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O Livreto das Intenções

Laitman
Kabbalah
Publishers

Dr. Michael Laitman, PhD


O Livreto das Intenções
Copyright © 2015 by Michael Laitman

Todos os direitos reservados


Publicado por Laitman Kabbalah Publishers
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1057 Steeles Avenue West, Suite 532, Toronto, ON, M2R 3X1, Canada

Nenhuma parte desta obra pode ser usada ou reproduzida por qualquer meio sem a
permissão por escrito do editor, exceto no caso de breve referência, crítica literária ou
citação.

Tradução para o Português: Andie Sheppard


Pós Produção: Uri Laitman
Primeira Edição: Fevereiro de 2015
Índice

Introdução ................................................................................................ 6
Sobre a Intenção ....................................................................................... 7
A Intenção ................................................................................................ 8
Intenção Durante o Estudo ..................................................................... 13
Estudar .................................................................................................. 21
Intenção Durante uma Refeição Festiva ................................................... 52
A Intenção do Grupo ............................................................................... 54
Foco Interno ........................................................................................... 81
Introdução

1. A intenção deve preceder a ação, assim como o Rosh do


Partzuf deve preceder a ação - então ele é chamado de “O fim da
ação”. Para que a ação seja realmente implementada, no Guf
(corpo) a ação tem que ser “com uma intenção que a preceda”. O
que significa que tem que existir uma intenção primeiro.

2. “O fim de qualquer ação está em seu pensamento inicial”, o


que significa que se a ação está correta, ou seja, uma pessoa
prepara-se para ela com a intenção correta, então,
consequentemente, o que a pessoa planeja em sua intenção é
revelado no final da ação.

3. O medo de uma intenção errada só é possível no contexto


da sociedade, pois se é importante para a sociedade, será
importante para todos os membros da sociedade também.

4. Se você desejar atingir a adesão com Criador, através da


intenção - você executará a ação e alcançará a adesão. Embora a
adesão seja feita no desejo, o ato da adesão é feito na intenção.

5. Quando se formula uma intenção durante o estudo, esta


formulação é uma ação. Já que a intenção de doar vem de Cima,
o objetivo do estudo é o desejo que, a partir do estudo, a pessoa
possa ter a intenção de doar para o Criador. Em sua realidade
como um todo, apenas a intenção está ausente. O vaso não tem a
intenção, ou seja, o poder que foi perdido durante a quebra dos
vasos.
6. Baal HaSulam nos diz simplesmente: sempre tente ver esses
três fatores, você mesmo, a sociedade e o Criador, todos
conectados como um só. Todos devem objetivar esse estado.

7. Cada ação do grupo durante o estudo, durante o


esclarecimento de alguma questão, a pessoa tem que ter muito
cuidado, é preciso perguntar por que isto ou aquilo está sendo
feito. Se essa ação for para atingir seu objetivo, ela deve ser
consagrada “com o objetivo de unificar o Criador e a Shechiná”.
Os sábios determinaram isto dizendo, mas não é um provérbio.
Isso significa ter consigo mesmo o objetivo, para que ações como
estudar ou atuar em um grupo, não importa o que, resultarão
em mais um passo rumo ao objetivo. (Lição do dia 25 de Fevereiro, 05:
Degraus da Escada, primeira parte, o artigo 210, "sobre o Objeto do Estudo da
Sabedoria da Cabala")

Sobre a Intenção

8. A intenção não é uma questão pessoal. Está escrito: “Como


um homem em um só coração.” A unificação é o vaso, você deve
se conectar com outras pessoas. Através disso, você encontrará o
seu vaso corrigido; você descobrirá que o Criador não se
relaciona com você como um indivíduo, mas na medida em que
você faz de você mesmo o vaso adequado, através de todos os
outros vasos.

Portanto, não pode haver intenção se você se dirigir ao Criador


enquanto se desconecta dos outros. Você não tem nada para
iniciar o trabalho com o Criador, uma vez que só é possível se
dirigir ao Criador com o pedido: “Ajude-me a manter a conexão
com os outros, pois através da conexão com eles, eu adquiro um
vaso para a Sua inspiração, para me tornar semelhante a Você”.

O que o Criador fez? Qual a condição que Ele deixou para a


recepção da Torá? Conexão, “Como uma pessoa com um
coração.” O Criador não disse à nação para pensar Nele, ou ir à
Ele, mas Ele disse: “Aqui estamos eu e você. Se você deseja que
nós tenhamos contato, conectem-se entre si. Se vocês não se
conectarem - então eu estou aqui, você está aí, e entre nós há
uma distância. - uma divisão”. Se assim é, então como você quer
se dirigir a Ele? O Criador já definiu a condição, e não somos
capazes de corrigi-la com nossos próprios poderes, precisamos
nos voltar à Ele e pedir-Lhe poder para nos corrigir, e a este
apelo Ele responde.

A Intenção

9. Significa que a sua ação terá como objetivo o Criador, à


Sua semelhança, à Sua plenitude, para executar a Sua vontade.
A intenção só sai do seu próprio esforço interior. Você pede a ele:
“dê-me a intenção, corrige a minha intenção”, e a Luz vem e faz.
Mas essa é a única coisa que você precisa pedir. Seu desejo
continua sendo o mesmo desejo, o Criador permanece o mesmo
Criador, e você precisa da intenção - que é o que nos conecta.
Em que medida nos conecta? Existe na medida em que você se
conecta com o sistema, com o resto das almas.

10. Se uma pessoa não tem a intenção, então a pessoa não


existe. Ela é como um parafuso que está sendo girado, e vive
como um animal. Nós chamamos a pessoa de uma “besta”
porque ela não está usando o seu livre-arbítrio, livre escolha.
Essa pessoa está no nível de uma besta. A expressão “besta” não
se destina a degradar, é simplesmente a determinação de um
nível, nada mais. Qualquer pessoa que só faz o que ela deseja - é
chamada de besta, um animal vive dessa maneira. A diferença
entre um animal e uma pessoa é que uma pessoa não realiza
ações ditadas a ela pelos comandos despertados pelo desejo de
receber que estão surgindo constantemente nela. Ao invés disso,
coloca diante de si a meta, e começa a conduzir-se de acordo com
ela. Essa é a forma do homem - dirigir-se para o objetivo.
"Kavaná" (intenção) vem de Kivun (direção), conduzir, uma
intenção. O grau de superioridade do homem sobre o animal
dentro de cada um de nós é medido pela amplitude de sua
intenção, na medida em que seus pensamentos e ações são
dirigidas por uma intenção. “Intencional”, significa que, depois
de criticar, reconhecendo o mal, depois de estabilizar-se em
direção à meta - só então se toma a decisão de executar a ação.

11. Intenção na hora do estudo foi o tema principal do


Congresso da Primavera(2005). Intenção, na hora do estudo é o
único meio para o avanço espiritual. Baal HaSulam também diz
que os esforços qualitativos no momento do estudo são o único
meio para a ascensão espiritual.

O que precisamos para alcançar a intenção certa? Tem que ser a


intenção do grupo ou do indivíduo? Por que a intenção deve
existir durante o estudo, especificamente? O que temos que
estudar, quais as fontes, etc.? Qual deve ser o tempo de estudo?
O que o grupo deve ser, o que deve ser o professor?

Em última análise, tudo tem que ser construído em torno de


uma questão: o que meu coração está pedindo? Se ele não pedir
essa intenção, isso significa que eu tenho que implorar para que
ela surja em mim. Esta é a oração antes da oração. Intenção
durante o dia - significa que a pessoa vem para o estudo como se
fosse um “processo de cura”. Então, a pessoa realmente “gritaria”
e adquiriria a intenção certa, e fazendo assim, atraindo a Luz que
cura e corrige sobre si mesmo. É preciso construir a sua relação
com os amigos, pensar sobre eles e o Propósito da Criação de
acordo com isto ...Isto Significa que temos trabalho a fazer.
Porém, a intenção de corrigir a si mesmo tem que estar presente
especificamente na hora do estudo.
... O mais importante é atrair a Ohr Makif. Partimos do ponto
final e vemos como se desdobra em nossa realidade. Então, de
acordo com isso, torna-se claro o que a realidade deve ser. Aqui é
onde o estudo, a construção do grupo, e a circulação fazem
sentido. Tudo isso é originado especificamente da intenção.

A intenção coloca essa estrutura toda em movimento. A intenção


geral forçou nosso mundo a emergir na forma em que existe
agora, com todos os obstáculos, para que pudéssemos criar a
intenção em cima deles. Tudo que é criado em nosso mundo -
nossas propriedades internas, tudo à nossa volta - existe para
que? Tudo isso existe para que, a cada momento, possamos ter
as melhores condições para criar a intenção certa. Se tiramos
proveito disso ou não, não importa. A todo momento, o mundo
está pronto para nos afetar de fora e de dentro, de forma que, se
tomarmos conhecimento da intenção correta, podemos avançar
mais rapidamente. A cada segundo, a cada um é dada uma
oportunidade de Cima. Esta oportunidade é uma chance para
criar a intenção certa. (Palestra sobre a preparação para Congresso da
Primavera, 17 de fevereiro de 2005)

12. Quando elevamos o poder da doação para que ele possa


nos governar (nossas ações e intenções), o poder da doação
começa a agir dentro de nós e gera o terceiro poder, chamado de
“intenção”. O Doador, ou seja, a natureza do Criador, existe em
nós, no entanto, não a sentimos como natureza. O receptor
rejeita o Doador. O receptor e o Doador são naturalmente
opostos um ao outro. Se procuramos um conhecimento superior,
porque queremos que o doador se vista em nós e se torne nossa
natureza, então como resultado desta prece, nós recebemos a
intenção. O Doador carrega a intenção. Depois que a intenção
surge em nós, ela se torna um vaso. Nós não precisamos de nada
além isso, já que a Luz Superior encontra-se absolutamente sem
limites e em infinito repouso.

Precisamos apenas uma coisa: adquirir a intenção. Todo o resto,


todos os cálculos e o trabalho que é feito mais tarde, de acordo
com a intenção, não representa um grande problema. Ela não
envolve qualquer análise especial ou inovação. O trabalho é
realizado naturalmente. Somente o nosso pedido pela intenção
está acima da nossa natureza. (Lição de 03 de janeiro de 2005)

13. O principal fator de nosso trabalho é a intenção. Nada


mais existe em nosso mundo, a não ser a intenção.
O Infinito desceu a este mundo dando “desejo”, e existe dentro
dele, a oportunidade de ser livre ou viver em estado de ocultação,
ou seja, estar no estado de "ocultação” – em relação ao Criador, e
“revelação” - a nós e nossos filhos ".

Até que nós adquiramos a intenção, as etapas para adquirir a


intenção certa são chamadas de “ação”. Se uma pessoa
simplesmente come, bebe, vive e se move sem nenhum motivo
específico, ele ou ela está, ou no nível do inanimado ou animado
da natureza. Em contraste, a ação e a intenção pertencem ao
nível dos falantes da natureza, onde a ação se destina a gerar a
intenção certa.
A verdade é que as ações vêm de cima. A Luz constrói o Kli e o
molda. O desejo é criado pela Luz e sempre será transformado
por ela apenas. No entanto, o homem é capaz de ações especiais,
prontas para serem aplicadas e utilizadas por ele. Especialmente
porque o desejo pela Luz desceu para o nível do nosso mundo e
existe no estado de ocultação, nós, com a ajuda de determinadas
ações, podemos atrair sobre nós a Luz especial, que pode formar
nossa intenção. Ao fazer isso, de Lo Lishmá (“para meu próprio
benefício”) alcançamos Lishmá (para o benefício do Criador).

Todo o nosso trabalho, nossa vida, e nosso foco de atenção tem


que estar direcionados apenas para adquirir a intenção. Em tudo
somos fantoches manipulados por uma corda. Não podemos
influenciar qualquer outra coisa - apenas as ações que atraem a
Luz Superior para nós, ou seja, ações com as quais obtemos
ajuda para construir a intenção.

O que significa “construir a intenção”, o que isto quer dizer?


Como é possível formar a intenção? Muito simples: se nós
revelarmos um pouco do Anfitrião, a intenção é formada em nós.
Isto é suficiente. O Criador revela-se um pouco, e começamos a
sentir quem somos e o que somos. Então, nós desenvolvemos
uma relação recíproca, uma resposta ao Criador.

Entretanto, como o Criador pode se revelar? Se Ele se revelar,


seremos obrigados a estabelecer a intenção, e não exercer o
nosso livre-arbítrio. A única livre escolha é a escolha da intenção.
No restante, continuamos nos níveis inanimado, vegetativo, e
animal da natureza. É por isso que é necessário aplicar uma
certa quantidade de esforço realizado especificamente no estado
de ocultação. Queremos tratar o Criador “com respeito” - sem
qualquer conexão com o que recebemos Dele. Isso é tudo.

Quando nós nos separamos da abundância e queremos apenas


estabelecer uma atitude correta para com “Aquele que Dá a
Abundância”, mesmo que Ele não de nada - isso é chamado de
correção de Biná, Chassadim. Ao fazer um esforço suficiente para
desenvolver um desejo para isso, como se realmente quiséssemos
(o nível do desejo que se revela em nós, depende do grau de
ocultação), manifestamos a nossa disponibilidade para que isso
aconteça.

14. Na ciência da Cabala o pensamento é a intenção. Na vida


comum, o pensamento pertence às considerações feitas pelo
desejo de receber para poder receber. Um pensamento é o que
você quer fazer com seu desejo. A ativação do desejo de acordo
com um plano egoísta ou altruísta, não importa qual, é chamado
pensamento. Um pensamento que é esclarecido com respeito a
sua origem, ou seja, para quem se destina - você ou o Criador, é
chamado de intenção. A intenção que estamos estudando não
pode ser como qualquer outra intenção do nosso mundo.
Intenção é um pensamento analisado no trabalho espiritual.

Espero que isso seja esclarecido para nós, antes e durante o


Congresso da Primavera em Sitrin, para que finalmente
comecemos a fazer a diferenciação entre todos os atributos da
nossa vida e os atributos da intenção.

A parte mais difícil é manter a intenção. Isto requer mais esforço.


Ela está escondida e não é sentida, não se expressa de nenhuma
maneira e grandes esforços são necessários para se manter preso
a ela. É sempre necessário verificar e descobrir se ela ainda está
lá. O reconhecimento do mal relaciona-se em focarmos em nossa
intenção, expressa em “fugir do mal e fazer o bem” (Salmos
34:15) - tudo está relacionado à intenção.

Nós temos que constantemente despertar a importância da


intenção sobre todas as outras atividades e processos internos.
Temos que identificar e conectar-nos à intenção, não importa a
ação, ou qualquer outra coisa. Isso mostra que uma pessoa está
no mundo espiritual em seu trabalho, e está no caminho.

Uma vez que essas questões estão ocultas, você pode contar
piadas ou executar todos os tipos de ações estranhas, e ninguém
vai saber o que realmente está acontecendo dentro de você. Pelo
contrário, este é um remédio maravilhoso: quanto mais distante
estiver da ação externa e fala, melhor você será capaz de manter
a intenção, fique mais atento a ela e, assim, receber uma carga
de alta voltagem. Um remédio maravilhoso, um método de
autopreservação, bem como outros benefícios estão escondidos
aqui. Mas este é um trabalho árduo. (Lição de 25 de fevereiro de 2005,
Degraus da Escada, Parte 1, Artigo 503)
Intenção Durante o Estudo

15. Enfim, a preparação para a aula tem que ser como se


segue. Embora você tenha vindo para ouvir seu Rav, você não
tem escolha: você veio para ouvir de alguém Superior. Aqui você
encontra o Criador, através do livro, através do grupo, através da
assistência e orientação de um instrutor, através de tudo. Você
tem que entender que tudo isso é assustador e difícil, como se o
mundo estivesse prestes a ruir. É difícil vir para o estudo
preparado com essa mentalidade, todas as manhãs. Mas quanto
mais tentamos, por conseguinte, mais a Luz Superior atua sobre
nós e nos transforma. (Refeição do Novo Mês, 12 de dezembro de 2004)

16. Devo vir para a aula, como se fosse um procedimento


médico de vida e morte - como uma pessoa com doença renal que
necessita de diálise, como um diabético perdendo a consciência
sem uma injeção de insulina, como alguém que sofre de
deficiência de oxigênio ... Em suma, imagine qualquer
necessidade de seu corpo que seja vital para sua existência.
Este é como o meu sentimento interno tem que ser antes de vir
para a aula da manhã. Então não importa o quanto eu estudo,
quando eu estudo. Eu posso nem mesmo ouvir a aula, eu quase
não ouço, porque eu estou constantemente preocupado com uma
única pergunta: posso me beneficiar da lição, ela está
preenchendo a minha necessidade premente ou não, e eu estou
ficando melhor graças a isso? Isto acontece quando a eficácia da
lição é maximizada.

Nós podemos trabalhar sobre este desejo apenas indiretamente,


porque nós não podemos mudar nossos desejos, o homem não é
dono do seu próprio coração. Como Baal HaSulam escreve,
podemos perceber a nossa liberdade de escolha somente através
do ambiente. O ambiente é os livros e o grupo, e só com sua
ajuda eu posso fazer meu coração sentir a necessidade para a
qual, os livros e o grupo estão me levando.
Como resultado temos que durante as 21 horas além das três
horas da lição da manhã, eu tenho que estar preocupado com a
questão "Eu percebo que estou em estado terminal?" Em outras
palavras, eu começo a partir do final: se eu não tenho esse tipo
de demanda durante a aula da manhã, então ela é considerada o
estudo da Torá. Está escrito: “Eu criei a má inclinação e criei a
Torá como um tempero, onde a Luz que há nela, corrige”. É por
isso que nosso trabalho todo tem que ser focado apenas na
necessidade com a qual vimos à lição da manhã. Nada depende
de mim, exceto a cultivar a necessidade.

A pessoa tem que vir aqui com a determinação de uma pessoa


doente com uma última esperança que vem aqui com absoluta
confiança. Ela foi informada que seus dias estão contados, e hoje
ela ouve no rádio que, aqui, há uma cura para sua doença. Dá
para acreditar? É assim que temos de nos relacionar com os
meios que temos à nossa disposição. Fora isso, nada importa.

Rabash costumava dizer o tempo todo: “Onde é que a farmácia


onde eu posso comprar uma necessidade de um medicamento
antes de eu comprar o medicamento em si”? Na farmácia eles
não a vendem uma necessidade, apenas o medicamento. Sim,
temos a fonte da Luz que Corrige, mas ela opera em nós de
acordo com nosso desejo. Eu não posso simplesmente me
sentar na frente de um livro! Claro, eu não estou corrigido; Nasci
como um “jumento selvagem”, com “inclinação para o mal”, etc.
Mas eu não tenho nenhuma inclinação para o mal dentro de
mim, eu não sou “jumento selvagem” se eu não perceber que eu
sou! Se eu não determino qual é a minha doença, qual será o
diagnóstico? O diagnóstico tem que corresponder exatamente
com o que está sendo tratado com este medicamento, ou seja, a
Torá.

É por isso que nosso trabalho todo é só para preparar a


necessidade de correção. Isto é o que dizemos: a Luz é perfeita,
está em descanso eterno, e os Kelim em seu desejo de mudar
invocam a sua influência sobre eles. É isso.

Então, o que vamos fazer durante estas 21 horas além das três
horas da aula de manhã? Durante este tempo, temos que
trabalhar em dois fatores opostos. Em primeiro lugar, vamos nos
concentrar sobre a grandeza do Criador, a grandeza do objetivo,
a eficácia da Luz da Correção. A espiritualidade tem que ser
muito importante para mim em todas as suas manifestações, não
apenas importante, em algum sentido abstrato, ao contrário, já
que que está direcionada a mim. Eu preciso ter certeza de que
há uma cura para mim. E por outro lado, eu trabalho com a
minha situação: como doente terminal que sou, como eu sofro
por causa do meu ego, etc.

Nós não podemos dizer a nós mesmos essas coisas e ser


inspirados por elas. Nós podemos ser inspirados, pelos livros, e
de longe o mais poderoso, o grupo. Ambos os livros e grupo são,
em essência, o único meio pelo qual uma pessoa pode ter
impacto na sua própria vontade, para evocar a Luz da correção
da Torá. Em outras palavras, este é o único meio pelo qual uma
pessoa é capaz de acelerar o seu desenvolvimento do estado “no
meu tempo” (Be itá) para “vou acelerá-lo” (Achishena). (Isaías
60:22). Está é a única escolha que o homem pode fazer.

Por esta razão, uma pessoa aparecer com uma programação


diária: ouvir um pouco, ler um pouco, passar tempo com amigos.
Durante todo o tempo, além das três horas de estudo, uma
pessoa tem que encontrar-se dentro de um sistema de
preparação pessoal. Isto não é apenas tempo livre! Vocês não
podem apenas ficar juntos apenas durante o tempo de estudo.
Você precisa ter certeza que você se prepara para uma lição. É
por isso que você precisa ter encontros, Refeição em comum,
comunicar, fazer alguma coisa juntos ... Não importa o quê. Todo
mundo precisa trazer a sua própria dica para o Kli comum, para
o grupo, que, na opinião dele, tem o melhor efeito sobre ele.

É assim que vamos encontrar um caminho. Mesmo se não o


fizermos, isso não importa. Nós estaremos engajados na coisa
mais importante: a busca da necessidade pelo Criador. E o
resultado é que de repente sentimos esse desejo, graças ao que
nós não sabemos: nós podemos senti-lo em absolutamente
qualquer lugar e hora. A Luz afeta os Kelim e os “chacoalha”.
Enquanto isso, o que temos que manter o foco, é isto: Temos que
determinar quais ações podem ser as mais eficazes para nós
durante o dia assim que chegamos atentos para a aula,
esperando impacientemente para o tratamento - a correção.

A coisa mais importante é a hora antes de dormir. Meia hora ou


quinze minutos, não importa quanto tempo, por cinco minutos,
pelo menos, antes de dormir, eu não posso lhe dizer quanto
tempo deve ser. Às vezes duas sentenças ou duas palavras são
suficientes. É com o que se adormece, e se passa a noite inteira e
se esperta com elas de manhã. Às vezes se lê por 20 minutos ou
se escuta uma música. Não importa exatamente o que, no
entanto, antes de ir dormir, é preciso encontrar algo inspirador,
com o qual se vai acordar de manhã. Sabemos do TES sobre a
necessidade de “Kriat-Shemá” antes de dormir, pois sem isso,
não vai acordar - não vai passar pelo “guarda noturno”. Sem isso
a pessoa não tem a força para atravessar a escuridão da noite.
Após se levantar, ela está pronta para continuar este despertar.

Em outras palavras, é proibido se levantar pela manhã


(“proibido” significa que não posso concordar com isso, e
“manhã” significa antes da aula) com a cabeça vazia e um
coração vazio. Caso se sinta o vazio isso significa apenas que a
pessoa não se preparou antes de dormir - isso é absolutamente
assim, não há outra razão.

Pode-se assistir ao noticiário da noite. Rabash, por sinal,


também ouvia o noticiário, depois ele lia o Shamati, e depois ia
dormir. Mas isso não acontecia muitas vezes dele cair no sono (e
estávamos habituados a dormir um ao lado do outro nos trens,
nos hospitais), sem abrir seu caderninho do Shamati. Durante o
dia, ele costumava sempre levar os Salmos no bolso (eu também
os tinha em meu carro), ou as cartas de Baal HaSulam. Ele abria
a fonte e lia uma citação. Era o suficiente para ele manter seu
pensamento e trabalhar por algum tempo. Seu pensamento e seu
trabalho eram diferentes dos nossos.

No trabalho: Eu acho que no nosso mundo não há nenhum


trabalho onde a pessoa seja incapaz de olhar num livro a cada
hora durante o período de um minuto. Mesmo que se coloque
mente no trabalho, que tem a ver com programação ou
computadores, e não pode manter o pensamento, não importa.
Se é isso que se quer, não há outro caminho, e estas são as
condições. Um minuto é o suficiente, o resto não depende dele.
Sabe-se, por exemplo, que uma vez por hora ele tem que arranjar
a “conexão” com a Fonte para si mesmo.

O artigo do meio-dia e comunicação: A preparação para a aula


deve definir a sua comunicação no telefone, a hora que você ouve
artigo, o seu trabalho à noite. Tudo deve sair de um objetivo: vir
para a aula com um grande desejo. Não é necessário falar sobre
isso em voz alta. É o suficiente que esta meta esteja presente de
alguma forma dentro de nós. A coisa mais importante é que você
possa receber uma impressão disso. Sabemos que é possível, por
exemplo, estar em uma palestra por dez horas, e não ouvi-la, ela
entrará por um ouvido e sairá pelo outro sem que a registremos.
E também é possível escutar 20 minutos ou uma hora, quando
de repente uma palavra pode “nos transformar” e nos afetar. Por
isso, é necessária a busca ... “Eu trabalhei e eu encontrei”. Você
não é obrigado a ter excelentes resultados. O “trabalho” (Igati)
foi confiado à pessoa, mas o “resultado” (Matzati) é função do
Criador. Isso é tudo.

Durante o dia vocês devem ter alguma reunião e ler alguma coisa
juntos. No entanto, cada pessoa também deve se preparar para a
reunião de uma maneira especial, tal como se ela se prepara-se
para uma lição. Diz-se que, durante esse encontro, ela irá
receber uma impressão do Kli todo, que cada pessoa no Kli
também deseja receber uma impressão e despertar esses dois
tipos de Reshimô: Reshimô De-Aviut e Reshimô De-Hitlabshut.
Esta é a sua atividade em grupo que vocês fazem agora a fim de
se prepararem para a próxima aula matinal.

A reunião pode durar cinco minutos, vocês não precisam mais


que isso. No entanto, vocês devem estar em um estado especial
durante esses cinco minutos. Antes disso, vocês têm que pensar
por alguns minutos e estarem cientes de que este é realmente
um momento especial. Em essência, com exceção dos cinco
minutos, quando você está conectado com o grupo, você não tem
mais tempo para isso durante o dia. É absolutamente necessário
fazer isso - durante o dia, ou, talvez, à noite, antes de dormir,
porque não há nenhuma outra oportunidade para trabalhar em
grupo durante o dia.

Todo o resto depende da quantidade de tempo livre que você tem


- você vem aqui de noite, faz algum trabalho, envolve-se em
alguns projetos de disseminação, ou faz outra coisa. Finalmente,
este Reshimô tem que gerar a demanda pela a grandeza do
Criador, para a realização do mal e da Luz, que nos traz de volta
à Fonte. Não importa qual é a responsabilidade que seu grupo
tem, Se você é capaz de revelar essa cadeia até seu ponto final,
isso significa que você conseguiu. (Lição de 18 de novembro de 2004)

17. Durante a aula, devemos sentir a falta, ou seja sentir a


falta da revelação do Criador, a propriedade de doação.
Por um lado, deve haver uma necessidade. Por outro lado, se não
agirmos com alegria, isso significa que não temos qualquer
conexão com a Torá - não há equivalência de forma. Em outras
palavras, a necessidade e a alegria devem caminhar juntas. Não
devemos ficar deprimidos. Quando falamos sobre uma pessoa em
estado terminal, eu provavelmente não ressaltei o suficiente que
a pessoa estava regozijando-se com um remédio que ela havia
encontrado. É uma alegria sem precedentes. É uma necessidade
e uma revelação de sua realização: a necessidade é ser saudável,
e a saúde como se fosse a realização. Assim, temos que estar
alegres.

...Tudo tem que vir da inspiração espiritual: Veja, o que significa


o que nós possuímos! Os meios para a revelação do Criador,
ninguém tem algo parecido como isso. Nós apenas temos que
demonstrar, pelo menos, uma necessidade minúscula no meio, e
o meio vai nos girar como um tapete voador. No entanto, antes
que você pise em cima dele, lhe é perguntado: você quer ou não?
Se você realmente quiser isso - venha e depois decolamos.

...Não falta nada, exceto a necessidade. Há um banquete do Rei,


em minha frente, mas eu não tenho apetite. Isto é o que devemos
sentir, caso contrário, nossa ação não tem origem na perfeição e
não está conectada ao Criador - a Torá. Devemos valorizar os
meios, a meta e o grupo, que pode trazer-nos para a necessidade
correta. Nosso caminho inteiro - incluindo a sensação de falta,
tudo o que passamos deve ser acompanhado por alegria, canções
e danças e espírito elevado. Isto é como um musical. Então, a
necessidade que você descobre sai da alegria por existir um
remédio que você pode usar.

...Precisamos da grandeza do objetivo, do Criador, da Torá, e


todos os meios à nossa disposição, de modo que, como resultado,
tenhamos que descobrir em nós uma demanda. A demanda deve
sair da perfeição. Lembre-se que, isto é extremamente
importante. Caso contrário você vai ficar sentado aqui por anos,
sem fazer qualquer progresso, imerso em desespero e
consumindo-se vivo, como é dito: “Um tolo fica sem fazer nada e
consome-se” (ver Koelet 4:5). Além disso, esta é a arrogância:
“Olhe para mim, o quanto eu sofro. Sofro por mim e por toda a
humanidade”. Esta é Klipá no trabalho - como se costuma dizer,
"fazendo a sua dança" - e isso não é bom. Você tem que estar
constantemente transbordando, constantemente em chamas.
Quando a necessidade se revela- - você deve se alegrar ainda
mais, pois o doce está preparado para isso com antecedência.

...Tudo deve partir do fato de que estamos conectados com o


Criador, só precisamos perceber isso. Ser parte do processo é
realmente uma grande aventura - a tal ponto que, ao avançar,
nós começamos a preferir o processo do que estado final. A
doação por si só, a busca por ela, a realização da mesma, torna-
se a recompensa.

Não há lugar na vida do homem onde ele não possa se alegrar.


Mesmo no pior lugar, se no seu mais ínfimo pensamento há
vislumbre da conexão com o Criador, se ele não se retirar então
ele está no processo. Nossa oração deve ser direcionada apenas
para manter essa consciência e não cair em um estado
inconsciente. Como Baal HaSulam escreve, o maior castigo no
Universo é a desconexão do homem para com o Criador, mesmo
que seja só por um segundo.

... A necessidade só é revelada a partir da perfeição que você vê


no Criador e do método, caso contrário, não será a necessidade
correta. Você vai ser infeliz e não será capaz de se mover.
O trabalho é feito na linhada direita. Em primeiro lugar, este é
um trabalho para a realização do objetivo e sua grandeza. O
objetivo é doação. A grandeza da doação vem antes de tudo.
Então eu começo a usar a minha linha da esquerda e verifico
isso, pouco a pouco, quando é possível. Digamos, por meia hora
por dia: se eu estou envolvido nisso ou não, o que está faltando
para que eu esteja verdadeiramente dentro? Na linha de direita,
eu examino doação e realização de sua importância, sem
relacioná-la comigo, eu só examino o que é a doação como tal.
Em contraste, a linha de esquerda sempre tem que ser revelada
apenas em relação à linha da direita. Caso contrário, não posso
dizer que quero transformá-la em doação. Você tem que entender
que se você aderir à linha da direita, que é a doação, então tudo
o que você revela é direcionada para o Criador. Tudo flui em um
processo, um propósito. Se o seu ponto de partida não é a
perfeição, então é o desejo de receber. Não pode ser de nenhuma
outra maneira.
...Que tipo de necessidade eu deveria evocar, durante a aula? A
necessidade tem que ser de tal forma que me permita
permanecer no “ventre” do grau mais elevado e, também, tem
que ser tão forte quanto possível, de modo que eu deseje de
crescer sem perder o reconhecimento de que eu existo dentro
Dele. É por isso que o Baal HaSulam escreveu TES desta
maneira. Ele explica um sistema para você e você fica com ele em
seus pensamentos o tempo todo: “Eu estou dentro deste sistema,
que funciona e age em mim agora. Eu quero ser um elemento
ativo desse processo, eu quero agir em conjunto com ele. Não
importa o que diz Baal HaSulam sobre subidas, descidas ou
conexões, eu quero participar nisso”.

No momento em que você entra no grau mais elevado ele se torna


o seu mecanismo. Baal HaSulam não fala Partzuf Abba Ve Ima
como se ele existisse fora de você e fosse operado de um modo
particular. Não, você descobre que esse mecanismo existe dentro
de você, porque finalmente, você alcança o Infinito inteiro. Além
disso, só há Luz simples. É por isso que você precisa revelar a
necessidade durante a aula a partir da sua existência na Luz, na
grandeza do Criador.

Você tem que estar confiante de que isso vai acontecer no final
do momento presente. Não no momento seguinte, pois os
momentos são separados por intervalos de tempo e um intervalo
pode durar um longo tempo. Isso acontecerá exatamente no final
do momento presente. (Lição de 19 de novembro de 2004)

18. Quando a intenção precede a ação, é a ação real. O


estudo não é chamado de ação, porque você estuda com seus
olhos e seu intelecto animal, sendo assim, não é chamada de
ação, mas um ato de um animal. Onde há uma ação espiritual
no fato de que você se senta na frente de um livro, no fato de que
você o leu? Onde está a ação espiritual?

O que eu quero como o resultado do meu estudo é chamado de


minha ação. Isso é o que eu ativo, é o que eu posso pensar de
alguma forma, e por isso é chamado de “ação”. Sobre a intenção
é dito: “O oculto (intenções) é para o Criador”, significando que
Ele lhes dá como um presente - como uma recompensa pelo seu
esforço na ação.

A partir daqui podemos ver que a ação não é apenas um estudo.


Em retribuição ao estudo não recebemos a intenção de Cima,
mas uma "ação" é a demanda para receber a intenção. Baal
HaSulam escreve sobre isso na introdução TES (ponto 18), que
há um esforço em quantidade e esforço em qualidade.
Quantidade de esforço tem um valor também, mas não por
esforço, sem qualquer intenção, mas ele está discutindo até que
ponto o meu estudo inclui horas de esforço e tensão, exigindo a
intenção. Em geral, é isso o que dá a força, a intensidade - a
hora, multiplicado pela demanda da recompensa, ou seja, a
extensão do meu desejo de receber.
Se eu estudar por duas horas, e durante as duas horas eu tiver
um desejo de cem por cento para receber intenção, a fim de doar,
e que a Luz da Correção virá corrigir, então considera-se que eu
tenho feito um esforço de cem por cento. Mas se eu estudei
durante duas horas, e fora isso, apenas durante dois minutos eu
pensei sobre a intenção, então eu fiz um esforço na quantidade
de uma hora e cinquenta e oito, e um esforço de qualidade de
dois minutos. O esforço quantidade também é importante, uma
vez que, eventualmente, uma pessoa quer alcançar o esforço de
qualidade, mas ele ou ela se esquece. Esse esquecimento leva a
pessoa a sofrer, e um pedido e oração em si, que os seus esforços
e capacidade de esforço de qualidade vão aumentar. Isso ocorre
até que a pessoa atinja o esforço de qualidade.

Mas, sem esforço de qualidade, uma pessoa não recebe uma ação
da Luz Circundante que daria a ele ou ela a intenção de doar.
Sobre o desejo revelado, devemos colocar uma intenção, a fim de
doar, e isso é chamado de atravessar a barreira. (Lição de 25 de
fevereiro de 2005, degraus da escada, Parte 2, do artigo 586, "Aquele que vem
a ser purificada")

19. Preparação para a aula matinal é a seguinte: na noite


antes da aula, a pessoa já está pensando em como se certificar
de que a lição o ajudará. Ela pensa que, durante a aula, ela vai
pedir de tal forma que o Criador lhe responderá. Essa preparação
toda é a chave para o sucesso e, além disso, não há mais nada.

No início da aula, o ar deve estar condensado pela tensão de


cada indivíduo - uma tensão interna que cada um trouxe,
exigindo e se submetendo a esta preparação dentro de cada um.
Assim, resulta claramente, que tudo tem que ser preparado com
antecedência, a mesa é posta, os livros são definidos. Não diga
uma palavra a ninguém, não perturbe o amigo, em silêncio,
mantendo o foco interno entre, sente, concentre-se ainda mais, e
inicie a lição. Isto é chamado a intenção. O resto está dentro,
mas este é só o começo. (Artigo Diário, 11 de outubro de 2004)

Estudar

20. Assemelha-se à linha de conexão que está sendo


oferecida para nós.
No passado, quando não havia telefones em todos os lugares,
não era possível se conectar a outro país estando em casa.
Portanto, eu ia para a companhia de telefone e solicitava um
telefonema internacional. Depois que fazia o pedido,
anunciavam: “A chamada foi recebida, por favor, venha para a
cabine telefônica para conversar”. Então eu ia para a cabine,
pegava o telefone e começava a conversa.

Isto é muito similar ao que vivenciamos durante o estudo. Agora,


uma linha lhe está sendo oferecida, e alguém está anunciando:
“Fale! Você tem apenas alguns minutos para expressar o que
pensa, o que é que você quer, e por que você está pedindo”. Em
essência, isso é o que o tempo de estudo é, Você deve relacionar-
se com ele especificamente neste caminho. Em outras palavras,
uma pessoa deve silenciosamente dizer para si mesmo o que é
que ele quer de seus estudos, e para esta discussão através do
estudo como um fio condutor. O estudo são palavras, e uma
pessoa tem que inserir a sua intenção e seu pensamento nele.
Cabalistas são obrigados a fazer as palavras externas parecerem
simples e triviais, mas dentro delas se esconde uma grande força
e uma ânsia poderosa pelo objetivo

A ação inteira de uma pessoa é focada nisso. Afinal, a ação


consiste na intenção durante o estudo. É o nosso pensamento e
nossa intenção que influenciam a realidade. Além disso, isso
acontece apenas durante o tempo da aula. Em comparação com
o processo de estudo, todos os outros períodos de atividades são
verdadeiramente secundários e ajudam muito pouco. É somente
durante o estudo que adquirimos a oportunidade de enviar
nossos apelos para Cima, para termos uma influência, e exigir o
que você considera o mais importante para você. Se os
pensamentos e desejos estão unidos, se eles vêm do grupo, a
partir da reunião e da unificação, então, eles têm uma influência
sobre o grau correspondente.

A unificação ou a comunidade é maior que o individual, como


uma moeda de dez centavos é dez vezes maior que uma moeda
de um centavo. Além disso, uma vez que as pessoas desejam
uma conexão, elas estão, portanto, dispostas a anularem-se a
fim de se unificar com o Criador. Esta é em essência uma ação
completamente diferente. Aderir-se ao grupo - este já é um vaso
para receber a Luz. Por outro lado, um indivíduo não é um Kli.

O Criador é abrigado no meio - no cruzamento entre as duas


partes quebradas. Isso é equivalente ao que foi dito: “A Shechiná
está entre o marido e a mulher”. Portanto, se a oração ou suplica
durante a aula abrange todo o grupo, então sua ação é realmente
dirigida para o objetivo. Por outro lado, a oração de uma única
pessoa quase não tem efeito.
Se uma pessoa não é capaz de conciliar os estudos com o
objetivo, então ele tem que simplesmente dividir cada
pensamento em duas metades, dizendo para si mesmo a metade
de uma frase sobre o objetivo, e metade de uma frase sobre o
material a ser estudado, até que ambas se combinem em um
todo único para ele. Ao fazer isso, ele será capaz de “empacotar”
uma coisa na outra. Isso acontece da mesma forma que as ondas
ficam cobertas pela modulação, enviamos nossas reivindicações
até o plano de fundo da lição.
Uma vez eu perguntei Rabash: “O que devo fazer se eu sou
apenas capaz de pensar em uma coisa?” “Pense no objetivo”,
respondeu ele. Isso é bom mesmo se você não é capaz de ouvir as
palavras da lição. Se houver uma oportunidade de recorrer a Ele,
então você é capaz de fazer isso. Dê uma pequena percentagem
ao estudo, e deixe que a oração seja os outros 95 por cento. Isto
é o que nos falta.

Agora olhe para o nosso grupo e para os grupos ao redor do


mundo inteiro. O que mantém as pessoas nas aulas? Nós vemos
as pessoas dos grupos estrangeiros. O que as mantém aqui? O
sofrimento!
O sofrimento é que trouxe as pessoas para a aula, e elas estão
segurando a respiração enquanto nos olham: e se algo de repente
vier de lá? O Sofrimento os mantém lá e os impede de ir para
casa, somente o sofrimento evoca tudo. E não há dúvida de que
nada virá a partir deste tipo de tática. A conexão com a Força
Superior não pode surgir por meio do mal que há em mim - isto
é, quando eu me sinto mal. Isso só é possível através do caminho
do bem - isto é, quando eu peço para Deus, aguardo, anseio por
ele, e sinto-me não estar sob uma saraivada de golpes, mas no
limiar de algo bom.

Uma pessoa tem que aguardar a grandeza do Criador em seus


próprios olhos, e com a chegada da Luz que lhe dará a
oportunidade de ascender. Isso não significa que ele vai subir em
relação à sua percepção egoísta, como quando ele se sente bem
porque ele recebeu alguma coisa. Pelo contrário, será a partir da
avaliação da doação como algo que está acima do nosso mundo,
e vale a pena tornar-se equivalente a ela. Para sentar e esperar, a
forma que centenas de pessoas em todo o mundo inteiro estão
sentadas e esperando agora - não é isso que é chamado de “o
caminho da Torá”. Este é o caminho do sofrimento.

Especificamente, porque há muitos de nós e nós estamos juntos,


estamos, portanto, obrigados a dar um ao outro a grandeza do
espiritual. Eu não posso dançar na frente de vocês, vocês têm
que fazer isso com respeito um ao outro. Caso contrário, o que
acontecerá - um show de um homem só? Os grupos e amigos
tem que se influenciar mutuamente.

Os grupos em outros países: agora você está olhando para a tela


e você vê Bnei Baruch. O que você está pensando? Eu vejo que
as pessoas mal conseguem entender o material que estamos
estudando. Isso é completamente normal, não somos obrigados a
ter conhecimento. No entanto, a intenção durante o estudo é
necessária. Você não deve esperar por algo que venha de Cima
ou do grupo central - Bnei Baruch, em vez disso você deve criar
um mecanismo de apoio com a sua intenção. O que eu quero da
aula? Que tipo de unificação? Que tipo de Kli comum, que é
preenchido com a revelação do Criador para suas criações? Isto é
o que é chamado de “Ciência da Cabala”, isto é o que significa
estudar a Cabalá. Estamos estudando a maneira pela qual o
Criador se revela nos vasos ou nas almas. A ciência da Cabala é
o estudo da revelação do Criador na criação e as criaturas.

É importante quanto uma pessoa é capaz de apreender o


material com a mente e trabalhar com as sensações - em
qualquer caso, a pessoa tem que trabalhar sobre a intenção, ao
invés de simplesmente sentar e esperar: talvez outra coisa sábia
de repente venha de lá. Temos que pensar mais e mais sobre o
que a intenção é durante a aula e o que é o pedido. Estamos
perdendo apenas em relação a este aspecto, isto é, não somos
capazes de fazer esforços de qualidade.

Na introdução ao TES (ponto 18), Baal HaSulam escreve sobre a


“quantidade de esforço” e da “qualidade de esforço”. A
“quantidade de esforço’ é determinada pela quantidade de nosso
tempo disponível que passamos estudando - em casa, juntos,
etc., no entanto, a “qualidade do esforço” é determinado pelo
pedido que apresentamos durante o estudo. Eu exijo que o poder
venha e me corrija, para focalizar meus pensamentos na direção
certa, para que eu deseje mais nada, além do objetivo.

Um grande número de grupos, com dezenas de pessoas estão


sentadas na lição. Eles estão aqui, mas onde está a qualidade de
esforço? Em outras palavras, onde está a demanda para a
revelação do Criador para suas criações neste mundo? Se não
esperam e exigem isso durante o estudo, não estão estudando a
Cabala.

Quando vemos um ao outro na tela, começamos a nos


concentrar na matéria: exigimos a revelação do Criador para
suas criações neste mundo, queremos que isto seja mais
importante do que qualquer outra coisa. Isso é tudo. Outra
compreensão, mais profunda da qualidade de esforços virá mais
tarde, porém, isso vem em primeiro lugar.
Esta abordagem, como já mencionei, é consistente com a
definição da Ciência da Cabala é o método para revelar a
divindade do Criador às Suas criaturas.

Manter nossas intenções, que, no entanto, devem sentir que a


linha que vamos abrir durante o estudo é um determinado “cano"
que nos conecta com o mundo espiritual, e que através desse
“tubo” que podemos afetar o espiritual com a nossa intenção.
Nós progredimos apenas enviando ao Criador nossa intenção
tanto quanto possível, no momento do estudo. Quanto mais
sólida e generalizada as intenções do grupo, mais perto eles estão
em relação à meta, mais elas são carregadas com o sentimento -
uma oração verdadeira - o mais eficaz é a nossa prece. Nada
além disso irá nos ajudar.
Com exceção de uma hora reservada para o estudo do TES, todas
as nossas ações durante o dia ou à noite - não importa o que
estamos fazendo - são necessárias apenas para assegurar que
abordemos nesta hora de alegria. É a alegria por finalmente ter a
oportunidade de infundir o estudo, literalmente, pela força, todas
as revelações que temos adquirido anteriormente, fora do estudo.

Pode-se comparar isto com ter uma audiência de um minuto com


o rei. É como dar a uma pessoa um minuto para dizer ao rei
sobre o seu problema, e durante este tempo o rei está pronto
para ouvir. Essa deve ser a preparação e sentimento no momento
do estudo. Se nós não trabalharmos juntos nisto, não vamos
aproveitar os únicos meios à nossa disposição. Todo o resto é o
caminho do sofrimento. Só esta ação é chamada de o caminho da
Torá: nós atraímos sobre nós a Luz, trazendo-nos de volta à
Fonte.
Algumas pessoas em nossos grupos de estrangeiros que não são
familiarizados com o material de estudo, no entanto, que
frequentam as aulas regularmente. Louvor e honra a eles. Há
outros que estudam, ainda, que o fazem sem paixão. Eu vejo os
seus pensamentos à medida que nos observam através da tela:
“Talvez, haverá alguma explicação?” Alguns até pensam:
“Quando essa aula chata de TES vai acabar?” Eu entendo tudo e
é por isso que eu estou te dizendo, é preciso trabalhar na
construção do pedido. É preciso discernir e “branquear” a
intenção de cada membro do grupo, cada grupo, e todos os
grupos juntos. É preciso também lembrar a quem estamos
dirigindo o nosso pedido. Isto e nada mais deve ser o assunto de
nossas conversas e correspondência, pois nada mais pode ajudar
a atingir a meta.

Nada pode nos ajudar a manter a intenção e não perdê-la. Você


pode rabiscar lembretes por toda a sua mão; pode cercar-se de
trechos e citações de todos os lados. Tente isso, eu não estou
dizendo que você não deve. Eu posso me cercar de todos os tipos
de sinais, acertar um despertador - o que for. No entanto, se a
meta não é importante, a intenção foge e desaparece. Em que
circunstâncias a meta se torna importante? Quando se tem a
impressão do grupo, ele vê que todos estão fazendo isso, que isso
é importante. Então a pessoa começa a sentir que isso é
importante, pois estamos lidando com uma verdadeira
oportunidade para nos comunicar com o Criador, o que significa,
efetuar o nosso próprio desenvolvimento.

Este é o nosso trabalho. Não se deve esperar que a pessoa logo


comece a pensar no (assunto) mais importante, sem nenhum
obstáculo.
Sempre haverá obstáculos a esse respeito, porque este é o nosso
único campo de ação. Não há nenhum outro trabalho. Esta é a
expressão da nossa atitude para com o Criador, assim como
nosso desejo de que Ele nos ajude.
Durante o dia, ao perceber a grandeza do Criador e da
importância do cumprimento da meta, é preciso preparar-se e
atingir a condição para que se possa exprimir, durante o estudo,
toda a tensão acumulada interior. Leia o item 19 da Introdução
ao TES mais uma vez, onde Baal HaSulam fala sobre a intenção.

Temos que entender que existe o mundo espiritual, e que pode


afetá-lo somente através de nossa intenção durante o estudo. Por
esta razão nos é dada a Torá, e a Luz nela contida nos traz de
volta à Fonte. Se não fosse por isso, avançaríamos apenas
através do caminho do sofrimento. Assim, avançamos tanto pelo
caminho do sofrimento, ou pelo caminho da Torá. Você escolhe.
Se você escolher o caminho do sofrimento - fique em casa, e é
isso. Estamos aqui reunidos, a fim de seguir o caminho da Torá,
que significa: evocar a Luz, trazendo-nos de volta à Fonte. E isso
só é possível durante o estudo.

Já lemos este material milhares de vezes. Se você quer refrescar


sua memória, podemos fazê-lo. No entanto, nosso trabalho é só
isso. É só isso, a intenção durante o estudo. Espero que este seja
o tema do nosso Congresso de Primavera. Nós já estamos em
processo de estudo conjunto constante.
Os grupos de todo o mundo, graças a D'us, estão relativamente
estáveis. Agora, temos que construí-los e uni-los uns com os
outros corretamente. Eu vejo que as pessoas na tela estão
olhando para mim com a expectativa que eu vou dizer-lhes
alguma coisa. No entanto, eu não tenho nada a dizer além disso:
rapazes, vamos começar a trabalhar. E não importa o quanto
você sabe. Aquele que é sábio não estuda. (Palestra em 08 de fevereiro
de 2005)

21. A Intenção determina tudo. Nem sequer vale a pena abrir


um livro sem intenção. Se, a fim de estabelecer a intenção
correta, você precisa de uma hora para preparar a aula, é melhor
que você chegue uma hora mais tarde, ou venha na hora certa e
preparar-se para a intenção aqui. Este é um aspecto importante
e sério, e se aplica a todos os que estudam nas aulas da manhã,
sem exceção. A análise do que deve ser a intenção, na hora do
estudo é obrigatória e mais importante do que todo o resto.

Envolva-se no estudo apenas se você não perdeu a intenção. Isto


é onde está a dificuldade. As dificuldades em manter a intenção
de chamar os obstáculos para si mesmo. Então você começa a
“brincar” com o material e com a intenção para isso. Isto
assemelha-se a análise real da medida de um desejo de prazer
que podemos utilizar para criar a intenção de doação acima dele;
quão profundo devemos mergulhar no estudo e envolver a nossa
razão, de modo a manter a intenção dirigida para a adesão com o
Criador? Mantendo a intenção e focando no estudo, ao mesmo
tempo, nós “implantamos” a intenção do material de estudo. No
futuro, seremos capazes de “implantar” a intenção em prol da
doação ao material de nosso desejo de prazer exatamente do
mesmo modo.

Pergunta: Qual deve ser a intenção correta durante o estudo, se


a cada momento da aula diferentes pensamentos e estados
alheios passam por sua cabeça?
Diferentes estados e pensamentos enviados durante a aula são
os chamados “obstáculos”. Ao superá-los, nós definimos a nossa
relação com o estudo. Agimos somente a partir da base da nossa
necessidade. Até que sintamos a necessidade, não podemos
manter artificialmente um pensamento único, ou seguir o
conselho de ninguém. Se a necessidade está ausente em uma
pessoa, não há mais nada a dizer, apenas que fique conectado ao
grupo, e absorva as necessidades dos outros homens. No
entanto, se a conexão entre nós é tal que o grupo não dá a uma
pessoa um “renascimento” a cada momento único, isto é, não
renovar seus desejos, você não vai avançar corretamente. Você,
assim como seus companheiros, devem ter a necessidade de que
você recebeu da sociedade, e a intenção na qual trabalha
individualmente durante a lição. Lembre-se: não vale a pena
retirar mais do estudo do que a intenção lhe permite. Certifique-
se que a intenção não lhe abandone. (Palestra em 11 de dezembro de
2004)

22. Estudamos como o Superior responde à solicitação do


inferior, e você pergunta como é possível estudar esse material
árduo e perceber que ele trata de você mesmo, a maneira como
você se relaciona com ele. Bem, você estuda exatamente sobre o
que você quer que aconteça. Se você quiser se sentir, mas você
não sente, então essa sensação também é adicionada ao seu
pedido.

Mas mesmo se nós não falarmos sobre a sensação, mas segundo


a lógica: o sistema superior é organizado de tal maneira que
Kéter e Abba ve Ima, GAR, todo o sistema pertencente ao Criador
está em estado de espera em relação à você, apenas aguardando
o seu desejo estar pronto para receber dele. É um tubo de
diâmetro infinito, que se abre de acordo com seu pedido. É assim
que acontece.

Assim, durante o estudo você deve pedir para ter um pedido,


como está escrito no TES, pois “o pedido abre as portas”. O que
pode estar mais perto de uma pessoa do que aquilo que ele ou
ela estuda? Você torna-se incluído no pedido, neste desejo na
medida em que é descrito. É assim que o pedido vai: Kéter está
completamente pronto. Há nele Chassadim (Piedade), bem como
Gvurot (Julgamentos), Chochmá de Abba, Chassadim de Ima -
tudo está pronto, mas eles estão em um estado de Panim ve
Achor (face para trás), aguardando o seu pedido. Assim, durante
o estudo você deve pedir para ser incluído no sistema. Não
necessariamente em Nekudim, porque qualquer lugar é igual,
estes são os mesmos Dez Sefirot, que são organizados desta
forma.

Durante o estudo você deve pedir que seu pedido seja MAN. MAN
significa “Mayin Nukvin” (Feminino água), e significa uma
verdadeira falta. “Nukva” (feminino) é um nome para Malchut, e
"Água" é Biná. O que significa que “Mayin Nukvin” é Malchut que
quer doar como Biná. É por isso que é chamado de MAN e,
portanto, a falta sobe de Malchut para Biná. É a falta de Malchut
que deseja subir para a altura de Biná, e este é o seu pedido.
Na parte sete do TES lemos exatamente sobre essas questões. Se
você perguntar sobre uma parte diferente do TES que não é tão
relacionada ao nosso estado, seria diferente, mas não há nada
mais perto da descrição do nosso estado do que a descrição da
elevação da falta na sétima parte - que é exatamente o pedido,
que fazemos. Não há dúvida de que, se isso é esquecido o estudo
imediatamente se transforma em desperdício de tempo sem
sentido. Não é totalmente sem sentido, porque uma pessoa
depois considera que ele ou ela ganhou a partir do estudo, e a
pessoa também está incluída com os outros, que estão mais ou
menos na intenção correta.

Mas não há dúvida de que a intenção é mais importante, o que


significa que a exigência de que algo do processo que você lê
ocorrerá dentro de você. Mais tarde, quando a situação ficar
clara para você, você vai ver que você está nele e que você estava
nele. Eventualmente, a ocultação está apenas em sua sensação.
Você está presente elevando MAN e, como resultado você recebe
as luzes que passam por você. Tudo já está na forma de doação,
só lhe falta a consciência. Ela está escondida de você embora
você esteja nela agora. Portanto, basta solicitar que o seu
verdadeiro desejo e estado sejam revelados a você. (Da lição matinal
de 11 de janeiro de 2005)

23. Está escrito no TES sobre a intenção, e não sobre o


próprio desejo. Matéria e desejo passam por ações, porque a
intenção muda constantemente. As luzes de agem sobre o desejo
de cima e move o desejo de lá para cá, na medida da intenção
que a anula, não mais. O desejo em si não muda, é a intenção
que determina o que ocorre.

Pode-se imaginar como sendo igual um metalúrgico, que se


dobra uma folha de aço e a molda em algo. A forma que a chapa
vai atingir é como a intenção da pessoa que se expressa na
matéria. É assim que as ações no estudo são vistas no TES.

Todas as ações descritas no TES são unicamente intenções. Sem


a intenção os Partzufim não teriam descido do infinito ao nosso
mundo, nem subido de volta até o infinito. O caminho completo
constitui-se de intenções sobre a matéria.

Digamos que, se você tem cinquenta gramas de intenção de


realizar alguma ação, então você toma cinquenta gramas de
matéria e executa. Você não tocar todo o resto. O restante está
sob restrição e não é revelado a você. É sempre uma parte da
linha de esquerda, que é revelada, que você pode armazenar e
utilizar com a intenção correta, bem como uma parte que você
não usa, mesmo com a intenção correta. Estes são os Toch e Sóf
do Partzuf, e é assim que você constrói o Rosh.

Em suma, o que alcançamos de um estado no infinito A até o


estado no final de correção, C é o Rosh. Na realidade, o infinito
mesmo é preenchido tanto no início e no final, mas a diferença
está no Rosh - o Rosh é a intenção. Graças ao Rosh, a pessoa
recebe NRNHY ao invés de Néfesh, porque a pessoa sabe que
Anfitrião, refere-se a Ele, e recebe a NRNHY inteira ao doar para
ele. Ao se relacionar com Ele, uma pessoa recebe uma impressão
adicional, o reconhecimento adicional, e conscientização. Todas
estas adições são intenções. Dentro da intenção é revelada a
realização do Anfitrião, os pensamentos do Anfitrião. O que
significa que na intenção de agir como o Anfitrião, a pessoa o
conhece e receber seu grau.

O Criador criou todas as ações sobre o desejo, e o homem não


tem nada a acrescentar a elas. A Luz que construíram o desejo
dividiu-o em pedaços, encheu-os e esvaziou-os, e todas essas
ações de Cima para baixo, o homem só precisa adicionar a
intenção. A descida de Cima para baixo objetiva capacitar o
homem para construir a sua intenção gradualmente de baixo
para Cima. Nas ações de que você terá que se submeter ao
desejo, em cada nível mais desejo é adicionado, parcela por
parcela, no entanto, não determinam nada. Estas graduações, a
divisão em cento e vinte cinco etapas já existe, e você acabou de
adicionar a sua intenção. É por isso que não há nada em toda a
criação, exceto a adição de intenção. Nós não temos nada para
nos preocupar, as ações continuarão a surgir como o fazem
agora, não somos donos de tudo, e nós não temos controle sobre
isso. As ações virão na mesma proporção em que alcançamos a
intenção correta, e vamos determinar a taxa de acordo com a
velocidade em que nós encontramos a intenção correta.

Após todas as explicações, o caminho que você vai escolher, e


para qualquer lado que você for, você não tem nada além da
intenção. Os Cabalistas discutem apenas a intenção. (Lição de 25
de fevereiro de 2005, degraus da escada, Parte 1, artigo 503)

24. Nós não temos a percepção do mal na vida. Se eu estou


preocupado com alguma coisa agora, eu não seria capaz de
dormir, certo? Como Rabash diz, se você gritar a uma pessoa no
meio da noite “Sua casa está pegando fogo!”, Ele vai se levantar
instantaneamente, ele não vai ficar na cama. Portanto, o
problema está na nossa compreensão de que estamos no fogo, e
somente a Luz Circundante pode nos salvar. Por sua vez, eu
posso receber a Luz Circundante, somente agora, quando eu
estudo TES, de acordo com a minha intenção, meu desejo e
minha busca. Não tenho mais nada a receber aqui, além da Luz
Circundante. Maiores ou menores números de Reshimô, sete
tipos de telas, mais vinte de algumas outras categorias - isto é
completamente irrelevante. Devo extrair a Luz Circundante aqui,
isso é o que vai me salvar. No entanto, o problema é que eu não
sinto que eu estou pegando fogo. Para entender isso, tenho que
confessar agora contra a minha própria vontade: deixo que a Luz
Circundante mostre que estou em perigo.

... Eu preciso me acostumar com o que eu estou lendo, como se


isso estivesse acontecendo dentro de mim. Estou fazendo uma
ação interna de doação ao Criador, que está sendo descrito neste
livro. E se eu imaginar que eu quero estar dentro dele e eu estou
nele – e já é uma oração. Eu não tenho que dizer: “Agora quero
que Você me envie a Luz Circundante”. Não é necessário. É o
suficiente que eu queira tomar parte nessa ação, para que ela
ocorra em mim. Isto é o que convida a Luz Circundante.

Por exemplo, uma criança está brincando com seus brinquedos,


como se eles não fossem brinquedos, mas as ferramentas de seu
pai. Uma criança tem coisas pequenas martelo de madeira, e
outras que são assim, e ele acha que isso lhe faz ser como os
adultos. O mesmo vale para nós. Nós não temos estar
mergulhados nas definições tais como “o grupo”, “o Kli Mundial”,
e “intenções”. Não. É suficiente, se eu quiser me conectar com o
que está sendo discutido. Portanto, você, como regra, não estuda
coisas negativas.
Por exemplo, costumamos falar sobre a ruptura dos vasos só em
certas ocasiões, por exemplo, no dia de luto de nove de Av. Mas,
em geral, não estudamos a quebra. Por quê? - Porque nós
tentamos estudar ações limpas. Você se envolve nelas, você quer
permanecer nelas como uma criança.
- Eu quero isso.
- Por que?
- Basta fazer.
- O que vai dar?
- Eu não sei.
-O que significa estar em tais níveis?
-Eu não sei.
E isso é o suficiente, a fim de despertar a Luz Circundante.
Somente a partir dessa sensação, a pessoa já está lá dentro, você
pode amarrar o grupo todo nisso. Você quer trazer o mundo
inteiro para dentro dela, você quer sentir como todos estão
conectados por meio de uma ação. Você já está um pouco dentro
dela, você está fluindo junto com o texto, sentindo o desejo de
que isso aconteça em você. Você poderá estender esta condição,
somente se isso estiver ocorrendo. A humanidade inteira, todas
as almas no estado comum de doação estarão voltadas para o
Criador, junto com você. Em seguida, os pensamentos que
correspondem a esta condição virão até você.

... Não importa o quanto eu entendi. O importante é que mantive


a intenção enquanto eu estava lendo o texto. O grau do meu
entendimento não deve ser colocado nem em segundo, mas em
terceiro lugar. Primeiro, eu tenho que manter a intenção, fluindo
ao longo do texto e com vontade de realmente participar. Em
segundo lugar, tenho que ter certeza que eu entendo as palavras
corretamente, interpretar cada palavra espiritualmente. Isto
significa que a interpretação correta faz a minha adesão com esta
ação em particular, mais forte Se interpreto corretamente o que
significa “Massach” (tela), isso significa que eu vou entrar em
ação, com um desejo ou contra ele, ou, por exemplo, “a Luz
Superior” tem que ser interpretada corretamente. Tudo,
entendido segundo a interpretação de Baal HaSulam reforça sua
intenção de participar, sentir e viver a ação, o que você está
lendo sobre o uso de uma abordagem correta.

É por isso que o Baal HaSulam se importa tanto com a


interpretação das palavras e diz que temos de conhecê-las de cor.
Com isso, você fortalece a sua intenção durante o estudo. A
interpretação das palavras não significa saber tudo na teoria,
passar no exame e se tornar uma pessoa inteligente.

25. Temos que tentar de alguma forma, sentir o que os


sistemas espirituais são. Eles estão localizados dentro de mim, e
que determinam a minha vida, mas eu não os percebo, da
mesma forma que eu não percebo meu fígado e meus rins.
Existem muitos órgãos no meu corpo que eu não sinto. Eu
também não sinto os sistemas espirituais, e eles se escondem de
mim ainda mais. Se um dos sistemas em meu corpo fica doente,
então eu imediatamente sinto que algo não está certo. Em
contraste com isso, mesmo que meus sistemas espirituais sejam
completamente defeituosos, eu não sinto isso.
Durante todo o tempo de estudos de uma pessoa, ela deve tentar
pensar que tudo que está sendo dito sobre o corpo que está
dentro dela. Refiro-me ao corpo da alma, ao invés do organismo
animal, que é onde todos estes processos se realizam. Se uma
pessoa quer aprender a perceber a sua alma, a fim de passar
para ela e viver nela, então ela deve apreender este sistema.

Uma pessoa é capaz de viver neste mundo sem conhecer a sua


estrutura. No entanto, no espiritual nada é revelado até que a
pessoa perceba. Caso contrário, ela pode prejudicar a si mesma.
Portanto, temos que tentar encontrar o que estamos estudando
dentro de nós mesmos. Nós aspiramos isso através dos esforços
que fazemos, e então as luzes exercem a sua influência. No item
155 do “Introdução ao TES” Baal HaSulam escreve: ... “Apesar de
não entender o que eles estudam, no entanto, por causa de seu
forte desejo e aspiração de entender o material que estudam, eles
evocam as Luzes Circundantes” ...

Temos que nos imaginar como se apreendêssemos todo o volume


do mundo do Infinito. Tudo o que aconteceu em Malchut de Ein
Sóf e as primeiras nove Sefirot, estão localizadas dentro de nós.
Toda essa área é a esfera das almas da criação. A Primeira e a
Segunda Restrições aconteceram dentro de mim, assim como a
expansão de todos os mundos. A imersão no meu material, sua
criação e reconstrução por meio de vários processos - tudo isso
ocorre dentro do desejo de sentir prazer. O desejo de sentir
prazer - é quem eu sou. Com base no desejo de prazer, então eu
identifico que o meu “eu” existe, assim como umas outras coisas:
os mundos, outras almas, anjos, “demônios”, “espíritos”, e tudo
isso está lá porque eu não sou corrigido.

Quando eu me corrigir então eu vou ver quem sou, ou seja, o


meu desejo de prazer, é preenchido pela Luz do Infinito.
Portanto, tudo o que estudamos aconteceu dentro de mim e
dentro de cada um de nós. Isto é o que cada pessoa deve dizer
para si mesmo. Isso aconteceu dentro de mim, dentro de estados
que não percebo, até eu começar a pensar sobre eles. Então, eu
tenho que voltar para dentro de Ein Sóf (Mundo Infinito), ao
longo dos mesmos estados e eventos, e na mesma ordem. Todos
os eventos passados, presentes e futuros, que são produzidos por
meus esforços à medida que eu subo até o Mundo infinito, tem
lugar dentro de mim. A Luz do Infinito, que se revela, também
está dentro de mim. Devemos apenas revelar o que está
escondido dentro de nós.
A pessoa deve concentrar-se no fato de que tudo está localizado
dentro dela. Você não deve procurar algum tipo de estrela que
está longe ou perto. Tudo isso está dentro de mim. Então, uma
pessoa começa a pensar que as noções de “perto” e “longe” são
determinadas por seus atributos, ou por quanto uma coisa está
espiritualmente perto ou longe dela. Se, desde o início, a pessoa
pensar que tudo está situado dentro dela, então tudo será
diferente e terá um significado diferente para ela. (Lição do dia 19
de novembro de 2004)

26. Não devemos estar preocupados com a quantidade de


conhecimento que temos adquirido ou que ainda está faltando.
Há muitos diferentes tipos de pessoas aqui presentes. Elas
entendem e não entendem o material, pois sabem ou não sabem
o “Estudo das Dez Sefirot” - isso não faz a menor diferença.

A coisa mais importante agora, é que ao lermos o livro, elas


sabem que ele está se referindo a elas e a todos. Em outras
palavras, cada pessoa sabe que o livro está falando sobre ela, que
ela está nesses estados e nestes níveis, e que tudo está dentro
dela. Embora uma pessoa ainda não sinta que isso está
acontecendo dentro dela, no entanto, limpando-se das
trivialidades e vários pensamentos deste mundo, ela
imediatamente descobre que os eventos internos são sua vida,
sua percepção e o estado em que ela existe.

Portanto, quando aspiramos o interno e não externo, aspiramos


entender e perceber exatamente onde este processo está
acontecendo dentro do “eu”. Então, nesse sentido, o estudo
exerce sua influência sobre nós. Afinal, o Infinito é o nosso ponto
mais íntimo, e agora nós existimos na forma mais externa em
relação a ele. Então, vamos começar a aprender o que é chamado
de “a parte interior da Torá”. Todos estes sistemas estão
localizados dentro de mim, e através do meu esforço eu vou
revelá-los e sentir a minha realidade espiritual interior. O Klipá
(a roupagem) deste corpo desaparecerá, e eu vou viver apenas
dentro da percepção espiritual, ou no mundo espiritual. (Lição de
19 de novembro de 2004)

27. A fim de alcançar a meta, precisamos de apenas uma


coisa: a fé incondicional. Isso é tudo. “A fé incondicional”
significa o seguinte: Eu acredito que existe apenas uma coisa que
pode me salvar, a Luz que me leva à Fonte durante a aula. Eu
preciso de uma certeza, uma constatação de que não há mais
nada, que sem isso eu estou morto, e somente se o livramento
vier, eu viverei. É semelhante a uma pessoa doente terminal que
não consegue pensar em mais nada exceto no que pode salvá-la.

Imagine-se no lugar de uma pessoa em estado terminal. Você


sabe que se você receber a Luz, você irá obter instantaneamente
uma vida longa e bonita, livre de sofrimento. Se você não fizer
isso, você vai se deteriorar ainda mais e morrer. Se tal sensação
está presente em uma pessoa, então, ela tem fé incondicional no
método.

Sua fé deve ser direcionada da seguinte maneira: “Agora, eu


estou me aproximando da doação, de forma a semelhança a do
Criador, e isto vai me fazer sentir bem”. Eu não posso sair dos
meus cálculos e não quero me sentir bem. Entretanto, eu quero
ir para o Criador, para doação.
Temos que chegar a fé (correta) incondicional, estabelecida e
testada. Então, podemos dizer que estamos bem.

Pergunta: como podemos alcançá-la? Baal HaSulam apenas diz


que tudo depende exclusivamente disso.
Se você não tem fé, então procure-a através de seus esforços na
Torá e em diversos atos de preparação. Como Baal HaSulam diz:
“O aluno deve se empenhar, antes do estudo”. Em outras
palavras, ele quer ser assim. Ele só quer, e isso é tudo, além
disso, ele o faz a partir do ponto mais distante.

Gradualmente, ele é formado. No entanto, isso acontece


exclusivamente com base no desejo de um estudante, que, por
sua vez, faz de tudo para consolidar seus esforços, seu trabalho,
sua disseminação e seu grupo - somente para pedir a fé durante
o estudo. Se ele tem, então na medida de sua fé, a Luz virá,
corrigindo os Kelim, e fazendo-o voltar para a Fonte. Então, sem
dúvida, de Lo-Lishmá ele vai atingir o estado de Lishmá. O
progresso é medido pelo grau de nossa compreensão da
necessidade de atingir Lishmá.

E não importa se eu imaginar que ele vai me fazer sentir bem -


isso está sempre presente em nosso subconsciente. O grau de
realização da necessidade é avaliado pelo uso de nosso tempo
livre, pelo esforço exercido, nosso desejo interior e esforço. Às
vezes acontece o contrário: de repente descobrimos que temos
muitas outras metas, que existem outras coisas importantes na
vida. Nada pode ser feito sobre isso. É dito: “Viva-a, mas não
morra nela”. Isto é chamado de falta de fé. Assim, “crer” significa
perceber que a realização de Lishmá é o objetivo da vida, e não
temos mais nada a fazer neste mundo. Nós fomos criados para
isso e também para entender que só pode ser alcançada usando
a abordagem correta para o estudo. Isto é chamado fé. Se você
acreditar que se fizer isso, você está salvando sua vida, você vai
pagar até um milhão de dólares. Se você não os tiver, irá para o
banco e obterá um empréstimo. Por favor. Então, trabalhe toda a
sua vida. Ou, alternativamente, trabalhe por dez anos, e então
você vai adquirir vida. A fé é um vaso de realização espiritual.
Não é apenas uma condição, que nós, por assim dizer, podemos
abrir as portas para o mundo espiritual. Este é o Kli, a confiança
seu foco, o acesso ao Criador, o desejo de alcançar a doação.
Tudo isso, como um todo, é chamado de fé.

Fé - este é o Kli para a alcançar a doação, estando absolutamente


convencido de que isso vai acontecer se eu pensar e me
preocupar só com isso. (Lição do dia 29 de outubro de 2004)

28. O cálculo é realizado dentro de nós apenas, na medida


em que exigimos, e na medida de quanto o grupo todo está
conectado durante o estudo, ou seja durante o tempo em que
trabalhamos em nossas intenções. No entanto, vejo que trinta
por cento das pessoas estão dormindo nas aulas, e fazem isso
sem sentir que estão deixando todo mundo chateado. Não estou
dizendo que cada pessoa tem que exigir um “coração ardente” de
si mesmo. Às vezes, há estados quando isso é impossível, e eu
também tenho passado por eles. No entanto, é inaceitável que
uma pessoa concorde em dormir na aula com uma atitude tão
clara. Este é um dos muitos exemplos. Você sabe que às vezes eu
durmo também. No entanto, nossa obrigação é fazer esforços.
(Artigo Diário, 07 de dezembro de 2004)

29. Há pessoas que podem estudar, e há pessoas que não


podem por causa de pensamentos que distraem, fadiga e outros
fatores. Quem pode estudar têm uma urgência correspondente,
desejo e humor. E aqueles que não estão atualmente em estado
de “deserto” e têm que aplicar esforços: concentrarem-se o
máximo possível nos estudos e apelem apenas para a Luz que
leva de volta à Fonte. Eles devem pedir para desenvolverem
algum interesse, por estabelecer uma certa conexão dentro da
qual a revelação poderia acontecer. Eles devem solicitar o
derramamento da Luz para conceder-lhes uma capacidade de
permanecer em estado de “deserto” em relação ao seu próprio
ego. Quanto à doação, pelo contrário, devem exigir desenvolver o
desejo por ela. No entanto, as pessoas que ficam em seu deserto
interno não são capazes disto, a menos que recebam a ajuda
daqueles que estão em bom estado, que estudam por sua própria
vontade e desejo. Eles têm que ajudar os outros.
Nós somos como um homem dividido em vários pedaços. Em vez
de passar de estado em estado individualmente, nós podemos
passar por esses estados juntos. Ao fazer isso, poupamos tempo,
ajudamos uns aos outros e nos conectamos uns aos outros. É
por isso que durante o estudo, particularmente, cada um de nós
tem que aplicar todos os esforços possíveis, mantendo uma
vontade comum.

Aqui, Agora eu vejo pessoas que não têm um desejo pelo estudo.
Eles não podem, eles não são capazes, o material é seco,
incompreensível. A resposta à pergunta “Por que eu preciso
disso?” É feita com a finalidade de atrair a Luz que nos leva de
volta à Fonte. A falta de interesse lhe foi dada de propósito, para
que você peça a correção. Quando você está interessado, você
não está pedindo correção. Vocês já estão preenchidos pelo
conhecimento, como tal, e vocês encontrarão alimento para suas
mentes. É por isso que o estado em que a pessoa não tem
nenhum interesse e conexão pode ser um estado abençoado se
reagimos a ele corretamente. No entanto, em tal estado não se é
capaz de agir sozinho. A pessoa precisa da ajuda da sociedade
que a rodeia. É por isso que o trabalho sempre acontece no
grupo, e aqueles de nós que têm força de vontade e desejo têm
que apoiar os elementos de percepção e os colegas que estão
agora em estado de “deserto”.

Baal HaSulam diz que se um objeto passa através de vários


estados no mundo espiritual, então no nosso mundo, há muitos
objetos que se encontram em vários estados. No espiritual, o
homem e a mulher constituem um Partzuf. O mesmo se aplica a
crianças e todo o resto. Vários estados são sentidos dentro de
uma pessoa. Inanimado, vegetativo, animado, e os níveis
humanos existem dentro da pessoa. A noite, o dia, a terra, e os
céus, todos existem dentro de um Partzuf.

As coisas são diferentes, no nosso caso. Tudo é dividido em


partes internas e externas, em um grande número de pessoas,
cada qual tem algo específico. Adam HaRishon inclui todas as
almas. Todas as nações do mundo e, em geral, tudo está em um
Partzuf, enquanto aqui, em nosso mundo, tudo é dividido em
uma infinidade de peças. Se nos unirmos em uma única
entidade e cada um fizer suas próprias coisas e também, em
parte, se conectasse com o outro, então o outro não teria que se
ocupar com essa parte específica. É assim que ajudamos uns aos
outros. Se chegamos a essa unificação entre nós e realizássemos
um ato conjunto, nós terminaríamos a correção. A multiplicidade
de ações é devido ao fato de que não estamos conectados uns aos
outros.

Então, o que se aplica a uma pessoa que passa por uma série de
estados no mundo espiritual, no material, isto se espalha para
um grande número de pessoas que podem se unir em uma única
entidade, unir suas pequenas ações individuais com as quais
cada um está sobrecarregado assim podendo acabar com todas.
Esta oportunidade deve ser utilizada em especial na sociedade.

É por isso que não há diferença entre quem quer aprender e


quem não quer. O que importa é a nossa relação com os estados
de passagem. Além disso, a pessoa não tem que se preocupar em
saber em que estado ela se encontra atualmente. Os estados vêm
de Cima. Não me diga que Sitra Achra os inventa, tudo vem do
Criador. Cada estado é abençoado e necessário, e você só tem
que percebe-lo de acordo com o que é enviado a você de Cima.

Você não tem vontade de estudar? Maravilhoso. É excelente que


eu não tenha vontade de estudar. Isso significa que agora eu
tenho que tentar superar isso. Onde estão os poderes da
sociedade? Onde estão os “ontem e os anteontem”? Depois de
coletar tudo isso em um único quadro, eu, no entanto, tenho que
exigir que a Luz que me traga de volta à Fonte. O Criador tem
que me dar forças, mas não para encher o meu ego de uma
forma falsa, para que eu possa seguir em frente com alegria e
estudar com entusiasmo. Não. Está tudo bem se eu não me sinto
realizado fazendo isso. Tudo bem se eu não tenho o desejo de
estudar e está tudo bem se eu continuar sem um desejo. Agora
eu quero atrair a Luz que me leve de volta à Fonte. Agora eu
quero adquirir a força para ir além do conhecimento. Deixe-me
conectar ao estudo não através da minha razão, mas acima dela
acima do conhecimento.

Neste caso, quem irá se beneficiar mais? A pessoa para a qual o


material parece árido, se beneficia mais. Ela só tem que perceber
a situação corretamente. Por outro lado, quem está em um
estado elevado, que usa a razão, e trabalha durante a aula,
escreve as coisas, faz desenhos, possivelmente, não está
utilizando o seu atual estado corretamente. Possivelmente, ele
apenas estuda com a sua razão externa, como Partzufim Abba e
Ima recorrem um ao outro, quer face a face ou costa -a -costa - e
esquece de si mesmo. É uma questão diferente se estudo em um
grupo. Mesmo que alguém se esquece de si mesmo, se ele estuda
com entusiasmo, em um estado elevado e experimenta sensações
positivas, enquanto o outro, pelo contrário, alegra-se com a falta
de vontade de estudar (porque isso cria condições para a oração,
que lhe permite aplicar os esforços e, possivelmente, ser honrado
com algo acima do conhecimento) - no entanto, no grupo todos
suprem uns aos outros.

Com o que eles fazem isso? É feito através de esforços. Aplicação


de esforços, você quer estudar, enquanto eu não. Então você me
completa, e eu completo você. Nós somos como um só homem.
No espiritual, há somente um homem, apesar de que aqui
estamos divididos em muitos. Se agora nós podemos constituir
um homem, onde todos supram uns aos outros. Por exemplo, a
sua subida complementa minha improdutividade.
Esta é a maneira pela qual temos de trabalhar aqui, como se
fosse um laboratório. Juntos, vamos trabalhar em um estado que
nos foi enviado de cima. Temos de lidar com algo, com o material
chamado de “a nossa condição”. Toda pessoa, como se
trabalhasse com substâncias químicas, realiza testes que lhe são
atribuídos, e, como resultado, juntos, trabalhamos em um
material comum, que é dado ao grupo de cima. De cima o grupo
é tratado como um único corpo. Se alguém está trabalhando em
alguma coisa, exatamente como se estivesse em um laboratório
de química. Então, em geral, estamos engajados em uma ação
comum por aqui e começamos a subir.

Cada um de nós tem que prestar atenção ao seu estado no


momento de estudo e ter em mente que todos nós trabalhamos
juntos. Nós precisamos desses dois fatores: todos trabalham em
seu estado interior e, juntos, o trabalhamos em relação ao
Criador. Isso é tudo. Nós não precisamos de mais nada. É tão
simples. (Artigo Diário 26 de dezembro de 2004)

30. O mais importante para mim é seguir o fluxo da corrente,


para sentir que estou dentro. E não importa, o que permanece
em minha mente após o estudo. Na verdade, isso, mais tarde, me
ajuda a aprofundar a intenção, para a unificação emocional com
o texto, embora isso seja secundário. Desta forma, tudo se
desenvolve corretamente. A pessoa para de exigir apenas o
conhecimento e começa a se preocupar com que vivem nela,
como uma criança, como se realmente executasse as ações. Ou
mesmo se ele não as realiza, o resultado vai junto com ele. Temos
que chegar a um ponto em nosso estudo, quando forçosamente
entramos neste estado em nossas sensações e não nos damos
descanso. Então nós vamos conseguir.

Isto não tem nada a ver com os estudos em uma universidade ou


escola, isto é algo completamente diferente. Comece a entender o
que está sendo solicitado de nós. Diz-se: “Acredite na sabedoria
entre o povo, mas não acreditam na Torá entre as pessoas”.
Porque agora você está exigindo a Torá, a Luz (GAR), que traz de
volta à Fonte, e não a sabedoria. Esta é uma relação muito,
muito sutil, que é muito diferente da nossa abordagem usual
para estudar qualquer ciência.

É necessário apenas adquirir esta abordagem. Nada mais é


necessário. Comparado a isto, todo o resto simplesmente não
existe. E então, vamos sentir o poder oculto do livro, nesta
ferramenta passada para nós por Ele. Francamente, com exceção
deste texto, não temos qualquer outra conexão com o espiritual.
Beneficiar-se deste fator chave é a única coisa importante, nem
mais nem menos. (Lição de TES, 26 de outubro de 2004)

31. Temos lido muitos artigos em conjunto. Isso não deve


ficar no nosso caminho. Uma pessoa pode passar para um novo
estado a cada segundo. Temos que deixar o estado anterior e
tentar não segurá-lo dentro de mm mesmo. No momento em que
o estado, não importa o quão alto seja, se mantenha em uma
pessoa por mais de um instante, ele se transforma em uma
Klipá. Um novo estado deve estar diante de uma pessoa a cada
novo instante. Se uma pessoa não está tentando segurar seus
estados, isso significa que, em primeiro lugar, ela não se
correlaciona com eles, desde o desejo de permanecer em
qualquer estado visa exclusivamente seu benefício. Se uma
pessoa não atribui os estados a si mesma, então poderá vir à
correção ou ao fim da correção. Portanto, qualquer que seja o
estado que uma pessoa atravessa não é importante para ela. O
importante é passar pelo estado o mais rápido. Podemos ler
milhares de artigos por dia, e isso não vai ficar no nosso
caminho, porque é realmente possível atravessar mil estados
durante o curso de um dia.

Você não deve tentar ativar sua memória e tentar lembrar-se de


várias coisas. Não use a sua percepção e não se prenda a isso,
não tente sentir a mesma coisa no instante seguinte, igual ao
que sente agora. Não. Se você sentiu alguma coisa por um
instante, então você já a apreendeu. Você não deve se preocupar
com mais do que isso, você tem experimentado essa percepção
em sua vida, e acabou. A próxima vez tudo será diferente, maior
e melhor, e vai ter uma definição interior diferente. Não há nada
para se preocupar. A coisa mais importante é passar por todas
as percepções em seus pensamentos.

É por isso que foi dito que em cada novo momento a Malchut de
Ein Sóf está vazia novamente, é uma virgem novamente. Nós
devemos fazer a mesma coisa. Uma pessoa deve ser nova em
cada instante, como se ela renascesse. Neste caso, nós apagamos
tudo que veio antes, e mais uma vez nos tornamos vazios e
prontos para o trabalho. (Artigo Diário, 17 de janeiro, 2005)

32. Nada relacionado com o estudo irá ajudá-lo, exceto as


luzes que atuam sobre as Reshimô. Todas as coisas inteligentes
que você aprende aqui não valem mais do que as outras ciências
que tenha estudado em outros livros. Você pode se convencer de
que você está estudando eventos espirituais e Sefirot que sobem
ao longo dos níveis, bem como as luzes, no entanto, tudo isso é
secundário em relação à influência da Luz Circundante. Se ela
não agir em cima de você, você não vai entender o verdadeiro
significado de tudo o que está escrito no TES. Em seu estado
atual, você não entende as leis descritas por Baal HaSulam.
Quando o que vocês têm estudado há dez anos finalmente se
revelar a você, então, você vai ver toda a imagem de uma maneira
totalmente diferente, e em uma dimensão e compreensão
totalmente diferentes. Portanto, você deve aspirar o estudo para
trazer-lhe doação, ao invés de conhecimento. (24 de janeiro de 2005)

33. Se uma pessoa quer entender o que está acontecendo


com ela, ela anseia o entendimento e isto exerce uma influência
sobre ela. Todo o resto apenas acompanha a percepção: você está
perto, longe, ou em algum lugar no meio, mas em qualquer caso,
é principalmente o desejo de uma pessoa que trabalha. Agora
você não tem que pensar sobre o fato de que Luz Circundante,
que brilha na parte interna, derramará sobre você do lado de fora
e limpará seus vasos, e sobre o fato de que a Luz que vem, limpa
o Kli e portanto, o Kli se torna mais fino, - tudo isso é apenas o
conhecimento. Você anseia simplesmente por este estado. O
desejo que lhe empurra é verdadeiramente o combustível, como
um míssil que lhe leva até lá. Os desejos atuam, os desejos
trabalham, e não há nada que exista além do desejo, quer seja o
desejo de doar ou o desejo de receber prazer. O desejo é a força, e
tudo o mais é o material que não possui qualquer ação. Portanto,
o trabalho é feito especificamente pelo desejo da pessoa.

Quando juntos queremos a mesma coisa, então construímos o


desejo comum. Se, além disso, cada pessoa também pensa em
todas as outras pessoas e também sobre o fato de que não é
apenas ela que deseja atingir a meta, mas também todas as
outras, se todo mundo dispõe de um único Kli, então este desejo
se torna cada vez maior. A única coisa necessária é o desejo.

... Você deve fazer perguntas na aula sobre o Estudo das Dez
Sefirot, e Baal HaSulam dá uma base para isso, na Introdução a
TES. Há várias razões para isso.

Primeiramente, a pessoa estuda usando seu raciocínio, não se


pode estudar sem utilizar a mente. Essa é a natureza do nosso
Kli. O Criador não criou a mente para que a ignorássemos ou a
depreciássemos. Temos que trabalhar com os nossos Kelim, nós
realmente temos que entender o material que nós estudamos e
construí-lo em nossas cabeças. Você vê como os Cabalistas
tentaram escrever tudo isso de uma forma ordenada, mesmo que
eles não estivessem escrevendo especialmente para nós, mas sim
para aqueles que já estão presentes nos eventos descritos. Eles
querem especificamente corrigir essas pessoas.

Imagine como muitos Cabalistas ao longo da história cometeram


erros. Você pode pensar: “Eles cometeram erros - Então, qual é o
problema nisso? Isso significa que eles realmente não conheciam
os escolásticos”. No entanto, isso não é escolástico para eles. Se
um Cabalista está presente em eventos verdadeiramente
espirituais, então ele realiza as correções ao ler sobre eles e
fazendo-os. Um livro com instruções é um bom professor para
ele, e ele corrige a alma, usando-o. Obviamente, ele próprio
acabará sendo capaz de revelar o que está lendo. Diz-se, “A alma
do homem vai ensiná-lo”. No entanto, isso leva muito tempo.
Portanto, uma pessoa é capaz de fazer a mesma coisa mais
facilmente, ao trabalhar em inclusão com outras almas. Um
grande benefício está oculto no uso dos entendimentos das
outras pessoas. Esta é a primeira razão.

A segunda razão: Tome, por exemplo, uma pessoa que alcançou


o espiritual e tem que usar este livro como a autoridade de suas
ações, assim como um manual de ginástica que mostra como e
descreve quantas vezes você deve mover seus braços e pernas
para se tornar mais saudável. Ler o TES é a mesma coisa. Apesar
de trabalhar nesse sentido, uma pessoa ativa seus Kelim
interiores e efetua correções, ao fazer isso. Além disso, realiza as
correções de acordo com o sistema comum que Baal HaSulam já
revelou, e desta maneira a pessoa torna-se incluída neste
sistema. Seja qual for o nível que sua compreensão possa ser,
mesmo que ela só se anule, a pessoa segue os passos de um
grande Cabalista e segue o caminho indicado.

Ainda não estamos presentes no entendimento espiritual, e nós


recebemos a Luz Circundante através do estudo. O sinal mais
importante, que é a qualidade do esforço, é medido pela
demanda ou pela ausência percebida: como isso vai beneficiar a
minha correção? Este benefício depende da dor que você
experimenta quando você procura a correção, e sobre o quanto
sua dor é orientada por objetivos. Você não se preocupa com o
seu dia será, mas sim sobre como você esclareceu o objetivo para
você mesmo, ou especificamente o que você deseja. O volume do
Estudo das Dez Sefirot está na sua frente, e isso vai ajudá-lo a
entrar no espiritual. Para quê? O que isso lhe dará? Para que
você vive? O que você espera de seus estudos? Se você vai chegar
em algum lugar, então o que isso significa? O que exatamente
você tem que conseguir? Qual é a natureza do ponto ao qual você
aspira agora? Todas essas questões fazem parte do
esclarecimento da qualidade do esforço.

Uma pessoa, que simultaneamente estuda e trabalha no


entendimento, pouco a pouco chegará à correta relação entre o
estudo e o trabalho interior. Ela se torna consciente do fato de
que é precisamente o trabalho interno que irá levá-la ao objetivo.
Ao mesmo tempo, os sinais quantitativos de estudo, tais como o
quanto a pessoa sabe, o quanto entende, o quão profundamente
responde ou faz perguntas, são determinadas por seus atributos
animais. Por isso se diz: “Não é a pessoa inteligente que estuda”.
Para uma pessoa foi dada uma mente afiada, clara e penetrante,
enquanto para a outra não. Isto não tem relação alguma com
atributos espirituais. Esse atributo é inerente a uma pessoa que
gosta de estudar e compreender.

Algumas pessoas, por sua natureza não ativa sua mente que
parece funcionar mais com as intenções. No entanto, é possível
que o seu trabalho nas intenções não seja forte o suficiente.
Outros se esforçam muito no estudo e depois veem que o estudo
não os conduz para a meta, apesar de esperarem por isso. Afinal
de contas, como regra, eles conseguiram na vida especificamente
com a ajuda de informação, conhecimento e perspicácia. Em
seguida, se desiludem com a mente e, assim como foram
diligentes nos estudos anteriormente, agora usam todas as suas
forças para trabalhar nas intenções.

Podemos identificar outras razões, mas devemos entender que


uma pessoa tem que trabalhar com o que a ela foi dado. Nós não
podemos obrigá-la e dizer-lhe o que deve ou não usar. Tudo deve
ser revelado a uma pessoa naturalmente, até que finalmente
chegue ao entendimento do bem e do mal. Estamos apenas
falando sobre como nós podemos passar por estas etapas mais
rapidamente, mas é necessário passar por elas, e nada pode ser
feito sobre isso.

Você tem que perguntar e tentar entender o material. No entanto,


a verdade é que, com o tempo, a pessoa fica imersa no tema que
é doloroso para ela. Se ela sente a dor do pensamento “Por que
não estou avançando?” então ela para se conectar isso, ao
conhecimento, por exemplo: como e onde cada um dos Partzuf
Melachim caíram? A pessoa naturalmente já não se preocupa
tanto com aquisição de fatos, porque entende que não é esse
conhecimento que vai ajudá-la a se tornar a pessoa que doa. Isso
acontece naturalmente. (Extraído da lição do TES, 02 de janeiro de 2005)

34. Eu acho que um discípulo, que quer realmente


compreender o material, tem que trabalhar e muito duro durante
a aula. Talvez não necessariamente escrever tudo, mas tem que
fazer o trabalho. Cada discípulo deve criar um sistema rigoroso
imutável para escrever as coisas, para desenhar. Em ambos os
casos, o sistema define os limites, estabelece um quadro claro
para a nossa aula matinal de três horas.

... Eu acho que se alguém quiser aprender algo, compreender, ou


estabelecer uma conexão com algo, ele tem que ler pelo menos
cem vezes, até mesmo duzentas vezes. Só depois é que ele pode
ver se tem algo dentro dele ou não. Mas, primeiro, leia o material,
pelo menos, dezenas de vezes. Sem memorizar, não funciona.
Isto é tanto deliberação quanto percepção; há muitas coisas
nisso.
É necessário conhecer os artigos do “Shamati” praticamente de
cor. Depois disso, continuar com a “Shlavei HaSulam” - uma
interpretação suave, que você não necessariamente tem que
saber de cor. Mas, tanto quanto “Shamati”, penso que se tem que
saber realmente de cor.
Parece-nos que, mudar uma palavra, ou locais chave, não é tão
terrível. Mas por que Rabash escreveu-o dessa maneira
particular? Ele escreveu, em conformidade com os pensamentos
de Baal HaSulam e de acordo com a maneira como ele
reaproximou-se internamente. Quem sabe como seu
pensamento, seu cérebro trabalhava naquela época? Mas se você
repetir as mesmas palavras, você, de certa forma, irá programar
sua mente para seguir exatamente o mesmo caminho. Seu
cérebro atual em um estado animal, como não segui-lo. Parece
que as palavras que você está lendo estão compiladas de forma
incorreta, no entanto, são registradas de acordo com a estrutura
da mente Baal HaSulam e da velocidade de seu pensamento. Por
isso, vale a pena copiar a ordem precisa das palavras em seu
cérebro e, então a entrada das palavras em sua mente vai
organizar a sua mente corretamente.

... Praticamente não existem vírgulas ou pontos nos artigos


“Shamati”. O livro “Shamati” inteiro é um longo artigo. Ele não é
uma coleção de artigos, mas um bloco. Você deve colocar em sua
mente e começar a pensar de acordo com esses padrões, pelo
menos no nível corpóreo, embora eles realmente se refiram a
ordem espiritual de palavras e passagens. É assim que
embarcamos no estudo, é assim que aprendemos. Isto é o que eu
mesmo fiz. (Refeição do novo mês, 12 de dezembro de 2004)

35) Eu digo a vocês para anotarem as coisas porque temos que


estar conectados ao material de estudo. Quanto ao Estudo das
Dez Sefirot progride, não importa o quanto você entende, no
entanto, deve haver alguma ordem. Você deve se esforçar para
encontrar-se em todo este sistema: os mundos, círculos, linhas,
como isto se relaciona com o Governo Superior; como você
ascende neste sistema, como é que a Luz descerá sobre você,
qual é o lugar em que você existe. É assim que eu me sinto. Eu
não sei, talvez alguém sinta algo diferente. Eu tenho que me
encontrar lá, para entender o caminho que eu tenho que seguir,
para entender o que me influencia, o que posso governar e
influenciar. Em outras palavras, o estudo tem que ser como uma
oração. Você tem que se encontrar em todo esse sistema. Por isso
temos que tomar notas. Transforme o seu estudo em uma oração
- ou seja, quando você aprende coisas abstratas, tira conclusões,
suposições e as usa para o seu progresso pessoal. (Refeição do Novo
Mês, 12 de dezembro de 2004)

36. Desde o início, eu faço ações me esforçando durante o


estudo para atrair a Luz da Correção. Isto é chamado uma “ação”
ou "a minha intenção durante o estudo", que é a mesma coisa.
Em troca, eu recebo a Luz AB-SAG de Cima, a força de correção,
ou a Luz que Reforma, não é importante o nome que usamos
para isso. Agora eu tenho a intenção em prol da doação neste
inteiro desejo pelo prazer que se revela em mim. Um desejo que
se relaciona com este mundo se torna revelado em mim. O desejo
espiritual ainda não se tornou revelado. Então, eu visto a
intenção “em prol da doação” neste mundo. Ou seja, eu estou
pronto para rejeitar o mundo inteiro, em prol de doar ao Criador.
Isso significa que eu já me conectei a Ele, como uma semente no
ventre da mãe.

Eu me conectei e comecei minha fase de desenvolvimento fetal de


nove meses. Como eu me desenvolvo? Eu já recebi a intenção “de
doação” nos desejos deste mundo, mas agora o desejo de pelo
espiritual se tornou adicionado em mim, e eu comecei a
trabalhar neste desejo adicional, que aumenta a cada dia que
passa. Isso é chamado de “dia a dia”. Por fim, eu tenho que
passar através de todos os dias do desenvolvimento intrauterino,
passar pelas três “seções”, através de uma série de mudanças
qualitativas, etc.

Mas o que estou fazendo em essência? Estou aumentando a


minha intenção, no plano do desejo de prazer aumentado.
Quando o desejo egoísta cresce em mim, então eu ainda executo
a mesma ação, mas eu já vejo muito mais quando eu estudo. Eu
tenho uma conexão diferente e uma característica diferente da
minha relação com o Anfitrião, eu já começo a percebê-Lo.
Entretanto, visto que eu O percebo, o meu trabalho também
consiste em neutralizar essa percepção. Este trabalho é ainda
mais difícil.

Agora, quando eu posso ver o Anfitrião, eu tenho que ocultá-Lo,


caso contrário eu não terei a intenção de doação. Eu oculto Sua
revelação, sob a forma de prazer para o meu desejo egoísta de
sentir prazer. Se eu não ocultá-Lo, se eu não colocar uma
barreira entre nós, ou o Machsom, então o Criador irá colocar
essa barreira automaticamente. Cada vez, eu mesmo tenho que
criar essa barreira, caso contrário não serei capaz de executar a
condição da Primeira Restrição. Cada vez, o trabalho se torna
mais e mais difícil. Eu mesmo tenho que criar as ocultações,
como é dito: “Moisés ocultou sua face, porque temia ver o
Criador”. É assim que a pessoa avança.

Resumindo, a ação é o nome da busca pelos meios que me trarão


a intenção correta. No espiritual, estes meios estão contidos, não
apenas no estudo, mas em várias outras oportunidades que se
tornam reveladas. Estas são as oportunidades de trabalhar com
o grupo, com o professor e com outros meios. De qualquer modo,
a “ação” é o nome do que eu desejo e do que eu estou fazendo
para alcançar a intenção. Se, simultaneamente, eu não fizer
nada para alcançar esta intenção, eu não estou fazendo
nenhuma ação. Se estou só estudando, então isso não é
chamado de “fazer uma ação” que possa me dar a intenção. (Da
lição de 25 de fevereiro de 2005, Os Degraus Escada, Volume 2, artigo 586,
"Para aquele que vem ser purificado...")

37. É necessário ler regularmente os artigos ou cartas


escritas por Baal HaSulam ou Rabash que discutam o
trabalho. A questão toda do trabalho é como atingir o vaso da fé.
Assim, a pessoa deve se conectar à esta fonte, a este provedor,
tanto quanto possível durante o dia, em cada oportunidade, na
esperança de que o despertar para a fé e a doação que há nestes
escritos dos grandes afete-o. Este é o mesmo caso de quem vem
estudar. Antes de estudar a pessoa precisa se regozijar no fato de
que ela chegou, e que agora está com os amigos e em uma rotina
de estudo. É bom, dia após dia, durante toda a sua vida,
reconhecer que, “é para isto que eu fui criado e, portanto, eu
estudo. Fico feliz que eu tenha um destino diferente de todas as
outras pessoas no mundo. Eu já cheguei ao encontro com o
Criador, e mesmo se Ele não agir em mim de nenhum modo,
tenho muito a agradecer. Embora eu não seja capaz de fazer
nada, estar presente já é um grande ganho”. Deste modo,
gradualmente, por um lado, a pessoa se torna acostumada à
estrutura, e por outro também sai da estrutura. Tal atitude é útil
na busca de pontos para se segurar enquanto progride mais
profundamente. Com a influência contínua da conexão com o
Criador, a providência lhe é revelada mais e mais, e de tal forma,
através do estudo, que a pessoa entra para o conhecimento do
material. (Artigo Diário, 13 de dezembro de 2004)

38. Está escrito que: “uma pessoa só aprende o que o seu


coração deseja”. Nós temos que encontrar lugares aos quais
nosso coração nos conduza. Você esquadrinha através do livro e
de repente tem uma reação a alguma coisa que você leu, estes
lugares são muito importantes e você deve marcá-los. Em uma
outra situação, em uma outra hora, eu verei algo a mais, mas a
cada vez, desta maneira, eu verei como eu mudo e avanço.
Parágrafos, expressões que antes eram completamente
incompreensíveis, que me faziam imaginar porque alguém se
incomodaria em escrevê-los, como se estivesse apenas ocupando
espaço, de repente parecem ter tamanha profundidade e Luz
Interior. Essa Luz me leva para tamanha profundidade, tamanho
reino que eu jamais havia pensado existir na realidade. De
repente, virá como um parafuso e me apertará.

Nós sempre começamos por lugar que nos sentimos mais


próximos, que nós compreendemos. Não devemos olhar para as
dificuldades. Com relação ao estudo regular do Estudo das Dez
Sefirot, agimos como de costume.Se é fácil ou difícil,
continuamos a estudar, porque aqui nós não temos que estudar
para entender. Entretanto, quando você fala sobre o trabalho
interno, você tem que sentir a sua resposta, e escolher os lugares
que estão mais próximos à você, e ao seu coração. (Refeição do Novo
Mês, 12 de dezembro de 2004)

39. O homem não tem o poder de superar a sua vontade.


Somente através da exigência da correção durante a lição que o
poder da Luz Circundante que ilumina a pessoa ao nível ao grau
que ela tenha fé e exija por isto, corrigindo-a, e mudando o
desejo no vaso de recepção da abundância.

Isso é feito desta forma de propósito, para dar ao homem a


possibilidade de dirigir-se ao Criador, e jamais achar que é
possível fazer as correções diretamente da sua própria vontade. A
pessoa não deve pensar que está acima de sua própria natureza,
como o Criador que pode controlar a natureza Dele, porque nisto
o seu orgulho só crescerá. Mas ao recorrer ao Criador por
correção, tendo que reconhecer o mal interno e a grandeza do
Criador, a pessoa começa a se relacionar corretamente com todo
o sistema da criação. O Criador não deseja que uma pessoa seja
forçosamente subjugada pelo Poder Superior, porque, em geral, o
apelo da pessoa ao poder superior é destinado para a recepção
da intenção de doação Dele. Nisto, a medida em que a pessoa
pede, a pessoa recebe os atributos do Criador e se torna igual a
Ele. Isso significa que o Criador não deixa a pessoa no seu nível
anterior, mas a eleva, de acordo com sua exigência em direção ao
Seu próprio nível.

Deste modo, ganhamos duplamente: 1. Não caímos no ego, no


desejo de receber, em pensar que podemos nos corrigir. 2. Nos
voltamos para o Criador, nós começamos a ser dependentes dele,
o que significa que nós subimos para um nível superior.
Inicialmente, estamos incluídos no ACHAP e depois nós pedimos
correção. “Correção” significa ser como o Galgalta Ve Eynaim,
como o próprio nível.

É preciso lembrar que nada pode ser alcançado, exceto pelo


poder da oração durante o estudo. É somente essa ação que leva
a pessoa a mudança, a progressão e a salvação. Todas as outras
coisas que temos na vida, se queremos usá-las ou não, se
estamos conscientes ou inconscientes sobre a maneira na qual
age sobre nós, tudo serve para, finalmente, nos empurrar ao
ponto de chegarmos ao livro com a intenção correta. Os livros
certos estão na nossa frente, mas é o desejo que precisamos
acumular. Durante o estudo, não há muito que possamos fazer,
mas antes do estudo, entre as horas de estudo, ou a qualquer
outra hora, é o tempo de preparação. (Artigo Diário, 11 de novembro de
2004)

40. Somos vasos, experimentando sensações. Um vaso, “Kli”,


é o que a pessoa “sente” e a sensação não pode ser ditada pelo
intelecto. Estes são dois sistemas diferentes e opostos. Você está
me pedindo para lhe contar sobre exemplos ou ações que vão lhe
ajudar a melhorar a sensação. Eu posso lhe dar mil e uma dicas,
mas você as esquecerá em um segundo, porque você quer chegar
a uma sensação desejada através do intelecto. O que podemos
fazer? Uma ação muito simples: nos reunimos e começamos a ler
livros que discutam o nosso estado corrigido, desejando que ele
exista em nós. Isso é tudo, apenas ler. Mas, a fim de nos
reunirmos, ler e pensar, algumas ações preliminares são
necessárias, a fim de despertar em nós a compreensão e o desejo
para a necessidade e urgência do estudo compartilhado, pois não
há outra escolha. Resumindo, esta é a ação, e nada mais. Por
que nós estamos lendo todos esses livros? Lemos porque eles
descrevem para nós o nosso estado corrigido. Na medida em que
desejamos que isso aconteça, acontecerá. A Luz Circundante age.
(Artigo Diário, 05 de janeiro de 2005)

41. Se você classificar os seus desejos, você pode usar as


suas primeiras nove Sefirot para a doação; Malchut, o coração de
pedra, não pode ser usado para doação.

O que isso significa e doar sobre o que? Significa doar à conexão


com o resto das almas. Somente nesta conexão entre você e o
resto das almas o Kli é descoberto no qual o Criador é revelado.
O vaso para a inspiração da Shechiná é a conexão entre as
almas. Precisamos pensar desta maneira durante o estudo.

Estamos agora aprendendo sobre a correção dos 288 desejos em


oposição às 320 partes, o que significa que cada um deve
examinar todos os vasos interiores, todas as possibilidades de
conexão com os outros. Esta é realmente a correção. A pessoa se
congela, se fecha e esconde os desejos que não a ajudam a se
conectar com os outros. É desta maneira que a verdadeira forma
de doação da pessoa é revelada. Nisto, a pessoa revela o vaso no
qual o Criador aparecerá.

Estamos estudando agora sobre as coisas em que a intenção e o


estudo são iguais, e isso é realmente verdade em toda a
sabedoria da Cabalá. Temos que despertar e examinar esta
questão constantemente. Se o fizermos, as intenções e os estudos
estarão conectados como um só. A pessoa e o estudo, com a
intenção de atingir o estado correto enquanto estuda, será como
um só. Se estudarmos em um grupo, onde todos desejam se
conectar, verifica-se que estamos em um laboratório e estamos
realizando o experimento em nós mesmos. Quem percebe isso vai
sentir o quanto avança, e quem não sente, está fazendo um furo
no Kli. (Artigo Diário, 15 de fevereiro de 2005)

42. Temos que perceber o seguinte: por um lado, o Cabalista


pode vestir as palavras da sabedoria da melhor maneira para
nós, e fazendo isto nos mantém na intenção correta, não nos é
permitindo perder a direção, caminho ou compreensão do que
podemos atingir ao ler e discutir o material. Por outro lado, o
esforço não vem ao fazer a nossa parte. Nossos esforços são
direcionados precisamente para isso, enquanto que os
pensamentos e obstruções decorrem da nossa natureza, cada
indivíduo sendo construído diferentemente. Temos que trabalhar
para superar esses obstáculos e precisamos purificar a intenção.

Não devemos pensar em nossos desejos e pensamentos, ou sobre


o que nos acontece neste mundo. Além disso, não devemos
pensar sobre o espiritual como tal, a forma como ele é
investigada nos livros Cabalísticos, ou seja, sobre o mundo de
Atzilut, sobre o mundo de Adam Kadmon e as restrições, sobre as
ascensões e quedas, e sobre todas as outras coisas, investigadas
no TES. Em outras palavras, não devemos pensar nem no
espiritual, nem em nós mesmos.
Temos que pensar em uma coisa: como durante o estudo
podemos lembrar que é precisamente isso que me leva à meta,
como uma carruagem, trem ou avião, - qualquer coisa que eu
subo a bordo e defino o rumo para o destino. A pessoa tem que
pensar apenas nisso; ela tem que concentrar seus esforços única
e diretamente a isso. Esta é a nossa oportunidade de livre
arbítrio. Nada mais pode ajudar a pessoa a alcançar o que ela
quer, o pensamento da criação. (Artigo Diário, 24 de fevereiro de 2005)

43. No momento da leitura do TES, devemos pensar no fato


de que toda a nossa correção está condicionada à adesão ao
Superior.
Não nos é permitido utilizar a nós mesmos, nossos atributos
pessoais. Nossos desejos e pensamentos na sua forma atual não
são destinados para o trabalho espiritual. Entretanto, depois de
nos aderirmos ao Nível Superior, e ao nível da nossa adesão, que,
graças a essa coesão, veremos que estamos mudando. Podemos
nos engajar em doação corretamente apenas por meio dessa
integração. Isto significa que Malchut se conecta às primeiras
nove Sefirot, a Yessód.

Graças a esta integração, na medida em que Malchut é conectada


a Yessód e confia-se a ela, tomando sobre si todo o trabalho nas
propriedades das primeiras nove Sefirot, na medida em que as
propriedades de Malchut se tornaram equivalentes às
propriedades das primeiras nove Sefirot, removendo as diferenças
das manifestações externas, isto é, (ao nível que as propriedades
de Malchut tornem-se equivalentes à) doação, Malchut pode
trabalhar. Esta deve ser a intenção durante o estudo.

O trabalho na espiritualidade só é possível com o grau de adesão


com Superior, quando tomamos sobre nós tudo o que o
caracteriza - acima da razão, acima de tudo, puramente pela
adesão e pela dedicação a isto. Isso acontece, em primeiro lugar,
no grupo. É lá onde podemos verificar: se estamos realmente
prontos, querendo, ansiando por tomar sobre nós mesmos - só
na teoria - o que caracteriza o Superior. É por isso que nós
precisamos pensar sobre o Kli comum, onde nos unimos com um
único propósito - a conexão com o Criador. (Da Lição de 16 fevereiro
de 2005)
Intenção Durante uma Refeição Festiva

44. Durante a lição matinal nós falamos sobre a intenção na


hora do estudo. As intenções são os desejos da pessoa, o que ela
quer alcançar ou o seu programa de vida o que ela aspira em sua
mente e coração pela sua vida inteira, assim como seus
desapontamentos e esperanças. Tudo isso é expressado durante
a lição. Por quê? Porque na hora do estudo a pessoa estabelece a
conexão com a Fonte, de onde vem todos os poderes de atuação
sobre este mundo e todas as pessoas nele. Daqui se conclui que
durante a lição a pessoa pode dirigir-se, suplicar, perguntar,
exigir e trazer mudanças. Isso é quase impossível em outras
horas.

A exceção é uma refeição festiva. Em comparação com uma lição,


uma refeição festiva é ainda mais especial, e, nesse sentido,
difere dos estudos. Durante a lição a conexão com a Força
Superior é estabelecida, graças ao livro e ao Cabalista que
constrói essa conexão para o estudante. O Cabalista dá ao
estudante o livro que descreve o lugar da Governança Superior.
Por outro lado, a situação durante uma refeição festiva é
diferente. As pessoas sentadas ao redor da mesa não estão no
nível do Cabalista que lhes conta sobre o mundo de Atzilut, de
onde os poderes vêm até nós. Pelo contrário, nós, os pequeninos,
existimos neste nível, construímos um vaso, e, sem nenhuma
conexão estabelecida e sintonizada anteriormente, nós mesmos
nos dirigimos à Força Superior.

Uma refeição festiva é onde formamos algo comum, é uma


conexão entre as pessoas. No livro do Zohar, e em geral com
todas as fontes, a pessoa pode ler sobre os justos que colocam a
mesa e se sentam para comer. Qual é a essência de todas essas
refeições festivas? Elas são a expressão da conexão entre as
pessoas que se unem desta forma. Cada uma constrói a sua
conexão com as outras e quer unir-se com elas, pois deseja
atingir um nível (espiritual) particularmente elevado. E então não
há necessidade de palavras. Isto é realmente o que estava
acontecendo na casa do meu professor. O último Cabalista da
nossa geração, Rav Baruch Ashlag, conduzia refeições festivas,
de modo especial. Ele insistia que tudo acontecesse em silêncio.
Ninguém conversava com o outro, todos sentavam, comiam
silenciosamente, quase sem respirar, mantendo o foco interno -
cada um por si.

Alguém poderia pensar que, ao contrário, uma refeição festiva é


exatamente o momento em que se pode trocar algumas palavras
com um vizinho, ou amigo, ou levantar e dizer alguma coisa -
mas não. É interessante notar que, apesar das normas aceitas
comumente, uma refeição festiva significa algo completamente
diferente. Vamos pensar sobre o porquê deles estarem sentados
uns com os outros, o que receberão disto, pelo que estão
atraídos, o que deveriam estar pensando junto com os outros, e o
que querem receber como resultado desta ação. Particularmente
durante o tempo de uma refeição compartilhada, é muito
importante que a pessoa mergulhe profundamente no trabalho
interno, o foco interno, e questione: “O que eu quero da minha
vida”?

E a verdade é que o Kli é totalmente nosso. Ninguém está


estabelecendo uma conexão para nós. Nós, e somente nós,
estamos fazendo isto ao organizar uma refeição compartilhada e
conectando-nos uns aos outros agora. Nós, particularmente,
estamos buscando a meta. Ninguém mais está abrindo a linha de
conexão para nós com o mundo de Atzilut. Baseado na conexão
entre nós, nós mesmos, estamos tentando elevar um pedido,
para que possamos seguir com nossas sensações e subir para o
mundo eterno, perfeito e iluminado. Tudo isso acontece graças a
nós. É por isso que a concentração durante a refeição, a atenção
ao que se quer dizer para si mesmo e para transmitir aos outros
em seu grito silencioso - tudo isso tem que ser muito mais forte.
O grito interno tem que ser muito mais alto do que durante a
lição.

Espero que possamos chegar a um ponto em que nossas


refeições festivas sejam as mesmas que as refeições dos grandes
homens justos, que, de acordo com o livro do Zohar, atingiram a
conexão entre cada um deles e a Força Superior somente devido
às refeições festivas. (Refeição festiva na Reunião de Amigos, 08 de
fevereiro de 2005)
A Intenção do Grupo

45. Há tal coisa como a intenção do grupo? Não existe


nenhum grupo se o grupo não estiver unido na intenção e
apenas na intenção. O grupo não pode se reunir em qualquer
outra coisa. A unificação no desejo é chamada de “encontro de
zombadores”. A unificação na intenção, esforçando-se pelo
Criador é chamada de “a sociedade santa”, é assim que o grupo
de Rabi Shimon Bar Yochai é chamado. A unificação é realizada
apenas na intenção comum, voltada apenas para o Criador. Nós
estamos falando sobre a intenção, não o desejo. Nós não somos
capazes de examinar os desejos. Verdade seja dita, o mesmo vale
para as intenções, porém, seguindo os nossos desejos, nossas
ações podem nos desviar em muitas direções. Em contrapartida,
se a intenção é a mesma e direcionada para o Criador - todo o
resto se consolida em conformidade. (Lição de 25 de fevereiro de 2005,
Os Degraus da Escada, Parte 1, Artigo 503)

47. Como posso adquirir a força para ter a intenção 24 horas


por dia? O grupo pode me obrigar, não pela força, mas sim pela
sua capacidade de me influenciar de tal maneira que eu queira.
Eu vou estar "preso" nisto dia e noite. Em outras palavras, essa
percepção simplesmente vai estar sempre comigo.

É necessário começar a viver na intenção, ao invés de realizar


ações. Esta é uma dimensão diferente. Em outras palavras, eu
não vivo em ações e relacionamentos, mas sim na intenção. "Ele
e eu, como me relaciono com Ele" - temos de estar
constantemente presentes nessa intenção. Se você está imerso
nisto durante todas as 24 horas, isso significa que você passou o
Machsom e entrou no mundo espiritual. O mundo espiritual é a
minha relação com o Criador. Esta é uma relação que
corresponde à minha intenção, que é direcionada a Ele. Isso é
tudo. É claro que, neste caso, você se torna preenchido por outra
coisa, você tem uma preocupação diferente, e é assim que você
vive. Não tema, porque neste caso não importa que aspecto
animal você está lidando, se é o estudo, comer, beber ou a
diversão, você, no entanto, preserva a intenção. Isso significa
ascender do nível animal ao espiritual, e viver de acordo com a
intenção e de acordo com a sua relação com a Força Suprema.
Neste caso você a revela, a percebe, vive nela e você existe na
percepção da vida eterna. Nós estamos falando sobre a dimensão
que lhe dá um relacionamento totalmente diferente em relação a
tudo. Se você está sempre direcionado ao objetivo, ao Criador, no
decorrer das 24 horas durante sua vida inteira, então você está
vivendo no mesmo reino que Ele. Obviamente, esta é uma forma
diferente de existência.
Como se deve abordar a súplica ao grupo? Exija; não peça. Exija!
Traga essa necessidade para o grupo. Pressione o grupo, e isso
vai voltar para você na forma de uma convicção. (Artigo Diário, 14 de
fevereiro, 2005)

47. “O fim da ação está contido no pensamento original”.


Não podemos começar qualquer ação, se não tivermos colocado o
objetivo final como a coisa mais importante. O objetivo final deve
estar presente no início. Temos de colocar no início o que vai
existir no final, caso contrário, a ação, intenção ou pensamento
será simplesmente animal. Uma pessoa é chamada de "louca" se
ela não sabe por que ela age assim, nem tem um objetivo claro.
Ela é chamada de tola, criança ou louca.

Você deve imaginar o objetivo final a si mesmo, na medida em


que você o analisou. Não é importante se é pouco ou muito, a
coisa mais importante é que você, pelo menos, o pegue pelo rabo
e diga “Estou trabalhando por isso. Agora eu tenho que realizar
certas ações, para finalmente alcançar o objetivo”.

Uma questão surge: se eu esclarecer melhor o objetivo para mim


mesmo, vou adquirir mais força, perceber a necessidade de
entrar na garantia mútua em tomar o trabalho no grupo, e
colocar meus esforços nele? Isto é construído sobre uma base
mútua. Não importa o quanto você é cativado pelo objetivo final,
você não será capaz de receber muito sem antes receber a
compreensão da importância de seu objetivo final do grupo.
Você entendeu? Você não tem força, e você não tem uma conexão
com o Criador, que brilharia para você e te mostraria quem Ele é
e o que Ele é. No entanto, você tem amigos que podem lhe dizer
que o Criador é grande. (Artigo Diário, 10 de fevereiro de 2005)
48. O que o Criador lhe deu é, simplesmente, uma dádiva
inestimável: condições que nunca existiram no mundo, tanto
internas quanto externas. Você tem o apoio de outros países, as
pessoas se juntam a nós de todo o mundo, você recebeu um
professor que explica como você deve agir, você tem tudo.

O Rabash me disse que quando saía para ir à lição de seu pai,


sua esposa o lembrava que não havia nem mesmo um pedaço de
pão para as crianças em casa. Sua filha caçula vinha a ele e
dizia: “Papai, eu quero comer”. “O que você quer”? Ele
perguntava. “Qualquer coisa”, ela respondia. Esta é a forma que
ele deixava sua família quando ele saía para estudar com o Baal
HaSulam. Estas eram as condições da época.
Vocês não valorizam o seu estado. Suas famílias concordam, até
mesmo o mundo concorda. Este é um tipo de paraíso ou um
hospício. Eu não sei como chamá-lo, isto é algo anormal. Eu
tenho medo de dizer ou não dizer “Obrigado”.

No entanto, isso nos enfraquece, ao mesmo tempo. Vocês caem


em despreocupação. Não há obstáculos no caminho, não há
nada que possa obrigar, cutucar, irritar, assustar e ameaçar
vocês. As condições são tais que eu simplesmente não sei o que
dizer.

Então o que resta para vocês fazerem? Vocês só têm que se


sentar e se conectar uns com os outros. Vocês são deixados
apenas com a rede de trabalho espiritual! Imaginem a si mesmos
que, Deus proíba, exatamente agora nenhum de vocês tenha um
pedaço de pão em casa. Agora comecem a pensar sobre o
espiritual e sobre a unificação dos amigos. Sem mencionar
maiores infortúnios.

Vocês são obrigados a direcionar suas necessidades ao Criador,


faça isto não no plano material, mas no espiritual. Vocês devem
ascender de bons para melhores no plano espiritual e acima dos
vários prazeres. Portanto, vocês devem imaginar que seu estado é
mau e horrível porque não há nada de divino nele, e então
ascender disto. A única coisa que resta a fazer, é fazer alguma
coisa dentro de vocês mesmos. (Artigo Diário, 13 de março de 2005)

49. Teremos que trabalhar muito juntos. Se nós vamos agir


em conjunto, se dirigirmos a intenção pelo bem de todo o Kli e
nos unirmos graças a isto, se as pessoas tiverem estes tipos de
intenções, então extrairemos benefícios. Entretanto, caso
contrário, o oposto acontecerá. É dito: “É melhor sentar e não
fazer nada”. Em outras palavras, se você não tem a intenção
certa, não comece a fazer nada.

Vamos supor que alguém agora vai criar uma série de atividades
em diferentes áreas do grupo. Se essa pessoa não tem as
intenções certas ao fazer isso, então ela, e nós juntamente com
ela, vamos sofrer uma perda. É por isso que é dito: “É melhor
sentar e não fazer nada”.

... Nós não entendemos a extensão do nosso controle sobre a


situação. Sozinhos nós praticamente não promovemos o avanço
correto. A desproporção é enorme: 99% ou até mais. Ao mesmo
tempo, no entanto, estamos autorizados a fazer muito de Cima. É
simplesmente assustador olhar para o que está acontecendo. Se
estivéssemos sentados e estudando por nós mesmos, como todo
mundo, então nós não chegaríamos a lugar algum. Entretanto,
nós estamos em mais perigo potencial do que eles. Há muitos
grupos: eles estão sentados sozinhos, estudando ou rezando.
Entretanto, na realidade, nada acontece lá, eles não estão
trabalhando na unificação e, portanto, não estão realizando
nenhuma ação. Estamos em uma situação mais perigosa.

... Será que é verdade que sentar e não fazer nada é melhor? O
que deveríamos fazer na realidade? Temos que continuar a nossa
atividade, desde que estas ações finalmente evoquem a realização
do mal em nós. Vários problemas e desapontamentos são
possíveis no caminho. É necessário continuar, mesmo se não
enxergarmos os resultados do nosso trabalho depois de vários
anos. Os resultados podem não ser os que nós esperávamos, mas
eles seguirão as leis naturais.

Não há saída. Se nós também restringirmos as ações, então não


sobrará nada de nós. Nosso grupo chega na intenção por meio de
ações. Não podemos estudar, como é costume dizer, “pelos céus”,
ou seja, olhando para o vazio. Se não vamos trabalhar e realizar
ações, então, com isso, fecharemos o Bnei Baruch.

Entretanto, nós, temos que entender a importância da intenção.


Tudo o que fizermos deve tornar-se em ação do grupo com
intenção do grupo, dirigida ao Criador. (Lição de 25 de fevereiro de
2005, Os Degraus da Escada, Parte 1, Artigo 503)
50. Cada membro do grupo deve construir a intenção
durante cada ação. Quando a pessoa faz isso, então a sua
existência, atividade e cada segundo de sua presença no grupo
aumenta a habilidade do grupo de se unificar com o Criador cada
vez mais. Se as intenções são assim, então todo mundo está sob
o guarda-chuva da Luz Superior. Finalmente, toda a realidade é
construída em correspondência com a lei Superior. É necessário
alcançar o objetivo, e se a sociedade como um todo, assim como
cada pessoa individualmente aspira nesse sentido, então a lei
Superior trabalha junto com elas. Neste caso, o grupo,
obviamente, não pode falhar de nenhum modo. Não há nenhuma
força que seja capaz de fazer qualquer coisa contra isto.

Entretanto, se os membros do grupo de algum modo se


esqueceram do objetivo, então a Força Superior que empurra
tudo em direção ao objetivo, colide com os pensamentos
irrelevantes que não aspiram o objetivo da unificação com o
Criador. Pensamentos que não aspiram em direção ao objetivo
levam a fracassos do grupo e tornam-se percebidos de um modo
ou de outro. Conforme estes tipos de desvios se multiplicam e
uma crise ocorre.

Devemos entender que, na realidade, só existe uma força, esta é


a força que empurra tudo em direção ao objetivo e em direção a
unificação com o Criador. Isto tem que se tornar a lei e a dívida
Superior para cada pessoa em particular, bem como para o
grupo como um todo. Temos que pensar apenas no desejo pelo
objetivo, e determinar todas as nossas ações com base nisso.
(Trecho de Leitura, 21 de fevereiro de 2005)

51) A Luz Circundante que vem do estudo e do grupo resulta na


minha aquisição de um certo desejo. Eu estudo e faço todos os
tipos de esforços no grupo, simplesmente através da participação
na vida dele, porque me disseram que eu sou obrigado a fazer
isso. Pessoalmente, não tenho nenhuma urgência para fazer
essas ações, mas gradualmente, graças a eles, eu começo a
perceber que eu tenho que ir além da minha natureza. Para
alcançar isso, eu me comprometo a estabelecer uma conexão
com os outros.

O grupo, em essência, surge no momento quando algumas


pessoas se unem e decidem entre elas que cada uma quer se
elevar acima de sua natureza. É possível alcançar isso apenas se
eles cultivarem o amor, o amor pelos outros, que é a expressão
de sair de si próprio. E é por isso que eles fazem um acordo entre
si sobre a sua prontidão para realizar ações que os ajudarão a
propriedade do amor - indo do desejo pelo prazer para o
espiritual, o desejo de doar.

Se pessoas assim se reúnem prontas para se ajudar


mutuamente, elas percebem que, graças a esta ajuda mútua,
cada uma delas adquire um poder comum, que é o resultado de
seus esforços combinados - elas são chamadas de um grupo. Se,
digamos, dez pessoas se reúnem e cada uma delas quer sair de si
mesma, então cada uma recebe um poder que é dez vezes maior
do que o seu poder individual, e isto a ajuda a atrair a Luz
Circundante. Durante o estudo, quando elas se juntam para
estudar com a intenção correta, para atrair a Luz - isto as ajuda.
A Luz age sobre cada uma delas, digamos dez vezes mais forte do
que a Luz que um indivíduo atrairia por ele mesmo. E isso é
suficiente para desenvolver o ponto no coração, transformando
isto no mundo espiritual.

Mas, se o indivíduo ou a sociedade não realiza ações como esta,


então é impossível atingir a espiritualidade. Não há outra
chance. Você nunca terá o poder para, individualmente, atrair a
Luz Circundante na quantidade e qualidade suficientes para a
correção. Isso só é possível através da ajuda de um grupo. Por
quê? Porque através disto você não apenas expressa o seu amor
pelos outros, mas também lhe é mostrado que você realmente
quer atrair a Luz Circundante, isto então lhe corrige. Tudo vem
junto: eu quero sair de mim mesmo e eu expresso esse desejo
tentando amar o meu próximo. E se nós estudamos juntos para
expressar na realidade meu desejo de sair de mim mesmo, então,
obviamente, a Luz Circundante age sobre mim e me ajuda.
Ambos os fatores formam esta minha ação, esta tendência. Se,
ao contrário, eu penso como extrair benefícios aqui e ali, pedindo
pelo espiritual, pedindo pela Luz Circundante - o que virá como
resposta? No final, meu estado é oposto.

Então, segue-se que você deve aspirar a doação, aspirar


claramente e inequivocamente, com confiança que você está
aspirando especificamente a isto, e nada mais. Você pode
mostrar isso para seus companheiros em sua frente. Se você
mostrar o seu desejo de doação e realmente quiser que esta força
venha e lhe dê esta propriedade - a Luz aparece e lhe provê isso.
Isto é o que é chamado ação, realizada em grupo. Em essência,
este é o sistema. Não há nada além disso até a Correção Final.
Que vocês sejam abençoados em ser parte de um grupo como o
de Rabi Shimon Bar Yochai, entretanto, o mesmo trabalho será
realizado lá. Até a Correção Final, até a última interação no
mundo do Infinito, como um indivíduo engajado no mesmo tipo
de trabalho em relação as outras almas, até que ele as junte em
um Kli Infinito chamado Adam HaRishon.

Em essência, todos os 125 degraus que nós ascendemos em


nosso caminho para Cima representa a aquisição do amor
direcionado de um indivíduo ao seu próximo, aos outros. Não há
nada além disso. Através disto nós adquirimos a natureza do
Criador, que emana exatamente a mesma atitude para com a
criação. Você se torna equivalente ao Criador em suas
propriedades, e, como resultado, você realmente atinge Seu nível,
Sua forma. Ele quer lhe dar o que Ele tem - e você realmente
chega a um ponto quando você recebe o que o Criador tem, que
existe em um grau chamado “o Criador”. Este é o Propósito da
Criação é - trazer o bem para as Suas criaturas. E, certamente,
o preenchimento que o ser criado finalmente recebe e sente não
tem absolutamente nenhuma conexão com seu desejo original
por prazer. O ser criado adquire algo que está além de seu desejo
por prazer. (Da Lição de 12 de dezembro, 2004)

52. Sem o trabalho no grupo, é impossível determinar o que


significa “receber” e o que significa “doar”. As pessoas se reúnem
e começam a trabalhar entre elas, porque este trabalho as
permite esclarecer suas posições em relação ao objetivo, que é
invisível à elas.

Agora, existimos dentro de uma bola, uma esfera, em um espaço


fechado. Temos que nos dirigir para fora, para uma estrela
distante, definindo o nosso trajeto precisamente por isto. Os
cabalistas nos dizem que se nós trabalharmos em amor uns
pelos outros, se cada um pensar sobre os outros, então o alvo, ou
seja, a nossa inclinação interior, será direcionado exatamente à
estrela, ao objetivo, o Criador. Você não precisa ver a estrela que
brilha para você - basta começar a construir esse relacionamento
dentro de sua natureza. Nós temos dez, vinte ou trinta pessoas.
O Criador organiza isso para que nós tenhamos um grupo de
amigos que também aspire descobrir a direção certa.

No estado em que você não vê esta direção, constrói a atitude


correta dentro de sua esfera, seu espaço fechado. Dirija a si
mesmo. Você tem todas as condições necessárias para
estabelecer o curso na direção correta. (Artigo Diário, 29 de dezembro
de 2004)
53. Um milhão de ações o levarão para o pensamento certo,
se você realizá-las especificamente para este propósito. É
impossível errar. Entretanto, sozinho você é incapaz de saber,
incapaz de analisar-se. Mas se isso é feito pelas pessoas ao seu
redor, você vai definitivamente começar a pensar e agir da
maneira que eles fazem.

Nosso problema é que cada pessoa se sente livre e não se torna


um “escravo” dos interesses do grupo. O grupo não influencia
uma pessoa e não a transforma em seu elemento integrante, isto
não implica que isto é necessário em relação a cada membro do
grupo. Nossa intenção não envolve a construção de uma Kli
comum. Caso contrário, cada pessoa seria acorrentada ao grupo,
como se com algemas, amarras resistentes a manteriam presa
dentro, e ela não seria capaz de partir, seria incapaz de pensar
de forma diferente. Este estado seria obrigatório para a pessoa,
se estes fossem os pensamentos do grupo. Afinal, esses
pensamentos certamente dominariam os pensamentos do resto
do mundo.

Veja os exemplos na história: os comunistas, nazistas, socialistas


em Israel, adeptos do Kibutz do passado - quão fortemente o
pensamento os unia. Alguém foi capaz de escapar disso? Se o
pensamento é forte, é muito difícil de escapar de tal sociedade. E
para onde ir? Você imediatamente cai no abismo. Se o grupo tem
um desejo, ele é capaz de criar tais condições para todos. (Lição de
25 de fevereiro de 2005, Os Degraus da Escada, Parte 1, artigo 503)

54. Estamos encarregados de uma missão coletiva, e nós


seremos dignos apenas com relação a isso. Ninguém está em
uma missão pessoal. Nem uma única pessoa aqui merece nada
por si só. Esqueça isso, eu advirto a todos vocês. É uma pena se
qualquer um de vocês pensar que tem algum negócio pessoal
como Criador. Não! Somente todos vocês juntos. Eu
simplesmente chamo a sua atenção para isso e conduzo vocês
como um grupo. Por si só, ninguém será merecedor disso.
Nós não temos a quem recorrer neste mundo, ninguém para se
apoiar, senão o Criador. É assim que tem que ser. Eu também
ensino vocês a não confiar em mim, mas apenas Nele. Nós
simplesmente temos que nos unir. Depois nós veremos se
seremos merecedores, fazendo isso. Se trabalharmos duro agora,
focando no próximo Congresso, tentando unir o Kli Mundial e a
nós mesmos, se nós tentarmos sair do nosso “útero”, - este lugar
estreito e apertado no qual existimos, se sairmos através desta
passagem estreita e entrarmos no mundo iluminado, aspirando
ultrapassa-lo e viver em adesão com o Criador, tendo perdido a
nós mesmos, então nós realmente seremos merecedores de sair
do Egito.

Eu realmente espero que isso nos aconteça em um futuro


próximo. Acredite em mim, eu quero acompanhar vocês até a
própria abertura, guia-los para esta travessia e traze-los através
dela, para dar-lhes as boas vindas do outro lado e mostrar-lhes o
que é, mostrar-lhes a Luz e a abundância, toda essa ordem que
existe além dos limites dessa passagem estreita, que um ser
humano atravessa, como se estivesse experimentando a morte
neste mundo. Isto é muito difícil. Eu já ouvi, daqueles que eram
próximos do Rabash, como ele costumava gritar. Eles disseram
que houve um período em que o Rabash gritava muito e estava
muito tenso. Observando do lado de fora, eles não entendiam o
que estava realmente acontecendo com ele. Isso é uma coisa
muito difícil, mas espero que eu seja merecedor de conduzi-los
ao outro lado. E quando vocês finalmente estiverem do outro
lado, então, eu sentirei, que minha missão terá sido cumprida.
(Refeição do Novo Mês, 14de outubro de 2004)

55. Somente a doação ao grupo é incondicional. Se, através


de um grupo, a pessoa “contata” aquilo que ela chama de “O
Criador” - não é o Criador. É uma certa fonte de preenchimento
para seu ego. A pessoa tem que constantemente aumentar sua
receptividade com relação ao grupo, checando o que ela está
fazendo para receber. Ela tem que se relacionar com o grupo,
como uma força que doa para ela. A força que dá a ela quando
uma pessoa reduz constantemente os limites dentro dos quais se
permite pensar sobre questões que não estão relacionadas com a
adesão com o grupo - ela está se aproximando do estado
chamado de “doente de amor”. Se uma pessoa pode imaginar o
Criador como Aquele Que Doa e está pronta para avançar através
do grupo, se o avanço através do grupo é, a seus olhos, o avanço
real em direção as propriedades Daquele Que Doa, então, ela
alcança o estado chamado “doente de amor”. Baseado na
equivalência de forma, ela ama o Criador, e O deseja. Isto ainda é
um estado “artificial”, ainda misturado com Lo-Lishmá, no
entanto, de alguma maneira este estado é direcionado ao objetivo
correto. Então o Criador afasta a letargia, remove-a, e a pessoa
começa a voltar para casa. (Artigo Diário, 10 de janeiro de 2005)
56. Qualquer coisa que nos seja revelada, é revelada com
relação ao Criador. O ambiente pode apenas me dar um local
para exercer esforços e acelerar o meu desenvolvimento.
Entretanto, as intenções devem estar unidas ao Criador. Existem
quatro níveis: Inanimado, Vegetativo, Animado, e Falante. O nível
Falante possui uma afiliação com o Criador, e por isso, esta
filiação é o meio, o lugar onde o Criador é revelado, esta é a
condição para revelação Dele. O Criador é revelado nas
interconexões entre as almas, fora de si, não em mim, mas na
conexão entre nós. O ambiente em si não é um tópico separado
da discussão. Não há santidade nele, a menos que se torne o
lugar para abrigar a Shechiná, para a revelação do Criador. Só
então ele se relaciona com a Santidade e é chamado de “a
Sociedade Santa”, mas apenas sob essa condição.

Se uma pessoa dá à sociedade maior valor do que atingir a


adesão com o Criador, então isso se torna uma Klipá, similar a
Sodoma e outros exemplos negativos da Torá. O mesmo vale para
os adeptos do movimento Kibutz, comunistas e semelhantes.
Entretanto, se o Criador está acima de tudo, e o grupo serve
como um meio, então torna-se uma condição única,
indispensável e compulsória.

Segue-se que, obviamente, tudo deve passar pelo grupo. No


entanto, qualquer pensamento sobre o grupo que não esteja
conectado ao Criador é absolutamente inútil. Isso se aplica a
tudo, não importa o que fazemos, e principalmente às pessoas
que ocupam posições de liderança no grupo em termos de
processo de decisão e implementação. Na “sociedade santa”,
estes têm que ser grandes pessoas, no sentido espiritual. Suas
ações no grupo podem ter um efeito tremendo - como devem ser
as suas intenções também.

Por esta razão, Baal HaSulam nunca disse que especialistas


externos deveriam conduzir a sociedade. A empresa pode
desempenhar um papel de um consultor - mas apenas até certo
ponto e nas áreas onde as ações ainda estão separadas das
intenções. Isso é viável em etapas intermediárias, quando a
sociedade entra em contato com outras camadas da população.
No entanto, na sociedade corrigida as intenções definem até
mesmo as ações mais simples de um ser humano, trabalhando
em uma fazenda ou em uma fábrica. Um ser humano não pode
ser nomeado diretor apenas devido às considerações de natureza
profissional. Ele deve incorporar as intenções em seu
profissionalismo. Se as intenções não são suficientes para uma
determinada posição, suas qualidades profissionais podem
destruir toda a sociedade. Este é o famoso caso: quando “as
ações excedem as intenções”.

É por isso que o Baal HaSulam escreve em todos os lugares que


a liderança da sociedade, incluindo os profissionais, deve ser
constituída pelas figuras mais proeminentes da geração.
Obviamente, não se aplica a nós, ainda, entretanto, a sociedade
corrigida pode ser governada apenas desta forma. Então, todas
as ações de um ser humano serão direcionadas para a santidade,
no sentido de estabelecer uma conexão com a revelação divina do
Criador para Seus seres criados. Como podemos confiar as ações
e decisões importantes para alguém cujas intenções são
direcionadas para o amor-próprio, desejo de poder ou não são
dirigidos para alguma coisa?

Mesmo que um ser humano que é simplesmente dedicado à sua


profissão e não precisa de nada mais - por exemplo,
programadores de computador, que estão totalmente imersos no
seu mundo de computador - ele se torna um verdadeiro fardo
para um grupo, apesar dele aparentemente realizar grandes
feitos. Até a nossa sociedade está no caminho, e enquanto ela e
o mundo inteiro não forem corrigidos, você pode contratar uma
pessoa como um empreiteiro, pagar-lhe a quantia que ele está
pedindo, e ter feito o que você precisa. Desde que o mundo
inteiro ainda esteja dividido em nossa sociedade e no resto do
mundo, você pode manter uma relação de compra-venda com ele
que não envolvem intenções. Fazendo isso, você toma os desejos
das pessoas e eleva-as ao nível das suas intenções, iluminando o
mundo. (Lição de 25 de Fevereiro de 2005, os Degraus da Escada, Parte 1,
artigo 503)

57. Toda vez que você se reunir com seus amigos, para se
envolver em várias atividades juntos durante alguns dias, se for
um evento de longa duração - como em Sitrin - ou em um
período de alguns momentos, quando estamos cantando e
dançando juntos em uma festa, você se inspira sobre como seria
bom para sair do “eu”. Você sente o fundir-se em ilimitado e
sente a entrada na imensidão de uma vida alternativa. Tais
impressões gradualmente acumulam em você e você começa a
entender que vale a pena viver para isso. Este entendimento é
ainda egoísta, porém é um tipo de Lo Lishmá que leva a Lishmá
já é uma certa percepção do que significa estar fora de si mesmo.
A percepção é ainda avaliação utilizando vasos de recepção, no
entanto, você já percebeu que vale a pena. Consequentemente, se
você colocar isso na cabeça e com o grupo trabalhando como
deve, gradualmente, você receberá mais e mais de tais
impressões. Finalmente, você atinge um estado que é chamado
de “melhor a morte do que essa vida”.

O Criador para você é a saída especial para fora de si mesmo.


Isso é precisamente o estado para o qual você está de coração
partido. O Criador não é um meio, mas um estado para o qual
você é atraído - um retrato do que significa ser o Criador.
Usamos esse conceito para imaginar tudo e esta situação não é
diferente.
Você se esforça pelo prazer que está escondido nesse estado
quando você está do lado de fora de si mesmo. Nós pesamos
apenas o prazer. O maior ou menor estado de submissão e
doação - medimos tudo de acordo com a existência maior ou
menor de prazer. Não há mais nada para pesarmos - meus
"pesos" são úteis apenas para isso.

Quando começamos a sentir um chamado - um desejo de não


sermos limitados pelos nossos vasos, a ter bons pensamentos
sobre a experiência e bons sentimentos para com os outros; a
amá-los, quando temos a oportunidade de ir além de nossas
restrições, o nosso sofrimento e tudo o que é ruim, quando nós
sentimos que há um prazer muito especial que está escondido -
que é o que nos leva a um estado de Lo Lishmá. Então, dentro
dessa Lo Lishmá surge a sensação de Lishmá. Você começa a
perceber que, este estado, mesmo sendo feito para você, você
ainda não atinge a perfeição nele. É uma questão de uma
sensação que não sou capaz de descrever. Gradualmente, esse
estado toma conta e estes tipos de percepções são formados.
Dentro desse desejo de sair de si surge um desejo, que não está
associado com o menor pensamento de si, e que deve resultar em
um novo Kli totalmente novo que não está conectado ao anterior,
de nenhuma maneira. Este tipo de desenvolvimento do desejo é
análogo ao das quatro fases da expansão da Luz Direta. Esta é a
forma como o processo funciona.

No entanto, ele progride lentamente, passo a passo, por meio de


ações em um grupo. Não existem outras maneiras.

O Criador está oculto. Mesmo o fato de que Ele é o Doador do


prazer, está oculto e também aquilo que Ele dá. No entanto, isto
é que lhe dá espaço para desenvolver seus vasos de doação - se
assim o desejar. Não pode ser encontrado em nenhum outro
lugar. Uma estrutura específica do Partzuf quebrado de Adam
HaRishon - vá em frente e trabalhe. Quando começar a trabalhar
aqui, você vai revelar a Luz Circundante que, gradualmente,
mostra a verdadeira imagem. É muito simples: primeiro você
existia no nível das almas, conectadas entre si em um Kli,
enquanto que agora você pode sentir apenas o corpo e não a
alma. Esta situação não é diferente. É para seu benefício. Agora
aja.

O Criador não criou nada, além desta estrutura. É justo que em


seu estado não corrigido, o vaso de Adam HaRishon aparece para
você na forma dos corpos dos seus amigos. Esse é o sistema
através do qual você está conectado à correção. Além disso, há
muitos corpos no mundo que não estão conectados diretamente
a você. Você não é obrigado a efetuar qualquer trabalho em
relação a eles. Você só precisa se preocupar que eles não
estraguem o trabalho para você, enquanto você os incluí
indiretamente, em seus esforços, para que no futuro eles
também se conectem à correção. O grupo representa o vaso todo,
o Partzuf de Adam HaRishon - dado para seu trabalho.

Em seus esforços para ir além de si mesmo em direção aos seus


amigos, para dentro de seus amigos, você gradualmente recebe
uma inspiração sobre como é bom e como vale a pena. Então
você começa a compreender a extensão de como era importante
aspirar completamente ir além de si mesmo, sem qualquer
expectativa de obter benefício próprio. Se um determinado
número de pessoas pensa dessa forma e a força de seus esforços
é adequada, então esta é na verdade a condição de garantia
mútua. (Da Lição Matinal de 11 de janeiro, 2005)

58. O sistema é simples: é a soma de todas as almas. Se


uma pessoa se convence de que não tem escolha e faz um
esforço, então, antes de tudo ela tem que ter certeza de que é
hora de começar a agir, a fim de despertar a ajuda de Cima. Uma
pessoa esforça-se, experimenta fracassos, para e foge, no
entanto, se é importante para ela, ela é, então, preparada para
tolerar grandes tormentos. Ela começa a pensar: "O que está
acontecendo comigo? Por que não estou pensando sobre o que é
o mais importante? Por que eu estou ignorando as coisas das
quais minha vida depende, para que eu termine a “vida de mãos
vazias”? Uma pessoa começa a se preocupar e canaliza sua
preocupação através do grupo, que também enfrenta o mesmo
problema, então ela vai receber ajuda de Cima e a importância
da doação será revelada à ela, a importância do Kli externo que
existe além de seu ego. Na verdade, isso não é um Kli, mas sim a
intenção de doação. Desta forma, passo-a-passo, a pessoa
começa a valorizar este novo estado, que é a capacidade de sair
de sua própria concha, e é gradualmente, o que faz.

A ordem de apresentação é a seguinte: exercer esforço em


conjunto com um grupo, através de livros e estudo, pedir que
aconteça - e então acontecerá. Os esforços devem ser destinados
exclusivamente para esse fim e não se preocupar com mais nada.
Assim que isso acontecer, a garantia mútua será concedida.
Como diz no artigo "Arvut", após o cumprimento desta condição,
o poder superior imediatamente se revelou a Israel e receberam a
Torá. Cada coisa está pronta e aguarda a sua ação. (Artigo Diário,
23 de janeiro de 2005)

59. Uma vez durante o feriado de Sucot com Rabash,


sentimos certa elevação incomum. Eu lhe perguntei: "O que nos
falta?" O grupo sentiu como se estivéssemos todos com um
desejo. Apesar do fato de que não tínhamos nenhuma conexão
especial, no entanto, esse desejo único surgiu. "Então o que está
faltando?" Ele respondeu: “Um ataque”. Você tem que decidir que
irá agora para o fim, e que não é importante se um segundo mais
tarde você vai mudar de ideia. Mesmo que você saiba que você
não é capaz, e ainda nesse caso específico se você decide ir em
frente com isso, já é o suficiente. Baal HaSulam escreve sobre
isso no livro “Shamati”: “Uma pessoa é julgada de acordo com
onde ela está agora”. Em outras palavras, quando uma pessoa
toma a sua decisão, torna-se a verdade segundo a qual ela é
julgada. Para esse efeito, eu recomendo que você pare com todas
as bobagens. Está tudo aqui, não há mais nada disponível,
exceto um único meio: amigos e um grupo unido. Você tem que
se desconectar de tudo, enquanto internamente você mergulha, o
mais profundamente possível, no que você está tentando fazer
agora - para realizá-lo e permanecer apenas nisso. Isto é o que
um ataque é. Um ataque é um foco interno muito grande.
Esperemos que sejamos bem sucedidos. Tudo depende de você.
Para este fim, todos juntos devemos manter a nossa
concentração interna e o desejo por um único objetivo.
Queremos, e o queremos imediatamente.

Como manter a sua concentração, tendo em conta várias


circunstâncias externas? Se você se concentrar e desejar se
tornar uma espécie de "buraco negro" que não permite que
nenhuma Luz saia, se todos vocês que estiverem reunidos
internamente, todos juntos exercem um esforço em sua
concentração, de forma que ninguém seja capaz de perder o seu
pensamento em outra coisa - ele terá uma influência sobre cada
um, como acontece por vezes em Sitrin. Não há simplesmente
nada além disso. Isto é o que você tem que fazer. Isso é o que é
concentração, a força que explode o balão. Nenhum dos
trabalhos é realizado pelo Criador, tudo é feito pelo do homem. O
Superior não tem domínio sobre isso. (02 de dezembro de 2004)
60. Quando você sair para o mundo externo, e perder de vista
seus amigos e o grupo, fica muito difícil manter o foco no
objetivo. A vida continua no mundo em frente dos seus olhos,
introduzindo-lhe um espírito diferente. Como você já está
acostumado com isso que ocorre lá, e por se engajar nisso e
pensar em outra coisa, você chega a um estado diferente. Em
contraste, quando você estuda aqui com todos os seus amigos do
grupo e está imerso em um formato específico. Enquanto, no
mundo lá fora, você cai em diferentes fronteiras.
Portanto, devemos estar mais focalizados e sentir o outro. Então,
mesmo que você não seja capaz, os outros vão exercer influência
sobre você, e você será capaz de passar por muitos estados e
manter a adequada análise interna.

Durante a aula, você obtém uma sensação interior - tente manter


essa sensação por toda parte. Eu me lembro como eu tentei fazer
isso quando eu estava com meus amigos. De modo geral, em
nossas sensações, devemos tentar ser capazes de ignorar todas
as mudanças de localização.

Tente distinguir, na sua ação externa, a parte interna. Isso não é


fácil. Possivelmente, isso restringe as ações externas, removendo
delas o impulso livre para o prazer físico. No entanto, se em
paralelo com esta ação, internamente continua a manter o
preenchimento, enquanto do lado de fora você mostra a
felicidade, para que outros não sintam a sua gravidade interna,
então de repente você vai descobrir que você é feito de partes e
camadas. Este é um exercício muito eficaz que deve ser
experimentado.

Tenha muito cuidado para não estragar o humor dos outros com
a sua seriedade e “justiça”. De repente, uma “intenção” surge em
você e depois você precisa de uma concentração especial - esta é
certamente proibida. Você deve se comportar exatamente como
recomendado pelo Rabash, no momento do encontro de amigos:
um fogo ardente internamente, externamente, a alegria, mesmo
junto com brincadeiras e revitalização - esta é a nossa obrigação.
Comece a jogar isso corretamente, para que por meio da
consolidação, em especial com os novos amigos, gostaríamos de
alcançar a unificação do grupo e da conexão das partes do Kli.
Assim como em uma explosão: quanto mais forte a pressão
exercida sobre o material, maior é a liberação da energia interna.
(1 de dezembro de 2004)
61. Mesmo quando vemos nossos muitos amigos nas telas
dos computadores que vivem longe de nós, precisamos estar
preocupados apenas com a unificação dos nossos corações e
almas, em oposição à intersecção das nossas coordenadas
físicas. Se pudéssemos sentir a unificação realizada pela Luz
Superior, se a Luz Superior de fato nos unificar - vamos nos
tornar tão próximos uns dos outros, que vamos nos sentir como
uma pessoa com um só coração. Vamos experimentar
sentimentos e pensamentos comuns. Teremos a sensação de que
nós não estamos sentados um ao lado do outro, mas na verdade
existimos um dentro do outro, absolutamente juntos. Este é o
resultado que temos que chegar, e isso não tem nenhuma
relação com a distância.

Nosso objetivo é cobrir as distâncias que nos separam com o


espiritual, não fisicamente, e de nos unificarmos, por meio do
espiritual, de modo que nossos pensamentos e desejos se tornem
um em um único espaço espiritual. (Da conversa da refeição de
BeShvat Tuv, 24 de janeiro de 2005)

62. Os cálculos não são dependentes da experiência ou


conhecimento do TES. Existe apenas uma única e simples
condição e é a seguinte: se formos capazes de aceitar, por assim
dizer, esta decisão ingênua de realização que surge diante de
nós. Isso é tudo. Nenhuma quantidade de sabedoria pode ajudar.
A experiência não dá a uma pessoa qualquer vantagem e, na
verdade, serve apenas como um passivo.

Existe apenas um requisito simples: em qualquer lugar que você


estiver - em cada ponto de seu trajeto, em qualquer estado - você
deve certamente demandar uma conexão com o Criador e
alcançá-la. Pode-se dizer que estamos prontos. Não há
necessidade de nos armar com qualquer outra coisa, nada nos
falta em termos de várias diversidades especiais - tudo depende
totalmente do desejo. Precisamos realizar um ataque, e vamos
conseguir. Tudo depende da nossa decisão.

Eu acho que nós somos capazes e podemos conseguir isso, vendo


que aqui temos pessoas reunidas que realmente desejam isso
com seus corações e almas. Se nós inspirarmos uns aos outros,
se conseguirmos esse desejo, mesmo por alguns intervalos, ele
vai trazer um grande benefício, uma vez que tais casos se
acumulam até que chegamos à recepção da Torá. Muito pouco é
exigido de nós, desejar isso de todo o coração. Tudo que é
necessário é querer que o coração de cada um se abra para seus
amigos sem ter que esperar por uma resposta. Você precisa
simplesmente derreter seu coração e derramar tudo o que você
tem dentro dos outros - tudo o que você estava preparando para
si mesmo, dê ao seu amigo. Isto é o que nos fará ter sucesso.
(Congresso Virtual, 20 de janeiro de 2005)

63. Como devo me apresentar aos meus amigos, de modo que,


em resposta receba um desejo para o espiritual? Talvez, para que
meu amigo expresse seu desejo para mim, eu precise despertar
nele um apelo à ação, dirigido a mim? Ou talvez ele nem devesse
prestar atenção em mim - talvez seja apenas a minha abordagem
que determina a possibilidade de extrair-lhe o desejo espiritual?
Ambas são verdadeiras. Nós representamos a criação que sofre
uma reação ao meio ambiente. Eu me encontro em um nível
material, e é imperativo para mim que os meus amigos exerçam a
influência sobre mim. Um amigo é obrigado, portanto, ele é
simplesmente obrigado a projetar todos os sinais externos
possíveis e, assim, me influenciar. Caso contrário, ele não é um
amigo. No entanto, o que eu tomo dele, na verdade depende de
mim. O Rabash fala sobre isso várias vezes: a chave é quantos
zeros eu coloco depois do meu amigo, na medida em que e
porque eu me anulo para atingir esta meta, o que eu quero em
troca - tudo isso forma o vaso, e a forma do vaso, em seguida,
causa a forma da Luz que o preenche. É irrelevante o que você
vai fazer em relação aos seus amigos. Você só precisa saber que
você depende deles em seu desejo de receber alguma coisa, e se
você está preparado para anular-se diante deles por esta meta - é
o suficiente.

“Para anular a si mesmo” ante seus amigos significa que você


está constantemente pronto para concordar que eles são maiores
e mais significativos do que você, que as necessidades deles em
qualquer instância são mais importantes que as suas
necessidades pessoais. Eles são valiosos para você. E,
novamente, por que são tão valiosos? É porque você tem o
mesmo objetivo - o Criador.

Eu formo o meu Kli ao definir a minha relação com meus amigos,


tomando deles o que eu preciso, e, em seguida, desenvolvo uma
atitude em relação a mim e ao Criador - precisamente essa forma
determina tudo. Não há mais nada além disso. Mais tarde você
vai descobrir que você realmente existe em um oceano de Luz
Superior. Sua forma é o que a intenção for. (Artigo Diário, 03 de
janeiro de 2005)

64. Como se deve usar as subidas e as inspirações para


rapidamente atingir o mundo espiritual, sem o resfriamento?
Rabash disse apenas uma coisa: trata-se de um ataque.
“Ataque” significa que cada um está atacando o seu coração,
procurando atingir os outros, sem qualquer consideração por si e
anulando todas as considerações pensadas. Isso é tudo. Um
“ataque” é quando não faz diferença o que seus amigos estão
fazendo, mas você sente uma obrigação de concluir seu trabalho.
Em seu coração você inspira os outros. Isso é o que é um ataque,
e graças a isso nós vamos conseguir. Espero sinceramente que
aceitemos isso em nós mesmos, que em nossos corações, cada
um seja capaz de infectar os outros com a inspiração. (Congresso
Virtual, 20 de janeiro de 2005)

65. Cada um deve sentir-se responsável por todo o grupo. Se


ele se deixa escapar por um instante sequer, então todo o grupo
o deixa também. Se ele se enfraquece, então todo mundo
também enfraquece. Não se deve perder um instante, mesmo
prestando atenção a qualquer outra coisa e deve-se levar em
consideração como seu próximo passo irá ser refletido no grupo.
É difícil, mas deve-se considerar isso de alguma forma. Eu
entendo que é possível ter muitas indecisões. Eu mesmo passei
por isso. No entanto, cada um tem a obrigação de pensar e
considerar tudo, e manter-se em estado de alta prontidão.
Mesmo que uma pessoa não seja capaz de fazer qualquer coisa
com ela mesma, é importante ver até que ponto ela não é capaz,
a profundidade da crise. Ela vai aprender com isso para o futuro.
(Refeição do Novo Mês, 14 out 2004)

66. Precisamos mais pensamentos que nos permitam ficar


mais conectados.
Cada um de nós está pensando em alcançar a doação - o Criador
ou o espiritual. Cada pessoa interpreta isso de sua própria
maneira. No entanto, o que está faltando é a “oração da
sociedade”, ou seja, o entendimento de que uma pessoa não
receberá uma resposta à sua oração, sem amigos e sem ser
incluído no desejo de todo o grupo.

Quando nos voltamos para o Criador em estudo ou em outro


momento, não devemos esquecer que todos nós juntos estamos
pensando e desejando a mesma coisa, com o entendimento de
que o Criador pode tornar-se revelado apenas no Kli comum, na
questão comum, na oração comum e no fundamento comum que
inclui todos os desejos de cada um de nós. A percepção desta
singularidade tem que se tornar o ponto básico. Começamos com
isso e, em seguida, elevamos a nossa súplica. Primeiro, nós nos
tornamos Inter incluídos abaixo, entre nós e em nossos desejos.
Então, com a compreensão de que estamos todos conectados uns
com os outros, por meio da garantia mútua, começamos a elevar
nossa súplica.

Também nos seria útil procurar frases e provérbios que deixam


claro que nós incluímos toda a sociedade em nós mesmos e, de
dentro dela, elevamos a nossa oração comum – “a oração da
sociedade”. Então, vamos ver e perceber o quanto essa oração é
mais eficaz, em comparação com todos os fundamentos
individuais e do esforço pessoal de cada indivíduo. (Da Lição de 20
de janeiro, 2005)

67. Temos que conceber o Criador como o Grande e como o


Rav do grupo. Exigimos dele para que nos dê os detalhes de
percepção e atributos, e para que nos ajude a ter a percepção
mútua de amor e doação. Não mais que isso. Cada pessoa tem
que conceber o Criador dentro de si. Você tem que perceber, o
grupo e o Criador juntos como uma só peça, sem qualquer
diferença nos detalhes. Você, seu amigo e Criador estão todos
juntos. Se uma pessoa mantém esse estado como seu objetivo e
exige de si mesmo, do grupo e do Criador para que tudo seja
especificamente desta forma, então isso se torna realizado.
(Congresso Virtual, 20 de janeiro de2005)

68. Devemos nos concentrar principalmente no trabalho


entre nós. Quanto mais forte formos, melhores formas de mídia
seremos capazes de produzir. A força que teremos será como um
fogo queimando dentro de nós, sentido mais forte em qualquer
lugar. Então, antes de tudo, devemos trabalhar em nossa própria
unificação e a qualidade do nosso trabalho: o nosso desejo e
intenção tem que ser claros, precisos e orientados para um
objetivo, tanto quanto possível - como um homem com um só
coração. Todos os de fora vão sentir isso subconscientemente.

Quanto mais orientados estivermos para o objetivo, mais unidos


estaremos uns com os outros, mais o nosso grupo, com a sua
sintonia com a "frequência" certa, irá afetar aqueles que, de
alguma forma pertencem a isso, sentem-se próximos a isto.
Apenas eles virão. Não aqueles que ainda estão interessados em
magia e à procura de milagres. (Refeição do Novo Mês, 12 de dezembro
de 2004)

69. A partir de hoje e em diante, cada um de nós deve sentir


sua responsabilidade, sentir que a Luz de Cima está aberta para
ele, e que cada momento tem que ser dedicado à adesão com o
Criador. Deixe-o ficar no lado oposto - o lado do Criador. Em
geral, deixe-o ir para o lugar onde ele não existe, onde ele só
pode existir se estiver aderido ao Criador em seus pensamentos,
desejos, existência e ações - sem qualquer referência a si mesmo.
Ele, como tal, não existe. Isto é o que cada um de nós deve
sentir, construindo essa direção de pensamentos a cada
segundo. Então nós vamos conseguir. (Refeição do Novo Mês, 14 out
2004)

70. Não temos o que estamos pedindo. A Luz tem que vir e
nos dar isso, ela tem que nos ensinar o que é doação e como
fazer o cálculo corretamente, bem como a forma de adquirir a
força e a vontade de doar - tudo isso está somente na Luz.
Portanto, temos que pedir para que isso nos seja dado.

Mas uma questão permanece: onde podemos adquirir o desejo de


nos voltar ao Criador com a súplica de que Ele nos dê o desejo de
doar? Este problema é resolvido apenas com a ajuda do meio
ambiente. No entanto, o primeiro problema tem que ser
entendido. Se o ambiente se esquecer que nada mais é que vasos
separados e que a unificação dos amigos só pode ter lugar por
meio da atração da força de Cima que vai nos conectar pelo bem
da doação ao Criador, se isto for esquecido, o trabalho não vai
mesmo começar. O Criador deve estar na cabeça de tudo - no
início de cada pensamento e cada ação como a Fonte do desejo,
como combustível e como a meta que é alcançada através da
ação. (Artigo Diário, 9 de fevereiro de 2005)

71. O grupo deve ajudá-lo a atribuir tudo ao Criador. Se


você construir a sua relação com o Criador por meio do grupo e
se você chegar à doação ao Criador por meio do grupo, isso
significa que o grupo está cumprindo a sua função. Afinal, em
última análise, o grupo é o vaso de Adam HaRishon e, através
dele podemos chegar ao Criador. O objetivo consiste na
realização da doação para o Criador do mesmo modo que Ele
realiza a doação para nós. O grupo não é o objetivo, ao contrário,
o grupo é um meio que permite chegar à meta.

O grupo é obrigado a me ajudar. A busca pela unidade - pelo Uno


e o Único, e as possessões de Um Único - e essa busca comum
ajuda a cada pessoa manter a vontade de atribuir cada desejo e
cada pensamento ao Criador. À primeira vista, este trabalho
parece simples para nós. No entanto, não sabemos até que ponto
isso ajuda surgir em nós um novo e interno Kli.

Nós transformamos nossas origens internas e começamos a


adquirir os sentimentos e conceitos que não dizem respeito a este
mundo. Ao fazer isso, nós nos despertamos de dentro, das
profundezas de nossa criação. Ou seja, nós despertamos os
vasos que já pertencem ao mundo espiritual.

Isso não significa que você está brincando de esconde-esconde


com o Criador, que está escondido, quando diz: “Este não sou
eu” e você responde: “Não, isso é você”. Aqui, você está
construindo um mecanismo único para cada desejo, que então se
transforma no vaso para a Luz Superior. Nós não temos diversos
tipos de vasos. O Criador criou apenas um desejo. Se esse desejo
é voltado para si mesmo, que é chamado de “dentro da pele” ou
dentro do próprio corpo, então esta é uma Klipá. Se, no entanto,
o desejo é dirigido para o exterior, então isso é chamado de
Santidade (Kedushá). Isto é onde você realmente esclarece e
corrige o desejo. (Artigo Diário, 06 de fevereiro de 2005)

72. Uma pessoa deve cuidar de si mesma e do grupo, para


se tornar parte integrante e, em essência, uma parte igual. Um
sem o outro é impossível. A garantia é mútua.

O tempo de Cabalistas sozinhos chegou ao fim. Esta foi uma fase


intermediária entre a destruição e a plena liberdade. Agora uma
nova era começou. Como Baal HaSulam escreve, é o “momento
de agir”. Concluímos o exílio e agora todo mundo tem que subir
para a liberdade ou a recepção da Torá. Isso só é possível através
da garantia mútua. Portanto, os primeiros artigos de Baal
HaSulam, que foram escritos para um público amplo, são “A
Doação da Torá” e “A Garantir Mútua”. Em oposição a odiar sem
motivo, a correção de acordo com o princípio “amar o próximo
como a ti mesmo” é necessário, ou “como um homem com um
coração”. Temos que nos tornar responsáveis uns pelos outros.
Isto é o que é chamado: a construção da vontade comum.

... Um Kli está sendo feito a partir de nós, a fim de anunciar a


Cabalá para o mundo e para levantar uma grande comoção, que
vai continuar aumentando. No entanto, isso não diz nada sobre o
nosso nível espiritual. Não devemos cair nas ilusões - uma coisa
não está relacionada à outra. É possível que realmente sejamos
um exemplo para o mundo de algum modo, embora eu não tenha
certeza disso. Somos simplesmente a agência de publicidade do
Criador. Não haverá nenhuma negociação em relação a Ele. (Lição
de 25 de fevereiro de 2005, Os Degraus da Escada, Parte 1, artigo 503)

73. Não há distinção entre a maneira pela qual uma pessoa


se relaciona com o grupo e como se relaciona com o Criador. O
trabalho da pessoa no grupo consiste em desenvolver o amor por
seus amigos, e evocar o amor de seus amigos para si mesmo.
Em outras palavras, é preciso ser "maleável na conversa",
"agradável" e assim por diante. O mesmo acontece em relação
com o Criador. No entanto, como sempre digo, temos que
começar com o amor dos amigos, porque é lá que se pode
verificar se estamos agindo nesse sentido ou não. De fato, os
amigos podem exigir de uma pessoa o tratamento desejado, em
outras palavras, a organizar a sua relação de uma forma que
cada um imponha ao outro, evoque em si uma necessidade para
que se criem condições que têm que ser cumpridas. Mais tarde,
em conformidade com o seu trabalho, a pessoa vê que seus
esforços despertam a Luz Circundante, e que sua relação com o
Criador, ou como o Criador se relaciona de volta com ela, é
revelado nesta mesma relação com seus amigos.

Por que existem dois tipos de relacionamentos: o relacionamento


da pessoa com seus amigos ou com Criador, e, reciprocamente,
seus amigos e o Criador para com a pessoa? Ambos os tipos de
dependem da pessoa. Fora da pessoa só existe a Luz Superior do
Infinito que preenche toda a realidade, e está em completo
repouso, em sua relação invariável com o ser humano. Se
parecer a uma pessoa que precisa se relacionar com algo e que
há algo fora dela que se relaciona com ela, essa pessoa
condiciona tudo. Em ambos os sentidos a pessoa determina o
curso dos acontecimentos. Em relação ao grupo - se manifesta
no trabalho da pessoa sobre seus desejos, em relação ao grupo,
em doação para o grupo, no seu desejo de submeter a sua
vontade ao grupo, e de receber a relação do grupo em relação a
ela. Na medida em que a pessoa apresenta o amor por seus
amigos, a fim de alcançar o objetivo, ela se torna digna de ser
aceita como parte meritória do grupo. Na medida em que ela
mostra que precisa do amor do grupo, a pessoa demonstra que é
parte integrante do grupo, porque cria uma carência no grupo,
através da qual eles também podem avançar. (Artigo Diário 16 de
março de 2005)

74. A verdade é que, exceto alcançar o Arvut no grupo não


temos mais nada a fazer. Não há nada com que se ocupar. De vez
em quando é preciso abrir uma outra fase, e a fase que estamos
agora nos aproximando é o Arvut. Cabe a nós chegar a uma
situação em que cada um de nós se sentirá sendo ambas partes
do Kli comum, e como um Kli individual. É assim que isso é
percebido no nível espiritual. Falta-nos apenas esse sentimento.
Se nós nos percebemos dentro deste Kli, uma revelação
espiritual, a revelação do Criador acontecerá lá. O primeiro nível
espiritual está aí.

... Cabe a nós apenas entrar naquela mesma percepção, o mesmo


vaso. A Luz aparece logo depois que começamos a sentir os
vasos. Essencialmente, sentir os vasos faz com que eu sinta os
desejos de todos, inclusive o meu, no seu anseio pelo Criador. E
isso une tudo. Isso significa que temos que construir o Kli. Não
há outras coisas a fazer, nenhum tema a desenvolver. Vamos ver
no mundo inteiro, e como o que estamos aprendendo é realizado
e executado lá. Tudo o que fazemos agora, nós transferimos para
nossos amigos em todo o mundo, de imediato, irradiando nossos
estados para eles - e isso é uma grande responsabilidade. Se,
através de nós, eles entram em uma queda, esta volta para nós
de uma maneira muito, muito grave e terrível. Em segundo lugar,
é muito mais difícil despertá-los mais tarde. Devemos sentir uma
grande responsabilidade para com o nosso grupo e para com o
grupo mundial. Basicamente, isto é Arvut.

... Se começarmos a leitura do material de Baal HaSulam que


temos estudado até aqui através do prisma da Arvut, vamos vê-lo
em uma Luz completamente diferente, como se não houvesse
qualquer conexão com todos os tipos de artigos, cartas, ou
mesmo TES que nós estudamos. Trabalhando por meio do grupo,
quando você se relaciona com os nossos amigos com Arvut e
responsabilidade, a fim de apoiar e fazer com que avancem, você
vai ver que ao fazer isso, adquirimos um novo Kli - o futuro Kli
espiritual Então você vai começar a entender o significado do
material que estudamos, e sua relação com você. Sobretudo, algo
novo será revelado.
... Nós não temos que sentir os desejos dos nossos amigos com
relação ao Criador. Não devemos examiná-los, em busca do
desejo deles pelo Criador. Eu primeiro preciso trabalhar em mim
mesmo: quanto eu faço para eles para que eles se sintam
elevados ou inspirados? Quanto esforço faço para poupar ou
movimentar o navio para frente?

... Minha relação com os outros é principalmente constituída por


meus esforços em fazer de tudo para ajudar o grupo a se
recuperar. Levando adiante esse esforço, você vai sentir a
sensação de um Kli unido e entender que além de você todos já
estão corrigidos. Obviamente, isso faz com que seja necessário
analisar as pessoas próximas a você. No entanto, isso é feito
somente depois de verificar constantemente a sua própria
disponibilidade para se unir com os amigos como "Um homem
com um só coração". ... Julgo apenas pela aparência externa.
Cada pessoa tem que acordar e doar a todos, cada um - de
acordo com sua natureza, que você, no entanto, entende em nível
humano. Um deles é entusiasta e funciona como se fosse louco,
enquanto outro é mais calmo, mas você sabe que a calma não
vem da indiferença. Ele simplesmente arde de forma diferente.

... Não esteja tão certo que vamos continuar avançando. O


Criador não dispensa a necessidade de esforço, não é possível
porque estamos lidando aqui com um Kli. Se nós não investirmos
nossos esforços para construir este Kli, nada vai acontecer. Já
houve grupos e instâncias, também agora, há outros grupos
além de nós. Se necessário, um outro grupo será feito para
avançar muito rapidamente, em algum lugar lá fora, e ele se
tornará o que tem que se tornar. A liberdade de escolha não está
cancelada. E é isso? Vocês estão aqui de pé como um só homem
com um só coração? Se estiverem prontos - por favor. Se não -
não. Só isto é solicitado antes da doação da Torá. Todo o resto
tem a ver com a realização posterior, nos níveis espirituais. Estar
no Monte Sinai é o ponto exato, e Arvut é o Kli. (Da Palestra do Rav
sobre Arvut, 25 de outubro de 2004)

75. ... Você não pode receber cada um separadamente. Você


não pode voltar para o Criador de forma egoísta: “Eu acumulei as
necessidades de todos os meus amigos, e agora me dá!” “Eu” não
vai funcionar. A oração tem que ser, o que se chama uma oração
pública, uma oração de muitos.

Não há razão para dirigir-me ao Criador, sem um Kli polido


adequadamente. Quando você se direciona para o Criador do seu
ego, você simplesmente chora sobre como se sente mal. Há
muitos outros que fazem isso, e não recebem nada por suas
lamentações. Você precisa se dirigir ao Criador com o Kli
adequado: O que eu estou pedindo: alcançar a adesão com o
Criador? Isto, o Criador escuta. Mas como você prova que você
realmente veio com esse pedido? E como você sabe que você veio
com a necessidade disso para adquirir a adesão e doação? Para
isso, você pede ao Criador que lhe prove que você fez algo de sua
parte.

Então, o grupo é exatamente o local de preparação do Kli para se


dirigir ao Criador. Caso contrário, você nunca vai saber se você
está se se dirigindo especificamente a Ele. Você pode gritar: “Eu
tenho um desejo! Você não pode ver isso”! Isso está fora de
questão. Muito pelo contrário, quando você sentir que está
começando a entender, ou que você tem algum gosto pela
doação, isto irá dirigi-lo para o grupo. Você verá que o caminho
para o Criador é somente através do grupo. (Artigo diário, 3 de
fevereiro de 2005)

76. Nosso desejo, nossa súplica como um pedido para que


nos mantenhamos, para fazer algo conosco - tudo isso só pode
vir do grupo. Esta é a única maneira de estarmos elevados e
inspirados para a ação. Por que? Isto é assim porque, graças ao
grupo, nos conectamos ao sistema geral de Adam HaRishon. Em
outras palavras, ao realizar ações a fim de nos conectar a este
sistema e avançar em conjunto com todos, nos é concedida a
possibilidade de fazer progressos reais junto com todos.
Praticamente, isso é a mesma coisa. Então, vocês estão
ascendendo na direção certa. Você não terá a oportunidade de
escolher se aproximar em direção ao Criador, a menos que o
meio ambiente, o resto das almas deem esta condição. Como
você pode avançar em direção ao Criador, sem se conectar a
eles? Você não terá o Kli! Portanto, no grau que você deseja se
conectar a esse grupo e formar-se em relação a seus amigos para
que você se inspire por eles e inspire-os em troca, a este grau de
adquirir uma capacidade ainda maior e disponibilidade para
compreender a doação ao Criador. Repito: é a mesma coisa...

Assim, conclui-se que tudo o que é natural para um bebê recém-


nascido, torna-se trabalho duro entre amigos. Um bebê recém-
nascido tem um impulso natural de desenvolvimento, de
progresso, de pedir ajuda e apoio. Aqui, eu adquiro o mesmo,
graças ao grupo, forçosamente, conscientemente e sensatamente,
trabalhando contra o meu ego. (Artigo Diário, 15 de março de 2005)
77. A verdade é que precisamos ansiar pela redenção de
Cima. O problema é que nós não nos sujeitamos ao único e
principal fator especial. Esta é a resposta a todos os nossos
problemas e a correção de todo o mal dentro de nós. A redenção
só virá de lá. Precisamos entender que tudo o que nos acontece
vem de Deus, de modo que vamos nos voltar à Ele. Se
alcançarmos algo em nossas correções, devemos trazer sobre nós
a consciência do poder de Cima. Caso contrário, essas correções
também não serão correções.

Por que estas correções não ocorrem em nós? Isto acontece pois
nós não atraímos o principal fator. Nós queremos que as coisas
funcionem, pensamos que se escrevêssemos uma lei,
formulássemos várias condições e regras, eles seriam realizados
na mente humana, a área humana da percepção. No entanto,
isso não acontece, não porque nós não possamos cumprir isso,
mas porque nestas coisas o Criador não reside. O Poder Superior
não reside nessas leis, e por isso as correções não ocorrem. É
nosso dever não esquecer este fator. Todas as condições existem
apenas para que o Criador se aproxime de nós e resida em nós.
Só então a correções ocorrem. (04 de fevereiro de 2005)

78. A adesão com os amigos significa que você se inter-


relacionado com todos os desejos que são direcionados para a
adesão com o Criador. “Amigo" não é alguém que simplesmente
se senta perto de mim: moreno ou ruivo, com uma personalidade
ou outra. Um amigo é o poder que existe no outro, o desejo, o
poder do desejo de alcançar a adesão com o Criador. Isso é
chamado de amigo.

Quem é o “eu”? De tudo o que existe dentro de você, você


descobre apenas uma coisa: o seu desejo pelo Criador. Isso é
chamado de o “eu” - o ponto no coração. Se sim, quem é o
amigo? Seu amigo é o seu ponto no coração. Seu desejo de
adesão com o Criador por meio do grupo, e seu desejo de adesão
com o Criador através do grupo - estas são precisamente os
desejos que precisam ser conectados. Se os juntarmos, este será
o Kli na qual a Luz será revelada. Esta é a forma como cada
amigo tem que ser considerado e estes pontos que precisam se
conectar. Se você olhar para os seus pontos, você não se
importará como eles lhe parecem ou como é a personalidade
deles. Em vez disso, você vê essas coisas como obstáculos úteis
que você precisa para passar e entrar, a fim de atingir o ponto no
coração deles. As coisas que você não gosta na outra pessoa são
dadas para que você esclareça a pureza do seu desejo de se
conectar a ela.

É por isso que cada um tem que ver a personalidade e as


qualidades negativas de seu amigo como sendo problemas que
existem em você mesmo, os problemas que ele tem o dever de
ultrapassar para atingir o ponto no coração do amigo. É desta
maneira que aparece para você, e quem é ele mesmo, não sei. É
assim que você o vê.

Pergunta: Então, como é possível superar este problema, o que


precisa ser feito? Podemos superar isso só através da
compreensão da importância do objetivo e do Criador, Ao qual
não se pode chegar sem se conectar com um amigo. Então o
amigo torna-se importante como um meio, e depois, vejo que ele
é importante, como o objetivo, também. (Artigo Diário, 14 de março de
2005)

79. Existe uma intenção individual de uma pessoa sem o


grupo? Claro, mas eu diria que não é para os nossos tempos. Eu
tenho uma intenção individual que não está conectada ao grupo,
então não há tal coisa. No entanto, estou certo de que já na
realidade de hoje, isso não pode acontecer com um novato. A
partir de hoje, entramos em uma nova dimensão, um novo
período, quando somente no grupo, apenas na relação de uns
com os outros, poderemos avançar. (Lição de 25 de fevereiro de 2005,
Os Degraus da Escada, Parte 1, artigo 503)

Foco Interno
80. A Torá descreve todo o caminho, o que acontece com um
homem, o que precisa acontecer conosco. Ela nos informa sobre
o caminho da intenção: como nós crescemos acima do material e
verificamos a nossa relação com o Criador, como nos
relacionamos com Ele.

... É assim que se verifica a sua condição: se você está no exílio


ou na redenção. Todas as situações são verificadas apenas na
intenção. Precisamos passar por todo o caminho da nossa
intenção, para construí-la do zero. Quanto mais elevarmos acima
do nível zero, mais profundo caímos - o nosso grau de
envolvimento ou de não-envolvimento nos é revelado. Temos que
passar o caminho espiritual através da construção da intenção
em direção ao Criador. O caminho corpóreo que a humanidade
passa em todas as suas manifestações e suas formas,
avançando, passando pelo progresso científico-tecnológico e
assim por diante, é a projeção e extensão disso. Tudo isto é uma
cópia de todas as situações que precisamos passar nas nossas
intenções. Todos esses processos e fenômenos não têm outra
justificativa. Quando algo muda, muda porque a intenção é
projetada na corporeidade. Se não fosse isso, seríamos como os
animais que não mudam. A vaca em sua natureza não muda. A
vaca de 1.000 anos atrás não é diferente da vaca de hoje.

O processo que a humanidade já passou por toda a história, no


seu desenvolvimento em vários canais, também é uma cópia da
intenção de que necessita se desenvolver. E se não conseguirmos
adquirir a intenção certa para o que está acontecendo conosco,
na realidade, nos desviamos ainda mais, e para o
desenvolvimento da intenção fica atrás do desenvolvimento
material. A diferença resultante entre elas nos traz tristeza e
sofrimento. (Lição de 25 de fevereiro de 2005, “Os Degraus da Escada”,
Parte 1, artigo 503)

81) Você pode construir boas ou más intenções em relação a Ele


depois de declarar Seu domínio sobre você. Então você se torna
capaz de expressar sua relação com Ele em relação ao Seu
domínio sobre você. É este governo bom ou ruim? É benéfico ou
prejudicial para você? É benéfico ou prejudicial a Ele? O que Ele
quer com isso? Você fica zangado com Ele por turbulências em
sua vida se Ele realmente governa sobre todos nós?

Mas primeiro, vamos começar com a determinação de que Ele


reina sobre nós. Eu coloquei o artigo “Não há Ninguém além
Dele” como o primeiro no livro “Shamati”, porque, sem
estabelecer este princípio, todo o resto é inútil. Todos os artigos
do “Shamati”, ou seja, todos os atos, ações, pensamentos, tudo o
que acontece a uma pessoa - se tudo isso não vem do Criador,
em seguida, com o que a pessoa vai trabalhar? Seu trabalho
começa depois que você conhece e fica cem por cento certo de
que tudo vem Dele - mesmo que eu estou dizendo a respeito Dele
agora. De qualquer maneira que você gire, seja lá o que você diga
a favor ou contra, vem, também, Dele. Onde está o “eu”? Esse
ponto ainda precisa ser encontrado. O “eu” de uma pessoa que
está sob todos entendimentos adquiridos, pensamentos, ações e
ocorrências. É assim chamada matéria bruta.

Todos os nossos estudos, a realização da condição atual e formas


de trabalhar com isso, definindo a escolha de aspirar pela meta
em relação a mim ou a Ele, - tudo isso começa depois estabelecer
o Seu governo. E devo fazer isso no estado de ocultação. (Lição de
25 de fevereiro de 2005, Os Degraus da Escada, Parte 1, artigo 503)

82. O esforço pode ser em quantidade ou qualidade.


Quantidade de esforço é quando uma pessoa trabalha em todas
as áreas que, como tem sido dito, ela pode avançar em direção à
meta: doação ao grupo, o trabalho físico no grupo. Estes esforços
são medidos, se não pelo desejo, então, pela ação. Aqui nos
referimos ao estudo, circulação do trabalho, todas as coisas que
pertencem à correção do homem e do mundo.

Qualidade do esforço significa apenas uma coisa - o trabalho na


intenção. Neste também, é óbvio que existem muitas
manifestações e tipos de análise. A intenção determina a parte
principal do resultado. Precisamos de ações neste mundo em
especial, elas pertencem especificamente a este mundo, e sua
finalidade é devolver-nos a intenção correta desejável.
Realizamos ações com o nosso corpo físico. O que fazemos em
nossos estudos é também chamado de ação. Em outras palavras,
por agora, durante o tempo de preparação, todas as coisas, além
do trabalho interno na alma (o trabalho com as telas) são
chamados de "trabalho na ação". Depois de adquirir a tela,
vamos avançar com o trabalho de ações internas, para o trabalho
interno. Quando começamos a trabalhar com as telas, a intenção
e a ação se tornam um para nós. Mas, antes de adquirir uma
tela, todo o trabalho que fazemos, no nosso corpo físico, no
estudo, no cérebro e na mente, - tudo isso é chamado de "ação".
"Intenção" é a nossa capacidade de manter o foco na meta
durante a ação ou fora dela, quando esclarecemos o objetivo
exatamente de acordo com as definições corretas. Nós sempre
precisamos verificar se podemos exercer maior esforço nas ações,
em particular, com os nossos esforços na intenção. Na sua
essência a intenção é que traz o resultado desejável. (Artigo Diário,
16 de fevereiro de 2005)

83. Se você, de qualquer maneira possível, mesmo sem um


desejo (que é ainda mais útil) lembre a ação interna que você
precisa realizar, se a todo o seu trabalho, a cada momento de
sua vida você se lembra de conectar com o objetivo final -
alcançar a adesão, entrar na eternidade e a perfeição - é bom.
Embora, no momento em que você percebe que você não quer
isso, que você odeia isso, e que está cheio de tudo isso - não
importa. A coisa mais importante é manter essa conexão e isso
também é chamado de "conexão". No entanto, se você estiver
desconectado da meta, é um sinal de que seu grupo não está
funcionando bem o suficiente para mostrar tais pensamentos a
cada momento.

Antes de cada ação, é necessário, primeiro, adicionar a intenção


certa, e, posteriormente, no processo de execução da ação, é
preciso atualizá-la a cada momento, porque na verdade a
intenção nos escapa o tempo todo. A diferença entre dois
segundos está na mudança da intenção. Você vai descobrir que a
intenção altera a ação, se você pensar só em sua intenção.

Precisamos reviver a intenção a cada vez, novamente, ou estar


conectado com isso o tempo todo. Precisamos dedicar a nossa
atenção apenas para isso. Então você vai descobrir que você está
mudando a realidade na intenção e não na ação. Você vai
perceber que você está em um mundo de intenções, que o campo
que você se encontra, é um campo de sentimentos, bons ou
maus, de prazer ou sofrimento, um campo de informação e de
todos os tipos de relacionamentos. Você vai descobrir que é um
campo de intenções, o campo de seu relacionamento com o
Criador: a partir do estado oposto e até cem por cento de
equivalência. (Artigo Diário, 13 de fevereiro de 2005)

84. A partir do momento que uma pessoa sente o chamado, a


partir do ponto no coração, a essência de seu trabalho pode ser
redigida de forma simples: seu trabalho é conectar todos os seus
estados ao Criador. Em todas as correções, o trabalho, ou o
método não há mais nada, além dessa conexão. O trabalho
consiste em conectar ao Criador todos os eventos e momentos.
Como resultado, o estado de ocultação vem à pessoa: simples e
dupla ocultação, recompensa e castigo, e outras instâncias. De
uma forma ou de outra, o trabalho do homem e da direção em
que ele precisa concentrar todos os fatores, o levam a uma
condição definida como "Israel, a Torá, o Criador são um". Isso é
tudo.

Verificando a conexão com o Criador, nós, em primeiro lugar,


estamos nos certificando que o Criador não escape a nossa
atenção. Em seguida, uma avaliação mais profunda começa: o
que exatamente me conecta a Ele? - Amor? – Medo, algo mais?
Isso já é um elemento interno. Mas primeiro temos que garantir
que o Criador não desapareça da nossa vista. Isto é igual a estar
em um tanque ou avião, o alvo é identificado e nós "travamos" a
nossa visão sobre ele. Então, somos capazes de mover-nos em
todas as direções, mas o giroscópio mantém constantemente a
direção do alvo.

Assim, você recebeu o ponto no coração, "bloqueado”, e agora


você só precisa manter a direção. Embora os distúrbios criados
por você "joguem você fora”, isso não importa - você vai conectar
todos eles na mesma direção. (Da Lição de 14 de dezembro de 2004)

85. Todas as dificuldades que sentimos a cada minuto em


nossas vidas vêm porque nós perdemos o pensamento de que
tudo o que acontece está conectado ao Criador. Esquecemos que
tudo o que sentimos, ou existe, tudo que nos acontece vem Dele.
Se eu conseguir segurar essa corda, esta linha de comunicação
com o Criador, e saber que tudo vem de Deus para me manter
mais perto da intenção certa, se eu não perder essa conexão,
mesmo por um segundo - depois disso, nada é difícil. Então, ao
contrário, tudo o que acontece com uma pessoa torna-se como
uma alavanca que o faz avançar e reforçar a conexão. Em nosso
pensamento comum, a nossa intenção, vamos chegar ao estado
em que nenhum de nós perde essa conexão com o Criador, e
saber sempre que o que nos acontece vem do Criador. Desta
forma, passaremos os obstáculos e conseguiremos alcançar a
meta mais rapidamente. (Refeição do Novo Mês, Novembro, 2004)

86. Como pode ser possível, tudo depender de nossos


pensamentos? Uma pessoa tem que analisar seus pensamentos e
percepções. Esta análise pode ser realizada somente de acordo
com um esquema no qual a pessoa atribui tudo o que acontece
ao Criador. Se uma pessoa está disposta a atribuir ao Criador
tudo o que acontece a ele, assim como tudo o que essa pessoa
contém e a soma de tudo o chamado “seu mundo”, essa
tendência é chamada de "trabalho de uma pessoa". Refiro-me ao
trabalho com os pensamentos, como se disse: “Tudo será
esclarecido no pensamento”. Todos os esclarecimentos são feitos
apenas por meio de pensamentos. Afinal, o que é o pensamento?
As ações materiais de nosso corpo fisiológico não influenciam o
espiritual. Isso é claro. O corpo fisiológico não tem mesmo uma
relação com os desejos que estão presentes nele. Os desejos de
comida, sexo, honra, dinheiro e poder não pertence ao corpo. Ao
contrário, eles estão apenas vestidos nele. Mesmo que nós
percebamos através de nossos corpos, no entanto, esses desejos
não são atribuídos ao corpo. Quando estamos falando sobre a
análise em relação à Divindade, a primeira fase consiste em
atribuir tudo ao Criador. Na segunda fase, esta atribuição ao
Criador vai levar a pessoa à intenção em prol da doação. Quando
isso acontece, todo o trabalho está concluído. Não há nada mais.
(Artigo Diário, 13 de janeiro, 2005)

87. O pensamento é um programa que regula minhas ações


com relação ao meu próprio desejo. Para que precisamos da
mente? A mente existe ao lado de razão, a fim de realizar os
desejos da melhor forma possível com a ajuda do pensamento.
Então, qual é a intenção? Depois de todos os meus pensamentos
iniciais sobre como trabalhar com o material, eu venho para
estados onde eu vejo que eu sou incapaz de trabalhar com o
material de acordo com o programa natural que o material tinha
originalmente. Eu tenho algum material, e ao lado dele há um
computador que calcula os métodos de trabalhar com ele. Agora
eu vejo que isso não me beneficia. Eu chego ao entendimento de
que o programa precisa de um outro componente que me falta,
ou seja, a intenção ou conexão com o Criador. Se eu adicionar
esse componente no meu programa, ou seja, se eu renovar o
sistema, então eu vou trabalhar com meu material corretamente
e alcançar a realização. Isso é tudo. (A lição de 25 de fevereiro de 2005,
Os Degraus da Escada, Parte 1, artigo 503)

88. Um Reshimô se revela, e eu quero tirar prazer dele. Isso


é maravilhoso, eu finalmente descubro que eu ainda posso obter
prazer da vida. Prazeres que não existiam antes e que agora
estão brilhando diante de mim, e meus olhos pegam fogo. O que
devo fazer agora? Eu tenho que ficar acima dos meus desejos.
Em outras palavras, os desejos despertaram em mim para que
eu possa superá-los. Isso é chamado de “ir contra os desejos”, ou
usar os desejos de acordo com o esquema que está oposto às
suas demandas, ou seja, ao trabalho, apesar deles existirem
elevando-se acima do inevitável. Isso não significa que eu
destrua os desejos, que eu o mate ou não os use. “Ir contra os
desejos” significa trabalhar com os desejos de tal forma que me
permita finalmente usá-los para a doação, permanecendo acima
deles. Como resultado, a minha utilização dos desejos será
oposta às exigências originais. O princípio é o seguinte: quando o
desejo se revela, então eu apenas mudo sua intenção em doação,
ou seja, ao invés da intenção “para mim” eu ativo a intenção
“para o Criador”. A única coisa que muda é a intenção, ao passo
que o desejo é o mesmo que era antes. Afinal, se eu apagar o
desejo em si, se eu o destruir, então eu não vou ter nada com
que trabalhar. Portanto, nosso trabalho não consiste em
suprimir o desejo, mas sim mudar a sua intenção para o oposto.
(14 janeiro de 2005)

89. Não são as ações que mudam, mas a nossa atitude ou


relação a elas. Estamos falando apenas sobre o nível de
intenções das ações, estamos falando apenas sobre as intenções.
Neste caso, como podemos perceber a governança por meio de
recompensa e punição? - Somente em relação às intenções. E
como nós percebemos a governação eterna? - Também em
relação às intenções. Não há nem mesmo o menor contato com
os desejos, eles se revelam apenas na medida em que nossa
habilidade de trabalhar corretamente com as intenções cresce.
Além disso, a “recompensa e castigo” também se refere a nossa
relação com a intenção “em prol da recepção” e à intenção “em
prol da doação”. Ao adquirir a “recompensa” eu entendo que
antes realizei uma ação específica com uma intenção falsa, mas
agora eu sou capaz de ser consciente, enquanto eu executo a
ação específica e, ao mesmo tempo ver que tudo vem do Criador.
Ele dá as ordens e eu as realizo, já que o Criador torna-se vestido
em mim e causa esta ação em mim. (Artigo Diário, 21 de janeiro de
2005)

90. Uma pessoa começa a prestar atenção ao que está


acontecendo dentro dela. O Criador está trabalhando com ela,
tanto dentro como fora, e uma pessoa começa a diferenciar
exatamente o que o Criador deseja dela. Uma pessoa começa a
sentir o princípio segundo o qual o Criador age. O interesse em
“trabalhar para o Criador” surge na pessoa, ou seja, no trabalho
que o Criador está realizando sobre a pessoa e nas formas de sua
realização. Como resultado, a pessoa começa a perceber a si
mesmo e suas reações às mudanças que o Criador usa para
brilhar sobre ela. O Criador brilha sobre ela usando várias
mudanças, e uma pessoa muda de acordo com isso. É por isso
que se diz que uma pessoa é a sombra do Criador, que muda nas
mudanças das formas que o Criador a influência. Então a pessoa
começa a entender que, possivelmente, ela também é capaz de
exercer uma influência em troca e determinar a forma como o
Criador irá influenciá-la. A Luz Refletida, desejo ou oração
surgem, e então o trabalho por parte da pessoa começa. Ela
entende que o Criador está exercendo sua influência para que a
pessoa possa alcançar o conhecimento do que significa ser
amável. Como consequência, a pessoa começa a subir ao Criador
por querer tornar-se amável, e isso é chamado de “genuína
oração para a correção”. Se uma pessoa está sempre procurando
a oportunidade para pedir correções, então ela começa a
determinar os próximos passos, como se ele estivesse andando
na frente do Criador e “dita” a Ele o que precisa ser feito para
sua atitude. Ele “corrige o cronograma”. Tudo depende da
investigação interna da pessoa feita por ela mesma. (Artigo Diário,
21 de dezembro de 2004)

91. Uma pessoa está em um estado onde tem a


oportunidade de sentir prazer, enchendo o seu tempo e
pensamentos com algo. Se ele escolhe, no entanto, esforços e
trabalho adicional, de forma positiva, sabendo que isso não vai
lhe dar prazer, e se ele se obriga, então, fazendo isso, ele
expressa seus esforços e exerce-os acima da razão. Obviamente,
esse cálculo é feito dentro dos limites do desejo de sentir prazer,
bem, isto é, também vem da aspiração de conseguir algo de bom.
Não há dúvida sobre isso. No entanto, agora neste estado, no
entanto, significa um certo esforço que é, em certo sentido
orientado para doação. Se esforços da pessoa são especialmente
dirigidos ao grupo e na intenção durante o estudo, então toda vez
que a pessoa dirige a si mesma concentrando-se em ficar mais
perto do Criador, seu esforço se apega ao fundo comum, até que
ele finalmente recebe a intenção Lishmá como um presente.
Então, em novos vasos e na nova natureza (e apenas nela), o
prazer, bem como conexão e unificação com o Criador se revela à
pessoa. (Artigo Diário, 20 de dezembro de 2004)

92. Não devemos pesar o resultado dentro do desejo de


sentir prazer, nem dentro do entendimento e da razão. Devemos
pesar o resultado apenas de acordo com a quantidade de
esforços que temos exercido. Mesmo isso é problemático, porque
não é fácil avaliar a quantidade de esforços realizados. Pode
parecer-me que é possível que eu estava queimando em fogo,
quando na realidade não houve esforço. Se, no entanto, uma
pessoa que age com alegria junto aos outros, então cada pessoa
dentro de si está simplesmente chorando pela conexão com o
atributo de doação (não estou dizendo: “para o Criador”, porque
confunde as pessoas). Se este grito está fervendo dentro de uma
pessoa, se ela está pronta para pisar no pescoço do seu próprio
ego para o bem da coisa mais importante e se conectar com
outros, se é exatamente isso que ela está fazendo agora, então
como resultado, ela realiza uma boa ação. Além disso, depois não
é necessário realizar um cálculo subjetivo sobre a forma como
fomos bem sucedidos.

No início, durante o processo e no final do “pensamento, palavra


e ação”, devemos estar desconectados do desejo de sentir prazer.
Temos que subir acima dele. Esta é a única maneira em que é
possível fazer alguma coisa, e é impossível verificar. É por isso
que é difícil. (29 de novembro de 2004)

93. Uma pessoa tem que criar uma atmosfera de um novo


começo de renovação para si mesma, isto é, uma autêntica
renovação em seu trabalho. Em outras palavras, ela dá sua
palavra de que de agora em diante, ela assume a
responsabilidade de avançar para a frente no território do
Criador com todos os seus desejos e paixão, ele avança com
direção e aspiração. A pessoa tem que se juntar, unificar e estar
lá. A pessoa tem que escapar por uma estreita passagem deste
“útero” apertado, ou a partir deste mundo, e viver apenas no
mundo que é cheio de Luz. Não importa como a pessoa imagine a
si mesmo, só é importante que ela se imagine como estando sob
a governança da Força Suprema, dia e noite. Este é um novo
começo. (Refeição do novo mês, 14 de outubro de 2004)

94. Uma pessoa tem que tomar decisões de tal forma que
todos os obstáculos que recebe entrem nela e pareçam para ela
como prazeres, pois ela vai atribuir-lhes o princípio “não há
ninguém além Dele”. Há um desejo no qual o prazer torna-se
percebido, e há a intenção ou o pensamento. Devo verificar para
ver se eu estou no Criador, com a minha intenção ou
pensamento, e se eu estou no ponto com o meu desejo. Se eu me
identificar com o Criador, então isto é chamado de “ir acima da
razão”, e então eu estou sempre alegre. A alegria é um sinal de
que estou atribuindo todos os problemas ao Criador. Ao
permanecer no ponto em que se toma esta decisão, eu sempre
experimento a alegria. Temos que realizar esse tipo de análise ao
longo de todas as etapas do nosso trabalho. Em essência, uma
pessoa não tem mais nada para fazer, além de perceber o artigo
“Não há ninguém além d'Ele”. Neste artigo, Baal HaSulam traçou
um regime específico para nós. Nós temos que construir a nós
mesmos em relação ao Criador, em correspondência a este
regime, tentando, tanto quanto possível, nos manter nessa
percepção e direção, apesar dos obstáculos. Quando vir os
obstáculos, vamos saber como nos relacionar com eles a partir
do interior, com base na aspiração de cada um de nós para se
tornar a Shechiná e para que o Criador se vista no homem. Ou
seja, para que o habitante entre em sua Morada, Lugar. Uma
pessoa é o vaso da Shechiná. A coisa mais fácil é imaginar o
estado quando o Criador se vestir em mim. O que significa “em
mim”? Significa: no cérebro, no coração, na mente e em todos os
órgãos. Você pode até imaginar que o Criador possui as pessoas
como um “fantasma”. Ele age de dentro de mim e eu só quero
saber que isso está acontecendo. Além Dele se ativar dentro de
mim, eu não tenho quaisquer outros desejos, pensamentos ou
ações. Se a pessoa não se iludir, e aos poucos tentar trabalhar
treinando a si mesma para buscar a singularidade do Criador
apesar dos obstáculos, então, podemos dizer que esta pessoa
está seguindo o caminho que leva ao estado de “Não há ninguém
além Dele”. (Artigo Diário, 15 de dezembro de 2004)

95. “Dá-me a capacidade!”, Este é um fundamento que está


acima da razão e acima de tudo. Se o inferior pergunta, em
seguida, o Superior lhe dá uma nova força, cuja essência o
inferior não conhecia antes. Isso se chama: “Ele labutou e
encontrou”. O Superior dá a força de doação para o inferior.
Neste caso, o AHP do Superior começa a brilhar com o grau
correspondente, e o inferior começa a crescer. Desta forma, o
primeiro encontro com o Superior ocorre quando a pessoa sente
que está vivendo na escuridão, mas, no entanto, entende que
essa escuridão é enviada para ele de Cima. Aqui é onde começa o
trabalho. Se uma pessoa realmente aspira à verdade, ao invés de
meramente uma sensação agradável, então se compromete a
trabalhar o relacionamento correto com o Superior e começa a
avançar.
Praticamente, o nosso trabalho consiste sempre em ascender
acima da escuridão, se for isso que se busca. No entanto, a
própria escuridão, ainda pode permanecer, mas você quer se
unificar com o Superior, enquanto você permanece na escuridão.

“Dá-me a força para que esta escuridão e este estado de doação


pareçam ser a melhor coisa possível para mim, apesar da
sensação que eu possa ter nos meus vasos de recepção”. Isto
gradualmente se torna claro. (02 de marco de 2005)

96) É impossível explicar a diferença entre os esforços que


estamos fazendo hoje, que são chamados de “intenções” ou
“ações” para nós, e o que nós recebemos de Cima como resultado
da influência da Luz que nos leva de volta à Fonte. Essa Luz cria
um atributo sobrenatural em mim, e eu começo a
apaixonadamente aspirar apenas um objetivo, que é a vontade de
doar ao Criador - a dar, e isso é tudo. É como se eu saísse de
mim mesmo e perdesse toda a conexão comigo mesmo, deixando
para trás todos os cálculos para os meus próprios interesses. A
única coisa que eu quero é que Ele receba de mim, e me sinto
bem por causa disso. No entanto, essa agradável sensação é
separada da minha ação. Em outras palavras, dando a Ele me
faz sentir bem, mas eu não ajo em prol desse prazer.

Este é o novo Kli que se revela para mim o início, se revela


separadamente da própria pessoa e é chamado de “Galgalta ve
Eynaim”. Eu simplesmente quero dar a Ele, para que ele se sinta
bem. Uma agradável sensação não me obrigar a fazer nada, pelo
contrário, eu só quero sair de mim mesmo e começar a doar. É
como se eu me sentisse saindo de mim mesmo e me aderisse ao
Criador com o meu coração e mente. A aquisição gradual desses
atributos significa a aquisição do Galgalta ve Eynaim e está
dividido em vários níveis. No início nós estamos falando apenas
sobre o desejo de doar, esta é a fase do “feto” (Ubar). Então ele
começa a tornar-se revelado ao longo dos desejos de prazer, e
isso é chamado de “pequeno” e “grande” estado (Katnut e Gadlut).
Este já é o trabalho em que os esforços são exercidos. Eu
simplesmente não me desconecto de mim e me anexo ao
Superior. Não, agora eu tenho que estar dentro de mim e,
juntamente com toda a minha sujeira, no entanto, me anexo ao
Superior. Esta já é uma análise do Galgalta ve Eynaim no fundo
do AHP no processo de realização do “estado pequeno”. (Lição de 25
de fevereiro de 2005, Os Degraus da Escada, Parte 2, artigo 586)
97. Não podemos obrigar a nós mesmos aspirar por uma
intenção específica, não podemos entender isso, e não podemos
supor como vai ser e como ela se manifestar. A intenção surge
como a natureza do Criador que está vestido em uma pessoa.

Portanto, temos que apenas realizar as ações, como é dito: “O


oculto é para o Criador, e o revelado é para nós e nossos filhos,
para sempre, a fim de realizar todas as palavras desta Torá”.

Desta forma, temos que realizar todas as ações que foram


preparados para nós em todos os níveis, e, junto com isso,
receber as intenções corretas como um presente de Cima sobre a
intenção é dito: “Ele labutou e encontrou”. Como estudamos no
TES, o esforço torna-se manifesto quando eu tento. Durante o
período de ocultação tento revelar o Criador, Aquele que obriga,
determina, controla, cuida e controla. O esforço consiste no fato
de que eu desejo revelar esta Força Suprema e descobrir que eu
me localizo em Seu Reino. Então, o resultado disto torna-se o
“campo que é abençoado pelo Criador” (Torá, Bereshit, 27, 27).

Ao fazer isso gostaria de esclarecer os atributos chamados Jacob


e Yosef, ou as linhas da direita e esquerda, bem como a intenção,
que é a linha do meio. (Lição de 25 de fevereiro de 2005, os Degraus da
Escada, Parte 2, artigo 586)

98. As gerações de Cabalistas estão olhando para nós e nos


observando de Cima, e existe realmente uma enorme esperança.

O mundo não entende e está aguardando sabe-se lá o quê, como


uma criança que quer simplesmente se sentir bem, mas não sabe
exatamente como isso tem que se manifestar. Temos tomado
para nós uma missão ou um determinado fardo de Cima, e não
temos saída, temos que trazer a salvação ao mundo. Cada pessoa
deve pensar e entender que ela não tem saída, devemos agir pois
o Superior nos obriga. Então isso irá realmente acontecer.
(Refeição do Novo Mês, 14de outubro de 2004)

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