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Sete pontos característicos do Estruturalismo segundo Gilles Deleuze e sua

aplicação á filosofia das formas simbólicas

“O simbólico” ou o “terceiro reino”, como se refere Gilles Deleuze, é o primeiro critério

formal de reconhecimento do estruturalismo. Segundo ele, até o estruturalismo

“estávamos habituados, quase condicionados, a uma certa distinção ou correlação entre

o real e o imaginário”. “Todo o nosso pensamento mantém um jogo dialético entre essas

duas noções”1. Essa espécie de dualismo está presente desde a filosofia clássica, nos

movimentos artísticos (romantismo, surrealismo, simbolismo) até mesmo em Freud,

Jung e Bachelard2.

Essa “terceira ordem”, o simbólico, “é a recusa de confundir o simbólico com o

imaginário, bem como com o real, que constitui a primeira dimensão do

estruturalismo”3. Inicialmente, foi no domínio da linguística que os estruturalistas

verificam “um elemento de natureza completamente diferente, objeto estrutural”4. Esse

elemento não se confunde com a realidade das palavras e nem com a sua sonoridade.

O simbólico, para Lacan, assim como para outros estruturalistas, “como elemento da

estrutura está no princípio de uma gênese: a estrutura se encarna nas realidades e nas

imagens segundo séries determináveis; mais ainda, ela as constitui encarnando-se, mas

não deriva delas, sendo mais profunda que elas, subsolo para todos os solos do real

como para todos os céus da imaginação”5.

1
DELEUZE, G. Em que se pode reconhecer o Estruturalismo In CHATÊLET, François. Ed.
História da Filosofia – Ideias, Doutrinas. Vol. 8 – O século XX. Rio de Janeiro: Zahar Editores,
1974, p. 272.
2
Ibid., cf. 272-273.
3
Ibid., 273.
4
Ibid., 273.
5
Ibid., 274.
“Existe sempre um terceiro a procurar no próprio simbólico; a estrutura é, ao menos,

triádica, sem o que ela não ‘circularia’ – terceiro ao mesmo tempo irreal e, no entanto,

não-imaginável”6.

É o estabelecimento de uma distinção entre o real e o ideal em que a estrutura pauta os

princípios de sua reunião. O símbolo é a relação entre esses “mundos”. Para Cassirer,

“O simbólico nunca pertence à esfera da imanência ou a esfera da transcendência; (...)

Ele não é o um ou o outro, mas representa o ‘um no outro’, e o ‘outro no um’”7, tendo

por consequência a mútua implicação entre todo e partes que não os permite pensar um

abstraído do outro. Esta específica forma de unidade representa o desenvolvimento da

síntese transcendental, esta ainda atrelada às instâncias fixas de sujeito e objeto, ao

processo de enformação simbólica, em que a unidade não é mais entre sujeito e objeto,

mas entre o processo e seus muitos produtos. Para Lofts, “O simbólico é o elemento que

constitui a relação entre a presença sensível concreta do conteúdo da consciência e seu

significado não intuitivo”.

6
Ibid., 274.
7
CASSIRER, 1957, p. 383 – 447 apud LOFTS, 2000, p. 47.

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