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Panorama da Produção de Amendoim no Brasil

Conference Paper · July 2017

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3 authors:

Thiago Reis Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani


São Paulo State University São Paulo State University
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Mara Elena Bereta de Godoi Pereira


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PANORAMA DA PRODUÇÃO DE AMENDOIM NO BRASIL

Autor: Thiago Reis


Filiação: Faculdade de Ciências e Engenharia, UNESP, Câmpus Tupã/SP
E-mail: thiagoreis@tupa.unesp.br

Autor: Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani


Filiação: Faculdade de Ciências e Engenharia, UNESP, Câmpus Tupã/SP
E-mail: anaelisa@tupa.unesp.br

Autor: Mara Elena Bereta de Godoi Pereira


Filiação: Faculdade de Ciências e Engenharia, UNESP, Câmpus Tupã/SP
E-mail: mara@tupa.unesp.br

Grupo de Pesquisa: Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais

Resumo
O amendoim é uma das oleaginosas mais importantes no mundo e sua cadeia produtiva no
Brasil passou por diversas modificações ao longo dos anos. Em de 2014 o Brasil foi o 18°
maior produtor mundial, concentrando 93% de sua produção em São Paulo. Com o objetivo
de descrever o panorama da cultura do amendoim no Brasil, o presente artigo buscou por
meio de pesquisa bibliográfica e levantamento em base de dados oficias, contextualizar o
histórico da cultura no país, verificar a evolução da produção nacional, das exportações e
importações do amendoim in natura, e apresentar a posição atual do Brasil diante dos maiores
produtores de amendoim do mundo. O resultado demonstrou que o país passou de país
exportador na década de 1960 para país importador nas próximas décadas. Em 2014 o país
ocupava a 18ª posição em produção mundial. Para recuperar esta posição, o país tem investido
em boas práticas e controle de produção, e monitoramento laboratorial dos produtos
industrializados.
Palavras-chave: Sistema agroindustrial, amendoim, produção, produtividade.

Abstract
Groundnut is one of the most important oilseeds in the world. Its production chain in Brazil
has undergone several modifications over the years. In 2014 Brazil was the 18th largest
producer in the world, concentrating 93% of its production in São Paulo State. This paper
aimed at describing the overview of groundnut in Brazil. We contextualize the history of
culture in the country, verify the evolution of national production, exports and imports and
present the current position of Brazil amongst the largest peanut producers in the world. In
order to reach the objective, the present article has used bibliographical research and survey
in official databases. The result indicated that the country changed from the exporting
country in the 1960s to importer in the following decades. In 2014 the country occupied the
18th position in terms of production. To recover this position, the country has invested in
good practices and production control, and laboratory monitoring of industrialized products.
Key words: Agroindustrial system, groundnut, production, productivity.

Santa Maria - RS, 30 de julho a 03 de agosto de 2017.


SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
1. Introdução

O amendoim (Arachis hipogaea L.) é uma leguminosa que tem sua origem na América
do Sul. Por ser uma cultura de ciclo curto, ter ampla adaptabilidade (à temperatura, condições
hídricas e solos) e ser cultivada em várias regiões tropicais do mundo, demonstra grande
importância econômica e se destaca no cenário agrícola mundial (BARROZO, 2009).
Scarpin, Mundo Neto e Malagolli (2013) reiteram que o amendoim é um alimento rico
em calorias, óleos, proteínas e vitaminas. Seu sabor agradável é muito apreciado em todo o
mundo, influenciando a economia de diversos países e integrando diversas cadeias de
produção.
Martins e Vicente (2010) destacam que na década de 1960 o Brasil ocupava a posição
de grande produtor mundial, destacando-se no suprimento do mercado interno de óleo de
amendoim e na exportação do farelo. A década de 1970 apresenta um contínuo declínio da
produção de amendoim, marcado especialmente pela baixa rentabilidade da cultura, fatores
tecnológicos e a introdução da soja que dominou a produção dos subprodutos proteicos.
O principal problema relacionado à qualidade do amendoim é o risco de contaminação
por aflatoxina na sua produção. Aflatoxina é a denominação dada a um grupo de substâncias
muito semelhantes, tóxicas para o homem e para os animais, produzidos, principalmente, por
dois fungos, denominados Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, que se desenvolvem
em muitos produtos agrícolas e em alimentos quando as condições de umidade do produto,
umidade relativa do ar e temperatura ambiente são favoráveis. Sua maior incidência se dá
quando o amendoim é batido, ensacado e armazenado com umidade elevada ou em situações
em que ocorre o reumedecimento do produto depois de seco, causado pela chuva, por
exemplo (SCALCO, MACHADO e QUEIROZ, 2008).
Martins e Perez (2006) afirmam que na década de 1980, a inexistência de normas de
controle de aflatoxinas para o farelo reduziu a competitividade desse subproduto no exterior.
Na década de 1990 o Brasil passa de exportador de produtos de amendoim para importador de
grãos de amendoim de boa qualidade.
João e Lourenzani (2011) afirmam que a partir da década de 1990 os principais
agentes envolvidos na cadeia produtiva do amendoim perceberam que eram necessárias
mudanças urgentes, a fim de que a cadeia recuperasse a competitividade perdida.
Dados disponibilizados pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau,
Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB, 2017a) informam que em 2013 o Brasil exportou
4,9 milhões de toneladas, frente a uma importação de apenas 0,3 milhões de toneladas para o
mesmo ano. Isto proporcionou um saldo positivo na balança comercial de 5%, em relação ao
ano de 2012. Com relação atuação no mercado desta Associação, em 2012 o amendoim
compreendia 12%, contra 35% de balas e confeitos, e 54% de chocolate.
João e Lourenzani (2011) ressaltam que o consumo do amendoim no Brasil é sazonal,
com seu pico nos meses de junho e julho, época em que são realizadas as tradicionais festas
juninas e julinas.
Considera-se que a cultura do amendoim tenha relevância para o agronegócio
brasileiro, sendo evidenciada sob dois aspectos: a) econômica, com base na receita gerada
para as regiões produtoras e processadoras, principalmente no Estado de São Paulo, que
concentra grande parte da produção, processamento e distribuição do produto no Brasil, bem
como seu impacto para as exportações; e b) importância social, a partir dos empregos diretos
e indiretos gerados em todos os elos da sua cadeia produtiva (Lourenzani e Lourenzani,
2009).
A cultura do amendoim vem crescendo cada vez mais no Brasil, representando
aproximadamente 1% da produção mundial. Entretanto, mesmo pequena em nível mundial,

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essa produção tem crescido muito nos últimos anos (BERTONHA, 2011). Com relação ao
consumo interno, dados da ABICAB (2017b) apontam que em 2015 o país consumiu 207 mil
toneladas, apresentando um crescimento de 3,2% do setor em relação ao consumido em 2014,
que foi de 200 mil toneladas. Segundo a Associação, estes dados demonstram uma
recuperação do setor que em 2012 consumiu 214 mil toneladas.
Diante do exposto e da importância que a cultura do amendoim tem para o Brasil,
tanto no que tange a economia, principalmente para o Estado de São Paulo que abriga a
grande maioria da produção e das indústrias processadoras, quanto no que tange à importância
social, a partir da geração de empregos, faz-se necessário um estudo do panorama da cultura
do amendoim no Brasil e como ela tem evoluído ao longo dos anos. Assim, o objetivo deste
artigo é descrever o panorama da cultura do amendoim no Brasil. Para tal, buscou-se: a)
realizar uma contextualização histórica da cultura; b) verificar a evolução da produção
nacional, das exportações e importações do amendoim in natura; c) apresentar a posição atual
do Brasil diante dos maiores produtores de amendoim do mundo, de acordo com dados da
FAO (2017).
O artigo está dividido em cinco seções. A primeira seção consiste nesta introdução,
onde são abordados os aspectos gerais da cultura do amendoim, seguida pela metodologia,
resultados e discussões, considerações finais e finalmente as referências bibliográficas.

2. Metodologia

Esta pesquisa caracteriza-se como de natureza aplicada e considerando o objetivo de


descrever o panorama da cultura do amendoim no Brasil, verifica-se a necessidade de realizar
uma pesquisa descritiva.
Segundo Gil (2002), as pesquisas descritivas são realizadas quando se deseja descrever
as características de determinada população ou fenômeno, ou estabelecer a relação entre
variáveis. Neste caso, o autor ressalta que o levantamento por meio de coleta de dados é um
dos instrumentos que permitem ao pesquisador descrever com precisão tais características.
Para o levantamento de dados, fez-se necessário a utilização de dois instrumentos de pesquisa:
a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental.
Severino (2007), afirma que a pesquisa bibliográfica é realizada com base em
documentos devidamente registrados, originados de estudos analíticos, tais como livros,
artigos, teses e dissertações. O conteúdo destes documentos ressalta o autor, permite ao
pesquisador a obtenção de dados que serão trabalhados no desenvolvimento de sua pesquisa.
Neste contexto, este instrumento foi utilizado para contextualizar o histórico da produção de
amendoim no Brasil, e os documentos utilizados foram dissertações e artigos científicos
publicados em periódicos e em anais de eventos científicos.
O segundo instrumento utilizado para o levantamento de dados, a pesquisa
documental, é aquela realizada por meio de documentos que ainda não receberam tratamento
analítico, tais como jornais, fotos, filmes, gravações, documentos legais (SEVERINO, 2007).
Neste artigo, os dados foram obtidos por meio de informações contidas em sites institucionais
que contém base de dados históricos relacionados à produção e a produtividade de amendoim
no Brasil e no mundo, bem como dados sobre a exportação e a importação. Santos e Parra
Filho (2016), ressaltam que é fundamental para o pesquisador estudar a partir de dados que
ainda não se tornaram fontes bibliográficas.
Para alcançar os objetivos específicos propostos, optou-se por extrair dados na base
estatística FAOSTAT. Esta base é mantida pela Food and Agriculture Organization of the
United Nations (FAO) e com disponibilidade gratuita na internet. O levantamento realizado

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permitiu o acesso aos dados sobre cultivo, produção, importação e exportação do amendoim
no Brasil e do mundo.
Já para a análise relacionada à produção do amendoim no país e em seus estados,
optou-se por utilizar as Séries Históricas de Área Plantada, Produtividade e Produção,
disponibilizada no site institucional da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).
Este site também disponibiliza informações gratuitas.
Determinou-se que os dados coletados nas bases deveriam compreender o período de
1960 a 2014. Tal período foi escolhido considerando os anos áureos em que o país foi
considerado produtor mundial de amendoim e seu declínio nas próximas décadas. Estas
constatações foram levantadas por meio da pesquisa bibliográfica realizada e os dados
coletados permitiram corroborar tais informações.
Com o tratamento dos dados coletados no levantamento realizado e as constatações
observadas nas fontes bibliográficas, foi possível descrever o panorama da cultura do
amendoim no país, considerando o período 1960 a 2014. Por fim, considerando o país e os
principais estados brasileiros, bem como a produtividade ao longo do tempo o panorama da
produtividade da cultura do amendoim no Brasil, buscou-se realizar um paralelo entre a
produção no Brasil e nos países que atualmente são os maiores produtores de amendoim de
acordo com a FAO (2017).

3. Resultados e discussões

3.1 Histórico da produção de amendoim no Brasil

Há cerca de 40 anos, o Brasil era um importante produtor de amendoim e um dos


maiores produtores mundiais de óleo de amendoim. Na década de 1970, a produção era
destinada à indústria esmagadora para produção de óleo de amendoim. Tal óleo era utilizado
no consumo doméstico e industrial. De acordo com ABICAB (2017c), nessa década o país
atingiu a produção de um milhão de toneladas do grão. Porém, na década de 1980, a cultura
sofreu com o desestímulo, causada principalmente pelo baixo rendimento por área, alta
susceptibilidade às variações climáticas, variações bruscas nos preços e elevado custo de
produção (MARTINS, 2006). Somam-se ainda as políticas agrícolas adotadas visando ao
incentivo na produção de produtos exportáveis como a soja.
Coelho (2001), ressalta que o complexo soja não existia em termos de exportação em
1965 e que em 1985 contribuiu com cerca de 23,2% das exportações agrícolas. Os incentivos
agrícolas dados ao trigo eram tão altos que se pode dizer que a notável expansão da soja foi
um efeito direto (e de certa forma inesperado) da produção de trigo, devido ao sistema de
rotação entre as duas culturas. A expansão agrícola para o Centro-Oeste, então fronteira
agrícola, foi decorrente de mecanismos de incentivo como o crédito rural, que desde 1985
vem acompanhando o desenvolvimento da cultura da soja (BERTRAND, CADIER e
GASQUES, 2005). Assim, observou-se a substituição do uso de óleo de amendoim por óleo
de soja (MILHOMEM, 2005). Além do consumo doméstico, o óleo de soja é empregado na
fabricação de resinas, tintas, vernizes, cosmética e farmacêutica.
Martins e Vicente (2010), no que tange à inexistência de normas de controle sanitário,
enfatizam que isso contribuiu para a redução da competitividade do farelo de amendoim.
Nesse cenário, a soja se estabeleceu definitivamente como a matéria-prima para farelo e óleo
resultando na redução das aquisições de amendoim por parte das esmagadoras e no declínio
da cultura do amendoim.
Sampaio e Vicente (2013) destacam que as décadas de 1980 e 1990 registraram a
retração da produção paulista de amendoim, condicionada pela demanda por novos padrões de

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qualidade para o produto in natura em detrimento do segmento de óleos vegetais e de farelos
proteicos, dominados pela soja.
A partir daí observou-se um aumento da demanda de amendoim para consumo in
natura e para a indústria de confeitos e derivados. Como o amendoim produzido não atendia à
demanda em termos de qualidade, o Brasil passou a ser importador de matéria prima.
Em 2001, a ABICAB criou o selo Pró-amendoim, com a intenção de organizar o
segmento. Tal selo foi fundamental para a criação e adoção de normas essenciais para
produtos destinados ao consumo humano, principalmente agindo no controle e detecção da
aflatoxina (MARTINS e VICENTE, 2010).
O objetivo do selo é estimular toda a cadeia produtiva para a obtenção de amendoim
em conformidade com os limites estabelecidos para a concentração de aflatoxinas. As
empresas investem muito para a melhoria da qualidade do amendoim produzido no Brasil,
implantando Boas Práticas de Fabricação (BPF), Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle (APPCC) e monitoramento laboratorial dos produtos industrializados (SILVA et al,
2013).
Outro ponto muito importante para a regulação da cadeia produtiva do amendoim está
na publicação da Instrução Normativa N.3, que estabelece critérios e procedimentos de
controle higiênico sanitário na cadeia de produção do amendoim e de seus subprodutos
destinados ao consumo humano no mercado interno, na importação e exportação. Dentre os
critérios está o sistema de rastreabilidade e das boas práticas, o Certificado de Segurança
Higiênico-Sanitária (CSH), o controle das exportações e importações, bem como a definição
das normas amostrais para controle e detecção de aflatoxinas (MARTINS e VICENTE, 2010).
Percebe-se que a partir da criação de tal selo em 2001 e da publicação da Instrução
Normativa N.3 em 2009, as importações de amendoim in natura diminuíram
consideravelmente (Gráfico 1). Em certo ponto, o Brasil chegou a importar 9.976 toneladas
no ano de 1987, porém a partir de 2003 a máxima quantidade importada deu-se no ano de
2006 com 1084 toneladas.
Gráfico 1- Panorama das exportações e importações de amendoim no Brasil (1961-2013).

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de FAOSTAT (2017)

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O Gráfico 1 ilustra um comparativo entre as importações e exportações brasileiras
entre os anos 1961 e 2014. O gráfico revela que podem ser identificados três períodos: o
período de grande quantidade exportada que vai desde o final da década de 1960 até meados
da década de 1970; o declínio nas décadas de 1980 e 1990, quando o país passa a ser
importador de amendoim; começo da recuperação no início anos 2000 e a grande melhora nos
números a partir de meados da mesma década. O gráfico também ilustra o comportamento das
importações, que estiveram em alta justamente entre meados dos anos 1980 até o ano 2000,
resultando na obtenção de resultados negativos na balança comercial do segmento de
amendoim no país.
A retomada do crescimento aconteceu em um cenário constituído de novas
especificidades. Isso demandou mudanças tecnológicas nos vários elos da cadeia de produção
do amendoim. A etapa agrícola incorporou novas cultivares, novas técnicas de manejo e a
colheita mecanizada. No beneficiamento, a secagem artificial e a seleção eletrônica foram
fundamentais para atender às novas exigências de segurança de alimento, também estendidas
ao armazenamento, onde os controles de umidade, de temperatura e sanitário passam a ser
primordiais. Além disso, no processamento industrial a adoção das boas práticas de produção
tornou-se essencial para a elaboração de produtos destinados ao consumo humano. Um novo
mercado, que também exigiu a organização do segmento, além da elaboração e adoção de
novas regras de produção (MARTINS, 2013).
A partir de 2000, o saldo da balança comercial do amendoim começa a ser positivo,
indicando que o aumento do volume produzido e o padrão de qualidade alcançado têm
suprido a demanda do mercado interno, possibilitando a ampliação da participação brasileira
no mercado externo (MARTINS e PEREZ, 2008).
Pode-se considerar que as ações adotadas a partir de 2001 foram o marco inicial para a
melhoria do segmento, aumentando a confiabilidade do consumidor, resultando em melhores
números de produção e ganhos em produtividade, que serão discutidos a seguir.

3.2 Panorama da produção de amendoim no Brasil

O Brasil se notabilizou por ser um dos maiores produtores de amendoim no mundo na


década de 1960, porém a partir da década de 1970 esse panorama começou a mudar com a
falta de condições higiênico-sanitárias satisfatórias, o que contribuiu para o aparecimento de
aflatoxinas e também em função da substituição do amendoim pela soja, como principal
fornecedor de farelo e óleo para o mercado interno, como citado anteriormente.
De acordo com Martins (2013), o início dos anos 1970 é marcado pelo contínuo
declínio da produção, em especial pela baixa rentabilidade econômica da cultura, fatores
tecnológicos e pelo fato de a soja ter se estabelecido definitivamente como matéria-prima
principal para óleo e farelo, como citado anteriormente. O Gráfico 2 ilustra o comportamento
da produção brasileira ao longo do tempo.

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Gráfico 2 - Produção brasileira de amendoim (1960-2014).

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de FAOSTAT (2017)

Observa-se a corroboração da ideia de retração da cultura do amendoim, na década de


1980, devido a diversos fatores, que além da falta de controle de qualidade no que se refere à
contaminação por aflatoxinas, há também a forte concorrência da soja, como cultura
exportável.
Entre os anos de 1980 e 1984 houve queda brusca nos números de produção, passando
de 482,849 mil toneladas em 1980 para 248,632 mil toneladas em 1984, com um pequeno
crescimento em 1985, contudo observa-se queda ainda mais acentuada entre os anos de 1986
e 1990. A produção nacional continuou em queda com pequenos picos de melhora até o ano
de 2009, sendo que somente a partir desse ano a produção aumentou gradativamente, sem
oscilações até 2014.
Sampaio (2016) reitera que tanto na década de 1980 quanto na década de 1990, a
retração na produção brasileira de amendoim estava acompanhada da diminuição da área
plantada e, embora com o crescente ganho em produtividade, a produção apresentou enorme
queda. Em 1980 foram exportados 101 mil toneladas do farelo de amendoim e na década de
1990 esse mercado praticamente deixou de existir na pauta brasileira.

3.3 Evolução da produtividade de amendoim no Brasil

A produtividade da cultura do amendoim entre as décadas de 1960 e 1980 sempre se


mantiveram no patamar entre 1.300 kg/ha e 1.800 kg/ha, ocorrendo nesse intervalo de tempo
oscilações que não são consideradas bruscas (Gráfico 3). O Gráfico 3 ilustra o comportamento
da produtividade do amendoim no Brasil ao longo do tempo.

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Gráfico 3 - Produtividade brasileira de amendoim (1960-2014).

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de FAOSTAT(2017)

Lourenzani e Lourenzani (2009) apontam que a baixa produtividade da cultura foi um


dos fatores que contribuiu para o declínio da mesma, junto com a susceptibilidade às
variações climáticas e flutuações de preços.
João e Lourenzani (2011) reiteram que a partir da década de 1990, os principais
agentes envolvidos no sistema agroindustrial do amendoim perceberam que eram necessárias
mudanças urgentes em todo o sistema, a fim de que a cadeia conquistasse a competitividade
perdida.
Na década de 1990, a retração da produção de amendoim é intensificada, dando
continuidade ao processo iniciado nos anos 1980. O cenário é restrito ao farelo de amendoim
em razão do controle sanitário mais rígido em relação à aflatoxina e da maior competitividade
do farelo de soja. Já o mercado interno do óleo de amendoim é deslocado para o óleo de soja e
assim, sem a complementaridade dos dois produtos e mercados, as exportações de óleo
também diminuíram (SAMPAIO, 2016).
A produtividade no Brasil vem crescendo ao longo dos anos, principalmente devido às
técnicas e tecnologias incorporadas na produção, principalmente a partir da década de 2000 e
nos estados detentores das produtividades médias mais elevadas, sendo São Paulo um dos
principais produtores a incorporar a nova dinâmica tecnológica (MARTINS, 2013).

3.4 Produção brasileira por estado

A produção brasileira de amendoim concentra-se na região Centro-Sul e se desenvolve


principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, como
ilustrado no Gráfico 4. Além dessa região, no Nordeste, o Estado da Bahia destaca-se no
plantio (MARTINS, 2013).

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Gráfico 4 - Participação percentual por estado entre 1977 e 2016.

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de CONAB (2017)

São Paulo é o estado que mais se destaca na produção de amendoim no Brasil, desde
os anos 1960, que de acordo com João e Lourenzani (2011), se concentra mais
especificamente na região da Alta Paulista (Tupã e Marília) e Alta Mogiana (Ribeirão Preto e
Jaboticabal).
A produção paulista, mais especificamente, é realizada em duas safras: a safra das
águas (outubro a março), que representa 76% da área total plantada e 80% da produção e a
safra da seca ou safrinha (fevereiro a julho), correspondendo em torno de 24% da área
plantada e 20% da produção, onde se destacam duas regiões na produção de amendoim: Alta
Mogiana e Alta Paulista (MARTINS, 2006).
O Gráfico 4 ilustra a participação percentual de cada um dos estados listados na
legenda em relação ao tempo da produção brasileira de amendoim, entre os anos de 1977 a
2016.
Por meio do Gráfico 4 se pode perceber que o Estado de São Paulo domina com ampla
vantagem a produção de amendoim no Brasil. O Estado do Paraná, que entre o final da década
de 1970 e meados da década de 1980 era o segundo maior produtor de forma isolada se viu
em declínio nos anos posteriores, tornando-se um Estado produtor sem a mesma relevância do
passado. A partir de 2005 percebem-se movimentos pontuais em vários estados, ou seja,
pequenas oscilações, sem grande destaque. As novas áreas plantadas são registradas nos
estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Nos anos seguintes, essas
movimentações pontuais não são mantidas ou mudam de intensidade e, de certa forma,
refletem tentativas pouco exitosas de estabelecimento da cultura em novas regiões. Apesar de
algumas novidades, as regiões produtoras estabelecidas há muitas décadas continuam
dominando a produção brasileira e o Estado de São Paulo mantém sua liderança (MARTINS,
2013), que de acordo com a CONAB (2017) está em 93% da produção total do país.

3.5 Produção mundial e posicionamento do Brasil perante os maiores produtores de


amendoim

O amendoim, a quarta oleaginosa mais produzida no mundo, é cultivado em mais de


30 países, com especial destaque para o continente africano. Porém, a maior parte da
produção está concentrada na China, Índia, Nigéria e Estados Unidos. Na América do Sul,

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Argentina e Brasil são os principais produtores. A concentração da produção nos países
citados pode ser notada ao longo de várias décadas e está relacionada com o consumo do
amendoim. China, Índia e Estados Unidos são também os principais consumidores do grão
(MARTINS, 2013).
O cultivo de amendoim ocupa uma área aproximada de 23 milhões de hectares. Para a
safra 2014/15 a produção mundial está estimada em torno de 40 milhões de toneladas. Esta
cultura possui grande relevância no mercado de grãos, sendo um importante produto da
economia de países asiáticos e africanos (SILVA et al, 2016).
A Tabela 1 mostra os 20 principais países produtores de amendoim, onde o Brasil
ocupa a 18ª colocação.

Tabela 1- Produção em mil t em 2014 dos principais


países produtores de amendoim

Produção em
País mil t
China 16550,213
Índia 6557,000
Nigéria 3413,100
Estados Unidos 2353,540
Sudão 1767,000
Tanzânia 1635,335
Argentina 1165,924
Myanmar 865,900
Chade 791,088
Senegal 669,329
Indonésia 638,896
Camarões 614,000
Mali 509,363
Vietnã 453,332
Gana 426,280
República Democrática do Congo 421,568
Níger 403,422
Brasil 402,626
Burkina Faso 335,223
Guiné 297,000
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de FAOSTAT
(2017).
O Gráfico 5 mostra o comportamento dos quatro primeiros colocados na Tabela 1 e
mais o Brasil e a Argentina, em relação à produção entre os anos de 1961 e 2014.
Por meio do gráfico percebe-se que a China nem sempre se manteve soberana na
produção de amendoim. Entre 1961 e 1984, o país responsável pela maior produção do
mundo era a Índia. A partir de 1985, a China passou a disputar a liderança da produção com a
Índia e foram se alternando nessa posição até 1993, quando a China assumiu de vez o posto
de maior produtor mundial de amendoim, com 8496,462 mil toneladas produzidas naquele
ano.

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Gráfico 5 - Comparação da produção de amendoim entre os maiores países produtores e o Brasil (1961-
2014).

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de FAOSTAT (2017).

Pode-se destacar também a participação dos países africanos. Dentre os vinte maiores
produtores do mundo, treze são deste continente. Destaque para a Nigéria, que vem em uma
crescente desde meados dos anos 1990 e agora é de maneira estabelecida a terceira maior
nação produtora de amendoim no mundo.
Já os Estados Unidos, em meados dos anos 1970 conseguiu o posto de terceiro maior
produtor do mundo, mas a rigor vem mantendo a quarta posição no ranking desde meados dos
anos 1980.
Parceira de Mercosul do Brasil, a Argentina ocupa atualmente a sétima posição entre
os maiores produtores, ocupando também uma importante posição entre os exportadores,
sendo um forte concorrente do Brasil. De acordo com Martins (2013), os principais
produtores também são os principais exportadores, com exceção da Argentina, que não possui
mercado interno consumidor amplo. Assim, apesar de não ocupar papel de destaque na
produção mundial, a Argentina possui importante participação nas exportações.
O Brasil, em comparação aos sete principais produtores não apresenta grande
representatividade, porém é importante ressaltar que com as já citadas melhorias no segmento,
vem melhorando seu desempenho ao longo dos anos. Cabe destacar que no início dos anos
1970 o Brasil apresentava uma produção mais representativa, chegando a ficar perto dos
números dos Estados Unidos (em 1970 o Brasil produziu 928,073 mil toneladas enquanto que
os americanos produziram 1353,114 mil toneladas). Porém, com o declínio das exportações,
falta de condições higiênico sanitárias para continuar com a representatividade conseguida
nos anos 1960 e 1970, o Brasil se vê produzindo 482,849 mil toneladas em 1980, ou seja, em
apenas dez anos houve uma queda de aproximadamente 48% na produção do grão.
A queda se acentuou ainda mais entre os anos de 1980 e 1990, onde houve uma
redução de aproximadamente 71% na produção, de 482,849 mil toneladas em 1980 para
apenas 138,325 mil toneladas em 1990. Porém, já no início da década de 2000 observa-se
uma recuperação lenta da produção, culminando com a produção de 402,626 mil toneladas no
ano de 2014.

4. Considerações finais

Considera-se que mesmo sofrendo muitas oscilações ao longo das décadas, a cultura
do amendoim vem, desde o ano de 2009 apresentando crescimento, graças às melhorias ao

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longo da cadeia, desde as condições higiênico sanitárias, passando pelo controle de
temperatura no armazenamento, sendo todas essas medidas de extrema importância para
manter a qualidade do grão colhido e possibilitar o seu consumo. As exportações também
vêm recuperando seu desempenho, em comparação às importações, em consequência do
rígido controle de qualidade imposto para com a cultura do amendoim. Tal melhoria pode ser
ligada à criação do selo Pró-Amendoim pela ABICAB e outras ações envolvendo o controle
das aflatoxinas, sendo este um dos grandes gargalos do segmento na época em que houve o
declínio da cultura.
Porém, o Brasil ainda está longe de atingir os números de produção de outrora, quando
era um dos maiores produtores do mundo (principalmente em meados da década de 1960).
Para tal, faz-se necessária uma coordenação cada vez maior da cadeia produtiva do
amendoim, sendo este o maior desafio do segmento.

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