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Unidade II
5 ESCOPO E TEMPO EM PROJETOS
5.1.1 Conceitos
Essa área de conhecimento compreende processos que possam garantir que o projeto seja bem-
sucedido. Esses processos são cinco, segundo o PMI (2008):
• Coletar os requisitos:
• Definir o escopo:
• Verificar o escopo:
• Controlar o escopo:
Integra o grupo de processos de planejamento e tem o objetivo de coletar os requisitos das partes
interessadas a fim de gerar subsídios para a criação da estrutura analítica de projetos. A responsabilidade
sobre esse processo é do gerente de projeto.
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Unidade II
• coleta das expectativas dos stakeholders, por meio de workshops, entrevistas e outros eventos.
As saídas são:
• documento de requisitos;
• matriz de requisitos.
Antes de definir esse processo, é necessário diferenciar o que é escopo de projeto e escopo de produto.
Escopo de projeto é o conjunto das tarefas necessárias para atingir os objetivos do projeto, e escopo
do produto é o conjunto de características do produto ou serviço do projeto final que é entregue. Por
exemplo, certa faculdade contrata uma empresa para desenvolver um software para controle acadêmico
dos alunos. O escopo do produto é constituído de diversos itens; na sequência, estabeleceram-se alguns:
Conceituado, então, devidamente escopos de projeto e de produto, é possível agora afirmar que o
processo de definir o escopo tem o papel de descrever claramente o escopo do projeto em função de
entregáveis ou resultados concretos do trabalho realizado.
A principal saída desse processo é a declaração de escopo. Esse documento serve de referência para
decisões futuras do projeto e descreve o escopo do projeto detalhado em entregáveis.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• os objetivos do projeto.
Esse processo é responsável por gerar a EAP, também conhecido pelo termo em inglês Work
Breakdown Structure (WBS). Trata-se de um agrupamento dos componentes do projeto orientado aos
entregáveis, que organiza e define o escopo total do projeto.
• decisão sobre a adequação do detalhamento de cada resultado principal, definição das estimativas
de custo e duração;
Segundo Monteiro (2008), uma EAP com riqueza de detalhamento contribui com a prevenção das
alterações de escopo, devido ao fato de ser claro para os stakeholders sobre o que integra ou não o
projeto.
• passo 2: estabelecer no segundo nível (nível 1) as fases que estabelecem o ciclo de vida do projeto;
• passo 4: identificar os subprodutos necessários para que seja alcançado o sucesso do projeto em
cada fase;
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Unidade II
Como exemplo, será utilizado o simples projeto de pintura de uma casa. O primeiro passo, criação do
nível 0, está descrito na figura a seguir.
Projeto de
pintura da casa
Projeto de
pintura da casa
Projeto de
pintura da casa
Para o quarto passo, identificação dos subprodutos, a descrição encontra-se na figura a seguir.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Projeto de
pintura da casa
Estudo de
Controle viabilidade
Fechamento
A EAP deve ser acompanhada de seu dicionário, que descreve o trabalho a ser realizado em cada um
de seus elementos. Essas descrições são os pacotes de trabalho, que estão nos elementos mais inferiores
da EAP.
Exemplo de aplicação
Esse processo integra o grupo de monitoramento e controle, sendo responsável por obter a aprovação
formal do escopo do projeto por parte de seus stakeholders, devendo acontecer ao término de cada fase
do ciclo de vida do projeto, revisando todos os entregáveis.
Embora em certas situações pareça confuso, a verificação de escopo não é o mesmo que controle de
qualidade. Verificar escopo é aceite de resultados; e controle de qualidade é verificação de resultados.
• declaração de escopo;
• EAP;
• entregáveis.
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Unidade II
• formulário de aceite;
• solicitação de mudanças;
• ações corretivas.
Esse processo é responsável por garantir que as mudanças sejam acordadas por todos, identificando
quando ocorreram. O controle de escopo é fundamental para o sucesso do projeto, devido à sua eficiente
gestão sobre as mudanças.
A frequente mudança no escopo é uma das principais causas de fracasso nos projetos. As principais
origens na alteração do escopo são:
• declaração de escopo;
• EAP;
• dicionário da EAP;
• ações corretivas;
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Lembrete
5.2.1 Conceitos
Essa área de conhecimento possui seis processos, sendo em sua grande maioria processos de
planejamento. São eles:
• Definir as atividades:
• Sequenciar as atividades:
• Desenvolver o cronograma:
• Controlar o cronograma:
Para esse processo são utilizadas as tarefas de decomposição, planejamento de ondas sucessivas,
criação de listagens de atividades e criação de atributos de atividades.
A decomposição dos entregáveis vai servir de base para a elaboração do cronograma. A lista de
atividades relaciona aquilo que deve ser executado no projeto. Atributos das atividades é a documentação
completa sobre a atividade, podendo ser constituídos, ao máximo, pelos seguintes componentes:
• código da atividade;
• fatores organizacionais;
• EAP.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• lista de atividades;
• lista de marcos;
• solicitação de mudanças.
Esse processo é responsável por identificar e documentar as relações entre as atividades por meio de
um sequenciamento lógico, de modo a obter um trabalho executável.
É nesse processo que se utiliza o Diagrama de Redes, que nada mais é do que uma ferramenta gráfica
para o desenvolvimento lógico do projeto, mostrando como as atividades serão executadas do início ao
fim.
Para exemplificar melhor seu uso, tem-se o exemplo das atividades representadas no quadro a seguir.
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Unidade II
O diagrama construído a partir da relação de tarefas pode ser encontrado na figura a seguir.
A D
40
1 7
B E H
10 30 60 70
2 5 6
G 2
C F
20 50
3 1
• A tarefa B tem duração de dois dias; portanto, o evento 30 ocorre no final da data 2.
• A tarefa C tem duração de três dias; portanto, o evento 20 ocorre no final da data 3.
• Considerando que a tarefa F tem duração de um dia, o evento 50 só ocorre na data 4, porque ele
depende do término da tarefa C.
• A data mais cedo do evento 60 depende do término das tarefas E, com duração de cinco dias
(que depende de B, com duração de dois dias), e G, com duração de dois dias (que depende de F
e C, com duração total de quatro dias). Portanto, a data mais cedo para o evento 60 é a data do
caminho com maior duração, ou seja, a data 7.
A rede calculada com a data de início mais cedo pode ser vista na figura a seguir:
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
A D
40
1 7
1
B E H
10 30 60 70
2 5 6
0 2 7 13
G 2
C F
20 50
3 1
3 4
Para o cálculo da data de início mais tarde do projeto, consideram-se as tarefas e os eventos a partir
dos últimos. Segue a sequência:
• Para não prejudicar o evento 70, a data mais tarde do evento 60 será 7, considerando a tarefa H
com seis dias.
• Para não prejudicar a data mais tarde do evento 70, a data mais tarde do evento 40 será a data 6,
considerando a tarefa D com sete dias.
• Para não prejudicar a data mais tarde do evento 60, a data mais tarde do evento 50 será a data 5,
considerando a tarefa G com dois dias.
O Diagrama de Rede calculado com as datas mais cedo (na porção inferior) e mais tarde (na porção
superior) pode ser visto a seguir.
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Unidade II
6
A D
40
1 7
1
0 2 7 13
B E H
10 30 60 70
2 5 6
0 2 7 13
G 2
4 5
C F
20 50
3 1
3 4
Saiba mais
O PDM é um método francês em que os nós ou as caixas indicam as atividades e as setas, as ligações
entre elas.
• obrigatória: deve obedecer a uma ordem de execução que não pode ser mudada;
• arbitrária: a decisão sobre qual atividade será executada em primeiro lugar é baseada na experiência
ou preferência de quem a executa;
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• lista de atividades;
• plano do projeto.
• solicitação de mudanças;
É o processo de aproximação do número de períodos de trabalho que serão necessários para que se
concluam as atividades individuais com os recursos estimados.
• estimativa por analogia: baseia-se nas informações históricas, ou seja, em resultados anteriores;
• modelos PERT e CPM: são modelos matemáticos para análise de caminhos críticos.
É o processo responsável por determinar as datas de início e fim de todas as tarefas do projeto.
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Unidade II
6.1.1 Conceitos
Pode-se afirmar que os processos referentes à gestão da qualidade foram os que exerceram maior
impacto no dia a dia das empresas, em todos os setores da corporação, pois, quando se almeja um produto
com qualidade, mudam-se políticas e procedimentos de toda a empresa, e não apenas de determinado setor.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Na visão de Sashkin e Kiser (1994), a qualidade possui três aspectos fundamentais. O primeiro são
as ferramentas e as técnicas que os colaboradores da empresa utilizarão para desenvolver o projeto.
Está incluído nesse item o fator treinamento, que os colaboradores devem ter para que possam extrair
o máximo das ferramentas disponíveis.
O segundo ponto fundamental é ter sempre o cliente como o foco principal. Não se pode esquecer
de que ele idealizou o projeto, e é necessário criar condições para que esse ideal se torne real.
É impossível falar de qualidade sem citar alguns dos grandes autores da área, que tiveram seus
conceitos utilizados em todas as teorias de gestão de qualidade, Rossato (1996) fez um levantamento
dessas definições, conforme verificaremos a seguir.
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Unidade II
Lembrete
Nos últimos tempos, com a crescente globalização dos produtos, a qualidade ganhou destaque no
cenário empresarial, sendo item fundamental para qualquer bom gestor.
Paladini (1994) diz que qualidade pode ser definida como capacidade de adequação ao uso em três
estruturas básicas:
• Qualidade in-line: trata-se do modelo mais clássico, que tem ênfase na qualidade que podemos
obter por meio do nível de produção, considerando as linhas de produção.
• Qualidade off-line: trata-se do esforço empreendido pelas áreas que não têm ligação direta com
as linhas de produção, ou seja, são caracterizadas pelas áreas que dão suporte à linha de produção,
mas não participam do processo produtivo.
• Qualidade on-line: trata-se de todo o esforço que a empresa gasta para realizar a captação, com
a maior agilidade possível. Também estão ligadas a essa estrutura as alterações realizadas tendo
como base a preferência do cliente, os hábitos e fatores comportamentais do consumidor e a
forma como a empresa adapta-se aos novos tempos e ao surgimento de produtos e concorrentes
no mercado.
Sashkin e Kiser (1994) destacam a importância das ferramentas sociais dentro do processo de
produção do desenvolvimento dos valores fundamentais para que a empresa possa disseminar a cultura
e a sustentação de todo o processo de gestão da qualidade de produtos e serviços.
Para esses autores, uma das principais características quando se menciona o processo de disseminação
da qualidade pela empresa é o aspecto da liderança; dessa forma, é essencial que os executivos ajam
como líderes com visão de qualidade. As principais ferramentas sociais são:
• Desenho total de cargos: as tarefas que serão desempenhadas pelos colaboradores precisam ser
desenhadas de maneira a formar um cargo que tenha completeza e coerência, pois a busca do
ser humano, não apenas no ambiente corporativo, mas na vida em geral, é a sensação de estar
completo.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• Desenho de trabalho de equipe: sabemos que, nos dias atuais, as tarefas que executamos durante
o processo de realização do nosso trabalho possuem alto grau de complexidade. Assim, só quando
formamos equipes de trabalho e executamos o trabalho em conjunto, temos a possibilidade de
solucionar problemas complexos de forma eficiente e rápida.
• Garantir que o colaborador tenha certa estabilidade no emprego: quando se sente seguro dentro
do ambiente corporativo, ele tende a desempenhar suas tarefas de maneira mais efetiva. Esse
fator, em longo prazo, tende a gerar maior produtividade.
• Criar um clima de igualdade e decisões justas: quando os gestores de uma empresa adotam essa
postura, criam um clima de igualdade e coerência entre todos os funcionários, fazendo com que
se relacionem com o fator da justiça em suas mais diferentes dimensões.
Saiba mais
Alexandre e Ferreira (2000) listam alguns fatores que podem se tornar verdadeiros obstáculos para
o sucesso da implementação dos modelos de gestão da qualidade. Um dos principais é a ausência de
liderança e de comprometimento por parte da alta administração, tanto no que tange às metas que
nortearão a gestão da qualidade como aos recursos que serão alocados para que a gestão da qualidade
possa ser efetiva.
• Tecnologia utilizada pela empresa: quando falamos em processos de gestão de qualidade, estamos
falando também das tecnologias que empregamos para executar esse processo. Dentro desse item
devemos destacar elementos como formas de verificação da qualidade, inspeção, armazenamento,
distribuição, compilação e reprodução das informações, e isso deve ocorrer durante todo o
processo de produção dos produtos e serviços.
Segundo o PMI (2008), o processo de gestão da qualidade de um projeto inclui todas as fases e
atividades da empresa que executa as tarefas, bem como as devidas determinações de políticas de
qualidade, objetivos e responsabilidades, de forma que o projeto consiga satisfazer as necessidades que
deram origem a ele.
Lembrete
A gestão da qualidade inclui o gerenciamento do projeto e do produto e pode ser aplicada a todos
os tipos de projetos, independentemente de sua origem.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
As métricas e técnicas de qualidade de determinado produto são particulares dele e têm características
próprias que estão ligadas à finalidade que o produto ou o projeto terá.
Alguns fatores são fundamentais para a realização do gerenciamento da qualidade. São eles:
• saber, antecipadamente, quais são as ferramentas, técnicas e tecnologias que utilizaremos para
garantir a qualidade (Seis Sigma, TQM, entre outras);
• como serão administradas as mudanças referentes à não qualidade, à não conformidade e ao não
cumprimento dos requisitos;
• quem será o responsável pela gestão da qualidade, bem como pelo controle do plano.
Assim como qualquer outro item de gerenciamento, a qualidade tem custos, sendo, inclusive, bem
maiores e mais danosos que os da não qualidade. Entre eles, ressaltam-se os relacionados a treinamentos,
controle, testes, auditorias e homologação.
Da mesma forma, é possível listar alguns custos relativos a não qualidade de produtos e serviços:
retrabalho, reparos, atrasos, diminuição da credibilidade da marca, perda de clientes e custos com
manutenção e assistência técnica.
Observação
Conforme já mencionado no início desta unidade, a abordagem que o PMI faz sobre qualidade
está em total conformidade com as normas da ISO. Ambas as regras para que as empresas alcancem a
qualidade são compatíveis e podem ser usadas conjuntamente.
O item de gestão da qualidade do PMI também tem total conformidade com os grandes pensadores
da área.
Outros tipos de abordagem, que são consideradas como não proprietárias, são: a Gestão da Qualidade
Total, a metodologia Seis Sigma, o FMEA (Análise de Modos e Efeitos da Falha – Failure Mode and
Effect Analyses) e o método de melhoria contínua, os quais também têm conformidade com o guia de
gerenciamento mais usado no mundo.
A gestão da qualidade, com uma visão moderna, completa o bom gerenciamento de projetos. Tanto
a ISO como o PMBOK destacam a relevância das seguintes características:
Melhoria contínua: o ciclo PDCA (Plan, Do, Check Act, ou planejar, fazer,
verificar, agir) é a base para a melhoria contínua da qualidade, conforme
definido por Shewhart e modificada por Deming. Além disso, as iniciativas
da melhoria contínua da qualidade empreendidas pela organização
executora, tais como a Gestão da Qualidade Total e o Seis Sigma, devem
aprimorar a qualidade do gerenciamento do projeto e também a qualidade
do produto do projeto. Os modelos de melhoria do projeto incluem Malcolm
Baldrige, o Modelo Organizacional de Maturidade em Gerenciamento de
projetos (Organizational Project Management Maturity Model – OPM3) e o
Modelo Integrado de Maturidade e Capacidade (Capability Maturity Model
Integrated – CMMI).
Muitas empresas utilizam o termo “custo da qualidade”, mas sabe-se que essa expressão poderia ser
substituída pelo termo “investimento na qualidade”, pois, sem dúvida, as empresas têm grande prejuízo
quando não investem em qualidade.
Em termos gerais, o CDQ diz respeito aos esforços gastos com a qualidade no decorrer de todo o
ciclo de vida do produto. Todas as decisões tomadas durante a execução de um projeto podem causar
impactos nos custos operacionais relativos à qualidade.
Ao contrário do que alguns gestores consideram, o processo de planejamento da qualidade não deve
ser feito separadamente do restante do projeto; mas, sim, ao mesmo tempo em que outros planejamentos
são realizados.
Dessa forma, o gerente de projeto pode garantir que todo o projeto será
contemplado, de forma a produzir um resultado de qualidade e atender as
necessidades dos clientes (DINSMORE; BARBOSA, 2009, p. 143).
• linha base de escopo – composta pela declaração de escopo do projeto, EAP, dicionário da EAP;
• registro das partes interessadas – identifica as partes que têm um determinado interesse no
impacto da qualidade;
• linha de base do desempenho de custos – documenta a fase de tempo aceita usada na medição
do desempenho dos custos;
• registro dos riscos – contém as informações sobre as ameaças e as oportunidades que podem
interferir nos requisitos da qualidade;
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
— políticas de qualidade.
• análise do custo-benefício;
• gráficos de controle;
• benchmarking.
• métricas da qualidade;
qualidade dentro de um projeto. Esse processo deve ser executado ao longo de todo o projeto, no intuito
de fornecer a garantia a todos os stakeholders.
• métricas de qualidade;
• auditorias de qualidade;
• análise de processos;
• solicitações de mudança;
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• métricas da qualidade;
• entregas;
• gráficos de controle;
• fluxogramas;
• histogramas;
• diagrama de Pareto;
• gráfico de execução;
• diagrama de dispersão;
• amostragem estatística;
• inspeção;
• mudanças validadas;
87
Unidade II
• entregas validadas;
• solicitações de mudança.
6.2.1 Introdução
Essa área de conhecimento é composta por processos que asseguram a obediência do projeto aos
custos orçados. Os processos de gerenciamento de custos são:
• Estimar custos
• Determinar o orçamento
— Refere-se a agregar os custos previstos com atividades individuais ou pacotes de trabalho que
determinam a linha de base autorizada dos custos.
• Controlar os custos
Saiba mais
Sobre gestão de desenvolvimento de produtos, sugere-se a leitura do
artigo:
CHENG, L. C. Caracterização da gestão de desenvolvimento do
produto: delineando o seu contorno e dimensões básicas. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GESTÃO DO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO. 2., Anais...,
São Carlos, SP. UFSCar. p.1-9., 2000. Disponível em: <http://www.dep.ufmg.
br/old/disciplinas/epd836/artigo2.pdf>.
O artigo apresenta uma visão bastante ampla sobre gestão de custos.
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Unidade II
Esse processo tem o papel de desenvolver uma estimativa dos recursos monetários necessários para
a execução das atividades do projeto. Essas estimativas são um prognóstico baseado na informação
conhecida em um determinado momento.
• compensação de custos e riscos, bem como uma comparação entre comprar e fazer;
Para fazer a estimativa de custos, esse processo utiliza-se de diversas informações. São elas:
começando pelos entregáveis e depois sumarizando à medida que sobe de nível na estrutura até atingir
o nível 1. Neste nível, encontramos o valor planejado total do projeto com os parâmetros inicialmente
definidos (DINSMORE; BARBOSA, 2009, p. 122).
Nesse processo, agregam-se os custos que foram estimados das atividades individuais, com uma
linha de base que inclui todos os orçamentos autorizados, excluindo reversas de gerenciamento.
Observação
Os orçamentos devem ser feitos tomando como base moedas fortes, de
modo que as variações monetárias não afetem o processo.
• linha de base do escopo – composta por declaração do escopo, estrutura analítica de projeto e
dicionário da estrutura analítica de projeto;
• calendários dos recursos – relatam as informações sobre o uso dos recursos na linha do tempo;
• requisitos de recursos financeiros do projeto – relatam os gastos com projetos mais responsabilidades
antecipadas;
• atualizações dos documentos do projeto – atualizam os registros de riscos, estimativa de custos e
cronograma do projeto.
• opinião especializada;
• relações históricas.
Nesse processo, estão incluídas algumas etapas importantes para a eficácia do gerenciamento
financeiro. São elas:
• previsões do orçamento;
• solicitações de mudança;
Resumo
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Unidade II
Exercícios
Questão 1. Leia o texto a seguir:
Kerzner (2006) define escopo do projeto como “soma de todas as entregas necessárias como
parte do projeto. Isso inclui todos os produtos, serviços e resultados”. O Guia PMBOK define o
escopo do projeto como “o trabalho que deve ser realizado para entregar um produto, serviço ou
resultado com as características e funções especificadas”. Com essas duas definições, observamos
que o escopo do projeto inclui todo o trabalho e as entregas necessárias para completar o projeto.
Fonte: PORTILLO (2010).
O processo de definir o escopo tem o papel de descrever claramente o escopo do projeto em função de
entregáveis ou os resultados concretos do trabalho realizado. Sobre esse processo, podemos afirmar que:
III – Escopo de produto é o conjunto das tarefas necessárias para atingir os objetivos do projeto.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
I – Afirmativa verdadeira.
Justificativa: nesse processo, é preciso diferenciar o escopo de projeto do escopo de produto. Escopo
de projeto é o conjunto das tarefas necessárias para atingir os objetivos do projeto. Escopo de produto
é o conjunto de características do produto ou do serviço do projeto final que é entregue.
II – Afirmativa verdadeira.
Justificativa: a Declaração de Escopo serve como referência para tomadas de decisões futuras sobre
o projeto e descreve o escopo desse projeto detalhando seus entregáveis.
Justificativa: a definição de escopo dada nessa afirmativa não é de projeto, e sim de produto. O
escopo de produto é o conjunto de características do produto ou do serviço do projeto final que é
entregue.
III – A quantidade de recursos necessária para a execução de cada atividade do projeto é uma das
principais entradas do processo.
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