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Como defensor do regime democrático, o Ministério Público tem legitimidade para intervir no
processo eleitoral, atuando em todas as fases: inscrição dos eleitores, convenções partidárias,
registro de candidaturas, campanhas, propaganda eleitoral, votação, diplomação dos eleitos. A
intervenção do MP também ocorre em todas as instâncias do Judiciário, em qualquer época
(havendo ou não eleição), e pode ser como parte (propondo ações) ou fiscal da lei (oferecendo
parecer).
O Ministério Público Eleitoral não tem estrutura própria: é composto por membros do Ministério
Público Federal e do Ministério Público Estadual. O procurador-geral da República exerce a função
de procurador-geral Eleitoral perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e indica membros para
também atuarem no TSE (subprocuradores) e nos Tribunais Regionais Eleitorais (procuradores
regionais eleitorais, que chefiam o Ministério Público Eleitoral nos estados). Os promotores
eleitorais são promotores de Justiça (membros do Ministério Público Estadual) que exercem as
funções por delegação do MPF.
Estrutura do MPE
O Ministério Público Eleitoral não possui estrutura própria, mas uma composição mista: membros do
Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual. O procurador-geral da República exerce a
função de procurador-geral Eleitoral perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e indica membros para
também atuarem no TSE e nos Tribunais Regionais Eleitorais (procuradores regionais eleitorais, que chefiam
o Ministério Público Eleitoral nos estados). Os promotores eleitorais são promotores de Justiça (Ministério
Público Estadual) que exercem as funções por delegação do MPF.
* Os juízes auxiliares são requisitados apenas para as eleições gerais, para julgarem as
representações e reclamações previstas na Lei nº 9.504/97, dentre elas as que versam sobre
propaganda eleitoral e condutas vedadas aos agentes públicos em período de campanha. Das
decisões dos juízes auxiliares cabe recurso para o colegiado do próprio Tribunal Regional Eleitoral,
nos termos do art. 96 da mesma lei.
Observação - As decisões do Tribunal Superior Eleitoral são irrecorríveis, salvo as que declararem
a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de habeas corpus ou
mandado de segurança, das quais caberá recurso para o Supremo Tribunal Federal.
(Informações extraídas da publicação "Por Dentro do MPF: Ministério Público Federal para
Jornalistas, de Maria Célia Néri de Oliveira)
Tem por objetivo apurar denúncias de atos que configurem abuso de poder econômico e/ou político
no período que vai do deferimento do registro de candidatura até a eleição (atos praticados,
portanto, durante a campanha eleitoral). Se for julgada após as eleições, cópia da AIJE deve ser
enviada ao Ministério Público para a propositura do Recurso contra Diplomação ou da Ação de
Ipugnação de Mandato Eletivo.
A AIME visa à cassação do mandato; por isso, tem de ser proposta em até 15 dias contados da
diplomação. Ou seja, o candidato já está eleito, empossado, mas existem provas de que ele praticou
abuso de poder econômico, corrupção ou fraude durante o processo eleitoral, o que teria viciado o
seu mandato, obrigando à cassação.
É uma espécie de ação eleitoral que visa a anular o resultado de um pleito, porque há prova de que
determinados atos viciaram esse resultado, tornando-o ilegítimo. O Código Eleitoral prevê as
hipóteses específicas de cabimento do Recurso contra a Diplomação (por exemplo, a interpretação
equivocada da lei quanto à aplicação do sistema de representação proporcional; o erro de direito ou
de fato na apuração final quanto à determinação do quociente eleitoral ou partidário, contagem de
votos e classificação de candidato, ou a sua contemplação sob determinada legenda).
Representações e Reclamações
É toda denúncia de irregularidade que chega ao conhecimento da Justiça Eleitoral. As mais comuns
são as representações por propaganda eleitoral irregular previstas pela Lei 9.504/97.
Impugnações
Observação: a lei eleitoral utiliza o termo "impugnar" numa outra hipótese de natureza jurídica
completamente diversa. Trata-se da ação de impugnação a registro de candidatura (instrumento
utilizado para impedir que uma pessoa se candidate a cargo eletivo, porque não apresentou
determinados documentos que comprovam sua habilitação, ou porque sua situação jurídico-eleitoral
não satisfaz as exigências legais. Por exemplo, um candidato a prefeito que é inelegível em razão de
parentesco de primeiro grau com o antecessor).
Recursos Eleitorais
É todo recurso contra decisão da Justiça Eleitoral. Por exemplo, o juiz defere inscrição de eleitor
contra a qual se opõe o promotor Eleitoral: o MP poderá recorrer dessa decisão. Outra hipótese: o
Ministério Público representou contra um partido político por propaganda eleitoral irregular e o juiz
julgou-a improcedente: o MP recorrerá ao TRE.
São as ações que buscam a punição e a responsabilização daqueles que praticaram crimes eleitorais.
A compra de votos é o crime eleitoral mais conhecido, mas inúmeras outras condutas também
configuram crime, apesar de comumente serem vistas apenas como meras irregularidades: inscrição
eleitoral fraudulenta; transporte irregular de eleitores no dia da votação; violar ou tentar violar o
sigilo da urna; caluniar, difamar ou injuriar por meio da propaganda eleitoral; realizar propaganda
eleitoral em locais não permitidos etc. Importante salientar que, também na área eleitoral, os crimes
são de ação penal pública, ou seja, somente o Ministério Público é que está autorizado a oferecer
denúncia por crime eleitoral.
Fonte: http://www.eleitoral.mpf.mp.br/eleitoral_new/institucional/