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2 Paganismo em Roupagem Moderna “Q Deus, as nagées [pagis] invadiram a tua heranga... Assiste-nos, 6 Deus e salvador nosso” (Salmo 79.1,9). “Antes digo que as cousas que eles [pagaos] sacrificam, é a demGnios que as sacrificam, e nao a Deus; e eu nao quero que vos torneis assuciadus avs demdnios” (1 Corintios 10.20). Ciéncia da Mente: Um Elo entre 0 Cristianismo ea Feiticaria Ermest Holmes fundou a Igreja da Ciéncia Religiosa, tam- bém conhecida como Ciéncia da Mente, com base no “Supre- mo Segredo” que os “Mestres da Sabedoria” haviam revelado a Napoleon Hill. Ela é intimamente relacionada ao Pensamento Positivo de Norman Vincent Peale e ao Pensamento da Possibi- lidade de Robert Schuller. Na verdade, Schuller atribui a Hol- mes a honra de havé-lo tornado um pensador positivo.' Em 1958 Holmes profetizou: “Langamos um Movimento que, nos préximos cem anos, seré o grande impulso religioso dos tem- pos modernos... [destinado] a incluir todo o mundo..”? Foi as- sim que Holmes explicou este “Supremo Segredo”: AGIENCIA DA MENTE ensina que o Poder Supremo e Criati- vo que originou todo o Universo, a fonte de toda substancia, a Vi- 26 « A Seducéa do Cristianismo da em todas as coisas vivas, é um Principio de Realidade césmi- ca que esta presente em todo o universo e em cada um de nds. A CIENCIA DA MENTE ensina que o Homem controla o curso de sua vida... por processos mentais que funcionam de acordo com uma Lei Universal... que todos estamos criando nossas ex- periéncias cotidianas... pela forma e progressdo de nossos pen- samentos.° O homem, por meio do pensamento, pode trazer & sua expe- riéncia tudo aquilo que desejar... [Enfase no original].* Esta idéia mais fundamental da antiga feiticaria esta firme- mente ancorada em nosso mundo moderno. E a pedra angular do movimento do potencial humano e o ingrediente essencial de semindrios de sucesso-motivagio-AMP. Tornou-se também o elo maior entre a feitigaria ¢ 0 cristianismo. Embora expressa em frases ligeiramente diferentes, é a linguagem comum a to- dos aqueles que, conscientemente ou ndo, substitufram a fé em Deus por uma fé interesseira numa Forga misteriosa que pode ser usada por nossas mentes para conseguir o que queremos. Norman Vincent Peale é, naturalmente, um dos mais bem-suce- didos evangclistas do poder da mente. Le explica suas idéias assim: Sua mente inconsciente... [tem um] poder que torna desejos em realidades quando os desejos sdo suficientemente fortes.* Serd que Deus E um Placebo? © pensamento da possibilidade de Robert Schuller é 0 mes- mo produto que 0 pensamento positivo de Norman Vincent Peale com um novo nome de mercado. Schuller declara: “Ago- ra - Creia e Receberd.”* Paul Meyer, presidente do Instituto da Motivag4o para o Sucesso, expressou a mesma idéia da seguin- te forma: “Imagine vividamente, creia sinceramente, deseje ar- dentemente, aja entusiasticamente, e isso tem que acontecer, inevitavelmente.’”” Paul Yonggi Cho declara: “Por meio da visualizag4o e do so- nho, vocé pode incubar seu futuro ¢ colher os resultados.”* Esse tipo de ensino vem confundindo crentes sinceros para que pen- Paganismo em Roupagem Moderna e 27 ag sem que a “fé” é uma forga que faz as coisas acontecerem por- que elcs creram. Assim, a fé nio é posta em Deus, mas ¢ um poder dirigido a Deus, um poder que O forga a fazer por nds aquilu que cremos que Ele faré. Quando Jesus disse em varias ocasides: “a tua fé te salvou”, nao estava querendo dizer que algum poder magico € disparado pelo ato de crer, mas que a fé abrira a porta para que Ele curasse tais pessoas. Se alguém € curado meramente porque cré que serd curado, entaéo 0 poder esté em sua mente, e Deus é apenas um placebo que ativa a fé. Se tudo funciona de acordo com as “leis do sucesso”, entéo Deus é irrelevante e a graga é obsoleta. Tudo que se precisa exercitar € 0 que Hill chama de “o poder da fé”. Numa fita mo- tivacional da organizagio Amway, Robert Schuller faz o se- guinte resumo: ‘Yocé nao conhece o poder que existe dentro de sil... Vocé transforma o mundo naquilo que quiser. Sim, vocé pode transfor- mar o mundo em qualquer coisa que vocé queira que ele seja.® Tais idéias séo aceitas no mundo como principios sadios de AMP, € estéo se tornando cada vez mais populares na Igreja. Em marco de 1985, por exemplo, a grande e conser- vadora Igreja Bualisla de Prestonwood, em Dallas, no Texas, promoveu a primeira Conferéncia Anual de Lideranga, O pa- lestrante principal era Paul Yonggi Cho, que quase sempre apresenta excelente ensino biblico misturado com idéias ocul- tistas de visualizagaéo e poder da mente. No dia 18 de mar- go partilhava com ele da plataforma a Sra. Mary Kay Ash, fundadora da companhia de cosméticos Mary Kay. Em sua palestra, ela indicou que aprendera principios draméticos so- bre como atingir 0 sucesso em um livro de Claude Bristol. Trata-se, de fato, de um exemplo classico de ocultismo bé- Sico sendo apresentado como poder mental, sendo aceito sob tal rétulo por uma audiéncia crist&é e confundido com fé. A Sra. Ash disse 0 seguinte: Claude Bristol escreveu um livro chamado The Magic of Be- lieving (A Magica do Crer), no qual indagou: “Havera algo, uma Forga, um fator ou um poder, dé a isso o nome que vocé quiser, 28 @ A Seducio do Cristianismo que aigumas pessoas compreendem e usam para superar suas dificuldades, e depois para atingir sucesso notavel?”... Ele [Bristol] disse: “Gradativamente descobri que ha um fio dourado que faz a vida funcionar. Este fio pode ser rotulado com uma Unica paiavra: crer.” Eu sei que Bristol néo estava tao preocupado com o que as pessoas créem; ele simplesmente viu em ago 0 poder do crer, e registrou o que viu.” Fé em Deus ou Fé na Fé? Muitos cristos sinceros foram influenciados pelo evangelho dos feiticeiros, imaginando que a fé tem algum poder em si mesma. Mais uma vez para eles a fé nfo é posta em Deus, mas éum poder dirigido a Deus, que O forga a fazer para nés aquilo que cremos que Ele faré. No minimo, isso torna Deus sujeito a alegadas “leis” que podemos ativar pela “fé’, e, no pior dos ca- sos, elimina Deus completamente do processo, colocando tudo em nossas préprias maos transformando nos, desse modo, em deuses que podem fazer acontecer tudo pelo seu “poder da fé”. Se tudo funciona de acordo com tal “lei”, Deus nao é mais so- berano ¢ nao hé lugar para a graga. Tudo que alguém precisa fazer é exercitar o “poder da sua [é”. Essa é a idéia bésica por tras da feitigaria. Em contraste, Jesus disse: “Tende fé em Deus” (Marcos 11.22). A fé precisa ter um objeto: ela € confianga absoluta e sem reservas em Deus, Nao hé ninguém nem nada no Universo que merega confianga total, exceto Deus. A fé genuina brota de um relacionamento de obediéncia a Ele. Deus responde oracdes com base na Sua soberania, na Sua sabedoria, na Sua miseri- cérdia ¢ na Sua graga, e nao porque alguma “lei” O obriga a agir. Ele no pode ser manipulado pelo homem ou por anjos através de processos mentais, palavras faladas ou qualquer ou- tro artificio. O Objetivo dos Feiticeiros: Dominar Nosso Destino Se pudermos obrigar Deus ou qualquer Forga césmica a cumprir nossos desejos por meio dos pensamentos que pensa- Paganismo em Roupagem Moderna e 29 mos ou pelas palavras que falamos, ent&o teremos alcangado o objetivo dos feiticeiros: teremos nos tornado senhores de nosso proprio destino e poderemos fazer acontecer qualquer coisa que descjarmos que acontega, simplesmente crendo que acontecera. O poder estd no nosso crer, ¢ 0 proprio Deus terd que fazer o que cremes que Ele faré, pois tudo o que crermos tera que acontecer! Largamente difundida entre os crentes modernos, esta idéia sedutora é exatamente o que os “mesires” ensinaram a Hill e exatamente 0 que ele veio a crer e ensinar — que ele também poderia tornar-se um “mestre”: Conhega sua mente -— viva sua propria vida. Vocé pode trans- formar sua vida naquilo que vocé quer que ela seja... Fé auto- confiante em si mesmo é um ingrediente indispensavel para uma vida feliz... Um ego saudavel 0 torna mais receptivo as influéncias que o guiam de uma regiao além do poder cognitivo de nossos cinco sentidos... Forgas invisiveis, silenciosas, nos influenciam cons- tantemente... ha vigilantes invisiveis... Eu posso encontrar fé que aumenta grandemente meus pode- res... eu sempre sei que sou senhor de meu destino, o capitao do barco da minha alma..."" Esta foi a atraente isca do anzol, e levou Napoleon Hill cada vez mais fundo na feitigaria. Ele rejeitou o Deus da Biblia e a fé cristé que seu pai grosseiramente tentara impingir-lhe quan- do ainda garoto,” e optou, em lugar disso, por uma Forga im- pessoal ou Mente Universal" que ele chamou de “Deus”. O que Hill abragou foi ocultismo hindu/budista basico, inclusive a reencamagao™, a mediunidade,* ¢ a psicografia.’* A promogao da feitigaria nao se acha escondida numa frase obscura aqui ou ali, mas € declarada expressamente como o tema principal que permeia seus livros. Como a Seducéo Penetra na Igreja Como foi que lideres cristéos leram, aparentemente aprecia- tam e recomendaram a outros os livros heréticos e profunda- Mente ocultistas de Napoleon Hill? Em parte, isso se deveu ao 30 © A Seducio do Cristianismo fato de que a psicologia ou as lécnicas de sucesso comercial eram consideradas “neutras”, c, portanto, nZo constitufam uma ameaga ao cristianismo. Os conceitos de potencial humano ili- mitado e de poderes mentais miraculusos que presumivelmente se acham naqueles 90% do cérebro que supostamente nao usa- mos esto crescendo em popularidade no mundo e criando con- fusao na igreja. Douglass e Roddy afirmam: .-Deus colocou um principio incrivel na mente humana, e... se formos confiantes, positivos e seguros, Deus pode usar... toda essa quimica que a positividade faz brotar em nés para ajudar- nos a realizar qualquer coisa que desejarmos fazer.” Esta € uma mistura de verdade e erro que lfderes cristdos sin- ceros estAo trazendo para dentro da igreja. Douglass e Roddy deixam bem claro que nao estio “endossando a idéia de que o individuo coloque a positividade em lugar da fé em Deus”.'® Ao dizer isso, tem-se uma sensacao de estar em terreno firme, e é facil deixar de perceber o verdadciro perigo. O grande proble- ma nao € a substitui¢do, j4 que quase todos facilmente reconhe- ccm ¢ rejeitam erro tio Sbvio. O problema & cunfusdv. Nao ha qualquer palavra de cautela para indicar que os grandes espe- cialistus yue citam so ocuitistas. Napoleon Hill e W. Clement Stone, por exemplo, falam de “Deus” nos livros que Douglass e Roddy recomendam, mas seu “Deus” € um “Poder Divino” me- tafisico’ que pode ser posto em acdo por meio de técnicas de poder mental. Hill e Stone nao substituem a fé por AMP, mas promovem uma idéia ainda mais perigosa: que AMP e fé sao uma e a mesma coisa; que crer no poder da mente é a mesma coisa que crer em Deus; que a mente humana é um tipo de ta- lism magico que emprega uma forga metafisica® com poten- cial infinito, por ser, de alguma forma, parte ‘do que eles cha- mam de Inteligéncia Infinita.2" Este € o “Deus” das seitas da ciéncia mental e da Nova Era. Um Vetculo Ideal para a Sedugado Seria impossfvel entender nosso mundo moderno sem levar em consideragdo a maneira em que ele tem sido moldado e for- Paganismo em Roupagem Moderna e 31 mado pela psicologia. Nada sequer chega perto da influéncia da psicologia sobre as crengas e estilos de vida da sociedade con- temporfinea. Quase tudo isso aconteceu depois da Segunda Guerra Mundial, quc, scgundo a revista Life, provocou o “maior aumento” de interesse pela psicologia em toda a histé- ria” Em 1946, o cungresso atmericany aprovou o Projeto de Satide Mental, estabelecendo um programa sustentado por re- cursos do governo federal. Como resultado, programas de psi- cologia explodiram nas universidades por todo o pais, e dali se espalharam para os seminérios. Antes da guerra, “poucas esco- las teoldgicas sequer se importavam em oferecer cursos de aconselhamento” envolvendo psicologia, mas “na década de 50 quase todas elas o faziam [e] mais de 80 por cento ofereciam cursos extra em psicologia... “.* Hoje em dia, alguns dos no- mes mais importantes no cendrio psicolégico procedem dos se- mindrios. Paul Vitz, que é professor de psicologia na Universi- dade de New York, escreveu: Psicologia come religido existe... com grande vigor de um lado a outro dos Estados Unidos... [Ela] ¢ profundamente anti-crista... [no entanto] 6 amplamente apoiada por escolas, universidades, e programas sociais financiados por impostos cobrados dos cris- tos... Mas agora, pela primeira vez, a légica destrutiva desta reli- gido secular comeca a ser entendida...* J&em 1951, Carl Rogers podia se vangloriar de que “‘o inte- resse profissional pela psicoterapia” era “com toda a probabili- dade a drea das ciéncias sociais que mais cresce em nossos dias.” Agora, no final da década de 80, a psicologia atingiu o Status de um guru cujos “padrées cientificos de conduta” estao liberando as consciéncias de qualquer obediéncia as leis morais de Deus. Deste modo, bem como por sua elevacdo da feiticaria a categoria de ciéncia, a psicologia é o maior agente na trans- formacio da sociedade. Como disse muito bem o jornalista Martin L. Gross: A psicologia esta instalada no centro da sociedade contempo- ranea como um colosso internacional em cujas filsiras se contam centenas de milhares de pessoas... 32_¢ A Seducéo do Cristianismo Suas cobaias séo uma raga humana subserviente e até mes- mo agradecida. Vivemos numa civilizagao em que, como nunca antes, o homem esta preocupado com o eu... A medida que a élica protestante se enfraqueceu na socieda- de Ocidental, o cidadao contuso se voltou para a Unica alternati- va que conhece: o especialista em psicologia que alega haver um novo padrao cientifico de comportamento que substitui as tradi- ¢6es que estéo desaparecendo... Invocando o nome sagrado da ciéncia, o especialista em psi- cologia alega saber tudo. Esta nova verdade nos é oferecida con- tinuamente do bergo ao tumulo.”* Psicologias humanistas e transpessoais j4 abarcaram todo 0 espectro da feitigaria. Por exemplo, o 22° Encontro Anual da Associacao de Psicologia Humanista, realizado em Boston, de 21 a 26 de agosto de 1984, foi fortemente temperado com ocul- tismo budista e hindu. O programa oficial didrio incluia: “Ao amanhecer: loga, Tai Chi, Meditagio”. Quase metade dos “‘Se- mindrios Pré-Conferéncia e Pés-Conferéncia” envolviam for- mas explicitas de feiticaria, com assuntos como “Visualizac4o e Cura... Estados de Transe e Cura... Operagdes de Alquimia... Visualizagio Dirigida... Extase Xamanico e Transformacio... Como Ser o Mago que Vocé E”. A medida em que a psicologia e a educacao adotaram as tra- digGes pagas e ocultistas da passado se pode perceber no resu- mo favoravel apresentado pela falecida Dra. Beverly Galyean, consultora do distrito educacionail de Los Angeles, num artigo publicado pelo The Journai of Humanistic Psychology (Jornal de Psicologia Humanista): Qs antigos de todas as culturas encheram scus Gpicos folcléri- cos com historias de vis6es, sonhos, percepgées intuitivas e did- logos interiores com seres mais elevados, a quem eles viam co- mo fontes da sabedoria e do conhecimento definitivos. Ao aceilarmos como verdadeiras as narralivas dos investiga- dores espirituais de todas as culturas, temos hoje evidéncia dos varios niveis de consciéncia possiveis aos seres humanos... O potencial humano é inesgotdvel e se realiza por novos meios de exploragao (i.e. meditagao, visualizagao dirigida, estudo Paganismo em Roupagem Moderna e 33 dos sonhos, ioga, movimento corporal, percepcdo sensorial, transferéncia de energia (cura), terapia de reencarnagao, e estu- dos esotéricos)... Atividades de meditagdo e de imaginagao dirigida sao o cerne do curriculo [da educagao confluente/holistica].” Variacg6es dessa psicologia se infiltraram na Igreja, nas es- colas cristas ¢ semindrios porque pastores e outros lideres acei- taram a alegacio de que cla é cientifica e neutra. A maioria dos crentes nie consegue recunhecer que o crislianismo ¢ a psicoterapia s4o dois sistemas rcligiosos rivais e irreconcilid- veis. A unio dos dois como “psicologia crista” cria um jugo desigual que introduz, na igreja a influéncia sedutora da psico- logia secular. Agora, com os psic6logos mais famosos profun- damente envolvidos com feitigaria e egolatria, a chamada psi- cologia crista inevitavelmente sucumbird a algumas das mes- mas ilusGes e as introduzira na Igreja. Um bom exemplo sdo os seminarios “Treinamento em Direcdo Espiritual”, que co- mecaram numa igreja protestante em Austin, Texas. O manual dizia em parte: O foco experimental utiliza relaxamento, fantasia dirigida... dia- logo interior, gestalt e andlise de sonhos... baseados nos princi- pios de diregdo espiritual... no Antigo e no Novo Testamentos... dentro da tradig¢4o mistico/ascética da Igreja Catélica Romana. O material conceitual é biblicamente sadio e faz uso das pers- pectivas da psicologia contemporanea, especialmente da andlise transpessoa!. As escolas psicoldgicas predominantes incluidas no curricula sAo a analitica (Jung) e a da psicossintese (Assigio- li), O pensamento psicanalitico (Horney, Erikson, Berne, etc.) e hurmanista (Fromm, Perls, Maslow, etc.) € significativamente em- pregado.* Paganismo em Roupagem Moderna A lider feminista Gloria Steinem declarou: Por volta do ano 2000, espero eu, iremos educar nossos filhos a Cret no potencial humano, nao em Deus...” 34 @ A Seducao do Cristianismo Os psicélogos modernos estdo tentando sondar as profun- dezas misteriosas do que muitos hoje chamam o ilimitado potencial humano por meio de fantasia e dramatizagdo, vi- sando desenvolver o “poder da imaginagiio”. A técnica em- pregada por Napoleon Hill, a visualizacéo de “guias”, tem sido usada por pajés, bruxos, feiticeiros ¢ ocultistas por mi- Thares de anos, e é hoje um dos métodos de “transformagio” mais empulganutes ¢ amplamente usados por muitos psicdlo- gos. Jean Houston, por exemplo, co-fundadora da Fundagio para Pesquisa da Mente, onde pela primeira vez 0 LSD re- cebeu licenga de uso para a pesquisa das profundezas da mente,” usa muitas técnicas de feitigaria antiga,*’ entre as quais a visualizacdo e até mesmo a materializagdo do que ela chama de “o Espirito do Grupo”, que aparentemente se manifesta de forma real.” Os deménios jé nao precisam mais camuflar sua atividade. Sua existéncia jamais seria admitida pela maioria dos psicdlo- gos ¢ por muitos clérigos por mais que eles se esforcassem para demonstrar que sao de fato reais. Qualquer coisa que acontega é considerada resultado da imaginagdo supostamente ilimitada do individuo. Napoleon Hill estava convencido de que seus no- ve “Conselheiros”, embora to reais que a principio chegaram a assusta-lo, eram apenas imagindrios. Hill escreven: Estes nove homens [do passado] foram Emerson, Paine, Edi- son, Darwin, Lincoln, Burbank, Napoleado, Ford e Carnegie. Toda noite... eu realizava uma conferéncia imagindria com este grupo, ao qual eu chamava de meus “Conselheiros Invisiveis”. Nessas conferéncias imagindrias, eu solicitava a cada membro do gabinete a contribuigao que queria que ele fizesse, dirigindo- me a cada um deles... Depois de alguns meses dessa rotina noturna, fiquei espanta- do pela descoberta de que essas figuras imagindrias haviam se tornado aparentemente reais. Cada um daqueles nove homens havia desenvolvido caracteristicas individuais, o que me sur- preendeu... Tais encontros se tornaram tao realistas que passei a recear suas conseqiléncias, e parei de realiza-los por varios meses. As experiéncias eram tao estranhas, que tive medo de, caso as con- Paganisma em Roupagem Moderna e 35 tinuasse, perder a percep¢ao do fato de que tais encontros eram puramente experiéncias da minha imaginagao. Esta é a primeira vez que tive coragem de mencionar isto... Ainda considero minhas conferéncias de gabinete como algo pu- ramente imaginario, mas... elas me conduziram a gloriosos cami- nhos de aventura... [e] eu fui miraculosamente guiado de modo a superar [dezenas de] dificuldades... Agora, recorro aos meus conselheiros imaginarios a cada pro- blema dificil que eu e meus clientes enfrentamos. Os resultados sdo muitas vezes surpreendentes... [anfase no original].* O Poder da Imaginacao? Assim também acontece com o psicélogo moderno que usa a mesma técnica bdsica do feiticeito. Os resultados freqiiente- mente notaveis que essas entidades produzem, embora inexpli- caveis A ciéncia, sio apesar disso creditados ao poder da imagi- nag4o. Em seminérios chamados “O Poder da Imaginagao”, pa- trocinados pela Universidade de Marquette, psicdlogos tém treinado milhares de pessoas de todos os Estados Unidos a vi- sualizarem seus “guias interiores” semelhantes aos de Hill, ¢ a obterem resultados igualmente espantosos. Embora seja facil- mente demonstravel que a imaginagao ndo é ilimitada (quem é capaz de, por exemplo, imaginar uma nova cor primdaria?), esta crenga cnganosa ja fincou pé firme dentro da Igreja. O poder da imaginag&o esté sendo confundido com inspiragdo e com 0 po- der do Espiritu Santo. O pastor coreano Pau! (David) Yonggi Cho declara que foi por meio do poder da “imaginagéo” que Deus criou o mundo, e por ser um ser espiritual da “quarta dimensio”, tal como Deus, v homem, seja ele ocultista ou cristéo, também pode criar seu proprio mundo pelo poder de sua imaginagio.* Os ocultistas de hd muito sabem que o meio mais eficaz de tirar proveito da dimensdo espiritual é por meio da visua- lizagdo, sobre a qual teremos ainda muito a dizer. Norman Vincent Peale chama tal atividade de imaginamento positivo, que ele afirma ser uma expressio “derivada da palavra ima- gmacao"> e € “um passo além do pensamento positivo”.* Peale afirmou: 36 « A Seducéa do Cristianismo Ha uma forga poderosa e misteriosa na natureza humana... uma espécie de engenharia mental... uma idéia nova e podero- sa... O conceito é uma forma de atividade mental chamada ima- ginamento... O imaginamento consiste em retratar vividamente, em sua mente consciente, um alvo ou objetivo desejado, e manter ali aquela imagem até que ela imerja em seu subconsciente, onde li- bera grandes energias inexploradas... Quando 0 conceito do imaginamento é aplicado firme e siste- maticamente, resolve problemas, fortalece personalidades, me- lhora a satide e aumenta dramaticamente as possibilidades de sucesso em qualquer tipo de empreitada. © conceito de imaginamento ja existe ha bastante tempo, e es- tava implicito em tudo aquilo que eu escrevi e falei no passado. ” Se 0 paganismo entrasse em nossos templos dangando, vesti- do com toda a plumagem ¢ pintado com todas as cores da reli- gido antibfblica que é, seria prontamente rejeitado pelos cren- tes. Quando, porém, aparece vestido com um temo elegante, um colete clerical ou uma batina, ¢ é apresentado A congrega- ¢4o0 como a mais recente inovagao em teologia, psicologia, me- dicina, ou a mais nova férmula de sucesso no mundo dos negé- cious, ou técaica de auto-aperfeigoamento para descnvolver o potencial humano, sua feiticaria sedutora é amistosamente re- cebida como amiga e sustenladora du cristianismo. O que vamos documentar nos préximos capitulos séo mais do que simplesmente exemplos isolados de erro. Além de sua extensiio ser apavorante, a feitigaria dentro da Igreja segue um padrao que se encaixa perfeitamente com as adverténcias que Jesus e Seus discfpulos fizeram sobre um grande engano que varreria 0 mundo nos tiltimos dias. 6 necessdrio, portanto, em primeiro lugar, entender 0 contexto profético em que tal sedu- ¢4o esta ocorrendo.

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