Vous êtes sur la page 1sur 14

1

Título: Valores Cristãos


Tema: Eutanásia é de DEUS – PARTE II
Texto: “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e
faz tornar a subir dela.” I Samuel 2.6

INTRODUÇÃO
A eutanásia é um dos temas de maior complexidade existentes
atualmente no direito, assim como para outros setores da
sociedade, por envolver religião, família, medicina, dentre outros.

A vida humana é ponto de partida para os demais direitos da pessoa.


Se o direito à vida não estiver assegurado torna-se impossível a
existência dos outros valores. No entanto, em contradição a este
pressuposto (o direito à vida) temas relacionados à punição com pena
de morte e o direito à eutanásia são frequentemente discutidos e
aceitos na sociedade.

A diferença entre eutanásia e suicídio: eutanásia é um suicídio


assistido (por um corpo profissional da medicina) e induzido e o
suicídio é o ato de alguém tirar a própria vida.

A prática da eutanásia e suas implicações éticas na vida do ser humano


é correto?
VÍDEO – O FILME: A MENINA DE OUTRO
Direção e ator: Clint Eastwood
A triz como pugilista: Hilary Ann Swank
Resumo: O filme fala de superação de uma jovem, mas também, a borda a eutanásia.

PONTO DE REFLEXÃO

NESTE CASO O QUE VOCÊ FARIA?


MANTERIA OS APARELHOS LIGADOS?
DESLIGARIA OS APRELHOS POR AMOR?
CONTINUAVA COM A SUA POSIÇÃO
CRISTÃ?
2

AFINAL A VIDA É UM DOM DE DEUS.

I – EUTANÁSIA: CONCEITOS, IMPLICAÇÕES, HISTORIAS E DIFERENÇAS

1. O CONCEITO DE EUTANÁSIA
Etimologicamente a palavra “eutanásia” tem origem em dois termos
gregos: eu como o significado de “boa” ou “fácil” e, thánatos, que significa
“morte”. A junção destes dos termos resulta na expressão “boa morte”,
também conhecida como “morte misericordiosa”.
A palavra EUTANÁSIA foi criada no séc. XVII pelo filósofo inglês
Francis Bacon, quando prescreveu, na sua obra “Historia vitae et
mortis”, como tratamento mais adequado para as doenças
incuráveis (SILVA, 2000). jus.com.br https://goo.gl/fuPfu8

No sentido técnico, a “eutanásia” significa antecipar ou acelerar a morte


de pacientes em estágio terminal ou que estejam padecendo de dores
intensas em consequência de alguma doença para não prolongar o grave
quadro de seu sofrimento e de seus familiares. As formas usadas podem
ser classificadas em eutanásia passiva ou ativa. A primeira consiste em
desligar as máquinas e aparelhos que mantém o paciente vivo e a segunda
requer a aplicação de qualquer droga que possa acelerar o processo de
morte.

2. CONCEITO DE MORTE
 MORTE – Os dicionários definem a morte como a cessação
(interrupção) definitiva da vida. O fim da existência humana, porém,
não cabe numa definição tão simplista. No campo da ética, somos
constrangidos a lidar com uma questão intrigante e perturbadora:
 Será que a pessoa se encerra apenas quando seus sinais vitais já não
são percebidos?
3

A questão é complexa. Os dilemas éticos daí decorrentes obrigam-


nos a constatar a falência encefálica de um enfermo antes mesmo
da cardíaca.
 A MORTE E A BÍBLIA: a morte nas Escrituras é “o salário do pecado”
Rm6.23 – ela tem um sentido mais espiritual. Já que a vida biológica
pertence a DEUS.

 Se a Bíblia em algum momento fala de uma morte boa e


desejável, certamente não é a eutanásia. A única morte
desejável e boa que encontramos na Palavra de DEUS é o
morrer na esperança cristã, conforme realça o apostolo
Paulo: “Porque, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é
lucro” (Fl 1.21 – (ANDRADE, Claudionor de. As Novas
Fronteiras Ética Cristã. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,P.59).

3. RESUMO HISTORICO DA EUTANÁSIA


O histórico da eutanásia revela que os valores sociais, culturais e
religiosos influenciam de maneira fundamental nas opiniões contrárias
ou favoráveis à prática da eutanásia.

As discussões sobre a eutanásia atravessou diversos períodos


históricos. Passou pelos povos celtas, pela Índia, por Cleópatra VII (69
a.c.-30 a.c.); teve ilustres participações de Lutero, Thomas Morus
(Utopia), David Hume (On suicide), Karl Marx (Medical Euthanasia) e
Schopenhauer (GOLDIM).

a. A eutanásia que os gregos conheceram, praticaram e da qual se tem


provas históricas é a que se chama “falsa eutanásia”, ou seja, a
eutanásia de fundamento e finalidade “puramente eugênico”. Em
Atenas, em 400 a.c., Platão pregava no 3º livro de sua “República” o
sacrifício de velhos, fracos e inválidos, sob o argumento do
fortalecimento de bem-estar e da economia coletiva (SILVA, 2000).

b. Em Esparta, que era uma sociedade guerreira por excelência, era


prática comum lançar-se do monte Taígeto os nascituros que
apresentassem defeitos físicos.

c. Na Índia antiga, os doentes incuráveis, assim compreendidos aqueles


considerados inúteis em geral, eram atirados publicamente no Rio
4

Ganges, depois de obstruídas a boca e obstruídas a boca e as narinas


com um pouco de barro.

d. Os celtas, além de matarem as crianças deformadas, eliminavam também


os idosos (seus próprios pais quando velhos e doentes), uma vez que os
julgavam desnecessários à sociedade, haja vista que os mesmos não
contribuíam para o enriquecimento da nação (ASÚA, 2003).

e. A Igreja também se fez presente, ao longo da história, aderindo à posição


contrária à eutanásia, pois a antecipação da morte está em desacordo
com as leis de Deus, a lei natural.

f. Na década de 90 vigorou, por alguns meses, na Austrália uma lei que


possibilitava formalmente a eutanásia. Os critérios para a execução eram
inúmeros, tais como: vontade do paciente, idade mínima de 18 anos,
doença incurável, inexistência de qualquer medida que possa curar o
paciente, precisão do diagnostico, inexistência de depressão,
conhecimento do paciente dos tratamentos disponíveis, capacidade de
decisão.

g. No Brasil, em 1996, foi proposto um projeto de lei no Senado Federal


(projeto de lei 125/96), instituindo a possibilidade de realização de
procedimentos de eutanásia no Brasil. Tal projeto como é cediço não
prosperou (CARVALHO, 2003).

4. PAÍSES QUE ADMITEM A EUTANÁSIA OU


O SUICÍDIO ASSISTIDO
1.Belgica - Legalizou a eutanásia em setembro de 2002;

2. Suiça – Também tolera a eutanásia;

3. França – Permite uma “sedação terminal” a pacientes em fim de vida;

4. Áustria – Eutanásia passiva não é ilegal;

5. Alemanha – Eutanásia passiva não é ilegal;

6. Luxemburgo – Legalizou em março de 2009;

7. Suécia – Autorizada assistência médica ao suicídio;

8. Holanda - Legalizou a eutanásia em abril de 2002;

9. Israel - Legalizou a eutanásia para doentes terminais;

10. Uruguai – Seu código penal não penaliza quem “pratica homicídio
piedoso”.
5

5. AS IMPLICAÇÕES DA EUTANÁSIA NO BRASIL

A prática da eutanásia tem implicações de ordem legal, moral e ética.


Nos aspectos legais, a Constituição Brasileira assegura a
“inviolabilidade do direito à vida” (art. 5º). Assim, a “eutanásia” é
tipificada como crime no Código Penal Brasileiro. Art. 122 - Induzir ou
instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão,
de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da
tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. CP - Decreto Lei nº 2.848 de
07 de Dezembro de 1940.

o Projeto de Lei 236/12 (Novo Código Penal)


No entanto, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei 236/12 (Novo
Código Penal) de autoria do Senador José Sarney(PMDA), onde o juiz
poderá deixar de aplicar punição para quem cometer a eutanásia seja ela
passiva ou ativa. Nas questões de ordem moral nos deparamos com
violação do sexto mandamento – “Não matarás” (Êx. 20.13), e, quando a
“eutanásia” é consentida pelo paciente, surge o problema do pecado de
suicídio.

5.1 EUTANÁSIA PRATICA COMUM EM UTI’s

Reportagem da Folha de São Paulo e Rio de Janeiro


Médicos revelam que eutanásia é prática habitual em UTIs do país.
CLÁUDIA COLLUCCI,
FABIANE LEITE
da Folha de S.Paulo
6

ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio – 20/02/2005
Fonte: https://goo.gl/BFtYDp

Apesar de ilegal, a eutanásia --apressar, sem dor ou sofrimento, a


morte de um doente incurável-- é ato freqüente e, muitas vezes, pouco
discutido nas UTIs de hospitais brasileiros. Dezesseis médicos ouvidos
pela Folha confirmam que hoje o procedimento é comum e vêem a
eutanásia como abreviação do sofrimento do doente e da sua família.

Entre eles, há quem admita razões mais práticas, como a necessidade


de vaga na UTI para alguém com chances de sobrevivência, ou a
pressão, na medicina privada, para diminuir custos.

Há nove anos, quando a "boa morte" foi proposta por meio de projeto
de lei no Senado, houve debate, e médicos relataram com destaque o
dia em que aliviaram o sofrimento de pacientes.

A proposta caducou, mas ainda discute-se o assunto por meio do


projeto de reforma de Código Penal, que se arrasta na Câmara.

Nos conselhos regionais de medicina, a tendência é de aceitação da


eutanásia, exceto em casos esparsos de desentendimentos entre
familiares sobre a hora de cessar os tratamentos.

"Vamos deixá-lo descansar". É assim que o médico avisa a família e dá


início ao fim do sofrimento, diz o infectologista Caio Rosenthal, um dos
conhecidos defensores da eutanásia quando não há mais recursos de
tratamento.

Médicos e especialistas em bioética defendem, na verdade, um tipo


específico de eutanásia, a ortotanásia, que seria o ato de retirar
equipamentos ou medicações que servem para prolongar a vida de um
doente terminal. Ao retirar esses suportes de vida, mantendo apenas
a analgesia e tranqüilizantes, espera-se que a natureza se encarregue
da morte.

Difere, portanto, da chamada eutanásia ativa, em que há ação


direcionada para matar, como a administração de um veneno, como
em "Mar Adentro", do espanhol Alejandro Amenábar, concorrente ao
Oscar de filme estrangeiro e que estreou neste fim de semana em São
Paulo.

Para o patologista Marcos de Almeida, é hipocrisia negar que a


eutanásia seja praticada em UTIs brasileiras, onde é freqüentemente
utilizado um coquetel de sedativos batizado de M1. "É feito de monte.
O doente está em fase terminal, não se beneficia mais com a analgesia,
o médico vai e aumenta a dose de sedação. Isso tem um efeito tóxico
e vai levar o paciente à morte."
7

Ainda segundo Almeida, professor de bioética da Unifesp (Universidade


Federal de São Paulo), a palavra eutanásia ficou estigmatizada, e as
pessoas têm medo de usá-la. Ele acha necessário que uma legislação
estabeleça critérios e condutas éticas para uma morte sem sofrimento.
"A morte é um preço que merece ser pago para o alívio da dor", afirma.

Sem dúvida

Um médico intensivista de São Paulo que não quis se identificar relata


que teve de tomar a decisão sobre a eutanásia durante um plantão,
sozinho.

"Tínhamos um jovem de 18 anos baleado que precisava de terapia


intensiva. A UTI estava lotada e havia um doente terminal mantido
vivo graças a suporte tecnológico. Não tive dúvida." Ele diminuiu o
nível do aparelho que fazia o paciente respirar de forma artificial. A
pessoa morreu algumas horas depois.

Na opinião do padre Leo Pessini, especialista em bioética, a tecnologia


existente nas UTIs transforma os pacientes terminais em "cadáveres
vivos". Pessini foi durante 12 anos capelão do HC de São Paulo.
Atendeu a centenas de pacientes terminais que diziam preferir uma
morte digna.

Prolongar artificialmente a vida também tem um custo alto para o


sistema público, carente de vagas na UTI. Orlando diz que há pelo
menos um paciente terminal em cada uma das 1.440 UTIs do país.

PERGUNTAS E REFLEXÃO

Pergunta-se ainda:

 Quem mais interessa a Eutanásia?


 Ao paciente ou ao seu Plano de saúde?
 É licito exterminar pessoas doentes?
 Quem tem poder para decidir sobre a morte?
Em alguns casos as motivações parecem ser mais econômicas
que humanitárias.

5.1 OUTRAS FORMAS E PRÁTICAS

6. DISTANÁSIA – prática pela qual se prolonga, através de meios


artificiais e desproporcionais, a vida de um enfermo incurável.
Exemplo: Prolongar a vida de um doente em estado terminal.
8

7. SUICÍDIO ASSISTINDO – consiste no auxílio para morte de uma


pessoa (é o mesmo que eutanásia ativa).

8. SEDAÇÃO PALIATIVA – redução intencional do nível de


consciência, continua intermitente, com o objetivo de controlar
os sintomas causadores de grave desconforto. Exemplo:
Administração com drogas sedativa para controlar o sintoma:
com morfina.

9. ORTOTANÁSIA - significa morte correta, ou seja, a morte pelo


seu processo natural. Neste caso o doente já está em processo
natural da morte e recebe uma contribuição do médico para que
este estado siga seu curso natural. Forma defendida pelos
CAPELÕES (que dá assistência religiosa nos hospitais).

ENTENDENDO MAIS SOBRE:


Ortotanásia significa (literalmente) “a morte no tempo
certo”. Na prática, essa morte acontece quando o médico
limita ou suspende procedimentos e tratamentos
(esforços terapêuticos ou ações disgnósticas inúteis ou
obstinadas) que prolongam a vida do doente em fase
terminal, que padece grande sofrimento em razão de uma
enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade do
paciente ou de seu representante legal. O desligamento de
aparelhos, por exemplo, configura ortotanásia.
O prolongamento artifical da vida se chama distanásia.
A ortotanásia não se confunde com a eutanásia
porque nesta um terceiro, por sentimento de piedade,
abrevia a morte do paciente terminal portador de doença
grave e incurável, a pedido dele. Uma coisa é aplicar uma
injeção letal no paciente (eutanásia), abreviando sua
morte, outra distinta é suspender os tratamentos médicos
inúteis que prolongam (artificalmente) a vida desse
paciente, deixando a morte acontecer no tempo dela
(ortotanásia). Isso acompanhado de todos os cuidados médicos e alívios
que estejam ao alcance para que a mesma não cause nenhum sofrimento adicional
ao paciente. Isto é, o médico deve colocar à disposição do paciente, métodos
paliativos que evitem o sofrimento até a chegada de uma morte natural.

... Artigo http://queconceito.com.br/ortotanasia

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA


9

Para o pensamento jurídico predominante a eutanásia


configura o delito de homicídio doloso, eventualmente
privilegiado. Quanto à ortotanásia a polêmica não é menor. Ela
vem prevista na Resolução 1.805/2006, do Conselho Federal
de Medicina. Contra essa resolução o Ministério Público
Federal ingressou com ação civil pública (em 2007, em
Brasília). A ação foi julgada improcedente (em 2010),
entendendo o juiz e a procuradora da república que a posição
do CFM é válida.

Os termos da Resulução foram ratificados pelo Código de Ética


Médica, de 2009 (Capítulo I, inc. XXI e art. 41, parágrafo
único). Do ponto de vista administrativo-disciplinar, a conduta
do médico que pratica ortotanásia não é reprovável (não é
aética).

DO PONTO DE VISTA PENAL

E do ponto de vista penal, seria a ortotanásia crime? Há muito


tempo estamos sustentando que não, desde que preenchidos
todos os requisitos necessários (paciente terminal, doença
grave e incurável, pedido do paciente etc.). Por que não?
Porque não se trata de uma morte arbitrária; ao contrário,
estamos diante de uma “morte digna”. E criminosa é, tão-
somente, a morte arbitrária, nos termos do que diz o art. 4º, da
Convenção Americana de Direitos Humanos, que tem valor
jurídico superior ao da lei (consoante posição do STF, RE
466.343-SP).

A morte gerada no contexto de uma ortotanásia, portanto, não


é um homicídio. Não se trata de uma morte valorada de forma
negativa, ao contrário, é uma morte digna. A legislação penal
no Brasil, expressamente, nada diz sobre o tema.

Professor Luiz Flávio Gomes – Professor de Direito do Ensino


Superior – JUS BRASIL - https://goo.gl/sBqfYu

II – A EUTANÁSIA VISTA SOB A ÓPTICA RELIGIOSA


10

1. – Budismo
O Budismo é uma das maiores religiões mundiais, contando, hoje, com aproximadamente 500
milhões de adeptos. O objetivo de todos os praticantes do budismo é a iluminação (nirvana),
que consiste num estado de espírito e perfeição moral que pode ser conseguido por qualquer
ser humano que viva conforme os ensinamentos do mestre Buda, consistindo-se em uma
religião não de Deus, mas uma via não-teísta, o que não quer dizer o mesmo que ateísta.
A perspectiva budista em relação à eutanásia é que no budismo, apesar da vida ser um bem
precioso, não é considerada divina, pelo fato que não crêem na existência de um ser supremo
ou deus criador.

Não existe uma oposição ferrenha à eutanásia ativa e passiva, que podem ser aplicadas em
determinadas circunstâncias.

2. – O Islamismo
O islamismo que significa literalmente “submissão à vontade de Deus”, é a mais jovem e a
última das grandes religiões mundiais e a única surgida após o cristianismo (Maomé – 570-632
d.C.).
A posição islâmica em relação à eutanásia é que sendo a concepção da vida humana
considerada sagrada, aliada a “limitação drástica da autonomia da ação humana”, proíbem a
eutanásia, bem como o suicídio, pois para seus seguidores o médico é um soldado da vida,
sendo que não deve tomar medidas positivas para abreviar a vida do paciente.

3. – O Judaísmo
O judaísmo é a mais velha tradição de fé monoteísta do Ocidente. É uma religião que
estabelece regras de conduta para seus seguidores.
O pensamento judaico em relação à eutanásia assinala que a tradição legal hebraica é contra,
pelo fato do médico servir como um meio de Deus para preservar a vida humana, sendo-lhe
proibido arrogar-se à prerrogativa divina de decisão entre a vida e a morte de seus pacientes.
O conceito de santidade da vida humana significa que a vida não pode ser terminada ou
abreviada, tendo como motivações à conveniência do paciente, utilidade ou empatia com o
sofrimento do mesmo.

“Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo
porque me fizeste de modo especial e admirável.
Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção. Meus ossos não estavam
escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas
da terra. Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim
foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir.” Salmos 139:13-16
11

4. – O Catolicismo
O II Concílio do Vaticano (26 de Julho de 1980), através do Papa João Paulo II, condenou a
eutanásia, reafirmando que “nada nem ninguém pode autorizar a morte de um ser humano
inocente, porém, diante de uma morte inevitável, apesar dos meios empregues, é lícito em
consciência tomar a decisão de renunciar a alguns tratamentos que procurariam unicamente
uma prolongação precária e penosa da existência, sem interromper, entretanto, as curas
normais devidas ao enfermo em casos similares. Por isso, o médico não tem motivo de
angústia, como se não houvesse prestado assistência a uma pessoa em perigo”.
Em Fevereiro de 1993, o Vaticano voltou a condenar a eutanásia em face de decisão do
Parlamento Holandês a ter aprovado.

5. - O Cristianismo Protestante
A Igreja Cristã Protestante, CRÊ que a vida é um dom de DEUS e que temos um tempo em suas
mãos. O salmo 139 fala que DEUS nos conhece desde do nascimento e que Ele tem o controle
da história da raça humana do começo ao fim. Portanto, a vida deve seguir o próprio curso.
Com isso, não somos insensíveis, como a vida está nas mãos de DEUS, o milagre é uma
providência Divina. Por que para DEUS nada é impossível. Lucas 1.37

A Bíblia diz que matar é pecado (Êxodo 20:13 – Não matarás). Isso inclui a
eutanásia e o suicídio assistido. A vida humana é sagrada e deve ser
protegida. Matar alguém não é um ato de misericórdia, mesmo quando a
pessoa quer morrer. Promover a morte é errado... “Quem derramar sangue
do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque à
imagem de Deus foi o homem criado” Gn 9.6 NVI.

III – A VIDA HUMANA PERTENCE A DEUS


1. A fonte originária da vida. Bíblia ensina que DEUS trouxe o
universo à existência (Gn1.1) e que Ele próprio sustenta todas
as coisas (Hb 1.3). Deus não criou somente a matéria, mas criou
também toda a espécie de seres vivos, bem como o ser
humano (Gn1.21-27; Cl 1.16). A humanidade, como obra prima,
é uma criação especial e distinta. Deus criou a sua imagem e
semelhança (Gn 1.27), característica não dada a outra criatura.
A vida humana passou a existir por causa da vontade do
Altíssimo, bem como permanece agora: “todas coisas
12

subsistem por Ele” (Cl 1.17). O Criador tem o controle soberano


de toda a vida (Dt 232.39; Lc 12.7), e esta tem origem Nele:
“pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração e
todas as coisas” (At 17.25). Portanto, o Deus vivo é a fonte
originária da vida e só Ele tem autoridade exclusiva para
concedê-la ou tirá-la ( I Sm 2.6).
2. O caráter sagrado da vida. A vida humana é sagrada porque a
sua origem é divina. Por conseguinte, existe a proibição de
alguém tirar intencionalmente a vida de outro ser humano (Êx.
20.13). A dignidade da vida humana dever ser protegida e
preservada antes e depois do nascimento, desde o momento
da concepção até o seu último instante de vida (Sl 139.13-16;
116.15). A vida deve ser respeitada e valorizada como dádiva
divina (2 Pd 1.3).

PONTO DE VISTA

No caso de alguma enfermidade, o paciente tem o direito de


receber o tratamento adequado tanto na busca da cura com no
alivio de suas dores. Procedimentos dolorosos e ineficazes
podem ser evitados a fim de resguardar a dignidade humana,
porém, exterminar a vida é uma afronta ao Príncipe da Vida (At
3.15). Se a vida é sagrada por ocasião da concepção, logo, não
poderá deixar de sê-la em seu derradeiro dia. Buscar a morte
como alivio para o sofrimento é decisão condenada nas
Escrituras. Jó, por exemplo, embora sofrendo dores terríveis,
reconheceu o caráter sagrado da vida e não aceitou à sugestão
de sua esposa em amaldiçoar a Deus e morrer (Jó 2.9). Por fim,
o patriarca enalteceu a soberania divina sobre a existência
humana (Jó 42.2).

Eutanásia – UMA posição cristã (VÍDEO)


13

3. CREMOS NA CURA DIVINA E A AUTORIDADE


DO ESTADO

O BETEL, COMO INSTITUIÇÃO E IGREJA DEFENDE O DIREITO A VIDA


E CONDENA TODO O TIPO DE PROCESSO QUE VENHA ABREVIAR A
MORTE. MESMO EM DOENTES COM O ESTADO TERMINAL E
SOFRIMENTO.

• Além disso, as Escrituras Sagradas prescrevem (ordena na


forma da lei - Rma 13.1) que o ESTADO tem prerrogativas de
aplicar a Lei – No caso do BRASIL o CÓDIGO PENAL BRASILEIRO.

3.1 FRASES
Ez 18.4 Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também
a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.
A vida pertence a DEUS que a deu e somente DEUS pode tirá-la.

Entre outros comentários a respeito deste tema, o Dr. Norman L. Geisler, um dos
maiores pesquisadores da atualidade, disse o seguinte: “até mesmo a eutanásia,
uma forma de dar cabo à própria vida, é uma contradição em termos, porque o
ato final ‘contra si mesmo’ não pode ser, ao mesmo tempo, um ato ‘em prol de
si mesmo’. E completa o artigo: “Se a base do amor ao próximo é amar a si
mesmo, não amar-se é a base do ódio e da vingança contra o semelhante, o que
viola o segundo grande mandamento”.

O homem, principalmente o cristão, além de ser a imagem e semelhança de


Deus é o templo do Espírito de Deus. Assim, destruir o próprio corpo é desonrar
o Criador. CACP APOLOGETICA - https://goo.gl/88WTd4 em 25/05/2018

Conclusão da parte II
• A vida humana, sua sacralidade e dignidade, têm origem em Deus.
Atentar contra esse dom divino é colocar-se contra a soberania de Deus.
O autor da vida.
• O poder absoluto sobre a vida e a morte pertence a Deus. A atual
ideologia que propaga o direito do homem em exterminar a própria vida,
ou a do outro, viola o propósito divino (João 10.10 – “O ladrão não vem
senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância.”). Portanto,
14

• NÃO CONCORDAMOS com a Eutanásia , hodiernamente é entendida


como morte provocada por sentimento de piedade à pessoa que sofre.
• NÃO CONCORDAMOS com Distanásia é o prolongamento artificial do
processo de morte e por conseqüência prorroga também o sofrimento da
pessoa.
• SIM A FORMA CORRETA Ortotanásia significa morte correta, ou seja,
a morte pelo seu processo natural. Neste caso o doente já está em
processo natural da morte e recebe uma contribuição do médico para
que este estado siga seu curso natural.

Vous aimerez peut-être aussi