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Conforme citado por Sobul o Terceiro Estado era composto por uma grande
parte da sociedade em questão, como a burguesia que com ênfase diz-se não
homogênea, como tinham alguns tanto atrelados ao governo quanto ao antigo regime
senhorial, e o campesinato também fazia parte desta categoria, totalizando assim cerca
de 96% da população, cujo tinham a obrigação dos impostos. Tal Terceiro Estado foi o
propulsor da Revolução como aponta o autor, já que a insatisfação contra a aristocracia
acarretou com que a burguesia junto com a classe trabalhadora camponesa formassem
uma forte oposição à monarquia, decorrente de crises econômicas, mas ressaltando
que não tinham ligação “ideologia” entre as duas classes, já que os interesses da
burguesia se distinguem do resto.
Para o autor, o princípio da Revolução foi justificado com uma crise econômica,
houve uma grande alta nos preções dos produtos diários em específicos os alimentos,
sendo os pobres mais duramente atingidos, sobrecarregando-os. A partir de 1778 a
crise ganha força e em 1887 foi quando culminou a profunda recessão, forçando como
dito antes as classes populares a aderirem ao movimento revolucionário, e o que
impulsionou isto também foi o grande fluxo de camponeses para os centros urbanos,
tendo um crescimento demográfico.
O autor ressalta também que a crise em questão teve vários aspectos que
fizeram agravar mais ainda, como a produção de vinho foi prejudicada pela alta dos
preços, as ultimas colheitas pré-revolução foram menores, aumento do desemprego e
uma queda dos salários, a baixa produção industrial, outro ponto importante para a
justificação da crise foi que a França pelo Necker investiu recursos na América que
tentava sua independência da Inglaterra em específico, cujo teve êxito, e que por sua
vez para a mesma perdeu a guerra dos sete anos, com grandes despesas, a crise foi
eminente.
Em sequência ao texto, o autor coloca que com esta crise o Terceiro Estado era
altamente prejudicado já que os clero que compunha o Primeiro estado, no Segundo
Estado era composto pelo rei, os nobres aristocratas e seus não pagavam impostos, e
por pressão e necessidade o rei reuniu a Assembleia dos Notáveis em 22 de Fevereiro
de 1787, que visava cobrar mais impostos incluindo os outros Estados que até então
eram isentos, porém, sem êxito.
Para o autor as tropas do exército batem em retirada de Paris, o que define como
“abandoná-la”, a burguesia então reúne e financia uma milícia, causando muito medo
na população, tal medo que é citado muitas vezes pelos conflitos e a incerteza do que
iria acontecer.
Com as armas nas mãos só faltava a pólvora, e afirma Sobul que em 14 de julho
foi quando decidiram tomar a Bastilha, que era como um forte que a guardava.
Segundo o autor a população estava fazendo justiça, como enforcamentos em
praça públicas, que foi parte do chamado Grande Medo que levou a vontade punitiva
dos membros dos dois primeiros estados em questão, gerando posteriormente até um
Comité de Segurança Geral, para conter a oposição interna ao governo. Com a
repressão legalizada, aumentava o numero de massacres pela cidade de Paris, como
explica Sobul: “O medo, com seu cortejo de violências, não desapareceu senão quando
o complô aristocrático e a contra-revolução foram enfim liquidados.”. Foi o suficiente
para encerrar o Antigo Regime que era sustentado e administrado pelos nobres
aristocráticos, sem eles acabam assim o feudalismo na França.
Para Sobul a chamada milícia que a burguesia criou e financiou passou a ser
chamada de guarda, a partir de reuniões na Assembleia, e posteriormente recebeu
Nacional passando a ter um papel mais amplo agora que foi legalizada. As cores da
bandeira desta guarda foi adotado para ser a nacional.