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BRUNA MENEGOTTO
BENTO GONÇALVES
2015
BRUNA MENEGOTTO
BENTO GONÇALVES
2015
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS
SUMÁRIO
Crime unissubjetivo é aquele que pode ser praticado pelo agente individualmente,
admitindo o concurso eventual de pessoas. Quando houver mais de um agente,
deve-se analisar a conduta de cada um para a aplicação da pena.
Crime comum é o que pode ser praticado por qualquer pessoa. A lei não exige
nenhum requisito especial, como por exemplo o homicídio, furto, estelionato.
Crime próprio só pode ser cometido por aquela determinada qualidade ou condição
pessoal do agente. O infanticídio, por exemplo, apenas a mãe pode ser autora;
contra a Administração Pública, apenas funcionário público.
Crime de mera conduta é aquele em que descreve apenas uma conduta, e não um
resultado. Sendo assim, o delito consuma-se no exato momento em que a conduta é
praticada. É o caso do crime de desobediência ou da violação de domicílio.
Crime omissivo próprio não existe o dever jurídico de agir, e o omitente não
reponde pelo resultado, mas apenas por sua conduta omissiva. Por exemplo,
apropriação de coisa achada, só se consuma no momento em que o agente deixa
de restituir a coisa.
Crime de perigo é aquele que se consuma com a simples criação do perigo para o
bem jurídico protegido, sem produzir um dano efetivo. Subdivide-se em concreto ou
abstrato. Concreto é aquele que precisa ser comprovado, isto é, deve ser
demonstrada a situação de risco corrida pelo bem juridicamente protegido. Abstrato
não precisa ser provado, pois a lei contenta-se com a simples prática da ação que
pressupõe perigosa.
7. Crime exaurido
Crime simples apresenta apenas um tipo penal, não tendo qualquer circunstância
que aumente ou diminua a gravidade.
Crime complexo resulta da fusão entre dois ou mais tipos penais, ou quando um
tipo penal funciona como qualificadora de outro. Nessas hipóteses, há tutela de dois
ou mais bens jurídicos. Podemos citar como exemplo de crimes complexos a
extorsão mediante sequestro.
Crime progressivo é o que para ser cometido necessariamente viola outra norma
penal menos grave. Por exemplo, um sujeito, desejando matar vagarosamente seu
inimigo, vai lesionando-o de modo cada vez mais grave até a morte.
Crime doloso é aquele crime em que o agente quis o resultado ou assumiu o risco
de produzi-lo.
Crime culposo é aquele em que o agente deu causa ao resultado, por imprudência,
negligência ou imperícia.
Crime tentado ocorre quando o agente inicia a execução do delito mas este não se
consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.
Crime unisubsistente é aquele realizado por apenas um único ato, como por
exemplo, a injúria verbal.
Crime plurissubsistente é aquele que exige mais de um ato para a sua realização,
como por exemplo o estelionato.
Crime habitual é o composto pela reiteração de atos que revelam um estilo de vida
do agente, por exemplo, rufianismo, exercício ilegal da medicina. Só se consuma
com a habitualidade na conduta.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 2ª ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2006.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Geral 1. 18ª ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2014.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Parte Geral 1. 16ª ed. São
Paulo: Editora Saraiva, 2011.
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Sinopses Jurídicas - Direito Penal Parte Geral.
12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006.