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A INEXPLICÁVEL GRAÇA DE CRISTO

Esboço de Sermão
Pr. Edilson Araújo Santiago

Data: 07/06/2018
Categoria: Evangelístico

Texto base: Efésios 2.8-10


Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de
Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus
realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de
antemão para que nós as praticássemos.

Introdução:
A graça de Jesus é algo que não podemos explicar. É o reflexo do amor infinito e
incondicional de Deus para com a humanidade, e só se justifica porque Deus nos amou,
porque ele quis nos amar, e porque ele faz isso não por nossa causa, mas por causa dele
mesmo.
A graça de Cristo advém única e exclusivamente do Amor de Deus para conosco. Amor
que cobre uma multidão de pecados (1Pe 4.8), e faz com que Deus, sabedor de nossa
indignidade para com ele, decida nos presentear mesmo assim. Ele nos amou primeiro,
e nos ofereceu sua graça antes mesmo de nos decidirmos a viver por ele (Rm 5.8).
Se por um lado, na Antiga Aliança, o povo era regido por lei, agora, porém somos regidos
por graça, uma vez que o autor da graça cumpriu a lei, para que pudéssemos viver sem
o peso da obrigação da lei, ou seja, sendo totalmente livres para viver para o Senhor.
O texto que lemos deixa isso bem claro, e traz para nós algumas lições sobre a graça de
Cristo para as quais precisamos atentar.

1) Somos salvos pela graça (Ef. 2.8) – “Pois vocês são salvos pela graça (...)”
Todos nós nascemos debaixo de condenação. Todos nascemos com o pecado plantado
em nosso coração. Semente que, inevitavelmente, germinará um dia, nos destituindo
da glória de Deus (Rm 3.23). Não há escapatória. Desde o primeiro ser humano que pisou
esta terra, até o último que pisará, todos fomos contaminados pelo pecado. Isso quer
dizer que não é necessário ao ser humano fazer nada para ir para o inferno. Basta existir
nesse mundo, e permanecer vivo até que se atinja o que chamamos de “idade da razão”,
quando começamos a discernir o bem e o mal, e por natureza, optamos inevitavelmente
pelo segundo.
Desta forma, precisamos compreender que o assassino, o adúltero, o desonesto, o
idólatra, a prostituta, o viciado, e quaisquer outros rótulos que possamos conhecer,
receberão, se não forem alcançados pela graça, o mesmo fim do honesto, íntegro,
probo, ilibado, bom, etc., que também não tenha sido alcançado pela graça.
A princípio tal afirmação pode nos parecer injusta, mas quem somos nós para questionar
Deus no quesito justiça? Isaías 64.6 diz que “todos os nossos atos de justiça são como o
trapo imundo”. Portanto, por mais que nossa pequenina mente humana possa
questionar e discordar, na justiça de Deus a condenação é uma só, e veio pela
desobediência do homem, não importando quantas vezes nem em que níveis ela
aconteceu.
E é justamente aí que entra a graça de Cristo, que é manifesta na medida no nosso
pecado. Romanos 5.20 diz que “onde o pecado abundou, superabundou a graça”.
Logo, não há salvação senão pela graça de Cristo. Mesmo se vivermos uma vida honesta
e digna, ainda somos pecadores e somente por sua graça é que podemos obter a
salvação. Se alguém, ao contrário, vive uma vida podre e cheia de pecados, a esse
também é disponibilizada a graça, na medida de sua necessidade, para que também
possa obter a salvação.

2) Não há graça sem fé (Ef. 2.8) – “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé (...)”
Um dos grandes princípios do Evangelho de Cristo, é o da justificação pela fé. Só é
possível recebermos a graça de Cristo cremos verdadeiramente em sua graça e em seu
poder. O requisito para a salvação, descrito em Romanos 10.9-10 é confessar e crer. Sem
fé não é possível obter a graça de Cristo, que é disponibilizada ao homem nas seguintes
condições: ou cremos verdadeiramente em Jesus, em seu sacrifício vicário na cruz do
Calvário, em seu amor e sua compaixão, em sua graça salvadora e em seu poder de nos
tornar novas criaturas, e assim recebemos, por sua graça, a salvação de nossas almas,
ou optamos por não crer, e a condenação sob a qual nascemos continuará valendo e se
concretizará na eternidade, ao passarmos deste mundo.
Precisamos, portanto, compreender verdadeiramente o que vem a ser essa fé, essa
crença indubitável em Jesus e em sua graça. E o primeiro passo para essa compreensão
é aceitar que na graça não há a lei do mérito e demérito.
Muitos de nós, apesar de dizermos que cremos e que vivemos debaixo da graça, ainda
continuam crendo, lá no fundo, que nossas obras e atitudes vêm a ter alguma influência,
seja positiva, seja negativa na graça de Cristo derramada sobre nós. Prova disso é que
muitas vezes deixamos de falar ou pedir algo ao Senhor, porque aos nossos olhos, nossa
vida não está totalmente no prumo de Deus, e portanto, queremos primeiro corrigir
aquilo que não está correto, para que possamos nos sentir, então, com mais “moral”
para orar. Porque uma vez estando “livre” de pecado, aos meus olhos, eu posso “ir à
presença do Senhor” com mais segurança de que ele ouvirá minha oração.
É claro que a consciência do pecado é algo incômodo para nós que já experimentamos
a graça de Deus, e quando pecamos, a natureza de Deus que agora habita em nós, grita
contra nosso pecado, fazendo com que nossa consciência nos acuse do mesmo. Mas não
se pode confundir o incômodo do pecado com méritos e deméritos, pois se basta um só
pecado para que o homem seja destituído da glória de Deus e condenado ao inferno,
fosse nosso relacionamento com ele baseado em méritos e deméritos, bastaria um
único pecado para que não mais nos ouvisse, e não nos salvasse.
Esta afirmação, nos leva naturalmente à terceira lição que o texto nos apresenta:

3) Na graça, nossa obras são inúteis – “(...)não por obras, para que ninguém se glorie”
(Ef 2.9)
Certa vez, ainda adolescente, assisti a uma palestra na escola, sobre amor ao próximo.
A pessoa que a ministrou falou muito bem, da necessidade de nos amarmos uns aos
outros, e de nos ajudarmos mutuamente, enfatizando que somente assim nos
sentiríamos realizados enquanto seres humanos, pois somente demonstrando amor ao
próximo é que cumpriríamos o propósito de nossa existência.
Tudo muito belo e verdadeiro, exceto por algo que afirmou ao final. Disse ela: “tenho
buscado na caridade o objetivo de minha vida, para quando chegar diante de Deus, ele
se lembre de tudo que fiz, de como ajudei as pessoas, de como vivi para o próximo, e
assim ele terá misericórdia da minha alma e, quem sabe, me dará um lugar no céu”.
É dessa forma que muitos creem, e o diabo, inimigo de nossas almas, tem se aproveitado
dessa falta de fé e de conhecimento da Palavra de Deus, para fomentar esse sentimento
no coração do homem, fazendo com que o mesmo passe a vida toda tentando merecer
a graça de Deus por meio de suas obras, e ainda assim sejam, ao final, condenados ao
inferno, por não terem crido no Unigênito Filho de Deus. João Jo 3.18 deixa claro que
aquele que não crê já está condenado
Paulo afirma em Romanos 11.6 que “se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse,
a graça já não seria graça”.
Desta forma, resta indubitável que as boas obras são apenas um reflexo da graça que
opera e nós, e não uma condição para nossa salvação.

4) Pela graça, tudo foi concretizado em Cristo – “Porque somos criação de Deus
realizada em Cristo Jesus (...)” (Ef 2.10)
Criação realizada em Cristo. Obra prima do Senhor, concretizada nele. Criados por ele e
realizados nele. Tudo vem de Deus, tudo está centrado em Cristo. Nossa vida, nossas
obras, nossa salvação, nossa fé. Ele está no centro de tudo. Em Romanos 11.36, Paulo
afirma que “porque dele, por ele, e para ele são todas as coisas”.
Quer receber a salvação em Cristo, entenda que isso não acontecerá por meio de nossos
esforços, mas por meio do esforço dele. Não acontecerá por meio de promessas e
sacrifícios, mas por meio do sacrifício dele na cruz do calvário. Não ocorrerá por nosso
“bom” caráter, mas pelo caráter santo dele. Não é pela fé que nós desenvolvemos nele,
mas pela fé que ele nos deu (não vem de vós, é dom de Deus – Ef 2.8).
O que então precisamos fazer?
Receber. Receber a graça, receber o amor, receber o perdão, receber a vida, receber a
salvação, receber o presente, receber essa natureza de Deus, que é unicamente amor.
Amor a ele, amor ao próximo. “Nós o amamos, porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19).

Conclusão
Ele já fez tudo. Nele tudo se concretizou. É chegada a nós a salvação. Tito 2.11 diz:
“Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens”.
Não queiramos merecer. Apenas aceitemos sua graça, para que possamos experimentar
a vida que só Ele, Jesus, pode nos proporcionar. “eu vim para que tenham vida, e vida
em abundância” (Jo 10.10).
E uma vez experimentando essa verdadeira vida, convertidos a ele, libertos do peso da
lei, salvos por sua graça, livres, libertos, poderemos sim glorificar a ele com nossa vida,
e isso se manifestará em nós através de amor.

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