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Crio e Termoterapia

O calor e o frio são provavelmente os mais antigos dentre todos os recursos


terapêuticos físicos. Segundo os registros históricos, a água quente e fria vêm
sendo aplicadas ao corpo com fins curativos ao longo de toda a história.
O ser humano se encontra exposto a variações tanto da temperatura
ambiental como interna. Por ser um organismo homeotermo, deve manter sua
temperatura interna relativamente constante, entre 36°C e 37°C.
Os receptores localizados na pele sinalizam as mudanças de temperatura;
alguns são receptores de calor, porém a maioria é de frio. Os termorreceptores
transmitem impulsos tanto para temperaturas ambientais como para mudanças
bruscas de temperatura, sendo que os localizados nos nervos profundos são
menos vulneráveis a aplicação de frio ou calor.
A tolerância corporal ao frio e ao calor é distinta: os termorreceptores de
frio, denominados de receptores de Krause, são mais desenvolvidos que os de
calor, receptores de Ruffini, tornando a tolerância ao frio maior.
A percepção da sensação térmica é também influenciada pelo tamanho da
área estimulada e, o mais importante, pela freqüência de troca da estimulação. As
terminações nervosas para a dor disparam nos extremos da faixa de temperatura:
acima de 45°C para o aquecimento e abaixo de 15°C para o resfriamento. Existem
variações quanto aos estímulos dolorosos tanto para o frio, quanto para o calor.
Existem duas formas de regulação térmica feita pelo corpo humano:
- Comportamental: controlado pelos centros superiores. São respostas voluntárias
que dependem das sensações de calor ou frio que são interpretadas como
desconforto;
- Fisiológica: controlada pela região pré-óptica do hipotálamo anterior, envolve
controle metabólico, vasomotor e hídrico.
Quando o organismo está perdendo calor, alguma restauração pode ser
feita através do controle metabólico. A forma mais evidente que se observa é o
tremor: contrações musculares irregulares por estimulação do sistema nervoso
simpático. Em repouso, cerca de 70% do calor do corpo é produzido pelos órgãos
abdominais e cérebro. Durante a atividade física, cerca de 90% do calor é
produzido pela musculatura e pela pele.
O controle vasomotor age como um sistema de transferência de calor. As
arteríolas nutrem as alças capilares na derme formando papilas que drenam
através das vênulas até uma rede de pequenas veias. Em repouso a pele contém
cerca de 20 vezes mais sangue do que seria necessário para a nutrição apenas.
Em condições de frio, o fluxo para cada 100g de pele pode ser reduzido para
apenas 1ml/minuto enquanto que em condições de calor pode aumentar para
150ml/minuto;
O controle hídrico através da evaporação de água pela superfície da pele é
o único meio de perder calor quando a temperatura ambiente é a mesma ou ainda
maior do que a temperatura da pele. Esse mecanismo ocorre através das
glândulas sudoríparas que estão sob controle do sistema nervoso simpático. A
cada momento e em todas as circunstâncias o corpo perde calor por evaporação.
Cerca de metade dessa perda ocorre através do vapor do ar expirado e o restante
é decorrente da transpiração constante através da pele.

Efeitos fisiológicos da termoterapia:


- A nível tissular, ocorre um importante estímulo trófico devido ao estímulo do
metabolismo celular e a hiperemia. O calor produz um efeito analgésico e
antiespasmódico, agindo também nas contraturas musculares;
- A elevação da temperatura em 4°C aumenta a taxa metabólica em cerca de
60%. Com temperaturas acima de 45°C ocorrem muitos danos protéicos, com
destruição de células e tecidos;
- O colágeno degenera com temperaturas acima de 50°C. Com temperaturas na
faixa de 40°C a 45°C a extensibilidade do colágeno aumenta, isto ocorre se o
tecido for simultaneamente alongado;
- Vasodilatação cutânea com conseqüente aumento do fluxo sangüíneo
superficial;
- Aumento da permeabilidade capilar superficial;
- Há um acréscimo de leucócitos através da parede dos vasos na área aquecida;
- A transpiração e a analgesia local também são evidenciadas;
- O calor atua no relaxamento das fibras extrafusais da musculatura inibindo a
ação do motoneurônio alfa.

Efeitos fisiológicos da crioterapia:


- A resposta circulatória inicial à aplicação terapêutica do frio é a vasoconstrição;
- A vasoconstrição ocorre por estímulo das fibras simpáticas e pela diminuição da
pressão oncótica que juntamente com a diminuição da permeabilidade da
membrana, levam a uma redução no edema;
- Após lesão, diminui o extravasamento celular por meio da vasoconstrição e
reduz o edema devido ao decréscimo do metabolismo e da permeabilidade,
reduzindo assim a morbidade da lesão;
- A crioterapia atua na prevenção do extravasamento sangüíneo levando a uma
menor quantidade de fibrinas e a uma maior síntese de colágeno, minimizando
assim a aderência e diminuindo também o tempo de imobilização;
Interferência significativa no sistema linfático favorecendo um maior
bombeamento por minuto, via contração muscular após atividade física;
- A velocidade da condução nervosa motora periférica diminui à medida que a
temperatura do tecido cai. O resfriamento diminui a capacidade de trabalho
muscular;
- O fuso muscular é o principal órgão sensitivo do músculo e é composto de fibras
intrafusais. As fibras aferentes primárias e secundárias originam-se nos fusos
musculares, fazem sinapse com motoneurônios alfa ou gama, respectivamente, e
facilitam a contração das fibras extrafusais e intrafusais. A crioterapia atua
reduzindo a ação do motoneurônio gama, conseqüentemente a atividade das
fibras intrafusais, responsáveis pela contração tônica;
- Nos processos artríticos e degenerativos, a enzima colagenase é liberada por
leucócitos, levando a uma destruição da cartilagem articular, aumentando assim
sua degeneração.

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