FURB - 20 - 10 - 06 Alvenaria Estrutural

Alvenaria Estrutural
 Histórico
 Concepção e modulação
 Análise estrutural
 Dimensionamentos
 Apresentação de projetos
Edifício Visconde de Mauá
Construtora COMCASA – Joaçaba – SC
 Histórico da alvenaria estrutural
 Sistema construtivo muito tradicional e antigo
 No início eram utilizados blocos de pedra e argila
 Técnicas e métodos empíricos e/ou rudimentares
 Estruturas muito robustas

Exemplos clássicos
 Pirâmides do Egito – 2600

A.C – 147m de altura - 2,3
milhões de blocos com
peso médio de 2500 kg
Exemplos clássicos
 Farol de Alexandria –
280 A.C – Mármore
branco com 134m de
altura – Destruído por
um terremoto no século
XIV.
Exemplos clássicos
 Coliseo – Roma – 70
D.C – 50m de altura e
500m de diâmetro
Exemplos clássicos
 Catedral de Reims –
1.300 D.C –
Estrutura com
grandes vãos em
arco
Exemplos clássicos
 Edifício Monadnock –
Chicago – ano de
1891 – 16 pavimentos
e 65m de altura.
Paredes de base com
180cm de espessura
Exemplos clássicos
 Hotel Excalibur – Las

Vegas – Prédio mais
alto construído em
alvenaria estrutural – 28
pavimentos – Alvenaria
armada com blocos de
28 MPa
 Igrejas
Igreja Matriz
Município de Garibaldi - RS
 Conventos / Mosteiros
Hotel Mosteiro São José Hotel Mosteiro São José

Garibaldi - RS Garibaldi - RS
 Edificações antigas
Porão em estrutura de pedra Restaurante - Caminhos de Pedra

Bento Gonçalves - RS Bento Gonçalves - RS
 Edificações antigas
Centro histórico Centro histórico

Garibaldi - RS Garibaldi - RS
 Situação atual  Blocos de concreto
Edifício Royal Center

Joaçaba - SC
Projeto em Alvenaria Estrutural

com blocos de concreto
Eng. Civil Fernando Rafael Hollerweger
Diretor Técnico
INTERESTRUTURAS Tecnologia, Consultoria e Projetos de Estruturas
ILHACON Construções e Incorporações Ltda.
(48) 3233-3947 / (48) 9925-9769

fernando@interestruturas.com
Visite: www.interestruturas.com / www.ilhacon.com
Objetivos
 Apresentar os requisitos mínimos exigíveis para um projeto
estrutural de alvenaria estrutural de blocos de concreto
 Apresentar sucintamente uma técnica de concepção, análise

estrutural e dimensionamento de um edifício de alvenaria
estrutural de blocos de concreto
 Apresentar alguns exemplos de detalhamentos de projeto de

alvenaria estrutural de blocos de concreto
 Dimensionamentos
 Apresentação de projetos
Edifício Visconde de Mauá

Construtora COMCASA – Joaçaba – SC
 Modulação com blocos de concreto
Família de blocos de largura 14cm (+ especiais)
Bloco 14x19x39cm Bloco 14x19x34cm Bloco 14x19x54cm Bloco 14x19x19cm

 Modulação horizontal
Medidas em planta
Blocos especiais
Arranjos para
modulação nas
portas internas
Blocos especiais
Arranjo utilizando
blocos de 45 graus
 Modulação vertical
 Exemplos
Cantos Amarração em T
 Exemplos
Janelas
 Exemplos
Portas
 Exemplos
Vergas e
contra-vergas
 Conceito estrutural básico
As cargas das lajes descarregam nos topos das

paredes e as paredes conduzem as cargas para as
fundações ou estruturas de transição
Transmissão de ações através de tensões de

compressão nas paredes estruturais
Tensões de tração somente em pontos localizados

 Parâmetros a serem considerados para a adoção do

sistema construtivo
Altura da edificação (esbeltez)
Arranjo arquitetônico (concepção)
Tipo de uso (comercial, residencial ou industrial)

 Carregamentos verticais
Peso próprio das paredes
Lajes (cargas acidentais e permanentes)
Paredes não-estruturais
 Carregamentos horizontais
Vento – PRINCIPAL
Contenções
Carregamentos especiais
 Interação entre as paredes
A interação entre as paredes estruturais somente ocorre quando:
 Existe amarração entre as paredes
 Existe vigas cintas sob a laje do pavimento
 As lajes são maciças (diafragma rígido)

 Interação entre as paredes
Segundo a NBR 10.837, o

espalhamento da carga se
dá num ângulo de 45º
 Edifício exemplo – Pavimento TIPO (6X)
 Edifício exemplo – Definição dos grupos de paredes
Método dos grupos

isolados de paredes
Uniformização ?
 Rigidez dos lintéis
 Edifício exemplo – Reações das lajes
 Exemplo para o grupo 3
Dados para o grupo 3:
Área=0,693 m²
Carga total=578,64 kN
Tensão média=834,98 kN/m²
PTotal 578,64
σ = = = 834,98kN / m 2 = 0,83MPa
A 0,693
 Edifício exemplo –
Resumo das
cargas verticais
 Análise das ações horizontais
Vento – NBR 6123:1988
Distribuição conforme geometria e rigidez de cada grupo
Rigidez – função da seção da base do grupo de paredes e

do módulo de elasticidade da alvenaria
 Planilha de ações devidas ao vento
 Representação gráfica
das ações devidas ao
vento
Edifícios com simetria em planta
Translação e flexão no próprio plano das paredes
Edifícios sem simetria em planta
Translação e flexão no próprio plano das paredes
Rotação em torno do Centro de Torção
 Análise das ações horizontais – CONTRAVENTAMENTO EM X
 Análise das ações horizontais – CONTRAVENTAMENTO EM Y
 Exemplo – P3Y
Dados da parede:
Y1=1,50m
Y2=1,01m
I=1,323m4
M=124,13 kN.m
V=12,25 kN
 Exemplo – P3Y
 Exemplo – P3Y
σ f1=
( M × y1) = (124,13 × 1,50)
= 140,74kN / m 2 = 0,14MPa
I 1,323
σf2=
(M × y 2)
=
(124,13 × 1,01)
= 94,76kN / m 2 = 0,095MPa
I 1,323
 Exemplo – P3Y
 Parâmetros de resistência
Estabilidade global da edificação
Classificação da estrutura de contraventamento em deslocável e

indeslocável, pelo CEB-FIP Model Code (1990)
Acréscimos nos deslocamentos de segunda ordem

< 10%
Indeslocável – Efeitos de segunda ordem desprezíveis
Acréscimos nos deslocamentos de segunda ordem

>10%
Deslocável – Efeitos de segunda ordem consideráveis
Avaliação dos acréscimos de segunda ordem
Sempre são processos iterativos
Processo rigoroso – demorado e trabalhoso

Processamento repetidamente dos pórticos espaciais
Processo P-delta – simplificado e de resultado satisfatório

Aplicação de carregamentos horizontais equivalentes em cada iteração
Avaliação do parâmetro α
Procedimento simplificado para análise preliminar
Onde temos:
P
α = H× α : Parâmetro de instabilidade
EI H : Altura total do edifício
P : Peso total da edificação
EI : Rigidez à flexão do sistema de contraventamento
Para o edifício exemplo temos:
Ealv = 800 × f p = 800 × 5 = 4.000 N / mm 2 = 4.000.000kN / m 2
P = 11.290kN ∑ I = 56,961m 4 H = 18,20m
11.290
α = 18,20 × = 0,128
56,931× 4.000.000
Características geométricas – Definição de pilar e parede
Comp L
r= =
Esp t
99
r= = 7,07 > 5 = parede
14
Características geométricas – Definição de pilar e parede
Comp L
r= =
Esp t
59
r= = 4,21 < 5 = pilar
14
Características geométricas – Espessura efetiva
tef = δ × t
Características geométricas – Espessura efetiva
Características geométricas – Altura efetiva

Parâmetro relacionado a esbeltez (flambagem)
Travamento na base e no topo  hef=h
Extremidade superior livre  hef=2xh

Índices máximos de esbeltez – NBR10.837
hef
λ =
tef
Comprimento (ou largura?) efetivo de abas em painéis de contraventamento
 .......e......( b f ≤ 6 × t )
 h
 2 × b f ≤
 6
Para o caso de seção em T ou I
 .......e......( b f ≤ 6 × t )
 h
 bf ≤
 16 
Para o caso de seção em L ou C
 Verificações e dimensionamentos
Fator de redução da resistência associado a esbeltez:
3 3
 h   280 
β = 1−   β = 1−   = 1 − 0,125 = 0,875
 40 × t   40 × 14 
Fator de eficiência (FE):
fp fp
FE = f p = FE × f bk f bk =
f bk FE
Casos de compressão pura (simples):
σc fp σc
fp = f bk = f bk =
0,20 × β FE 0,20 × β × FE
Substituindo o parâmetro β:
σ
f bk = c
  h 3
0,20 ×  1 −    × FE
  40 × t  
 
Casos de ações combinadas (maioria dos casos):
σc σ fmáx  σc σ fmáx  1 fp
+ ≤ 1,33 f p =  +  f bk =
0,20 × f p × β 0,30 × f p
 0,20 × β 0,30  1,33 FE
Substituindo o parâmetro β e fp por fbk:
σ σ fmáx
f bk = c
+
  h 3 0,40 × FE
0,267 ×  1 −   × FE
  40 × t  
 
Para o exemplo da parede P3Y:
σ σ fmáx
f bk = c
+
  h 3 0,40 × FE
0,267 ×  1 −   × FE
  40 × t  
 
0,835 0,14
f bk = + = 4,64 MPa
  280  3  0,40 × 0,85
0,267 ×  1 −   × 0,85
  40 × 14  
 
Verificação de tração nas bases das paredes:
σ fmáx − 0,75 × σ c ≤ 0,10 MPa

A expressão sugerida limita as cargas permanentes em 75% do total
Podem ser calculadas porcentagens diferentes
Estudos apontam para edifícios residenciais parcelas entre 80 e 85%
Verificação da tensão de cisalhamento:
V
τ máx = ≤ 0,15MPa
AP
Verificação de tração parede P3Y
0,14 − 0,75 × 0,835 = − 0,49 MPa < 0,10MPa − ok
Verificação da tensão de cisalhamento:
12,25
τ máx = = 26,46kN / m 2 = 0,026MPa < 0,15MPa − ok
0,463
Resultados do sistema de contraventamento em X:
Resultados do sistema de contraventamento em Y:
 Análise por elementos finitos (tensão na direção Y)
 Análise por elementos finitos (deformações verticais)
 Coxins
Absorver e redistribuir cargas concentradas
Exemplos:
Vigas de concreto armado
Tesouras de madeira
 Coxins - exemplo
 Coxins - exemplo
 Detalhamentos e apresentação dos projetos
 Modulações:
Modulações a partir do projeto arquitetônico.
Arquitetura contemplando a modulação = agilidade e economia
Modulações apresentadas em plantas – 1ª / 2ª e 6ª fiadas
Modulação com blocos chave – locação no pavimento

 Paginações
Elevações de todas as paredes estruturais
Coordenação com todas as instalações
Indicação de detalhes difíceis de apresentar em planta

 Especificações
Materiais – blocos, argamassa, graute e aço
Legendas – fácil identificação das unidades
Cores – facilita a leitura e interpretação dos projetos em

obra
 Prescrições da NBR10.837
4.1.1. Memória de cálculo
4.1.2. Desenhos
4.1.2.1.
Planta de primeira fiada, elevação de todas as paredes resistentes
contendo a localização de armaduras, grauteamentos, detalhes das
amarracões das paredes, aberturas para passagem de canalizações e
detalhes do projeto arquitetônico.
4.1.2.2
Especificação dos materiais e componentes de acordo com a NBR 8799,
além da relação das quantidades dos componentes utilizados.
 Prescrições da NBR10.837
4.1.2.3.
Resistências características dos blocos, dos prismas, do graute, da
argamassa de assentamento, bem como as características do aço a ser
empregado.
4.1.2.4.
Citação dos itens da NBR 8799 relativos a utilização dos materiais. Devem
também conter informações relativas a outros componentes ou materiais
utilizados, bem coma suas ligações com a alvenaria. Devem estar
claramente assinaladas todas as juntas construtivas e, quando for o caso,
as juntas de dilatação. Devem conter os valores assumidos no projeto
para as sobrecargas fixas e as sobrecargas de utilização. Devem conter a
sequência de execução quando esta influenciar na estabilidade ou
resistência da obra, e as ações parciais e totais a que a estrutura estiver
sujeita.
 Modulações –
plantas de
modulação
 Modulações em planta
 Planta de locação com cotas acumuladas
 Planta de locação com cotas acumuladas
 Modulações – paginações
 Cuidados com o pavimento de cobertura
 Juntas de dilatação verticais nas lajes
 Juntas de dilatação – paredes do perímetro externo
 Juntas de dilatação – paredes internas
 Detalhe da junta
de dilatação
 Canaleta de respaldo complementar
 Projetos desenvolvidos
 Residencial Villa Romana
Concórdia – SC
7 pavimentos (estrutura de transição)
Blocos com fbk=9,00MPa e 6,00MPa
52 apartamentos
Mais de 6.000 m² de área construída
5 salas comerciais
Garagens no subsolo e térreo
PILLARES Projetos e Const. Ltda.
www.pillares.com.br
 Residencial Belvedere
Florianópolis – SC
Blocos com fbk=6,00MPa
4 edifícios com 22 apartamentos
www.pillares.com.br
 Edifício Visconde de Mauá
Joaçaba – SC
20 apartamentos
2 Salas comerciais
COMCASA Comércio e Const. Civil Ltda.
www.comcasa.com.br
 Edifício Colina do Sol
Joaçaba – SC
15 apartamentos
Quase 2.000 m² de área construída
www.comcasa.com.br
 Residencial Petrópolis
Passo Fundo – RS
4 pavimentos
96 apartamentos (6 blocos)
Aprox. 5.000 m² de área construída
Sistema PAR – Caixa Econômica
PROJETEC Construções Ltda.
www.projetec.net
 Residencial Vila Paraíso
Chapecó – SC
4 pavimentos
Sistema PAR – Caixa Econômica
PROJETEC Construções Ltda.
www.projetec.net
 Itá Thermas Hotel
Itá – SC
4 pavimentos
135 apartamentos
Empreendimento Turístico
www.pillares.com.br
 Residencial Flor da Serra
Joaçaba – SC
24 apartamentos
Garagens no subsolo
www.comcasa.com.br
 Residencial Duque de Caxias
Joaçaba – SC
Em fase de acabamento
24 apartamentos
Garagens no subsolo
www.comcasa.com.br
 Edifício Porto do Sol
Chapecó - SC
Garagens no subsolo
Incorporadora Santa Maria Ltda.
www.stmaria.com.br
 Edifício Bella Vita
Chapecó - SC
8 pavimentos (estrut. de transição mista)
Blocos de 9MPa e 6MPa
32 apartamentos
Salão de festas no térreo
Localização nobre em Chapecó
Incorporadora Santa Maria Ltda.
www.stmaria.com.br
 Edifício Royal Center
Joaçaba – SC
7 pavimentos – Alvenaria estrutural
Blocos de 9MPa e 6MPa
3 pavimentos – Estrutura de conncreto
21 apartamentos
Sala comercial e salão de festas
Garagens em 2 subsolos
Comcasa Comércio e Const. Civil Ltda.
www.comcasa.com.br
 Residencial Di Fiori
Joaçaba – SC
Blocos de 6MPa
22 apartamentos
Salão de festas no subsolo
Garagens no subsolo
Comcasa Comércio e Const. Civil Ltda.
www.comcasa.com.br
Empresas do grupo: Parcerias técnicas:

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Alvenaria Estrutural

 Sistema construtivo muito tradicional e antigo

 No início eram utilizados blocos de pedra e argila

 Técnicas e métodos empíricos e/ou rudimentares

 Estruturas muito robustas

 Pirâmides do Egito – 2600

 Hotel Excalibur – Las

Hotel Mosteiro São José Hotel Mosteiro São José

Porão em estrutura de pedra Restaurante - Caminhos de Pedra

Centro histórico Centro histórico

Edifício Royal Center

Projeto em Alvenaria Estrutural

(48) 3233-3947 / (48) 9925-9769

 Apresentar sucintamente uma técnica de concepção, análise

 Apresentar alguns exemplos de detalhamentos de projeto de

Edifício Visconde de Mauá

 Modulação com blocos de concreto

Família de blocos de largura 14cm (+ especiais)

Bloco 14x19x39cm Bloco 14x19x34cm Bloco 14x19x54cm Bloco 14x19x19cm

 Conceito estrutural básico

As cargas das lajes descarregam nos topos das

Transmissão de ações através de tensões de

Tensões de tração somente em pontos localizados

 Parâmetros a serem considerados para a adoção do

Altura da edificação (esbeltez)

Arranjo arquitetônico (concepção)

Tipo de uso (comercial, residencial ou industrial)

Peso próprio das paredes

Lajes (cargas acidentais e permanentes)

 Interação entre as paredes

A interação entre as paredes estruturais somente ocorre quando:

 Existe amarração entre as paredes

 Existe vigas cintas sob a laje do pavimento

 As lajes são maciças (diafragma rígido)

Segundo a NBR 10.837, o

Método dos grupos

Dados para o grupo 3:

Tensão média=834,98 kN/m²

Vento – NBR 6123:1988

Distribuição conforme geometria e rigidez de cada grupo

Rigidez – função da seção da base do grupo de paredes e

Classificação da estrutura de contraventamento em deslocável e

Acréscimos nos deslocamentos de segunda ordem

Acréscimos nos deslocamentos de segunda ordem

Avaliação dos acréscimos de segunda ordem

Sempre são processos iterativos

Processo rigoroso – demorado e trabalhoso

Processo P-delta – simplificado e de resultado satisfatório

Procedimento simplificado para análise preliminar

Para o edifício exemplo temos:

Ealv = 800 × f p = 800 × 5 = 4.000 N / mm 2 = 4.000.000kN / m 2

P = 11.290kN ∑ I = 56,961m 4 H = 18,20m

Características geométricas – Altura efetiva

Travamento na base e no topo  hef=h

Extremidade superior livre  hef=2xh

Fator de eficiência (FE):

Substituindo o parâmetro β e fp por fbk:

σ fmáx − 0,75 × σ c ≤ 0,10 MPa

Verificação da tensão de cisalhamento:

0,14 − 0,75 × 0,835 = − 0,49 MPa < 0,10MPa − ok

Verificação da tensão de cisalhamento:

Absorver e redistribuir cargas concentradas

Vigas de concreto armado