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INTRODUÇÃO
A eutanásia é um dos temas de maior complexidade existentes
atualmente no direito, assim como para outros setores da
sociedade, por envolver religião, família, medicina, dentre outros.
PONTO DE REFLEXÃO
1. O CONCEITO DE EUTANÁSIA
Etimologicamente a palavra “eutanásia” tem origem em dois termos
gregos: eu como o significado de “boa” ou “fácil” e, thánatos, que significa
“morte”. A junção destes dos termos resulta na expressão “boa morte”,
também conhecida como “morte misericordiosa”.
A palavra EUTANÁSIA foi criada no séc. XVII pelo filósofo inglês
Francis Bacon, quando prescreveu, na sua obra “Historia vitae et
mortis”, como tratamento mais adequado para as doenças
incuráveis (SILVA, 2000). jus.com.br https://goo.gl/fuPfu8
2. CONCEITO DE MORTE
MORTE – Os dicionários definem a morte como a cessação
(interrupção) definitiva da vida. O fim da existência humana, porém,
não cabe numa definição tão simplista. No campo da ética, somos
constrangidos a lidar com uma questão intrigante e perturbadora:
Será que a pessoa se encerra apenas quando seus sinais vitais já não
são percebidos?
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10. Uruguai – Seu código penal não penaliza quem “pratica homicídio
piedoso”.
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ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio – 20/02/2005
Fonte: https://goo.gl/BFtYDp
Há nove anos, quando a "boa morte" foi proposta por meio de projeto
de lei no Senado, houve debate, e médicos relataram com destaque o
dia em que aliviaram o sofrimento de pacientes.
Sem dúvida
PERGUNTAS E REFLEXÃO
Pergunta-se ainda:
1. – Budismo
O Budismo é uma das maiores religiões mundiais, contando, hoje, com aproximadamente 500
milhões de adeptos. O objetivo de todos os praticantes do budismo é a iluminação (nirvana),
que consiste num estado de espírito e perfeição moral que pode ser conseguido por qualquer
ser humano que viva conforme os ensinamentos do mestre Buda, consistindo-se em uma
religião não de Deus, mas uma via não-teísta, o que não quer dizer o mesmo que ateísta.
A perspectiva budista em relação à eutanásia é que no budismo, apesar da vida ser um bem
precioso, não é considerada divina, pelo fato que não crêem na existência de um ser supremo
ou deus criador.
Não existe uma oposição ferrenha à eutanásia ativa e passiva, que podem ser aplicadas em
determinadas circunstâncias.
2. – O Islamismo
O islamismo que significa literalmente “submissão à vontade de Deus”, é a mais jovem e a
última das grandes religiões mundiais e a única surgida após o cristianismo (Maomé – 570-632
d.C.).
A posição islâmica em relação à eutanásia é que sendo a concepção da vida humana
considerada sagrada, aliada a “limitação drástica da autonomia da ação humana”, proíbem a
eutanásia, bem como o suicídio, pois para seus seguidores o médico é um soldado da vida,
sendo que não deve tomar medidas positivas para abreviar a vida do paciente.
3. – O Judaísmo
O judaísmo é a mais velha tradição de fé monoteísta do Ocidente. É uma religião que
estabelece regras de conduta para seus seguidores.
O pensamento judaico em relação à eutanásia assinala que a tradição legal hebraica é contra,
pelo fato do médico servir como um meio de Deus para preservar a vida humana, sendo-lhe
proibido arrogar-se à prerrogativa divina de decisão entre a vida e a morte de seus pacientes.
O conceito de santidade da vida humana significa que a vida não pode ser terminada ou
abreviada, tendo como motivações à conveniência do paciente, utilidade ou empatia com o
sofrimento do mesmo.
“Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo
porque me fizeste de modo especial e admirável.
Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção. Meus ossos não estavam
escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas
da terra. Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim
foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir.” Salmos 139:13-16
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4. – O Catolicismo
O II Concílio do Vaticano (26 de Julho de 1980), através do Papa João Paulo II, condenou a
eutanásia, reafirmando que “nada nem ninguém pode autorizar a morte de um ser humano
inocente, porém, diante de uma morte inevitável, apesar dos meios empregues, é lícito em
consciência tomar a decisão de renunciar a alguns tratamentos que procurariam unicamente
uma prolongação precária e penosa da existência, sem interromper, entretanto, as curas
normais devidas ao enfermo em casos similares. Por isso, o médico não tem motivo de
angústia, como se não houvesse prestado assistência a uma pessoa em perigo”.
Em Fevereiro de 1993, o Vaticano voltou a condenar a eutanásia em face de decisão do
Parlamento Holandês a ter aprovado.
5. - O Cristianismo Protestante
A Igreja Cristã Protestante, CRÊ que a vida é um dom de DEUS e que temos um tempo em suas
mãos. O salmo 139 fala que DEUS nos conhece desde do nascimento e que Ele tem o controle
da história da raça humana do começo ao fim. Portanto, a vida deve seguir o próprio curso.
Com isso, não somos insensíveis, como a vida está nas mãos de DEUS, o milagre é uma
providência Divina. Por que para DEUS nada é impossível. Lucas 1.37
A Bíblia diz que matar é pecado (Êxodo 20:13 – Não matarás). Isso inclui a
eutanásia e o suicídio assistido. A vida humana é sagrada e deve ser
protegida. Matar alguém não é um ato de misericórdia, mesmo quando a
pessoa quer morrer. Promover a morte é errado... “Quem derramar sangue
do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque à
imagem de Deus foi o homem criado” Gn 9.6 NVI.
PONTO DE VISTA
3.1 FRASES
Ez 18.4 Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também
a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.
A vida pertence a DEUS que a deu e somente DEUS pode tirá-la.
Entre outros comentários a respeito deste tema, o Dr. Norman L. Geisler, um dos
maiores pesquisadores da atualidade, disse o seguinte: “até mesmo a eutanásia,
uma forma de dar cabo à própria vida, é uma contradição em termos, porque o
ato final ‘contra si mesmo’ não pode ser, ao mesmo tempo, um ato ‘em prol de
si mesmo’. E completa o artigo: “Se a base do amor ao próximo é amar a si
mesmo, não amar-se é a base do ódio e da vingança contra o semelhante, o que
viola o segundo grande mandamento”.
Conclusão da parte II
• A vida humana, sua sacralidade e dignidade, têm origem em Deus.
Atentar contra esse dom divino é colocar-se contra a soberania de Deus.
O autor da vida.
• O poder absoluto sobre a vida e a morte pertence a Deus. A atual
ideologia que propaga o direito do homem em exterminar a própria vida,
ou a do outro, viola o propósito divino (João 10.10 – “O ladrão não vem
senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância.”). Portanto,
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