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RETROSPECTIVA
Agência Nacional de Energia Elétrica
Diretor-Geral
Diretores
Catalogação na Fonte
Centro de Documentação - CEDOC
MENSAGEM
DA DIRETORIA
Ao vislumbrar o ano de 2018 em retrospectiva não há dúvidas de que foram 12 meses permeados de inúmeros
desafios. Também é inequívoco que a ANEEL respondeu à altura a todas as demandas que se apresentaram,
graças ao trabalho coordenado da Diretoria, servidores e colaboradores, que não pouparam esforços para atingir (e
superar) os objetivos e metas institucionais da Agência.
Nesta Retrospectiva, o leitor encontrará elencadas algumas das atividades desenvolvidas pela ANEEL durante o ano.
Contudo, esta publicação tem caráter meramente ilustrativo, pois a dinâmica intensa e a multiplicidade de ações
promovidas pela Agência excedem largamente o espaço disponível nesta publicação.
Nesse sentido, o ano de 2018 por certo será lembrado pelas mudanças e recomposição da Diretoria da ANEEL.
Merecem destaque, também, a instalação da usina fotovoltaica no prédio da Agência, o lançamento do aplicativo
ANEEL Consumidor e o sucesso dos leilões de geração e transmissão.
Importante salientar, ainda, o protagonismo que a ANEEL assumiu junto a instituições internacionais que tratam de
temas afetos ao setor elétrico. Além de assumir a presidência da ARIAE (na representação do Diretor-Geral, André
Pepitone), os quadros técnicos da Agência participaram de inúmeros encontros e reuniões com representantes dos
BRICS, OCDE, GIZ, Cepal/ONU, Relop e Escola de Regulação de Florença, entre outros órgãos e instituições.
Ademais, a ANEEL promoveu inúmeros eventos sobre temas em pauta no setor elétrico, dentre os quais se pode
destacar: o Workshop de Perdas Não Técnicas (PNT); o Seminário Internacional de Micro e Minigeração Distribuída;
os Encontros com Analistas de Investimentos; o Workshop sobre Tarifa Binômia; e o Seminário Internacional de
Comercialização de Energia Elétrica.
FEVEREIRO ................................................................................................. 18
MARÇO ...................................................................................................... 23
MAIO ......................................................................................................... 34
JUNHO ....................................................................................................... 40
JULHO ........................................................................................................ 46
AGOSTO ..................................................................................................... 50
SETEMBRO ................................................................................................. 56
OUTUBRO................................................................................................... 62
DEZEMBRO ................................................................................................. 76
Em janeiro de 2017, a SGE tinha contabilizados 584 processos nesse estoque. No decorrer do ano, graças ao trabalho e empenho constante
de nossos servidores, o estoque foi sendo reduzido gradativamente, até chegar ao número de 368 processos em dezembro de 2017. Ou
seja: no começo de 2018, o número de processos distribuídos e ainda não deliberados é aproximadamente 37% menor do que o quantitativo
verificado no início do ano passado.
Tais números, por si só, já são muito significativos. Todavia, a redução do estoque nesse percentual é ainda mais impressionante ao considerarmos
o término do mandato do ex-Diretor José Jurhosa (30 de outubro/2017) e a interrupção da distribuição de processos ao Diretor Reive Barros,
a partir de 30 de novembro de 2017.
A partir de um extenso estudo dos ambientes interno e externo da ANEEL, foram definidos quatro eixos temáticos que irão nortear o
desenvolvimento de campanhas para públicos dirigidos: Referência Regulatória, Gestão, Cidadania e Inovação. E, de acordo com esses eixos,
alguns temas ganharão destaque na comunicação da Agência nos próximos quatro anos: regulação voltada a direitos e deveres do consumidor;
geração distribuída; efetividade dos resultados; expansão da oferta (geração) e inovação, entre outros.
Em 2019, a opção pela tarifa branca estará disponível para quem consome
mais de 250 kWh/mês (cerca de 15,9 milhões de unidades consumidoras), e, em 2020, para os consumidores de baixa tensão, indepen-
dentemente do consumo. A tarifa branca não se aplica a consumidores residenciais classificados como baixa renda, beneficiários de descontos
previstos em Lei e tampouco à iluminação pública.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J a n e i r o
Ao fazer uso da palavra, os Diretores ressaltaram a colaboração de Reive para o setor elétrico e, particularmente, para a Agência. O então
Diretor Tiago de Barros Correia afirmou que Reive Barros, ao lado dos atuais Diretores e também de José Jurhosa Júnior, presente na cerimônia,
compôs uma Diretoria Colegiada harmônica, em que conhecimentos técnicos, regulatórios e comerciais se complementaram com maestria.
O Diretor André Pepitone, hoje Diretor-Geral, recordou a longa jornada de Reive Barros no setor elétrico brasileiro, com mais de 35 anos
de dedicação à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco antes de tornar-se Diretor da ANEEL. Lembrou ainda momentos marcantes que
compartilhou com o ex-Diretor, tais como os leilões na B3, em São Paulo, a realização dos seminários temáticos sobre Transmissão e Geração
e a participação no Citenel e no Seenel de 2017, em João Pessoa.
Após entregar uma placa de homenagem a Reive Barros, o então Diretor-Geral Romeu Rufino destacou a contribuição decisiva de Reive Barros
para a consolidação dos processos na ANEEL, em especial ao longo da elaboração do Planejamento Estratégico 2018-2021. Rufino também
ressaltou o talento do ex-Diretor para descontrair ambientes tensos. “Reive deixa uma instituição muito melhor, foi uma peça fundamental
para a harmonia da Diretoria Colegiada”, finalizou.
Em sua fala, Reive agradeceu a sua família, aos colegas de Diretoria Colegiada, aos assessores e superintendentes, e, em especial, aos
servidores da ANEEL. “Nunca vi quadro tão qualificado e comprometido. Para todos os desafios que se apresentaram, os servidores desta Casa
deram uma solução”.
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A ANEEL recebeu, no dia 25, profissionais da Light e do GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico/UFRJ) para a apresentação do Projeto de
Pesquisa e Desenvolvimento “Aspectos Regulatórios Relacionados a Perdas Não Técnicas em Áreas com Severas Restrições Operativas - ASRO”.
O projeto tem como objetivo encontrar soluções regulatórias para a redução de furtos e fraudes de energia elétrica no estado do Rio de Janeiro,
especialmente em áreas consideradas de risco para atuação da concessionária.
De acordo com a pesquisa, mais de 80% da energia fornecida a essas áreas é furtada, totalizando 3 terawatts-hora de consumo em 2016,
sendo 50% desse montante considerado desperdício. A ANEEL destacou a relevância do tema: “Na regulação, talvez este seja o assunto
mais complexo. Não podemos aceitar o nível de perdas não técnicas no Brasil, que prejudica o fornecimento e impacta a tarifa de todos os
consumidores”.
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Em janeiro, o número de conexões de micro e minigeração de energia chegou a mais de 20 mil instalações, com atendimento a 30 mil
unidades consumidoras, o que representa uma potência instalada de 247,30 MW – suficiente para atender 367 mil residências.
A classe de consumo residencial é responsável por 58,71% de conexões, seguida da classe comercial com 35,25% das instalações. A fonte mais
utilizada pelos consumidores-geradores é a solar com 20.666 adesões, seguida de termelétrica a biomassa ou biogás, com 76 instalações.
Minas Gerais permanece como o estado com mais conexões (4.484), seguido de São Paulo (4.038) e Rio Grande do Sul (2.497).
A geração de energia pelos próprios consumidores tornou-se possível a partir da Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012. A norma
estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração aos sistemas de distribuição de energia elétrica e cria o sistema de
compensação de energia elétrica, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com
a distribuidora local.
A resolução autoriza o uso de qualquer fonte renovável, além da cogeração qualificada, denominando-se microgeração distribuída a central
geradora com potência instalada de até 75 quilowatts (kW) e minigeração distribuída - aquela com potência acima de 75 kW e menor ou
igual a 5 MW, conectadas à rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.
Realizado em dezembro de 2017, o leilão A-1 negociou 288 MW médios em energia elétrica para fornecimento a partir de 1º de janeiro de
2018. O resultado foi de R$ 895,4 milhões em contratos, com energia negociada ao preço médio de R$ 177,46 por MWh. O deságio do
leilão foi de 18,2% em relação ao preço-teto estabelecido para o produto, o que representou uma economia de R$ 199,5 milhões para os
consumidores de energia.
O leilão A-2, com 423 MW médios em energia elétrica para fornecimento a partir de 1º de janeiro de 2019, movimentou R$ 1,29 bilhão
em contratos, tendo negociado energia ao preço médio de R$ 174,52 por MWh. O deságio do leilão foi de 9,6% em relação ao preço-teto
estabelecido para o produto, com economia de R$ 137 milhões para os consumidores.
Os dois certames tiveram como objetivo a venda de energia elétrica proveniente de empreendimentos existentes para suprir as necessidades
de distribuidoras que atendem o consumidor final.
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Fevereiro
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Na 18ª edição da pesquisa, o regulamento do Prêmio Iasc foi revisado e a categoria Iasc Brasil Concessionárias
foi dividida em duas: Iasc Brasil até 400 mil unidades consumidoras e Iasc Brasil acima de 400 mil unidades
consumidoras. Também foi instituído um escore mínimo de 60 pontos para que as distribuidoras sejam premiadas.
As vencedoras foram:
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O índice foi aferido por meio de pesquisa de opinião realizada com consumidores de todo o Brasil. A pesquisa foi realizada no período de 19 de
agosto a 1º de novembro de 2017. Foram entrevistados 24.926 consumidores residenciais, de forma presencial domiciliar, de 584 municípios
atendidos pelas 96 distribuidoras, sendo 58 concessionárias e 38 permissionárias.
Divulgado anualmente pela ANEEL desde 2000, o Iasc retrata o grau de satisfação do consumidor em relação à qualidade dos serviços
prestados pelas distribuidoras de energia elétrica e tem o propósito de estimular a busca pela melhoria contínua. A ANEEL premia desde 2002
as distribuidoras mais bem avaliadas.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 F e v e r e i r o
Essa iniciativa tornará mais segura a operação do Sistema Elétrico Brasileiro, principalmente durante a estação seca do ano, período no qual
as queimadas provocam cerca de 33% dos desligamentos forçados das linhas de transmissão registrados no País.
O Diretor-Presidente do Cigré-Brasil elogiou bastante a iniciativa da ANEEL e afirmou que esta ação está alinhada às melhores práticas de
gestão em nível mundial. Sugeriu, ainda, que se busque ampliar a divulgação do projeto, em função do grande potencial dessa ferramenta
de revolucionar o processo de gestão da manutenção de faixas de servidão e de ampliar o seu uso em outros processos importantes do setor.
No período de 15/9/2017 a 17/11/2017, foram enviadas 538 (quinhentas e trinta e oito) contribuições, sendo 304 (trezentas e quatro)
às Diretrizes Gerais e 234 (duzentas e trinta e quatro) ao Guia AIR. Após a análise realizada pela Casa Civil, foram acatadas ou acatadas
parcialmente 105 (cento e cinco) contribuições, o que equivale a 20% do que foi recebido. Esses números sinalizam o grande interesse pelo
tema e o efetivo aprimoramento dos documentos como resultado do processo de consulta à sociedade. A ANEEL apresentou um total de 12
(doze) contribuições, sendo que 2 (duas) foram acatadas e 8 (oito) foram acatadas parcialmente.
As Diretrizes Gerais e o Guia AIR resultaram das discussões de um grupo técnico (Grupo AIR) coordenado pela SAG e composto por representantes
das Agências Reguladoras Federais, do Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e do Inmetro. As
Diretrizes têm como foco a construção de padrões gerais mínimos para a efetiva implementação de AIR de maneira uniforme, transparente e
participativa, ao passo que o Guia se destina a orientar e auxiliar os servidores responsáveis pela elaboração da AIR.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 F e v e r e i r o
A Corte Permanente de Arbitragem é uma organização intergovernamental com sede no Palácio da Paz, em Haia. Fundada em 1899,
especializou-se na solução de conflitos entre entidades governamentais e particulares. Recentemente, em 25 de agosto de 2017, a CPA
e o Governo Federal do Brasil assinaram o Acordo Sede, instrumento por meio do qual as atividades da Corte em território brasileiro são
estimuladas.
Na reunião com a ANEEL, Túlio Toledo destacou a possibilidade de a CPA cooperar para aplicação do processo arbitral nos processos de
responsabilidade da Agência, além de oferecer capacitação nos temas afetos à entidade internacional. Nesse contexto, comentou que a CPA
se reuniu também com a Advogada-Geral da União para discutir formas de cooperação em matéria de arbitragem.
Por parte da ANEEL, foi feita uma apresentação institucional pela SCR, e o então Diretor Tiago Barros destacou o interesse da Agência em
estudar a possibilidade de aplicação do processo arbitral, principalmente se houver a possibilidade de diminuir a judicialização dos processos
administrativos da Agência, prática hoje bastante utilizada pelos agentes do setor.
Entre os dias 31 de janeiro e 23 de fevereiro, representantes da Comissão Técnica de Apoio à AIR (CT-AIR) realizaram visitas às áreas de
regulação, fiscalização, ouvidoria e outorga da Agência – SRG, SRD, SCG, SGT, SRT, SFF, SPE, SRM, SMA, SFE, SFG, SCT e ASD.
Além de permitir um contato mais próximo entre os servidores e a CT-AIR, o maior objetivo dos encontros foi apresentar os destaques da
recente revisão da Norma de Organização nº 040/2013, a qual trata da realização de Análise de Impacto Regulatório (AIR) na ANEEL. Em
cada área visitada, os servidores tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e fazer sugestões ao trabalho da Comissão.
Nas visitas, também foram prestadas informações sobre a elaboração das Diretrizes e Guia de AIR pelo grupo de agências reguladoras
coordenado pela Casa Civil, grupo no qual a ANEEL teve participação ativa.
Com base nas dúvidas levantadas pelas áreas, a intenção da Comissão é elaborar um guia contendo esclarecimentos sobre a aplicação da nova
Norma de AIR, assim como as devidas padronizações necessárias.
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Nesta edição, foram abordados diversos temas, entre eles as perspectivas para os leilões de geração e transmissão, o custo de capital
regulatório das distribuidoras (WACC), a abertura do mercado livre e eventuais mudanças na metodologia e valores das bandeiras tarifárias.
O encontro integra o programa de relacionamento entre a Agência e o público de investidores, que tem por objetivo discutir o cenário energético
pela ótica do regulador.
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Março
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 M a r ç o
No dia 8, a ANEEL sediou a reunião da Comissão Econômica para América Latina e Caribe das Nações Unidas (Cepal/ONU). O encontro
contou com a participação de dirigentes governamentais do setor energético brasileiro e de outros sete países da América Latina para discutir
a adoção de políticas de promoção do uso eficiente de recursos energéticos na região e apresentar os resultados do programa Ecosud (Energy
Complementarity and Sustentainable Development).
Na abertura da reunião, André Pepitone da Nóbrega, ao discorrer sobre a matriz energética brasileira, lembrou que “temos uma grande
quantidade de iniciativas que promovem o desenvolvimento das fontes renováveis de energia. Ontem, por exemplo, a geração hidráulica
somada às fontes eólica e solar responderam por mais de 85% do atendimento da carga de energia no País”. Afirmou, ainda, que “a ANEEL
está muito entusiasmada com o projeto Ecosud, que irá caminhar e desenvolver as melhores práticas das energias renováveis na América
Latina”, assinalando o reconhecimento internacional conferido à Agência, que pela primeira vez sedia a reunião oficial desse órgão das Nações
Unidas.
Além dos representantes da ANEEL, o evento também contou com a presença do então secretário de Planejamento e Desenvolvimento
Energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo Rodrigues, e do Diretor de Estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa
Energética - EPE, Amilcar Guerreiro.O Diretor do escritório da Cepal no Brasil, Carlos Mussi, ressaltou que o País é exemplo de alcance do
objetivo de uma matriz energética composta por energias renováveis, especialmente com o crescimento da energia solar e eólica.Segundo
o chefe da unidade de Recursos Naturais da Cepal, Manlio Coviello, o desenvolvimento das fontes renováveis deve observar não apenas os
aspectos ambientais. “Recentemente lançamos um documento sobre estilos de desenvolvimento do qual destacamos, entre três aspectos
da eficiência, a eficiência da sustentabilidade, que engloba os aspectos social, econômico e ambiental”, afirmou. Em sua apresentação, o
especialista em energia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Juan Roberto Paredes, falou sobre “a rede do futuro”, que
associa geração de fontes renováveis com conectividade sistêmica.
Os resultados do programa Ecosud, que incentiva a adoção de políticas de eficiência energética associadas à ampliação da matriz sustentável,
foram apresentados pelo pesquisador Frank Leañez (Cepal/BID), pelo professor Glauco Taranto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) e pelos professores William Wills (UFRJ) e Antoine Teixeira (Cired/França). Pelo conjunto de ações implementadas, Brasil e Chile
são referências para os demais países da região e a complementariedade entre a geração hidráulica e as fontes não-hídricas (eólica, solar,
biomassa) configuram uma positiva relação ganha-ganha.
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5° Campanha de Fiscalização de Usinas em Implantação (CF 01/2018): empreendimentos do grupo ‘Obras’, com início do suprimento ou
obrigação de início da operação comercial anterior a 2018, em 2018 ou em 2019;
6° Campanha de Fiscalização de Usinas em Implantação (CF 02/2018): empreendimentos do grupo ‘Pré-Obras’, com previsão de início de
obras em 2018 ou em anos anteriores, seja por marco de início de obras da outorga, seja pela média histórica do tipo de usinas do banco da
SFG.
Ao todo, foram selecionadas 76 usinas (totalizado 2.892,76 MW) para a 5ª e a 6ª Campanhas de Fiscalização de Usinas em Implantação.
As empresas selecionadas foram convocadas, por comunicado específico, para participar de etapa de processo de fiscalização e apresentar
informações e documentos com intuito de demonstrar a factibilidade de os empreendimentos selecionados cumprirem a data de suprimento/início
da operação comercial (5ª Campanha de Fiscalização de Usinas em Implantação), bem como demonstrar a viabilidade dos empreendimentos
selecionados cumprirem a data de início de obras (6ª Campanha de Fiscalização de Usinas em Implantação).
O primeiro dia de eventos foi inaugurado com uma palestra do Diretor da FSR, Jean-Michel Glachant, sobre tópicos fundamentais da regulação
na União Europeia, seguida de apresentações da Agência sobre temas que estão na vanguarda do setor elétrico. Na sequência, houve a
apresentação de um panorama institucional feito pela pesquisadora associada e chefe de relacionamento global da Escola, Swetha Bhagwat,
com ênfase nos cursos oferecidos pela Escola. No segundo dia de encontro, a pesquisadora associada e coordenadora de energia, Anne Marie,
fez uma apresentação sobre qualidade regulatória, e houve ainda uma reunião com o então Diretor Tiago Correia, a Enap e a Casa Civil para
debater o desenho de um futuro curso com abordagem e temática voltadas para a regulação no Brasil. Por fim, os visitantes da FSR tiveram
a oportunidade de conhecer o Operador Nacional do Sistema (ONS) e observar de perto seu funcionamento.
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Como sustentar a segurança regulatória e o interesse dos investidores no setor elétrico em meio a uma conjuntura volátil, incerta, complexa,
ambígua? A questão permeou a palestra “Implementação da Gestão de Riscos na ANEEL”, realizada no dia 9. Durante a apresentação, os
consultores da Brasiliano Interisk, contratada para implantar o processo na ANEEL, demonstraram a importância do controle de riscos em uma
instituição pública e a metodologia utilizada para a construção da matriz de riscos da Agência.
Na abertura da palestra, Romeu Rufino destacou o empenho da Auditoria Interna, que conduziu o mapeamento de riscos na Agência, assim
como do Comitê de Riscos e Controles (CRC) e do Grupo Técnico de Apoio à Gestão de Riscos (GTAGR), que desenvolveram juntos um
trabalho de fôlego alinhado ao Planejamento Estratégico 2018-2021. Tiago de Barros Correia ressaltou: “A gestão de riscos e o controle dos
riscos fazem parte de um processo voltado para a qualidade regulatória. A qualidade dos serviços que nós prestamos à sociedade depende
fundamentalmente de realizar regulação, fiscalização baseada em evidências. Fazer isso baseado em evidências envolve principalmente a
gestão de riscos, porque isso significa preparar a regulação para as contingências que possam acontecer”.
Os consultores contratados trataram de temas como a adaptabilidade a tecnologias disruptivas e a importância de conhecer os riscos da atuação
da ANEEL, aliada a uma visão de futuro e à agilidade de decisão, em uma época caracterizada por volatilidade, incerteza, complexidade e
ambiguidade.
Muito mais completo que o sistema antigo, o SAFIRA traz, entre outras funcionalidades, o cadastro e manutenção de fiscalizações, a emissão
de documentos e relatórios gerenciais, além de integração com o banco de dados corporativo da Agência. O novo sistema também tem
comunicação com o PLUTUS, sistema de informação da SAF que sistematiza a cobrança das multas lavradas pelas áreas de fiscalização da
ANEEL e das Agências Estaduais Conveniadas. Com a implantação do SAFIRA, as superintendências da Agência ganharão maior agilidade
no cadastro e alimentação das informações de fiscalização, além de contarem com um sistema mais seguro, com melhor qualidade e
desempenho, e adaptado a dispositivos móveis (responsivos).
O desenvolvimento e a implantação do SAFIRA foi um projeto executado pela CTIS (fábrica de software), em conjunto com a SFG, SFE e SFF,
sob a coordenação técnica da SGI, que é a gestora do contrato junto à fábrica de software e responsável pela operação e suporte, controle de
qualidade e mensuração do tamanho funcional do sistema.
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Estiveram presentes à cerimônia, além de dezenas de representantes das distribuidoras, o então Diretor-Geral da ANEEL, Romeu Rufino; o
então Diretor Ouvidor, Tiago Correia; e o Superintendente da SMA, André Ruelli.
Após a apuração dos critérios estabelecidos, sagraram-se campeãs as seguintes distribuidoras, nas suas respectivas categorias:
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Ao longo do período, os consumidores ficaram 14,35 horas em média sem energia (DEC), o que representa uma redução de 9,23% do valor
registrado em 2016 de 15,81 horas em média. O valor do DEC no ano de 2017 é o menor valor histórico para esse indicador. A frequência
(FEC) no número de interrupções se manteve em trajetória decrescente, com redução de 8,87 interrupções em média em 2016 para 8,20
interrupções em média por consumidor em 2017, o que significa uma melhora de 7,55% no período.
O avanço é resultado de ações da ANEEL, tais como: as novas regras de qualidade do fornecimento nos contratos de concessão das
distribuidoras; a adoção de planos de resultados para as distribuidoras que apresentavam pior desempenho; compensação financeira ao
consumidor; fiscalizações da Agência; e definição de limites de interrupção decrescentes para as concessionárias.
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O WFER 2018 reuniu mais de 1.100 participantes oriundos de 80 países dos cinco continentes, com representantes oficiais de 40 entes
reguladores. O tema desta edição foi “Regulando em tempos de inovação“, e teve como pilares o empoderamento do consumidor, os
mercados dinâmicos e a infraestrutura sustentável.
A ANEEL esteve representada por André Pepitone da Nóbrega, hoje Presidente da Associação Ibero-Americana das Entidades Reguladoras de
Energia (Ariae), que participou da programação oficial em dois momentos distintos: a High Level Commissioners’ Round Table (Mesa Redonda
de Conselheiros de Alto Escalão) e o painel Implementing decarbonization policies (Implementação de políticas de descarbonização).
Na Mesa Redonda, que contou com a participação de 14 Conselheiros e Diretores de Reguladores de diversas partes do mundo, sob a moderação
do conselheiro da Comisión Reguladora de Energía (CRE) do México, Jesus Serrano Landeros, foram discutidos aspectos relacionados à
inovação e à atuação dos reguladores nas tecnologias disruptivas. Em pronunciamento durante o debate, André Pepitone destacou que “as
mudanças no setor energético são inexoráveis, e cabe aos reguladores atuar como facilitadores da inserção das novas tecnologias, de maneira
equilibrada entre os agentes, a sociedade e o governo”.
No painel sobre descarbonização, moderado pela presidente da Associação Regional de Reguladores do Sul da África (Rera), Gloria Magombo,
foram debatidas boas práticas de fomento a energias renováveis e eficiência energética, para implementação de ações de descarbonização da
matriz. Em sua apresentação no painel, Pepitone destacou a característica essencialmente limpa da matriz elétrica brasileira, e os compromissos
assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris. “O Brasil se comprometeu a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz
energética para aproximadamente 18% até 2030, bem como alcançar participação estimada de 45% de energias renováveis na composição
da matriz energética, de maneira a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030”, afirmou.
A ANEEL participou ainda da Assembleia Geral da ARIAE, realizada no dia 20, da reunião da Associação de Reguladores de Energia dos Países
de Língua Oficial Portuguesa – RELOP, que aconteceu no dia 22, e promoveu a reunião para discutir a estruturação e o funcionamento da
Escola Ibero-americana de Regulação (EIR), que contou com a participação de representantes da Ariae, da Fundação Getulio Vargas (FGV) e
da Florence School of Regulation.
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Abril
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 A b r i l
Ao acessar o perfil da Agência, os seguidores podem curtir imagens relacionadas à energia elétrica no País, com informações sobre a atuação
da ANEEL, a evolução do setor e outras orientações de utilidade pública.
Ao utilizar a hashtag #instaneel em alguma fotografia sobre geração, transmissão ou distribuição de energia, a imagem poderá ser compartilhada
no perfil da ANEEL.
Foram contratados 39 empreendimentos de geração: 4 hidrelétricas, 2 usinas térmicas movidas a biomassa, 4 usinas eólicas e outras 29
usinas solares fotovoltaicas. Os estados com empreendimentos contratados foram Ceará (14 usinas), Minas Gerais (8), Piauí (6), Bahia (4),
Pernambuco (3), Rio Grande do Sul (2), além do Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, com uma usina em cada estado.
Tiago Correia disse que o certame foi um sucesso e teve um deságio bastante expressivo, principalmente em relação aos preços das usinas
eólica e solar. Também destacou o trabalho da Agência a partir do resultado do leilão. “Agora cabe à ANEEL o acompanhamento da gestão dos
contratos para que a energia seja entregue no prazo estabelecido”.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 A b r i l
No período da tarde, foram promovidas discussões em 9 mesas temáticas, as quais abordaram as interfaces da mobilidade elétrica nos seguintes
temas: eficiência energética; tecnologias para integração e inserção de fontes renováveis; operação de fontes renováveis; veículos leves e
superleves; veículos pesados; compartilhamento de infraestrutura para mobilidade elétrica; armazenamento, construção e sustentabilidade da
RISE; e, ainda, gargalos regulatórios e legais para o ambiente de inovação nas empresas.
Na sequência dos eventos da OCDE, os servidores da ANEEL participaram de encontros bilaterais – organizados pela SCR com apoio do
Itamaraty – para debater assuntos de interesse específico da Agência. Uma das agendas bilaterais foi um encontro, na própria OCDE, que
tratou do Peer Review, que consiste em um relatório desenvolvido por meio de consultoria, cujo objetivo é fazer uma avaliação das práticas
regulatórias da ANEEL e, consequentemente, identificar pontos de melhoria e dar maior visibilidade internacional às boas práticas da Agência.
Cumprindo agenda institucional, os representantes da ANEEL reuniram-se com o órgão regulador (Commission de Régulation de l’Énergie - CRE)
e o mediador de energia francês (Mediateur de Energie), órgão independente que trata as questões de ouvidoria na França. Nesses encontros,
foram identificados os seguintes assuntos de interesse mútuo: Geração Distribuída, Transmissão e Net Meetering.
Foi feita também uma visita institucional à Agência Internacional de Energia (AIE), que tratou de temas como: geração hidráulica (manutenção
de ativos), integração regional, planejamento na transmissão, tarifas no varejo, segurança energética, modelagem e planejamento da demanda,
bioenergia, integração de renováveis e a organização de um possível workshop no Brasil, no final de 2018, sobre leilões e market design.
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A ANEEL realizou, no dia 12, um seminário para apresentar as diretrizes do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que trata da
Instrumentalização e Sistematização da Capacitação para Conselhos de Consumidores. O evento reuniu 60 conselheiros de todo o país.
A iniciativa visa ampliar a representatividade dos Conselhos, capacitando-os para uma atuação mais ágil e proativa, e para a melhoria do
relacionamento com seus públicos: consumidores, agentes de distribuição e a ANEEL.
A abertura do seminário foi realizada por Romeu Rufino, pelos superintendentes André Ruelli (SMA) e Ailson Barbosa (SPE), pelo Diretor de
estudos de energia elétrica da Empresa de Pesquisa Energética, Amílcar Guerreiro, e pelo Diretor do GESEL da UFRJ, Nivalde de Castro.
Rufino enfatizou a participação estratégica dos conselhos de consumidores na regulação do setor. “É fundamental, para o melhor resultado
dos nossos processos, que os conselhos estejam capacitados para contribuir com os diferentes temas tratados pela Agência, que têm relação
direta com os consumidores de energia”.
Para o professor Nivalde de Castro, as distribuidoras terão interesse em implementar as ações desenvolvidas pelo projeto. “O setor elétrico
está entre os melhores de infraestrutura no país e, por suas
características de monopólio natural e estratégico, deve
acompanhar a evolução tecnológica”, afirmou.
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No dia 19, a ANEEL promoveu reunião, no Palácio do Itamaraty, com embaixadores de 14 países ibero-americanos. O encontro foi coordenado
por André Pepitone, que à época ocupava a vice-presidência da Associação Ibero-americana de Entidades Reguladoras de Energia (ARIAE).
Atualmente, Pepitone é o presidente da associação. O propósito da reunião era, além de estreitar relações com o Itamaraty, convidar os
embaixadores a participar da XXII Reunião Anual de Reguladores de Energia da Associação Ibero-americana de Entidades Reguladoras de
Energia (ARIAE) e da I Reunión Bianual ARIAE – NARUC (National Association of Regulatory Utility Commissioners).
A ARIAE foi constituída formalmente em 17 de março de 2000, e atualmente reúne 26 organismos reguladores de energia de 20 países ibero-
americanos: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua,
Panamá, Peru, Portugal, Puerto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, além da Comissão Regional de Interconexão Eléctrica
(CRIE), que é o órgão regulador do mercado centro-americano.
A Associação pode ser definida como um fórum de comunicação entre especialistas e profissionais das entidades que a integram, com os
seguintes objetivos: promover o intercâmbio de experiências e compartilhar o conhecimento regulatório dos setores de energia; fomentar a
formação e capacitação de pessoal em todos os níveis, e seu intercâmbio entre os sócios; propiciar a cooperação em atividades de interesse
comum, tais como a pesquisa e desenvolvimento.
A partir de 2019, a revisão da definição dos valores, da regra de acionamento e do tratamento da cobertura tarifária será reavaliada com base
no calendário hidrológico – ao final do período úmido, em abril.
A proposta relativa à métrica de acionamento leva em conta a definição de custo do risco hidrológico, em que há relação indireta entre a
profundidade do déficit de geração hidráulica (GSF) e o preço da energia elétrica de curto prazo (PLD). A composição dessas duas variáveis,
em sistemática de gatilho, faz com que a arrecadação prevista, com os valores propostos, se aproxime mais dos custos incorridos.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 A b r i l
Para dar publicidade a esse trabalho, a SFG publica o Relatório de Acompanhamento da Implantação de Empreendimentos de Geração. Na
edição publicada em abril, foram apresentados os principais resultados da implantação de novos empreendimentos de energia elétrica obtidos
em 2017 e as perspectivas para a implantação de novos empreendimentos de geração em 2018.
Ao final do Relatório (acessível no portal da Agência), é possível encontrar também os resultados obtidos com as campanhas de fiscalização
realizadas e finalizadas pela SFG desde a alteração na metodologia de fiscalização dos empreendimentos de geração de energia elétrica.
19% 34%
31%
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Maio
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 M a i o
Nesse sentido, foi aberta no dia 3 a Consulta Pública 007/2018 a fim de obter subsídios sobre o conceito de Leilão de Eficiência Energética
e o conjunto de metodologias e premissas utilizado na Análise de Impacto Regulatório de projeto piloto a ser realizado em localidades de
Roraima, estado isolado do Sistema Interligado Nacional (SIN) e que depende de um sistema elétrico instável e de geração a diesel, de
alto custo e poluente. Estima-se um potencial de eficientização de 4 megawatts médios (MWm) anuais a partir de ações nos segmentos
residencial, comercial, poder público e instalação de geração solar distribuída. A redução traria benefícios para consumidores de todo o país,
pois se refletiria na redução do encargo para fornecimento de energia aos Sistemas Isolados, pago na fatura de energia elétrica de todos os
consumidores.
No modelo de Leilão de Eficiência Energética em consulta, a ANEEL definiria os montantes de energia elétrica anual cujo consumo precisa ser
reduzido. Cada montante seria leiloado como compromisso de diminuir parte do consumo na região. O empreendedor que viesse a oferecer o
menor preço pelo montante se tornaria uma nova espécie de agente regulado – o Agente Redutor de Consumo (ARC).
A proposta da ANEEL abre a possiblidade de participação de diferentes atores, uma vez que é possível reduzir o consumo por meio de projetos
variados (troca de lâmpadas, geladeiras ou condicionadores de ar, instalação de geração distribuída, modernização de iluminação pública,
mudança de comportamento, etc). Para garantir a confiabilidade do desempenho, o leilão predefiniria os métodos de medição e verificação
segundo a tipologia das ações.
Rodrigo Limp Nascimento foi nomeado para exercer o cargo de Diretor da Agência na vaga decorrente do término do mandato de José Jurhosa
Júnior, e Sandoval de Araújo Feitosa Neto ocupará a vaga deixada por Reive Barros dos Santos.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 M a i o
Entre os dias 14 e 18, o especialista em regulação Henrique Paiva de Paula (SCG) representou a ANEEL no evento “Rios, Terras e Culturas:
Aprendendo com o Sistema Socioecológico de Tocantins”. O workshop internacional foi o segundo da Rede de Barragens Amazônicas,
coordenada pela University of Florida, Universidade Federal de Rondônia, Universidade Federal do Tocantins, University of Arizona e pelo US
Geological Survey. A rede se dedica ao avanço da pesquisa sobre os impactos da construção de hidrelétricas na Amazônia, por meio das lições
aprendidas com a implementação de barragens no Brasil e nos Estados Unidos, enfocando a gestão adaptativa dentro da teoria dos sistemas
socioecológicos. Durante o encontro, Henrique fez uma apresentação, integrou reuniões do grupo temático Governança, com a Empresa de
Pesquisa Energética, e fez uma visita técnica ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Lajeado. Refletindo sobre a atividade, afirmou que “a
participação da ANEEL tem se dado não apenas nos eventos, mas também nas pesquisas desenvolvidas pela rede e no grupo temático que
trata de Governança. A disseminação de informações oficiais referentes ao planejamento da expansão da oferta de energia elétrica, aliada
à possibilidade de esclarecer para um público bastante diversificado sobre como os processos de operação do sistema elétrico nacional e de
fiscalização de empreendimentos de geração de energia ocorrem, associada à oportunidade de ouvir e aprender com diversos atores envolvidos
em todas as etapas de implantação de usinas hidrelétricas, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, tem se mostrado bastante valiosa”.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 M a i o
No dia 17, a SPE promoveu o Workshop Perdas não técnicas (PNT): Causas, desafios e propostas de inovação regulatória. O evento
apresentou os resultados parciais do projeto de P&D “Aspectos Regulatórios Relacionados a Perdas Não Técnicas em Áreas de Risco”, cuja
empresa proponente é a Light Serviços de Eletricidade S/A (LIGHT), e a entidade executora o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL/
UFRJ). O projeto pretende desenvolver metodologia de análise e propor abordagem regulatória na caracterização e tratamento de perdas não
técnicas em áreas consideradas de risco para atuação da concessionária.
A atividade contou com palestra de especialista internacional no tema, Carlos Rufin, da Suffolk University, de Boston (EUA). O palestrante,
que participa do projeto como pesquisador estrangeiro vinculado ao GESEL/UFRJ, coordena estudos e projetos nas seguintes áreas: economia
política da privatização e organização; gestão de risco político e regulatório; influência empresarial nas políticas públicas; regulação da
atividade empresarial privada; e negócios internacionais.
O Grupo foi criado em 2015, quando os governos dos países-membros do bloco (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul) assinaram um acordo para cooperação em conservação
de energia e eficiência energética.
Durante a Reunião, dirigida pelo Diretor-Geral do Departamento de Energia da África do Sul, foram apresentadas as perspectivas das novas
tecnologias e as diversas iniciativas utilizadas para promover mudanças comportamentais e aumentar a conscientização pública sobre eficiência
energética e medidas de economia de energia. As delegações reafirmaram que os BRICS continuarão a manter seus compromissos no âmbito
do Acordo de Paris e da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Os participantes reconheceram, ainda,
que a transição energética entre os países membros do grupo abrange um cenário energético sustentável, no qual tecnologias energéticas
tecnicamente avançadas, flexíveis e de baixo custo serão fundamentais para um futuro com baixo teor de carbono.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 M a i o
Na abertura da reunião, André Pepitone da Nóbrega reforçou o protagonismo da Relop para o desenvolvimento do arcabouço regulatório das
11 instituições dos seis países associados. “Apesar das especificidades de cada país, suas diferenças culturais e socioeconômicas, os países
membros da Relop têm conseguido, a partir dessa estrutura de cooperação, resultados positivos em prol da estabilidade regulatória do setor
energético”.
Tiago Correia deu boas-vindas aos participantes e reforçou a importância do evento para o desenvolvimento de melhores instrumentos e
plataformas de regulação a partir da troca de experiências. Guilherme Mavila, presidente da Relop, destacou a importância do encontro como
um marco dos 10 anos de criação da associação.
Durante o dia, houve debates em vários painéis: “Desenvolvimentos tecnológicos e regulatórios no Setor da Eletricidade”; “Desenvolvimentos
tecnológicos e regulatórios nos setores de Gás e Petróleo”; “Integrações: os novos desafios da regulação da energia”; “Desafios para a
manutenção da qualidade e independência regulatória”; e o encontro foi finalizado com uma mesa redonda sobre o desenvolvimento dos
mercados das redes de distribuição.
Representando a ANEEL no evento, o então assessor da Diretoria, Fernando Colli Munhoz, apoiou a abertura “gradual e monitorada” do
mercado de energia, nos termos do anteprojeto do Ministério de Minas e Energia. Participaram também da audiência representantes da
Associação Nacional dos Consumidores de Energia; da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica; da Associação
Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica; e Instituto Acende Brasil.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 M a i o
A ANEEL participou, no dia 23, do 15º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico - Enase 2018, principal evento do setor elétrico nacional.
Promovido pelo Fórum de Associações do Setor Elétrico (Fase) e pelo grupo UBM/CanalEnergia, o objetivo da iniciativa é debater perspectivas
do setor elétrico de 2018 a 2022. Para isso, reuniu representantes das principais instituições que fazem parte da governança setorial, agentes
do mercado, investidores, especialistas e parlamentares.
Até então, quando o processo não estava disponível para visualização e download no site, o usuário precisava solicitar o acesso à informação
via LAI. A partir dessa mudança, os usuários podem solicitar acesso aos processos diretamente na tela de consulta do sistema.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 M a i o
Pepitone destacou que é fundamental para os países associados criar as condições regulatórias adequadas para que o mercado e os consumidores
de energia elétrica possam se beneficiar dos avanços tecnológicos. “Precisamos consolidar um ambiente que privilegie a transparência,
a estabilidade e a participação de todos os atores envolvidos no processo regulatório, de modo a atrair investimentos e impulsionar o
desenvolvimento da matriz energética”, reforçou.
O principal desafio da nova gestão é atuar na preparação dos órgãos reguladores de energia ibero-americanos para lidar com as tecnologias
disruptivas, como o armazenamento de energia, a geração solar fotovoltaica, os veículos elétricos e a microgeração distribuída.
A Ouvidoria Setorial em Números é um documento de referência sobre o relacionamento do consumidor do com a sua distribuidora e, também,
com a Agência. Para as distribuidoras, a edição serve como um guia para melhoria da qualidade do serviço prestado. E, ao traçar um panorama
da qualidade da distribuição de energia elétrica, a publicação subsidia ainda as atividades de fiscalização e regulação da própria ANEEL,
reforçando o nosso compromisso com a transparência e com a prevenção de conflitos no setor elétrico.
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Junho
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u n h o
Reconhecendo que a ANEEL conta com interessantes iniciativas para monitoramento e avaliação de intervenções regulatórias, mesmo que não
completamente estruturadas ou sistematizadas, o objetivo do encontro foi conhecer e discutir uma dessas iniciativas.
Na oportunidade, a SFG apresentou sua experiência sobre o diagnóstico do problema, as metodologias utilizadas e resultados obtidos no
monitoramento da implantação de novas usinas de geração de energia elétrica.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u n h o
O tema da conferência foi “Medindo a Implementação da Regulação”. Os conferencistas discutiram estratégias para conectar a Análise de
Impacto Regulatório (AIR) à Avaliação de Resultado Regulatório (ARR), considerando a relevância de mensurar a implementação da regulação.
Rossi apresentou a experiência da ANEEL com os avanços recentes da Agência durante o painel de lançamento do Toolkit de Inspeções e
Enforcement da OCDE. No segundo dia, foi relator do debate sobre o tema “Identificando como medir a efetividade das inspeções e demais
ações de enforcement”. Segundo o representante da OCDE que presidiu o painel, a ANEEL merece destaque honroso por ter sido a instituição
que melhor fez uso, na recém executada reforma do modelo de fiscalização do setor elétrico, dos princípios orientados pela OCDE.
Sobre a participação na conferência, Eduardo Rossi avaliou que “é muito motivador perceber que a ANEEL pode contribuir ativamente em
fóruns de alto nível, como é o caso dessa conferência da OCDE”.
No dia 6 foi realizado, com sucesso, o primeiro teste de operação da usina fotovoltaica (UFV) do prédio da ANEEL. Após a troca dos medidores
de energia convencionais pelos medidores bidirecionais feita pelos funcionários da CEB, os profissionais da Alsol (empresa que venceu a
licitação para a instalação da UFV) ligaram os 3 inversores de 27,6 kWp do bloco H, que passaram a gerar instantaneamente os 80 kW
previstos no sistema elétrico dos prédios ANEEL-ANP.
O projeto total da UFV da ANEEL contempla 1.760 painéis de 1,65m2, com potência instalada de 510,40 kWp quilowatts-pico (kWp) e
média anual de geração prevista de 710 MWh, podendo chegar a 800 MWh.A.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u n h o
Ao fazer uso da palavra, o então Diretor Tiago Correia desejou sucesso aos novos Diretores, e falou sobre os desafios vindouros, tanto na
função de elaborar normas que tragam um melhor serviço à população quanto na de julgar os direitos e deveres dos litigantes com processos
que tramitam junto à ANEEL. André Pepitone reforçou o triplo desafio que se coloca à Agência e aos Diretores (regular, fiscalizar e mediar),
ressaltando a necessidade de oferecer segurança e atrair investimentos para o setor elétrico, mas sem nunca descuidar da questão da
modicidade tarifária.
Na sequência, foi apresentado o currículo e feita a leitura do termo de posse do Diretor Rodrigo Limp, que agradeceu à família pelo apoio, e
também ao Presidente da República, ao Ministro e ao Senado Federal pela confiança depositada. Disse que é uma honra retornar à ANEEL,
ressaltou os três valores que considera absolutamente essenciais à atuação da Agência (autonomia, transparência e diálogo) e afirmou que
exercer o cargo de Diretor representa um desafio, mas que assume a função com muita vontade de contribuir com o setor elétrico e o país.
Feita a apresentação do seu currículo e a leitura do termo de posse, o Diretor Sandoval Feitosa agradeceu ao Presidente pela indicação do seu
nome e ao Ministro pela presença na solenidade. Lembrou que há 13 anos ingressou na ANEEL como especialista em regulação, e que é uma
grande honra ter composto a primeira turma de servidores da carreira e, agora, tomar posse como Diretor. Pontuou que o setor elétrico não
é um fim em si mesmo, mas um veículo para o bem-estar da população, razão pela qual é necessária a preocupação e atuação constante da
Agência em relação à qualidade da prestação do serviço e à melhora dos indicadores, aliadas à percepção da tarifa justa.
Romeu Rufino agradeceu a presença das autoridades, convidados e servidores, e desejou sucesso aos novos Diretores. Disse que ambos já
conhecem a Casa e estão preparados para enfrentar o desafio de compor o colegiado, o qual funciona com a lógica da complementaridade e
cumplicidade, e onde a diversidade de posições jamais compromete o respeito.
Finalizando os pronunciamentos da solenidade, Moreira Franco saudou os presentes e afirmou que o amplo leque de autoridades no auditório
demonstra a vitalidade da ANEEL. Discorreu sobre a necessidade de melhorar a relação da Administração Pública com a sociedade, pois o
Estado deve servir ao cidadão, e não o contrário. Nesse sentido, disse que a criação das Agências Reguladoras atende a essa lógica, pois são
instituições modernas, com autonomia, espírito público de quem comanda e com elevada qualificação profissional.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u n h o
Foi inaugurada, no dia 26, a usina fotovoltaica da ANEEL, que atenderá entre 18% e 20% do consumo anual da autarquia, com uma média
de geração de 710 MWh/ano.
Estiveram presentes na cerimônia de inauguração os Diretores da ANEEL à época, representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), da Companhia Energética de Brasília (CEB), da Cooperação da Deutsche
Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeite GmbH (GIZ) e da Alsol Energias Renováveis, além de servidores da Agência.
O Diretor da CEB, Maurício Alves, destacou a parceria feita com a ANEEL e ressaltou que a iniciativa representa um modelo a ser seguido por
todo o setor público. O Coordenador de Planejamento Energético, Regulação e Gestão do Sistema da GIZ, Florian Geyer, afirmou que o projeto
é pioneiro e deverá estimular o mercado fotovoltaico no país. Para a representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Alexandra Maciel,
a iniciativa da ANEEL ajudará a consolidar o papel das energias renováveis no Brasil.
O Diretor da ANEEL, Rodrigo Limp, mencionou que o uso da energia solar está de acordo com a busca pela sustentabilidade em todo o mundo
e com o uso eficiente e racional da energia. Já o Diretor Sandoval Feitosa ressaltou que um país tropical como o Brasil não pode deixar de
investir em uma fonte renovável como a solar.
Tiago Correia lembrou que o projeto de eficiência energética da ANEEL está de acordo com um modelo coerente de redução do desperdício,
ao passo que o Diretor André Pepitone salientou que existem 80 milhões de unidades consumidoras no país, mas, por ora, apenas 40 mil
utilizam a geração distribuída.
Por fim, Romeu Rufino parabenizou os parceiros e a área técnica pela conclusão do projeto e espera que a Agência se torne uma referência
para outros órgãos públicos. “O setor elétrico passa por várias transformações e o usuário de hoje é muito mais participativo e preocupado
com a sustentabilidade. Diante desse cenário, a ANEEL não poderia deixar de dar o exemplo no que diz respeito a boas práticas de redução do
desperdício e eficiência energética”, concluiu.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u n h o
Já Tiago Correia enfatizou que a regulamentação do tema deve progredir para que mais consumidores possam se apropriar dos benefícios desse
tipo de geração. “A ANEEL tem se esforçado para remover barreiras e estimular a incorporação de novas tecnologias ao setor. Nosso desafio
agora é avançar nessa regulação para democratizar os benefícios da geração distribuída, para que mais consumidores, independentemente de
suas condições socioeconômicas, sejam beneficiados”.
Na sequência, o superintendente Carlos Alberto Mattar (SRD) deu início aos painéis com a apresentação dos dados mais recentes sobre GD no
Brasil, e o resultado de pesquisa de satisfação realizada com consumidores que possuem micro ou minigeração. Mattar apontou alguns pontos
para melhoria do regulamento atual como simplificação do faturamento, da fatura e do procedimento de acesso, além do aperfeiçoamento
dos mecanismos de incentivo para avanço da geração compartilhada.
Durante o dia, também houve apresentações de representantes da Solarize Energia Solar, ABRADEE, Absolar, USP e CEMIG.
O relator do processo, Tiago Correia, ressaltou que a nova regulamentação tem como principal objetivo reduzir a incerteza aos que desejam
investir na infraestrutura de recarga dos veículos elétricos. “A Agência está eliminando eventuais barreiras para o desenvolvimento desse
mercado. A norma garante que o empreendedor invista nas instalações de recarga sem medo de surpresas regulatórias posteriores”.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u n h o
Durante a visita técnica, as servidoras fizeram visitas às seguintes instituições: BMWi - Ministério da Economia e Tecnologia (Bundesministerium
für Wirtschaft und Technologie); DENA (Deutsche Energie-Agentur GmbH); eMo Berlin Agency for Electromobility; PTB (Physikalisch-Technische
Bundesanstalt, o Inmetro alemão); Universidade Técnica de Berlim (Technische Universität Berlin); Laboratório Fábrica de Baterias na
Universidade Técnica de Braunschweig; e, ainda, a empresas e startups nas áreas de energia, sustentabilidade e mobilidade sediadas no
EUREF Campus - Forum Europeu sobre Energia (Europäisches Energieforum).
O Diretor Sandoval Feitosa ressaltou, ainda, o expressivo deságio médio alcançado no leilão, de 55,26%, e seus efeitos para a modicidade
tarifária. “O leilão foi um sucesso, com o maior deságio médio dos últimos 20 anos”, afirmou. A grande vencedora do leilão foi a Sterlite
Power Grid Ventures Limited. A empresa arrematou 6 lotes no certame. O maior deságio do leilão, de 73,92%, ocorreu no lote 10, e a maior
disputa aconteceu no lote 19, arrematado pela Energisa S.A após 15 lances.
As empresas vencedoras terão direito ao recebimento da Receita Anual Permitida (RAP) para a prestação do serviço a partir da operação
comercial dos empreendimentos. O prazo das obras varia de 36 a 63 meses, e as concessões de 30 anos valem a partir da assinatura dos
contratos. Com o resultado do certame, existe a expectativa de geração de 13,6 mil empregos diretos.
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Julho
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u l h o
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) foi representada pelo presidente Reive Barros; a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE), pelo presidente do Conselho de Administração, Rui Altieri; e o Operador Nacional do Sistema (ONS), pelo Diretor-Geral José Eduardo
Barata Ferreira.
Na abertura do evento, que contou com os demais Diretores e com dirigentes e servidores da ANEEL, Romeu Rufino enfatizou que esse
encontro é o retorno de visitas com os mesmos propósitos realizados, por ele, na CCEE, EPE e ONS, ocasiões em que foram apresentadas, para
os servidores dessas instituições, as melhores práticas de gestão, do planejamento estratégico e o papel do regulador.
As reuniões proporcionam o debate e a troca de experiências que contribuem para consolidar a governança setorial e promover a integração
institucional. “Essa aproximação é muito positiva e contribui para que cada instituição exerça da melhor maneira possível o seu papel”,
ressaltou Rufino.
EPE, CCEE e ONS fizeram suas palestras, após as quais foram debatidos temas como planejamento estratégico, indicadores de desempenho,
orçamento e autonomia das instituições.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u l h o
A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal sabatinou e aprovou, no dia 11, as indicações de André Pepitone da Nóbrega para exercer
o cargo de Diretor-Geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e de Efrain Pereira da Cruz para exercer cargo de Diretor da Agência.
Os relatores das indicações foram os senadores Valdir Raupp (MDB/RO) e Acir Gurgacz (PDT/RO), respectivamente. As indicações foram
aprovadas com 18 votos favoráveis e um voto contrário. Aprovadas na CI, as indicações serão submetidas ao Plenário do Senado.
Durante a sabatina, André Pepitone da Nóbrega afirmou que exercer o cargo de dirigente máximo da Agência Nacional de Energia Elétrica é
função que o desafia, enobrece e orgulha. Pepitone ressaltou que o desafio advém do cenário de mudanças disruptivas que vem ocorrendo no
modelo do setor elétrico brasileiro. “O desafio que teremos será conduzir a legislação desse setor diante do avanço da micro e minigeração
distribuída, da chegada dos veículos elétricos e das novas tecnologias de armazenamento de energia”, destacou. O outro indicado do dia Efrain
Pereira Cruz afirmou estar honrado e feliz com a indicação para Diretor da ANEEL. “Meu objetivo será servir ao crescimento do setor e de nosso
País enfrentando grandes desafios como a judicialização do setor elétrico brasileiro”, ressaltou.
Desenvolvida pela Global Infrastructure Hub, em conjunto com a consultoria Turner & Towsend, a ferramenta disponibiliza três estudos
relacionados ao setor de energia no Brasil, entre eles o “Global Infrastructure Hub´s – GIH Reference Tool on PPP Contract Management,
including the Piracicaba and Tucurui-Jurupari case studies”, elaborado pelo superintendente, Ivo Sechi, e pelo servidor Gabriel Nasser Doyle de
Dolle, ambos da SCT.
A proposta da solução é fornecer, para os servidores públicos que gerenciam projetos de PPP no setor de infraestrutura, orientações práticas
relacionadas às etapas de construção e operação. Segundo a GIH, até 48% dos contratos no mundo são renegociados nos primeiros 12
anos. Nesse sentido, a capacitação dos gestores públicos para a condução dessas repactuações é um fator crítico para a competitividade e
transparência do processo.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u l h o
Ouvido pelo Correio, o superintendente da SPE, Ailson de Souza Barbosa, afirmou que o projeto da usina fotovoltaica prevê uma economia
de 20% em relação ao consumo atual da Agência, e que a sua execução foi possível graças à elaboração de um contrato de desempenho
(instrumento que deve atrair o interesse de outros órgãos), tendo sido a obra incluída no Projeto de Eficiência Energética (PEE) da CEB.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 J u l h o
O então Diretor-Geral Romeu Rufino, dirigentes e técnicos da Agência apresentaram aos analistas de investimentos temas como: os futuros
leilões de geração e de transmissão de energia elétrica; proposta de leilão de eficiência energética em Roraima; discussões em relação ao risco
hidrológico (GSF); e a revisão da Resolução 482/2012, entre outros itens da Agenda Regulatória da ANEEL.
O artigo desenvolvido pelo servidor propõe a substituição do atual Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) por um mercado baseado em
ofertas de preço e quantidade. A partir de algoritmos de inteligência artificial e considerando uma ampla base de dados, a competição dentro
desse mercado foi simulada. Por fim, as estratégias ótimas de cada participante trazem reflexões quanto ao impacto dessa alternativa sobre a
segurança energética, desenhos de mercado flexíveis, Generation Scaling Factor(GSF) e preços do mercado de curto prazo.
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Agosto
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 A g o s t o
Despedida de Diretores
O dia 14 foi marcado por emoções e despedidas. Pela manhã, Romeu Rufino e Tiago Correia tiveram uma conversa com os servidores no
Auditório I, ocasião em que discorreram sobre as principais realizações da ANEEL no período em que se dedicaram à Agência.
Entre os pontos destacados, ambos falaram sobre a efetividade da fiscalização, a qualidade e universalização do serviço, a gestão de outorgas,
o processo decisório, a evolução tecnológica e a gestão interna, além da luta constante pela autonomia e a busca pelo interesse público.
Durante a tarde, houve uma solenidade de despedida, ocasião em que fizeram uso da palavra os Diretores Rodrigo Limp, Sandoval Feitosa e
André Pepitone. Na sequência, falaram os Diretores homenageados, Tiago e Romeu. Depois dos pronunciamentos, houve o descerramento das
fotos nas Galerias de ex-Diretores e de ex-Diretores Gerais, bem como a entrega das respectivas placas de homenagem.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 A g o s t o
Em seu discurso, André Pepitone destacou como exercerá o mandato de Diretor-Geral da ANEEL. “Exercerei o cargo com isenção, diálogo,
equilíbrio, transparência, sem abrir mão de preceitos morais que trago de família, com correção, respeito, probidade e senso de justiça”.
Pepitone também ressaltou a importância do órgão regulador para atrair investimentos para o setor. “Cabe ao regulador estimular a eficiência,
construir um ambiente competitivo, sustentável, com regras claras e estáveis que transmitam segurança para manter propício e atraente o
ambiente de negócios em nosso país”, afirmou o Diretor-Geral.
Efrain Pereira também comentou a respeito do que espera do mandato de Diretor da ANEEL. “Assumo o compromisso de trabalhar em prol de
uma regulação eficaz, transparente e desburocratizada, pautada pelo diálogo e com foco em atrair investimentos, mas que ao mesmo tempo
defenda o interesse público”, considerou o Diretor.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 A g o s t o
Essa iniciativa, coordenada pela SPE e com participação da Diretoria e da SCR, será um projeto piloto realizado por quatro distribuidoras com
bastante experiência em projetos educacionais de Eficiência Energética e selecionadas previamente pela Agência: COELBA, COELCE, ESCELSA
e RGE.
Num primeiro momento, o projeto contemplará milhares de jovens em capitais e cidade do interior de quatro estados brasileiros: Bahia, Ceará,
Espírito Santo e Rio Grande do Sul. O projeto, no entanto, será elaborado com o intuito de, num futuro próximo, ser escalonado para todo o
Brasil, tornando-se assim uma Olimpíada Nacional.
Entre as atividades que possivelmente farão parte do escopo do projeto, destacam-se: treinamento e formação de multiplicadores: professores
e alunos/família; premiação das melhores escolas, professores e alunos; competições utilizando redes sociais; unidades móveis e espaços
lúdicos destinados à experimentação teórica por meio da prática de atividades lúdicas; desenvolvimento de materiais didáticos; palestras;
oficinas; peças teatrais; gincanas; e campanhas de conscientização em mídia local.
Primeiramente, em maio deste ano, foi realizado o Monitoramento a partir de indicadores e de fiscalizações anteriores da SFG. Nesse caso, a
CF levou em conta a apuração do Relatório de Acompanhamento de Empreendimentos de Geração de Energia Elétrica (RAPEEL) e os resultados
das CF nº 01/2016 e 02/2017. Ao todo, foram monitoradas 124 usinas, e 83 foram selecionadas para a próxima fase.
Em 10 de agosto foi iniciada a etapa de Ação à Distância, com o objetivo de acompanhar as usinas que não conseguiram se regularizar nem
apresentar a documentação exigida nas fiscalizações anteriores, bem como aquelas que nunca foram fiscalizadas. O trabalho vai se dividir
em três frentes: Autorregularização de Licença Ambiental de Instalação/LI, para as usinas que entraram pela primeira vez; Autorregularização
Final, para aquelas que conseguiram obter a LI na campanha passada e deverão comprovar a viabilidade técnica através da apresentação de
documentação complementar; e Investigação, voltada aos agentes que não conseguiram apresentar nenhuma documentação que comprovasse
a viabilidade de implantação na campanha passada. Das 83 usinas selecionadas, 44 são para autorregularização e 39 para investigação da
ANEEL, com o apoio das agências estaduais.
Como terceira etapa, nas situações necessárias poderão ser realizadas Ações de Campo para coletar evidências e dirimir falhas de informações.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 A g o s t o
“Não obstante a ideologia do candidato eleito e seu projeto de governo, inexoravelmente precisará de um ambiente regulatório composto por
agências sólidas, eficazes e independentes”, disse o presidente da ABAR. “É importante sempre trabalhar para um ambiente regulatório mais
sólido”, reforçou o Diretor-Geral da ANEEL, André Pepitone.
Criada em 1999, a ABAR reúne agências reguladoras federais (entre as quais a ANEEL), estaduais e municipais.
Durante o encontro, a ANEEL fez uma apresentação sobre o programa de eficiência energética das distribuidoras (PEE), e abordou também
a questão do leilão de eficiência energética e outras formas não convencionais de suprir o crescimento de demanda das distribuidoras. De
outra parte, a IEA destacou alguns pontos da sua experiência que podem resultar em possível suporte à Agência, tais como: a incorporação da
eficiência energética no modelo de negócio da distribuição e no atendimento à demanda de energia; a integração energética e novos modelos
de negócio na distribuição de energia; e, ainda, a utilização da análise de dados no suporte à tomada de decisão e na elaboração de políticas.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 A g o s t o
No dia seguinte, a AES-Tietê inaugurou o primeiro sistema de armazenamento de energia com bateria de lítio aplicado ao Sistema Interligado
Nacional, composto de um armazenamento de 161 kW – com arquitetura modular, expansível a 1 MW. Na ocasião, o Diretor Sandoval Feitosa,
destacou a importância do programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ANEEL no sentido de explorar a utilização dos Recursos Energéticos
Distribuídos (RED), e a sua inserção no mercado de energia elétrica brasileiro. A geração distribuída, a eficiência energética, o gerenciamento
de demanda e o armazenamento de energia (projeto implantado pela AES-Tietê com recursos do Programa Pesquisa e Desenvolvimento da
ANEEL, com investimentos da ordem de R$ 2,5 milhões) compõem esse elenco de recursos que, atuando próxima ao usuário final da energia
elétrica, trará soluções tanto do lado da oferta quanto da demanda, de forma a contribuir no equilíbrio do atendimento energético.
Também no dia 23, Sandoval esteve visitando instalações da Raízen Energia (joint venture entre Cosan e Shell), que neste mês começa a
construir a primeira usina elétrica de grande escala do país movida a biogás, ao lado de sua planta sucroalcooleira localizada no município de
Guariba, no interior paulista. Para chegar à geração de eletricidade, a nova planta da Raízen começará utilizando as quantidades monumentais
de matéria orgânica que hoje saem do processo produtivo da usina de cana e são usadas apenas como adubo nos canaviais. Isso continuará
acontecendo, mas primeiro a matéria orgânica passará por um processo industrial que a tornará fonte de energia elétrica. O projeto começou
a sair do papel em 2016, quando a Raízen acertou a venda de eletricidade tendo o biogás como fonte em leilão do tipo A-5 realizado pela
ANEEL, que prevê o início da entrega da energia em 2021. Foi acertada a venda de 14 megawatts (MW), mas a usina de Guariba terá
capacidade instalada de 21 MW. Existe potencial, portanto, para a empresa exportar para a rede 138 mil MWh ao ano.
Por fim, no dia 24 o Diretor Sandoval esteve na sede da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-D) para apresentar a avaliação da
ANEEL sobre o desempenho da distribuidora no Plano de Resultados. Em 2017, a ANEEL deu início ao 2º Ciclo de Planos de Resultados.
Foram selecionadas 16 distribuidoras para participação com base em avaliação dos níveis verificados de qualidade do serviço, de reclamações
recebidas e de satisfação dos consumidores. Cada empresa apresentou plano de ação conforme diretrizes da Agência, com o objetivo de
intensificar a busca pela adequação de seus serviços ao estabelecido nos respectivos contratos de concessão.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 A g o s t o
Antes de chegar a Brasília, Wim Thomas passou também pelo Rio de Janeiro, onde fez apresentações no Museu do Amanhã e na Petrobrás.
Ao todo, os projetos que foram negociados totalizam 1.228,6 MW médios de garantia física e as usinas deverão iniciar o fornecimento de
energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2024.
Os estados com os empreendimentos contratados foram o Rio Grande do Norte (27 usinas), a Bahia (21 usinas), o Paraná (5 usinas), São
Paulo (2 usinas), Minas Gerais (2 usinas), além de Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Maranhão com uma usina em
cada estado.
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Setembro
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 S e t e m b r o
Na reunião Trimestral ONS e ANEEL foram tratados assuntos como a aprovação do orçamento trianual do ONS (2019/2021), as prioridades
para utilização dos Procedimentos de Rede, o evento International Conference of Energy Regulators - ICER e GO-15 e o Estatuto do Operador
Nacional do Sistema, entre outros.
Além dos Diretores da ANEEL e do ONS, também participaram as seguintes áreas da Agência: SRT, SRG, SRM, SCT, SFE, SFF e SFG.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 S e t e m b r o
Elisa Bastos atua na Assessoria Especial de Assuntos Econômicos do Ministério de Minas e Energia. É analista de
sistemas, com Doutorado e Mestrado em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Unicamp. Sua pesquisa
é focada em mercado de energia elétrica, com recorte na otimização de leilões de geração de energia. Tem
também em seu currículo passagem pela Companhia Energética de Goiás (CELG).
Os debates contaram com a participação pública por meio de perguntas via WhatsApp e das pessoas presentes no auditório. O evento teve
transmissão ao vivo pelo portal da ANEEL, pelo Facebook e pelo YouTube da Agência.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 S e t e m b r o
Com 125 megawatts de capacidade, Monte Cristo é a maior usina térmica do Estado. Além dela, estão sendo despachadas as usinas de
Floresta (40 MW), Distrito (40 MW) e Novo Paraíso (12 MW). O acionamento do parque térmico ocorre a partir de uma determinação do
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e tem como objetivo assegurar o abastecimento no Estado, afetado pelos cortes na linha
que vem da Venezuela.
“A geração de energia nas térmicas locais garante a confiabilidade no atendimento ao Estado, independentemente do fornecimento da
Venezuela”, disse o Diretor da ANEEL Rodrigo Limp.
Os Diretores fizeram a visita acompanhados dos presidentes da Eletronorte, Luiz Henrique Hamann, do Diretor de operações da Boa Vista
Energia, Waldemar André Johansson Filho e do presidente da Oliveira Energia, Orsine Oliveira.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 S e t e m b r o
Entre os dias 23 e 28, o Diretor Sandoval Feitosa esteve na Itália para acompanhar a assinatura do acordo de cooperação técnica entre a
Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR) e a European Waters Regulators (WAREG). Durante esse período, aproveitou para
realizar algumas visitas institucionais promovidas pela ABAR e pela ANEEL.
No dia 24, o Diretor se reuniu em Roma com a Energy Services Operator (GSE), empresa estatal responsável pela implantação das políticas
públicas relacionadas a fontes renováveis e pelos projetos de eficiência energética. A visita teve como objetivo promover uma aproximação
institucional e fomentar boas práticas no que diz respeito à eficiência energética e ao uso de energia limpa. Já nos dias 25 e 26, Sandoval,
que atualmente também representa a ANEEL na Diretoria da ABAR, participou da 16ª Assembleia Geral da WAREG, na cidade de Budva, em
Montenegro, ocasião em que foi assinado o Memorando de Entendimento entre a ABAR e a WAREG.
A WAREG é uma associação que conta com 25 países membros e 5 países observadores. A aproximação entre as associações europeia e
brasileira foi feita durante o 8º Fórum Mundial da Água, realizado em Brasília, ocasião em que o Presidente e o Secretário-Executivo da WAREG
demonstraram interesse na troca de informações sobre os respectivos modelos de regulação.
O intercâmbio e a visita técnica tiveram, ainda, o intento de congregar reguladores de serviços de água e saneamento com várias realidades
para troca de experiências e a unificação de normas e demais procedimentos fiscalizatórios.
No dia 27, de volta à Roma, foi realizada uma reunião com a TERNA, o primeiro regulador de rede de transmissão de eletricidade na Europa.
Com enfoque institucional, a reunião foi pautada pelas boas práticas de operação das redes de transmissão e pelos desafios enfrentados no
quesito sustentabilidade.
No dia 28, foi realizada visita técnica à Agência Reguladora italiana ARERA (Autorità di Regolazione per Energia Reti e Ambiente), no escritório
da cidade de Roma, para conhecimento das atividades regulatórias e dos normativos criados pela agência reguladora italiana. No mesmo dia,
o Diretor Sandoval se reuniu com o representante da Escola de Regulação de Florença (FSR) Pradyumna Bhagwat, e foi também recepcionado
(junto com os demais membros da comitiva da ABAR) pelo Embaixador do Brasil na Itália, Antônio Patriota, em encontro que marcou o
encerramento da missão.
“As discussões e os fóruns com reguladores europeus, empresas Italianas e a Escola de Regulação de Florença permitirão a continuidade de
nossa busca pela excelência a partir do conhecimento de práticas internacionais e política de capacitação”, declarou Sandoval sobre o resultado
da missão.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 S e t e m b r o
Os contratos foram assinados pelo Diretor-Geral da ANEEL, André Pepitone, em cerimônia no Palácio do Planalto, que contou a presença do
então presidente Michel Temer e do então ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.
Além de ter todos seus 20 lotes arrematados, o leilão atingiu o deságio médio recorde de 55,26%, o maior dos últimos 20 anos. Esse desconto
na remuneração das novas concessões de transmissão vai gerar uma economia para os consumidores de cerca de R$ 14,1 bilhões, ao longo
dos 30 anos dos contratos.
“Esses resultados demonstram a confiança dos investidores na qualidade e estabilidade do nosso marco regulatório, bem como na atuação
segura da ANEEL como guardiã da estabilidade das regras e dos contratos”, disse Pepitone, em discurso durante a solenidade. “Uma rede de
transmissão sólida e cada vez mais fortalecida é crucial em um sistema elétrico como o nosso, com múltiplas fontes, que se complementam
inclusive geograficamente. Essa malha garante que regiões que estão gerando mais energia abasteçam outras que estão com produção
menor”, complementou.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 S e t e m b r o
A ANEEL e a Anatel abriram, no dia 26, consulta pública para obter subsídios prévios à análise de impacto regulatório para revisão da
regulamentação do compartilhamento da infraestrutura de energia elétrica com operadoras de telecomunicações.
“O uso desordenado das instalações e de bens do setor elétrico provoca redução da vida útil dos ativos de energia elétrica, aumento do custo
operacional das distribuidoras que prestam os serviços e, sobretudo, nossa maior preocupação, que é o comprometimento da segurança da
rede elétrica”, disse o Diretor-Geral da ANEEL, André Pepitone, que concedeu entrevista coletiva juntamente com o então presidente da ANATEL,
Juarez Quadros.
Em prevenção a esses eventos, desde 2016 a SFE vem adotando uma série de ações dentro do escopo do Projeto Fiscalização Estratégica,
dentre as quais destacam-se o monitoramento: (i) dos desligamentos de linhas, por meio de integração de dados junto ao ONS; (ii) da limpeza
das faixas de servidão, por meio de inteligência analítica aplicada sobre as informações coletadas dos Agentes e sobre a captura e tratamento
de imagens de satélite (Termo de Execução Descentralizada – TED – firmado junto ao INPE).
A partir de setembro, a SFE publicará mensalmente um Relatório de Desligamentos de Linhas de Transmissão Provocados por Queimadas. O
relatório apresenta informações sobre os desligamentos provocados por queimadas, consolida informações da operação do sistema e dos focos
de incêndio monitorados pelo INPE, além de relatar demais ações em andamento.
A edição de setembro traz como destaque a redução de 44,7% do número de desligamentos de linhas de transmissão em todo Brasil no
período seco após a implantação da nova metodologia de fiscalização.
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Outubro
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 O u t u b r o
Incêndios dessa natureza são a principal causa de desligamentos não programados na transmissão de energia elétrica no Brasil. Entre maio e
dezembro de 2017, por exemplo, foram registrados 2.434 desligamentos forçados, sendo 586 relacionados a queimadas, e 203 causaram
interrupção no fornecimento de energia elétrica. A SFE, responsável pela fiscalização dos 130.000 km de linhas de transmissão no país,
afirma que a maior incidência de queimadas irregulares é nas regiões Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste, em áreas da Zona da Mata com
plantações da cana-de-açúcar e em áreas agrícolas de cerrado.
A campanha terá como foco a divulgação em nove estados, que foram os mais afetados por desligamentos forçados de linhas de transmissão
em decorrência de incêndios provocados por queimadas: Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e
Alagoas. As queimadas irregulares próximas a linhas de transmissão podem provocar dois tipos de desligamentos: os que vão de pequenos
a grandes tempos de interrupção e os chamados “piscas”. Para as indústrias, os desligamentos de curta duração, mesmo que de segundos,
prejudicam a linha de produção. A população é atingida pelo risco de curtos-circuitos em linhas de transmissão e de distribuição de energia
elétrica, que afeta hospitais, escolas e trânsito com o congestionamento causado pelo desligamento de semáforos. Os incêndios prejudicam
também a segurança de motoristas, que têm a visibilidade das pistas prejudicada devido à fumaça.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 O u t u b r o
A atividade está alinhada com o objetivo estratégico nº 05 da ANEEL – “Aprimorar os processos de leilão e de gestão das outorgas com foco
no cumprimento dos contratos”. O planejamento de novas instalações de transmissão, alinhado com as melhores práticas para o licenciamento
ambiental em âmbito federal, é elemento de extrema importância para mitigação de riscos no andamento dos contratos de concessão de
transmissão, tendo em vista que a obtenção das licenças é de responsabilidade das transmissoras. Avançar nesse sentido permitirá avaliação
prévia de riscos de inviabilidade de empreendimentos de transmissão a serem licitados.
O Diretor Rodrigo Limp, até então responsável pelo acompanhamento da distribuidora, salientou a importância que a Agência atribui ao Plano
de Resultados, que deve ser aproveitado como uma oportunidade de aprendizado mútuo. Por sua vez, o Diretor Efrain Cruz, que assumiu
a responsabilidade pelo acompanhamento, abordou as dificuldades enfrentadas pelas estatais do Setor Elétrico, sobretudo no segmento de
distribuição, ressaltando que a Companhia tem se destacado na superação. Ao final, Efrain frisou ainda que a ANEEL passou por recente
mudança conduzida pelo Diretor-Geral André Pepitone, com a instauração de métodos mais compartilhados de responsabilidade, maior
transparência e prestígio do diálogo com o Setor e com a sociedade.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 O u t u b r o
Pela manhã foram recebidas a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), a Associação Brasileira de Energia
Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e a Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia (ABRAGE). Entre os temas mais apontados pelas
associações como prioritários para a evolução do setor estão a solução estrutural do risco hidrológico, revisão do Mercado de Realocação da
Energia (MRE), ajustes da regulação sobre geração distribuída, revisão de subsídios e diminuição da carga tributária na conta de luz.
“A maior parte dos pontos apresentados já estão no radar da Agência, e as equipes estão dedicadas para avançarmos na regulação desses
temas. Com o diálogo franco com os agentes e consumidores temos certeza que avançaremos na resolução dos problemas”, comentou o
Diretor da ANEEL, Efrain Cruz.
No período da tarde, foram recebidas a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (ABRAGEL), Associação Brasileira de Pequenas
Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas (ABRAPCH), Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica
(APINE) e a Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (ABIAPE). O Diretor-Geral, André Pepitone, recebeu
os representantes e destacou que as pautas das reuniões não são exaustivas. “Esse é apenas um primeiro passo no sentido de conhecer os
pleitos das associações para incorporarmos no nosso planejamento estratégico e na agenda regulatória um plano de voo que orientará as
futuras ações”, destacou.
Entre os temas apresentados estão a importância das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) na matriz energética e o potencial a ser
explorado, as pendências referentes à Declaração de Utilidade Pública das Centrais de Geração Hidrelétricas (CGHs) e ao Preço de Liquidação
das Diferenças (PLD) mínimo, abertura de mercado, estímulo à competição na oferta e apresentação de contratos de fornecimento com
características ajustadas.
O Diretor Rodrigo Limp agradeceu a presença dos representantes das associações e também destacou a importância das reuniões para o
planejamento estratégico. O Diretor Sandoval Feitosa, por sua vez, disse que às vezes não há convergência entre os pleitos da ANEEL e os
dos agentes do setor, mas que esse embate é importante para encontrar soluções em comum que beneficiem o setor elétrico como um todo.
O Diretor também citou a questão da judicialização. “As associações têm o direito de recorrer à justiça, mas entendemos que acionar a ANEEL
primeiramente é sempre o melhor caminho para a resolução dos conflitos”, ressaltou.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 O u t u b r o
O segundo dia (11) de reuniões com as associações do setor foi marcado pelo diálogo sobre temas nas áreas de transmissão, geração,
distribuição e comercialização de energia elétrica. Foram recebidas as seguintes associações: Associação Brasileira das Empresas de Transmissão
de Energia Elétrica (ABRATE), Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (ABRAGET), Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica),
Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia de Menor Porte (ABRADEMP) e Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia
(ABRACEEL). Participaram das reuniões os Diretores da ANEEL, superintendentes e assessores das áreas correlatas aos temas.
O Diretor-Geral da ANEEL, André Pepitone da Nóbrega, frisou que o intuito das reuniões é reposicionar a Agência no setor como o lugar para
resolução de conflitos. “Esse é o nosso papel, e, para que sejamos exitosos, temos que saber conduzir as questões, ouvir os pleitos, nos dedicar
aos temas e debater com as associações possíveis soluções”.
Na parte da manhã, as associações ABRATE e ABRAGET fizeram exposições sobre remuneração dos ativos das transmissoras (RBSE), custos
operacionais eficientes no processo de revisão tarifária das concessionárias de transmissão, taxa de remuneração regulatória (WACC), revisão
do banco de preços de referência, metodologia de alocação da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST), Geração Fora da Ordem de
Mérito, leilões de energia nova e existente com foco na comparação das fontes nesses certames e subsídios.
O Diretor Sandoval Feitosa ressaltou a importância das reuniões para atender os mercados de distribuição, transmissão, geração e
comercialização. “Vamos buscar entender quais são as principais reivindicações do setor para evitar discussões mais longas e menos produtivas
em outros foros”, salientou o Diretor.
No período da tarde foram recebidas as associações ABBEólica, ABRADEMP e ABRACEEL. Os pleitos dos agentes focaram os seguintes
pontos: restrição de geração de parques eólicos (constrained-off); sustentabilidade da expansão da oferta do mercado livre; projetos híbridos
de geração eólica e solar, armazenamento de energia; subsídios; custos de geração de energia; tarifa binômia para geração distribuída;
governança corporativa; regra para atendimento ao público pelas distribuidoras; equacionamento do risco hidrológico (GSF); governança do
Preço de Liquidação das Diferenças (PLD); Mecanismo de venda de Excedentes de Energia; preço horário; redução dos prazos de liquidação
financeira e geração distribuída.
O Diretor Rodrigo Limp destacou a importância do encontro para o fortalecimento da Agência e das instituições. “É muito importante esse
momento de diálogo com o setor, ouvindo o pleito específico de cada segmento. As conversas são muito produtivas para direcionar os trabalhos
das áreas de regulação, fiscalização e concessão da Agência para os próximos dois anos”, acrescentou o Diretor, referindo-se ao planejamento
estratégico da Agência. Para o Diretor Efrain Cruz a finalidade de receber todas associações é conseguir melhorar a questão tarifária no país.
“O objetivo das reuniões é colher as melhores ideias que venham a convergir para que tenhamos um setor elétrico sustentável”, enfatizou o
Diretor.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 O u t u b r o
As conversas com representantes do governo português versaram sobre a definição de agenda de cooperação bilateral. Junto aos investidores,
foram divulgados os projetos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), na área do Setor Elétrico, como o leilão de linhas de
transmissão previsto para o final do ano.
“A ANEEL confere segurança regulatória para aqueles que pretendem investir no Brasil”, disse Pepitone. Além do Diretor-Geral e do ministro,
participaram da missão o Presidente da EPE, Reive Barros, e o Secretário- Adjunto de Planejamento do MME, Moacir Bertol.
O contrato foi assinado pelo presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, em cerimônia com a participação do Ministro de Minas e
Energia, Moreira Franco. A venda da companhia faz parte do processo de privatização de distribuidoras de energia do grupo Eletrobras.
Na solenidade, Pepitone lembrou que a venda da empresa trará benefícios para a população do Piauí, com o aporte de recursos na distribuidora,
e também para os demais consumidores, por conta da obrigação de pagamentos ao fundo setorial RGR. Ressaltou, ainda,o papel da ANEEL de
manter o setor elétrico brasileiro atrativo para o setor privado. “Somente diante de um ambiente estável é que se tem parceiros privados para
assinar compromissos como o de hoje”, disse.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 O u t u b r o
A Diretoria da ANEEL recebeu, no dia 24, representantes dos cinco agentes geradores mais impactados pelo risco hidrológico (GSF) e apresentou
iniciativas da Agência de uma solução infralegal para o tema. A tônica do encaminhamento da ANEEL é que a resposta para o problema não
necessite de mudanças na legislação, ainda mais considerando a recente rejeição ao PLC 77 e o fato de a MP 814 também não ter avançado.
“A ANEEL está coesa e o Ministério de Minas e Energia também está sensível para solucionar o GSF e destravar o setor”, disse o Diretor-Geral
André Pepitone. A proposta da ANEEL tem como base a Lei nº 13.203/2015 e prevê que os geradores poderiam assumir pelo menos 5% de
sua garantia física no ACL em energia de reserva. Como contrapartida, eles teriam de abrir mão das ações na Justiça. O passivo já existente
poderia ser negociado e parcelado, com mediação da ANEEL, caso necessário.
A Agência irá avançar na regulamentação de cinco temas que endereçam o assunto para o futuro: deslocamento hidráulico para despacho fora
da ordem de mérito por razão elétrica; deslocamento hidráulico para a importação de energia elétrica; buscar a neutralidade dos efeitos da
antecipação de garantia física; adequada alocação de vertimentos turbináveis em usinas hidrelétricas; serviços ancilares prestados por usinas
hidrelétricas.
Os agentes louvaram a inciativa da ANEEL de buscar solução para um problema que já dura quatro anos. “O sinal é de que estamos abertos
para enxergar alternativas para compor uma solução de uma questão que impacta todo o setor”, disse na reunião o Diretor da ANEEL
Efrain Cruz. “É importante que questões importantes do setor elétrico, como o GSF, sejam tratadas no ambiente adequado, que no nosso
entendimento é a agência reguladora”, disse o Diretor da ANEEL Rodrigo Limp.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 O u t u b r o
O contrato foi assinado pelo Diretor-Geral André Pepitone e pelo presidente do Grupo Energisa, Ricardo Botelho, em cerimônia na sede da
ANEEL, com a participação do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Felix.
“O consumidor de energia elétrica de Rondônia vive um momento de esperança. O desafio será grande, mas contem com a atuação da
ANEEL”, disse Pepitone. Ressaltou ainda que a nova Diretoria colegiada da ANEEL está reposicionando a Agência no mercado, para que a
instituição seja “reconhecida como o lugar onde se tratam os problemas, onde se encontram as soluções”.
A venda da Ceron faz parte do processo de privatização de distribuidoras de energia do grupo Eletrobras. A distribuidora possui 639.040
unidades consumidoras no estado de Rondônia.
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Novembro
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 N o v e m b r o
A expectativa é que essa aproximação institucional sirva para a consolidação da imagem da ANEEL junto à sociedade, por meio do
desenvolvimento de ações que visam a fortalecer o relacionamento da Agência com os consumidores e as instituições que os representam.
Com o objetivo de trocar percepções e experiências sobre temas estratégicos do setor elétrico, a reunião teve a participação da SCR, SGT,
SRG e SCT, e contou com apresentações institucionais por parte da SCR e da NEPRA; as demais apresentações trataram de estrutura tarifária,
mercado competitivo, consumo e metodologia de tarifas.
Nos dias seguintes houve também reuniões com SRM, SMA e SEL, e o evento foi encerrado com uma vista à UHE Corumbá IV.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 N o v e m b r o
Limp destacou a importância do tema, principalmente devido aos avanços tecnológicos, inserção de veículos elétricos, redes inteligentes e
maior participação do consumidor. “Ao longo dos anos, os papéis têm se alterado e o consumidor passou a ser mais ativo tanto na demanda
quanto na geração de energia. A ANEEL tem uma visão de ser facilitadora do processo, de forma que haja equilíbrio entre todos os segmentos”,
destacou.
O superintendente Davi Antunes, da SGT, fez uma apresentação técnica sobre o assunto e disse que a ideia é analisar as vantagens e
desvantagens do sistema. Eficiência energética, risco de mercado e eficiência alocativa estariam entre as vantagens – já o custo de implantação
e a complexidade estariam entre as desvantagens.
Segundo ele, os principais pontos do estudo de Análise de Impacto Regulatório (AIR) são: analisar o que deve ser considerado como custo fixo,
como diferenciar os consumidores no uso da capacidade do sistema e como implementar.
Também participaram da tarde de debates a representante do Ministério de Minas e Energia, Fabiana Cepeda, a representante dos órgãos de
defesa do Consumidor, Ana Carolina Carim, e Joana Simões, da EDP Portugal.
O Diretor Rodrigo Limp disse que será aprovada futuramente uma audiência pública de Análise de Impacto Regulatório (AIR) sobre o assunto.
“A ideia é implementar o sistema de forma gradual, depois de uma ampla discussão com a sociedade. Além disso, o consumidor precisa
entender o funcionamento da tarifa binômia. Temos o desafio de utilizar uma linguagem simples e comunicação eficiente”, disse.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 N o v e m b r o
A viagem começou no dia 6, com uma visita à COPEL para conhecer as soluções da distribuidora em mobilidade elétrica. Nos dias 7 e 8, a
equipe percorreu o itinerário em dois carros elétricos – um BMW i3 e um BYD e6, ambos cedidos pela CELESC –, passando pelas cidades
catarinenses de Araquari, Joinville, Blumenau e Porto Belo. Ao chegar em Florianópolis, a comitiva participou de um workshop.
A missão buscou verificar os resultados da Resolução Normativa nº 819/2018, a evolução do mercado, as oportunidades de melhoria e a
performance dos equipamentos. Foram avaliados quesitos como o tempo de recarga, facilidades que o motorista pode encontrar nos postos
de recarga (como restaurante e banheiros, por exemplo) e possíveis impactos nas redes de distribuição. Também foram avaliados aspectos
tecnológicos, como os tipos de conectores disponíveis para recarga e a possibilidade de regeneração da energia pelos veículos. Como exemplo
das informações levantadas, pode-se citar que o trecho mais longo sem eletropostos no percurso estudado foi de 130km, entre Curitiba e
Joinville, e que a recarga rápida permite atingir 80% da bateria do veículo BMW i3 em apenas 15 minutos. A respeito da regeneração pôde-se
verificar que em descidas ou desacelerações há carregamento da bateria dos veículos. É possível ilustrar essa característica com os resultados
alcançados na descida da serra entre Paraná e Santa Catarina, em que houve regeneração de 10% da bateria em um trecho de 20km.
“O levantamento serviu para avaliarmos como seria o deslocamento na percepção do usuário. Verificamos que os eletropostos estão instalados
e operacionais, funcionando de acordo com a resolução da Agência”, avalia Antonio Carlos. “A realização dessa missão foi benéfica, trouxe
algumas lições e muitas informações, inclusive para a futura atualização da norma, em função da maior ou menor inserção de veículos elétricos
no Brasil”, complementou. “A instalação de estações de recarga de veículos elétricos agrega mais comodidade aos postos de combustível, o
que contribui para a construção de um modelo de negócio para esse serviço”, acrescentou Marcos Vasconcelos.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 N o v e m b r o
O aplicativo está disponível para os sistemas operacionais Android e IOS. A plataforma facilita o registro e acompanhamento de Solicitações de
Ouvidoria (reclamações, sugestões, elogio e denúncias), apresenta orientações sobre os principais procedimentos relacionados ao fornecimento
de energia e informações gerais sobre o setor elétrico. Um dos principais serviços oferecidos é o “Entenda sua Conta”, por meio do qual o
consumidor poderá conhecer o funcionamento dos itens que compõem o valor da fatura de energia, utilizando simulações interativas para
contas de luz de clientes residenciais.
Os cálculos de tarifa disponíveis levam em conta a realidade de cada distribuidora, a ser selecionada pelo usuário, a Bandeira Tarifária em
vigor (atualmente, a amarela ) mas não incluem impostos como ICMS, PIS/Cofins e taxa de iluminação pública. Na plataforma, o consumidor
consegue visualizar a participação, na sua conta, dos diferentes componentes que influenciam a tarifa, como custos de Energia, Transmissão,
Distribuição, Encargos e a Bandeira Tarifária. “A ANEEL está dando um exemplo, começando a colocar luz no quanto as pessoas pagam pelo
bem que consomem”, disse o ministro Moreira Franco.
O aplicativo permite ainda a visualização do histórico de demandas registradas junto à ANEEL e acesso a diferentes informações do setor, como
a Bandeira Tarifária vigente, Contato da Ouvidoria Institucional da ANEEL, informações sobre as distribuidoras, relação de direitos e deveres do
consumidor e link para o site da ANEEL.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 N o v e m b r o
No segundo dia do XXIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (SENDI), a Agência participou do painel temático Gestão
Regulatória, do III International Workshop Smart Metering Regulation, e realizou apresentações técnicas em seu estande. No painel temático
gestão regulatória, a apresentação foi feita pelo Diretor-Geral da ANEEL, André Pepitone. O Diretor falou do papel do regulador no setor elétrico
com as crescentes inovações tecnológicas presentes. “O regulador deve conciliar os diversos interesses do setor elétrico. Nosso papel é buscar
o equilíbrio entre todos os envolvidos, assegurar a qualidade da prestação do serviço de distribuição de energia elétrica e estar atento ao
pacote de inovações que estão presentes no setor”, destacou Pepitone. O Diretor-Geral ainda participou do III International Workshop Smart
Metering Regulation. No Workshop, Pepitone avaliou que os custos envolvidos com o pacote de inovações do setor não podem ser repassados
aos consumidores. “Todo o colegiado da ANEEL atua para recepcionar esse pacote de inovações sem que isso onere o consumidor”.
O terceiro dia do XXIII SENDI contou com a presença da ANEEL no seminário jurídico Café Legal, onde o Diretor Sandoval Feitosa fez
apresentação sobre o Termo de Ocorrência de Irregularidade (TOI) e furto de energia. O Diretor destacou que o furto de energia não prejudica
apenas a distribuidora, mas todos os consumidores. Sandoval acrescentou que o furto é crime e não é uma questão apenas social. “Temos
residências em bairros nobres e empreendimentos de médio e grande porte que também praticam a fraude”, afirmou. O Diretor também
ressaltou o volume da energia que é furtada. “O furto representa 12% da energia total do País. É equivalente ao consumo de clientes da
Eletropaulo o que se furta em energia no País”, comparou.
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O Diretor Sandoval Feitosa destacou que existe um desafio de melhorar a performance da transmissão e que há um esforço no sentido de rever
os procedimentos. “Estamos mudando a forma de atuação desde 2013 e podemos dizer que houve um amadurecimento em 2016 e 2017.
Ainda enfrentamos dificuldades na compilação dos dados e na mudança cultural. Nesse sentido, esse fórum tem um papel fundamental no que
diz respeito à troca de experiências e discussão sobre as melhores práticas”, destacou Sandoval.
Durante o evento, foram discutidos os resultados do 2º ciclo de Planos de Melhorias e Providências de Transmissoras e a Campanha 2017 -
Desligamentos por Falhas em equipamentos e acessórios. Também houve painéis sobre os temas Campanha 2017 - Desligamentos por Falhas
em sistemas de proteção, medição e controle, PMPs 2017 - Desligamentos por Toque de vegetação, Instalação das malhas de aterramento
alternativas em LT e PMPs 2015/2016 - Desligamentos em equipamentos.
O evento contou com a participação de representantes do ONS, CTEEP, ELETRONORTE, CEEE-GT, TAESA, ELETROSUL, entre outros.
O levantamento, realizado pelo TCU ao longo de 2018, abrangeu um universo de 287 órgãos federais e teve como objetivo apurar se os
controles de prevenção a fraudes e corrupção estão compatíveis com o poder econômico e de regulação das instituições.
Quando é feito o recorte apenas por agências reguladoras federais, a ANEEL aparece com a segunda melhor posição no “índice de fragilidade
de controles de fraude e corrupção”. Em uma escala de 0 a 1, em que quanto menor o número, melhor é o controle e prevenção, a ANEEL
teve nota 0,33 na Fragilidade a Fraudes e Corrupção, e também em Gestão da Ética e Integridade.
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Além dos tradicionais encontros da OCDE, a SCR viabilizou também visitas à Embaixada do Brasil em Paris e à empresa Engie, geradora
francesa cuja atuação é focada em geração de baixo carbono, baseada principalmente em gás natural e energia renovável. A primeira teve o
intuito de apresentar o Diretor Rodrigo Limp ao Embaixador do Brasil, tendo em vista sua recente nomeação na Agência. Já a reunião com a
Engie teve caráter não apenas institucional, mas uma agenda que incluiu tópicos mais técnicos referentes ao ambiente regulatório na França,
com assuntos relacionados ao planejamento e à estratégia da empresa
francesa e à participação de fontes renováveis na matriz energética.
A visita à organização francesa durou toda a manhã do dia 30/11 e
envolveu representantes de diversos setores da empresa.
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Dezembro
RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 D e z e m b r o
Em sua palestra, o Diretor-Geral da ANEEL, André Pepitone, defendeu a abertura gradual do mercado livre, que leva a um empoderamento
do consumidor de energia elétrica. “Estamos preparados para fazer o debate da ampliação do mercado. A ANEEL é uma facilitadora desse
processo. Nosso trabalho é marcado pelo rigor técnico e pelo exercício do diálogo. Temos certeza que o avanço do mercado livre será promissor
e trará benefícios para a sociedade”, disse Pepitone. Ao falar do papel da agência na ampliação do mercado livre, o Diretor da ANEEL Efrain
Cruz disse que “um mercado competitivo e arrojado precisa de um regulador arrojado”. “A abertura do mercado livre visa uma maior eficiência
e competição no setor elétrico, com uma maior liberdade de escolha para os consumidores”, disse o Diretor da ANEEl Rodrigo Limp. Pepitone
destacou em sua palestra que a ANEEL enviou esta semana ao Ministério de Minas e Energia ofício avaliando a viabilidade da redução do limite
de demanda para acesso pleno ao mercado livre de 3 MW para 2 MW.
Sobre essa possibilidade, o Diretor da ANEEL Sandoval Feitosa disse que a iniciativa “possibilitará uma maior disponibilidade de energia para
o mercado livre”. Feitosa também se manifestou favorável à venda de excedentes da geração distribuída ao mercado livre e defendeu que os
estados se organizem para ampliar o alcance do desconto tributário para a modalidade. “A venda de excedentes da geração distribuída é uma
boa medida para disponibilizar mais energia ao mercado livre”, disse.
Além do público presencial, o seminário foi acompanhado em tempo real por cerca de 300 pessoas que acessaram o canal da ANEEL no
Youtube.
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O Diretor da ANEEL Sandoval Feitosa participou do seminário “Gestão de Ativos na Era da Inovação Tecnológica: Desafios e Oportunidades
para o Sistema Elétrico Brasileiro frente à Transformação no Mercado de Energia”, coordenado pelo CIGRÉ – BRASIL. O evento foi realizado
nos dias 4 e 5, em Brasília.
No seminário, Sandoval realizou palestra referente ao seguinte tema: “Visão do Regulador sobre a importância da Gestão de Ativos em um
Mercado de Energia Elétrica: Regulação, Desafios e Oportunidades”. Para o Diretor, a Gestão de Ativos vincula-se diretamente com o processo
de Gestão de Riscos para obtenção dos melhores benefícios em termos de desempenho dos ativos ao longo de seu ciclo de vida. Sandoval
destacou ainda a regulamentação da ANEEL e a Gestão de Ativos nos setores de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica,
enfatizando que o incentivo regulatório baseia-se fundamentalmente na disponibilidade das instalações.
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Ao fazer uso da palavra, a Diretora Elisa Bastos saudou todas as autoridades e servidores presentes, bem como os representantes das empresas
e associações do setor elétrico, da academia e os ex-Diretores. Ato contínuo, agradeceu a confiança do Ministro Moreira Franco e do Presidente
Michel Temer pela indicação, e do Senado Federal pela aprovação do seu nome. Agradeceu, ainda, aos familiares pelo exemplo e incentivo
constante. Falando da ANEEL, a Diretora Elisa disse que se trata de uma instituição de absoluta liderança na regulação e administração pública
brasileira, sempre orientada com vistas à satisfação do interesse público. Disse que, num ambiente de negócios dinâmico e em evolução
constante, espera deixar como legado da sua atuação no quadriênio vindouro a marca da coerência, num esforço conjunto com os demais
Diretores e todo o quadro da Agência.
Ao fazer a retrospectiva da sua atuação acadêmica e profissional, elegeu como característica marcante a capacidade de diálogo e interlocução,
a qual deseja manter sempre viva no exercício da Diretoria. Ressaltou que a energia é um bem essencial e vetor inafastável para o incremento
da atividade produtiva e a melhoria das condições de vida da população, e, por esta razão, é preciso dialogar constantemente e com equilíbrio,
para que sejam encontradas as melhores soluções possíveis em quaisquer situações. A regulação do setor, assim, deve se atualizar e olhar para
o futuro, com pautas modernas e critérios técnicos para a tomada de decisão – sem ‘tropicalizar soluções’. Por fim, a Diretora Elisa Bastos fez
referência ao fato de que, em 21 anos de ANEEL, ela é apenas a segunda mulher nomeada Diretora – e disse ainda que, em toda a Agência,
apenas 21% das funções de chefia e liderança são ocupadas por mulheres. Portanto, numa perspectiva de gênero, concluiu dizendo que o
desafio é grande, e que é preciso estar à altura, porque “na diversidade está a nossa fortaleza”.
Na sequência da solenidade, o Diretor-Geral André Pepitone fez uma saudação a todas autoridades, Diretores e servidores presentes, e afirmou
que a solenidade de posse, mais do que um ritual, é um símbolo da continuidade e perenidade da ANEEL – além da data marcar, também,
a recomposição completa do colegiado. Destacou que a nomeação da Diretora Elisa materializa o reconhecimento à sua sólida experiência
profissional e acadêmica, e prestigia também a mulher brasileira. Acrescentou que a nova Diretora se junta, a partir de agora, a um time de
Diretores, superintendentes e servidores entusiasmados para enfrentar os desafios do setor elétrico e compromissados com o interesse público,
a transparência, o rigor técnico e o diálogo. Sobre os temas que estão no horizonte do colegiado (e da Agência), destacou a redução da conta
de energia elétrica, o empoderamento do consumidor, a ampliação da participação das fontes limpas e renováveis na matriz energética, o
incentivo à geração distribuída, o fortalecimento do mercado livre e a inovação tecnológica.
Moreira Franco afirmou que a nomeação da Diretora Elisa tem um conteúdo de reconhecimento de gênero, mas que é muito mais que isso.
Trata-se, também, do reconhecimento da qualidade e capacidade dos quadros do MME, e que por conta desse conhecimento técnico Elisa está
absolutamente preparada a desempenhar a função de Diretora da Agência e, assim, dar a sua contribuição para o crescimento do país e a
melhoria na qualidade de vida das pessoas.
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O encontro contou com a presença de mais de 20 ministros de Estado dos países pertencentes à Olade e debateu temas como a interligação
energética da região e a produção de energia a partir de fontes renováveis.
“Está sendo feito pela Olade um trabalho para buscar a interligação energética da América do Sul, experiência que já funciona bem na América
Central”, disse Pepitone. “Outro ponto que está sendo discutido é a questão da descarbonização. A Olade não aponta uma fonte em especial,
mas prioriza que cada país desenvolva o seu potencial”, complementou.
Efrain Cruz lembrou que o Brasil é líder em energia renovável na América do Sul. “A presença do Ministro Moreira Franco chefiando a
delegação brasileira na Semana da Energia, promovida pela OLADE, reafirma o compromisso do país em liderar essa integralização enérgica
na América do Sul, sobretudo pela sua posição geográfica e seu protagonismo nessas novas fontes”, disse o Diretor.
No âmbito da III Semana da Energia, organizada pelo BID, pela OLADE e pelo Ministério da Indústria, Energia e Minas do Uruguai, participaram
também membros da Associação Iberoamericana de Entidades Reguladoras de Energia (ARIAE), presidida por André Pepitone.
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RETROSPECTIVA ANEEL - 2018 D e z e m b r o
A Diretoria da ANEEL promoveu, no dia 13, reunião com os representantes regionais dos Conselhos de Consumidores. Durante o encontro,
foram apresentados os principais itens de atenção dos consumidores por região do país.
O Diretor-ouvidor da ANEEL, Rodrigo Limp, destacou como uma meta da Agência aprimorar os processos de interação com os conselhos
de consumidores, para que essa parceria auxilie a promoção de legislações e regulamentos que resultem em benefícios ao sistema e aos
consumidores.Nesse sentido, o Diretor reforçou que “a parceria dos Conselhos de Consumidores será fundamental ao trabalho que a Agência
tem empreendido para redução das tarifas de energia”.
O representante da região Nordeste, Itamar Manso Júnior, identificou como prioridade melhoria no fluxo de informação e comunicação entre
os Conselhos e a ANEEL. Já o representante da região Norte, José de Nazaré Pereira, pontuou que o trabalho dos Conselhos precisa avançar
na perspectiva de educação do consumidor para o consumo consciente de energia elétrica. O representante da região Centro-Oeste, Wilson
Oliveira, chamou atenção para o aumento das tarifas de energia na região. Os conselheiros apontaram a necessidade de uma parceria entre
os Conselhos de Consumidores para atuação no Poder Legislativo em favor da desoneração da tarifa de energia.
A conselheira da Energisa Mato Grosso do Sul, Rosimeire da Costa, falou ainda da importância dos Conselhos para a divulgação de ações
da Agência que tem relação direta com o consumidor, com os resultados dos Planos de Melhorias e o aplicativo ANEEL Consumidor. Ampliar
e aperfeiçoar a comunicação com os consumidores em prol de uma mudança cultural na relação com a energia elétrica foram as ações
consideradas fundamentais para o representante da região Sudeste, Sérgio Oliveira Matos. A conselheira da DME Distribuição, Arleni Mareca,
pontuou ainda o interesse dos consumidores em saber mais sobre os resultados e os usos dos recursos dos Programas de P&D e Eficiência
Energética, e a necessidade de dar mais transparência a esse tema. Os representantes da região Sul, Ricardo Vidnich e Gustavo Thompson-
Flores, realizaram apresentação sobre os diversos itens que tem pesado na fatura de energia e falaram sobre as principais reclamações dos
consumidores de energia da região.
O superintendente da SMA, André Ruelli, destacou a importância desses encontros para “criar um ambiente de colaboração bidimensional”
entre os Conselhos e a ANEEL. E, ao final da reunião, o Diretor Rodrigo Limp assumiu o compromisso de ampliar o diálogo com os Conselhos
e aprimorar os canais de comunicação da Agência com essas entidades.
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Além do volume de investimentos, o leilão de ontem tem recorde também na estimativa de geração de empregos, de 28 mil postos de
trabalho diretos.
“A soma de ambiente estável, atrativo e de confiança é o que propicia participação expressiva dos investidores. Diante do extremamente
exitoso resultado do Leilão, comprova-se que o Brasil é sim o país de grandes oportunidades no Setor Elétrico e que a ANEEL, como regulador,
tem função primordial para transformar as oportunidades em realidade para o bem do país e do povo brasileiro”, disse o Diretor-Geral da
ANEEL, André Pepitone, sobre o resultado do leilão.
Todos os 16 lotes oferecidos foram arrematados e a disputa entre os participantes assegurou um deságio médio de 46%, o que significa que
a receita dos empreendedores para exploração dos investimentos ficará menor que o previsto inicialmente, contribuindo para modicidade
tarifária de energia.
Os vencedores do leilão vão construir e operar 55 linhas de transmissão, com 7.152 km de extensão, e 25 subestações com capacidade de
transformação de 14.819 MVA nos estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
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