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Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 anos: Pena — reclusão, de oito
a quinze anos. § 1º Incorre nas mesmas penas quem
pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer
outra causa, não pode oferecer resistência.
Tipo objetivo
manter relacionamento sexual com uma das pessoas
vulneráveis elencadas no tipo penal.
não há situação admitida de compatibilidade entre o
desenvolvimento sexual e o início da prática sexual, O
consentimento da vítima, sua eventual experiência sexual
anterior ou a existência de relacionamento amoroso entre o
agente e a vítima não afastam a ocorrência do crime. A
presunção de violência é certa, independente de como
ocorreu (grave ameaça ou violência presumidas). Apenas o
erro de tipo pode afastar o delito, ex: menor mentiu sua
idade.
Condutas típicas
Consiste em ter conjunção carnal ou praticar qualquer outro
ato libidinoso. não se exige o emprego de violência física
ou grave ameaça, o consentimento da vítima não é válido.
Mas se houver o emprego de violência tal
aspecto deverá ser levado em conta pelo juiz na
fixação da pena-base (art. 59 do CP).
Pessoas vulneráveis
Os menores de 14 anos: se o ato for realizado no dia do
14º aniversário, a vítima não é mais considerada
vulnerável, e o fato é atípico, salvo se houve violência ou
grave ameaça, sendo estupro qualificado
qualquer outra forma de exploração sexual. Esta, tal qual a prostituição, deve
ter caráter habitual. Exs.: induzir uma menor a ser dançarina de
striptease, a dedicar-se a “fazer sexo” por telefone ou via internet por meio de
webcams (sem que haja efetivo contato físico com o cliente) etc.
Tentativa É possível.
Intenção de lucro
O inciso I pune quem faz programa sexual com pessoa menor de idade
que esteja se prostituindo ou sendo vítima de exploração sexual. Se maior não
há crime.
Em nenhum momento, esse texto exige que a vítima tenha sido induzida
à prostituição por terceiro, ao contrário, esclarece que o próprio cliente é autor
de favorecimento à prostituição, pois, dispondo-se a pagar pelo programa com
prostituta em tal faixa etária, estimula sua prática.
Segredo de justiça