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COLÉGIO DE ESTUDOS DO RITO SCHRÖDER
FLORIANÓPOLIS – ESTADO DE SANTA CATARINA
Fundado em 26 de maio de 1997
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Mas seu amigo sabia melhor: "Jachim e Boaz" foi sempre
reimpresso sem alteração, ele tinha uma edição de 1800. No
prefacio da edição de 1815 do seu livro "Materialien zur Geschichte
der Freimaurerei" (“Materiais para a História da Franco-Maçonaria”,
de 1.400 páginas), Schröder aponta que "Three Distinct Knocks" é
o Ritual que é trabalhado até hoje em dia por todas as velhas Lojas
Inglesas na Grã-Bretanha, Ásia, África e América. Acerca de
Prichard ele diz que este foi o primeiro desvio do mais antigo, isto é
do "Three Distinct Knocks”, mas que tinha sido usado pela maioria
das Lojas Alemãs. Os Rituais Franceses, a maioria deles baseados
em Prichard, foram as fontes dos Rituais de Zinnendorf e Sueco,
cujos Sistemas (Ritos) haviam aceitado os "altos graus" da França,
também eram conhecidos por Schröder. Os "altos graus"
reproduzidos nesta coleção, não são de nenhum interesse aqui,
mas se deve dizer que o trabalho total é até hoje uma rara fonte de
pesquisa ritualística. Como este trabalho foi destinado somente aos
membros do "Circulo Interno", a edição não podia consistir de mais
de cem cópias e por isto é que se trata de uma obra rara e que não
foi totalmente registrada por Taute e Wolfstieg que produziram uma
Bibliografia Maçônica. Assim há muita razão em ser grato à Grande
Loja Nacional da Dinamarca por ter liberado sua cópia para fazer-
se uma reprodução fotográfica em 1976 a qual foi limitada a uma
edição de trezentas cópias e não está disponível comercialmente.
Com isto chegamos a seguinte conclusão: quando o trabalho
começou em Hamburgo em 1790 para um novo Ritual, a Grande
Loja Provincial subordinada a Primeira Grande Loja da Inglaterra
(Londres, 1717), não possuía em Ritual escrito em Inglês com um
texto autêntico. Schröder estava absolutamente convencido de que
"Three Distinct Knocks” não era apenas genuíno, mas era
efetivamente o mais antigo Ritual existente. Como podemos ver,
ele baseou todo o seu trabalho sobre este texto, tanto quanto diz
respeito à estrutura ritualística. Nas instruções do Grau de Aprendiz
datadas de 1801, Schröder diz:
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2º) Franco-Maçonaria, independente de tempo e condições
locais, (ouvimos a voz de Lessing) sempre una e a mesma, é
sempre aquilo que envolve e coloca firmemente o homem
interno entre o esquadro e o compasso, seu modo de pensar e
agir e que fixa a posição moral do homem na Sociedade,
embora a Franco-Maçonaria possa ocasionalmente ter-se
desenvolvido em direções diferentes.
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“Eu tenho ... impressão que o melhor do "Iluminati" foi aceito
em sua (de Schröder) forma de Maçonaria, mas é ainda
necessário mostrar-se que a forma de Schröder não se
enquadra na dominante cultura do tempo atual, embora seja
mais profunda que outras. Ele nos mostra uma espécie de
ecletismo enfeitado com alguma filosofia de Kant, mas não há
realmente nada de original ou genuíno. Sua secretividade
sobre assuntos publicamente conhecidos é bem
desorientadora. Tudo isto se pode chamar uma filosofia de
rigorismo moral, tendo nela disseminado algumas
demonstrações de caridade.”
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Desde o começo, Schröder não se tinha restringido a organizar
um novo Ritual somente para Hamburgo; ele sempre teve em
mente que o mesmo servisse todas as Lojas de língua Alemã. Algo
como um vácuo havia surgido com o colapso do Rito da Estrita
Observância e nesta oportunidade o sistema Sueco do Irmão
Zinnendorf tentou se introduzir. Nesse tempo houve somente outra
Grande Loja Provincial sob a Constituição Inglesa, era em
Frankfurt, trabalhando do mesmo modo que Schröder: os Graus
Simbólicos tinham que concordar com a usança inglesa, mas cada
Loja estava livre para trabalhar qualquer dos “altos graus” e isto
levou naturalmente, exatamente para aquelas dificuldades que
Schröder conseguiu evitar em Hamburgo. Tem que se salientar que
ele de modo nenhum desejou criar um novo Sistema (Rito) próprio.
Assim ele se manifestou em uma carta a Meyer:
Não pode ser negado, que o todo das cerimônias dos Maçons
Operativos são para nós estranhas e fora de moda e não
contém nada de inspirador. Já no fim do Século (XVII) isto foi
sentido mesmo na Inglaterra onde as tradições das várias Artes
eram tidas em alta estima. Portanto os símbolos mais finos da,
por exemplo, Arquitetura, foram adicionados aos símbolos da
pura Arte Operativa. Tomando isto em consideração, devemos
evitar qualquer coisa grosseira; mesmo as perambulações não
devem ser chamadas de provas perigosas. Somente com muita
cautela podemos preservar essas velhas usanças que ficaram
para trás.”
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“Eu posso bem me lembrar que a expressão “sujeitos” me
desorientou. Eu estou convencido que no decurso do tempo
advérbios tem mudado por tradição oral. O significado não
pode ser outro que o Compasso determinar os limites dos
franco-maçons para com todos os homens como também para
com seus Irmãos, com círculo maior para com o anterior e mais
estreito para o posterior. O sentido de “não aproximarmo-nos
demasiadamente” certamente não estava na interpretação
antiga.”
CONCLUSÃO
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