Sobre o curso:
Este curso corresponde a segunda parte do estudo iniciado com o curso Dimensionamento de Estruturas de Aço - parte 1 - Básico, e pré-requisito para este que se
inicia.
Aos que tiverem aproveitamento de 80% do curso será emitido um certificado de participação, a ser enviado por Email. Estimamos a carga horária deste curso em
torno de 60 horas aula.
Dimensionamento de Ligações
parafuso
e solda
Os parafusos são barras cilíndricas rosqueadas numa extremidade e com cabeça em outra, de forma a permitir o aperto entre as peças através de
ferramenta adequada. Os parafusos mais empregados nas construções metálicas são os de cabeça quadrada e hexagonal.
Para fixação do parafuso são necessárias duas ferramentas: uma para girar a porca, outra para impedir o giro da cabeça. Portanto para execução de uma
ligação parafusada são necessários apenas dois operários.
onde:
Os parafusos comuns são fabricados com aço carbono, menos resistentes e são reconhecidos pela sigla ASTM A307.
Por serem pouco resistentes, os parafusos comuns são usados em ligações secundárias e em estruturas de pequeno porte.
São parafusos executados com aço de médio e baixo carbono, portanto mais resistentes São parafusos com alta tensão de ruptura a tração e a
cisalhamento. Chegam a resistir a tensões de tração iguais a 11.950 kgf/cm².
Esses parafusos podem fazer a ligação entre as peças de duas maneiras:
Solução utilizada quando a estrutura não permite qualquer deslocamento (escorregamento) da ligação.
Os parafusos de alta resistência são bem mais caros que os parafusos comuns e, portanto, recomendáveis para obras de médio e grande portes, onde sua
resistência propicia a diminuição no número de parafusos se comparados com os parafusos comuns.
São fabricados dois tipos de parafusos de alta resistência: o ASTM A325 com limite de escoamento entre 5600 e 6500 kgf/cm² e o ASTM A490 com limite de
escoamento entre 8000 e 9600 kgf/cm². Esses valores demonstram como os parafusos de alta resistência são muito mais resistentes que os comuns, que
possuem o limite de escoamento em 2400 kgf/cm².
Ligações Soldadas
As ligações soldadas começaram a ser utilizadas com grande sucesso a partir da década de 40, e hoje são tão difundidas e de qualidade tão boa que
existem obras inteiramente soldadas.
A soldagem se faz pelo aquecimento do material-base (elementos a serem ligados) a uma temperatura de aproximadamente 4.000 °C. Essa temperatura é
obtida pela criação de um arco voltaico entre o material-base e o eletrodo. O material-base ao atingir a temperatura indicada, funde-se propiciando a união
entre as peças; o eletrodo, além de provocar o arco voltaico, também se funde preenchendo os vazios entre a ligação. Ver figura 12.
Figura 33 – Soldagem com eletrodo revestido
O material-base durante a soldagem sofre modificações físico-químicas, o que pode influenciar na resistência da junta soldada sendo, portanto, muito
importante o tipo e qualidade do material-base.
Caso o metal base não seja soldável (por exemplo: aço com grande quantidade de manganês) a solda não se realiza adequadamente, tornando a ligação
frágil.
a. Controle magnetoscópico
Este ensaio serve para a observação de falhas superficiais. Consiste na magnetização da peça a ser verificada; através da medição do campo magnético as
descontinuidades podem ser percebidas e as falhas reveladas.
Também utilizada para observação de defeitos superficiais. A superfície a ser verificada é banhada com líquido penetrante colorido. As falhas absorvem o
líquido, após a limpeza do excesso e aplicação do revelador (à base de talco ou gesso), ficam à mostra as descontinuidades.
c. Controle Radiográfico
Destina-se à verificação dos defeitos internos. Emprega-se o Raio-X. Ao atravessar o material os raios são absorvidos progressivamente. Quanto maior a
espessura atravessada, menor a intensidade de radiação emergente. Ao atravessarem as falhas os raios emergem com maior intensidade impressionando o
filme com tonalidade mais escura. Após revelação da chapa de filme, podem-se observar as falhas através da ocorrência de manchas mais escuras.
Destina-se também à verificação dos defeitos internos. O princípio baseia-se na reflexão das ondas acústicas ao atingirem meios de diferentes densidades.
Se no percurso da onda houver uma falha (vazio com densidade baixa), haverá uma reflexão antes da onda atravessar todo o material. Esse retorno
antecipado será captado pelo receptor, denunciando a existência da falha.
MÓDULO 5 - LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS DE AÇO - Parte 2
5.2.2. Tipos de soldagem.
Conforme as chapas a serem soldadas sejam posicionadas, podem ocorrer dois tipos de soldagem.
a) Solda de topo.
Neste caso as chapas são posicionadas uma contra a outra e em um mesmo plano. Ver figura 34a.
Figura 34a
Conforme aumentem as espessuras das chapas a serem unidas, devem ser previstos detalhes que garantam a penetração total ou parcial da solda. Para
isso as extremidades das chapas devem ser convenientemente preparadas. Ver figura 34b.
Figura 34b
Figura 35 – Outros tipos de entalhe de solda
b) Solda em ângulo
Quando as chapas são posicionadas em planos ortogonais. Quando não houver chanfro na chapa, a solda é denominada "solda de filete". Para chapas mais
grossas as extremidades devem ser preparadas com algum tipo de chanfro, e a solda é denominada de "solda de penetração total ou parcial". Ver fig. 36.
Figura 36
A seguir, nas figuras 37a, b, c e d, são apresentadas as formas mais comuns de representação de solda.
Figura 37a – Tipos de solda
Figura 37b – Tipos de solda (cont.)
Figura 37c – Tipos de solda (cont.)
Figura 37d – Tipos de solda (cont.)
Figura 37e – Tipos de solda (final)
Figura 38a e 38b – Quadro Resumo – simbologia de solda
a. As ligações soldadas devem ser preferencialmente executadas em fábrica. Sua execução no canteiro pode acontecer em condições adversas
e com menor controle de qualidade, resultando em ligações deficientes;
b. As ligações soldadas são mais vantajosas em relação às parafusadas por não necessitarem de furos. Os furos diminuem a seção resistente da
peça. Essas ligações não exigem a mesma precisão das ligações parafusadas;
c. As ligações com parafusos são executadas no canteiro, o que garante mais qualidade e rapidez à execução;
d. Quando o edifício tem um uso não permanente, as ligações parafusadas são necessárias, já que permitem fácil desmontagem da estrutura.
Para complementar o conteúdo deste módulo, aos que quiserem se aprofundar no tema, recomendamos a leitura dos textos adicionais, cujos links
apresentamos a seguir.
Para abrir ou baixar estes textos, clique nos links abaixo:
Rio de Janeiro: Instituto Aço Brasil - Centro Brasileiro da Construção em Aço, 4ª edição, revisada e atualizada, 2011.
- Dispositivos de ligação
- Classificação das ligações
- Resistência de parafusos
- Resistência de soldas
Rio de Janeiro: Instituto Aço Brasil - Centro Brasileiro da Construção em Aço, 4ª edição, revisada e atualizada, 2011.
3. Ligações para Estruturas de Aço - Guia Prática para Estruturas com Perfis Laminados - *
Autores:
Osvaldo Teixeira Baião Filho
Antonio Carlos Viana Silva
* Obs: Este guia ainda não foi atualizado conforme a NBR 8800: 2008.
Para complementar o conteúdo deste módulo, aos que quiserem se aprofundar no tema, recomendamos a leitura dos textos adicionais, cujos links
apresentamos a seguir.
Para abrir ou baixar estes textos, clique nos links abaixo:
Rio de Janeiro: Instituto Aço Brasil - Centro Brasileiro da Construção em Aço, 4ª edição, revisada e atualizada, 2011.
O Primeiro volume sobre Ligações em Estruturas Metálicas trata de:
- Dispositivos de ligação
- Classificação das ligações
- Resistência de parafusos
- Resistência de soldas
Rio de Janeiro: Instituto Aço Brasil - Centro Brasileiro da Construção em Aço, 4ª edição, revisada e atualizada, 2011.
3. Ligações para Estruturas de Aço - Guia Prática para Estruturas com Perfis Laminados - *
Autores:
Osvaldo Teixeira Baião Filho
Antonio Carlos Viana Silva
* Obs: Este guia ainda não foi atualizado conforme a NBR 8800: 2008.