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2. FGTS
Art. 14, Lei 8.036/1990: Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores
que, à data da promulgação da Constituição Federal de 1988, já tinham o
direito à estabilidade no emprego nos termos do Capítulo V do título IV da CLT.
§ 1.° O tempo do trabalhador não optante do FGTS, anterior a 5 de outubro de
1988, em caso de rescisão sem justa causa pelo empregador, reger-se-á pelos
dispositivos constantes dos arts. 477, 478 e 497 da CLT.
§ 2.° O tempo de serviço anterior à atual Constituição poderá ser
transacionado entre o empregador e empregado, respeitado o limite mínimo
de sessenta por cento da indenização prevista.
§ 3.° É facultado ao empregador desobrigar-se da responsabilidade da
indenização relativa ao tempo de serviço anterior à opção, depositando na
conta vinculada do trabalhador, até o último dia útil do mês previsto em lei para
o pagamento de salário, o valor correspondente à indenização, aplicando-se
ao depósito, no que couber, todas as
disposições desta Lei.
§ 4.° Os trabalhadores poderão a qualquer momento optar pelo FGTS com
efeito retroativo a 1.° de janeiro de 1967 ou à data de sua admissão, quando
posterior àquela
Em relação ao §2º, pactuado tal período, caso o obreiro seja
posteriormente dispensado de forma imotivada pelo empregador, somente fará
jus ao pagamento da indenização compensatória de 40% dos depósitos do
FGTS a partir da CF/1988.
2.3 GESTÃO
Lei 8.036/1990
Art. 3º: O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um
Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores,
empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida
pelo Poder Executivo.
§ 1º A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo representante do
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus
respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e
confederações nacionais e nomeados pelo Ministro do Trabalho e da
Previdência Social, e terão mandato de 2 (dois) anos, podendo ser
reconduzidos uma única vez.
Art. 4º A gestão da aplicação do FGTS será efetuada pelo Ministério da Ação
Social, cabendo à Caixa Econômica Federal (CEF) o papel de agente
operador.
Os recursos provenientes do FGTS deverão ser destinados a
investimentos no setor de habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana.
CONTRIBUINTES
- Qualquer empregador, pessoa física ou jurídica, de Direito Público ou Privado,
que admitir trabalhadores regidos pela CLT, inclusive o empregador rural e as
empresas de trabalho temporário (Lei 6.019/1974);
BENEFICIÁRIOS
- o trabalhadores regidos pela CLT, os trabalhadores avulsos, os trabalhadores
rurais, os trabalhadores temporários, a mãe social e os empregados domésticos;
Art. 15, Lei 8.036/1990. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores
ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária
vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração
paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração
as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal
a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações
da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.
§ 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de
afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por
acidente do trabalho.
Art. 2º, § 2º, Lei 8.036/1990: As contas vinculadas em nome dos trabalhadores
são absolutamente impenhoráveis.
Art. 10, ADCT. Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere
o art. 7°, I, da Constituição:
1 - fica Limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da
porcentagem prevista no art. 6.°, caput e § 1.°, da Lei 5.107, de 13 de setembro
de 1966.
Art. 1.° Fica instituída contribuição social devida pelos empregadores em caso
de despedida de empregado sem justa causa, à alíquota de 10% (dez por
cento) sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, durante a vigência do contrato de
trabalho, acrescido das remunerações aplicáveis às contas vinculadas.
Art. 2.° Fica instituída contribuição social devida pelos empregadores, à
alíquota de 0,5% (cinco décimos por cento) sobre a remuneração devida, no
mês anterior, a cada trabalhador, incluídas as parcelas de que trata o art. 15
da Lei 8.036, de 11 de maio de 1990.
O empregador passou a recolher mensalmente o total de 8,5% da
remuneração do obreiro (8% destinado ao trabalhador e 0,5% a título de
contribuição social revertida à União Federal), e, em caso de rescisão imotivada,
passou a depositar o montante total de 50% (40% destinado à indenização do
trabalhador e 10% a título de contribuição social devida à União Federal). As
contribuições sociais criadas de 10% e 0,5% têm natureza tributária, sendo o
credor a União Federal, e não o obreiro.
2.6 MOVIMENTAÇÃO
Art. 20, Lei 8.036/1990. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser
movimentada nas seguintes situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de
força maior;
II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus
estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades,
declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A, ou
ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas
ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por
declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial
transitada em julgado;
§ 1º A regulamentação das situações previstas nos incisos I e II assegurar
que a retirada a que faz jus o trabalhador corresponda aos depósitos
efetuados na conta vinculada durante o período de vigência do último
contrato de trabalho, acrescida de juros e atualização monetária, deduzidos
os saques.
III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;
IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para
esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado
para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus
ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na
lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado,
independente de inventário ou arrolamento;
V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento
habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH),
desde que:
a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime
do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes;
b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze)
meses;
c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante
da prestação;
VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de
financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo
Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no
âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada
movimentação;
VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou
lote urbanizado de interesse social não construído, observadas as seguintes
condições:
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o
2.7 PRESCRIÇÃO
2.8 COMPETÊNCIA
Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações
públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos
cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada
no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.
Esse dispositivo constitucional não se aplica aos empregados das
empresas públicas e sociedades de economia mista.
Art. 41, CF. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Súm. 390, TST. Estabilidade. Art. 41 da CF/1988. Celetista. Administração
direta, autárquica ou fundacional. Aplicabilidade. Empregado de empresa
pública e sociedade de economia mista. Inaplicável (conversão das
Orientações Jurisprudenciais 229 e 265 da SBDI-1 e da Orientação
Jurisprudencial 22 da SBDI-2)
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou
fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
II- Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista,
ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida
a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
Dirigente sindical
Art. 659, X, da CLT: pode o juiz da Vara do Trabalho conceder medida liminar
até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem
reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado
pelo empregador
Súmula 369 do TST.
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical,
ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse
seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5°, da CLT, desde que a
ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de
trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica
limitada, assim, a estabilidade a que alude o artigo 543, § 3.°, da CLT, a sete
dirigentes sindicais e igual número de suplentes (Nova redação, Rés. 174, de
24.05.2011).
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de
estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria
profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente (ex-OJ n. 145 - Inserida
em 27.11.1998).
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial
do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade (ex-OJ n. 86 - Inserida
em 28.04.1997).
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical
durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a
estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3.° do art. 543 da Consolidação
das Leis do Trabalho (ex-OJ n. 35 – Inserida em 14.03.1994)".
Súmula 379 do TST - 0 dirigente sindical somente poderá ser dispensado por
falta grave
mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §
3.°, da CLT (ex-OJ n. 114 - Inserida em 20.11.1997
Súmula 396 do TST:
1 - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os
salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do
período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no
emprego.
II - Não há nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir salário
quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT.
O STF, no julgamento do Recurso Extraordinário 217.355-5/MG,
concedeu estabilidade a empregado que exerce o cargo de dirigente sindical
como representante de categoria económica (parte patronal).
Art. 10, ADCT. Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere0
art. 7°, I, da Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
o) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após
o final de seu mandato.
Art. 165, CLT. Os titulares da representação dos empregados nas CIPAs não
poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se
fundar em motivo disciplinar, técnico, económico ou financeiro.
Parágrafo único: ocorrendo a dispensa do empregado membro da CIPA, por
razões de ordem técnica, econômico-financeira ou disciplinar, em caso de
eventual reclamação trabalhista, deverá o empregador comprovar o motivo da
dispensa, sob pena de ser condenado a reintegrar o obreiro.
S. 339 do TST - CIPA. Suplente. Garantia de emprego. CF/1988.
1 - CIPA. Suplente. Garantia no emprego. O suplente da CIPA goza da garantia
de emprego prevista no art. 10, II, o, do ADCT a partir da promulgação da
Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas
garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de
ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica
a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a
indenização do período estabilitário.
Gestante
Art. 10, ADCT. Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere
o art. 7.°, I, da Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses
após o parto".
Doutrina e jurisprudência adotaram como regra a chamada teoria
objetiva: é relevante apenas a confirmação da gravidez pela própria gestante,
pouco importando se o
Art. 118, Lei 8.213/1991 O segurado que sofreu acidente do trabalho tem
garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Súmula 378 do TST, segunda parte: A única possibilidade de o obreiro ter
direito à estabilidade sem ter percebido o auxílio-doença acidentado é quando
restar demonstrado, após a terminação do pacto de emprego, que o
trabalhador era portador
de doença profissional adquirida na execução do trabalho.
Art. 20, I, da Lei 8.213/1991: a doença profissional é considerada uma espécie
de acidente de trabalho.
Não havendo a concessão do auxílio-doença não há estabilidade.
S. 378/TST.
I - É constitucional o artigo 118 da Lei n.° 8.213/1991 que assegura o direito à
estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-
doença ao empregado acidentado. (ex-OJ 105 da SBDI-1 - inserida em
01.10.1997)