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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO DOS VINHEDOS


CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO

BRUNA MENEGOTTO

CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS

BENTO GONÇALVES
2015
BRUNA MENEGOTTO

CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS

Projeto de pesquisa apresentado como


requisito parcial de avaliação à
disciplina de Direito Penal II da
Universidade de Caxias do Sul,
Campus da Região do Vale dos
Vinhedos – CARVI.
Prof. Ms. Deise Salton Brancher
Ruschel

BENTO GONÇALVES
2015
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS

SUMÁRIO

1. Crimes unissubjetivos e plurissubjetivos


2. Crimes comuns, próprios e de mão-própria
3. Crimes materiais, formais e de mera conduta
4. Crimes instantâneos, instantâneos de efeitos permanentes e permanentes
5. Crimes Comissivos, omissivos próprios, omissivos impróprios
6. Crimes de dano e de perigo
7. Crime exaurido
8. Crimes simples e complexos
9. Crimes qualificados e privilegiados
10. Crimes progressivos e progressão criminosa
11. Crimes dolosos, culposos e preterdolosos
12. Crimes consumados e tentados
13. Crimes unisubsistentes e plurissubsistentes
14. Crime habitual
15. Crimes uniofensivos e pluriofensivos
16. Crimes principais e acessórios
17. Referências Bibliográficas
1. Crimes unissubjetivos e plurissubjetivos

Crime unissubjetivo é aquele que pode ser praticado pelo agente individualmente,
admitindo o concurso eventual de pessoas. Quando houver mais de um agente,
deve-se analisar a conduta de cada um para a aplicação da pena.

Crime plurissubjetivo é o crime de concurso necessário, que exige a presença de


mais de uma pessoa. Nesse crime não há o que se falar em participação, já que a
pluralidade de agentes garantem o tipo penal, sendo todos autores, como acontece
nas condutas podendo ser quadrilhas, rixa, adultério entre outros.

2. Crimes comuns, próprios e de mão-própria

Crime comum é o que pode ser praticado por qualquer pessoa. A lei não exige
nenhum requisito especial, como por exemplo o homicídio, furto, estelionato.

Crime próprio só pode ser cometido por aquela determinada qualidade ou condição
pessoal do agente. O infanticídio, por exemplo, apenas a mãe pode ser autora;
contra a Administração Pública, apenas funcionário público.

Crime de mão-própria é aquele que só pode ser praticado pelo agente


pessoalmente. Somente admite concurso de agentes na modalidade de
participação, como por exemplo, adultério e falso testemunho.

3. Crimes materiais, formais e de mera conduta

Crime material só se consuma com a produção do resultado, ou seja, para a sua


consumação é indispensável a produção de um dano efetivo. Como por exemplo, a
morte, para o homicídio.

Crime formal o tipo não exige a produção do resultado para a consumação do


crime. Exemplo de crime formal é a ameaça. O crime de ameaça apenas prevê a
conduta de quem ameaça, não importando se o resultado da ameaça aconteceu, tão
pouco se a pessoa se sentiu constrangida ou ameaçada. A intimidação é irrelevante
para a consumação do delito.

Crime de mera conduta é aquele em que descreve apenas uma conduta, e não um
resultado. Sendo assim, o delito consuma-se no exato momento em que a conduta é
praticada. É o caso do crime de desobediência ou da violação de domicílio.

4. Crimes instantâneos, instantâneos de efeitos permanentes e permanentes

Crime instantâneo é o que se esgota com a decorrência do resultado, é o que se


completa num determinado instante, sem continuidade temporal, como por exemplo,
o homicídio.

Crime instantâneo de efeito permanente consuma-se em um dado instante, mas


seus efeitos se tornam permanente.

Crime permanente o momento consumativo se prolonga no tempo, e o bem jurídico


é continuamente agredido. Como por exemplo o crime do sequestro, que se
consuma com a retirada da liberdade da vítima, mas o delito continua consumando-
se enquanto a vitima permanecer em poder do agente.

5. Crimes Comissivos, omissivos próprios, omissivos impróprios

Crime comissivo é o praticado por meio da ação, visando um resultado tipicamente


ilícito.

Crime omissivo próprio não existe o dever jurídico de agir, e o omitente não
reponde pelo resultado, mas apenas por sua conduta omissiva. Por exemplo,
apropriação de coisa achada, só se consuma no momento em que o agente deixa
de restituir a coisa.

Crime omissivo impróprio o comitente tinha o dever jurídico de evitar o resultado,


portanto, por este responderá.
6. Crimes de dano e de perigo

Crime de dano é aquele para a cuja consumação é necessária a superveniência da


lesão efetiva do bem jurídico.

Crime de perigo é aquele que se consuma com a simples criação do perigo para o
bem jurídico protegido, sem produzir um dano efetivo. Subdivide-se em concreto ou
abstrato. Concreto é aquele que precisa ser comprovado, isto é, deve ser
demonstrada a situação de risco corrida pelo bem juridicamente protegido. Abstrato
não precisa ser provado, pois a lei contenta-se com a simples prática da ação que
pressupõe perigosa.

7. Crime exaurido

Crime exaurido é aquele em que o agente, mesmo após atingir o resultado


consumativo, continua a agredir o bem jurídico. Não caracteriza novo delito, e sim
mero desdobramento de uma conduta já consumada.

8. Crimes simples e complexos

Crime simples apresenta apenas um tipo penal, não tendo qualquer circunstância
que aumente ou diminua a gravidade.

Crime complexo resulta da fusão entre dois ou mais tipos penais, ou quando um
tipo penal funciona como qualificadora de outro. Nessas hipóteses, há tutela de dois
ou mais bens jurídicos. Podemos citar como exemplo de crimes complexos a
extorsão mediante sequestro.

9. Crimes qualificados e privilegiados

Crime qualificado é aquele em que ao tipo básico a lei acrescenta circunstância


que agrava a sua natureza, elevando os limites da pena. Não surge a formação de
um novo tipo penal, mas apenas uma forma mais grave de ilícito.
Crime privilegiado quando ao tipo básico a lei acrescentada circunstância que o
torna menos grave, diminuindo suas sanções. Como por exemplo, o furto de
pequeno valor praticado por agente primário. As circunstancias que envolvem o fato
típico fazem com que o crime seja menos apenado.

10. Crimes progressivos e progressão criminosa

Crime progressivo é o que para ser cometido necessariamente viola outra norma
penal menos grave. Por exemplo, um sujeito, desejando matar vagarosamente seu
inimigo, vai lesionando-o de modo cada vez mais grave até a morte.

Crime de progressão criminosa o agente deseja produzir um resultado, mas, após


consegui-lo, resolve prosseguir na violação do bem jurídico, produzindo um outro
crime mais grave. Por exemplo, o agente apenas quer ferir a vítima, logo após
decide matar a vítima, e acaba prosseguindo o delito. Mesmo havendo duas
condutas distintas, só responde pelo crime mais grave.

11. Crimes dolosos, culposos e preterdolosos

Crime doloso é aquele crime em que o agente quis o resultado ou assumiu o risco
de produzi-lo.

Crime culposo é aquele em que o agente deu causa ao resultado, por imprudência,
negligência ou imperícia.

Crime preterdoloso o agente tem a intenção de praticar o delito, no entanto,


acrescenta-lhe um resultado agravador culposamente, fazendo-o acidentalmente,
uma vez que não tinha a intenção de gerar o resultado agravado.

12. Crimes consumados e tentados

Crime consumado É o tipo penal integralmente realizado, quando o tipo concreto


amolda-se perfeitamente ao tipo abstrato. No homicídio, por exemplo, o tipo penal
consiste em "matar alguém", assim o crime restará consumado com a morte da
vítima.

Crime tentado ocorre quando o agente inicia a execução do delito mas este não se
consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.

13. Crimes unisubsistentes e plurissubsistentes

Crime unisubsistente é aquele realizado por apenas um único ato, como por
exemplo, a injúria verbal.

Crime plurissubsistente é aquele que exige mais de um ato para a sua realização,
como por exemplo o estelionato.

14. Crime habitual

Crime habitual é o composto pela reiteração de atos que revelam um estilo de vida
do agente, por exemplo, rufianismo, exercício ilegal da medicina. Só se consuma
com a habitualidade na conduta.

15. Crimes uniofensivos e pluriofensivos

Crime uniofensivo aquele que atinge somente um bem jurídico.

Crime pluriofensivo aquele que lesa mais de um bem jurídico.

16. Crimes principais e acessórios

Crime principal existe independentemente de outros crime.

Crime acessório aquele que necessita da existência de outro crime.


17. Referências Bibliográficas

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 2ª ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2006.

CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Geral 1. 18ª ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2014.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Parte Geral 1. 16ª ed. São
Paulo: Editora Saraiva, 2011.

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal - Parte Geral e Parte


Especial. 3ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007.

GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Sinopses Jurídicas - Direito Penal Parte Geral.
12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

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