólidas ou líquidas (poeiras, neblinas e névoas), provenientes de
madeiras (caviúna), óleos vegetais (castanha, cajú), partículas de ácidos, poeiras de sementes
secas de mamona, pólens, resinas, etc.
Há várias maneiras do trabalhador se expor a agentes químicos, entre eles:
a) Ao utilizá-los em seu local de trabalho, até mesmo como compo nentes de
produtos comuns;
b) Ao transvasá-los de um recipiente para outro;
c) Ao armazená-los;
d) Ao transportá-los.

4.1.3 Sintomas causados pelos agentes químicos

Devido à volatilidade de alguns agentes químicos, o trabalhador pode aspirar seus


vapores e estes penetrarem em suas vias respiratórias, podendo chegar até os tecidos e os
órgãos mais resceptíveis.
Se ocorrerem derrames ou respingos, alguns agentes químicos, como os solventes,
podem entrar em contato com as mãos do trabalhador ou impregnar suas roupas e, assim,
penetrar através da pele.
Com a manipulação dos agentes químicos, do material de trabalho, a roupa, etc,
produz-se gradativa contaminação.
Como os solventes são lipossolúveis, isto é, retiram a camada de gordura que protege
a pele, eles podem atacar os tecidos, produzindo doenças de pele, chamadas dermatoses, e, até
mesmo, penetrando no organismo e ingressando na corrente sanguínea, até atingirem órgãos
mais receptíveis.
47

As substâncias que penetram no organismo pela pele o fazem através das glândulas
sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos, chegando até os vasos sanguíneos.
Mesmo estando íntegra, a pele é uma importante via de entrada para os compostos
orgânicos, porém a presença de feridas facilita a absorção dos agentes químicos e seus
compostos em geral.
As substâncias químicas podem penetrar no organismo através dos seguintes
processos:
Ingestão - Entrada da substância através do aparelho digestivo. Esse processo ocorre
mais freqüentemente com crianças, embora ocorra também com adultos que ingerem ali-
mentos contaminados. Se o trabalhador fuma ou come no local de trabalho, pode acontecer
uma intoxicação por ingestão. Esta é menos frequente na atividade laboral.
Absorção cutânea - A substância penetra no organismo através da pele. Algumas
substâncias têm a propriedade de penetrar rapidamente através da pele.
As lesões locais na pele podem ser causadas pelo contato direto com uma substância
corrosiva, enquanto que as substâncias que atravessam a pele podem causar uma intoxicação
generalizada.
Inalação - É a mais importante das vias de penetração de contaminantes. As
substâncias são inaladas quando estão dispersas no ar atmosférico.

4.1.4 Classificação de acordo com o estado físico

Os agentes químicos de doenças profissionais são classificados de acordo com seu


estado físico, as condições em que ocorrem e a maneira como atuam em:

- 1° Gases – Quando distribuidos no ar ( a substância é um gás a temperatura


ambiente ).
- 2° Vapores - Quando estão distribuídos no ar (a substância é um sólido ou um
líquido a temperatura ambiente ).

- 3° Aerodispersóides : Poeiras, Fumos, Fumaças, Neblinas e Névoas – Quando


finamente divididos e suspensos no ar.

RISCOS QUÍMICOS

GASES VAPORES AERODISPERÓIDES


48

SÓLIDOS LÍQUIDOS

PÓS FUMOS NÉVOAS NEBLINA


S

1° Gases
São moléculas dispersas no ar (que também é uma mistura de gases).São encontrados
em estado gasoso à temperatura de 25ºC e compressão de 1 atmosfera, e altamente difusíveis
no meio ambiente.
Exemplos
- Monóxido de Carbono
- Metano
- Gás Carbônico
- Dióxido de Nitrogênio
- Fosfína, etc.

É muito difícil e caro retirar os gases nocivos do ar. Por essa razão é preferível evitar
que um gás se misture com o ar. Exemplos de gases prejudiciais: monóxido de carbono (CO),
óxido de nitrogénio (NO2), dióxido de enxofre (SO2), metano (CH4), etc.

2° Vapores
É a forma gasosa de substâncias que se encontram sob o estado sólido ou líquido a
25°C de temperatura e a 1 atmosfera de pressão; são altamente difusíveis.
Exemplos
 Vapores de Benzeno, de Tetracloreto de Carbono, etc.

Também são moléculas dispersas no ar. A diferença dos gases é que os vapores podem
condensar-se, formando sólidos ou líquidos em condições normais de temperatura e pressão.
Outra diferença é que os vapores, em locais fechados, têm um limite máximo de con-
centração (=saturação) que nunca é ultrapassado. Os gases, porém, podem deslocar todo o ar
de um recinto.

3° Aerodispersóides
São dispersões de partículas sólidas ou líquidas, de tamanho bastante reduzido, que
podem se manter por longo tempo em suspensão no ar.

a) Pós (Poeiras )
São partículas produzidas mecanicamente por redução de partículas maiores.
São partículas sólidas resultantes da desintegração mecânica de substâncias
inorgânicas ou orgânicas, seja pelo simples manuseio, seja em conseqüência de operações de
esmagamento, moagem, trituração, broqueamento, polimento, detonação e outros. O diâmetro
das poeiras está entre 0,1 a 100µm. Não se difundem, geralmente, não floculam e tendem a
depositar-se sob a ação da gravidade. A importância do diâmetro das poeiras é evidente
quando observamos que as de diâmetro acima de l0µm depositam-se rapidamente, entre 5 e
49

l0µm depositam-se lentamente e inferiores a 5µm flutuam no ar por muito tempo. Outra
informação importante é a relacionada com as defesas das vias aéreas, pois as partículas com
diâmetro superior a 3µm são retidas pelas vias aéreas superiores e médias, sendo que as com
diâmetro inferior a 3µm atingem os alvéolos pulmonares.
Exemplos
• Exemplo: fibras de amianto e poeira de sílica (produzem pneumoconiose), poeiras de
rochas, poeira de metais, pólens, esporos, etc.

b) Fumos
São partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos. Ocorrem nas
operações de fusão e derrame de metais acima de 500°C.
São pequeníssimas partículas sólidas (diâmetro inferior a 1µm) resultantes da
condensação de vapores, geralmente, provenientes da volatização de metais em fusão, na
maioria das vezes, acompanhadas de oxidação. Não se difundem, floculam e depositam-se.
Os fumos de origem metálica levam à “Febre dos Fumos Metálicos”.
Exemplos
 Fumos de óxido de zinco, óxido de Chumbo, etc.

c) Fumaça
Partículas sólidas decorrentes de combustão incompleta de materiais.
São partículas com diâmetros inferiores a 0,5µm formadas por mistura de gases,
partículas sólidas e líquidas que resultam da combustão incompleta de substâncias
carbonadas.
Exemplos
• Fumaças industriais, etc.

d) Névoas
São partículas líquidas produzidas mecanicamente.
Exemplo: sprays.

e) Neblina
São partículas líquidas resultantes da condensação de vapores.

Mecanismo de ação das névoa e neblinas


São partículas líquidas (gotículas) resultantes da condensação de vapores sobre certos
núcleos, ou da dispersão mecânica de líquidos conseqüente de operações ou ocorrências como
a nebulização, o borbulhamento e o respingo. Geralmente, o diâmetro das partículas é de 0,1 a
l00µm, sendo que as mesmas não se difundem e tendem a se depositar quando não se
evaporam.
Exemplos
• Neblina de Acido Sulfúrico, de Ácido Crômico, etc.

4.1.5 Efeitos fisiológicos

Os efeitos fisiológicos dos agentes químicos dependem dos seguintes fatores:


- tempo de exposição aos agentes;
- nível de concentração do contaminante;
- toxidez da substância;
- forma ou estado em que a substância se apresenta;
- grau de sensibilidade do indivíduo ao contaminante.
50

Essas condições determinam dois tipos de intoxicação:

Intoxicação Aguda: provoca alterações profundas no organismo em curto espaço. É


causada por contaminantes muitos tóxicos ou por contaminantes menos tóxicos, porém em
elevadas concentrações no ambiente.
Intoxicação Crônica: produz os efeitos a longo prazo. Resulta de exposições
prolongadas e contínuas a substâncias a baixos níveis de concentração.
Pode-se ver que um mesmo agente químico pode produzir intoxicações agudas ou
crônicas, dependendo do nível de concentração e do tempo de exposição.

4.1.6 Medidas relativas às condições

a) Ventilação
Visa a expulsar os contaminantes ou diluí-los, baixando sua concentração no ar. A
ventilação consiste no controle do ar e do ambiente. É feita mediante cuidados especiais na
construção dos locais de trabalho emediante o uso de equipamentos (ventiladores e
exaustores) estrategicamente colocados.
b)Substituição de contaminantes
Consiste no uso de substâncias menos tóxicas nos processos. Nem sempre é possível.
Exemplo: uso de rebolos de carborundum em vez de rebolos de arenito. Essas substituições
exigem o estudo de técnicos. No caso de soldagens, por exemplo, não usar eletrodo de
manganês.
c) Modificação de processos industriais
Consiste no uso de processos diferentes e menos perigosos no trabalho. Nem sempre é
possível. Exemplo: pintura à imersão em vez de pintura à pistola, automatização de um
processo.
d) Manutenção de equipamento
Confinamento (ou enclausuramento) e segregação.
Consiste em separar o processo que produz grande contaminação, executando-se num
local isolado.
A segregação no tempo é a execução do processo em horário especial, visando a
submeter menos pessoas a uma exposição perniciosa.
e) Limpeza
- Medidas relativas ao comportamento (atos )
- Uso de equipamentos de proteção individual

O equipamento de proteção individual visa à proteção da pele, olhos e vias res-


piratórias, contra os agentes agressores. Deve ser usado em todo o local onde não haja
controle das condições ou onde o controle seja insuficiente.

f) Educação e treinamento
Consiste na elaboração e execução de programas de esclarecimento e conscientização
a respeito das condições e atos seguros.

g) Exames Médicos
São exames feitos antes da admissão do empregado (exames pré-admis-sionais),
buscando diagnosticar suas condições de saúde, pois os índices de tolerância são estabelecidos
para pessoas saudáveis.
São feitos, também, exames periódi- cos com a finalidade de avaliar o grau de
51

agressividade do ambiente e seus efeitos sobre o indivíduo.

h) Limitações do tempo de exposição


Outra solução é a redução máxima do tempo de exposição do indivíduo aos agentes.

i ) Isolamento
O isolamento pode dar-se por :
a) por tempo ( fora do horário administrativo )
b) por espação ( reservado especial )

4.1.7 Medição do nível de concentração dos agentes

O nível de concentração dos agentes químicos é avaliado, quantitativamente, através


de aparelhos próprios que exigem treinamento especial para sua utilização.
Esses aparelhos podem ser reunidos em três grupos, conforme suas características :

a) Aparelhos de leitura direta


Permitem o conhecimento do nível de concentração do contaminante com uma
simples leitura em um mostrador do aparelho.
Porém, o grau de precisão das indicações desses aparelhos ainda oferece uma margem
de erro muito grande. Exemplos de aparelhos desse tipo:
- Bomba de aspiração manual (tubos detectores)
- Indicador portátil de monóxido de carbono
- Indicador de gases combustíveis
- Explosímetro (os dois últimos indicam o perigo de explosões).

b) Aparelhos de separação do poluente do ar


A maioria dos aparelhos pertence a este grupo.
Esses aparelhos separam o contaminante, recolhendo-o num meio apropriado (filtro).
Posteriormente o filtro é levado a laboratórios para análise qualitativa e quantitativa.
É necessário conhecer-se o volume de ar, para se determinar o grau de concentração
do contaminante por metro cúbico de ar. Os aparelhos mais usados são os seguintes: bomba
de alta vazão, coletor gravimétrico, precipitador eletrostático e inpinger.

c) Aparelhos de coleta de amostras de ar contaminado


São aparelhos que servem para coletar certa quantidade de ar, para ser analisada
posteriormeiáe em laboratório. São sacos plásticos, garrafões ou qualquer outro recipiente que
possa ser bem fechado.
Esses aparelhos são utilizados quando não há possibilidade de uso de outros tipos de
aparelhos. Não servem para todas as formas de contaminantes atmosféricos.
A utilização correta desses aparelhos permite que se conheça os níveis de
concentração da substância dispersa no ar atmosférico.

Os níveis registrados na medição são, então, comparados com os valores estabelecidos


em tabelas de limites de tolerância do organismo (com finalidade de aquilatar a agressividade
da substância).

Essas tabelas indicam os limites de concentração que são tolerados pelo homem,
levando em consideração o grau detoxidez das substâncias e o tempo de exposição do
indivíduo.
52

Agentes Químicos Tóxicos, cuja exposição deve ser controlada por exames
laboratoriais dos trabalhadores (Anexo II da NR-7)
anilina Praguicidas:
arsênico - ddt
chumbo - dieldrim
cianetos - endrin
cromo - lindano
dissulfeto de carbono - pentaclorofenol
estireno - organofosforados
fenol - carbamatos
fluoretos Solventes:
mercúrio - benzeno
metanol - diclorometano
monóxido de carbono - tetracloroetilero
níquel - tolueno
nitrilas alifáticas - 1.1.1 tricloroetano
nitrobenzeno - tricloroetileno
zinco - xileno

4.1.8 Fatores que colaboram para que os produtos e agentes causem dano à saúde
 o tempo de exposição;
 a concentração do contaminante no ambiente;
 o quanto a substância é tóxica;
 a forma em que o contaminante se encontra. Se em forma de gás, líquido ou pó;
 a possibilidade das pessoas absorverem contaminantes em menor ou maior
grau.

4.1.9 Vias de entrada dos materiais tóxicos no organismo


 Por contato com a pele, que absorve a substância tóxica
 Por inalação, isto é, ao respirar num ambiente contaminado.
 Pela ingestão, ao engolir, acidentalmente, o tóxico. Isso acontece muito ao comer
oubeber alimentos contaminados por substâncias nocivas. É por essa razão que
nunca se deve fazer as refeições no próprio local de trabalho. Nem ir ao
refeitório ou para casa, sem antes, lavar com água e sabão, as mãos e o rosto.

4.1.10 Casos mais comuns :


 Intoxicação/ contaminação ( por contato, inalação ou ingestão )
 Queimaduras por produtos químicos

4.2 RISCOS FÍSICOS

Esses riscos são provenientes da presença de agentes físicos que podem alterar o
ambiente de trabalho. Os mais comuns são estes:
53

4.2.1 Radiações
Radiações são uma forma de energia que se propaga pelo espaço como ondas
eletromagnéticas, sem necessidade de condutor (as radiações alfa e beta são de natureza
corpuscular). Conforme o comprimento de onda dessa energia, ela apresenta
características diferentes e produz diferentes efeitos.
As radiações são divididas em dois grupos, conforme o efeito que produzem no
organismo, com veremos a seguir

4.2.2 Tipo de Radiações

a) radiação ionizante
Exemplo: exposição a dose excessiva de radiação proveniente Exemplos: trabalho
em tubulações, trabalhos em submarinos, etc.

b) radiação não ionizante .


- radiação infravermelha. Exemplos: operações em fornos e com solda oxi-
acetilênica
- radiação ultravioleta. Exemplo: operação com solda elétrica;

4.2.3 Radiações ionizantes


Dividem os átomos em partículas eletricamente carregadas chamadas íons.
A radiação ionizante é basicamente um tipo de energia eletro-magnética que se
propaga em forma de ondas e tem origem no núcleo excitado do átomo (raios gama). Pode
ainda ser reproduzida artificialmente em laboratório pela resultante da desaceleração de
elétrons, ao interagir com o campo coulombiano do núcleo do átomo (raios X).
A utilização da radiação ionizante está relacionada com o custo-benefício, ou seja, a
sua prática somente se justifica quando gerar um benefício líquido real para a coletividade,
após obedecidos todos os requisitos de segurança necessários.

São exemplos da utilização das radiações ionizantes:


a) Na indústria
Em ensaios não-destrutivos: radiografias de soldas;no controle da espessura de chapas
de aço ou papel durante a fabricação; na indicação de nível de silos ou outros recipientes.
b) Na construção civil ; na verificação de trincos em vigas;na verificação de fluxo de
fluidos.
c) Na indústria alimentícia e farmacêutica: em esterilização de material cirúrgico;no
controle de qualidade dos alimentos.
d) Na geração de energia elétrica - centrais termonucleares.
e) No desenvolvimento da agricultura.
f) Na medicina : radiodiagnóstico e radioterapia.
g) Em pesquisas científicas
h) No setor militar ; na propulsão de navios e submarinos; armamentos.
4. 2.4. Classificação das radiações ionizantes

a) Radiações íonizantes Corpusculares:

Raios α (Alfa) e raios β(Beta)


Os raios Alfa que são pouco pentrantes e altamente ionizantes, propagam-se em linha
reta e são detidos após um percurso de 8 cm, no meio aéreo. São pouco perigosos por via
54

externa devido a sua baixa penetração, mas altamente perigosos por via interna devido a alta
capacidade de ionização.
Os raios β(Beta), que são moderadamente penetrantes e bastante ionizantes,propagam-
se de forma sinuosa e irregular,sendodetidos porfolhas de 1 mm de espessura, da maioria dos
metais. São moderadamente perigosos por via externa e bastante perigosas por via interna.

b) Radiações ionizantes Eletromagnéticas - Raios γ (Gama) e Raios X:


Os raios γ (Gama) são radiações eletromagnéticas de alto poder penetrante e
fracamente ionizantes, propagam-se em linha reta com intensidade que diminui segundo o
inverso do quadrado da distância, produzem radiações secundárias e difusas no interior das
matérias que atravessam e são altamente perigosos por via externa.
Os raios X são radiações eletromagnéticas, originadas no átomo,externamente ao
núcleo.Podem ser produzidos, artifícialmente, pe!os tubos Rõentgen, pelo Betatron, pelo
Ciclotron, por aceleradores lineares e por certas válvulas termo-iônicas (Tubos de Raios
Catódicos). São altamente penetrantes e fracamente ionizantes, propagam-se em linha reta,
com intensidade que diminui segundo o inverso do quadrado da distância, produzem
radiações secundárias e difusas no interior dos materiais que atravessam e são altamente
perigosos por via externa.
Os raios gama, assim como os raios X, têm grande poder de penetração nos materiais.
Essa característica permite uma larga aplicação na indústria, na medicina e em projetos de
pesquisa.
As fontes radioativas mais utilizadas na indústria e na medicina são:

- irídio192, urânio 235 e 237,cobalto 60, potássio 40, césio 137 e carbono 14

4. 2.5 Poder de penetração relativo das partículas

No poder de penetração relativo das radiações alfa, beta e gama , observa-se que :

- radiações alfa : detida por uma folha de papel


- radiações beta : detida por uma placa de alumínio com 1,27 cm de espessura
- radiações gama a : detida por uma placa de chumbo com vário cm de espessura

4.2.6 Cuidados com as radiações

A utilização das radiações ionizantes exigem extremos cuidados para a proteção do


homem e dos equipamentos.
A prevenção é feita por pessoas altamente especializadas.
Os principais órgãos internacionais que regulamentam a utilização das radiações
ionizantes e a proteção radiológica são:
IAEA - International Atomic Energy Agency
ICRP - International Comission on Radiological Protection.

No Brasil, o órgão oficial responsável pela normatízação de operações com radiações


ionizantes e sua fiscalização é a CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear.
É importante repetir que o uso das radiações não traz malefícios para o homem, se
todos os cuidados e recomendações de segurança forem seguidos.
55

A utilização de radiações somente é permitida às pessoas treinadas, habilitadas e


supervisionadas corretamente e que possuam controle dosimétrico permanente, além de estarem
em boas condições de saúde.

Também é necessário seguir algumas regras básicas, tais como:


1) Manter distância da fonte radioativa.
2) Controlar o tempo de exposição.
3) Utilizar anteparos (ou blindagens) de chumbo, aço ou concreto nas trajetórias dos
feixes e radiação.
4)Manter o pessoal especializado devidamente treinado.
5)Manter rígido controle administrativo: monitorar permanentemente a radiação
através de instrumentações, fazer uso do controle dosimétrico, registrar todos os assentamentos
exigidos pelas normas de proteção radiológica. Deve ser previsto um plano de emergência. O
acompanhamento do responsável credenciado pelo órgão oficial, ou seja, o supervisor
de radioproteção é imprescindível em todas as fases do processo em que é utilizada a radiação
ionizante. A espessura da blindagem, assim como a distância o o tempo de exposição, além
de uma boa geometria para a execução do trabalho, dependem da energia com que a radiação
é emitida. Esses cálculos assim como os demais controles, são de responsabilidades do
supervisor de radioproteção.

4.2.7 Limite seguro de exposição à radioatividade


A pessoa que trabalha com radiação não pode absorver uma dose superior a 2,5
milirem por hora ou 100 milirem por semana de 40 horas, ou 400 milirem por mês, ou
ainda 5.000 milirern por ano, durante sua atividade laborai. Observação: 1.000 milirem =
1 rem. Para o público em geral, esse nível é bem menor, cerca 1/10 do nível de
radiação permitido ao trabalhador que poss ui controle dosimétrico.

4.2.8 Efeitos da radioatividade


Existem, basicamente, dois tipos de efeitos no ser humano acidentalmente exposto à
radiação: o provocado por radiação aguda (radiação intensa de curta duração); e o
provocado por radiação crónica (radiação de pouca intensidade num período longo).
Exemplo:
a) exposição aguda (efeitos imediatos)
b) exposição crônica (10 milirem por hora, 8 horas
por semana, durante 1 ano ou mais).
A radiação aguda manifesta-se na pessoa irradiada, e, conforme a dose recebida, o
efeito aparecerá em poucos dias ou em algumas semanas.
Exemplo: 100 a 200 rem = possíveis danos com incapacitações.
400 rem = morte em 50% das pessoas irradiadas e 50% com outros danos.
acima de 600 rem = fatal
Principais estágios da síndrorne aguda da radiação
a) Fase inicial:
Náuseas, vômitos, diarréias
b) Fase de latência:
Inculcaçãoda infecção virai, leucopenia (redução do número de leucócitos no sangue, ou seja,
glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo). Há um estado de boa saúde aparente,
mas, internamente, já existem perturbações.
c) Fase crítica:
56

Aparecem sintomas. Os primeiros sinais são epilação, febre, infecção, hemorragia,


diarreia severa, desmaio, colapso cardiovascular.
Câncer, leucemia, efeitos hereditários são efeitos tardios da exposição crônica.
Sempre ocorreram mutações genéticas espontânea no homem, devido aos
fatores ambientais como a radiação de fundo (radiação cósmica), mas a exposição
crónica aumenta a probabilidade de uma mutação de gens, o que implicará numa
maior incidência de anomalias genéticas.
Os danos causados às células germinatívas, pela alteração genética, transmitem efeitos
genéticos aos descendentes do indivíduo irradiado. Além disso, a radiação, ao ativar um vírus
latente, pode provocar a introdução desse vírus dentro do núcleo de uma célula normal.
Esse vírus estimula, então, a célula a reproduzir-se desenfreadamente, induzindo o
câncer.

4.2.9 Radiações não-ionizantes


São de natureza eletromagnética e causam, principalmente, a EXCITAÇÃO dos átomos,
aumentando a energia interna desses.
São radiações não-ionizantes:
Microondas - Ocorrem em alguns processos industriais, mas principalmente em
estações de radar.
Radiações infravermelhas - produzidas, na natureza, pelo sol e, artificialmente, em
processos industriais que envolvem fornos, fornalhas, metais incandescentes, soldas e
outras fontes intensas de luz e calor.
Os raios infravermelhos, quando usados com critério médico, são benéficos. Porém,
em outras condições, podem causar queimaduras na pele, cotardata, quando em exposições
muito intensas e prolongadas (usa-se como proteção óculos de cristal com óxido de
magnésio).
Exposições breves ou de pequena intensidade podem causar fadiga dos olhos e dores de
cabeça.
Radiações ultravioletas - fonte natural: o sol; fontes artificiais: arco-voltáico,
lâmpadas ultra violetas, etc.
Os raios ultravioletas podem ter uso benéfico se ministrados sob controle médico.
Podem causar queimaduras, eritema, câncer da pele, con-juntivite.
As radiações ultravioletas atuam sobre o oxigénio atmosférico, formando OZÔNIO,
que, em altas concentrações, é gás irritante.
Radiação laser - laser é um feixe de luz direcional e concentrado em um único
comprimento de onda (luz coerente). Ao contrário das outras formas de luz que se propagam em
todas as direções, a luz laser segue só uma direção, o que aumenta enormemente sua intensidade em
um determinado ponto.
Sua aplicação é, ainda, restrita à medicina ou laboratório de física e a alguns processos
industriais.
Podem causar sérias queimaduras, dependendo da sua potência.

4.2.10 Pressões anormais Exemplos: trabalho em tubulações, de uso inadequado de


aparelhos de raio X, trabalhos submarinos, etc.

4.2.11. Queimaduras por água quente, óleo aquecido ou vapor


57

4.3 RISCOS BIOLÓGICOS

Os riscos biológicos são representados por microorganismos presentes no ambiente de


trabalho. São invisíveis, mas podem causar grandes danos à saúde dos trabalhadores.
Exemplos: vírus, bactérias, parasitas, fungos, bacilos e outros. Os trabalhadores urbanos mais
expostos aos riscos biológicos são os médicos, enfermeiros, funcionários de hospitais,
sanatórios e laboratórios de análises clínicas, lixeiros, açougueiros, trabalhadores de curtume,
de estação de tratamento de água, etc. No entanto, existem medidas preventivas e que podem
proteger as pessoas expostas a esses riscos. São estas:

 esterilização
 vacinação
 rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho
 equipamentos de proteção individual
 controle médico permanente

4.4 RISCOS ERGONÔMICOS]

4.1 Mecânicos

Os riscos ergonômicos mecânicos são aqueles decorrentes da inadaptação ou


ajustamento imperfeito do "sistema homem-máquina".
A ergonomia - do grego ergon (trabalho) e nomos (leis naturais do) - é uma ciência
multidisciplinar que, baseando suas teorias na antropometria, na fisiologia, na psicologia e na
engenharia, tem por principal objetivo a adaptação das condições de trabalho às características
físicas e psicológicas do homem. Mesmo que o desrespeito a alguns de seus princípios básicos
possam interferir negativamente em qualquer tipo de atividade, é preciso considerar as
variantes existentes de pessoa para pessoa. Mais que isso, a diversificação de tarefas pode
fazer passar despercebido para um funcionário, o que para outro foi prejudicial.
De Montmollin (1971) considera ergonomia como "uma tecnologia das comunicações
nos sistemas homens-máquinas", significando essa tecnologia um ponto intermediário entre
Ciências e Técnica. "Um sistema homem-máquina é uma organização cujos componentes são
homens e máquinas que trabalham conjuntamente para alcançar um fim comum e estão
unidos entre si por uma rede de comunicação" (Kennedy, 1962).
Considerando que o homem, a todo instante, participa de um processo comunicativo
com seu ambiente de trabalho, ferramentas, máquinas operatrizes, em que a recepção de sinais
e a emissão de respostas são uma constante, poder-se-ia resumir a interação homem-máquina
em um modelo sistêmico onde a máquina emitisse sinais e o homem, ao operá-la, emitisse
respostas:
sinal
respostas
HOMEM MÁQUINA

Entretanto, é necessário fazer distinção entre um sistema homem-máquina e um


sistema homens-máquinas, uma vez que o primeiro resume-se na interação operador-posto de
trabalho, em um esquema estímulo-organismo-resposta, e o segundo reúne grupos humanos e
máquinas, bem como as ínterações entre eles, em um esquema estímulo-resposta que não é
tão simples como parece.
Para McCormick (1975), "um sistema homem-máquina pode ser definido como a
combinação operante de um ou mais homens com um ou mais equipamentos, interagindo para
58

sê obter, a partir de inputs, algum resultado dentro do contexto de um ambiente". Entretanto,


as variáveis que serão levadas em consideração quando de um projeto ergonômico, por
exemplo, comumente são estudadas à luz de um modelo que congrega as variáveis do
subsistema máquina, como exposto a seguir:

input Subsistema Homem Subsistema Máquina output


Órgãos elaboração órgãos Dispositivos processo
sensitivo (sistema nervoso) efetores de comando
s
sinais de
trabalho
Os sinais que advêm do meio ambiente são recebidos pelos órgãos sensitivos do
homem, são tratados ao nível do sistema nervoso e, uma vez elaboradas as decisões, os órgãos
de comando do S.S.M. recebem a ação dos órgãos efetores do S.S.H.

4.2. RISCOS ERGONÔMICOS PSICOSSOCIAIS

Os comportamentos, as atitudes e as reações dos indivíduos em ambiente de trabalho


não podem ser interpretados de maneira completa, sem se considerar a situação total a que
eles estão expostos, todas as inter-relações entre as diferentes variáveis, incluindo o meio, o
grupo de trabalho e a própria organização como um todo. O acidente de trabalho, nesse
sentido, pode ser visto como expressão da qualidade da relação do indivíduo com o meio
social que o cerca, com os companheiros de trabalho e com a organização. O homem trabalha
para satisfazer necessidades! As necessidades psicológicas.

Em primeiro lugar, é conveniente esclarecer que não há um modelo universal,


totalmente aceito, de saúde psicológica, o que torna difícil especificar quais necessidades
deverão ser satisfeitas. Outra dificuldade é que a pessoa pode, prontamente, substituir uma
necessidade psicológica por outra. Pode-se compensar a deficiência de uma necessidade,
satisfazendo-se uma outra necessidade. Pesquisas têm mostrado que as necessidades
psicológicas formam uma hierarquia: algumas necessidades têm prioridade sobre outras.
Quando necessidades prioritárias são satisfeitas, outras aparecem. Henry Murray selecionou
vinte necessidades básicas, e Erick Fromm especificou cinco necessidades humanas
universais. E foi Abraham Maslow (1967) quem apresentou a "Teoria da Hierarquia das
Necessidades".
Maslow considera dois tipos de necessidades existentes no homem: as necessidades
básicas (fome, sede, sexo, segurança, realização) e| as metanecessidades que são qualidades
espirituais como justiça, bondade, beleza, ordem e humildade.

É com as necessidades básicas que Maslow constrói a hierarquia que se visualiza a


seguir :

AUTO
REALIZAÇÃO

ESTIMA
59

SEGURANÇA

SOCIAL

FISIOLÓGICAS

É a necessidade de realizar o máximo do potencial individual próprio.


Uma pessoa que busca a auto-realização está caminhando em direção ao uso das suas
potência lidades, talentos e capacidades.
Observa-se, assim, que existe uma hierarquia de necessidades no homem. Portanto, se
um homem não tem satisfeitas as suas necessidades fisiológicas, ele não vai possuir a
consciência das necessidades de estima, por exemplo :
Variáveis depressoras da vigilância.
Os riscos psicossociais manifestam-se quando as necessidades humanas não são
satisfeitas, dando origem a frustrações e às chamadas "Variáveis depressoras da vigilância".
As "variáveis depressoras da vigilância" (depressants to alertness) são características
da organização, dos operários, do grupo como um todo, do ambiente físico e social onde se
instalou a empresa, que atuariam sobre os operários no sentido de deprimir sua iniciativa em
responder aos estímulos do meio à sua volta, reduzindo, significativamente, a motivação geral
para trabalhar naquela organização, naquele ambiente, o que faria com que negligenciassem o
serviço e com isto viessem a sofrer maior número de acidentes, bem como maior gravidade
dos mesmos.
Ao mesmo tempo, parece claro que a indústria precisaria dar maior atenção à elevação
do padrão do ambiente psicológico, no sentido de aumentar o número de incentivos colocados
à disposição dos operários para evitar a ocorrência de elevadas" taxas de acidentes.
Assim, mais rico o ambiente em oportunidades de recompensas, maior a vigilância e
mais elevado o nível de qualidade devida no trabalho (Kerr, 1957).
Necessidades Frustraçã Baixa Alta alienação na
não- o motivação para execução das
satisfeitas o trabalho tarefas

Desleixo Acidente Roubo


com de
materiais trabalho
Desejo inconsciente
de autodestruição

21

4.2.1 Satisfação pessoal

As empresas, através de uma política adequada de pessoal e um programa de benefícios


sociais, podem garantir uma elevação geral no nível de satisfação do pessoal com relação à
organização, visando ao controle das chamadas "variáveis depressoras da vigilância'' que,
comprovadamente, comprometem o processo de segurança no trabalho e fazem crescer o número e
gravidade dos acidentes.
A seguir, a título de exemplo, relacionamos alguns desses benefícios:
- Auxílio econômico para educação ou bolsas de estudo;
- Uniforme;
- Alimentação: rancho, café da manhã, almoço;
- Estabilidade do pagamento dos salários;
- Convênios com farmácia, supermercado, etc;
- Assistência médica e odontológica;
- Empréstimos financeiros de emergência aos mais necessitados;
- Clube de recreação aos funcionários (colônia de férias);
- Possibilidade de crescimento (recrutamento interno, preferencialmente);
- Ambientes de trabalho salubres, higiênicos e humanizados;
- Canal de comunicação aberto (gerência - operários);
- Transparência nos atos relativos a pessoal;
- Creche;
- Áreas de lazer dentro dos locais de trabalho para utilização nos intervalos.

4.2.2 Origens dos benefícios sociais


Benefícios sociais são aquelas facilidades, conveniências, vantagens e serviços que as
empresas oferecem aos seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupação.
Podem ser financiados pela empresa, parcial ou totalmente, contudo constituem sempre meios
indispensáveis na manutenção de força de trabalho dentro de um nível satisfatório de moral e
produtividade.
Os serviços e benefícios sociais têm história recente e estão intimamente relacionados com
a gradativa conscientização da responsabilidade social das empresas.
Em muitas empresas brasileiras, o aparecimento dos planos de serviço e benefícios sociais
foi inicialmente orientado para uma perspectiva paternalista e limitada de pessoal. Essa
preocupação,embora muito maior nas empresas cujas atividades se desenvolvem em condições
rudes e adversas e onde se torna crítica a definição de incentivos monetários e não monetários para
fixar o pessoal, logo se espalhou às demais empresas. Hoje, os serviços e benefícios sociais, além
do aspecto competitivo no mercado de trabalho, constituem-se em atividades da empresa, voltadas
para a preservação das condições físicas e mentais dos seus empregados. Além da saúde, as
atitudes dos empregados são os principais objetivos desses planos.
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4.2.3 Tipos de benefícios sociais:


Os planos de serviços e benefícios sociais geralmente são planejados para auxiliar o
empregado em três áreas de sua vida:
- no exercício do cargo (como gratificações, seguro de vida, prêmios de produção, 21 etc);
- fora do cargo, mas dentro da empresa (lazer, refeitório, cantina, transporte, etc); 22
- fora da empresa,ou seja,na comunidade (recreação, atividades comunitárias, etc).

Os planos de serviços e benefícios sociais podem ser classificados de acordo com sua
exigência, sua natureza e seus objetivos.

1. Quanto à sua exigência:


Os planos podem ser classificados em legais ou espontâneos, conforme sua exigibilidade:
a) Benefícios legais: são os benefícios exigidos pela legislação trabalhista ou
previdenciária, ou ainda por convenção coletiva entre sindicatos, por exemplo: 13° salário, férias,
aposentadoria, etc.
Alguns desses benefícios são pagos pela empresa, enquanto outros são pagos pelos órgãos
previdenciários.

b) Benefícios espontâneos: são os benefícios concedidos por liberalidade das empresas, já


que não são exigidos por lei, nem por negociação coletiva. São também chamados benefícios
marginais , por exemplo: gratificações, empréstimos,complementação da aposentadoria, etc.

2. Quanto à sua natureza:


Os planos podem ser classificados em monetários ou não-monetários, conforme sua
natureza.
a) Benefícios monetários: beneficios concedidos em dinheiro, geralmente através da folha
de pagamento e gerando encargos sociais deles decorrentes.
b) Benefícios não-monetários: são os benefícios oferecidos na forma de serviços, ou
vantagens, ou facilidades para os usuários, a saber:
- refeitórios;
- assistência médico-hospitalar e odontológica; serviço social e aconselhamento

.
5. RISCOS DE ACIDENTES

São os riscos decorrentes de:


- Arranjo físico inadequado

- Máquinas e equipamentos sem proteção

- Ferramentas inadequadas ou defeituosas

- Iluminação inadequada

- Eletricidade

- Probabilidade de incêndio ou explosão

- Armazenamento inadequado

- Animais peçonhentos

- Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes


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