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Direito Civil
Contratos
Excelente material sobre contratos. Cortesia do professor Sidarta!
1. Unilaterais – Ato de vontade de uma ou mais pessoas com um único objetivo e na mesma
direção.
2.1 – Simples – Quando atribui direitos (benefícios) a uma das partes e obrigações
(encargos) à outra. Por exemplo: doação, depósito gratuito, etc.
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De forma geral, seguem os requisitos elencados no artigo 104 do Código Civil, quais sejam:
objeto lícito, partes capazes e forma prescrita ou não defesa em lei. De acordo com estes, podemos
classificar em:
· Capacidade genérica para praticar os atos da vida civil (Não pode haver incapacidade Relativa
ou Absoluta - arts. 3º e 4º do CC). Na sua falta o contrato poderá ser nulo ou anulável.
· Aptidão específica para contratar. Diz respeito a limitação à liberdade de celebrar certos
contratos. Ex.: Venda de imóvel de pai para filho.
· Consentimento das partes, não poderá haver vícios – erro, dolo, coação e fraude – uma vez que
o mesmo vincula os contraentes criando a relação jurídica. (duas ou mais vontades).
A contrariedade legal ocorre quando o objeto contraria disposição legal. Ex.: venda de bem de
família (CC art. 1.717); estipulação de pacto sucessório (CC art. 426)
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3. FORMAIS
A regra é a liberdade de forma (art. 107 CC). A contratação poderá ser expressa, escrita, verbal e
tácita, se houver atos que autorizem o seu reconhecimento.
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Contratos nominados – qualquer das modalidades contratuais reguladas por lei, com as
devidas adaptações de cláusulas específicas a regular os interesses particulares das partes.
Contratos inominados – novos tipos contratuais, distintos dos modelos previstos pela
ordem jurídica.
II – Os bons costumes – relativos à moralidade social, de forma que se veda contratar, por
exemplo, de usura, corretagem matrimonial, etc;
III – Revisão judicial dos contratos, quando houver fato superveniente extraordinário e
imprevisível, por ocasião da formação do pacto. Daí a Teoria de Imprevisão ou cláusula “rebus sic
stantibus” (o vínculo subordina-se à continuação do estado de fato vigente no momento da
estipulação).
2. PRÍNCIPIO DO CONSENSUALISMO
Considerando que a regra geral dos contratos é a informalidade, basta o acordo de duas
ou mais vontades, para se ter um contrato válido. Nisto consiste o princípio do consentimento, ao
qual se excepcionam os contratos solenes com formas específicas previstas na lei, portanto, para
estes não basta à sua validade o simples acordo de vontade.
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5. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
Consiste na atividade leal e de confiança recíproca entre as partes, de maneira que haja
colaboração mútua na formação e na execução do contrato, impedindo que uma parte dificulte a
ação da outra. As partes devem ter atividade de sinceridade e lisura recíprocas.
1. Acordo de vontade entre as partes, que se manifesta pela oferta ou proposta de um lado e de
outro pela aceitação;
2. A proposta;
3. A aceitação.
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a) Características:
III – Negócio jurídico receptício (depende, para gerar efeitos, da aceitação da outra parte)
b) Obrigatoriedade da proposta:
É ônus ao proponente decorrente da 1ª parte do artigo 427. Não é absoluta pois a segunda
parte do mesmo artigo prevê a possibilidade de não obrigar o proponente que expressamente
declarar, ou pela natureza do negócio ou as circunstâncias do caso.
I – a pessoa presente, sem prazo de vigência e não aceitar imediatamente (por telefone
também é presente);
II – se feito sem prazo a ausente, tiver decorrido tempo suficiente a chegar ao conhecimento
do policitante;
III – feito a ausente e com prazo estabelecido, sem resposta no prazo dado;
· Aceitação total – proposta alternativa – o aceitante deve definir qual aceita, sob pena de
ficar a escolha a cargo do policitante.
· É conclusiva, uma vez que encerra o negócio, caso chegue oportunamente ao ofertante;
· Morrendo o oblato antes da aceitação os herdeiros não poderão aceitá-la. Porém, se a morte
for após a aceitação, gera seus efeitos.
a) Requisitos:
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1. Informal;
5. Conclusiva e coerente.
- Oferta com prazo – aceitação deverá ser tempestiva (OBS: se a aceitação se atrasar sem
culpa do oblato, o policitante deverá disto cientificá-lo, sob pena de perdas e danos, art. 432
CC);
- Oferta sem prazo – a aceitação deverá ser feita dentro do tempo suficiente para chegar ao
conhecimento do policitante;
d) Retratação do aceitante:
1. Entre presentes:
2. Entre ausentes:
Em face de o policitante estar à distância do oblato, após este dar o aceite à proposta há
um lapso de tempo até o policitante tomar conhecimento da aceitação, o que levou a doutrina a
vários posicionamentos quanto ao momento que efetivamente se fecha o círculo negocial, nascendo
algumas teorias que tomaram por referência a resposta à oferta, tais como:
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OBS: Teoria decadencial, pois deixa o aceitante submetido à vontade do policitante resolver ler a
resposta.
A expedição fecha o contrato, porém há um período que o oblato pode sustar seus
efeitos (artigo 433 CC) - retratação.
INCISO III – “... se ele não chegar no prazo convencionado.” Para a doutrina majoritária
não há razão para tal exceção, pois se o prazo é estipulado para resposta, o contrato fecha com a
expedição; e se for fixado o prazo para chegada da resposta rege-se pelo inciso II.
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O contrato de corre de manifestação de vontade das partes e, como a lei, requer que seja
interpretado, haja vista a possibilidade de existência de cláusulas de teor duvidoso e/ou
contraditório.
Segundo o art. 112 do Código Civil, o contrato deve ser interpretado com prevalência da
intenção dos contraentes à literalidade das cláusulas.
II – Analisar o fato submetido à apreciação não na visão técnica, mas como se fosse leigo,
buscando a verdadeira vontade. Na hermenêutica dos contratos nada vale a presunção de que as
partes conhecem a lei;
III – A interpretação deve ser segundo a boa-fé, às necessidades do crédito e as leis da eqüidade.
b) A interpretação dever se contra o estipulante que podendo ser claro não o foi;
f) O melhor meio de interpretar o contrato é a conduta das partes, ou seja, a forma como
vinham executando o contrato antes da lide;
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h) Nas cláusulas de dupla interpretação deverá ser considerada aquela que poderá gerar
efeitos, nunca prevalecerá a interpretação que resulte na ausência de efeitos. (Ex.: “O
pagamento será na moeda da época” – que época? Celebração ou Pagamento?).
I – Considerações preliminares:
Como qualquer classificação, a dos contratos tem por finalidade básica agrupar as
espécies de contratos acentuando suas semelhanças e diferenças, de maneira que todas as espécies
fiquem em alguma categoria, possibilitando que as classificados numa rubrica se afastem das
agrupadas em outras.
II – Classificação:
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a) Onerosos – estes trazem vantagens para ambos os contraentes, pois sofrerão com
sacrifício patrimonial correspondente ao proveito almejado. Ex.: locação.
b) Gratuitos ou benéficos – oneram somente uma das partes, sem exigir da outra
qualquer contraprestação, ou seja, apenas um dos contraentes obtém proveito que
corresponde ao sacrifício do outro. Ex.: doação pura e simples; mútuo sem
retribuição, etc.
O doador não responde por evicção ou vício redibitórios, exceto nas doações com encargo
(art. 552 e 441, parágrafo único, Código Civil). Isto não acontece no contrato oneroso (art. 447 CC).
* Obs: Em regra todo contrato oneroso é bilateral e o gratuito unilateral, mas pode haver
contratos unilaterais e onerosos como ocorre no mútuo feneratício, onde, além de se restituir a
coisa mutuada, deve o mutuário acrescê-la de juros.
1. Nos comutativos há certeza das prestações de cada parte desde a celebração do contrato,
pois se presume uma subjetiva equivalência das prestações e contraprestações. Nos
aleatórios a extensão das prestações é indeterminada em face do risco (incerteza), de forma
que ambas as partes celebram o contrato sem a certeza de ganho ou de perda, podendo ser
desproporcional à prestação em relação a contraprestação.
2. A ação redibitória somente existirá nos contratos comutativos (art. 441 CC).
3. O contrato aleatório não se rescindirá por lesão eis que esta é representada pela injusta
exploração que desequilibra o contrato, tirando-lhe a equivalência da prestação e da
contraprestação.
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OBS.: O contrato comutativo pode se tornar aleatório desde que neste sentido tenha cláusula
expressa. Ex.: a contratação de empreitada para perfurar um poço por R$ 20.000,00 (vinte mil
reais), porém se o poço não produzir 20 mil litros por dia ficou ajustado que o preço se reduziria a
50%.
2. No contrato condicional ambas as partes poderão ter lucro, sem que o ganho de uma
represente a perda do outro; já no contrato aleatório, em regra o ganho de um representa a
perda do outro;
3. No condicional o evento deverá ser sempre incerto e futuro. No aleatório o evento poderá
ser pretérito desde que desconhecido o resultado pelas partes, remetendo para o futuro o
risco.
II – “Emptio rei speratae” – a aléa (risco) versa sobre quantidade maior ou menor da coisa
esperada (art. 459 CC). O preço será devido desde que a coisa exista, independentemente da
quantidade, mesmo que esta seja irrisória, desde que sem culpa do vendedor. Ex.: Vende-se safra
de café a ser colhida. Se nada colher estará desfeito o contrato, mas se colhe pouco ou muito pagará
o preço fixado.
O objeto do contrato é coisa que já existe, porém está submetido a risco de se perder,
danificar ou depreciar, de forma que o adquirente assume o risco e o vendedor recebe o preço
integral independentemente do sinistro (art. 460 CC).
Se o vendedor já souber da consumação do risco (dolo) será nulo o contrato (art. 461 CC).
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b) Por Adesão – se opõem ao paritário, pois inexiste a liberdade de convenção, uma vez
que um dos contraentes (o oblato) se limita a aceitar as cláusulas previamente
redigidas e impressas pelo outro (o policitante), aderindo a uma situação contratual
já definida.
QUANTO À FORMA:
b) Solenes ou formais – a lei estabelece a forma especial para celebração, sob pena de
não ter validade, não existir. Ex.: compra e venda de imóveis por escritura pública
(art. 108 CC) e registro (art. 1.245 CC).
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a) Nominados (típicos) – São aqueles que possuem uma denominação legal própria,
estando previstos e regulados por norma jurídica (CC, leis extravagantes), formando
espécies definidas. Ex.: compra e venda; troca, doação, locação (CC) – incorporação
(Lei 4.591/64 c/c 4.864/65) contratos bancários (Lei 5.595/64 c/c Código
Comercial).
b) Inominados – Afastam-se dos modelos legais, pois não são disciplinados pelo
Código Civil ou por Leis extravagantes, sendo permitidas juridicamente em face da
informalidade dos contratos e do princípio da autonomia de vontade. Em regra
resulta da fusão de dois ou mais tipos de contratos nominados, criando-se cláusulas
particulares e gerando, assim, um novo negócio jurídico contratual. Reger-se-ão
pelas normas gerais dos contratos; pelas normas inseridas pelas partes; pelas
normas aplicáveis ao contrato nominado que ofereça maior analogia e pelos
princípios das modalidades que os compõem. Ex.: 1) a exploração da cultura de café
(locação de serviço; empreitada; arrendamento rural e parceria agrícola); 2) troca de
coisa por obrigação de fazer; 3) locação de caixa forte (misto de locação e depósito).
d) Contratos de conteúdo especial – são os contratos atípicos, que fundem duas ou mais
espécies de contratos típicos.
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a) Execução imediata – se esgotam num só instante, mediante uma única prestação. Ex.:
Compra e venda à vista; troca, etc.
Segundo Cáio Mário da Silva, temos que “a execução do contrato sobrevive com a persistência da
obrigação, até que o implemento de uma condição ou o decurso de um prazo cesse o próprio
contrato, não obstante a possibilidade de soluções periódicas (pagamento de prestações ou
aluguéis).”
b) Contratos impessoais
A pessoa do contratante é indiferente, de modo que o outro apenas exige que a obrigação
seja cumprida, pouco importando quem a tenha feito.
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I – são intransmissíveis, de sorte que a morte do contratante extingue o contrato que não
poderá ser executado pelos sucessores;
Este critério examina objetivamente os contratos, em relação uns aos outros e podem ser
distinguidos em:
2.1) Principais – existem por si, exercendo sua função e finalidade independente do outro.
2.2) Acessórios – a existência jurídica supõe a existência de um contrato principal, de forma que
não existirá sem este. Ex.: fiança locatária.
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1.2 – Estabelece vínculo entre os contratantes, que se submetem ao pacto sob pena de
execução ou perdas e danos;
1.3 – É irretratável e inalterável, portanto, as partes não podem dele se desvincular ou a ele
modificar salvo:
d) arrependimento;
Estuda os efeitos subjetivos, ou seja, das partes atingidas pelo ato negocial.
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Ø REQUISITOS:
Ø NATUREZA JURÍDICA
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2. O promitente se obriga em favor de terceiros, mas isto não o desobriga perante o próprio
estipulante (art. 436 CC) que poderá exigir, ele próprio, o cumprimento da obrigação, ou ainda,
(art. 438, parágrafo único) reserva-se o direito de, unilateralmente, por ato “inter vivos” ou
“causa mortis”, substitui o beneficiário;
3. O beneficiário poderá executar a obrigação decorrente do contrato por ele aceito, nos
limites das normas e condições contratuais, desde que não inovadas pelo estipulante nos
termos do art. 438 CC (o estipulante reserva direito de substituir o beneficiário).
1. Se o estipulante não tiver deixado ao beneficiário o direito de execução (art. 437 CC) poderá
exonerar o devedor; tornando sem efeito a estipulação, portanto, pare isto se evitar deverá
ser expressamente declarado o direito de execução pelo beneficiário;
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Ø O credor será sempre o mesmo, porém terá ação perante o contratado até a aceitação e, após,
perante o terceiro
Requisitos:
b) a indicação deverá ocorrer em até cinco dias da conclusão do contrato, salvo se outro prazo
não houver sido pactuado (art. 468)
c) a indicação deverá revestir-se da mesma forma utilizada pelas partes para a celebração do
contrato (art. 468, parágrafo único).
a) findo o prazo legal ou convencional não houver a indicação da pessoa a declarar (art. 470, I,
1ª parte);
a pessoa indicada, no ato da nomeação, for insolvente, isto for desconhecido no momento da
indicação.
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Quanto ao objeto, a eficácia do contrato também é relativa, pois somente gera obrigação de
dar, de fazer ou de não fazer, com efeitos puramente obrigacionais.
Ex.: Na compra e venda de imóvel ou móvel, o contrato é o título de aquisição, mas a transferência
se opera, em regra, pelo registro e tradição, respectivamente.
OBS.: O efeito do contrato de compra e venda está restrito à obrigação do vendedor transferir o
domínio de certo objeto, pois a transferência não se opera por efeito do contrato, mas sim ou pela
tradição – para móveis – ou pela transcrição no registro imobiliário.
É a permissão legal conferida ao credor para que este conserve em seu poder coisa alheia
que já detinha de boa-fé, até extinguir o seu crédito perante aquele a quem já deveria ter restituído,
não fosse a sua condição de credor do mesmo.
1. Art. 1.219 CC – possuidor de boa-fé que tenha direito à indenização das benfeitorias úteis e
necessárias;
Nenhum dos contratantes poderá exigir o cumprimento da obrigação do outro, sem que
tenha cumprido a sua.
Se a lei ou convenção não determinar que cumprirá primeiro a obrigação, então se aplica
o art. 476.
Também cabe esta exceção quando o outro cumprir defeituosa, inexata ou incompletamente
a prestação.
CONCEITO – são falhas ou defeitos ocultos existentes na coisa alienada, objeto de contrato
comutativo, não comuns às congêneres, que a tornem imprópria ao seu uso comum ou lhe
diminua sensivelmente o valor, de maneira que se estes vícios fossem aparente o negócio não se
realizaria. Logo, darão ao comprador pretender ficar com a coisa (art. 441 CC).
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2.2.4.1 – Requisitos:
1) Coisa adquirida mediante contrato comutativo ou doação com encargo – art. 441, parágrafo
único (Princípio garantia);
4) O vício há de ser oculto a ponto de não ser percebido apenas na utilização ou exame
minucioso;
2) O alienatário poderá, em vez de rejeitar a coisa, pedir abatimento no preço (art. 442);
3) O vício real de uma coisa não autoriza rejeição de todas (art. 503 CC), mesmo que o preço
seja global, salvo se a coisa constituir um todo inseparável.
2.2.5 – Evicção:
CONCEITO – É a perda da coisa por força de decisão judicial que confere a outrem a
propriedade, fundada em motivo jurídico anterior ao contrato de venda se neste não denunciado;
funda-se no dever do alienante entregar a coisa e garantir-lhe o uso e gozo. A evicção poder ser
expressamente afastada pelas partes, sendo que tal disposição assegurará, ainda, ao evicto o
direito de receber o preço que pagou pela coisa, se dela não soube do risco ou se sabendo não o
assumiu. (art. 447).
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a) Onerosidade (art. 447) - exceção: doação por dote oferecido por terceiro que responderá
pela evicção se agir de má-fé ou se houver cláusula expressa neste sentido (art. 552 CC);
2. Na evicção total, reclamar o preço pago, despesas contratuais e custas judiciais, além dos
frutos que tenha devolvido;
3. Reter a coisa até ser reembolsado, pelo evictor – em regra – das despesas com benfeitorias
necessárias ou úteis;
4. Convocar o alienante a compor a lide (denunciação – art. 456) – Direito sucessivo entre
alienantes;
5. Optar, na evicção parcial, entre rescisão do contrato ou restituição de parte do preço (art.
455), calculada de acordo com o valor da coisa ao tempo da evicção (art. 450);
6. Responsabilizar os herdeiros.
2.2.6 – Arras: Presente nos mais antigos ordenamentos jurídicos (grego, romano,
hebraico, persa, egípcio) sempre expressa o significado de garantia.
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CONCEITO – Sinal representado em quantia de dinheiro ou coisa móvel fungível dado por um a
outro contraente a fim de assegurar a conclusão do contrato, ou excepcionalmente, garantir a
pontualidade da obrigação.
2.2.6.1 – Caracteres:
1 – Noções Gerais:
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- A quitação é direito do devedor, de forma que se este lhe for negado ou dada
irregularmente, o devedor poderá reter o pagamento ou consignar, sem configurar mora
(art. 319 e 335, I);
- O pagamento por conta [amortização ou resgate parcial] deverá ser expresso, porém, essa
falta de ressalva é presunção de pagamento dos juros “juris tantum” (art. 323 CC)
a) valor da dívida;
b) espécie da dívida;
f) valerá qualquer que seja sua forma, de maneira que, v.g., contrato celebrado por
instrumento público poderá ser quitado por instrumento particular.
3.1. Noções Gerais – os motivos anteriores podem ser de (i) nulidade na formação (subjetiva,
objetiva ou formal), impossibilitando a produção de seus efeitos. (ii) implemento da condição
resolutiva pactuada; (iii) direito de arrependimento expressamente pactuado.
3.2. Nulidade – A nulidade é a sanção para o contrato firmado ao arrepio dos seus requisitos de
validade, sejam eles formais, objetivos ou subjetivos. Poderá ser:
- Absoluta: ocorrerá se ferir norma de ordem pública, se operando de pleno direito, não
gerando efeitos desde sua formação (ex tunc) e não se convalescerá pelo decurso de tempo;
- Relativa: só poderá ser pleiteado pela pessoa interessada, e se dirige a contrato celebrado
por relativamente incapazes ou com vício de consentimento (erro, dolo, coação ou fraude
contra credores). Produz efeitos “ex nunc”, apenas após a sentença que decrete a nulidade.
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3.3. Condição Resolutiva – Os arts. 474 e 475 do CC prevêem a condição resolutiva tácita (rescisão
ou expressa).
3.3.1 – Condição resolutiva tácita – RESCISÃO – (art. 475) – É própria dos contratos
bilaterais ou sinalagmáticos, os quais têm por princípio o equilíbrio da prestação e da
contraprestação, de forma que o inadimplemento de uma parte, independente de previsão
expressa, autoriza a rescisão (art. 475) judicialmente, de modo que o juiz só rescindirá o contrato se
provado o inadimplemento.
4.1. Noções Gerais – A extinção dos contratos neste caso impede a sua execução. Pode ser por (i)
Resolução, que se liga ao inadimplemento, e se dará por inexecução voluntária, involuntária ou
por onerosidade excessiva; (ii) Resilição, que extingue o contrato por vontade de um ou dois
contratantes , portanto, podendo ser unilateral ou bilateral e (iii) Por morte dos contratantes, nos
contratos personalíssimos.
4.2. Resolução por inexecução voluntária – Ocorre quando se der a extinção do pacto por culpa de
um dos contratantes, causando dano ao outro e existindo nexo de causalidade entre o ilícito do
agente e o prejuízo do outro.
c) O art. 53 do CDC atribui nulidade à cláusula que estabeleceu perda pelo consumidor
das prestações pagas, no caso de sua inadimplência causa resolução contratual;
4.3. Resolução por inexecução involuntária (alheia à vontade) – Decorre de caso fortuito ou
força maior que impedem o devedor de cumprir a obrigação. Não cabe perdas e danos, salvo
para devedor em mora. Se a outra parte já tiver cumprido a sua parte, deverá ser restituída.
4.5. Resilição bilateral ou DISTRATO – Extinção do contrato por ato de vontade de ambos os
contratantes, antes da execução e no seu prazo de vigência.
Obedece à mesma forma do contrato, desde que o contrato seja solene. Se a forma do
contrato foi mera opção dos contratantes, o destrato não terá que seguir a mesma forma (efeito
“ex nunc”, em regra).
4.6. Resilição Unilateral – se dá com os contratos onde, por sua natureza, é permitida a sua
dissolução unilateral. Assim o é, por exemplo, no mandato, no depósito e nos contratos por tempo
indeterminado (efeito “ex nunc”, em regra), denominando-se, de acordo com a espécie do contrato
de renúncia, revogação e denúncia.
Conceito – Em singela síntese é a troca de uma coisa por dinheiro (Sílvio Venosa).
“Uma pessoa (vendedor) se obriga a transferir à outra (comprador) o domínio de uma coisa
corpórea ou incorpórea, mediante o pagamento de certo preço em dinheiro ou valor fiduciário
correspondente” (Caio Mário).
Principais efeitos:
2. O inadimplemento faculta a exigência de cumprir a obrigação de dar a coisa certa (pacta sunt
servanda). A indenização é substitutiva da prestação de entregar a coisa vendida e não faculdade
do vendedor.
3. Não opera, de per si, a transferência que se dá pela tradição (móveis) e transcrição do título
aquisitivos (imóveis) – arts. 1.267 e 1.227, 1245 a 1247 e Súmula 489 do STF.
4. Há exceções, que confirmam a regra, nas quais a transferência se opera pelo contrato. Ex. art. 8º
do Decreto-lei 3545/41 – Títulos da Dívida Pública da União dos Estados e dos Municípios,
Decreto-lei 911/69 – Alienação Fiduciária.
Classificação:
IV – Consensual ou solene: Em regra é consensual, podendo ser solene por exigência de lei.
(Imóveis – art. 108 e 215, II, § § 1º e 6º).
V – Traslativo de propriedade: Não transfere de per si a propriedade, mas serve como título
aquisitivo, criando a obrigação de transferência.
Elementos Constitutivos
São três: res (coisa), pretius (preço) e consensus (consentimento). No contrato solene
teríamos ainda a forma.
1.1. Ter existência, ainda que em potencial, no momento da realização do contrato, seja
corpórea ou incorpórea;
1.2. Ser individualizada, a compra e venda cria obrigação de dar, por isso a coisa deverá
ser determinada ou determinável, suscetível de determinação na execução, pois indicada em
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gênero e quantidade;
1.3. Ser disponível ou estar no comércio: Não pode a coisa ser inalienável natural (não
pode ser apropriado pelo homem, pela própria natureza, ex.: luz solar), legal (quando estiver
fora do comércio por determinação da lei) ou voluntariamente (quando estiver fora do
comércio por ato inter vivos (doação) ou causa mortis (testamento));
1.4. Possibilidade de transferência: Só podendo ser alienada pelo titular eis que o
comprador não pode vender a ele mesmo. Admite venda de coisa alheia, desde que
posteriormente seja adquirida validamente até o momento da transferência, na hipótese de
vendedor de boa-fé (art. 1.268 CC)
2. Pretius – Deve ser em dinheiro sob pena de não ser compra e venda, tendo como
características:
b) Seriedade: O preço deve ser real, não poderá ser ínfimo, irrisório ou fictício.
c) Certeza: O preço deve ser certo e determinado, devendo ser fixado pelos
contraentes ou por terceiro eleito, sendo nula a cláusula que assegura ao arbítrio de um único
contratante a fixação do preço.
Ø Pessoa casada, exceto no regime de separação absoluta de bens, não pode alienar ou
gravar de ônus imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios sem outorga uxória ou
autorização marital (CC arts. 1.647, I);
Ø Os que têm dever de ofício ou por profissão de zelar pelos bens alheios não podem
adquiri-los, mesmo em hasta pública sob pena de nulidade (art. 497, I a IV CC). Ex.: Tutores,
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Ø O condômino não poderá vender seu quinhão à estranho sem antes oferecê-la, tanto
por tanto, aos demais condôminos (art. 504, 1ª parte, CC).
Conseqüências jurídicas:
Principais:
Secundárias:
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comprador adquiriu a coisa como um conjunto, sem fazer referências às suas dimensões, não
cabe a este os direitos previstos na outra modalidade.
CLÁUSULA DE RETROVENDA
Artigo 507 CC – Direito contra terceiro, ainda que de boa-fé, pelo desconhecimento
da cláusula, de exercer a retrovenda.
Artigo 508 CC – Mais de um vendedor com direito à retrovenda, todos devem exercer
integralmente ou caducará o direito de todos.
VENDA À CONTENTO
Será uma cláusula suspensiva. Até o aceite da coisa os efeitos ficam suspensos. O
comprador até a aceitação final é como um comodatário (art. 511 CC).
DA PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA
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O imóvel desapropriado não utilizado para os fins previstos deverá ser ofertado ao ex-
proprietário pelo preço desapropriado (retrocessão).
Caberá perdas e danos ao comprador que não der ciência das vantagens e do preço ao
vendedor. Também responderá o adquirente de má-fé.
Preempção Retrovenda
A posse é condicional eis que o pagamento é evento futuro e incerto, sendo a compra e
venda definitiva quando implementada esta condição.
O não pagamento total do preço investe o vendedor de poderes alternativos, a saber: (i)
Retomar a res, mediante Ação de Busca e Apreensão ou Reintegração de Posse; ou (ii) exigir o
preço.
Conceito – É o contrato pelo qual as partes assumem a obrigação de dar uma coisa em
contraposição à entrega de outra.
Objeto – Tudo o que puder ser objeto de compra e venda será também objeto de troca (art. 221
Cód. Comercial), salvo dinheiro.
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Natureza – 1. Em regra é consensual, sendo solene, por exemplo, se pelo menos uma das coisas
for imóvel;
5. Traslativo da propriedade - não transfere de per si, mas serve de título aquisitivo e
cria a obrigação de transferência.
A diferença de valor não desnatura a permuta, podendo o que sobejar ser onerosa ou
gratuita (permuta com doação ou compra e venda embutida quanto ao valor exorbitante).
Para classificar os contratos como permuta com valor exorbitante ou compra e venda
como parte do pagamento do preço em ‘res’ considera-se a preponderância dos valores. Se a ‘res’
for objeto predominante e não o valor em dinheiro, é permuta, porém se for primordial o dinheiro,
é compra e venda. Alguns doutrinadores, dentre eles Sílvio Rodrigues, discrepam acerca do efeito
da predominância. Para alguns a simples presença de moeda na operação, ainda que em quantia
irrisória, por si só já desnatura o negócio de troca ou permuta.
Efeitos – São os mesmos da compra e venda, inclusive as garantias como evicção e vício
redibitórios.
· As partes podem fixar prazo idêntico ou diferente para a entrega das coisas;
· Cada parte pagará o imposto sobre o valor do bem adquirido, salvo expressa disposição
contratual em contrário;
· A troca em valor igual entre ascendente e descendente prescinde de autorização do art. 496
CC, todavia, se a coisa entregue por aquele superar a coisa entregue por este, necessitar-se-á
para a validade do ato a anuência dos demais descendentes. Para o Novo Código Civil, além
dos demais descendentes, a troca deverá ser precedida de anuência também do cônjuge do
ascendente.
Conceito – Contrato onde uma parte (consignante) faz a entrega a outra (consignatário) de coisas
móveis a fim de que esta conclua a venda a terceiro em um prazo e preço fixados. A teoria
tradicional considera cláusula especial de compra e venda (coisas entregues para vender).
Não foi disciplinado pelo Código Civil antigo, porém mereceu tratamento autônomo do
Novo Código Civil (Lei n.º 10.406/2002) – arts. 534 a 537 passando a ser tratado como contrato
nominado.
Características / Classificação
1. Oneroso;
2. Bilateral;
3. Comutativo.
» Disponibilidade da coisa;
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» Direitos:
2. A “res” móvel não pode ser penhorada por credores do consignatário, tampouco arrecadada
em insolvência ou falência antes do total pagamento do preço.
» Deveres:
2. Não turbar a posse direta do consignatário, nem pretender a restituição no lapso temporal.
Conceito – É o contrato em que o doador por liberalidade, transfere bens de seu patrimônio ao
donatário (art. 538 CC).
Características da Doação:
»Unilateral;
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» Gratuito;
» Aceitação do donatário:
- O doador poderá fixar o prazo para a aceitação. No silêncio do donatário, sabendo este
do prazo, será tida por aceito, salvo se a doação for com encargo.
Requisitos da Doação:
1 – Requisitos Subjetivos:
Pode receber a doação qualquer pessoa, inclusive os incapazes (art. 543 CC), o nascituro e
filhos que eventualmente venham a ser concebidos do casamento a se realizar e, as pessoas
jurídicas (fundações, creches, etc).
2 – Requisitos Objetivos:
b) É nula a doação que exceda o direito dos herdeiros legítimos (art. 549 CC);
e) A doação sob forma de subvenção periódica, extingue-se com a morte do doador, salvo se
este dispuser diferentemente, não podendo ultrapassar, contudo, a vida do donatário (art.
545 CC);
f) O doador não paga juros moratórios nem responde pela evicção, salvo disposição dando tal
garantia (art. 552 CC);
g) É legítimo ao doador estipular o retorno dos bens doados na hipótese de morte prévia do
donatário (art. 547 CC).
3 – Requisitos Formais:
É contrato formal (escritura pública ou contrato particular – art. 541 CC). Será válida a
doação verbal de bens móveis e de pequeno valor, desde que feito a tradição imediata.
Espécies de Doações:
1. Doação Pura e Simples – feita por mera liberalidade, sem qualquer condição, restrição
ou encargo para sua constituição e execução.
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Revogação da Doação
I – Por motivos comuns a todos os contratos (Vícios de consentimento: erro, dolo ou coação,
impossibilidade jurídica de se cumprir o encargo proposto) ;
Conceito – É o contrato pelo qual o Locador se obriga a ceder ao Locatário, por tempo
determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição (aluguel).
Características
1. É bilateral;
2. É oneroso;
3. É comutativo;
4. É consensual;
5. E de execução sucessivo.
Deveres do Locador
I – Entregar a coisa locada em estado que sirva à sua utilidade e mantê-la nestas condições
pelo tempo do contrato (art. 566 CC, Lei 8.245 – art. 22);
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Deveres do Locatário
III – Pagar pontualmente o aluguel. Se não houver prazo convencional, então até o 6° dia do
mês subseqüente;
2. Sublocação - Consiste na concessão pelo Locatário do uso e gozo, total ou parcial, da coisa
locada. Porém a relação entre Locador e Locatário não se modifica, nascendo um contrato
acessório entre o Sublocador/Locatário e Sublocatário;
1) Locação de:
a) A locação pode ser por qualquer prazo, necessitando de vênia conjugal se for por mais de 10
anos;
b) No prazo da locação o Locador não poderá reaver o imóvel, porém o Locatário poderá
devolvê-lo se pagar a multa;
c) Salvo na hipótese de desapropriação; qualquer que seja o motivo para extinção da locação,
a ação cabível será o despejo;
d) A locação por prazo indeterminado será rescindida mediante aviso prévio de 30 dias;
f) O aluguel poderá ser livremente estipulado, não podendo ser em moeda estrangeira,
tampouco poderá ser vinculado à variação cambial ou ao salário mínimo;
g) Após 3 anos de locação qualquer parte (Locador ou Locatário) poderá ajuizar ação
revisional para ajustar o aluguel ao preço de mercado;
Ø Fiança;
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Conceito – É o contrato pelo qual o Contratado (prestador de serviços) se obriga a fornecer uma
prestação de atividade física ou intelectual ao Contratante (tomador de serviços), mediante
remuneração (salário).
Características
1. É bilateral;
2. É oneroso;
3. É consensual.
Salário – Em regra é em dinheiro, não obstante parte dela poder ser em alimentos, vestuário,
condução, moradia, etc. O salário pode ser estipulado mediante usos e costumes do lugar da
celebração do negócio ou por arbitragem.
Tempo de Vigência – Pode ser por prazo indeterminado ou determinado. Nesta última hipótese
não poderá ser por mais de 4 (quatro) anos, cabendo, todavia, ajuste renovatório por igual ou
inferior período.
Requisitos:
Ø Atividade lícita;
AULA XV – DA EMPREITADA
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Características
1. Bilateral – cria para ambos obrigações recíprocas (entrega da obra x preço);
2. Comutativo – cada parte receberá da outra prestação equivalente à sua, podendo desde
a assinatura do contrato apreciar tal equivalência;
5. Indivisível – não será exeqüível de forma fracionada, salvo se a obra for contratada por
medida ou por partes distintas;
Espécies de Empreitada
a) Empreitada a Preço Fixo – o preço será para obra inteira, fixada de início em quantia
certa:
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preços dos materiais e dos salários dos operários, estabelecendo um limite de valor que não
poderá ser ultrapassado.
Empréstimo – Ocorre quando uma pessoa entrega à outra gratuitamente, coisa para que dela
se sirva com o dever de devolvê-la.
Comodato – É contrato unilateral, a título gratuito, de coisa infungível para ser utilizada por
certo tempo e ser devolvida (empréstimo de uso).
Requisitos subjetivos:
Requisitos objetivos:
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Ø Do Prazo: I – Se for omisso o contrato, o prazo, será presumido como sendo pelo
tempo necessário ao uso concedido; II – Prazo convencional.
OBS.: No curso do prazo presumido ou convencional não pode o comodante suspender o uso
ou gozo da coisa emprestada, salvo decisão judicial reconhecendo necessidade imprevista e
urgente.
Da Conservação:
O comodatário deve conservar a coisa com o mesmo cuidado que adotaria se sua fosse a
coisa, sob pena de perdas e danos.
Da Utilização:
A coisa deve ser utilizada nos termos do contrato e de acordo com a sua natureza,
sob pena de perdas e danos.
Da Mora do Comodatário:
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Do Comodato em Conjunto:
Características:
2. Temporário;
Não será reavida, nem do mutuário, tampouco de seus fiadores e abonadores, se feito sem
a assistência. Esta restituição será suprida:
Da Garantia:
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Do Mútuo Feneratício:
O mutuário que pagar juros não estipulados não poderá reavê-los, nem imputá-los
no capital.
Do Prazo:
a) Produto agrícola destinado tanto ao consumo como ao plantio – até a próxima colheita;
Características:
2. Em regra, Gratuito;
3. É contrato real;
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Requisitos:
Objetivos – Objetos móveis, corpóreos e infungíveis, podendo recair sobre imóveis e coisas
fungíveis.
Formais – Forma livre, embora o depósito voluntário deva ser provado por escrito (art. 646 CC).
Depósito Voluntário
Depósito Necessário
Independe da vontade das partes, por resultar de fatos imprevistos e irremovíveis, que
levam o depositante a dar a guarda de um objeto a pessoa desconhecida, a fim de evitar ruína
imediata.
b) Depósito miserável – Efetuado por ocasião de calamidade (art. 647, inc. II, CC);
OBS.: Não se presume gratuito. Nas bagagens dos viajantes está incluso preço
da diária.
Conceito – É o contrato onde alguém recebe de outrem poderes para, em nome deste, praticar
atos ou administrar interesses.
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Espécies de Mandato
a) Expresso – específico para atos que dependem de poderes especiais (art. 661, § 1º,
CC), por estes poderes devem ser outorgados de modo inequívoco.
a) Verbal – efetivado oralmente, nos casos que a lei autorize (até 10 salários
mínimos – art. 401 CPC). Admite prova testemunhal ou prova admitida em
direito.
b) Escrito – feito por instrumento público (se necessário por lei para a prática do
ato) ou particular (emissão de cheque, outorga de fiança, etc).
5. Quanto ao objeto:
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b) “Ad judicia” ou judicial – ação do mandatário em juízo, sempre oneroso. Deve ser
escrito e o procurador deve ser advogado regularmente inscrito na OAB, sob pena
de nulidade.
Deveres do Mandatário:
II – Agir com o zelo necessário e a diligência habitual na defesa dos interesses do mandante,
respondendo pelos prejuízos que este experimentar;
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Deveres do Mandante:
Extinção do Mandato
Natureza Jurídica
É colocado no Código Civil dentre os contratos dado a semelhança com estes. Porém,
inegavelmente, não é contrato pois lhe falta o prévio acordo de vontade. É um quase contrato. É
fonte de obrigações. (Silvio Rodrigues). Para o novo código civil sai do campo dos contratos e passa
a ser tratado como ato unilateral de vontade.
É contrato de pouco uso na prática moderna, eis que em virtude das grandes montas de
dinheiro que envolvem os negócios jurídicos, os contraentes não negociam com um mero gestor de
negócios. Outro fator que implica sua inutilidade no direito moderno é a sua transitoriedade, posto
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que, uma vez comunicado a gestão ao dono deve este ratificar o ato, convertendo-a em mandato
desde a data do primeiro ato do gestor ou comunicar sua discordância com a gestão.
Deve o gestor:
II – Levar a cabo o negócio iniciado a fim de evitar prejuízos para os interesses cuja defesa
assumiu;
II – Reembolsar o gestor das despesas necessárias ou úteis, com juros legais desde o
desembolso;
Conceito – é o contrato onde uma ou mais pessoas firmam promessa de satisfazer a obrigação de
um devedor, se este não a cumprir, assegurando ao credor o efetivo cumprimento (art. 818 CC).
Natureza Jurídica
b) Unilateral – gera obrigações ao fiador para com o credor, o qual não terá nenhum
compromisso frente ao fiador;
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Extinção da Fiança
2. Sem prazo de vigência, quando convier ao fiador (mediante sentença ou acordo amigável);
- Prescrição;
- O credor que conceder moratória (prazo após vencimento) sem consentimento do fiador;
- Se por fato do credor ficar impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências
(diminuem as garantias);
- Se o credor aceitar em pagamento objeto diverso do que lhe era devido, ainda que o credor
venha a perdê-lo por evicção;
Conceito – contrato pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com o outro (segurado),
mediante recebimento de um prêmio, a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros.
O Segurador tem que ser pessoa jurídica autorizada pelo Governo Federal para operar no
mercado.
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Espécies de Seguros:
a) Privados e Públicos;
b) Marítimos e Terrestres;
c) De coisas e de pessoas
a) segurador;
b) segurado;
c) risco;
d) prêmio; e
e) apólice
Obrigações do Segurado:
I) Dever de veracidade;
Edição – Conceito: é o contrato pelo qual o autor de uma obra literária, artística ou científica, ou
proprietário de títulos destes direitos, a transfere ao editor que se obriga a reproduzi-la em número
determinado de exemplares e a difundi-la, às suas expensas, pagando ao autor determinada
quantia.
Com o advento da Lei de Direitos Autorais (Lei n.º 9.610/98) estes contratos passaram a ter
regência específica.
DA SOCIEDADE
Embora encontrando regência no Código Civil, boa parte das disposições acerca dos
direitos e deveres dos componentes de uma sociedade, bem como as formas de extinção desta,
encontram disciplina, também, junto ao Direito Comercial, em especial na legislação extravagante
advinda após a edição do Código Comercial.
Tendo em vista a criação do Novo Código Civil, esta matéria retorna à esfera civil do
direito recebendo novo tratamento. Por passarem a ser todas as sociedades de caráter cível, estas
adotam nova subdivisão, tornando-se em sociedades propriamente ditas e empresariais, conforme
sua natureza, possuindo tratamento no capítulo do Direito Empresarial.
II – Administração da Sociedade;
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06/04/2018 Direito Civil - Contratos
II – Advento do Termo;
DO JOGO E DA APOSTA
Jogo – duas ou mais pessoas prometem entre si pagar certa soma àquele que conseguir um
resultado favorável de um acontecimento incerto, onde o insucesso ou êxito depende do
desempenho de cada jogador.
Aposta – é a convenção em que duas ou mais pessoas de opiniões diferentes sobre qualquer
assunto prometem, entre si, pagar certa valor ou entregar determinado bem àquele que a opinião
prevalecer em virtude de um evento incerto.
Espécies de jogos
Inexiste o dever positivo de se pagar dívida de jogo ou aposta, todavia, para o perdedor destas
modalidades contratuais nasce o direito moral para fazê-lo.
DA CONSTITUIÇÃO DE RENDA
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Conceito – É o contrato em que uma pessoa (instituidor) entrega certo capital, que pode
consistir em bens móveis ou imóveis, a outra (rendeiro) que se obriga a pagar àquela ou a
terceiro por ele indicado, temporariamente, renda ou prestação periódica.
COMISSÃO
Obs: O Comissário não responde pelo inadimplemento das pessoas com quem contratar, a não ser
na modalidade “Del Credere”, onde, mediante maior remuneração, incumbe-se o Comissário a
responder solidariamente com aquelas pessoas, a fim de satisfazer os direitos do Comitente.
AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO
Conceito: Ocorre quando uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de
dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de
certos negócios, em determinado espaço geográfico. Já na distribuição o agente tem à sua
disposição a coisa a ser negociada.
DA CORRETAGEM
Conceito: É o contrato onde uma pessoa, não ligada a outra por nenhuma relação de
dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios conforme as instruções
recebidas, mediante paga, ou seja, aproxima as pessoas interessadas na realização de
determinado negócio, fazendo jus, assim, a determinada retribuição.
DO TRANSPORTE
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