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ABSTRACT: The biodiversity of savanna comprises the set of all living species existing in
the semiarid region of Northeast Brazil, from microorganisms to plants and animals. The
importance of the scrub is not limited to its high biodiversity and many endemic. As a
semiarid region highly unpredictable and surrounded by tropical biomes, the savanna is a
climate anomaly and serves as an important laboratory for studies of plants, invertebrates and
vertebrates that are adapted to a highly variable rainfall and stressful. This work aims to study
the biodiversity of savanna in the municipality of Cajazeiras, Paraíba State, taking into
account the environmental, socio-economic, socio-cultural and political diversities based on
biotic and abiotic caatinga. The methodology used in this study was based on surveys of
bibliographic materials through current literature and expert who provided theoretical support
and reliable research, in this case, using magazines, books, newspapers, articles and so on.;
Activities field were held with the rural people, biologists, agronomists and geographers
through the application of research instruments such as questionnaires with questions to the
various social classes and unstructured interviews in order to obtain accurate and truthful;
analyzes and systematization of data surveyed were based on information collected during the
research activities. The results were as strategy observations and data collected and selected
on the conservation of natural resources of the environment of the savanna, maintaining the
diversity of biota savanna ecosystem, the problems of environmental degradation of biotic
deforestation for subsistence farming or grazing and abiotic areas at high risk of
desertification process and actions erosive soils and dissemination of biodiversity and its main
features fitogeográficas. Given these issues raised, it was concluded that the biodiversity of
the Caatinga undergoes serious environmental problems such as species extinctions of flora
and fauna, soil degradation and water sources, due to human action. With that, we try to find
solutions possible with public agencies in order to minimize the effects caused by
environmental degradation resulting from human activities and natural, improving quality of
life and sustainability of the local population, without harming the environment and future
generations. Given the inadequate forms of exploitation of natural resources available in the
savanna biome, the activities of this work have been developed considering the literature
written by experts and the opinions of rural workers, professionals and researchers involved in
this subject, respecting their traditional ways of production and cultural characteristics.
INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa se constitui em um documento elaborado mediante estudos e
pesquisas realizadas sobre a biodiversidade da caatinga, levando em consideração a formação
vegetal do município de Cajazeiras - PB. Durante a realização da pesquisa, procurou-se
desempenhar o máximo possível para obter resultados satisfatórios que possam oferecer
conhecimentos básicos sobre a biodiversidade do ecossistema caatinga e as suas condições
ambientais.
As condições ambientais são responsáveis pelo estabelecimento da biodiversidade
potencial e consequentemente as temperaturas médias favorecem a ocorrência de um maior
número de espécies do que temperaturas extremas. Assim, a geomorfologia, o solo e o clima
são determinantes das condições naturais para a ocorrência de animais e plantas em cada
região. Em contraposição, os fatores antrópicos exercem pressão sobre a biodiversidade,
alterando sua composição e reduzindo a sua abrangência. No ambiente urbano, esta redução é
drástica, e no ambiente rural ocorre à redução espacial, na forma de mosaico, com a perda de
diversidade nos fragmentos de vegetação remanescente ou regenerada, devido à ação
antrópica do uso e manejo da terra.
Tendo como enfoque o semiárido nordestino, o desmatamento da caatinga
hiperxerófita, para atender a demanda de lenha principalmente, reduz a diversidade florística,
resultando na quebra do equilíbrio entre espécies. A criação de caprinos e ovinos é outra
atividade de grande impacto sobre a biodiversidade, quando excedem a capacidade de
suporte, prejudicando, principalmente a regeneração de algumas espécies.
Focalizando a biodiversidade da caatinga, no município de Cajazeiras - PB, um
indicador possível é a florística arbóreo-arbustiva, que pode ser extraída de inventários
fitossociológicos divulgados em literatura. Assim, levantou-se a hipótese da interação entre
dois grupos de fatores interferindo na diversidade de espécies arbóreo-arbustivas: as
condições naturais e o antropismo.
Este trabalho tem como objetivo geral gerar conhecimento sobre a biodiversidade da
Caatinga do semiárido nordestino brasileiro, a partir dos fatores ambientais como
precipitação, solo e relevo, considerando os aspectos físico-naturais e socioeconômicos
apresentados no município de Cajazeiras, no Estado da Paraíba.
A metodologia deste trabalho baseou-se em pesquisas bibliográficas, visitas de campo,
entrevistas com a comunidade da área de estudo, análises e interpretações dos dados
coletados, sistematização e elaboração deste trabalho.
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2. Biodiversidade da Caatinga
A Caatinga tem sido descrita como um ecossistema pobre em espécies e em
endemismos, Vanzolini et. al., (1997). Entretanto, estudos recentes têm desafiado esse ponto
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as estradas, cidades e pequenos povoados. A área de caatinga modificada obtida pelos autores
variou de 223.100 km² (com um efeito da zona de estrada de 1 km; e de 500 m para cada
lado) a 379.565 km² (com um efeito da zona de estrada de 10 km; e de 5 km para cada lado).
Apesar de essas estimativas serem perturbadoras, elas fornecem orientações para
seleção e planejamento de unidades de conservação. Atualmente, a região da caatinga tem 47
unidades de conservação com variados regimes de gerenciamento (16 federais, 07 estaduais e
24 privadas) que somam 4.956 km², aproximadamente 6,4% do bioma (SILVA et. al., 2004).
No entanto, apenas 11 unidades de conservação, cobrem menos de 1% da região, são áreas de
proteção integral, como parques nacionais, estações ecológicas e reservas biológicas. E para
piorar a situação, as unidades de conservação falham em proteger toda a biodiversidade da
caatinga. Por exemplo, dos 13 principais tipos de vegetação reconhecidos para a caatinga,
segundo Prado (2003), quatro não têm nenhum tipo de unidade de conservação.
Da mesma forma, nenhuma das populações das 44 espécies de aves passeriformes
endêmicas ou ameaçadas de extinção é protegida pelo atual sistema de unidades de
conservação (SOUZA, 2004). A falta de infraestrutura básica e de pessoal torna essas áreas de
preservação vulneráveis ao desmatamento, caça e fogo, pondo em perigo todos os esforços
para a criação de novas unidades de conservação.
Em 2000 o MMA promoveu um workshop que reuniu mais de 150 pesquisadores,
conservacionistas, tomadores de decisão e representantes do setor privado para selecionar as
áreas e ações mais importantes para a conservação da caatinga. O resultado foi à identificação
de 57 áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade, 25 áreas prioritárias para
investigação científica e o esboço de um grande corredor da biodiversidade ao longo do Rio
São Francisco. Como parte dessa iniciativa, Silva et. al., (2004) redigiram um documento com
as principais estratégias para a conservação da biota da caatinga. Esse esforço conjunto
resultou no desenvolvimento de novas iniciativas de conservação em escala local e regional.
Na escala sub-regional ou regional, as áreas prioritárias e as áreas protegidas devem
ser manejadas como parte do programa de desenvolvimento regional da caatinga de maneira
consistente com os corredores da biodiversidade. Tais corredores devem ser estabelecidos e
testados em outras regiões, incluindo a floresta Atlântica brasileira. O primeiro passo para a
criação de uma grande e integrada rede de unidades de conservação foi à criação em 2001 da
Reserva da Biosfera da caatinga com uma área de 19.899.000 ha. Com essa iniciativa espera-
se criar uma rede de 22 áreas-núcleo (baseada em áreas protegidas já decretadas), conectadas
umas às outras através de zonas de amortecimento e de zonas de transição. No total, essa rede
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abrangerá 40% da área da caatinga, sendo 19.905 km² de áreas-núcleo e 268.874 km² de áreas
de amortecimento e de transição.
O gargalo para a implementação da maior parte dessas estratégias de conservação é a
quase completa falta de legislação regulatória, políticas públicas, mecanismos de incentivo
legal, instrumentos econômicos e oportunidades para a conservação da biodiversidade,
especialmente para a região da caatinga. Para isso, será necessário persistência, criatividade,
suporte político e financeiro consistente e conscientização da forte e evidente conexão entre a
melhoria das condições de vida da população – a caatinga é a síntese da pobreza do Brasil – e
a conservação da paisagem natural.
formação de pastos de capim buffel gramínea exótica, que avança na região (PACHECO,
2004).
Com relação ao extrativismo vegetal, as principais espécies utilizadas são umbu
(Spondias tuberosa – Anacardiaceae), ouricuri (Syagrus coronata (Mart.) Becc. - Arecaceae)
e a carnaúba (Copernicia cerifera (Mart.) - Arecaceae). A produção extrativa do umbuzeiro
alcança 20.000 toneladas de frutos/ano, com áreas de coleta espalhadas por todo o Nordeste
brasileiro. Apesar desta importância socioeconômica, os trabalhos de pesquisa e
principalmente de conservação genética desta espécie são incipientes (SAMPAIO &
BATISTA, 2004).
Quanto à carnaúba, a produção nativa do Nordeste concentra-se nos estados do Ceará
e Piauí, sendo responsáveis por 80 a 90% da produção de cera brasileira, ela ainda é pouco
expressiva quando comparada à produção comercial. Já o ouricuri ou licuri, por ser uma
palmeira totalmente aproveitável, vem sendo explorada desde os tempos coloniais. Esta
extração vem causando a destruição dos licurizais, que ainda são explorados em larga escala.
Hoje, a utilização da caatinga ainda se fundamenta em processos meramente
extrativistas para obtenção de produtos de origens pastoril, agrícola e madeireiro. No caso da
exploração pecuária, o superpastoreio de ovinos, caprinos, bovinos tem modificado a
composição florística do estrato herbáceo.
A exploração agrícola, com práticas de agricultura itinerante tem modificado tanto o
estrato herbáceo como o arbustivo-arbóreo. E, por último, a exploração madeireira que já tem
causado mais danos à vegetação lenhosa da caatinga do que a própria agricultura migratória
(SAMPAIO & BATISTA, 2004). As consequências desse modelo extrativista predatório se
fazem sentir principalmente nos recursos naturais renováveis da caatinga. Assim, já se
observa perdas irrecuperáveis da diversidade florística e faunística, aceleração do processo de
erosão e declínio da fertilidade do solo e da qualidade da água pela sedimentação.
Em recentes levantamentos na região, os dados da cobertura florestal demonstraram
valores inferiores a 50% por Estado, devido à exploração extensiva das espécies para lenha e
carvão, para suprir indústrias alimentícias, curtume, cerâmica, olarias, reformadoras de pneus,
panificadoras e pizzarias. Em municípios da Chapada do Araripe, onde se localizam indústrias
de gesso, o consumo de lenha atinge valores de 30.000m³/mês, o que resulta em um
desmatamento de aproximadamente 25 hectares por dia, sendo a produção de vegetação
nativa da região de ordem de 40m³/ha.
Quanto ao problema de reposição florestal, os trabalhos de reflorestamento se
concentram na exótica algarobeira (Prosopis juliflora (SW) DC), importante tanto quanto aos
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humanas”. O termo surgiu no fim dos anos 40 para identificar áreas que estavam ficando
parecidas com desertos ou aquelas em que os desertos aparentavam-se estar expandindo-se.
Esses locais são caracterizados pela escassez de chuva. As precipitações anuais variam
entre 250 a 800 mm/ano, geralmente concentradas em três ou quatro meses, alternadas com
prolongados períodos de seca. Cerca de 1 bilhão de pessoas (um sexto da população mundial)
mora em terras secas, que ocupam 37% da superfície terrestre. Nessas áreas, está também a
maior concentração de pobreza.
Mais vulneráveis à erosão, essas zonas têm passado por processos de degradação dos
solos, dos recursos hídricos, da vegetação e da biodiversidade somados à redução da
qualidade de vida da população. Por ser um problema global, a desertificação chamou a
atenção da comunidade internacional que, por meio da Organização das Nações Unidas
(ONU), que vem buscando saída para a questão e criando espaços para a discussão sobre o
tema desde a década de 70. No Brasil, 980 mil quilômetros estão sujeitos à desertificação e
existem diferentes causas para este fenômeno, quase todas associadas ao manejo inadequado
do solo, proporcionam perda dos recursos e a redução da capacidade produtiva das terras.
Os efeitos da degradação ambiental são maximizados por fatores estruturais, como má
distribuição de renda, alta densidade demográfica e incompatibilidade entre atividades
econômicas e as condições ambientais. No Nordeste, o descuido com a natureza tem criado
complicações que já podem ser percebidas: como a diminuição da disponibilidade de água,
assoreamento do Rio São Francisco, exposição excessiva dos solos a insolação por causa do
desmatamento, perda da umidade e a redução da biodiversidade da caatinga.
ASPECTOS METODOLÓGICOS
1. Método da Pesquisa
Este trabalho teve as suas atividades realizadas no município de Cajazeiras, no Estado
da Paraíba, através de uma metodologia fundamentada em dados teóricos e práticos dentro do
contexto físico-natural e sócio-econômico local, tendo com base de estudo o ecossistema da
caatinga.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Limita-se ao Oeste com Cachoeira dos Índios e Bom Jesus, ao Sul São José de
Piranhas, a Norte com Santa Helena, ao Norte e Leste com São João do Rio do Peixe e ao
Sudeste, com Nazarezinho. A cidade esta localizada num ponto estratégico em relação aos
estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte e outros municípios que compõem o
Sertão Paraibano (IBGE, 2011).
2. A Biodiversidade da Caatinga
A Biodiversidade reúne toda variedade de vida, desde os microrganismos até os
animais e as plantas. É o conjunto de espécies que estabelece uma inter-relação no qual cada
ser, por mais simples que seja, tem sua função fundamental na composição do ecossistema.
A biodiversidade da caatinga vem sofrendo uma autêntica erosão na quantidade e na
qualidade da vida vegetal e animal, com muitos reflexos na sócio-econômica. Recentes
estudos começam a destacar a singularidade da biodiversidade do bioma e uma política de
preservação de uso sustentável que deve ser implementada com a perspectiva de restauração
geral de todo o espaço geográfico do bioma da caatinga. O principal desafio na caatinga está
sendo a conservação da biodiversidade, porque está entre as menores prioridades de
investimento. Infelizmente, os governos e as organizações não-governamentais ainda não
trataram adequadamente, das potenciais relações para a conservação da biodiversidade.
Apesar da crescente pressão econômica e dos planos de desenvolvimento do governo,
as condições para a implementação de estratégias regionais para a conservação da biota da
caatinga estão atualmente melhores do que no passado. Em primeiro lugar, era preciso que as
informações científicas básicas e as diretrizes para conservação fossem reunidas e
disponibilizadas para os tomadores de decisão, como aconteceu no workshop da caatinga e
nas publicações subseqüentes. Hoje, as estratégias já podem ser discutidas e colocadas em
práticas através de projetos financiados pelo Governo Federal e as instituições particulares.
CONCLUSÃO
Neste trabalho, procurou-se buscar informações sobre a biodiversidade da caatinga no
município de Cajazeiras, Estado do Paraíba, levando em consideração os aspectos físico-
naturais e sócio-econômicos da região do semiárido nordestino. Procurou-se também
investigar a estrutura da população que vive na área predominante da caatinga dentro de uma
perspectiva de desenvolvimento integrado regional.
Diante dos aspectos apresentados nos resultados desta pesquisa, pode-se concluir que
o processo de ocupação e formação do espaço do semiárido nordestino brasileiro e, uso e
manejo dos recursos naturais disponíveis no ecossistema da caatinga têm produzido
transformações nesse bioma, principalmente com a extinção de espécies da flora e da fauna.
Verificou-se ainda, dentro desse processo, que as questões ambientais e sociais têm-se
tornado cruciais em decorrência da falta de orientação técnica e de conhecimentos adequados
para a exploração dos recursos naturais, tais como o uso de métodos agrícolas tradicionais
como a prática de queimadas, a exploração de madeira, a falta de incentivos agrícolas e
assistência técnica para os trabalhadores rurais da área, e a ausência de uma política de
controle e fiscalização do uso e exploração dos recursos naturais por parte dos órgãos
governamentais.
Esses resultados são indispensáveis para o conhecimento científico por apresentar
dados sobre a grande variedade de espécies existentes no ecossistema da caatinga, como
também o processo de degradação ambiental que ocorre decorrente da ação antrópica em
busca de recursos naturais para atender as expectativas de desenvolvimento do sistema
capitalista que necessita da natureza para atender as demandas do mercado consumidor
interno externo.
Por outro lado, os resultados deste trabalho mostram possibilidades de conservação da
biodiversidade da caatinga, através da gestão participativa, transformação das condições
negativas em resultados positivos que permitam melhorias na qualidade de vida da população
da região.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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por ocasião dos períodos glaciais quaternários. Paleoclimas São Paulo: Instituto de
Geografia, Universidade de São Paulo, 1997.
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PACHECO, J.F. Aves da Caatinga: uma análise histórica do conhecimento. In: J.M.C.
SILVA, M. TABARELLI, M.T. FONSECA & L.V. LINS (orgs.). Biodiversidade da
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Ministério do Meio Ambiente, 2004.
RODRIGUES, M.T. 2003. Herpetofauna da Caatinga. In: I.R. LEAL, M. TABARELLI &
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