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VEIGA, Cynthia Greive.

Circulação de conhecimento e práticas de educação no Brasil


colonial (séculos XVI a XVIII). História da Educação. São Paulo: Ática, 2007. p. 49-78.

"Circulação de conhecimento e práticas de educação no Brasil colonial (séculos XVI a


XVIII)", é o nome correspondente ao segundo capítulo do livro “História da Educação” que é
usado como referência para a elaboração desse trabalho. Nesse capítulo são apresentados
elementos referentes à educação brasileira após a chegada dos portugueses. Neste sentido, são
examinadas a ação expedicionária e colonizadora dos portugueses e a ação civilizadora dos
jesuítas. A intervenção da Companhia de Jesus se sobressai tanto nas missões de catequização
dos indígenas quanto nas atividades praticadas nos colégios jesuítas. Além disso, são
discutidas também outras práticas educativas existentes que não estavam relacionadas à forma
escolar, estavam vinculadas ao aprendizado de ofícios, artes e educação doméstica. De
maneira sintética, porém não reducionista, nos é apresentado os percursos pelo qual se
constituiu a história da educação no Brasil.

A seguir tento traçar a espinha dorsal do texto expondo as principais passagens e ideias, que
foram relevantes durante a minha leitura.

O pluralismo étnico-cultural deve ser levado em conta ao debater sobre a educação


no Brasil. (p49);

O grande número de etnias indígenas deve ser respeitado, uma vez que, quando os
portugueses chegaram ao Brasil, havia, segundo a autora, 1.175 línguas distintas. O fato
de nativos africanos terem sido trazidos também não pode ser ignorado. (p50);

Franceses, holandeses, alemães e espanhóis também colonizaram o Brasil, assim


como os portugueses. Ambos impuseram sobre os nativos seus costumes e idiomas. (p50);

A colônia portuguesa repudiou todos os métodos educacionais do Brasil, o que


resultou em um modelo lusitano de educação, que trazia valores e matérias que
funcionavam em Portugal. (p51);

A autora traz dois itens necessários para o estudo da educação na época da


colonização: a diversidade das atividades educacionais e a relação entre educação colônia
e expansão ultramarina. (p51);
Existiam vários locais diferentes de sociabilidade onde se podia obter algum
conhecimento cultural, como as academias literárias, bibliotecas, confrarias e irmandades.
(p51);

Veiga (2007) associa a educação colonial às transformações religiosas, às questões


humanistas, à expansão da burguesia mercantilista e à composição Igreja-Estado. (p51);

A Igreja e a colonização portuguesa se uniram para evitar a expansão do


protestantismo e também por conveniências econômicas. (p52);

Posterior à abolição da Ordem dos Templários, criou-se, em Portugal, a Ordem dos


Cavaleiros de Cristo, que receberam os bens provindos da ordem suprimida. Luiz
Gonzaga Cabral reduz a doutrina civilizadora dos jesuítas em: ir e ensinar para
cristianizar. (p55);

Veiga (2007) define “ir” como o triunfo sobre distâncias culturais, tendo como
objeto os indígenas. (p55);

Os jesuítas utilizaram métodos não convencionas à prática pedagógica daquele


período para catequizar os índios. (p56);

Os padres aprenderam o idioma dos índios e começaram a celebrar as missas no


idioma deles, usando inclusive cantos religiosos e cantigas portuguesas. (p57);

Anchieta ordenou a gramática da língua brasílica a fim de publicar os catecismos,


orações, peças de teatro, dicionários e outras gramáticas, conforme afirma a autora. (p58);

A língua que os escravos utilizavam fora extinta, passando a imperar a língua


imposta pelos lusitanos: o português. (p58);

No ano de 1632 os jesuítas instituíram a Missão de São Miguel Arcanjo no


território do Rio Grande do Sul. (p59);

Veiga (2007) atesta que “ensinar”, para os jesuítas, tinha particularidades


divergentes: as práticas de pregação e alfabetização dos indígenas, o ensino de artes e
ofícios, que compreendia os escravos africanos, e a educação dos filhos dos colonizadores
brancos. (p60);

No ano de 1549 o primeiro colégio jesuíta foi consolidado em Salvador. Foi o


Colégio Meninos de Jesus, ou Colégio da Bahia. Eram educados, por meio da
alfabetização da língua portuguesa os meninos índios, que também aprendiam catequese,
aritmética, canto e o manuseio de instrumentos musicais. (p60);

Os jesuítas englobavam em suas práticas catequéticas o aldeamento, a prática do


trabalho regular e o ensino de ofícios. Usavam diversas estratégias com o intuito de
reestruturar a doutrina cristã. (p62);

Em 1578 ocorreu, com a criação das aulas de gramática portuguesa, latim, retórica,
matemática, filosofia e teologia mural, a primeira colação de grau no Brasil. (p63);

Outras ordens religiosas, bispado, governo real, corporações, confrarias e


sociedades literárias foram outros modelos educacionais utilizados no período colonial.
(p64);

No ano de 1750 foi inaugurado o Seminário de Nossa Senhora da Boa Morte,


primeira instituição religiosa de Minas Gerais, que tinha como objetivo educar os filhos
dos colonizadores. (p65);

Segundo Veiga (2007), naquele período existia padrões educacionais


desvinculados da Igreja e do Estado. Professores ou padres mestres lecionavam nas casas
dos alunos ou em suas próprias casas, em aulas que também eram abertas ao coletivo.
(p66);

A autora cita Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), como um


dos que obteve educação em domicílio, por meio do seu irmão mais velho, o padre
Domingos dos Santos Xavier. (p66-67);

Os escravos se associaram às irmandades de pretos para manterem vivas suas


tradições e costumes, como o congado e o reisado, por exemplo. (p68);

Os jesuítas, segundo a autora, foram, em seus colégios, os primeiros a instituir as


primeiras bibliotecas brasileiras. (p69);

Veiga (2007) afirma que a educação das mulheres não se destinava a aprender
somente os fazeres domésticos, mas, assim como os homens, cada mulher recebia os
ensinos conforme sua condição étnico-social. (p71);

A iniciação educativa das meninas índias aconteceu nos aldeamentos, e não pelos
jesuítas, como era como os meninos índios. (p71);
A autora expõe um quadro mostrando as profissões femininas em Vila Rica (MG)
no ano de 1804, que são: costureira, enfermeira, faiscadora, fiandeira, lavadeira, padeira,
quitandeira e vendeira. E em São Pedro (BA), no ano de 1775, as profissões femininas
foram: costureira, cozinheira, doceira, engomadeira, ganhadeira, lavadeira, padeira,
rendeira e vendeira. (p72);

Veiga (2007) ressalta que muitas mulheres administravam seus próprios bens ou
de seus maridos falecidos ou que estavam viajando. (p73);

Somente a partir do século XVIII que as mulheres nobres e burguesas passaram a


freqüentar os colégios, logo não havia o ensino de gramática latina ou ocupação de cargos
públicos para meninas antes daquele período. (p75);

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