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ESTABILIDADE E FGTS

1. INDENIZAÇÃO E ESTABILIDADE DECENAL DA CLT E INSTITUIÇÃO


DO REGIME DO FGTS

Antes da edição da Lei 5.107/1996, ao completar 10 (dez) anos de


serviços contínuos na empresa, o empregado tornava-se estável, e a dispensa,
nesses casos, restava limitada à prática de falta grave pelo obreiro, devidamente
comprovada perante a Justiça do Trabalho, por meio de reclamação trabalhista
de origem patronal, denominada inquérito para apuração de falta grave (arts.
492, 494 e 853, CLT). Em caso de dispensa imotivada (sem justa causa), tinha
direito a uma indenização de 1 salário por ano trabalhado, ou fração igual ou
superior a 6 meses, conforme previsto nos arts. 477 e 478 consolidados.

Após a edição da Lei 5.107/1996, o obreiro passou a poder optar


entre o regime do FGTS e o consagrado na CLT, mesmo que iniciasse o trabalho
após a edição daquela lei. Entretanto, com a CF/88 o regime do FGTS passou
a ser obrigatório, desaparecendo a indenização fixada nos arts. 477 e 478 da
CLT, bem como a figura da estabilidade decenal, sendo assegurado, entretanto,
o direito adquirido à estabilidade aos que, na data da promulgação da Carta
Magna (5.10.1988), já haviam completado 10 anos de serviço. A instituição do
FGTS como regime obrigatório acabou por enfraquecer e esvaziar,
sensivelmente, o princípio da continuidade da relação de emprego, uma vez que
restou consagrado o direito potestativo patronal de romper o liame empregatício
imotivadamente, salvo exceções legais, desde que paga uma indenização
compensatória.

2. FGTS

2.1 INDENIZAÇÃO PELO TEMPO DE SERVIÇO ANTERIOR À OPÇÃO

Após a CF/88, todos os trabalhadores urbanos e rurais passaram a


ser regidos pelo sistema do FGTS (CF/1988, art. 7°, III), inclusive os
trabalhadores admitidos antes de 05.10.1988 (data da promulgação da CF),
não optantes do regime do FGTS. Estes trabalhadores ao serem
eventualmente dispensados, têm direito a uma indenização híbrida, ou seja,
parte regida pelo antigo modelo jurídico celetista previsto nos arts. 477, 478 e
497 da CLT, parte regida pelo atual sistema indenizatório, o FGTS.

Art. 14, Lei 8.036/1990: Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores
que, à data da promulgação da Constituição Federal de 1988, já tinham o
direito à estabilidade no emprego nos termos do Capítulo V do título IV da CLT.
§ 1.° O tempo do trabalhador não optante do FGTS, anterior a 5 de outubro de
1988, em caso de rescisão sem justa causa pelo empregador, reger-se-á pelos
dispositivos constantes dos arts. 477, 478 e 497 da CLT.
§ 2.° O tempo de serviço anterior à atual Constituição poderá ser
transacionado entre o empregador e empregado, respeitado o limite mínimo
de sessenta por cento da indenização prevista.
§ 3.° É facultado ao empregador desobrigar-se da responsabilidade da
indenização relativa ao tempo de serviço anterior à opção, depositando na
conta vinculada do trabalhador, até o último dia útil do mês previsto em lei para
o pagamento de salário, o valor correspondente à indenização, aplicando-se
ao depósito, no que couber, todas as
disposições desta Lei.
§ 4.° Os trabalhadores poderão a qualquer momento optar pelo FGTS com
efeito retroativo a 1.° de janeiro de 1967 ou à data de sua admissão, quando
posterior àquela
Em relação ao §2º, pactuado tal período, caso o obreiro seja
posteriormente dispensado de forma imotivada pelo empregador, somente fará
jus ao pagamento da indenização compensatória de 40% dos depósitos do
FGTS a partir da CF/1988.

Em relação ao §4º, prevalece na doutrina e na jurisprudência o


entendimento de que a opção retroativa ao regime do FGTS não é direito
potestativo do empregado, mas um direito subordinado à concordância patronal,
senão vejamos o seguinte julgado:

A Lei 8.036/90, em seu art. 14, tornou a opção retroativa um direito do


empregado, mas há que se considerar que a conta individualizada do
empregado não optante é da titularidade do empregador e para transmudá-la
para conta vinculada (titularidade do empregado), mister se faz que haja a
concordância do primeiro, consoante a exegese do
diploma legal epigrafado, conjugado com o art. 5.°, XXII e XXXVI, da CF.
Recurso de revista improvido"
(TST, 1ª T, Proc. RR 161.103/95; Rei. Min. Regina Ezequiel; DJ 231/97).
Em relação ao trabalhador rural, não há falar em opção retroativa,
uma vez que somente após a CF/1988 o obreiro do campo passou a ter direito
ao regime do FGTS (art. 7°, III).

2.2 NATUREZA JURÍDICA

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Tem prevalecido o entendimento de que a natureza jurídica do FGTS
é de indenização ao obreiro dispensado, uma vez que o regime fundiário veio
substituir a indenização fixada nos arts. 477 e 478 consolidados, senão vejamos:

S. 98/TST. FGTS. Indenização. Equivalência. Compatibilidade.


I – A equivalência entre os regimes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
e da estabilidade prevista na CLT é meramente jurídica e não económica,
sendo indevidos valores a título de reposição de diferenças;
II - A estabilidade contratual ou derivada de regulamento de empresa é
compatível com o regime do FGTS. Diversamente ocorre com a estabilidade
legal (decenal, art. 492 da CLT), que é renunciada com a opção pelo FGTS.

2.3 GESTÃO

Lei 8.036/1990
Art. 3º: O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um
Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores,
empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida
pelo Poder Executivo.
§ 1º A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo representante do
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Os representantes dos trabalhadores e dos empregadores e seus
respectivos suplentes serão indicados pelas respectivas centrais sindicais e
confederações nacionais e nomeados pelo Ministro do Trabalho e da
Previdência Social, e terão mandato de 2 (dois) anos, podendo ser
reconduzidos uma única vez.
Art. 4º A gestão da aplicação do FGTS será efetuada pelo Ministério da Ação
Social, cabendo à Caixa Econômica Federal (CEF) o papel de agente
operador.
Os recursos provenientes do FGTS deverão ser destinados a
investimentos no setor de habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana.

2.4 CONTRIBUINTES E BENEFICIÁRIOS

 CONTRIBUINTES
- Qualquer empregador, pessoa física ou jurídica, de Direito Público ou Privado,
que admitir trabalhadores regidos pela CLT, inclusive o empregador rural e as
empresas de trabalho temporário (Lei 6.019/1974);

- O Órgão Gestor de Mão de Obra Portuária (OGMO) e os operadores portuários


são solidariamente responsáveis pelo recolhimento do FGTS dos trabalhadores
portuários avulsos. Já em relação aos trabalhadores avulsos em atividades de

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movimentação de mercadorias em geral, há solidariedade entre o sindicato
intermediador e as empresas tomadoras do trabalho avulso (art. 8.° da Lei
12.023/2009).

 BENEFICIÁRIOS
- o trabalhadores regidos pela CLT, os trabalhadores avulsos, os trabalhadores
rurais, os trabalhadores temporários, a mãe social e os empregados domésticos;

- o empregado aprendiz: a alíquota dos depósitos mensais reduzida para 2% da


remuneração mensal paga ao menor (Lei 8.036/1990, art. 15, § 7°);

- empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão equiparar seus


diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do
FGTS, passando eles também a beneficiários do regime fundiário (art. 16 da Lei
8.036/1990).

OBS.: não são beneficiários do regime: a) o trabalhador autónomo; b) o


trabalhador eventual; c) o servidor público estatutário; d) o militar; e e) o
trabalhador voluntário.

2.5 DEPÓSITOS MENSAIS E RESCISÃO

Art. 15, Lei 8.036/1990. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores
ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária
vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração
paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração
as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal
a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações
da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.
§ 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de
afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por
acidente do trabalho.
Art. 2º, § 2º, Lei 8.036/1990: As contas vinculadas em nome dos trabalhadores
são absolutamente impenhoráveis.

Em caso de dispensa imotivada, a CF/1988, no art. 7°, I, fixou a


denominada indenização compensatória, a ser regulamentada por meio de lei
complementar.

Art. 10, ADCT. Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere
o art. 7°, I, da Constituição:
1 - fica Limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da
porcentagem prevista no art. 6.°, caput e § 1.°, da Lei 5.107, de 13 de setembro
de 1966.

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Art. 18, Lei 8.036/1990
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará
este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta
por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada
durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e
acrescidos dos respectivos juros.
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior,
reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de
20 (vinte) por cento.
Até ser regulamentada por lei complementar a indenização
compensatória, será aplicado o art. 18 acima.

Em 29.06.2001, surgiu a Lei Complementar 110, com vigência de 60


meses, que instituiu contribuições sociais visando cobrir o déficit oriundo dos
expurgos económicos de dez./1988 a fev./1989 e abril/1990, que ocasionaram a
não correção monetária dos saldos das contas vinculadas fundiárias, assim
dispondo:

Art. 1.° Fica instituída contribuição social devida pelos empregadores em caso
de despedida de empregado sem justa causa, à alíquota de 10% (dez por
cento) sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, durante a vigência do contrato de
trabalho, acrescido das remunerações aplicáveis às contas vinculadas.
Art. 2.° Fica instituída contribuição social devida pelos empregadores, à
alíquota de 0,5% (cinco décimos por cento) sobre a remuneração devida, no
mês anterior, a cada trabalhador, incluídas as parcelas de que trata o art. 15
da Lei 8.036, de 11 de maio de 1990.
O empregador passou a recolher mensalmente o total de 8,5% da
remuneração do obreiro (8% destinado ao trabalhador e 0,5% a título de
contribuição social revertida à União Federal), e, em caso de rescisão imotivada,
passou a depositar o montante total de 50% (40% destinado à indenização do
trabalhador e 10% a título de contribuição social devida à União Federal). As
contribuições sociais criadas de 10% e 0,5% têm natureza tributária, sendo o
credor a União Federal, e não o obreiro.

Cabe destacar que os empregadores domésticos ficaram isentos das


contribuições sociais instituídas (LC 110/2001, art. 1°, parágrafo único, e art. 2.°,
§ 1.°, II), pois não recolhiam o FGTS no período em que foram concedidas as
atualizações monetárias devidas em razão dos expurgos económicos

OJ 341 da SDI-I/TST - É de responsabilidade do empregador o pagamento da


diferença da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, decorrente da
atualização monetária em face dos expurgos inflacionários.
OJ 344 da SDI-I/TST - O termo inicial do prazo prescricional para o empregado
pleitear em juízo diferenças da multa do FGTS, decorrentes dos expurgos
inflacionários, deu-se com a vigência da Lei Complementar 110, de
30.06.2001, salvo comprovado trânsito em julgado de ação anteriormente
proposta na Justiça Federal que reconheça direito à atualização do saldo da

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conta vinculada.

2.6 MOVIMENTAÇÃO

Art. 20, Lei 8.036/1990. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser
movimentada nas seguintes situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de
força maior;
II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus
estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades,
declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A, ou
ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas
ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por
declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial
transitada em julgado;
§ 1º A regulamentação das situações previstas nos incisos I e II assegurar
que a retirada a que faz jus o trabalhador corresponda aos depósitos
efetuados na conta vinculada durante o período de vigência do último
contrato de trabalho, acrescida de juros e atualização monetária, deduzidos
os saques.
III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;
IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para
esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado
para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus
ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na
lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado,
independente de inventário ou arrolamento;
V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento
habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH),
desde que:
a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime
do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes;
b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze)
meses;
c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante
da prestação;
VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de
financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo
Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no
âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada
movimentação;
VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou
lote urbanizado de interesse social não construído, observadas as seguintes
condições:
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o

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regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes;
b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH;
VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º
de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser
efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta.
IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores
temporários regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974;
X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90
(noventa) dias, comprovada por declaração do sindicato representativo da
categoria profissional.
XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de
neoplasia maligna.
XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei
n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50 %
(cinqüenta por cento) do saldo existente e disponível em sua conta vinculada
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que exercer a opção.
XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do
vírus HIV;
XIV - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em
estágio terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento;
XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos.
XVI - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre
natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes
condições:
a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas
de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em estado
de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Governo Federal;
b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90
(noventa) dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo
Federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública; e
c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do
regulamento.
XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do
inciso XIII do art. 5o desta Lei, permitida a utilização máxima de 30% (trinta
por cento) do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção.
XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite
adquirir órtese ou prótese para promoção de acessibilidade e de inclusão
social.
S. 466/STJ. O titular da conta vinculada ao FGTS tem o direito de sacar o saldo
respectivo quando declarado nulo seu contrato de trabalho por ausência de
prévia aprovação em concurso Público.

2.7 PRESCRIÇÃO

Diante da declaração de inconstitucionalidade pelo STF do art. 23, §


5.°, da Lei 8.036/1990, que previa a prescrição em 30 anos para reclamar o não
depósito da contribuição para o FGTS, sedimentou-se que a prescrição dos

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créditos trabalhistas é regulada pela própria CF/1988, no art. 7.°, XXIX,
estabelecendo que as ações quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho prescrevem em 5 anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o
limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho.

Houve a modulação dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade


para determinar que aqueles casos cujo termo inicial da prescrição - ou seja, a
ausência de depósito no FGTS - ocorra após a data do julgamento (13 de
novembro de 2014), aplica-se, desde logo, o prazo de cinco anos. Por outro lado,
para os casos em que o prazo prescricional já esteja em curso, aplica-se o que
ocorrer primeiro: 30 anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir da
data do julgamento.

Súmula n° 362 do TST


I - Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é
quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de
contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do
contrato;
II - Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em
13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta
anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-
ARE-709212/DF).
OJ 370 - SDI-I/TST - FGTS. Multa de 40%. Diferenças dos expurgos
inflacionários. Prescrição. Interrupção decorrente de protestos judiciais. O
ajuizamento de protesto judicial dentro do biénio posterior à Lei Complementar
110, de 29.06.2001, interrompe a prescrição, sendo irrelevante o transcurso
de mais de dois anos da propositura de outra
medida acautelatória, com o mesmo objetivo, ocorrida antes da vigência da
referida lei, pois ainda não iniciado o prazo prescricional, conforme disposto
na Orientação Jurisprudencial 344 da SBDI-1."
OJ 375 - SDI-I/TST. A suspensão do contrato de trabalho, em virtude da
percepção do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, não impede a
fluência da prescrição quinquenal, ressalvada a hipótese de absoluta
impossibilidade de acesso ao Judiciário.

2.8 COMPETÊNCIA

A competência da Justiça do Trabalho em relação ao FGTS limita-se


a conciliar e julgar os dissídios envolvendo empregado e empregador,
decorrentes da aplicação da Lei 8.036/1990.

Apesar do cancelamento da Súmula 176 do TST (“a Justiça do


Trabalho só tem competência para autorizar o levantamento do depósito do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na ocorrência de dissídio entre
empregado e empregador”), tem prevalecido o

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entendimento na Justiça do Trabalho de que os juízes podem conceder liminar
ou antecipação de tutela autorizando o Levantamento dos depósitos do FGTS.

Art. 29-B da Lei 8.036/1990: será cabível medida liminar em mandado de


segurança, no procedimento cautelar ou em quaisquer outras ações de
natureza cautelar ou preventiva, nem a tutela antecipada prevista nos arts. 273
e 461 do Código de Processo Civil, que impliquem saque ou movimentação da
conta vinculada do trabalhador no FGTS.
Art. 109, I, CF: As ações envolvendo o trabalhador e a CEF, como agente
operador dos recursos do FGTS, serão propostas perante a Justiça Federal.
Súmula 349, STJ: compete à Justiça Federal ou aos juízes com competência
delegada o julgamento das execuções fiscais de contribuições devidas pelo
empregador ao FGTS.
3. ESTABILIDADE

3.1 GARANTIA NO EMPREGO x ESTABILIDADE

GARANTIA NO EMPREGO ESTABILIDADE (Espécie)


(Gênero)
Inclui todos os atos e normas criados Quando o empregador está impedido,
pelos instrumentos jurídicos vigentes temporária ou definitivamente, de
que impeçam ou dificultem a dispensar sem justo motivo o
dispensa imotivada ou arbitrária do laborante. Pode ser definitiva ou
obreiro. provisória.
CLT, arts. 497 e 498: Extinguindo-se a empresa, ou mesmo em caso de
fechamento de estabelecimento, filial ou agência, ou supressão necessária de
atividade, sem a ocorrência de força maior, ao empregado estável será
assegurado o direito à indenização, paga em dobro.
CLT, art. 499: Não haverá estabilidade no exercício dos cargos de diretoria,
gerência ou outros de confiança imediata do empregador, ressalvado o
cômputo do tempo de serviço para todos os efeitos Legais .
§1º Ao empregado estável que deixar de exercer cargo de confiança é
assegurada, salvo no caso de falta grave, a reversão ao cargo efetivo que haja
anteriormente ocupado.
CLT, art. 500: O pedido de demissão do empregado estável só será válido
quando feito com a assistência do respectivo sindicato e, se não o houver,
perante a autoridade local competente do Ministério do Trabalho ou Justiça do
Trabalho.

 Sistema de garantia de emprego:


• indenização compensatória para os casos de dispensa arbitrária ou sem justa
causa (art. 7.°, I, CF); aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no
mínimo de 30 dias, e, no art. 10, I, da ADCT, institui a indenização compensatória
em caso de dispensa imotivada do obreiro, no percentual de 40% dos depósitos

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fundiários (até que seja regulamentado o art. 7.°, I, por força de lei
complementar);

• seguro-desemprego (art. 7.°, I, e art. 239, § 4.°) e os recolhimentos mensais do


FGTS (art. 7.°, III);

• estabilidade provisória de alguns empregados, dentre eles: dirigente sindical


(art. 8.°, VIII), empregado eleito membro da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA) (ADCT, art. 10, II, o) e a empregada gestante (ADCT, art. 10,
II, b).

3.2 ESTABILIDADE DEFINITIVA

3.2.1 Estabilidade decenal da CLT: vide tópicos anteriores

3.2.2 Art. 19, ADCT da CF/88

Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações
públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos
cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada
no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.
Esse dispositivo constitucional não se aplica aos empregados das
empresas públicas e sociedades de economia mista.

3.2.3 Art. 41, CF

Art. 41, CF. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Súm. 390, TST. Estabilidade. Art. 41 da CF/1988. Celetista. Administração
direta, autárquica ou fundacional. Aplicabilidade. Empregado de empresa
pública e sociedade de economia mista. Inaplicável (conversão das
Orientações Jurisprudenciais 229 e 265 da SBDI-1 e da Orientação
Jurisprudencial 22 da SBDI-2)
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou
fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
II- Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista,
ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida
a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.

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3.3 ESTABILIDADE PROVISÓRIA

Súmula 396 do TST -


I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os
salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do
período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego
(ex-OJ n. 116 - Inserida em 01.10.1997).
II - Não há nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir salário
quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT (ex-
OJ n. 106 - Inserida em 20.11.1997)
OJ 399 - SDI-I/TST. O ajuizamento de ação trabalhista após decorrido o
período de garantia de emprego não configura abuso do exercício do direito
de ação, pois este está submetido apenas ao prazo prescricional inscrito no
art. 7.°, XXIX, da CF/1988, sendo devida a indenização desde a dispensa até
a data do término do período estabilitário.

 Dirigente sindical

Art. 543°, CLT


§ 3 Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir
do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou
representação de entidade sindical ou de associação profissional, até l (um)
ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente,
salvo se cometer falta grave, devidamente apurada nos termos desta
Consolidação.
§ 5.° do art. 543 estabelece que a entidade comunicara por escrito à empresa,
dentro de 24 horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu
empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse.
Art. 8°, CF: É Livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
VIII - É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda
que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave
nos termos da lei.
O dirigente de categoria profissional diferenciada também tem direito
à estabilidade provisória em comento, desde que a função exercida perante o
empregador corresponda à da categoria do sindicato em que é dirigente.

Se o empregado não exerce na empresa a atividade da categoria


profissional a qual representa, não terá direito à estabilidade.

Depreende-se do §5º acima que a comunicação do registro da


candidatura do dirigente sindical é formalidade essencial para aquisição de
estabilidade pelo obreiro.

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A estabilidade sindical não é garantia pessoal do empregado, mas sim
uma prerrogativa da categoria para possibilitar o exercício da representação
sindical.

Não é assegurada aos dirigentes de simples associações.

Art. 659, X, da CLT: pode o juiz da Vara do Trabalho conceder medida liminar
até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem
reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado
pelo empregador
Súmula 369 do TST.
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical,
ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse
seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5°, da CLT, desde que a
ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de
trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica
limitada, assim, a estabilidade a que alude o artigo 543, § 3.°, da CLT, a sete
dirigentes sindicais e igual número de suplentes (Nova redação, Rés. 174, de
24.05.2011).
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de
estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria
profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente (ex-OJ n. 145 - Inserida
em 27.11.1998).
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial
do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade (ex-OJ n. 86 - Inserida
em 28.04.1997).
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical
durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a
estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3.° do art. 543 da Consolidação
das Leis do Trabalho (ex-OJ n. 35 – Inserida em 14.03.1994)".
Súmula 379 do TST - 0 dirigente sindical somente poderá ser dispensado por
falta grave
mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §
3.°, da CLT (ex-OJ n. 114 - Inserida em 20.11.1997
Súmula 396 do TST:
1 - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os
salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do
período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no
emprego.
II - Não há nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir salário
quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT.
O STF, no julgamento do Recurso Extraordinário 217.355-5/MG,
concedeu estabilidade a empregado que exerce o cargo de dirigente sindical
como representante de categoria económica (parte patronal).

OJ 365 - SDI-I/TST - Estabilidade provisória. Membro do conselho fiscal.


Inexistência. Membro do conselho fiscal de sindicato não tem direito à
estabilidade prevista nos arts. 543 § 3.° da CLT e 8.°, VIII, da CF/1988,

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porquanto não representa ou atua na defesa de direitos da categoria
respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira
do sindicato.
OJ 369 - SDI-I/TST - O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade
provisória prevista no art. 8.°, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida,
exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos
sindicatos, submetidos a processo eletivo.

 Empregados eleitos membros da CIPA

Art. 10, ADCT. Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere0
art. 7°, I, da Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
o) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após
o final de seu mandato.
Art. 165, CLT. Os titulares da representação dos empregados nas CIPAs não
poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se
fundar em motivo disciplinar, técnico, económico ou financeiro.
Parágrafo único: ocorrendo a dispensa do empregado membro da CIPA, por
razões de ordem técnica, econômico-financeira ou disciplinar, em caso de
eventual reclamação trabalhista, deverá o empregador comprovar o motivo da
dispensa, sob pena de ser condenado a reintegrar o obreiro.
S. 339 do TST - CIPA. Suplente. Garantia de emprego. CF/1988.
1 - CIPA. Suplente. Garantia no emprego. O suplente da CIPA goza da garantia
de emprego prevista no art. 10, II, o, do ADCT a partir da promulgação da
Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas
garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de
ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica
a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a
indenização do período estabilitário.

 Gestante

Art. 10, ADCT. Até que seja promulgada a Lei Complementar a que se refere
o art. 7.°, I, da Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses
após o parto".
Doutrina e jurisprudência adotaram como regra a chamada teoria
objetiva: é relevante apenas a confirmação da gravidez pela própria gestante,
pouco importando se o

empregador tinha ou não conhecimento do estado gravídico da obreira.

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Art. 391-A, CLT. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do
contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou
indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista
na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Transitórias.
A CF garante à gestante o emprego, e não meramente a indenização
dos salários do período da estabilidade.

Súmula 244 do TST –


I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o
direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, V
do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der
durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos
salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art.
10, inciso U, alínea 'b', do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
Lei 5.859/1972, art. 4°-A: é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa
da empregada doméstica gestante desde a confirmação da gravidez até 5
(cinco) meses após o parto. De acordo com a Lei Complementar 146/14, a
garantia de emprego a gestante em caso de óbito da genitora se estende a
quem detiver a da guarda da criança.
Entender o TST que a empregada que engravidar no curso de
contrato a termo terá estabilidade no emprego.

 Empregado que sofreu acidente de trabalho

Art. 118, Lei 8.213/1991 O segurado que sofreu acidente do trabalho tem
garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Súmula 378 do TST, segunda parte: A única possibilidade de o obreiro ter
direito à estabilidade sem ter percebido o auxílio-doença acidentado é quando
restar demonstrado, após a terminação do pacto de emprego, que o
trabalhador era portador
de doença profissional adquirida na execução do trabalho.
Art. 20, I, da Lei 8.213/1991: a doença profissional é considerada uma espécie
de acidente de trabalho.
Não havendo a concessão do auxílio-doença não há estabilidade.

O empregado acidentado que retornar do auxílio-doença somente


pode ser dispensado se cometer falta grave (dispensa por justa causa), sem
necessidade de inquérito para apuração de falta grave.

S. 378/TST.
I - É constitucional o artigo 118 da Lei n.° 8.213/1991 que assegura o direito à
estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-
doença ao empregado acidentado. (ex-OJ 105 da SBDI-1 - inserida em
01.10.1997)

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II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior
a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se
constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de
causalidade com a execução do contrato de emprego, (primeira parte - ex-OJ
230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado
goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho,
prevista no art. 118 da Lei n.° 8.213/91.

 Empregados membros do conselho curador do FGTS


 Empregados membros do CNPS
 Empregados eleitos diretores de sociedades cooperativas
 Empregados eleitos membros das comissões de conciliação prévia
 Empregado reabilitado e portador de necessidades especiais
 Empregado portador de HIV ou qualquer doença que causa estigma

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