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A diferença legal entre o grupo urbano e rural consiste que o segundo admite mera relação de
coordenação, o que o primeiro não admite.
Condomínio rural
Tem-se condomínio rural quando dois ou mais produtores rurais desenvolvem a mesma
atividade agroeconômica, no mesmo estabelecimento agrário, em regime de sociedade. Não há
previsão legal para isso, mas existe solidariedade entre os condôminos.
A
B
C
D
- Nos serviços intermitentes assim considerados com intervalo de mais de cinco horas entre
uma parte e outra da execução da tarefa diária, o intervalo não é computado na duração da jornada
(art. 6º da Lei 5.889/73 e art. 10, § único do decreto) – ex. retireiro (aquele que tira o leite da vaca)
b) Quanto ao salário
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Curso FMB Direito Individual do Trabalho
Contratos agrários
a) contrato de safra: é um contrato a prazo determinado a termo incerto, cuja duração
depende das variações estacionais da atividade agrária, compreendida entre o preparo do solo para
cultivo e a colheita.
O contrato de safra só é admitido nas culturas cujo ciclo de produção depende das variações
das estações do ano (ex. café e cana de açúcar).
O contrato pode ser celebrado apenas para o período de colheita (safra) ou apenas para o
período de preparo do solo e plantio (denominado popularmente de entressafra). Não se admite
contrato que abranja os períodos de safra e entressafra.
b) contrato por pequeno prazo para atividade temporária: é um contrato a prazo determinado
a termo certo para atividades de natureza temporária, que só pode ser celebrado por empregador
pessoa física por no máximo dois meses no período de um ano (art. 14/a da Lei 5.889/73).
Este contrato não exige necessariamente anotação na CTPS, que pode ser dispensada se
houver contrato escrito e isto for autorizado por acordo ou convenção coletiva. Porém, em qualquer
caso são obrigatórios os recolhimentos das contribuições a Previdência e ao FGTS e o pagamento
dos demais direitos trabalhistas proporcionais aos dias trabalhados.
Porém não são devidos o aviso prévio e a indenização de 40% do FGTS, por se tratar de
contrato a termo.
A não inclusão do trabalhador na GFIP (o não recolhimento do INSS e FGTS) pressupõe
inexistência da contratação a termo, sem prejuízo da comprovação de relação jurídica diversa por
parte deste empregador.
c) contrato de parceria rural: é um contrato civil em que uma das partes (chamada de parceiro
proprietário) cede a outra (chamada de parceiro produtor – agricultor ou pecuarista) prédio rústico
para ser cultivado (parceria agrícola) ou animais para serem criados (parceria pecuária), mediante
participação nos frutos naturais.
Trata-se de um tipo de contrato de sociedade, em que o risco da atividade é assumido por
ambos os parceiros.
A parceria é regulada pela lei 4.504/64, art. 96 e pelo decreto 59.566/66 nos artigos 34 a 37,
também chamado de estatuto da terra.
A parceria difere da relação de emprego por não haver subordinação entre o parceiro
proprietário e o produtor, pois se houver o que se tem é relação de emprego e não parceria. Assim,
na justiça do trabalho não se julga os contratos de parceria.
d) arrendamento rural: também se trata de um contrato civil em que uma parte (arrendante)
cede à outra (arrendatário) o uso e gozo de imóvel rural mediante certa retribuição em dinheiro (fruto
civil). Trata-se de um contrato de locação, em que o risco da atividade é exclusivo do arrendatário.
Também é regulado pela lei 4.504/64, art. 95 e pelo decreto 59.566/66, artigos 16 a 33.
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