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Olá amigos,
Tratados são acordos internacionais concluídos por escrito entre Estados ou entre
Estados e Organizações, regidos pelo Direito Internacional. Podem conter um instrumento
único, dois ou mais instrumentos conexos, independente de sua denominação específica.
c) Em relação ao conteúdo:
Vigência: em regra, os tratados vigem por tempo indeterminado; permitem adesão aos
seus termos; podem ser objeto de “emendas”, ou, de modo mais amplo, revisões ou reformas.
No caso de violação, enseja o direito de a outra parte considerá-lo extinto ou de suspender o
seu cumprimento.
Pode também ocorrer por vontade unilateral mediante denúncia, que se exprime numa
notificação, carta ou instrumento.
Corte Internacional de Justiça
Olá Amigos,
Neste mês vamos falar um pouco sobre o mais importante tribunal internacional do planeta, a
Corte Internacional de Justiça, que na cidade da Haia, na Holanda.
A CIJ foi instaurada com base no artigo 92 da Carta das Nações Unidas e possui competência
para julgar litígios entre Estados soberanos.
A Corte é composta de 15 juízes eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança
da ONU, escolhidos entre pessoas que gozem de alta consideração moral e que reúnam as condições
necessárias para o exercício das mais altas funções judiciais em seus respectivos países, ou que sejam
jurisconsultos de reconhecida competência na área do direito internacional.
Os magistrados são eleitos para um mandato de nove anos, com possibilidade de reeleição, e o
exercício das funções se dá em caráter exclusivo, vedada qualquer outra ocupação de caráter
profissional.
A sentença produzida será motivada e lida em sessão pública depois de notificada aos
agentes que representarem os litigantes.
A CIJ também poderá emitir opiniões consultivas sobre qualquer questão jurídica, sob
solicitação de organismo autorizado para isso pela Carta das Nações Unidas.
As questões objeto de opinião consultiva serão expostas à Corte mediante solicitação por
escrito, juntamente com todos os documentos necessários ao esclarecimento da questão.
De acordo com a doutrina majoritária, os princípios gerais de direito são fontes reais,
as convenções internacionais e os costumes são fontes formais e a doutrina e a jurisprudência
são meios auxiliares para a determinação das regras de direito.
São acordos internacionais concluídos por escrito entre Estados ou entre Estados e
Organizações, regidos pelo Direito Internacional, quer constem de um instrumento único ou
dois ou mais instrumentos conexos, independente de sua denominação específica.
2.2. Costume Internacional
Exemplos: soberania, não ingerência nos assuntos internos de outro Estado, vedação
do recurso da força, solução pacífica de conflitos, respeito aos direitos humanos e cooperação
internacional, entre outros.
Olá Amigos,
No encontro de hoje vamos falar sobre o ingresso dos tratados internacionais no ordenamento
jurídico brasileiro, tema bastante explorado no Exame da OAB.
Os tratados são normas de origem internacional que precisam ser recepcionadas pelo
ordenamento de cada país, nos termos determinados pela Constituição.
No Brasil, podemos dizer que o procedimento de aprovação e ingresso dos tratados obedece
às seguintes etapas, logo após a assinatura do acordo pelo Presidente da República ou por outro agente
dotado de plenos poderes1:
a) O Ministro das Relações Exteriores traduz o texto negociado para o português, prepara a
minuta da Mensagem Presidencial e faz análise jurídica da legalidade do texto;
1
Constituição da República, artigo 84, VIII: “Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) VIII - celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional”.
2
Constituição da República, artigo 49, I: “Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre
tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional”.
i) O ato do Congresso dá origem ao Decreto Legislativo correspondente, numerado e
publicado no Diário Oficial;
Observações:
1) Se o texto não for aprovado pelo Congresso, em qualquer etapa, o tratado jamais
produzirá efeitos no Brasil;
2) O conteúdo normativo do tratado só obriga os brasileiros após a publicação do decreto
presidencial, embora o país já esteja obrigado, na ordem internacional, a partir do
depósito do instrumento de ratificação, que é o texto do decreto legislativo, nas Nações
Unidas.
É isso aí!
3
Constituição da República, artigo 84, IV: “Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) IV - sancionar, promulgar e
fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”.
RESUMO
Estão previstas no artigo 38 do Estatuto da Corte de Justiça - Haia e são as seguintes: convenções
internacionais, costume internacional, princípios gerais do direito, doutrina internacional e
jurisprudência internacional. De acordo com a doutrina majoritária, os princípios gerais de direito são
fontes reais, as convenções internacionais e os costumes são fontes formais e a doutrina e
jurisprudência são meios auxiliares para a determinação das regras de direito.
São acordos internacionais concluídos por escrito entre Estados ou entre Estados e Organizações,
regidos pelo Direito Internacional, quer constem de um instrumento único, dois ou mais instrumentos
conexos, independente de sua denominação específica.
a) Objetivo ou material: é a fixação da prática como habitual, durante período razoável de tempo.
b) Subjetivo: decorre da aceitação pelos Estados (opinio juris), que é o convencimento acerca da
conduta, sem resistência. Por outro lado, Costume Selvagem é o repentino, nascido de necessidade
momentânea.
São regras amplamente aceitas pela sociedade internacional, consolidadas por costumes. A
consolidação pode decorrer da repetição das ideias em tratado ou do regular uso como razões de
julgamento em tribunais nacionais e internacionais. Exemplos: soberania, não-ingerência nos assuntos
internos de outro Estado, vedação do recurso da força, solução pacífica de conflitos, respeito aos
direitos humanos e cooperação internacional, entre outros.
Representa o conjunto de decisões proferidas acerca da controvérsia entre Estados. A partir do século
XX, com o surgimento dos tribunais internacionais, a jurisprudência ganha força e coerência. De
forma ampla, também seria possível enquadrar no conceito os pareceres consultivos da Corte de Haia,
entre outros.
São acordos internacionais concluídos por escrito entre Estados ou entre Estados e Organizações,
regidos pelo Direito Internacional. Podem conter um instrumento único, dois ou mais instrumentos
conexos, independente de sua denominação específica.
b) Em função do procedimento para sua conclusão: tratados que exigem ou não ratificação para o
comprometimento jurídico dos Estados.
c) Em relação ao conteúdo:
Importante: tratados-norma criam regras de direito, em geral comuns às partes, sem uma
contraprestação específica pelos Estados.
A Carta de plenos poderes é dispensável: pela prática, quando se presume a pessoa indicada; em
negociações conduzidas por Chefes de Estado, de Governo ou Ministros de Relações Exteriores; ao
Chefe da missão permanente (embaixador), no território da representação; aos representantes oficiais
em Organismos Internacionais, no âmbito de sua atuação.
c) Anexos: são normalmente de índole técnica e, portanto, passíveis de maior mutabilidade. São
compostos de procedimentos, gráficos, tabelas, listas de produtos etc., que possuem caráter vinculante
para os signatários.
Assinatura do tratado: é o ato emanado do representante do Estado, que manifesta sua concordância
com o conteúdo. Representa, ao mesmo tempo, o comprometimento e a autenticação do acordo.
Formas de ratificação: ato expresso e formal. Se consubstancia na comunicação à outra parte, que
pode ou não ser simultânea. Pode ser objeto de depósito, especialmente no caso de tratados
multilaterais.
Vigência: em regra, os tratados vigem por tempo indeterminado; permitem adesão aos seus termos;
podem ser objeto de “emendas”, ou, de modo mais amplo, revisões ou reformas. No caso de violação,
enseja o direito de a outra parte considerá-lo extinto ou de suspender o seu cumprimento.
Extinção: a extinção dos tratados se dá por vontade comum: a) predeterminação ab-rogatória: quando
há termo de vigência; b) decisão ab-rogatória superveniente: de modo total ou majoritário. Ou por
vontade unilateral mediante denúncia, que se exprime numa notificação, carta ou instrumento.
É o principal órgão judiciário da ONU, foi criada em 1946, em substituição à Corte Permanente de
Justiça Internacional (Sociedade das Nações). Instaurada com base no artigo 92 da Carta das Nações
Unidas, possui competência para julgar litígios entre Estados e organismos internacionais. É composta
por 15 juízes eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança da ONU com mandato de
nove anos. Possui como idiomas oficiais o inglês e o francês.
Criado a partir do Estatuto de Roma (1998). Instaurado em Haia em 2002. Possui competência para
julgar crimes de grande impacto, conforme previstos no Estatuto. Promove o julgamento de
indivíduos, desde que mediante autorização do Estado onde ocorreu o crime e/ou do Estado de
nacionalidade do acusado.
b) Crimes contra a humanidade (escravidão, apartheid, tortura, extermínio, crimes sexuais, entre
outros);
d) Crimes de agressão
a) O Ministro das Relações Exteriores traduz o texto negociado para o português, prepara a minuta da
Mensagem Presidencial e faz análise jurídica da legalidade do texto;
b) A Casa Civil verifica a legalidade e o mérito do tratado;
j) O Presidente da República exara um Decreto executivo que atesta a sua publicidade (art. 84, CF);
8. Estados Soberanos
A soberania pressupõe um conjunto de competências que, apesar de não serem ilimitadas, não
encontram poder superior no direito internacional.
O reconhecimento do Estado não é ato constitutivo, mas declaratório da qualidade estatal. Pode ser
expresso ou tácito. O reconhecimento do governo se faz necessário quando ocorrem rupturas na
ordem política, como revoluções ou golpes de estado, que operam à margem da Constituição.
A Santa Sé possui os três requisitos da soberania. Apesar de ter população, não possui nacionais. Sua
personalidade jurídica internacional é reconhecida, mas de modo sui generis, distinto dos Estados
tradicionais. Não é um Estado, mas um caso excepcional, aceito pelo Direito Internacional Público.
Os tratados assinados pela Santa Sé são chamados de concordatas.
9. Território
É a área geográfica sobre a qual o Estado exerce jurisdição (conjunto de competências para agir com
autoridade). No Brasil, o território é formado pela área terrestre, o mar territorial e o espaço aéreo.
10. Nacionalidade
a) Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;
b) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
a) Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
a) Cidadão que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional;
b) Cidadão que adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: de reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira e de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis.
11.1. Deportação: é a saída compulsória do estrangeiro, nos casos de entrada ou estada irregular no
Brasil, se este não se retirar voluntariamente do território nacional no prazo fixado em Regulamento.
Se o estrangeiro não puder responder pelas despesas de saída, nem for apurada responsabilidade do
transportador, o custo será do Tesouro Nacional.
11.2. Expulsão: contra o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional, a
ordem política ou social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo
procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais. Decisão mediante decreto do
Presidente da República, após inquérito instaurado pelo Ministro da Justiça.
11.3. Extradição: poderá ser concedida quando o governo requerente se fundamentar em tratado, ou
quando prometer ao Brasil a reciprocidade. Cabe ao Supremo Tribunal Federal a apreciação do caráter
da infração.
b) existir sentença final de privação de liberdade, ou estar a prisão do extraditando autorizada por
Juiz, Tribunal ou autoridade competente do Estado requerente, salvo em caso de urgência.
Para a definição das regras aplicáveis ao direito internacional privado é necessária a verificação do
elemento de conexão, que normalmente corresponde à (o): situação do bem; domicílio da parte; país
em que se constituir o negócio jurídico.
Direito aplicável:
a) a personalidade: regra geral é o local do domicílio do indivíduo e a lei em vigor deverá ser plicada
em relação a qualquer tema de natureza pessoal;
b) aos contratos: regra geral é o local da celebração. Importante: nada impede que a lei do local da
celebração seja diferente da lei que define a capacidade dos contratantes, quando estes possuírem
nacionalidades distintas.
As sociedades e fundações com fins de interesse coletivo obedecem à lei do Estado em que se
constituírem, independentemente do local em que exerçam atividades.