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Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 1

INTRODUÇÃO

Dos transtornos psicológicos mais comuns e incapacitantes, o transtorno de pânico está

quase no topo da lista, visto que a principal finalidade da intervenção na crise é reduzir

a angústia emocional referida pelo cliente (Datillo, Freeman & cols, 2004).

Além, de causar sofrimento e incapacitação, também, provoca custos e sobrecarga nos

serviços primários de saúde. Contudo, quando é adequadamente tratado os doentes tem

enormes possibilidades de recuperarem (Ballenger, 2002).

Têm-se procurado explicar a etiologia do pânico, neste sentido, os psicobiólogos

contribuíram com a teoria septo-hipocampal, a teoria do locus coeruleus e a hipótese

benzodiazepinica do ácido gama-aminobutírico e, mais recentemente com o

tetrapeptídeo colicistocinina. Estas teorias tentam explicar o pânico pela acção de alguns

elementos neuroquímicos no cérebro (Datillo, Freeman & cols, 2004).

Outra tentativa de explicação é a existência de uma base genética específica para a

herança da predisposição ao transtorno do pânico (Datillo, Freeman & cols, 2004).

No entanto, a literatura mais actual sugere que as teorias psicológicas são mais apoiadas

pela pesquisa empírica que as psicobiológicas (Datillo, Freeman & cols, 2004).

A teoria cognitivo-comportamental do pânico refere que são os factores psicológicos e

não apenas os psicobiológicos que desencadeiam este transtorno. Esta teoria reconhece

que as anormalidades bioquímicas e a predisposição hereditária são importantes, mas

enfatiza a percepção de ameaça ou perigo, quer abarque acontecimentos externos

(ambientais), quer internos (sensações corporais) (Datillo, Freeman & cols, 2004).

Além disso, as concepções teóricas actuais salientam a importância das respostas

psicológicas associadas a um conjunto de sensações fisiológicas, nomeadamente a

abordagem biopsicossocial, que refere que o primeiro ataque de pânico é uma falha do
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sistema do medo sobre acontecimentos de vida stressantes em indivíduos fisiológica e

psicologicamente vulneráveis (Barlow, 1988).

Barlow, Wolpe & Rowan (1988) salientam a natureza traumática do primeiro ataque de

pânico e a consequente aprendizagem que ocorre. Daí que, a probabilidade de se

desenvolver associações atemorizantes com o contexto situacional e as sensações

corporais presentes no ataque de pânico inicial seja maior.

Assim, o ataque de pânico é considerado uma fobia de sensações físicas. Porém, este é

distinto das outras fobias por dois motivos. Por um lado, as evocações atemorizantes

internas podem intensificar-se devido à ansiedade e ao medo. Por outro lado, as

evocações internas do medo têm tendência a ser menos previsíveis e menos sujeitas à

fuga que as situações ou objectos fóbicos externos (Barlow, 1988).

Para o Transtorno de Pânico Sem Agorafobia, a DSM-IV (2004) apresenta os seguintes

critérios de diagnóstico:

A. Ambos (1) e (2):

1) Ataques de Pânico inesperados e recorrentes

2) Pelo menos um dos ataques foi seguido por um mês (ou mais) de um (ou mais) do

seguinte:

 Preocupação persistente acerca de ter ataques adicionais

 Preocupação acerca das implicações dos ataques ou das suas consequências (por

exemplo, ter um ataque cardíaco ou “enlouquecer”)

 Uma alteração significativa no comportamento relacionado com os ataques

B. Ausência de Agorafobia

C. Os Ataques de Pânico não são provocados pelos efeitos fisiológicos directos de uma

substância (por exemplo, abuso de droga ou de medicação) ou por um estado físico

geral (por exemplo, hipertiroidismo)


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D. Os Ataques de Pânico não são melhor explicados por outra perturbação mental, como

Fobia Social, Fobia Específica, Perturbação Obsessivo-Compulsiva, Perturbação de

Stress Pós- Traumático, ou por Perturbação por Ansiedade de Separação.

Os sintomas de ansiedade apresentam-se de uma forma mais ou menos repentina, com

sensação de medo intenso e uma série de sintomas somáticos que variam de acordo com

os doentes (Ruiz, Cuadrado & Rodriguez, 2001).

Relativamente à duração do ataque esta pode ser espaçada no tempo e pode, também,

ser facilmente definida pelo doente (Ruiz, Cuadrado & Rodriguez, 2001).

Quanto ao curso, ao longo da vida, geralmente é crónico e flutuante. Acontecimentos

como a morte de pessoas significativas, separações ou perdas podem-se associar com o

despoletar das crises (Mari, Peres, Razzouk, Peres & Porto, 2002).

Contudo, o Transtorno de Pânico quando é bem tratado apresenta um bom prognóstico,

com uma grande probabilidade dos doentes se recuperarem (Ito & cols, 1998).

PERTINÊNCIA

A pertinência da escolha do tema prende-se com facto de ser uma perturbação muito

comum, bem como, por ser de grande interesse para as autoras do trabalho. Desta

forma, pretende-se identificar as questões eticamente relevantes e fundamentá-las,

apresentar as alternativas para os dilemas e, por último, enfatizar os princípios

deontológicos que foram desrespeitados pelo psicólogo em causa. Assim, a grande

finalidade é elaborar um guia prático para os profissionais de psicologia.

A morte por suicídio normalmente está associada à depressão. A literatura refere auto-

destrutivos experienciados por indivíduos com ansiedade e pânico, raramente levam à

morte. O que se verificou foi que existia uma elevada taxa de mortalidade em pacientes

com perturbação de pânico, concluindo que tais dados (mortalidade) eram devidos, em
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grande parte ao suicídio (Marlow & Cerry, 1999). Daí que também é relevante, neste

trabalho, verificar quais os princípios salvaguardados mediante uma situação de crise,

nomeadamente, o suicídio.

A bioética é importante uma vez que é entendida como uma ética inserida na prática

clínica tendo por objectivo encontrar justificações para as acções humanas, verificando

a sua adequação ou inadequação (Werlang & Botega, 2004).

Os dilemas éticos são situações onde profissionais encontram dois ou mais caminhos

competitivos de acção. Ao escolher um dos caminhos de acção, eles devem

comprometer-se com os princípios éticos suportando outros caminhos competitivos de

acção (Bersoff, 1995).

Um código ético deve servir como guia para resolver problemas morais, confrontando

os membros da profissão com os seus ideais primários para proteger o público que

servem (Bersoff, 1995).

No presente trabalho, os princípios éticos da APPORT (Associação de psicólogos

Portugueses) e da APA (American Psychological Association) justificarão as alternativas

elaboradas para cada dilema apresentado.

Há que salientar que, o Principio Especifico Responsabilidades Éticas, especificamente

familiarização com o Código de Ética e outras directrizes e a aplicação do mesmo na

prática profissional do profissional de psicologia, deverá estar presente na resolução de

todos os dilemas e alternativas que se seguem.

DILEMAS ÉTICOS

Relacionados com o psicólogo, cliente e contexto:

1º Dilema:
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 Na ocorrência de um ataque de pânico as resistências psicológicas do cliente ficaram

diminuídas.

Alternativas:

- O psicólogo tem que ter em conta as resistências psicológicas do cliente,

desenvolvendo estratégias de coping adequadas.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

GERAIS:

Competência:

Através desta alternativa o psicólogo “mantêm elevados padrões de competência no seu

trabalho (...)”. “Apenas fornece os serviços e utiliza as técnicas para as quais se

encontra qualificado através de educação, treino formal e/ou prática .Reconhece a

necessidade de formação contínua, mantendo assim actualizadas as suas

competências”.

Responsabilidade:

Ao ter em conta as resistências psicológicas do cliente, “O psicólogo reconhece as suas

responsabilidades profissionais (...)”. “Pesa as consequências das suas actividades

profissionais em termos do utente, da profissão (...)”. “O psicólogo mantêm elevados

padrões de conduta, clarificam os seus papéis, obrigações profissionais e assumem a

responsabilidade apropriada pelo seu comportamento (...)”.

Respeito Pelos Direitos E Dignidade Humanas:

È salvaguardado, uma vez que, “O psicólogo toma as medidas necessárias para evitar

prejudicar aqueles com quem interagem profissionalmente e para minimizar danos

quando eles sejam previsíveis e inevitáveis.”

Integridade:
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Além disso, “O psicólogo promove a integridade na (...) prática da psicologia. Nestas

actividades os psicólogos são honestos, justos e mantêm o respeito pelos outros”.

ESPECÍFICOS:

1 - Responsabilidade:

“ Os psicólogos... São responsáveis pelas consequências do seu trabalho assegurando-

se na medida do possível, que os seus serviços não são utilizados para (...) ou para

oprimir qualquer indivíduo”.

Especificamente

Relação Profissional:

1.“... conscientes de que são representantes da sua profissão perante o utente...”

Consequências:

3. “ Esforçam-se por prever na medida do possível, as implicações dos seus serviços

no sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos”.

4. “Se sabem do abuso ou utilização incorrecta do seu trabalho, tomam as medidas

necessárias à sua correcção ou minimização”.

2 – Competência:

Especificamente

Competência:

1. “Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”.

Limites Da Competência:

4. “Avaliam a natureza e extensão da sua actividade, científica e profissional, à luz da

sua competência”.

3 – Respeito Pelos Outros


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“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, auto-determinação e autonomia”.

2º Dilema

 O psicólogo percebeu que não tem competências para lidar com o caso.

Alternativas:

- Pedir ajuda sem quebrar o princípio de confidencialidade;

- Encaminhar o caso para outro profissional que tenha competências para tal.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

GERAIS

Competência:

“Os psicólogos mantêm elevados níveis de padrões de competência no seu trabalho e

reconhecem os limites das suas competências particulares. Apenas fornecem os

serviços e utilizam as técnicas para os quais se encontram qualificados através de

educação, treino formal e/ou prática. Reconhecem a necessidade de formação

contínua, mantendo assim actualizadas as suas competências”.

Responsabilidade:

(...). “Pesam as consequências das suas actividades profissionais em termos de utente,

da profissão e da sociedade”. “Os psicólogos mantêm elevados padrões de conduta,

clarificam os seus papéis, obrigações profissionais e assumem a responsabilidade

apropriada pelo seu comportamento, nomeadamente pela escolha, aplicação e

consequências das estratégias, métodos e técnicas que utilizam”.

Respeito Pelos Direitos E Dignidade Humanas:


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“Os psicólogos respeitam e promovem os direitos fundamentais das pessoas, a sua

liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e bem estar psicológico. Os psicólogos

tomam as medidas necessárias para evitar prejudicar aqueles com quem interagem

profissionalmente e para minimizar danos quando eles sejam previsíveis e inevitáveis”.

Integridade:

(...),” os psicólogos são honestos, justos e mantêm o respeito pelos outros”

ESPECÍFICOS

1 – Responsabilidade

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais para ....e são

responsáveis pelas consequências do seu trabalho assegurando-se, na medida do

possível, que os seus serviços não são utilizados para ofender, explorar ou oprimir

qualquer indivíduo”.

Especificamente

Relação Profissional:

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho, estando ao mesmo tempo

conscientes de que são representantes da sua profissão perante o utente...”.

Consequências:

3. “ Esforçam-se por prever na medida do possível, as implicações dos seus

serviços no sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos”.

2 – Competência

“(...) Têm em consideração as limitações impostas pela sua educação, treino formal

e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar”.

Especificamente competência: 1 – “Esforçam-se por manter padrões elevados de

qualidade no seu trabalho”.

Manutenção Da Competência:
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3. “....reconhecem a necessidade de formação especializada”.

Limites Da Competência:

4 . “...Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma tarefa,

encaminham-na para outro ou recorrem a supervisão, tomando a responsabilidade de,

na medida do possível, encontrar soluções alternativas.”

6. “Reconhecem que os seus problemas ou conflitos pessoais podem interferir com a

sua competência profissional, procurando em tais casos ajuda profissional o mais cedo

possível”.

3 - Respeito Pelos Outros

“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade....”.

Especificamente

Respeito Pelo Cliente:

2. “Informam os clientes, o mais cedo possível e de um modo compreensível, sobre

(...), a confidencialidade...”

Abuso Do Poder:

4.“ Não tentam levar os clientes a revelar algo contra a sua vontade...”.

7. “ Não participam em actividades cujo objectivo seja, através de métodos coercivos,

forçar alguém a revelar informação...”.

8. “ Mantêm-se conscientes (...)do seu papel nas relações, não fazendo mau uso dos seu

poder e posição...”

4 – Confidencialidade

“Os psicólogos, na prática da sua actividade profissional e dentro dos limites impostos

pela legislação em vigor (sigilo profissional)..., a confidencialidade do que lhes é


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transmitido, ou aquilo que venham a saber acerca da vida privada dos clientes,

incluindo a existência da própria relação profissional”.

Especificamente

Discussão Da Confidencialidade:

1.“ Discutem com os clientes, no início da relação profissional, a natureza e âmbito da

confidencialidade e os usos da informação gerada através dos serviços que prestam.

Esta discussão deve ser retomada sempre que novas situações o exijam”.

Divulgação De Informação:

2. “Podem divulgar informação confidencial com o consentimento apropriado do

cliente ou do seu representante legal”.

4. “Quando são membros de uma equipa podem, com o consentimento dos clientes,

fornecer informação acerca destes a outros elementos da equipa, se isto for do interesse

do cliente”.

Registos:

8. “Mantêm a confidencialidade na criação, armazenamento, transferência e

destruição de qualquer tipo de registos sob o seu controlo protegendo-os do acesso,

presente e futuro, de pessoas não autorizadas”.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios (2ª alternativa):

Incluem-se nesta alternativa todos os princípios supramente referidos na 1ª alternativa.

3º Dilema

 A vida pessoal e/ou os acontecimentos de vida do psicólogo interfere na relação

terapêutica psicólogo –cliente.

Alternativas:

- Encaminhar o caso para outro profissional que tenha competências para tal
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 11

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

GERAIS

Competência:

“Os psicólogos mantêm elevados níveis de padrões de competência no seu trabalho e

reconhecem os limites das suas competências particulares. Apenas fornecem os

serviços e utilizam as técnicas para os quais se encontram qualificados através de

educação, treino formal e/ou prática. Reconhecem a necessidade de formação

contínua, mantendo assim actualizadas as suas competências”.

Responsabilidade:

(...). “Pesam as consequências das suas actividades profissionais em termos de utente,

da profissão e da sociedade”. “Os psicólogos mantêm elevados padrões de conduta,

clarificam os seus papéis, obrigações profissionais e assumem a responsabilidade

apropriada pelo seu comportamento, nomeadamente pela escolha, aplicação e

consequências das estratégias, métodos e técnicas que utilizam”.

Respeito Pelos Direitos E Dignidade Humanas:

“Os psicólogos respeitam e promovem os direitos fundamentais das pessoas, a sua

liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e bem estar psicológico. Os psicólogos

tomam as medidas necessárias para evitar prejudicar aqueles com quem interagem

profissionalmente e para minimizar danos quando eles sejam previsíveis e inevitáveis”.

Integridade:

“(...), os psicólogos são honestos, justos e mantêm o respeito pelos outros”

ESPECÍFICOS

1 – Responsabilidade
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 12

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais para ....e

são responsáveis pelas consequências do seu trabalho assegurando-se, na medida do

possível, que os seus serviços não são utilizados para ofender, explorar ou oprimir

qualquer indivíduo”.

Especificamente

Relação Profissional:

1. “Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho, estando ao mesmo tempo

conscientes de que são representantes da sua profissão perante o utente...”.

Consequências:

3. “ Esforçam-se por prever na medida do possível, as implicações dos seus

serviços no sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos”.

2 – competência

“(...) Têm em consideração as limitações impostas pela sua educação, treino formal

e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar”.

Especificamente

competência:

1. “Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”.

Manutenção Da Competência:

3. “....reconhecem a necessidade de formação especializada”.

Limites Da Competência:

4. “...Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma tarefa,

encaminham-na para outro ou recorrem a supervisão, tomando a responsabilidade de,

na medida do possível, encontrar soluções alternativas.”


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6. “Reconhecem que os seus problemas ou conflitos pessoais podem interferir com a

sua competência profissional, procurando em tais casos ajuda profissional o mais cedo

possível”.

3 - Respeito Pelos Outros

“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade....”.

Especificamente

Respeito Pelo Cliente:

2. “Informam os clientes, o mais cedo possível e de um modo compreensível, sobre (...),

a confidencialidade...”

Abuso Do Poder:

4.“ Não tentam levar os clientes a revelar algo contra a sua vontade...”.

7. “ Não participam em actividades cujo objectivo seja, através de métodos coercivos,

forçar alguém a revelar informação...”.

8. “ Mantêm-se conscientes (...)do seu papel nas relações, não fazendo mau uso dos seu

poder e posição...”

4 – Confidencialidade

“Os psicólogos, na prática da sua actividade profissional e dentro dos limites impostos

pela legislação em vigor (sigilo profissional)..., a confidencialidade do que lhes é

transmitido, ou aquilo que venham a saber acerca da vida privada dos clientes,

incluindo a existência da própria relação profissional”.

Especificamente

Discussão Da Confidencialidade:
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1- “ Discutem com os clientes, no início da relação profissional, a natureza e âmbito da

confidencialidade e os usos da informação gerada através dos serviços que prestam.

Esta discussão deve ser retomada sempre que novas situações o exijam”.

Divulgação De Informação:

2. “Podem divulgar informação confidencial com o consentimento apropriado do

cliente ou do seu representante legal”.

4. “Quando são membros de uma equipa podem, com o consentimento dos clientes,

fornecer informação acerca destes a outros elementos da equipa, se isto for do interesse

do cliente”.

Registos:

8. “Mantêm a confidencialidade na criação, armazenamento, transferência e destruição

de qualquer tipo de registos sob o seu controlo protegendo-os do acesso, presente e

futuro, de pessoas não autorizadas”.

4º Dilema:

 O psicólogo descura as variáveis socio-demográficas do cliente.

Alternativas:

- Recolher informação socio-demográfica através de uma entrevista semi-estruturada ou

de um questionário sócio-demográfico.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

GERAIS

Competência:

“Os psicólogos mantêm elevados padrões de competência no seu trabalho e

reconhecem os limites das suas competências particulares. Apenas fornecem os

serviços e utilizam as técnicas para os quais se encontram qualificados através de


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educação, treino formal e/ou prática. Reconhecem a necessidade de formação

contínua, mantendo assim actualizadas as suas competências.” O psicólogo não estaria

a ser um profissional competente se continuasse a não ter em atenção os padrões de

competência, no entanto a alternativa será uma atitude competente.

Responsabilidade:

“Os psicólogos reconhecem as suas responsabilidades profissionais para a comunidade

e sociedade. Pesam as consequências das suas actividades profissionais em termos do

utente, da profissão e da sociedade. Os psicólogos mantêm elevados padrões de

conduta, clarificam os seus papéis, obrigações profissionais e assumem a

responsabilidade apropriada pelo seu comportamento, nomeadamente pela escolha,

aplicação e consequências das estratégias, métodos e técnicas que utilizam. Os

psicólogos reconhecem a sua responsabilidade científica utilizando, desenvolvendo e

divulgando o conhecimento psicólogo de modo a contribuir para o bem-estar humano.”

O psicólogo agiu profissionalmente ao ter em atenção as consequências que daí

poderiam advir, e desta forma a alternativa foi recolher a informação sócio-demográfica

através de entrevista e o questionário sócio-demográfico.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humana:

“Os psicólogos respeitam e promovem os direitos fundamentais das pessoas, a sua

liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e bem-estar psicólogo. Os psicólogos

tomam as medidas necessárias para evitar prejudicar aqueles com quem interagem

profissionalmente e para minimizar danos quando eles sejam previsíveis e inevitáveis”.

Aplica-se este princípio ao presente caso se entendermos como direito do cliente um

correcto diagnóstico, que se realizará através da segunda avaliação, proposta na

alternativa.

Integridade:
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 16

“Os psicólogos promovem a integridade na ciência, ensino e prática da psicologia.

Nestas actividades os psicólogos são honestos, justos e mantêm o respeito pelos

outros”. O psicólogo demonstrou ser honesto, justo e respeitador para com o cliente,

uma vez que reconheceu a sua falha na avaliação e recorre a uma alternativa para tentar

colmatar a sua falha.

ESPECÍFICOS

1– Responsabilidade

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais para com a

comunidade e sociedade e são responsáveis pelas consequenciais do seu trabalho

assegurando-se, na medida do possível, que os seus serviços não são utilizados para

ofender, explorar ou oprimir qualquer indivíduo”.

Especificamente:

Relação profissional:

1.”Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho, estando ao mesmo tempo

conscientes de que são representantes da sua profissão perante o utente e público em

geral”.

2.”Clarificam no início da prestação de serviços e na medida do possível, a natureza da

relação profissional, nomeadamente o seu papel, a natureza do pedido, as partes

envolvidas e o uso provável dos serviços prestados ou informação obtida”.

Consequências:

3.“Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos”

4.“Se sabem do abuso ou utilização incorrecta do seu trabalho, tomam as medidas

necessárias à sua correcção ou minimização”.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 17

Este último ponto ajustar-se completamente a este dilema ético, pois numa primeira fase

de uma utilização incorrecta dos seus conhecimentos relativos a avaliação psicológica,

recorre imediatamente com uma alternativa na tentativa de corrigir ou minimizar

possíveis danos.

2– Competência

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica quando fazem juízos ou estão envolvidos em actividades de ordem científica

ou profissional, fazendo um esforço contínuo de actualização desse mesmo

conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas pela sua educação, treino

e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar”.

Especificamente:

Competência

1.”Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho

2. “Estão conscientes das competências específicas exigidas para trabalhar com grupos

de pessoas com características próprias, como idade, sexo, etnia, religião e orientação

sexual, entre outras”

Limites da competência:

4. “Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da

sua competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma

tarefa, encaminham-se para outro ou recorrem a supervisão, tomando a

responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções alternativas”.

Este limite de competência é enquadrável ao dilema ético em causa pois recorre a uma

solução alternativa à avaliação inicialmente errada.

3- Respeito Pelos Outros


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 18

“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, autodeterminação e autonomia. Não tiram vantagens da relação

profissional para obter ganhos injustificados ou irrazoáveis”.

Especificamente:

Abuso de poder:

4).“Não tentam levar os clientes a revelar algo contra a sua vontade ou produzir

material que não seja necessário para a situação de tratamento”.

5.“Não realizam avaliações ou intervenções desnecessárias”.

Embora os resultados da avaliação inicial não tenham levado a um diagnóstico correcto,

estes dois pontos são importantes para a intervenção terapeutica. Deve haver uma

complementação entre a primeira e segunda avaliação.

5 - Avaliação E Intervenção

“Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos. Seleccionam eles próprios os métodos e/ou participam activamente nas

decisões da equipa responsável pela escolha”. Neste contexto, aspiram a formular as

suas afirmações, de modo adequadas aos seus interlocutores e de forma a que não

possam ser mal entendidas ou utilizadas.

Especificamente:

Competência:

1.“Quando avaliam, os psicólogos/as analisam, interpretam e retiram as conclusões,

não deixando essas tarefas para outros”. As afirmações deixam claras as certezas dos

psicólogos nos métodos que lhe servem de base.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 19

4.“Quando reportam resultados de avaliação, apenas fornecem a informação que é

relevante para o assunto em causa e demonstram grande cuidado ao utilizarem

conceitos relacionados com normalidade e patologia”.

Comunicação dos resultados

5.“Após terminar uma avaliação os psicólogos informam os clientes, sempre que

possível e de um modo compreensível, acerca das suas opiniões ou conteúdos de

qualquer informação. Excepções podem ser feitas se outro além do cliente é o

comprador dos serviços, com o entendimento de que o cliente o sabe ou consentiu”.

Aqui o ponto principal deste dilema encontra-se principalmente numa avaliação

incompleta e, que por conseguinte, levará a um diagnóstico errado. Desta forma, é

importante a escolha de uma alternativa mediante os pontos acima mencionados deste

principio, pois demonstra uma boa formação do psicólogo.

9 - Responsabilidades Éticas

“Os psicólogos têm a responsabilidade de conhecer e divulgar a ideia base e as

diferentes disposições do Código de Ética e das directrizes específicas”.

Especificamente:

1. “Familiaridade com o Código de Ética e outras directrizes aplicando-os no exercício

da sua actividade profissional”.

Este ponto é importante nesta situação, na medida em que, é necessário conhecer

antecipadamente o código de ética para poder escolher a alternativa mais apropriada a

seguir.

5º Dilema:

 O cliente apresenta problemas orgânicos aos quais não sabe atribuir a causa e o

psicólogo negligencia a informação sobre o historial médico do mesmo.

Alternativas:
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 20

- O psicólogo deve ter em atenção a história clínica do cliente, nomeadamente,

acedendo ao médico de família ou a outros profissionais envolvidos.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

Competência:

“Os psicólogos mantêm elevados padrões de competência no seu trabalho e

reconhecem os limites das suas competências particulares. Apenas fornecem os

serviços e utilizam as técnicas para os quais se encontram qualificados através de

educação, treino formal e/ou prática. Reconhecem a necessidade de formação

contínua, mantendo assim actualizadas as suas competências.” O psicólogo não estaria

a ser um profissional competente se continuasse a não ter em atenção os padrões de

competência, no entanto a alternativa será uma atitude competente.

Responsabilidade:

“Os psicólogos reconhecem as suas responsabilidades profissionais para a comunidade

e sociedade. Pesam as consequências das suas actividades profissionais em termos do

utente, da profissão e da sociedade. Os psicólogos mantêm elevados padrões de

conduta, clarificam os seus papéis, obrigações profissionais e assumem a

responsabilidade apropriada pelo seu comportamento, nomeadamente pela escolha,

aplicação e consequências das estratégias, métodos e técnicas que utilizam. Os

psicólogos reconhecem a sua responsabilidade científica utilizando, desenvolvendo e

divulgando o conhecimento psicólogo de modo a contribuir para o bem-estar humano.”

O psicólogo agiu profissionalmente ao recorrer à alternativa, recolhendo assim a

informação necessária do cliente junto do médico de família ou outros profissionais

envolvidos.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humana:


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 21

“Os psicólogos respeitam e promovem os direitos fundamentais das pessoas, a sua

liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e bem-estar psicólogo. Os psicólogos

tomam as medidas necessárias para evitar prejudicar aqueles com quem interagem

profissionalmente e para minimizar danos quando eles sejam previsíveis e inevitáveis”.

Aplica-se este princípio visto o psicólogo ter percebido a tempo a sua falha, pois se não

fosse assim estaria a ser egoísta ao observar o cliente apenas numa vertente psicológica

e descurando as outras.

Integridade:

“Os psicólogos promovem a integridade na ciência, ensino e prática da psicologia.

Nestas actividades os psicólogos são honestos, justos e mantêm o respeito pelos

outros”. O facto de o psicólogo perceber a tempo a sua falha e elegendo uma possível

alternativa, demonstra ser um profissional honesto, justo e respeitador para com o

cliente.

ESPECÍFICOS

1 – Responsabilidade

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais para com a

comunidade e sociedade e são responsáveis pelas consequenciais do seu trabalho

assegurando-se, na medida do possível, que os seus serviços não são utilizados para

ofender, explorar ou oprimir qualquer indivíduo”.

Especificamente:

Relação profissional:

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho, estando ao mesmo tempo

conscientes de que são representantes da sua profissão perante o utente e público em

geral”.

2.“Clarificam no início da prestação de serviços e na medida do possível, a natureza


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 22

da relação profissional, nomeadamente o seu papel, a natureza do pedido, as partes

envolvidas e o uso provável dos serviços prestados ou informação obtida”.

Consequências:

3.“Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos”.

4.“Se sabem do abuso ou utilização incorrecta do seu trabalho, tomam as medidas

necessárias à sua correcção ou minimização”.

Todos os pontos mencionados deste princípio, mostram que o psicólogo esta a agir com

responsabilidade profissional para com a comunidade, visto ter percebido o seu erro e

arranjando uma alternativa”.

2– Competência

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica quando fazem juízos ou estão envolvidos em actividades de ordem científica

ou profissional, fazendo um esforço contínuo de actualização desse mesmo

conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas pela sua educação, treino

e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar”.

Especificamente:

Competência

1.“Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”.

2.“Estão conscientes das competências específicas exigidas para trabalhar com grupos

de pessoas com características próprias, como idade, sexo, etnia, religião e orientação

sexual, entre outras”

Limites da competência:

4.“Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da

sua competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 23

tarefa, encaminham-se para outro ou recorrem a supervisão, tomando a

responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções alternativas”.

O facto de o psicólogo encontrar uma solução alternativa, faz com que este limite de

competência seja enquadrável a este dilema ético.

3- Respeito Pelos Outros

“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, autodeterminação e autonomia. Não tiram vantagens da relação

profissional para obter ganhos injustificados ou irrazoáveis”

Especificamente:

Abuso de poder:

4.“Não tentam levar os clientes a revelar algo contra a sua vontade ou produzir

material que não seja necessário para a situação de tratamento”.

5.“Não realizam avaliações ou intervenções desnecessárias”.

Deve haver por parte do psicólogo, uma complementação entre a primeira e segunda

avaliação. Demonstrando assim, que apesar de a avaliação inicial não ter sida a mais

correcta, percebeu a tempo, demonstrando respeito pela integridade pessoal dos

indivíduos.

5 - Avaliação E Intervenção

“Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos. Seleccionam eles próprios os métodos e/ou participam activamente nas

decisões da equipa responsável pela escolha. Neste contexto, aspiram a formular as


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 24

suas afirmações, de modo adequadas aos seus interlocutores e de forma a que não

possam ser mal entendidas ou utilizadas”.

Especificamente:

Competência:

1.“Quando avaliam, os psicólogos/as analisam, interpretam e retiram as conclusões,

não deixando essas tarefas para outros. As afirmações deixam claras as certezas dos

psicólogos nos métodos que lhe servem de base”.

4.“Quando reportam resultados de avaliação, apenas fornecem a informação que é

relevante para o assunto em causa e demonstram grande cuidado ao utilizarem

conceitos relacionados com normalidade e patologia”.

Comunicação dos resultados

5.“Após terminar uma avaliação os psicólogos informam os clientes, sempre que

possível e de um modo compreensível, acerca das suas opiniões ou conteúdos de

qualquer informação. Excepções podem ser feitas se outro além do cliente é o

comprador dos serviços, com o entendimento de que o cliente o sabe ou consentiu”.

O ponto central deste dilema encontra-se mais especificamente numa avaliação inicial

menos correcta e, que por conseguinte, levaria a um diagnóstico errado. Assim, torna-se

importante a eleição de uma alternativa tendo como pontos orientadores os acima

referenciados, provando a boa formação do profissional.

9 - Responsabilidades Éticas

“Os psicólogos têm a responsabilidade de conhecer e divulgar a ideia base e as

diferentes disposições do Código de Ética e das directrizes específicas”.

Especificamente:

1.“Familiaridade com o Código de Ética e outras directrizes aplicando-os no exercício

da sua actividade profissional”.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 25

Este ponto é relevante neste caso, uma vez que, é essencial conhecer previamente o

código de ética para também ajudar a escolher a alternativa mais adequada a seguir.

6º Dilema:

 O psicólogo não recolheu dados acerca da história desenvolvimental.

Alternativas:

- O psicólogo deve fazer uma boa anamnese ao cliente para recolher tais dados.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

Competência:

“Os psicólogos mantêm elevados padrões de competência no seu trabalho e

reconhecem os limites das suas competências particulares. Apenas fornecem os

serviços e utilizam as técnicas para os quais se encontram qualificados através de

educação, treino formal e/ou prática. Reconhecem a necessidade de formação

contínua, mantendo assim actualizadas as suas competências.” O psicólogo não estaria

a ser um profissional competente se continuasse a não ter em atenção a história

desenvolvimental dele, sendo a alternativa escolhida a melhor opção.

Responsabilidade:

“Os psicólogos reconhecem as suas responsabilidades profissionais para a comunidade

e sociedade. Pesam as consequências das suas actividades profissionais em termos do

utente, da profissão e da sociedade. Os psicólogos mantêm elevados padrões de

conduta, clarificam os seus papéis, obrigações profissionais e assumem a

responsabilidade apropriada pelo seu comportamento, nomeadamente pela escolha,

aplicação e consequências das estratégias, métodos e técnicas que utilizam. Os

psicólogos reconhecem a sua responsabilidade científica utilizando, desenvolvendo e

divulgando o conhecimento psicólogo de modo a contribuir para o bem-estar humano.”


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 26

O psicólogo agiu profissionalmente ao ter em atenção as consequências que adviriam da

falta de informação acerca da sua história desenvolvimental e recorreu a uma nova

anamnese.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humana:

“Os psicólogos respeitam e promovem os direitos fundamentais das pessoas, a sua

liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e bem-estar psicólogo. Os psicólogos

tomam as medidas necessárias para evitar prejudicar aqueles com quem interagem

profissionalmente e para minimizar danos quando eles sejam previsíveis e inevitáveis”.

Este princípio é aplicável ao dilema em causa se entendermos como um direito do

cliente um correcto diagnóstico, que será feito, através de uma boa anamnese.

Integridade:

“Os psicólogos promovem a integridade na ciência, ensino e prática da psicologia.

Nestas actividades os psicólogos são honestos, justos e mantêm o respeito pelos

outros”. O profissional demonstrou ser honesto, justo e respeitador para com o cliente,

uma vez que percebeu a sua falha na avaliação e recorreu a uma nova anamnese como

alternativa para tentar superar a sua falha.

ESPECÍFICOS

1 – Responsabilidade

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais para com a

comunidade e sociedade e são responsáveis pelas consequenciais do seu trabalho

assegurando-se, na medida do possível, que os seus serviços não são utilizados para

ofender, explorar ou oprimir qualquer indivíduo”.

Especificamente:

Relação profissional:
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 27

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho, estando ao mesmo tempo

conscientes de que são representantes da sua profissão perante o utente e público em

geral”.

2.“Clarificam no início da prestação de serviços e na medida do possível, a natureza

da relação profissional, nomeadamente o seu papel, a natureza do pedido, as partes

envolvidas e o uso provável dos serviços prestados ou informação obtida”.

Consequências:

3.“Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos”.

4.“Se sabem do abuso ou utilização incorrecta do seu trabalho, tomam as medidas

necessárias à sua correcção ou minimização”.

Este último ponto enquadra-se perfeitamente neste dilema ético, porque o profissional

após se aperceber do seu erro recorre rapidamente a uma alternativa.

2 – Competência

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica quando fazem juízos ou estão envolvidos em actividades de ordem científica

ou profissional, fazendo um esforço contínuo de actualização desse mesmo

conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas pela sua educação, treino

e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar”.

Especificamente:

Competência

1.”Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”

2.“Estão conscientes das competências específicas exigidas para trabalhar com grupos

de pessoas com características próprias, como idade, sexo, etnia, religião e orientação

sexual, entre outras”.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 28

Limites da competência:

4.“Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da

sua competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma

tarefa, encaminham-se para outro ou recorrem a supervisão, tomando a

responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções alternativas”.

Este limite de competência é adequa-se ao dilema ético em questão na medida em que

procura uma solução alternativa à primeira avaliação.

3-Respeito Pelos Outros

“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, autodeterminação e autonomia. Não tiram vantagens da relação

profissional para obter ganhos injustificados ou irrazoáveis”.

Especificamente:

Abuso de poder:

4. “Não tentam levar os clientes a revelar algo contra a sua vontade ou produzir material

que não seja necessário para a situação de tratamento”.

5. “Não realizam avaliações ou intervenções desnecessárias”.

O psicólogo deve perceber que é importante que haja uma ligação entre a primeira e

segunda avaliação.

5 - Avaliação e Intervenção

“Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos. Seleccionam eles próprios os métodos e/ou participam activamente nas

decisões da equipa responsável pela escolha. Neste contexto, aspiram a formular as


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 29

suas afirmações, de modo adequadas aos seus interlocutores e de forma a que não

possam ser mal entendidas ou utilizadas”.

Especificamente:

Competência:

1. “Quando avaliam, os psicólogos/as analisam, interpretam e retiram as conclusões,

não deixando essas tarefas para outros. As afirmações deixam claras as certezas dos

psicólogos nos métodos que lhe servem de base”.

4. “Quando reportam resultados de avaliação, apenas fornecem a informação que é

relevante para o assunto em causa e demonstram grande cuidado ao utilizarem

conceitos relacionados com normalidade e patologia”.

Comunicação dos resultados

5. “Após terminar uma avaliação os psicólogos informam os clientes, sempre que

possível e de um modo compreensível, acerca das suas opiniões ou conteúdos de

qualquer informação. Excepções podem ser feitas se outro além do cliente é o

comprador dos serviços, com o entendimento de que o cliente o sabe ou consentiu”.

O ponto fulcral do dilema em questão reside essencialmente numa avaliação menos boa

e, que por conseguinte, levará a um diagnóstico errado. Daí a importância de se

encontrar uma nova alternativa, comprovando a boa formação do profissional.

9 - Responsabilidades Éticas

“Os psicólogos têm a responsabilidade de conhecer e divulgar a ideia base e as

diferentes disposições do Código de Ética e das directrizes específica”s.

Especificamente:

1.“Familiaridade com o Código de Ética e outras directrizes aplicando-os no exercício

da sua actividade profissional”.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 30

Este ponto das responsabilidades éticas é valorizado nesta situação, uma vez que, é

necessário conhecer de antemão o código de ética para eleger a alternativa mais

apropriada a seguir.

7º Dilema:

 O terapeuta não colocou a hipótese da co-ocorrência de outras perturbações e

estabeleceu o diagnóstico errado.

Alternativas:

- O psicólogo vai colmatar este erro avaliando novamente o cliente, tendo em conta a

ocorrência de outras perturbações.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

GERAIS

Competência:

Este princípio salvaguarda a acção alternativa do psicólogo, dado que este reconhece o

equívoco cometido, agindo, desta vez, adequadamente com base na sua formação.“Os

psicólogos mantêm elevados padrões de competência no seu trabalho e reconhecem os

limites das suas competências particulares. Apenas fornecem os serviços e utilizam as

técnicas para os quais se encontram qualificados através de educação, treino formal

e/ou prática. Reconhecem a necessidade de formação contínua, mantendo assim

actualizadas as suas competências”.

Responsabilidade:

“Os psicólogos reconhecem as suas responsabilidades profissionais para a comunidade

e sociedade. Pesam as consequências das suas actividades profissionais em termos do

utente, da profissão e da sociedade. Os psicólogos mantêm elevados padrões de

conduta, clarificam os seus papéis, obrigações profissionais e assumem a


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 31

responsabilidade apropriada pelo seu comportamento, nomeadamente pela escolha,

aplicação e consequências das estratégias, métodos e técnicas que utilizam. Os

psicólogos reconhecem a sua responsabilidade científica utilizando, desenvolvendo e

divulgando o conhecimento psicológico de modo a contribuir para o bem-estar

humano”. Neste caso, o psicólogo age de acordo com o princípio pelo facto de assumir

total responsabilidade por ter negligenciado um dado importante como o da co-

ocorrência aquando a avaliação.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humana:

“Os psicólogos respeitam e promovem os direitos fundamentais das pessoas, a sua

liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e bem-estar psicólogo. Os psicólogos

tomam as medidas necessárias para evitar prejudicar aqueles com quem interagem

profissionalmente e para minimizar danos quando eles sejam previsíveis e inevitáveis”.

Aplica-se este princípio ao presente caso se se entender como direito do cliente um

correcto diagnóstico, que se realizará através da segunda avaliação. Por outro lado, esta

acção correctora pode evitar ou reduzir os possíveis danos causados ao cliente na

primeira avaliação.

Integridade:

“Os psicólogos promovem a integridade na ciência, ensino e prática da psicologia.

Nestas actividades os psicólogos são honestos, justos e mantêm o respeito pelos

outros”. O psicólogo demonstrou honestidade, justiça e respeito pelo cliente, na medida

em que reconhece a falha na avaliação e recorre a uma acção alternativa com o intuito

de solucionar tal falha.

ESPECÍFICOS

1 – Responsabilidade
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 32

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais para com a

comunidade e sociedade e são responsáveis pelas consequenciais do seu trabalho

assegurando-se, na medida do possível, que os seus serviços não são utilizados para

ofender, explorar ou oprimir qualquer indivíduo”.

Especificamente:

Relação profissional:

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho, estando ao mesmo tempo

conscientes de que são representantes da sua profissão perante o utente e público em

geral”.

Consequências:

3.“Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos”.

4.“Se sabem do abuso ou utilização incorrecta do seu trabalho, tomam as medidas

necessárias à sua correcção ou minimização”.

Este último aspecto do princípio específico de responsabilidade ajustar-se totalmente ao

dilema ético mencionado. Trata-se pois, numa primeira fase de uma utilização

incorrecta dos seus conhecimentos relativos a avaliação psicológica, no qual é

prosseguido por uma alternativa que visa corrigir ou reduzir possíveis danos.

2 – Competência

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica quando fazem juízos ou estão envolvidos em actividades de ordem científica

ou profissional, fazendo um esforço contínuo de actualização desse mesmo

conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas pela sua educação, treino

e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar”.

Especificamente:
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 33

Competência

1.“Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”.

2.“Estão conscientes das competências específicas exigidas para trabalhar com grupos

de pessoas com características próprias, como idade, sexo, etnia, religião e orientação

sexual, entre outras”.

Limites da competência:

4. “Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da

sua competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma

tarefa, encaminham-se para outro ou recorrem a supervisão, tomando a

responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções alternativas”.

O limite de competência citado é aplicável ao dilema ético descrito pois neste está

presente a execução de uma solução alternativa à inapropriada avaliação realizada

primeiramente.

3– Respeito Pelos Outros

“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, autodeterminação e autonomia. Não tiram vantagens da relação

profissional para obter ganhos injustificados ou irrazoáveis”.

Especificamente:

Abuso de poder:

4.“Não tentam levar os clientes a revelar algo contra a sua vontade ou produzir

material que não seja necessário para a situação de tratamento”.

5.“Não realizam avaliações ou intervenções desnecessárias.”

Neste princípio específico é de grande relevância mencionar estes dois pontos

relacionados com o abuso de poder. Apesar dos resultados da primeira avaliação se


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 34

apresentarem incompletos e, portanto, originarem um diagnóstico incorrecto, não são

dispensáveis para a intervenção terapêutica. O psicólogo deve utilizar o material

recolhido na primeira avaliação e complementá-lo com os novos dados da avaliação

posterior.

5 – Avaliação E Intervenção

”Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos. Seleccionam eles próprios os métodos e/ou participam activamente nas

decisões da equipa responsável pela escolha. Neste contexto, aspiram a formular as

suas afirmações, de modo adequadas aos seus interlocutores e de forma a que não

possam ser mal entendidas ou utilizadas”.

Especificamente:

Competência:

1.“Quando avaliam, os psicólogos/as analisam, interpretam e retiram as conclusões,

não deixando essas tarefas para outros. As afirmações deixam claras as certezas dos

psicólogos nos métodos que lhe servem de base”.

4.“Quando reportam resultados de avaliação, apenas fornecem a informação que é

relevante para o assunto em causa e demonstram grande cuidado ao utilizarem

conceitos relacionados com normalidade e patologia”.

Comunicação dos resultados

5. “Após terminar uma avaliação os psicólogos informam os clientes, sempre que

possível e de um modo compreensível, acerca das suas opiniões ou conteúdos de

qualquer informação(...)”.
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 35

O foco deste dilema ético centra-se na avaliação incompleta e, consequentemente, um

diagnóstico errado acerca da condição do sujeito. Assim, pode-se salvaguardar a

actuação alternativa do psicólogo perante os pontos acima referidos do presente

princípio. A reavaliação efectuada tem em conta uma avaliação clara com base na

formação do psicólogo, comunicando a informação relevante de um modo acessível à

compreensão do indivíduo.

9 – Responsabilidades Éticas

“Os psicólogos têm a responsabilidade de conhecer e divulgar a ideia base e as

diferentes disposições do Código de Ética e das directrizes específicas”.

Especificamente:

1.“Familiaridade com o Código de Ética e outras directrizes aplicando-os no exercício

da sua actividade profissional”.

Este princípio e, especificamente, o ponto número um é aplicável ao caso em questão,

dado que é necessário o conhecimento prévio do Código de ética para a eleição mais

favorável da alternativa a implementar.

8º Dilema:

 A forma como o psicólogo transmitiu informação ao cliente fez com que este

compreende-se mal a natureza do seu problema e tal interferiu negativamente na

eficácia da intervenção.

Alternativa:

- O psicólogo deve ter consciência do seu erro e explicar o mesmo ao cliente, assim

como, comunicar a informação de uma forma assertiva.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

GERAIS
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 36

Competência:

“Os psicólogos mantêm elevados padrões de competência no seu trabalho e

reconhecem os limites das suas competências particulares. Apenas fornecem os

serviços e utilizam as técnicas para os quais se encontram qualificados através de

educação, treino formal e/ou prática. Reconhecem a necessidade de formação

contínua, mantendo assim actualizadas as suas competências”. Este princípio é

aplicável à segunda acção do psicólogo, quando o mesmo assume o erro efectuado

transmitindo-o ao cliente. Deste modo, verifica-se que o profissional age de acordo com

a sua formação e competência.

Responsabilidade:

“Os psicólogos reconhecem as suas responsabilidades profissionais para a comunidade

e sociedade. Pesam as consequências das suas actividades profissionais em termos do

utente, da profissão e da sociedade. Os psicólogos mantêm elevados padrões de

conduta, clarificam os seus papéis, obrigações profissionais e assumem a

responsabilidade apropriada pelo seu comportamento, nomeadamente pela escolha,

aplicação e consequências das estratégias, métodos e técnicas que utilizam. Os

psicólogos reconhecem a sua responsabilidade científica utilizando, desenvolvendo e

divulgando o conhecimento psicológico de modo a contribuir para o bem-estar

humano”. Neste caso, o psicólogo age de acordo com este princípio pois assume total

responsabilidade pelo facto de não ter comunicado correctamente os resultados e

apercebe-se das consequências nocivas que poderia proporcionar no cliente caso

negligenciasse esse facto.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humana:

“Os psicólogos respeitam e promovem os direitos fundamentais das pessoas, a sua

liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e bem-estar psicólogo. Os psicólogos


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 37

tomam as medidas necessárias para evitar prejudicar aqueles com quem interagem

profissionalmente e para minimizar danos quando eles sejam previsíveis e inevitáveis”.

O psicólogo tem em conta o direito que o cliente tem de compreender claramente a

natureza do seu diagnóstico e, por isso, age alternativamente com o intuito de revelar

toda a informação pertinente para a compreensão do mesmo. Ao agir desta forma o

profissional proporciona ao cliente bem-estar, reduzindo os efeitos prejudiciais causados

pela primeira actuação.

Integridade:

“Os psicólogos promovem a integridade na ciência, ensino e prática da psicologia.

Nestas actividades os psicólogos são honestos, justos e mantêm o respeito pelos

outros”. Este princípio adapta-se ao presente dilema ético dado que o psicólogo age de

acordo com os valores acima descritos (honestidade, justiça e respeito pelos outros).

ESPECÍFICOS

1– Responsabilidade

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais para com a

comunidade e sociedade e são responsáveis pelas consequenciais do seu trabalho

assegurando-se, na medida do possível, que os seus serviços não são utilizados para

ofender, explorar ou oprimir qualquer indivíduo”.

Especificamente:

Relação profissional:

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho, estando ao mesmo tempo

conscientes de que são representantes da sua profissão perante o utente e público em

geral”.
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 38

2.“Clarificam no início da prestação de serviços e na medida do possível, a natureza

da relação profissional, nomeadamente o seu papel, a natureza do pedido, as partes

envolvidas e o uso provável dos serviços prestados ou informação obtida”.

Consequências:

3.“Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos”.

4.“Se sabem do abuso ou utilização incorrecta do seu trabalho, tomam as medidas

necessárias à sua correcção ou minimização”.

O princípio geral da responsabilidade, bem como os princípios específicos que se

integram neste, adequam-se a este dilema ético. Em primeiro lugar, pela

responsabilidade assumida pelo psicólogo devido à incorrecta forma de transmissão de

informação. Em segundo lugar, pelo facto da sua acção remediativa visar o devido

esclarecimento da informação pertinente com a finalidade de reduzir os danos causados

pela primeira actuação.

2 – Competência

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica quando fazem juízos ou estão envolvidos em actividades de ordem científica

ou profissional, fazendo um esforço contínuo de actualização desse mesmo

conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas pela sua educação, treino

e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar”.

Especificamente:

Competência

1. “Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 39

2. “Estão conscientes das competências específicas exigidas para trabalhar com

grupos de pessoas com características próprias, como idade, sexo, etnia, religião e

orientação sexual, entre outras”.

Limites da competência:

4.“Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da

sua competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma

tarefa, encaminham-se para outro ou recorrem a supervisão, tomando a

responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções alternativas”.

O psicólogo, na sua acção de cariz correctivo, tem em consideração quer as

competências que o permitem interagir com o cliente, não descurando os factores

individuais, quer a procura da solução alternativa.

3 – Respeito Pelos Outros

“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, autodeterminação e autonomia. Não tiram vantagens da relação

profissional para obter ganhos injustificados ou irrazoáveis”.

Especificamente:

Respeito pelo cliente:

2. “Informam os clientes, o mais cedo possível e de um modo compreensível, sobre a

natureza e curso previsível da actividade psicológica (…) de modo a que estes decidam

se querem ou não participar (consentimento informado)”.

Abuso de poder:

6. “São sensíveis às diferenças de poder, reais ou atribuídas, entre eles e os outros e

não exploram ou enganam durante ou depois das suas relações profissionais”.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 40

8. “Mantêm-se conscientes das suas necessidades, atitudes, opiniões e do seu papel nas

relações, não fazendo mau uso do seu poder e posição para se aproveitarem da

dependência e confiança do utente”.

9.“Têm cuidado para não criar expectativas falsas acerca da relação profissional ou de

benefícios dos serviços psicológicos para o utente”.

A acção alternativa do psicólogo é salvaguardada pelo princípio específico de respeito

pelos outros, nomeadamente, nos pontos anteriormente indicados. Neste caso, o

psicólogo tem o cuidado dar informação pertinente de um modo inteligível, não

quebrando os aspectos do princípio relativos ao abuso de poder.

5 – Avaliação E Intervenção

“Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos. Seleccionam eles próprios os métodos e/ou participam activamente nas

decisões da equipa responsável pela escolha. Neste contexto, aspiram a formular as

suas afirmações, de modo adequadas aos seus interlocutores e de forma a que não

possam ser mal entendidas ou utilizadas”.

Especificamente:

Competência:

1.“Quando avaliam, os psicólogos/as analisam, interpretam e retiram as conclusões,

não deixando essas tarefas para outros. As afirmações deixam claras as certezas dos

psicólogos nos métodos que lhe servem de base”.

3.“Só se pronunciam ou fazem julgamentos quando obtêm informação acerca do cliente

em primeira mão ou estão familiarizados com a situação do mesmo”.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 41

4.“Quando reportam resultados de avaliação, apenas fornecem a informação que é

relevante para o assunto em causa e demonstram grande cuidado ao utilizarem

conceitos relacionados com normalidade e patologia”.

Comunicação dos resultados

5.“Após terminar uma avaliação os psicólogos informam os clientes, sempre que

possível e de um modo compreensível, acerca das suas opiniões ou conteúdos de

qualquer informação”.

Pode-se aplicar este princípio como forma de ressalvar o procedimento do profissional,

dado que a sua conduta posterior à falha é realizada tendo em conta a transmissão de

informação com certeza assegurada pelo psicólogo. Por outro lado, a divulgação de

informação é feita mediante o uso de conceitos que não proporcionem um entendimento

errado por parte do cliente.

9 – Responsabilidades Éticas

“Os psicólogos têm a responsabilidade de conhecer e divulgar a ideia base e as

diferentes disposições do Código de Ética e das directrizes específicas”.

Especificamente:

1.“Familiaridade com o Código de Ética e outras directrizes aplicando-os no exercício

da sua actividade profissional”.

Assim como no dilema anterior, este princípio é de notável aplicabilidade pois a escolha

de uma alternativa adequada tem como base a ponderação através do Código de Ética.

9º Dilema:

 A não realização de uma boa anamnese fez com que o psicólogo estabelece-se

erradamente a avaliação psicológica, o diagnóstico e daí que tenha intervido de forma

incorrecta.

Alternativas:
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 42

- O psicólogo deve realizar o processo terapêutico desde a fase inicial( recolha de dados,

avaliação psicológica, diagnóstico e posterior intervenção) explicando que os não terá

honorários acrescidos uma vez que o erro foi do terapeuta.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

GERAIS

Dado que este dilema ético se assemelha ao anterior, nomeadamente, quanto à resolução

alternativa, assume-se que os princípios salvaguardados serão os mesmos mencionados

na situação anteriormente analisada. No entanto, faz-se referência explícita, neste caso

ao seguinte princípio específico:

Respeito Pelos Outros

“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, autodeterminação e autonomia. Não tiram vantagens da relação

profissional para obter ganhos injustificados ou irrazoávei”s.

Especificamente:

Honorários:

16.“Acordam previamente os termos financeiros para todas as actividades

psicológicas”;

17. “Em caso de limitações financeiras do utente e quando é possível obter assistência

psicológica gratuita ou de custo reduzido de fontes públicas, informam os clientes

dessa possibilidade.”

Neste caso específico, para além dos demais princípios éticos que salvaguarda, o

psicólogo denota a importância de não aceitar qualquer tipo de remuneração por parte

do cliente, tendo em conta não só a situação financeira do mesmo como também o facto
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 43

de o mesmo já o ter realizado na anteriormente e não ter o sucesso pretendido. Assim, o

profissional assume a inadequada intervenção psicológica e não exige honorários

acrescidos ao cliente.

10 º Dilema:

 O psicólogo estabeleceu uma intervenção específica e piorou o curso da patologia.

Alternativas:

- Depreende-se daí a importância do diagnóstico correcto, o mais precocemente

possível, de modo a implementar o tratamento adequado.

- Se o psicólogo não estiver seguro do diagnóstico do indivíduo em causa, não deve

prosseguir uma vez que poderão surgir reacções adversas.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios (1ª alternativa):

GERAIS

Competência:

O estabelecer do diagnóstico correcto, permitirá que o psicólogo intervenha de forma

adequada e mantenha os “padrões de competência no seu trabalho” assim como

reconheça os “limites das suas competências particulares”. Por outro lado, o psicólogo

“apenas fornece os serviços e utiliza as técnicas para os quais se encontra qualificados

através da educação, treino formal e/ou prática.” Reconhecendo “a necessidade de

formação contínua, mantendo assim actualizadas as suas competências.”

Responsabilidade:

Ao utilizar os seus conhecimento com o intuito de intervir correctamente o psicólogo

salvaguarda este princípio, uma vez que, “os psicólogos reconhecem as suas

responsabilidades profissionais para com a comunidade e a sociedade. Pesam as


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 44

consequências das suas actividades em termos do utente, da profissão (...)O psicólogo

(...) mantém as suas obrigações profissionais e assumem a responsabilidade apropriada

pelo seu comportamento, nomeadamente, pela escolha, aplicação e consequências das

estratégias, métodos e técnicas que utilizem. O psicólogo reconhece a sua

responsabilidade científica (...) de modo a contribuir para o bem estar humano”.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humanas:

Ao prosseguir com a intervenção terapêutica adequada para o bem do cliente, o

psicólogo “respeita e promove os direitos fundamentais das pessoas (ter direito a

acompanhamento psicológico), a sua liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e o

bem estar psicológico (do cliente)”. O psicólogo deve constituir as “medidas

necessárias para minimizar danos quando eles sejam previsíveis ou inevitáveis”. Isto é,

perante o insucesso da sua intervenção o psicólogo tenta, através da sua ciência, evitar

que tal aconteça de novo.

Integridade

“O psicólogo promove a integridade na ciência (...) e a prática da psicologia. Nesta

actividade o psicólogo é honesto, justo e mantém o respeito pelos outros”. Ou seja, ao

prosseguir com o acompanhamento psicológico ao cliente, o psicólogo tem que agir de

forma honesta, uma vez que o cliente tem direito de um bom acompanhamento

psicológico.

ESPECÍFICOS

1 - Responsabilidade:

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais (...) e são

responsáveis pelas consequências do seu trabalho, assegurando-se, que os seus

serviços não são utilizados para (…) oprimir qualquer indivíduo”.

Especificamente
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 45

Relação profissional:

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho (...) perante o utente(...)”;

Consequências:

3. “Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos.”

2- Competência:

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica quando fazem juízos (...), fazendo um esforço contínuo de actualização

desse mesmo conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas pela sua

educação, treino e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar.”

Especificamente

Competência:

1.“Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”

2.“Estão conscientes das competências específicas exigidas para trabalhar (...)”

Manutenção da competência:

3.“Mantêm-se informados dos desenvolvimentos científicos e profissionais das suas

áreas de trabalho e reconhecem a necessidade de formação especializada”;

Limites da competência:

4. “Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da

sua competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma

tarefa, (...) tomando a responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções

alternativas.”

3- Respeito pelos Outros:


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 46

“Os psicólogos/as mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, auto-determinação e autonomia(...)”.

Especificamente

Respeito pelo cliente:

2.“Informam os clientes, o mais cedo possível e de um modo compreensível, sobre a

natureza e curso previsível da actividade psicológica (....)de modo a que estes decidam

se querem ou não participar”.

Abuso de poder:

5.“Não realizam avaliações ou intervenções desnecessárias”.

8.“Mantêm-se conscientes das suas necessidades, atitudes, opiniões e do seu papel nas

relações, não fazendo mau uso do seu poder e posição para se aproveitarem da

dependência e confiança do utente”.

5- Avaliação e Intervenção:

“Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos (...).”

Especificamente:

Competência:

1.“Quando avaliam , os psicólogos analisam, interpretam e retiram conclusões(...)”.

3.“Só se pronunciam ou fazem julgamentos quando obtêm informação acerca do cliente

em primeira mão ou estão familiarizados com a situação do mesmo(...)”.

Comunicação dos resultados


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 47

5.“Após terminar uma avaliação os psicólogos informam os clientes, sempre que

possível e de um modo compreensível, acerca das suas opiniões ou conteúdos de

qualquer afirmação (...)”.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios (2ª alternativa):

GERAIS

Competência:

O psicólogo deve estar ciente que o diagnóstico estabelecido é o mais correcto, uma vez

que assim permitirá que o mesmo prossiga com a avaliação/ intervenção com

“elevados padrões de competência no seu trabalho” reconhecendo os “limites das suas

competências particulares”. Por outro lado, o psicólogo só“ fornece os serviços e

utiliza as técnicas para os quais se encontra qualificados através da educação, treino

formal e/ou prática.” Assegurando “a necessidade de formação contínua, mantendo

assim actualizadas as suas competências.”

Responsabilidade:

Ao utilizar os seus conhecimento com o intuito de avaliar e elaborar correctamente o

diagnostico, o psicólogo salvaguarda este princípio, uma vez que, “os psicólogos

reconhecem as suas responsabilidades profissionais (...) e pesam as consequências das

suas actividades em termos do utente, da profissão (...)O psicólogo mantém elevados

padrões de conduta, clarificam os seus papeis, obrigações profissionais e assumem a

responsabilidade apropriada pelo seu comportamento (...). O psicólogo reconhece a

sua responsabilidade científica (...) de modo a contribuir para o bem estar humano”.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humanas:

O não prosseguir com a intervenção terapêutica sem ter certezas do diagnóstico zela

pelo bem do cliente, além de “respeitar e promover os direitos fundamentais das


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 48

pessoas, a sua liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e o bem estar psicológico

(do cliente)”. O psicólogo deve constituir as “medidas necessárias para minimizar

danos quando eles sejam previsíveis ou inevitáveis”. Ou seja, perante a incerteza do

diagnóstico o psicólogo tenta, através da sua ciência, avaliar de novo e encontrar a base

do problema do cliente.

Integridade

“O psicólogo promove a integridade na ciência (...) e a prática da psicologia. Nesta

actividade o psicólogo é honesto, justo e mantém o respeito pelos outros”. Ou seja, o

psicólogo deve prosseguir com o acompanhamento psicológico ao cliente, mas tem que

agir de forma honesta e justa, estabelecendo o diagnostico exacto.

ESPECÍFICOS

1- Responsabilidade:

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais (...) e são

responsáveis pelas consequências do seu trabalho, assegurando-se, que os seus

serviços não são utilizados para (…) explorar ou oprimir qualquer indivíduo”.

Especificamente

Relação profissional:

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho (...) perante o utente(...)”;

Consequências:

3.“Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos.”

2- Competência:

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica quando fazem juízos (...), fazendo um esforço contínuo de actualização

desse mesmo conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas pela sua


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 49

educação, treino e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar.”

Especificamente

Competência:

1.“Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”

Manutenção da competência:

3.“Mantêm-se informados dos desenvolvimentos científicos e profissionais das suas

áreas de trabalho e reconhecem a necessidade de formação especializada”;

Limites da competência:

4. ”Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da

sua competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma

tarefa, (...) tomando a responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções

alternativas.”

3- Respeito pelos Outros:

“Os psicólogos/as mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, auto-determinação e autonomia. Não tiram vantagens da relação

profissional para obter ganhos injustificados ou não-razoáveis ”.

Especificamente

Respeito pelo cliente:

3.“Informam os clientes, o mais cedo possível e de um modo compreensível, sobre a

natureza e curso previsível da actividade psicológica”(....).

Abuso de poder:

5.“Não realizam avaliações ou intervenções desnecessárias”.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 50

8.“Mantêm-se conscientes das suas necessidades, atitudes, opiniões e do seu papel nas

relações, não fazendo mau uso do seu poder e posição para se aproveitarem da

dependência e confiança do utente”.

9.“Têm cuidado para não criar expectativas falsas acerca da relação profissional ou

dos benefícios dos serviços psicológicos para o utente.”

5- Avaliação e Intervenção:

“Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos (...).”

Especificamente:

Competência:

1.“Quando avaliam , os psicólogos analisam, interpretam e retiram conclusões(...)”.

3.“Só se pronunciam ou fazem julgamentos quando obtêm informação acerca do cliente

em primeira mão ou estão familiarizados com a situação do mesmo(...)”.

11ºDilema:

 Numa séria ameaça de suicídio deverá o psicólogo suspender as regras de sigilo.

Alternativa:

- O psicólogo deve colocar as excepções no contrato terapêutico no que diz respeito à

quebra de confidencialidade e explicar de forma adequada as mesmas ao cliente.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 51

GERAIS

Competência:

Ao ilucidar o cliente que existem excepções relativamente à confidencialidade no

contrato terapêutico, o psicólogo terá “elevados padrões de competência no seu

trabalho” reconhecendo os “limites das suas competências particulares”.

Responsabilidade:

A alternativa referida permite que o psicólogo salvaguarde este princípio, uma vez que,

“os psicólogos reconhecem as suas responsabilidades profissionais (...) e pesam as

consequências das suas actividades em termos do utente, da profissão (...) mantém

elevados padrões de conduta, clarificam os seus papeis, obrigações profissionais e

assumem a responsabilidade apropriada pelo seu comportamento (...). O psicólogo

reconhece a sua responsabilidade científica (...) de modo a contribuir para o bem estar

humano”.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humanas:

Numa situação em que está patente o risco de vida do cliente, o psicólogo deve ter em

conta o bem do cliente, assim como “respeitar e promover os direitos fundamentais das

pessoas, a sua liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e o bem estar psicológico

(do cliente)”. O psicólogo deve constituir as “medidas necessárias para minimizar

danos quando eles sejam previsíveis ou inevitáveis”.

Integridade

“O psicólogo promove a integridade na ciência (...) e a prática da psicologia. Nesta

actividade o psicólogo é honesto, justo e mantém o respeito pelos outros”. Ou seja, se o

psicólogo colocar as excepções no contrato, será honesto e caso necessite de quebrar o

sigilo, o cliente tem a noção de que consentiu tal processo.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 52

ESPECÍFICOS

1- Responsabilidade:

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais (...) e são

responsáveis pelas consequências do seu trabalho, assegurando-se, que os seus

serviços não são utilizados para ofender (…) qualquer indivíduo”.

Especificamente

Relação profissional:

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho (...) perante o utente(...)”;

2.“Clarificam no início da prestação de serviços e na medida do possível, a natureza

da relação profissional, nomeadamente o seu papel, as partes envolvidas e uso provável

dos serviços prestados ou informação obtida”.

Consequências:

3.“Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos.”

2- Competência:

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica quando fazem juízos (...), fazendo um esforço contínuo de actualização

desse mesmo conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas pela sua

educação, treino e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar.”

Especificamente

Competência:

1.“Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”.

2.“Estão conscientes das competências específicas exigidas para trabalhar com (...)

pessoas com características próprias (...)”.

Limites da competência:
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 53

4.”Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da sua

competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma

tarefa, (...) tomando a responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções

alternativas.”

3- Respeito pelos Outros:

“Os psicólogos/as mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, auto-determinação e autonomia. Não tiram vantagens da relação

profissional para obter ganhos injustificados ou não-razoáveis ”.

Especificamente

Respeito pelo cliente:

1.“A participação do cliente é voluntária”.

2.“Informam os clientes, o mais cedo possível e de um modo compreensível, sobre a

natureza e curso previsível da actividade psicológica”(....).

Abuso de poder:

4.“Não tentam levar os clientes a revelar algo contra a sua vontade”.

7.“Não participam em actividades cujo o objectivo seja, através de métodos coercivos,

forçar alguém a revelar informação”.

8.“Mantêm-se conscientes das suas necessidades, atitudes, opiniões e do seu papel nas

relações, não fazendo mau uso do seu poder e posição para se aproveitarem da

dependência e confiança do utente”.

9.“Têm cuidado para não criar expectativas falsas acerca da relação profissional ou

dos benefícios dos serviços psicológicos para o utente.”

4- Confidencialidade:
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 54

Os psicólogos “respeitam, na prática da sua actividade profissional e dentro dos

limites impostos pela legislação em vigor (…), a confidencialidade do que lhes é

transmitido, ou aquilo que venham a saber acerca da vida privada dos clientes”.

Especificamente

Discussão da confidencialidade:

1.“Discutem com os clientes, no início da relação profissional, a natureza e âmbito da

confidencialidade e os usos da informação gerada através dos serviços que prestam”;

Divulgação de informação:

1.“Podem divulgar informação confidencial com o consentimento apropriado do

cliente ou do seu representante legal”;

3.“Podem não manter a confidencialidade se isso provocar risco de danos para o

cliente ou outros, mas informação apenas deve ser transmitida aqueles que possam

iniciar acções adequadas para a situação específica”.

5.“Não inquerem acerca dos clientes sem o seu consentimento, e recolhem apenas a

informação necessária”;

Registos:

8.“Mantêm a confidencialidade na criação, armazenamento, transferência e destruição

de qualquer tipo de registo sob controlo protegendo-os do acesso, presente ou futuro,

de pessoas não autorizadas”.

5- Avaliação e Intervenção:

“Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos (...).”
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 55

Especificamente:

Competência:

1.“Quando avaliam , os psicólogos analisam, interpretam e retiram conclusões(...)”.

3.“Só se pronunciam ou fazem julgamentos quando obtêm informação acerca do cliente

em primeira mão ou estão familiarizados com a situação do mesmo(...)”.

Relacionados com a Intervenção

12ºDilema:

 O psicólogo propôs apenas um modelo de intervenção ao cliente.

Alternativa:

- O psicólogo deve informar o cliente das várias alternativas para tratamento.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

GERAIS

Competência:

Ao dar informação sobre as várias possibilidades de tratamento, o psicólogo tem patente

“elevados padrões de competência no seu trabalho”, como também reconhece os

“limites das suas competências particulares”.

Responsabilidade:

O psicólogo salvaguarda este princípio, uma vez que, é responsável por dar informação

ao cliente sobre os tratamentos que pode escolher, ou seja, “os psicólogos reconhecem

as suas responsabilidades profissionais (...) e pesam as consequências das suas

actividades em termos do utente, da profissão (...), clarificam os seus papeis,

obrigações profissionais e assumem a responsabilidade apropriada pelo seu

comportamento, nomeadamente pela escolha, aplicação das estratégias, métodos e

técnicas que utilizem. O psicólogo reconhece a sua responsabilidade científica


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 56

utilizando, devolvendo e divulgando o conhecimento psicológico de modo a contribuir

para o bem estar humano”.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humanas:

O demonstrar de várias hipóteses de tratamento vai contribuir para o bem do cliente, já

que vai “respeitar e promover os direitos fundamentais das pessoas, a sua liberdade,

dignidade, privacidade, autonomia e o bem estar psicológico. O psicólogo deve

assentar as “medidas necessárias para minimizar danos quando eles sejam previsíveis

ou inevitáveis”.

Integridade

“O psicólogo promove a integridade(...) na prática da psicologia. Nesta actividade o

psicólogo (...) mantém o respeito pelos outros”. Isto é, o psicólogo só prosseguirá com

a intervenção terapêutica se o cliente estiver esclarecido de todos os tipos de tratamento

possíveis e aconselhados para manter a integridade do cliente.

ESPECÍFICOS

1-Responsabilidade:

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais (...) e são

responsáveis pelas consequências do seu trabalho, assegurando-se, que os seus

serviços não são utilizados para (…) explorar qualquer indivíduo”.

Especificamente

Relação profissional:

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho (...) perante o utente(...)”;

2.“Clarificam no início da prestação de serviços e na medida do possível, a natureza

da relação profissional, nomeadamente o seu papel, as partes envolvidas e uso provável

dos serviços prestados ou informação obtida”.

Consequências:
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 57

3.“Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos.”

2- Competência:

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica (...), fazendo um esforço contínuo de actualização desse mesmo

conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas (...) com respeito às tarefas

que se propõem realizar.”

Especificamente

Competência:

1.“Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho” .

2.“Estão conscientes das competências específicas exigidas para trabalhar com (...)

pessoas com características próprias (...)”.

Manutenção da competência:

3.“Mantêm-se informados dos desenvolvimentos científicos e profissionais das suas

áreas de trabalho e reconhecem a necessidade de formação especializada”;

Limites da competência:

4. ”Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da

sua competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma

tarefa, (...) tomam a responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções

alternativas.”

Respeito pelos Outros:

“Os psicólogos/as mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos”.

Especificamente

Respeito pelo cliente:


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 58

2.“Informam os clientes, o mais cedo possível e de um modo compreensível, sobre a

natureza e curso previsível da actividade psicológica”(....).

Abuso de poder:

5.“Não realizam avaliações ou intervenções desnecessárias”.

8.“Mantêm-se conscientes das suas necessidades, atitudes, opiniões e do seu papel nas

relações, não fazendo mau uso do seu poder e posição para se aproveitarem da

dependência e confiança do utente”.

9.“Têm cuidado para não criar expectativas falsas acerca da relação profissional ou

dos benefícios dos serviços psicológicos para o utente.”

5- Avaliação e Intervenção:

“Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos (...).”

Especificamente:

Competência:

1.“Quando avaliam , os psicólogos analisam, interpretam e retiram conclusões(...)”.

2.“Quando a avaliação pretendida não é possível deixam claro este facto junto de

todas as partes envolvidas”.

3.“Só se pronunciam ou fazem julgamentos quando obtêm informação acerca do cliente

em primeira mão ou estão familiarizados com a situação do mesmo(...)”.

Comunicação dos resultados:

5.“Após terminar uma avaliação os psicólogos informam os clientes, sempre que

possível e de um modo compreensível, acerca das suas opiniões ou conteúdos de

qualquer afirmação.”
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 59

13ºDilema:

 Através da exposição às preocupações ou exposição ao vivo o psicólogo encorajou o

cliente a expor-se a situações que lhe provocavam sintomas somáticos indesejáveis, não

se apercebendo que estava a criar uma situação de descontrolo no cliente, levando-o a

ter um ataque de pânico.

Alternativas:

- O psicólogo deve repensar outras técnicas a utilizar e propô-las ao cliente de modo a

este escolher a que lhe agrade mais.

- O psicólogo deve gerar o maior número de alternativas e induzir imagens agradáveis,

de maneira a que o cliente se sinta confiante e confortável em prosseguir com as

técnicas.

Ao pautar as suas acções de acordo com a presente alternativa, o psicólogo

salvaguardará os seguintes princípios:

Competência:

“Os psicólogos mantêm elevados padrões de competência no seu trabalho e

reconhecem os limites das suas competências particulares. Apenas fornecem os

serviços e utilizam as técnicas para os quais se encontram qualificados através de

educação, treino formal e/ou prática. Reconhecem a necessidade de formação

contínua, mantendo assim actualizadas as suas competências”. Este princípio geral é

amplamente adequado na medida em que salvaguarda as duas acções alternativas do

psicólogo, pois este ao propor as técnicas alternativas ao cliente, está a ter em conta a

sua competência, bem como os limites da mesma.

Responsabilidade:

“Os psicólogos reconhecem as suas responsabilidades profissionais para a

comunidade e sociedade. Pesam as consequências das suas actividades profissionais


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 60

em termos do utente, da profissão e da sociedade. Os psicólogos mantêm elevados

padrões de conduta, clarificam os seus papéis, obrigações profissionais e assumem a

responsabilidade apropriada pelo seu comportamento, nomeadamente pela escolha,

aplicação e consequências das estratégias, métodos e técnicas que utilizam. Os

psicólogos reconhecem a sua responsabilidade científica utilizando, desenvolvendo e

divulgando o conhecimento psicólogo de modo a contribuir para o bem-estar humano”.

Através da explicação claramente transmitida ao indivíduo o psicólogo não só assume a

sua responsabilidade pela falha como proporciona o conhecimento das duas formas

alternativas possíveis como forma de solucionar o problema.

Respeito pelos Direitos e Dignidade Humana:

“Os psicólogos respeitam e promovem os direitos fundamentais das pessoas, a sua

liberdade, dignidade, privacidade, autonomia e bem-estar psicólogo. Os psicólogos

tomam as medidas necessárias para evitar prejudicar aqueles com quem interagem

profissionalmente e para minimizar danos quando eles sejam previsíveis e inevitáveis”.

É claro, neste caso a preservação da liberdade (de escolha da técnica a ser

implementada, por um lado, e implementação da mesma técnica mas de outra forma

mais adequada), dignidade e autonomia do cliente pelo psicólogo, salvaguardando,

deste modo, as acções através deste princípio geral.

Integridade:

“Os psicólogos promovem a integridade na ciência, ensino e prática da psicologia.

Nestas actividades os psicólogos são honestos, justos e mantêm o respeito pelos

outros”. Os valores descritos neste princípio são adoptados pelo profissional de

Psicologia aquando as condutas alternativa.

ESPECÍFICOS

1 – Responsabilidade
Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 61

“Os psicólogos estão conscientes das suas responsabilidades profissionais para com a

comunidade e sociedade e são responsáveis pelas consequenciais do seu trabalho

assegurando-se, na medida do possível, que os seus serviços não são utilizados para

ofender, explorar ou oprimir qualquer indivíduo”.

Especificamente:

Relação profissional:

1.“Tomam responsabilidade individual pelo seu trabalho, estando ao mesmo tempo

conscientes de que são representantes da sua profissão perante o utente e público em

geral”;

2. “Clarificam no início da prestação de serviços e na medida do possível, a natureza

da relação profissional, nomeadamente o seu papel, a natureza do pedido, as partes

envolvidas e o uso provável dos serviços prestados ou informação obtida”.

Consequências:

3. “Esforçam-se por prever, na medida do possível, as implicações dos seus serviços no

sentido de prevenir ou minimizar eventuais danos; 4) Se sabem do abuso ou utilização

incorrecta do seu trabalho, tomam as medidas necessárias à sua correcção ou

minimização”.

O princípio específico de responsabilidade bem como os pontos que o comportam são

utilizados pelo psicólogo quando age das formas alternativas referenciadas, uma vez

que, por um lado visa a execução do seu papel tendo em conta a responsabilidade deste

e, por outro, implementa as consequências de modo a minimizar susceptíveis riscos ao

cliente.

2– Competência

“Os psicólogos baseiam-se no conhecimento derivado da profissão e ciência

psicológica quando fazem juízos ou estão envolvidos em actividades de ordem científica


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 62

ou profissional, fazendo um esforço contínuo de actualização desse mesmo

conhecimento. Têm em consideração as limitações impostas pela sua educação, treino

e/ou prática, com respeito às tarefas que se propõem realizar”.

Especificamente:

Competência:

1.”Esforçam-se por manter padrões elevados de qualidade no seu trabalho”;

2.”Estão conscientes das competências específicas exigidas para trabalhar com grupos

de pessoas com características próprias, como idade, sexo, etnia, religião e orientação

sexual, entre outras”.

Limites da competência:

4.“Avaliam a natureza e extensão da sua actividade científica e profissional, à luz da

sua competência. Se avaliam a sua competência como insuficiente para lidar com uma

tarefa, encaminham-se para outro ou recorrem a supervisão, tomando a

responsabilidade de, na medida do possível, encontrar soluções alternativas”.

Este princípio salvaguarda a condutas alternativas efectuadas pelo psicólogo, uma vez

que, são realizadas mediante a sua competência, especificamente nesta perturbação, no

sentido de proporcionar soluções alternativas para a intervenção.

3- Respeito Pelos Outros

“Os psicólogos mostram respeito pela integridade pessoal dos indivíduos com quem

trabalham e tomam cuidado para proteger os direitos individuais à privacidade,

confidencialidade, autodeterminação e autonomia. Não tiram vantagens da relação

profissional para obter ganhos injustificados ou irrazoáveis”.

Especificamente:

Respeito pelo cliente:

1.“A participação dos clientes na relação voluntária (…);


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 63

2. “Informam os clientes, os mais cedo possíveis e de um modo compreensível, sobre a

natureza e curso previsível da actividade psicológica, honorários, confidencialidade e

fins da mesma, de modo a que estes decidam se querem ou não participar”

(consentimento informado);

3.“Quando prestam serviço a clientes que estão sujeitos a procedimentos mandatários

ou estão a ser tratados por consentimento de outros, os psicólogos clarificam o seu

papel e avaliam os benefícios da intervenção para o cliente independentemente do

envolvimento de terceiros”.

Abuso de poder:

4. “Não tentam levar os clientes a revelar algo contra a sua vontade ou produzir

material que não seja necessário para a situação de tratamento”;

5. “Não realizam avaliações ou intervenções desnecessárias”;

6. “São sensíveis às diferenças de poder, reais ou atribuídas, entre eles e os outros e

não exploram ou enganam durante ou depois das suas relações profissionais”;

8. “Mantêm-se conscientes das suas necessidades, atitudes, opiniões e do seu papel nas

relações, não fazendo mau uso do seu poder e posição para se aproveitarem da

dependência e confiança do utente”;

9. “Têm cuidado para não criar expectativas falsas acerca da relação profissional ou

de benefícios dos serviços psicológicos para o utente”.

Os referidos pontos deste princípio específico, salvaguardam ambas as acções do

profissional, visto que segue os tópicos referidos para implementar as alternativas

descritas.

5- Avaliação e Intervenção

“Os psicólogos só avaliam ou intervêm no contexto de uma relação profissional

definida. Planeiam a avaliação e intervenção psicológicas com base num problema


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 64

bem formulado e depois de considerar os métodos apropriados e procedimentos

alternativos. Seleccionam eles próprios os métodos e/ou participam activamente nas

decisões da equipa responsável pela escolha. Neste contexto, aspiram a formular as

suas afirmações, de modo adequadas aos seus interlocutores e de forma a que não

possam ser mal entendidas ou utilizadas”.

Especificamente:

Competência:

1.“Quando avaliam, os psicólogos/as analisam, interpretam e retiram as conclusões,

não deixando essas tarefas para outros. As afirmações deixam claras as certezas dos

psicólogos nos métodos que lhe servem de base”;

2.“Quando a avaliação pretendida não é possível deixam claro este facto junto de todas

partes envolvidas”;

3.“Só se pronunciam ou fazem julgamentos quando obtêm informação acerca do cliente

em primeira mão ou estão familiarizados com a situação do mesmo. Esta restrição não

se aplica aos casos de supervisão ou consultadoria”.

As condutas alternativas levadas a cabo pelo psicólogo são efectuadas com os pontos

referenciados acima deste princípio específico, pois tem em conta os pressupostos que

constam neste mesmo princípio.

O Princípios Gerais De Moralidade (os indivíduos sentem-se responsáveis pelos seus actos) e os

quatro princípios, subsequentes a este, são aplicáveis a todos estes dilemas anteriormente

referenciados, especificamente, o princípio da beneficência (promover o bem-estar e qualidade

de vida), o princípio da não maleficência (não causar dano ou prejuízo), princípio da justiça

(distribuição equitativa dos recursos, ou seja, de acordo com as necessidades) e princípio da

autonomia (dar liberdade para escolher a decisão).


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 65

CONCLUSÃO

Após a realização deste guia para profissionais especialistas na perturbação de pânico, verificou-

se a existência de variados dilemas inerentes a estas mesma perturbação. Por outro lado,

detectou-se que a resolução dos mesmos exigiu uma reflexão exaustiva e pormenorizada. Assim,

futuros profissionais poderão recorrer de uma maneira mais acessível a este manual, visto que

não existe qualquer documento que vise os dilemas e sua resolução para a perturbação de pânico.

Sob outro ponto de vista, este trabalho contribuiu para o desenvolvimento das as autoras a nível

pessoal e, especialmente, a nível profissional.


Guia para Transtorno de pânico sem agorofobia 66

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