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E-BOOK

Compras governamentais
Olá,

Você sabe que os governos desempenham um papel fundamental para a melhoria do ambiente de negócios
dos Microempreendedores Individuais e das Micro e Pequenas Empresas. Mas, para que isso aconteça, os
servidores públicos precisam estar capacitados para delinear e implementar políticas públicas que impulsio-
nem o desenvolvimento econômico local e contribuam para o fortalecimento dos pequenos negócios.

Como parte de nossa estratégia de Atendimento Remoto e, com o objetivo de ampliar suas alternativas de
acesso a soluções educacionais, o Sebrae-SP disponibiliza diversos produtos, canais e serviços para auxiliá-lo.

Este e-book é um de nossos produtos de Educação a Distância (EAD). Sua proposta é apresentar, de forma
clara e didática, as principais políticas públicas de apoio aos pequenos negócios, em formato de livros
digitais, isto é, materiais educacionais organizados para os servidores públicos que desejam ampliar seus
conhecimentos.

Com as soluções de Educação a Distância do Sebrae-SP, você tem a oportunidade de estudar off-line ou em
um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), disponível 24 horas por dia, e que pode ser acessado de qual-
quer lugar que tenha conexão com a internet, sem necessidade de deslocamento.

Aproveite esta oportunidade de ampliar seus conhecimentos!

Equipe de EAD do Sebrae-SP


Sumário

Carta do Sebrae.......................................................................................................................................2
Apresentação..........................................................................................................................................4
A participação das MPEs nas compras públicas .......................................................................................5
Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.................................................................................................. 10
O mercado de compras públicas e os pequenos negócios .................................................................. 14
Modalidades de compras governamentais............................................................................................. 21
Licitação ................................................................................................................................................. 22
Contratação direta ................................................................................................................................. 23
MEIs e produtores rurais ....................................................................................................................... 25
Chamada pública ................................................................................................................................... 27
Tratamento diferenciado aos pequenos negócios ................................................................................. 30
O que você pode fazer........................................................................................................................... 37
Preparando a licitação........................................................................................................................... 41
Edital....................................................................................................................................................... 42
Concorrência, convite ou tomada de preços......................................................................................... 48
Pregão presencial .................................................................................................................................. 48
Pregão eletrônico................................................................................................................................... 49
Recursos ................................................................................................................................................ 50
Criando oportunidades.......................................................................................................................... 54
Glossário............................................................................................................................................... 55
Leis e normas ....................................................................................................................................... 56
Apresentação

Ao longo do e-book, você vai ver:

• o que são os pequenos negócios;

• como o cumprimento da lei é estratégico para a melhoria da economia do seu município;

• algumas políticas públicas voltadas ao fortalecimento dos pequenos empreendimentos.


A participação das MPEs nas compras públicas

Ao longo deste capítulo você vai ver a importância de incentivar as Micro e Pequenas Empresas de seu mu-
nicípio para a melhoria da economia local.

Os pequenos negócios representam 99% das empresas constituídas no país, e esse segmento tem grande
capacidade de geração de emprego e de renda.

Apoiar os pequenos empreendimentos é uma ótima estratégia para promover o desenvolvimento social e
econômico nos municípios.

E você sabe por quê?

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Porque, ao apoiá-los, você contribui para gerar empregos em seu município, aumentar a arrecadação muni-
cipal, melhorar a distribuição de renda e a qualidade de vida da população local e pode investir no bem-estar
social.

E você sabia que vender para o governo pode ser uma ótima oportunidade para que os pequenos negócios
cresçam e se desenvolvam?

Com o objetivo de regulamentar o tratamento favorecido e diferenciado aos pequenos negócios, previsto na
Constituição Federal de 1988, e consequentemente de fortalecê-los, foi editada em 2006 a Lei Complementar
123, que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.

Essa lei é mais conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.

Na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, existe um capítulo especialmente dedicado às compras governa-
mentais.

Neste capítulo, o uso do poder de compras do município é abordado como uma ferramenta de desenvolvimento
local.

Ao privilegiar os pequenos negócios locais nas aquisições do poder público, cria-se um círculo virtuoso, pois,
ao ampliar seu mercado vendendo para o governo, os pequenos negócios têm mais chances de crescer e
gerar mais empregos e renda, contribuindo para estimular o consumo no comércio local.

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Com isso, o município aumenta sua arrecadação e pode investir mais na qualidade de vida da população.
Todos saem ganhando!

A seguir, você vai conhecer um pouco mais sobre esse círculo virtuoso.

Círculo virtuoso do dinheiro

Investir em Micro e Pequenas Empresas pode ser um ótimo negócio para os municípios. Todo mundo sai
ganhando!

Primeiro, tem que tirar do papel a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Para colocá-la em prática, é
fundamental incentivar o acesso dessas empresas às compras públicas. Mas como fazer isso?

É preciso elaborar e divulgar o plano anual de compras, divulgar os editais de licitação, capacitar os ser-
vidores públicos envolvidos com os processos de compras públicas, cadastrar pequenos negócios locais.

Assim, fica mais fácil para os pequenos negócios venderem para a prefeitura. Ampliando seu mercado, o
faturamento aumenta.

Com mais dinheiro no caixa, a produção cresce. O investimento na qualidade dos produtos aumenta. Mais
empregos são gerados. O cidadão, com dinheiro no bolso, consome mais produtos da região. A prefeitu-
ra arrecada mais impostos. A arrecadação maior volta para a cidade em forma de investimentos para a
própria população.

O uso do poder de compra do município, que possibilita esse giro econômico – ou círculo virtuoso do
dinheiro – é uma política pública que faz a economia crescer e o município se desenvolver.

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Viu só? Incentivar as Micro e Pequenas Empresas a fornecer para o governo local contribui muito para a me-
lhoria da economia de sua cidade.

Neste e-book, você acompanhará a história de Roberto, prefeito da cidade de Iguatatuba. Ele tem experiên-
cia política e já fez muito para a cidade crescer, mas sabe que é preciso mais! Agora, sua meta é incentivar os
pequenos negócios a fornecerem para a prefeitura.

Ele vivenciará situações de tomada de decisão e de implantação de políticas públicas que poderão transfor-
mar o município em uma cidade ainda mais empreendedora!

E você pode ajudá-lo! Está preparado para essa jornada?

Continue acompanhando essa história!

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Atividade 1.1

Preencha as lacunas com os termos corretos.

Utilizar ____________ para incentivar os ____________ pode gerar um ____________ , no qual os negócios tendem
a crescer, gerar mais emprego e renda e incentivar o consumo local. Com isso, o município aumenta sua
____________ e pode investir mais na ____________ da população.

RESPOSTA:

Utilizar compras governamentais para incentivar os pequenos negócios pode gerar um círculo virtuoso, no
qual os negócios tendem a crescer, gerar mais emprego e renda e incentivar o consumo local. Com isso, o
município aumenta sua arrecadação e pode investir mais na qualidade de vida da população.

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Lei Geral da Micro e Pequena Empresa

Ao longo deste capítulo, você vai conhecer os incentivos previstos na Lei Geral para que os pequenos negó-
cios participem de processos de compras governamentais.

Como você viu, estimular a economia local e movimentar as compras do município é dever do poder público.

Porém, essa missão esbarra em uma importante questão: em muitos municípios, a Lei Geral ainda não é
devidamente cumprida, o que limita o acesso dos pequenos negócios a um novo mercado, o das compras
governamentais.

E mesmo quando conseguem participar de certames licitatórios, muitas vezes não encontram condições
favoráveis de competitividade em relação a grandes empresas.

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Nas contratações de bens ou serviços, muitas vezes os municípios acabavam privilegiando empresas de
médio e grande portes, uma vez que, em geral, elas já têm a estrutura e o conhecimento necessários para
participarem dos processos de compras públicas.

É por isso que a Lei Geral é tão importante, pois ela assegura que os pequenos negócios participem, de forma
competitiva, das compras governamentais.

A seguir, você conhecerá melhor os principais pontos da Lei Geral.

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Em primeiro lugar, a Lei Geral define o que são os pequenos negócios.

Por pequenos negócios entendem-se:

• os Microempreendedores Individuais;

• as Microempresas;

• as Empresas de Pequeno Porte.

Esses empreendimentos se diferenciam pelo seu faturamento bruto anual. 

• Microempreendedor Individual (MEI): é o empresário individual (sem sócio), com no máximo um em-
pregado, que tenha faturamento anual de até R$ 60 mil. Esse valor será reajustado para R$ 81 mil após 1º
de janeiro de 2018.

• Microempresa (ME): são as empresas com faturamento anual de até R$ 360 mil.

• Empresa de Pequeno Porte (EPP): são as empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 3,6 milhões.
Esse valor de teto de R$ 3,6 milhões será reajustado para R$ 4,8 milhões após 1º de janeiro de 2018.

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Outro aspecto importante da Lei Geral é a previsão de tratamento diferenciado aos MEIs, MEs e EPPs em
processos licitatórios, por meio de diferentes dispositivos legais que você vai conhecer nos outros capítulos
deste e-book.

Um terceiro elemento importante da Lei Geral são as medidas de incentivo, simplificação e desburocratiza-
ção para negócios de pequeno porte, como, por exemplo:

• regime unificado de apuração e de recolhimento dos impostos e contribuições.

• simplificação do processo de abertura, alteração e encerramento da empresa.

• facilidades de acesso ao crédito e à Justiça.

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Com tudo isso em mente, conheça e entenda o caso de sucesso de um grande município paulista, que regu-
lamentou a Lei Geral por meio de um decreto municipal de compras.

Município empreendedor

O decreto prevê algumas medidas para estimular os pequenos negócios, como a concessão de margem
de preferência para a contratação de Micro e Pequenas Empresas sediadas em regiões prioritárias do
município.

Entre outras medidas, o decreto estabeleceu regras para a subcontratação de Micro e Pequenas Empre-
sas (previstas no art. 48, inciso II, da Lei Geral) e determinou que as contratações por meio de dispensa
de licitação fossem obrigatoriamente feitas de MEIs, MEs e EPPs.

O mercado de compras públicas e os pequenos negócios

Até aqui, você viu que são muitos os benefícios que a Lei Geral dá às Micro e Pequenas Empresas, e que essas
vantagens são essenciais para aumentar a participação dos pequenos negócios nos processos de compras
governamentais.

A seguir, veja cinco dicas sobre como você pode incentivar os pequenos negócios a participar das compras
públicas.

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• Dica 1: Conscientize todos os setores da prefeitura sobre a importância da elaboração de um Plano
Anual de Compras. Assim, serão identificados os produtos e serviços necessários e mais solicitados pelo
município.

• Dica 2: Divulgue o Plano Anual de Compras para os empresários de pequenos negócios. Eles poderão
conhecer as necessidades do município e, a partir disso, planejar sua produção para que possam fornecer
para o governo. Essa iniciativa simples ajuda a promover o mercado local.

• Dica 3: Crie um banco de dados com informações sobre as Micro e Pequenas Empresas fornecedoras
do município e identifique também novos fornecedores potenciais. Isso será importante para que os
empreendedores sejam informados sempre que houver um processo licitatório.

• Dica 4: Capacite os servidores públicos que lidam diretamente com os processos licitatórios e os
empresários de pequenos negócios que tenham interesse em fornecer para o governo. O Sebrae oferece
cursos com essa finalidade gratuitamente.

• Dica 5: Por último, execute os processos licitatórios adotando os benefícios previstos na Lei Geral. Esse
é um passo importantíssimo para o desenvolvimento de sua cidade, e você aprenderá como fazer isso
neste e-book!

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Conheça mais um caso de sucesso de um pequeno município paulista, situado na região noroeste do estado
e com uma população estimada em 15 mil habitantes.

Município empreendedor

Sendo o poder público o maior comprador do município, o projeto “Construindo um futuro melhor” nas-
ceu com o objetivo de mostrar que é mais fácil ser fornecedor do município do que a crença geral supõe.

Com o projeto, a prefeitura passou a capacitar fornecedores e prestadores de serviços informais da


construção civil e divulgar entre eles a informação de que havia um mercado a ser explorado pelos
empreendedores locais.

Como resultado do projeto, a administração municipal passou a comprar e contratar mais dos pequenos
negócios.

O departamento de licitações foi estruturado para esse fim e houve divulgação dos editais de aquisições
e contratações para os fornecedores do município.

Atualmente, as licitações exclusivas para os pequenos negócios são uma rotina na administração.

Privilegiando os pequenos negócios nas compras públicas, a administração local cumpre seu dever de fo-
mentar a economia. Mas há também outros meios de fazer isso! Um deles é capacitar os empreendedores.

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Muitas vezes, os empresários de pequenos negócios deixam de crescer por falta de planejamento. Mas você
precisa evitar que isso aconteça na sua cidade!

Em um mundo globalizado e competitivo, estar capacitado para exercer uma atividade econômica é um gran-
de diferencial para os interessados em ampliar seu mercado e participar de licitações públicas.

Exemplo disso é outro município paulista onde foram implantadas ações para que os empreendedores das
Micro e Pequenas Empresas recebessem treinamento para participar dos pregões promovidos na cidade.

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Além desse programa, foi executada outra ação importante: a capacitação de costureiras. A partir de uma
análise que constatou o aumento da participação de mulheres no mercado produtivo, essa iniciativa foi
levada adiante e trouxe resultados tão positivos que algumas costureiras já estão formando cooperativas
na cidade.

Dica

Conheça os municípios que vêm ganhando destaque nas edições do Prêmio Sebrae Prefeito Empreen-
dedor: https://www.youtube.com/user/sebraesaopaulo/search?query=Premio+Prefeito+Empreendedo.

E você? Já pensou em formas de capacitar e incentivar os empresários de seu município?

Identifique os MEIs, MEs e EPPs locais e o perfil produtivo de cada um deles. Assim, é possível verificar o
número de fornecedores de bens e prestadores de serviço, o que é produzido e que tipo de capacitação é
necessária.

No próximo capítulo, você conhecerá melhor as modalidades de contratação de MEIs, MEs e EPPs. Mas,
antes, realize a atividade a seguir para verificar seu entendimento sobre os conteúdos abordados até aqui.

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Roberto, prefeito de Iguatatuba, consegue ver seu município mais estruturado para se desenvolver. Mas ain-
da continua bastante preocupado com a falta de participação dos MEIs, MEs e EPPs nas compras públicas.

Ajude Roberto a tomar uma decisão!

Atividade 2.1

Qual é a ação imediata que o prefeito de Iguatatuba precisa adotar para estimular a participação efetiva de
MEIs, MEs e EPPs nas licitações do município?

Escolha a opção que contém a melhor atitude diante desse cenário:

1. Roberto deve abrir licitações estabelecendo tratamento diferenciado e favorecido para as Micro e Pe-
quenas Empresas.

2. Roberto deve sugerir a criação de programas de apoio aos empreendedores de Micro e Pequenas Em-
presas que queiram participar dos processos de compras governamentais.

3. Roberto deve constituir um grupo de trabalho visando à regulamentação da Lei Geral, sua aprovação e
a implementação do capítulo de compras.

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RESPOSTA:

Todas as alternativas colaboram com a intenção de Roberto. A regulamentação da Lei Geral no município é
recomendável, mas não é essencial. Isso porque desde 2014, com os aprimoramentos feitos na Lei Geral, o
parágrafo único do artigo 47 determina expressamente que, se não houver legislação municipal, devem ser
aplicados diretamente os dispositivos da Lei Geral que estabelecem a obrigação de tratamento diferenciado
e favorecido para as Micro e Pequenas Empresas nas licitações. O Decreto Federal 8.538, publicado em 2015,
possibilitou ainda mais essa aplicação direta, inclusive em relação a priorizar a contratação de MEs e EPPs
sediadas no município ou região.

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Modalidades de compras governamentais

Ao longo deste capítulo, você vai conhecer as modalidades de compras governamentais e as maneiras de
garantir tratamento diferenciado e favorecido para MEIs, MEs e EPPs.

Os órgãos públicos de um município necessitam comprar bens e contratar serviços. Essas compras e contra-
tações são feitas de diversas empresas, grandes e pequenas, e aquecem a economia da região.

Você pode e deve incluir as Micro e Pequenas Empresas nas compras públicas utilizando a Lei Geral!

Como já vimos, a Lei Geral estabelece tratamento diferenciado e favorecido para MEIs, MEs e EPPs também
no mercado de compras públicas. Com isso, elas passam a ter chances maiores de vender para o governo,
ampliando seu mercado.

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Licitação

As compras de bens e contratações de serviços realizadas pela administração pública, em regra, devem ser
precedidas pelo procedimento licitatório.

Licitação é o procedimento legal que a administração pública deve seguir para adquirir bens e contratar
serviços.

Uma licitação tem a finalidade de obter a proposta mais vantajosa e proporcionar igualdade de oportunida-
des entre as empresas participantes.

É importante, então, que você entenda muito bem o que é uma licitação e conheça as modalidades previstas
na legislação.

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• Convite: é a modalidade de licitação mais simples, adequada para contratações de baixo valor. As com-
pras e serviços em geral são de até R$ 80 mil, e as obras de engenharia, de até R$ 150 mil.

• Não exige publicação em Diário Oficial, mas é necessário enviar uma carta-convite aos interessados e
afixar a cópia do instrumento em local visível para que outros interessados possam participar.

• Tomada de preços: ela é utilizada para contratações de médio valor. As compras e serviços em geral são
de até R$ 650 mil, e as obras de engenharia, de até R$ 1,5 milhão. Essa modalidade é destinada com exclu-
sividade a interessados devidamente cadastrados e àqueles que atenderem a todas as condições exigidas
para o cadastramento.

• Concorrência: possui prazos mais longos, requer ampla divulgação aos interessados e regulamentação
mais detalhada. Essa modalidade é destinada para compras, obras e serviços de maior complexidade e
valor. Não há limite máximo para sua utilização.

• Pregão: não possui limite mínimo ou máximo de valor e pode ser presencial ou eletrônico. É utilizado
para a contratação de bens e serviços comuns. O preço é o seu fator decisivo, e ele permite a alteração
das propostas de preços na fase de lances. É a modalidade que permite maior economia para a adminis-
tração municipal.

Contratação direta

Há algumas situações em que é possível a contratação direta, ou seja, sem licitação.

O poder público pode realizar a contratação direta nos casos de dispensa de licitação ou de inexigibilidade
de licitação.

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Ambos estão previstos, respectivamente, nos artigos 24 e 25 da Lei 8.666 de 1993, que instituiu as normas
para licitações e contratos da administração pública.

Nos casos de dispensa de licitação, o servidor público pode realizar ou não o certame, orientando-se por
critérios justificáveis de conveniência e oportunidade em sua escolha.

A dispensa pode ser utilizada para obras e serviços de engenharia de até R$ 15 mil e para serviços e com-
pras em geral de até R$ 8 mil.

Nos casos de inexigibilidade de licitação, a realização do certame não é possível por absoluta inviabilidade de
competição, decorrente de singularidade do objeto ou do ofertante.

É o caso, por exemplo, de representantes comerciais exclusivos ou de profissionais do setor artístico consa-
grados pela crítica.

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MEIs e produtores rurais

Todas essas modalidades de licitação estão previstas nas Leis Federais 8.666 de 1993 e 10.520 de 2002
e devem ser realizadas com a concessão de tratamento diferenciado e favorecido às Micro e Pequenas
Empresas.

É importante que você saiba que, caso MEIs e produtores rurais participem dos processos de compras
públicas, eles merecerão uma atenção ainda mais específica.

A seguir, veremos esse assunto em detalhes.

Conforme previsto na Lei Geral, o MEI é uma modalidade de Microempresa e, por isso, deve ter acesso a
todos os benefícios garantidos às MEs e EPPs nas compras governamentais, sempre que estes lhe forem
favoráveis.

Em razão de suas características específicas, os instrumentos convocatórios devem deixar explícito quais são
os documentos exigidos para sua participação, e estes podem ser diferentes daqueles exigidos para as de-
mais modalidades de empresas.

Por exemplo, em substituição ao contrato social e ao balanço da empresa, normalmente solicitados, poderá
ser exigido o Cadastro da Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI) e sua última Declaração Anual
do Simples Nacional (DASN-Simei).

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Também nos casos de dispensa de licitação, o tratamento diferenciado deverá ser garantido, visto que, con-
forme previsto pelo artigo 49, inciso IV, da Lei Geral, a compra deverá ser feita preferencialmente de Micro
e Pequenas Empresas.

As compras governamentais realizadas por dispensa de licitação são boas oportunidades para que o MEI seja
inserido como fornecedor da administração pública. Isso porque essa modalidade de compra governamental
envolve contratações de menor valor.

Dessa forma, possibilita-se que o MEI tenha condições de planejamento e entrega dos bens e serviços con-
tratados.

Assim como o MEI, o produtor rural, pessoa física, e o agricultor familiar, conceituados na Lei 11.326/2006,
devem receber os mesmos benefícios concedidos às MEs e EPPs nas compras governamentais, pois foram
equiparados a estas na Lei Geral.

Em especial no que se refere ao agricultor familiar, é importante destacar que gêneros alimentícios para me-
renda escolar podem ser adquiridos por meio de chamada pública, dispensando-se, portanto, procedimento
licitatório.

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Atenção

A Lei Federal nº 11.947 de 2009 estabelece que, no mínimo, 30% do valor repassado pelo Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a estados e municípios, via Programa Nacional de Alimentação
Escolar, deve ser utilizado na aquisição de gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar.

Devem ser priorizados os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e


quilombolas.

Chamada pública

A chamada pública é o procedimento administrativo voltado à seleção de proposta específica para aquisição
de gêneros alimentícios provenientes da agricultura familiar e/ou empreendedores familiares rurais ou suas
organizações. O preço de cada um dos produtos a serem comprados deve ser definido previamente pelo
órgão comprador e constar no edital de maneira explícita.

O valor será determinado pelo preço médio pesquisado em, no mínimo, três mercados em âmbito local,
territorial, estadual ou nacional, nessa ordem, priorizando-se feiras de produtores da agricultura familiar.

Ao preço final devem ser somados todos os custos adicionais que o produtor terá para adequar o produto e
a entrega às especificidades estabelecidas pelo órgão comprador. Como exemplos, temos as despesas com
frete, embalagens e demais encargos.

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Os editais de chamada pública devem ser publicados em jornais de circulação local, na forma de mural em
local público e de ampla circulação e em endereço na internet. Tais editais deverão permanecer abertos para
o recebimento de propostas por parte dos agricultores familiares por um período mínimo de 20 dias.

Atividade 3.1

Roberto, prefeito de Iguatatuba, sabe que a licitação é o procedimento legal para a administração pública ad-
quirir bens e contratar serviços, mas está com dificuldades para escolher a modalidade mais adequada para
sua necessidade. Relacione as modalidades de licitação aos seus respectivos critérios legais.

1. Modalidade Convite

2. Modalidade Tomada de preços

3. Modalidade Pregão

4. Modalidade Concorrência

( ) É a modalidade de licitação adequada para contratações de baixo valor (compras e serviços em geral de
até R$ 80 mil, obras de engenharia de até R$ 150 mil).

( ) Não possui limite mínimo ou máximo de valor e pode ser presencial ou eletrônico. É utilizado para a con-
tratação de bens e serviços comuns.

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( ) Não há limite máximo para sua utilização. Destina-se a compras, obras e serviços de maior complexidade
e valor.

( ) É a modalidade de licitação para contratações de médio valor (compras e serviços em geral de até R$ 650
mil; obras de engenharia de até R$ 1,5 milhão).

RESPOSTA:

( 1 ) É a modalidade de licitação adequada para contratações de baixo valor (compras e serviços em geral de
até R$ 80 mil, obras de engenharia de até R$ 150 mil).

( 3 ) Não possui limite mínimo ou máximo de valor e pode ser presencial ou eletrônico. É utilizado para a
contratação de bens e serviços comuns.

( 4 ) Não há limite máximo para sua utilização. Destina-se a compras, obras e serviços de maior complexidade
e valor.

( 2 ) É a modalidade de licitação para contratações de médio valor (compras e serviços em geral de até R$ 650
mil; obras de engenharia de até R$ 1,5 milhão).

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Tratamento diferenciado aos pequenos negócios

Ao longo deste capítulo, você vai conhecer os dispositivos legais que preveem o tratamento diferenciado a
MEIs, MEs e EPPs em processos licitatórios.

Chegou a hora de conhecer os dispositivos legais que preveem o tratamento diferenciado a MEIs, MEs e EPPs
em processos licitatórios.

O primeiro dispositivo refere-se à regularidade fiscal tardia.

Ela permite que esses pequenos negócios, quando vencedores de um processo licitatório, regularizem sua
certidão fiscal, caso esta esteja irregular, em até 5 dias úteis, prorrogáveis por mais 5 dias úteis, a critério da
administração pública.

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O segundo é o empate ficto.

Este é um critério de desempate, em favor dos pequenos negócios, utilizado quando MEIs, MEs e EPPs
apresentam propostas de mesmo valor ou até 10% superior à proposta da média ou grande empresa mais
bem classificada.

No caso do pregão, essa diferença é de 5%.

Nesses casos, é dada a oportunidade para que os pequenos negócios façam uma nova oferta, de valor infe-
rior ao preço final proposto por uma média ou grande empresa.

A seguir, entenda melhor o empate ficto!

Empate ficto

É o empate que acontece nas licitações em que concorrem uma média ou grande empresa e uma micro
ou pequena empresa.

A Lei Complementar 123 de 2006 privilegia as Micro e Pequenas Empresas quando há empate nos valo-
res de uma licitação. Há empate quando os valores apresentados pelas Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte forem iguais ou até 10% superiores à proposta da grande empresa mais bem classificada.
Vamos ver como é isso:

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Três empresas participam de uma licitação.

• A empresa número 1, de médio porte, faz uma proposta de R$ 10 mil.

• A número 2, Microempresa, apresenta R$ 10.500,00.

• A número 3, pequena empresa, propõe R$ 11 mil.

Qual seria a melhor proposta? A de R$ 10 mil, certo? Mas não é bem assim.

No empate ficto, a diferença de até 10% iguala todas as propostas. É aí que entra a vantagem das Micro e
Pequenas Empresas. Elas têm preferência na licitação. Portanto, a Microempresa que ficou em segundo
lugar pode apresentar nova proposta cobrindo a oferta e apresentando um valor melhor. Se ela não baixar
o valor, terá de ceder a vez para a empresa de número 3.

Nesse caso, ela também deverá cobrir a oferta da empresa de médio porte. Se fizer isso, ganha a licitação.

Veja: a empresa de médio porte que apresentou o menor valor ficou de fora. É assim que a Lei Comple-
mentar 123 de 2006 favorece e estimula a participação de Micro e Pequenas Empresas nas licitações.

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Que tal recapitular? Constatando o empate na licitação, poderão ocorrer nove hipóteses distintas. São elas:

1. Não havendo micro ou pequena empresa no intervalo de empate ficto, a licitante que tiver oferecido o
menor preço será vencedora.

2. Caso tenha apenas uma micro ou pequena empresa no intervalo de empate ficto, a ela será conferido
o direito de cobrir o valor da empresa média ou grande e se tornar vencedora.

3. Se existir mais de uma micro ou pequena empresa no intervalo de empate ficto, o direito ao desempate
será conferido àquela com menor preço. Caso ela decline do seu direito, será convocada aquela com
preço imediatamente superior ao da primeira.

4. Se existir uma ou mais micro ou pequena empresa no intervalo de empate ficto e, não havendo in-
teresse em cobrir a melhor oferta, será declarada vencedora a autora da melhor proposta original. A
renúncia ao direito por parte da micro ou pequena empresa não gera punição.

5. Existindo mais de uma empresa beneficiária da Lei Geral e havendo igualdade de valores nas propostas
das Micro e Pequenas Empresas, o órgão responsável pela licitação deverá promover um sorteio para
definir aquela que primeiro poderá apresentar outra oferta, que deverá ser menor do que a do atual
vencedor.

6. A micro ou pequena empresa que não regularizar a documentação fiscal com restrição pode ser puni-
da, e a administração poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a
assinatura do contrato, ou revogar a licitação.

7. Quando o empate ficto ocorrer entre uma micro ou pequena empresa e uma média ou grande em-
presa com melhor preço, deve ser dada à micro ou pequena empresa oportunidade de cobrir a oferta,
tornando-se vencedora.

8. Caso aquela micro ou pequena empresa não possa cobrir o preço da média ou grande empresa, de-
verá ser dada oportunidade a outra micro ou pequena empresa que também esteja no intervalo de
empate ficto.

9. Se a melhor oferta for de uma micro ou pequena empresa, não haverá empate.

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Além da regularidade fiscal tardia e do empate ficto, há um terceiro dispositivo legal que prevê o tratamento
diferenciado a MEIs, MEs e EPPs em processos licitatórios: as licitações especialmente estruturadas para
garantir o tratamento diferenciado e favorecido aos pequenos negócios.

Veja agora as licitações especiais que dão preferência ao MEI, ME e EPP.

• Contratação exclusiva de Micro e Pequena Empresa: a administração pública deverá realizar processo
licitatório destinado exclusivamente à participação de MEs e EPPs nos itens de contratação cujo valor seja
de até R$ 80 mil.

• Cota exclusiva para Micro e Pequenas Empresas: a administração pública deverá estabelecer, em certa-
mes para aquisição de bens de natureza divisível, cota de até 25% do objeto para a contratação de MEs
e EPPs.

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• Subcontratação de Micro e Pequenas Empresas: a administração pública poderá, em relação aos proces-
sos licitatórios destinados à aquisição de obras e serviços, exigir dos licitantes a subcontratação de ME ou
EPP para a realização de algumas etapas do serviço. Nesses casos, o pagamento será feito diretamente à
empresa subcontratada.

Você deve ter percebido que tanto a exclusividade dada aos pequenos negócios nas contratações de até R$
80 mil quanto a cota de até 25% são de cumprimento obrigatório.

Já a exigência de subcontratação de pequenos negócios é facultativa à administração municipal, que pode


utilizar esse instrumento criado pela Lei Geral como forma de estimular MEIs, MEs e EPPs do seu município.

Existem ainda outros aspectos aos quais você precisa ficar atento!

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Independentemente da utilização de qualquer um dos dispositivos que acabamos de citar, é fundamental
que o edital licitatório esteja devidamente descrito e claro quanto à forma de aplicação dos benefícios às
Micro e Pequenas Empresas.

Esses dispositivos não podem ser adotados se não houver ao menos três fornecedores classificados como
MEI, ME ou EPP competitivos no local ou na região, capazes de atender às exigências do edital.

Esses dispositivos também não devem ser aplicados quando o tratamento diferenciado e simplificado para
as Micro e Pequenas Empresas não for vantajoso para a administração pública ou representar prejuízo ao
conjunto ou complexo do objeto a ser contratado.

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O que você pode fazer

Agora que você conhece essas modalidades de licitação e suas regras, você pode estar se perguntando:
Como começar a colocar em prática esses conhecimentos?

Veja a seguir algumas sugestões!

Você pode determinar, no edital de licitações, que a média ou grande empresa vencedora da licitação sub-
contrate Micro e Pequenas Empresas para a execução de partes das obras e serviços licitados.

Atenção

Nesse caso, a empresa de médio ou grande porte é integralmente responsável pelo contrato firmado com
o município. A administração pública deve pagar diretamente às Micro e Pequenas Empresas subcontra-
tadas pela execução da parte que lhe foi atribuída no contrato.

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Como forma de incentivar as pequenas empresas, você também pode criar um edital de licitação dividido
em dois lotes.

Por exemplo, na compra de resmas A4 (um bem divisível) cujo valor de compra exceda R$ 80 mil, o edital
deverá estabelecer que até 25% dos itens da licitação sejam exclusivos para Micro e Pequenas Empresas. Os
outros 75% serão para ampla concorrência de todas as empresas que queiram participar da licitação, inclusi-
ve as Micro e Pequenas Empresas.

Veja a seguir um caso de sucesso de um município paulista.

Município empreendedor

O município tem seis mil e quatrocentos habitantes e está localizado na região oeste do estado de São
Paulo.

A vida econômica do município gira basicamente em torno do comércio local, de serviços ligados à cons-
trução civil e de indústrias sucroalcooleiras e celulose, algumas localizadas em cidades limítrofes.

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Algumas pessoas sobrevivem da agricultura, da pecuária e da produção de cerâmicas. O cenário
socioeconômico apresenta também uma realidade de baixa renda e de desemprego.

Para impulsionar a economia, o município trabalhou para implementar uma lei municipal que regulamen-
tasse o tratamento diferenciado às Micro e Pequenas Empresas.

Essa ação aumentou o número de empresas cadastradas como fornecedoras no banco de dados da
prefeitura. Em paralelo, os empreendedores foram capacitados, e muitos deles passaram a fornecer para
a prefeitura.

Com as Micro e Pequenas Empresas fortalecidas, a empregabilidade melhorou, o comércio local se de-
senvolveu, e o atendimento aos consumidores se aperfeiçoou.

Enquanto isso, a prefeitura continua investindo em capacitação, construindo um futuro sustentável para
os empreendedores locais.

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Dica

Para estabelecer os critérios de contratação especial, também é fundamental que a administração pública
conheça o mercado.

Dessa forma, ao surgir a necessidade de aquisição de determinado produto ou serviço, ela poderá dar
maior visibilidade de seu edital aos empreendedores locais, viabilizando sua participação no processo
licitatório, de modo que suas empresas possam concorrer com empresas maiores.

Atividade 4.1

Iguatatuba já se considera um município com gestão empreendedora. Roberto tem colocado em prática diferen-
tes ações de incentivo a MEIs e Micro e Pequenas Empresas. Selecione os dispositivos legais que Roberto deve
colocar em prática para garantir o tratamento diferenciado aos MEIs, MEs e EPPs em processos licitatórios:

( ) Regularidade fiscal.

( ) Empate ficto.

( ) Estruturação da licitação prevendo tratamento diferenciado a MEIs, MEs e EPPs.

RESPOSTA:

Todas as alternativas apresentam dispositivos legais que preveem formas de conceder tratamento diferen-
ciado a MEIs, MEs e EPPs, e Roberto poderá coloca-las em prática nos processos licitatórios de Iguatatuba.

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Preparando a licitação

Neste capítulo, você conhecerá os instrumentos convocatórios de licitação.

As contratações do município utilizam recursos públicos, portanto, você deve zelar para que elas atendam
aos princípios da:

• legalidade;

• impessoalidade;

• moralidade;

• publicidade;

• eficiência;

• vinculação ao instrumento convocatório;

• probidade administrativa;

• julgamento objetivo.

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Nas contratações, o município deve buscar a proposta mais vantajosa, ou seja, que apresente o melhor
custo x benefício. Além disso, é preciso que o município garanta os benefícios legais concedidos às Micro e
Pequenas Empresas.

Elaborando um bom instrumento convocatório, você consegue alcançar todos esses objetivos!

A convocação da licitação é feita por edital ou carta-convite.

Esses são os instrumentos por meio dos quais a administração leva ao conhecimento público a abertura da
licitação, fixa as condições de sua realização e convoca os interessados a apresentarem suas propostas. 

Edital

Um edital bem formulado deve ser muito claro e específico, principalmente, em relação a:

1. modalidades de licitação.

2. preferências a MEI, ME e EPP.

3. desempate.

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4. regularidade fiscal.

5. abertura da sessão.

6. perda do direito.

7. sanções.

A seguir, você conhecerá melhor esses sete tópicos-chave!

1. Modalidades de licitação: elabore um edital em que fique muito claro qual é a modalidade de licitação
em vigor considerando a Lei 8.666 de 1993 e a Lei 10.520 de 2002.

Para aquisição de bens e serviços, as modalidades possíveis são:

• concorrência.

• tomada de preços.

• convite.

• pregão.

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• concurso.

• leilão

Como visto, tratando-se de bens e serviços em geral, a modalidade pregão tem se mostrado mais vantajosa,
simples e rápida.

2. Benefícios a MEI, ME e EPP: analise a viabilidade de estabelecer no edital um dos dispositivos legais: ex-
clusividade, subcontratação e cota de até 25% exclusivas a Micro e Pequenas Empresas.

Considere que é preciso haver ao menos três fornecedores competitivos enquadrados como ME, EPP ou MEI
sediados no local ou na região.

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3. Desempate: inclua no edital uma cláusula que estabeleça a obrigatoriedade de desempate em benefício
da Micro e Pequena Empresa, caso ocorra empate ficto.

4. Regularidade fiscal tardia: garanta o direito da Micro e Pequena Empresa declarada vencedora da licita-
ção regularizar sua certidão fiscal, caso esteja irregular, em 5 dias úteis, prorrogáveis por mais 5 dias úteis, a
critério da administração pública.

5. Abertura da sessão: abra a sessão no dia, horário e local estabelecidos no instrumento convocatório pela
Comissão de Licitações, no caso de convite, concorrência ou tomada de preços; ou pelo pregoeiro no caso
de pregão.

Na oportunidade, serão recebidos os envelopes de habilitação e proposta comercial das empresas, a iden-
tificação dos representantes legais dos licitantes e a declaração das empresas enquadradas como MEI, ME
e EPP.

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6. Perda do direito: após a classificação das propostas e, ocorrendo o empate ficto, a micro ou pequena
empresa que deixar de exercer o seu direito de cobrir a oferta daquela considerada vencedora, no prazo es-
tipulado, deverá perder o direito de ser contratada pelo município no certame em andamento.

Não havendo outro MEI, ME ou EPP com proposta dentro do intervalo de empate ficto, a média ou grande
empresa mais bem classificada será declarada vencedora.

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7. Sanções: podem ser aplicadas pela administração pública às empresas que porventura:

a) declararem-se falsamente como micro ou pequena empresa;

b) beneficiarem-se do prazo de 5 dias úteis prorrogáveis por mais 5 dias úteis e, ainda assim, não regula-
rizarem a documentação necessária prevista no edital, no caso de Micro e Pequenas Empresas.

Cada edital deve ser único

Então, elabore o edital de acordo com as regras estabelecidas, conforme as características dos bens e
serviços que serão comprados ou contratados.

O artigo 40 da Lei 8.666 de 1993 prevê as condições mínimas a serem descritas nos editais.

Após elaborar o edital, é importante encaminhá-lo ao órgão jurídico do município, para que ele faça uma
revisão e uma análise em relação à legalidade do procedimento.

Edital pronto! É hora de começar a fase externa da licitação. Cada modalidade de licitação segue um processo
específico.

É isso que você vai ver a seguir!

Dica
A existência de um bom canal de comunicação entre os setores que demandam produtos e serviços e o
órgão responsável por elaborar o edital é fundamental para a criação desse documento!
Formule ações para que esse diálogo aconteça.

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Concorrência, convite ou tomada de preços

a) Publicação/divulgação do ato convocatório, edital ou carta-convite.

b) Abertura da sessão pela Comissão de Licitações, no dia, horário e local estabelecidos.

c) Recebimento dos envelopes de habilitação e proposta comercial dos licitantes.

d) Identificação dos representantes das empresas e apresentação do contrato social da empresa.

e) Abertura dos envelopes de habilitação e análise da documentação.

f) Abertura dos envelopes contendo as propostas comerciais, classificação, aplicação do empate ficto, se
houver, e declaração da empresa vencedora.

Pregão presencial

a) Publicação, divulgação e convocação dos licitantes.

b) Abertura da sessão, conforme edital, e recebimento dos envelopes de habilitação da proposta.

c) Identificação dos representantes das empresas e abertura dos envelopes com propostas. Caso existam
Micro e Pequenas Empresas concorrendo, ressaltar esse fato para que todos os participantes estejam
cientes.

d) Análise, julgamento e classificação da proposta de menor preço e daquelas com valores imediatamente
superiores em até 5% (ou 10% nas demais modalidades licitatórias). Inexistindo três propostas classifi-
cadas, serão selecionadas outras quaisquer, até o limite de três, para participar da etapa de lances.

e) Fase de lances, iniciando-se pela licitante que tenha apresentado o maior valor.

f) Verificação de ocorrência de empate ficto e, em caso afirmativo, dar oportunidade para micro ou pe-
quena empresa cobrir a melhor oferta.

g) Análise da documentação da vencedora e, não havendo restrições, declaração da empresa vencedora.

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Pregão eletrônico

O passo a passo do pregão eletrônico é muito semelhante ao do pregão presencial, mas, como ocorre em
ambiente virtual e em tempo real, há algumas especificidades. Alguns procedimentos específicos depen-
dem também do sistema eletrônico adotado pelo município.

Os sistemas disponíveis mais comuns são:

• Comprasnet, do Governo Federal (www.comprasnet.gov.br).

• Licitações-e, do Banco do Brasil (www.licitacoes-e.com.br).

• Bolsa Eletrônica de Compras (BEC) do Estado de São Paulo (www.bec.sp.gov.br).

Existem outros, mas, em todos eles, o licitante participa a distância, pela internet.

A fase de lances costuma ser mais competitiva no pregão eletrônico, por facilitar a participação de um grande
número de empresas que não precisam se deslocar até o município.

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Na maioria dos municípios, ainda predomina o uso do pregão presencial. No entanto, o uso do meio eletrô-
nico é uma forte tendência.

Recursos

Caberão recursos aos atos da administração nos seguintes casos:

• habilitação ou inabilitação do licitante;

• julgamento das propostas;

• anulação ou revogação da licitação;

• indeferimento, alteração ou cancelamento do pedido de inscrição em registro cadastral;

• rescisão do contrato por ato unilateral da administração;

• aplicação das penalidades.

Após a análise de recursos e das contrarrazões, a autoridade competente homologará o resultado da licitação.

Conheça a seguir outra medida adotada por um município paulista, com cerca de 85 mil habitantes.

50
Município empreendedor

A cidade é um dos principais polos da indústria moveleira no estado de São Paulo.

Com o intuito de incentivar a formalização dos empreendedores, a administração investiu na informatiza-


ção dos processos da prefeitura.

Isso favoreceu a desburocratização dos processos de abertura e encerramento de empresas e aprimorou


a disseminação e a divulgação dos editais de compras públicas.

Com as duas medidas, os empresários municipais passaram a se envolver mais nas compras públicas, o
que incentivou ainda mais a formalização dos pequenos negócios.

Vamos ajudar Roberto com a modalidade de contratação para aquisições do município?

Atividade 5.1

Roberto percebeu que a cidade dele está crescendo bastante graças às políticas públicas que ele vem imple-
mentando nos últimos tempos.

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O prefeito tem investido na capacitação dos empresários locais e também regulamentou a Lei Geral no mu-
nicípio, para favorecer ainda mais os empreendimentos de pequeno porte.

Agora, Roberto precisa encontrar logo um novo fornecedor de uniformes e materiais escolares para os
alunos das escolas municipais e, sabendo que as aquisições públicas dessa natureza dependem de processos
licitatórios, está procurando conhecer mais sobre esse assunto.

De acordo com os conteúdos que viu neste capítulo, as afirmações a seguir podem ser consideradas
verdadeiras ou falsas?

( ) O pregão é a modalidade licitatória que mais atenderia às necessidades de Roberto, pois destina-se à
compra de bens e serviços comuns e garante maior rapidez na aquisição.

( ) Pelo fato deste tipo de aquisição ser de valor superior a R$ 80 mil, Roberto não poderá conceder trata-
mento diferenciado às Micro e Pequenas Empresas.

( ) Caso uma empresa seja declarada vencedora mas esteja com irregularidade em sua documentação, ela
poderá contar com o benefício da “regularidade fiscal tardia”, independentemente de seu porte.

RESPOSTA:

(V) O pregão é a modalidade licitatória que mais atenderia às necessidades de Roberto, pois destina-se à
compra de bens e serviços comuns e garante maior rapidez na aquisição.

(F) Pelo fato deste tipo de aquisição ser de valor superior a R$ 80 mil, Roberto não poderá conceder trata-
mento diferenciado às Micro e Pequenas Empresas.

(F) Caso uma empresa seja declarada vencedora, mas esteja com irregularidade em sua documentação, ela
poderá contar com o benefício da “regularidade fiscal tardia”, independentemente de seu porte.

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Com tudo que aprendeu aqui, o que acha de começar a incentivar as Micro e Pequenas Empresas da sua
cidade a participar das compras governamentais?

É uma grande oportunidade de negócio, tanto para sua cidade quanto para os empreendedores locais.

Acompanhando as decisões de Roberto, você viu os benefícios e as vantagens da formalização e da capacita-


ção dos empresários para que possam participar das compras públicas, gerando renda e emprego e, assim,
desenvolvendo a economia do seu município.

Agora é com você! Verifique algumas conclusões no próximo capítulo.

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Criando oportunidades

Ao longo deste e-book, você viu:

• que Micro e Pequenas Empresas também podem atuar como fornecedoras para a administração pública;

• seu papel na criação de uma cultura empreendedora no seu município, oferecendo mais chances para os
pequenos negócios;

• formas de planejar licitações que deem benefícios às Micro e Pequenas Empresas e criem condições para
que elas sejam fornecedoras para o município.

Adotando políticas públicas específicas para as compras públicas municipais, você cria condições para que
o dinheiro permaneça no seu município. Isso não só contribui para o desenvolvimento de sua cidade, como
estimula a geração de emprego e renda e o giro da economia local.

Aproveite todo o conhecimento obtido e não deixe de praticá-lo em seu município! Você e ele só têm a ganhar!

Dica

O Sebrae ainda oferece o curso Políticas Públicas de Incentivo aos Pequenos Negócios nessa mesma mo-
dalidade. Inscreva-se para realizá-lo. Não perca tempo!

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Glossário

Melhor técnica: conforme dispõe o artigo 46 da Lei 8.666/93, esse tipo de licitação será utilizado exclusi-
vamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de estudos
técnicos preliminares, projetos básicos e executivos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento, e de
engenharia consultiva em geral.

Técnica e preço: tipo de licitação cujo critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administração
tem por base a maior média ponderada, considerando-se as notas obtidas nas propostas de preço e técnica.
Nos termos do § 4º do artigo 46 da Lei 8.666/93, esse tipo de licitação é obrigatório na contratação de bens
e serviços de informática, nas modalidades concorrência e tomada de preços.

55
Leis e normas

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-


vil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm.

Decreto 56.475, de 5 de outubro de 2015 – Disciplina o tratamento diferenciado e favorecido a ser dis-
pensado às Microempresas – ME – e às Empresas de Pequeno Porte – EPPs –, no âmbito da Administração
Direta e Indireta do Município de São Paulo, para os fins de contratações públicas de bens, serviços e obras.
Disponível em: http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.as-
p?alt=06102015D%20564750000.

Decreto 7.746, de 5 de junho de 2012 – Estabelece critérios para a promoção do desenvolvimento nacional
sustentável nas contratações realizadas pela Administração Pública Federal. Disponível em: http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/decreto/d7746.htm.

Decreto 8.538, de 6 de outubro de 2015 – Regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplifi-


cado para as Microempresas, Empresas de Pequeno Porte, agricultores familiares, produtores rurais pessoa
física, Microempreendedores Individuais e sociedades cooperativas de consumo nas contratações públicas
de bens, serviços e obras no âmbito da administração pública federal. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/decreto/d8538.htm.

Decreto Estadual 52.228, de 5 de outubro de 2007 – Introduz, no âmbito da administração direta, autár-
quica e fundacional [do estado de São Paulo], tratamento diferenciado e favorecido ao Microempreendedor
Individual, à Microempresa e à Empresa de Pequeno Porte. Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/reposi-
torio/legislacao/decreto/2007/decreto-52228-05.10.2007.html.

Decreto Estadual 54.229, de 13 de abril de 2009 – Regulamenta a Lei 13.122, de 2008, que dispõe sobre o
tratamento simplificado e diferenciado às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, nas contratações
realizadas no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta [do estado de São Paulo]. Disponível em:
http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2009/decreto-54229-13.04.2009.html.

Instrução Normativa 1, de 19 de janeiro de 2010 – Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental


na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal. Disponível em:
http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/legislacaoDetalhe.asp?ctdCod=295.

56
Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 – Institui normas para Licitações e Contratos da Administração Pública.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm.

Lei 10.520, de 17 de julho de 2002 – Institui a modalidade de licitação denominada Pregão. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10520.htm.

Lei 11.326, de 24 de julho de 2006 – Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da
Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11326.htm.

Lei 11.598, de 3 de dezembro de 2007 – Estabelece diretrizes e procedimentos para a simplificação e inte-
gração do processo de registro e legalização de empresários e de pessoas jurídicas, cria a Rede Nacional para
a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – Redesim. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11598.htm.

Lei 11.947, de 16 de junho de 2009 – Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa
Dinheiro Direto na Escola. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/
l11947.htm.

Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006 – Dispõe sobre o Estatuto Nacional da Microempresa
e da Empresa de Pequeno Porte. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm.

Lei Complementar 128, de 19 de dezembro de 2008 – Altera a Lei Complementar 123, de 14 de dezembro
de 2006, altera as Leis 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 – Código Civil, 8.029, de 12 de abril de 1990, e dá outras providências. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp128.htm.

Lei Complementar 147, de 7 de agosto de 2014 – Dispõe sobre alterações na Lei Complementar 123. Dispo-
nível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp147.htm.

Lei Estadual 13.122, de 7 de julho de 2008 – Dispõe sobre o tratamento simplificado e diferenciado às
Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, nas contratações realizadas no âmbito da Administração
Pública Direta e Indireta [do estado de São Paulo]. Disponível em: http://www.pregao.sp.gov.br/legislacao/
leis/lei13122.html.

57
Resolução 26, de 17 de junho de 2013 – Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos
da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. Disponível em: http://
www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/958.pdf.

Resolução CGSIM 16, de 17 de dezembro de 2009 – Dispõe sobre o procedimento especial para o regis-
tro e legalização do Microempreendedor Individual. Disponível em: http://www.portaldoempreendedor.gov.
br/legislacao/resolucoes/arquivos/Resolucao%20n_%2016-%20de%2017.12.2009%20alterada%20pela%20
17%20e%2026.pdf.

Resolução CGSIM 22, de 22 de junho de 2010 – Trata sobre a classificação de risco da atividade para a
concessão do Alvará de Funcionamento, no âmbito da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da
Legalização de Empresas e Negócios – Redesim. Disponível em: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
legislacao/resolucoes/arquivos/Resolucao%20n_%2022%20-%20digitalizada.pdf.

Resolução CGSIM 25, de 18 de outubro de 2011 – Dispõe sobre parâmetros e padrões para desenvolvimen-
to do modelo de integração da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas
e Negócios – Redesim. Disponível em: http://smpe.gov.br/documentos/resolucao-no-25-alterada-pela-reso-
lucao-no-31.pdf.

Resolução CGSIM 94, de 29 de novembro de 2011 – Dispõe sobre o Simples Nacional e dá outras provi-
dências. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&i-
dAto=36833.

Resolução RDC 49, de 31 de outubro de 2013 – Dispõe sobre a regularização para o exercício de atividade
de interesse sanitário do Microempreendedor Individual, do empreendimento familiar rural e do empreen-
dimento econômico solidário e dá outras providências. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/sau-
delegis/anvisa/2013/rdc0049_31_10_2013.html.

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2016© Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo – SEBRAE-SP

Conselho Deliberativo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Equipe Técnica


Presidente ParqTec – Fundação Parque Alta Alexandre Moreira Santos
Paulo Skaf (FIESP) Tecnologia de São Carlos Claudia Aparecida Gonçalves Brum
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Karoline Martins Amaral
ACSP– Associação Comercial de São Paulo Micro e Pequenas Empresas Unidade Políticas Públicas
ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa, SDECTI – Secretaria de Desenvolvimento Gerente:
Desenvolvimento e Engenharia das Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Nelson Hervey Costa
Empresas Inovadoras do Estado de São Paulo Autores
BB – Superintendência Estadual do Banco
SINDIBANCOS – Sindicato dos Bancos do Versão original
do Brasil
Estado de São Paulo José Roberto Rodriguez Silva
CEF – Superintendência Estadual da Caixa
Diretor – Superintendente Júlio César Durante
Econômica Federal
DESENVOLVE-SP – Agência de Bruno Caetano Paulo Melchor
Desenvolvimento Paulista Diretor Técnico Sergio Ricardo Cerrada
FAESP – Federação da Agricultura do Ivan Hussni Versão atualizada
Estado de São Paulo Diretor Administrativo e Financeiro Daniel Glaessel Ramalho
FECOMERCIO – Federação do Comercio Pedro Rubez Jehá Gabriela Juarez Concito
do Estado de São Paulo Unidade Atendimento Remoto Lilian Ribeiro de Lima
FIESP – Federação das Indústrias do Gerente: Lizzie A. M. Trevilatto
Estado de São Paulo Ivan Teodoro Roberto Serafim de Souza

Produção Técnica e Operacional – Fundação Carlos Alberto Vanzolini

Presidente da Diretoria Executiva Designer Instrucional Master Consultora de Comunicação


João Amato Neto Heloisa Collins Sonia Scapucin
Diretor Administrativo e Financeiro Designer Instrucional Diretora de Vídeo
Luís Fernando Pinto de Abreu David Melo da Luz e Natália de Mesquita Ane do Valle
Diretor de Operações Matheus Roteirista
Roberto Marx Consultora Pedagógica Patricia Roman
Diretor da Área de Gestão de Mainã Greeb Vicente Repórter
Viviane Thomaz
Tecnologias em Educação Revisão de Texto
Narradora
Guilherme Ary Plonski Priscila Risso e Tatiana F. Souza
Michele Dufour
Coordenadoras Executivas Iconografia
Diretor de Arte
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Priscila Garofalo e Rita de Lucca
Michelangelo Russo
Gerente da Unidade de Gestão de Consultora de Acessibilidade Designer Gráfico
Projetos Karina Zonzini Eduardo de Camargo Neto
Luis Marcio Barbosa Consultor de Tecnologia Diagramação
Gestoras do Projeto Wilder Oliveira Jairo Souza Design Gráfico
Sônia Akimoto e Denise Blanes Web Designer Imagens
Assistentes de Gestão Bruno Gomes de Souza, Edson Ramos e Cedidas pelo Sebrae-SP, pela GTE/FCAV ou
Valéria Aranha e Vanessa Leite Rios Fernando Oliveira Martins usadas sob licença da Shutterstock.com

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