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Atenção!
Este material tem função didática. As opiniões são de
responsabilidade exclusiva do autor e podem não expressar
a posição oficial do TCE/CE. A última atualização ocorreu
em agosto de 2018.
MÓDULO I
Auditoria Operacional
OBJETIVOS
GERAL:
Favorecer a discussão da Auditoria Operacional, como forma de avaliar o desempenho da gestão pública, com
foco nas técnicas, ciclo de atividades e nas auditorias operacionais já realizadas pelo Tribunal de Contas do
Estado do Ceará.
ESPECÍFICOS:
Clique e veja o vídeo gravado pelo Tribunal de Contas de Santa Catarina acerca
de uma auditoria operacional realizada por aquela corte. Assistam e tentem
identificar características e particularidades dessa modalidade de auditoria.
(Obs: Vídeo muito interessante para compreensão dos temas que serão
abordados durante o curso.)
Siglas
• EFS – Entidades de Fiscalização Superiores (nome pelo qual são conhecidas no mundo as
organizações de controle externo);
• INTOSAI - International Organization of Supreme Audit Institutions - Organização Internacional
de Entidades Fiscalizadoras Superiores;
• ISSAI - Normas Internacionais de Auditoria das Entidades de Fiscalização Superior.
• NAO – National Audit Office – Reino Unido
• GAO – Government Accountability Office - USA
Referências
Condição X Critério
Auditoria
Classificação das Auditorias
➔
CONTÁBIL;
➔
FINANCEIRA;
➔
ORÇAMENTÁRIA;
➔
OPERACIONAL; e
➔
PATRIMONIAL.
Classificação das Auditorias
O texto Constitucional Estadual trata da mesma forma:
Art. 68. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e das entidades
da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pela Assembleia Legislativa, mediante o controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
II – proceder, por iniciativa própria ou por solicitação da Assembleia Legislativa, ou de suas comissões, à
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das unidades administrativas dos
Poderes do Estado e do Ministério Público, assim como das demais entidades referidas no inciso anterior;
Classificação das Auditorias
A nomenclatura não guarda homogeneidade entre as diversas EFS, ainda que o objetivo e escopo
sejam semelhantes. Dentre as variadas denominações, podem ser destacadas ainda auditoria de
performance, de programa, de otimização de recursos e de resultados (Inaldo da Paixão,
Introdução a Auditoria Operacional).
Definições
Auditoria operacional (ANOp) é o exame independente e objetivo da
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas
e atividades governamentais, com a finalidade de promover o
aperfeiçoamento da gestão pública. (Manual do TCU, 2010)
l
A Auditoria Operacional compreende a avaliação das políticas
públicas e das atividades governamentais dos órgãos e entidades,
pautada, além dos aspectos de legalidade, em critérios de
economicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade,
sustentabilidade e transparência, com a finalidade de promover o
aperfeiçoamento da gestão pública. (Manual do TCE, 2015)
Definições
Em 2005, a INTOSAI autorizou a tradução ao idioma português, que foi realizado pelo
Tribunal de Contas do Estado da Bahia.
Com o Promoex, a Auditoria Operacional se tornou uma ação prioritária e sua implantação
nos Tribunais de Contas constitui-se meta nacional.
Apresentam qualidade?
Principais Recomendações
• Redução de custos;
• Utilização mais adequada de insumos para evitar desperdícios;
• Aperfeiçoamento de processos para melhor atender ao público-alvo;
• Aquisição de novas habilidades pela equipe implementadora;
• Fortalecimento dos controles internos para coibir fraudes;
• Disseminação de boas práticas de gestão.
Características da Auditoria Operacional
Regularidade Operacional
a) Redução de custos;
b) Diminuição de desperdícios e de práticas ineficientes, antieconômicos, ineficazes e abusivas;
c) Aumento de receitas;
d) Melhoria de controles;
e) Racionalização de procedimentos e
f) Identificação de áreas problemáticas e de suas causas.
Dimensões de desempenho - Conceitos
Economicidade
A economicidade é a minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma
atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade (ISSAI 3000/1.5, 2004)
Eficácia
A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em um
determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados (COHEN; FRANCO,
1993).
Dimensões de desempenho - Conceitos
Eficiência
A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade
e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado período de tempo,
mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão refere-se ao esforço do processo de transformação
de insumos em produtos. Pode ser examinada sob duas perspectivas: minimização do custo total ou
dos meios necessários para obter a mesma quantidade e qualidade de produto; ou otimização da
combinação de insumos para maximizar o produto quando o gasto total está previamente fixado
(COHEN; FRANCO, 1993).
Dimensões de desempenho
Eficiência
Exemplo: Ranking de Eficiência dos Municípios
http://www1.folha.uol.com.br/remf/
Dimensões de desempenho - Conceitos
Efetividade
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a
médio e longo prazo. Refere-se à relação entre os resultados de uma
intervenção ou programa, em termos de efeitos sobre a população-alvo
(impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos
esperados) (COHEN; FRANCO, 1993).
Dimensões de Desempenho
Dimensões de desempenho
Exemplo – Programa de Vacinação
Eficiência – Num programa de vacinação, uma das formas de se medir a eficiência é por meio
da relação entre o custo dos insumos e o número total de pessoas vacinadas. Considera-se o
custo médio de vacinar uma pessoa como uma boa medida da eficiência do programa.
Dimensões de desempenho
Exemplo – Programa de Vacinação
• Equidade;
• Articulação institucional;
• Transparência;
• Participação social;
• Sustentabilidade.
Outras Dimensões
Equidade
Princípio que reconhece a diferença entre os indivíduos e a necessidade de tratamento
diferenciado, segundo suas necessidades, de modo que se eliminem as desigualdades existentes.
Trata-se de garantir “mais” direitos a quem tiver “mais” necessidades (justiça distributiva). É
tratar desigualmente os desiguais.
Articulação institucional
Coordenação necessária entre órgãos e/ou esferas de governo responsáveis pela implementação de
uma ação ou programa com vistas a alcançar objetivo comum.
Outras Dimensões
Transparência
Princípio democrático que preconiza o livre fluxo de informações suficientes e claras para que
grupos interessados possam compreender e monitorar, de forma direta, a atuação
governamental. Associado à garantia de participação social, é essencial ao exercício da
cidadania. (Manual TCU)
Participação Social
“Processo mediante o qual as diversas camadas sociais tomam parte na produção, na gestão e
no usufruto dos bens de uma sociedade historicamente determinada” (Ammaann, 1980).
Outras Dimensões
Sustentabilidade
"Um sistema sustentável é aquele que sobrevive ou persiste" (CONSTANZA; PATTEN, 1995).
Diz respeito à permanência dos resultados alcançados por uma intervenção governamental.
Refere-se, portanto, às características do desenho da intervenção governamental que favorecem o
alcance de resultados definitivos, os quais permanecerão mesmo após o encerramento das
atividades do programa ou projeto. A sustentabilidade de um projeto ou programa governamental
é fortemente afetada por variáveis políticas, culturais e econômicas (MOLUND; SCHILL, 2004,
p. 35-37)
Gerência de Avaliação de Políticas Públicas - TCE-CE (85) 3218 6590
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“Maranguape, pense num lugar bom!”