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MUITOS SEGREDOS são guardados pela nossa Subl Ord. Ela não os revela ao vulgo,
mas guarda-os para os verdadeiros iniciados que, quando com eles se deparam, reconhecem
encerrada toda a Ciência e toda a Sabedoria dos antigos.
Hermes, chamado de três vezes grande pelos egípcios, de Mercúrio pelos gregos,
e de Enoque pelos hebreus, foi o fundador da grande cadeia mágica e hermética, que com ele
iniciou-se, e que terminará junto com o céu e a Terra. Tinha esse grande sábio, como
postulado, que «assim como é acima, está embaixo». Essa frase, incompreensível para o
profano, risível para o pseudo-sábio, encerra toda a Verdade, que brilha clara como um
puríssimo diamante, para aquele a quem a grande Ísis levantou o véu.
O sábio Salomão, grande rei de Jerusalém, foi iniciado nos mistérios do Egito,
onde os sacerdotes de Hermes, no seio da grande pirâmide de Kufu — renomeada de Quéops
pelos Ptolomeus — procuravam compor o livro da sabedoria da humanidade, prevendo a
decadência espiritual e intelectual pela qual esta vem passando.
No grau de Ap, as pontas do compasso estão sob o esquadro. Assim, temos que
o neófito não tem consciência plena de todas as suas capacidades. Sua ação intelectual está
ainda inibida por uma predominância dos instintos animais, que ele vai trabalhando e
equilibrando na medida de sua evolução na senda. Eis o porquê de a abeta de seu avental
branco estar desdobrada. Deste modo, ela tampa o ponto de energia epigástrica, onde os
instintos animais estão concentrados, onde depositamos os alimentos que ingerimos, até que a
digestão mecânica e química os venha tratar.
É prudente o maçom que obra preocupado tanto com o mundo perceptível pelo
intelecto, o mundo das formas, quanto com o supra-mundo, perceptível apenas através da
alma. É no primeiro que, efetivamente, ele encontrará os instrumentos físicos para sua
evolução.
O iniciado não se deve deixar levar pelo entusiasmo, mas, ao contrário, deve
meditar cuidadosamente acerca das novas idéias.
Se colocado em forma de “L”, fazendo com o solo um ângulo de 90º, o esquadro
irá simbolizar, através de sua linha horizontal, a senda reta que o homem iniciado precisa
percorrer na Terra, aplicando praticamente, no quotidiano, os conhecimentos secretos que
adquiriu; a linha vertical representará sua caminhada rumo ao cosmo, ao infinito, a Deus.
O que explicamos acima encontra ecos na Cabala, tradição dos rabinos judeus, de
antigüidade insuspeita, da qual a Maçonaria é fiel depositária.
O HOMEM NÃO sabe nada, mas é convidado a tudo conhecer. Não é prudente
limitar o conhecimento, desde que este seja buscado de forma honesta e aplicado de maneira
útil.
Procedendo assim, o homem chega a ter a impressão de, um dia, ter falando ao
seus ouvidos a própria serpente do éden, que de uma maneira enigmática, repete-lhe a velha
frase: sereis como deuses, conhecedores do bem e o mal.